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IFE: nº 4.259 - 06 de fevereiro de 2017
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Conta de luz deve seguir sem cobrança extra até o fim de abril, projeta Aneel
2 Aneel quer mais rigor nos contratos de energia, diz diretor
3 Aneel estuda mecanismo de tarifação dinâmica para distribuição
4 Contratos de distribuidoras privatizadas virão com regras de transição
5 Aneel quer transferir ação da Abengoa para esfera federal
6 Tarifa de energia no país deve ter redução média de 1,56% em 2017, diz consultoria
7 Aneel libera eólica e termelétricas
8 Artigo de Zilmar José de Souza: “Geração pela biomassa cresce quase 6% em 2016”

Empresas
1 Aneel adaptará contratos de distribuidoras da Eletrobras para privatização
2 Eletropaulo e Metlife vão devolver em dobro valor de cobrança indevida na conta de luz
3 Liminar obriga AM Energia a pagar indenização por desabastecimento
4 Produção de geradores cai quase 10% em 2016
5 Executivo da Eletronorte é eleito presidente do conselho da Abrate
6 Governo deve empossar novos diretores de Itaipu em fevereiro
7 Marcelo Yamane é o novo diretor operacional da Tecnogera
8 CPFL Paulista investe na doação de equipamentos para famílias na região de Penápolis

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 TituloNíveis dos reservatórios pelo Brasil
2 Aumenta o número de consumidores que produzem a própria energia
3 UHE Teles Pires atinge seu patamar máximo de produção em fevereiro

4 Consumo nacional de energia elétrica cresce 3% em janeiro, segundo CCEE

5 Geração térmica em queda

6 PLD sobe 11% no Sudeste diante da piora da expectativa de chuvas

Energias Renováveis
1 Energia solar deve ter 2017 com aquisições e primeiro gigawatt no Brasil
2 EDF promete um dos maiores parques de geração de energia solar do país
3 EDF: solar em Pirapora e 'usina de ventos' na Bahia são prioridades

4 Enel constrói três parques de geração fotovoltaica na Bahia e Piauí

5 60% dos projetos solares e térmicos no Atacama estão completos

6 Conselho de Administração da Odebrecht Agroindustria tem novo integrante

7 Cinza da queima do bagaço de cana pode ter destino sustentável


Gás e Termoelétricas
1 Produção de petróleo e gás natural registra recorde no Brasil em dezembro


Economia Brasileira
1 Indicadores fiscais de 2016 podem piorar com ajuste do PIB
2 Confiança cresce no início do ano, mas sinais da economia real ainda são fracos

3 Meirelles diz que revisão na estimativa do PIB sairá em março
4 Pedidos de falência recuam em janeiro, aponta Serasa
5 Juros futuros recuam com expectativa do investidor de baixa da Selic
6 Mercado reduz previsão de inflação em 2017
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Banco Mundial prevê fortes aumentos no preço das commodities industriais, como energia
2 Chile: Regulados intensificam mudança para o mercado livre e alcançam economia de 25%
3 Peru: Osinergmin anuncia redução de tarifas
4 Peru: Reservas de gás comprovadas
5 Portugal vai investir 800 milhões de euros em energias renováveis

6 Governo português manda investigar preços da luz

7 China mais do que dobra capacidade instalada em energia solar em 2016


Biblioteca Virtual do SEE
1 SOUZA, Zilmar de. “Geração pela biomassa cresce quase 6% em 2016”. Agência Canal Energia. Rio de janeiro, 3 de fevereiro de 2016.

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Conta de luz deve seguir sem cobrança extra até o fim de abril, projeta Aneel

O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, afirmou que, ao menos até o final de abril, a bandeira tarifária deve seguir verde, ou seja, sem cobrança extra. "Para março e até o final do período úmido, não vislumbro um cenário que possa acionar a bandeira amarela", disse o executivo, durante conversa com jornalistas após participação em evento promovido pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham), em São Paulo. Rufino informou que o órgão está prestes a definir o adicional para cada bandeira tarifária em 2017 e o nível de acionamento de cada bandeira. "Estamos concluindo as análises para 2017, não deve ter muita mudança no conceito e nível de patamares e no adicional de cada modalidade", disse o diretor. "Mas certamente teremos algum aprimoramento". O executivo, no entanto, não passou cronogramas nem sinalizou eventuais patamares. Falando sobre os desafios do segmento de distribuição de energia no Brasil, o diretor-geral da Aneel destacou que o setor convive com problemas ligados à gestão do fluxo de caixa, uma vez que as companhias estão sujeitas a oscilações nos custos da energia e outros encargos. "O desafio é resgatar a preocupação da distribuidora, que é prestar serviços pertinentes à atividade fio." (O Estado de São Paulo – 03.02.2017)

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2 Aneel quer mais rigor nos contratos de energia, diz diretor

O diretor da Aneel, Romeu Rufino, informou que o governo está preparando medidas para aperfeiçoar os contratos de concessão para geração e transmissão de energia. O objetivo é evitar o descumprimento dos prazos de conclusão das obras ou a quebra do compromisso assumido pelos investidores. De acordo com Rufino, a Aneel pretende solucionar o conflito gerado pela empresa espanhola Abengoa que, em processo de recuperação judicial, pediu que o caso passe para a esfera da Justiça federal. Em razão das dificuldades financeiras, a Abengoa suspendeu as atividades no país, deixando de realizar as obras a que se comprometeu ao arrematar os leilões de transmissão de energia, em 2012 e 2014. A empresa defende o direito de continuar detendo os ativos com valorização, para depois negociá-los no mercado. O diretor da Aneel disse que a companhia deve arcar com os prejuízos e que o melhor seria efetuar a transferência de controle para outro empreendedor. “A empresa já atrapalhou bastante o setor elétrico e, certamente, não deverá ser a preferência dela (investidor) que vai prevalecer”, disse Rufino, em conversa com os jornalistas, logo após palestra na sede da Câmara Americana de Comércio em São Paulo (Amcham), na zona sul da cidade. Na avaliação do diretor, o impacto do atraso dos empreendimentos só não foi maior devido à demanda mais fraca no consumo de energia nos dois últimos anos. (Agência Brasil – 03.02.2017)

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3 Aneel estuda mecanismo de tarifação dinâmica para distribuição

Um novo mecanismo para mitigar os impactos de custos adicionais extraordinários no segmento de distribuição está em estudo na Aneel. Chamada preliminarmente de tarifação dinâmica, consiste em adequar a tarifa das concessionárias quando há o impacto de componentes relevantes como por exemplo a cota da CDE que é determinada no início do ano civil e não coincide com o aniversário de contratos das distribuidoras. A meta é mitigar os efeitos financeiros para empresas e consumidores. A ideia ainda está em estudo dentro da agência reguladora e não tem uma perspectiva para que seja implementada. Mas a ideia é de que apenas efeitos sobre a Parcela A incidiriam sobre essa questão e podendo ocorrer mais de uma vez por ano. A justificativa é de que eventos muito acima do aceitável não fiquem pesando na CVA das distribuidoras por um período longo de tempo, pois distorceria o fluxo de caixa das empresas, uma vez que a Parcela A deveria, conceitualmente, ter impacto neutro nas contas dessas empresas, o que em muitas vezes não vem ocorrendo. Foi o que explicou o diretor geral da agência, Romeu Rufino. A ideia é de que grandes obrigações sejam concatenadas, como por exemplo a CDE, que deverá ser deliberada no dia 7, e que será menor do que no ano passado. Os valores referentes a 2016 para consumidores cujas concessionárias têm contrato no final do ano começaram a pagar esses valores há poucos meses. E esse fator vai se acumulando na conta gráfica do CVA que concessionárias tem que carregar para a cobrança ou para devolver na database seguinte. “Outro caso é do repasse tarifário de transmissão com a RBSE que começará em julho as empresas terão que pagar um dinheiro que não tem até começarem a receber a partir do ano que vem. O essencial será colocado no aniversário do contrato e o excepcional a qualquer momento poderia se utilizar do mecanismo”, explicou o executivo. (Agência CanalEnergia – 03.02.2017)

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4 Contratos de distribuidoras privatizadas virão com regras de transição

O modelo de contrato de concessão para as distribuidoras que serão privatizadas no âmbito do PPI deverá conter adaptações com regras de transição por conta do atual nível de perdas e indicadores de qualidade de serviço nessas áreas que estão defasados. Esse processo de venda das empresas é um dos grandes desafios que o governo terá neste ano no setor elétrico na avaliação do diretor geral da Aneel, Romeu Rufino. Segundo o executivo, a decisão de adiar a revisão tarifária para essas empresas, publicada esta semana pelo MME tem a concordância da Aneel porque essas empresas estão operando com precariedade e não conseguiriam preparar um processo de revisão tarifária com qualidade, principalmente com relação à base de remuneração um item fundamental e que leva em conta os investimentos realizados. Segundo Romeu Rufino, diretor geral da Aneel. adiar traz um benefício para essas novas concessionárias, pois podem entrar e tornar melhor a qualidade e quanto antes recompor esses valores na base de remuneração, melhor, pois captura o investimento que será necessário aplicar logo de entrada e que na avaliação do diretor geral da Aneel, não será pequeno. A inadimplência dessas distribuidoras, disse Rufino, está em um processo adiantado. Ele lembrou que as empresas puderam receber direitos que estavam bloqueados, justamente por conta da inadimplência, desde que esses recursos fossem utilizados para quitar as obrigações. Agora, estimou ele, de todas as concessionárias, uma ou duas continuam nessa situação, enquanto as demais já estão regularizando no curto prazo seu fluxo. No caso da Amazonas Energia, o problema é que a empresa ainda apresenta uma estrutura verticalizada por conta de em um passado recente não estar conectada ao SIN. O problema o endividamento é no segmento de geração e está desacoplado da distribuição quando desverticalizar. A questão da base de remuneração é um outro tema que a Aneel colocou em estudo, revelou o executivo. A ideia nesse caso é de tornar o reconhecimento de investimento das distribuidoras mais previsível e reduzir a incerteza sobre esse assunto. (Agência CanalEnergia – 03.02.2017)

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5 Aneel quer transferir ação da Abengoa para esfera federal

A Aneel trabalha para transferir a ação judicial que tramita quanto ao caso da Abengoa para a esfera federal. Segundo o diretor geral da Aneel, Romeu Rufino, essa uma tentativa de buscar a reversão da decisão que a empresa obteve no ano passado que paralisou o processo de caducidade das concessões que detém e que determinou a revisão da Receita Anual Permitida dos empreendimentos. A disputa judicial acerca desse tema é uma possibilidade, mas o executivo comentou que espera que a companhia espanhola não insista.. Enquanto não se tem um consenso acerca dos caminhos que serão trilhados, o que tem se buscado é mitigar os efeitos desse buraco que se formou no segmento de transmissão. Rufino relatou que parte do que era deles já foi, em alguma medida, autorizada e medidas emergenciais para atendimento parcial daquilo que deveriam suprir. Além disso, a EPE vem avaliando a hipótese de relicitar lotes e qual é o desenho de alternativas viáveis para compensar essa falta. Apesar da lógica de planejamento determinativo identificar um projeto como necessário para escoar ou dar confiabilidade ao sistema pode encontrar uma combinação que possa mitigar os efeitos. Inclusive, admitiu, pode chegar uma hora que essas alternativas sejam suficientes para que esses projetos não sejam tão essenciais, o que reduziria sua importância no sistema como um todo o que poderia dar fôlego para discutir o tema por muito tempo na Justiça. Em geral, Rufino destacou o posicionamento que a Aneel tem tomado. Entre eles, está a busca da efetividade da entrega do que foi leiloado. “Queremos atrair grupos com competência e compromisso de entrega dos projetos. Este não é um setor de investidores aventureiros é um setor complexo e com implicações graves de não entregar o que foi contratado”, alfinetou. Com a ocorrência de geração sem transmissão ou o contrário, fica um desafio para o órgão regulado que é o de concatenar os prazos dos projetos. A meta é de melhorar isso com os novos prazos que estão sendo aplicados nos novos leilões. Além disso, ele ressaltou medidas como gestão dos contratos, ao exemplificar que no dia 10 de fevereiro serão assinados os contratos do último leilão de transmissão e nesse encontro já ocorrerá a primeira reunião para conhecer o plano de negócios das novas concessionárias, como as empresas estão estruturando-se para cumprir todos os marcos, entre outros assuntos. “Estamos sendo mais efetivos na gestão desses contratos”, concluiu. (Agência CanalEnergia – 03.02.2017)

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6 Tarifa de energia no país deve ter redução média de 1,56% em 2017, diz consultoria

As tarifas de energia elétrica no Brasil deverão ter em 2017 uma redução de 1,56% se considerado o efeito médio dos reajustes e revisões de tarifas previstos para este ano, disse à Reuters a consultoria TR Soluções. Apesar de o efeito médio apontar para uma quase estabilidade nas tarifas em relação ao ano passado, há distribuidoras que poderão ter alta de até 20%, enquanto outras devem ter uma redução de quase 15%. A tendência, de acordo com a TR Soluções, que é especializada em cálculos tarifários, é que predominem reduções tarifárias nas distribuidoras que passam por reajuste ou revisão no primeiro semestre e elevação para aquelas que terão a mudança nas contas na segunda metade do ano. Na projeção da consultoria, as tarifas de Ampla, CPFL Paulista e Energisa Mato Grosso deverão ter as maiores reduções, de quase 15%, enquanto Eletrobras Alagoas, Eletrobras Piauí e CEEE devem apresentar os maiores reajustes para cima, de mais de 15%. Para a Light, a previsão é de alta de cerca de 10% nas tarifas, enquanto a Cemig deve ter redução de 12% e a Eletropaulo uma queda de cerca de 2%. A projeção leva em conta a perspectiva de que a Aneel deverá considerar em todos os reajustes uma alta nos custos de transmissão para viabilizar o pagamento de uma indenização bilionária devida pela União às transmissoras de eletricidade após estas renovarem seus contratos de concessão por receitas menores no final de 2012. Esses pagamentos às transmissoras terão início no segundo semestre, mas a Aneel sinalizou que já deverá considerar o custo das indenizações nos reajustes que acontecem no primeiro semestre, de forma excepcional. Se não houvesse essa antecipação, disse a consultoria, o efeito médio dos reajustes de 2017 seria de redução de 4,8%. Por outro lado, antecipar esses custos deverá fazer com que as tarifas subam em média 9,24% em 2018, contra 15,86% de aumento no próximo ano sem essa medida. "A antecipação proposta pela Aneel poderá evitar que a sociedade pague, em dois anos, até R$ 4,56 bi de custos financeiros relacionados às tarifas", disse a TR Soluções. (Reuters – 03.02.2017)

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7 Aneel libera eólica e termelétricas

A Aneel liberou a EOL Aura Mirim IV, localizada no município de Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul, para operar comercialmente. O benefício foi para UG1 a UG5, de 3 MW cada, totalizando 15 MW de capacidade instalada. A EOL Aura Mangueira XI, também localizada no município de Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul, também poderá dar início a operação comercial. A liberação foi para UG1 a UG3, de 3 MW cada, totalizando 9 MW de capacidade instalada. A Aneel também liberou cinco térmicas de titularidade das empresas Distribuidora Equador de Produtos de Petróleo, Guascor do Brasil e Soenergy Sistemas Internacionais de Energia para operar comercialmente. A usinas estão localizadas nos municípios de Juruti, Monte Alegre, Santa Cruz do Arari, Santana do Araguaia e Soure, no estado do Pará. As unidades geradoras liberadas somam 42,5 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 03.02.2017)

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8 Artigo de Zilmar José de Souza: “Geração pela biomassa cresce quase 6% em 2016”

Zilmar José de Souza, economista, professor e, desde 2009, responsável pela área de bioeletricidade na Unica – União da Indústria de Cana-de-Açúcar, em artigo publicado pelo Canal Energia, afirma que apesar do aumento do uso de energia renovável, ainda assim, é pouco considerada a capacidade que esta fonte tem para contribuir na segurança energética e no suprimento de energia na matriz elétrica brasileira. Segundo o autor, “desde 2011, a fonte biomassa tem sido sistematicamente excluída de participar dos leilões de reserva”. Logo, para ele em nada ajuda se não houver estímulo e incentivos através de leilões para que o uso da bioeletricidade cresça. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 06.02.2017)


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Empresas

1 Aneel adaptará contratos de distribuidoras da Eletrobras para privatização

As seis distribuidoras de eletricidade que a Eletrobras pretende vender ainda neste ano terão novos contratos de concessão, que estão em elaboração e deverão ser adaptados às características específicas dessas empresas, que são deficitárias e atuam nas regiões Norte e Nordeste do país, disse nesta sexta-¬feira o diretor¬-geral da Aneel, Romeu Rufino, ao participar de evento da Câmara Americana de Comércio em São Paulo. "Certamente (o contrato) não será radicalmente diferente do que está aí, mas tem que ser adaptado à realidade das empresas... lá tem uma qualidade de serviço defasada, vai ter que fazer alguma regra de transição para que haja viabilidade na transferência da concessão, isso é uma questão que está em discussão", disse Rufino. Ele ressaltou que a venda dessas concessionárias ainda neste ano, como pretende a Eletrobras, "não será um desafio simples". (Reuters – 03.02.2017)

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2 Eletropaulo e Metlife vão devolver em dobro valor de cobrança indevida na conta de luz

A AES Eletropaulo e a MetLife farão a restituição em dobro de todos os valores pagos indevidamente referentes às cobranças de seguros de vida e planos odontológicos não contratados que foram cobrados nas contas de energia. Em acordo com o Procon-SP, as empresas também informaram que suspenderam as vendas e cobranças destes produtos. Na sexta-feira, 27, clientes da AES Eletropaulo reclamaram nas redes sociais de cobrança indevida de plano odontológico na conta de energia. Por nota, a AES Eletropaulo informou que a MetLife, empresa responsável pela venda do plano odontológico, disponibilizou dados equivocados relativos às vendas de seu plano odontológico, o que causou a inserção de cobrança nas contas de energia elétrica. Desde 2013, a Aneel permite que as distribuidoras utilizem a fatura como meio de pagamento de outros produtos. A MetLife é a responsável pela venda do plano odontológico e a AES Eletropaulo viabiliza o pagamento do plano. A agência também ratificou que cobranças indevidas acarretam a devolução em dobro dos valores cobrados e já pagos, acrescidos de atualização monetária e de juros. O chefe de gabinete do Procon-SP, Carlos Alberto Estracine, orienta o consumidor a ficar atento a fatura e informa que caso o consumidor não consiga solucionar o problema junto à concessionária ou seguradora, deve registrar sua reclamação no órgão pelo site www.procon.sp.gov.br. (O Estado de São Paulo – 03.02.2017)

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3 Liminar obriga AM Energia a pagar indenização por desabastecimento

A juíza da comarca de Tabatinga, Danielle Monteiro Fernandes Augusto, determinou, por meio de liminar que a Amazonas Distribuidora de Energia efetue o pagamento de indenização no valor de R$ 10 mi pelos sucessivos cortes no fornecimento de energia registrados naquele município. A concessionária informou que em momento oportuno se manifestará em relação à cobrança da indenização pleiteada. "A Eletrobras Distribuição Amazonas reitera o seu compromisso com a população do Estado do Amazonas em oferecer energia segura e de qualidade, contribuindo para o bem estar de seus clientes e o desenvolvimento econômico da região", diz o comunicado. A decisão atende a um pedido Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM). A Ação Civil Pública foi proposta pelo Promotor de Justiça Carlos Firmino Dantas pela 2ª Promotoria de Justiça. Para a magistrada, a Ação Civil Pública "atesta os transtornos causados à população de Tabatinga pelas falhas graves no serviço prestado pela Amazonas Distribuidora de Energia". "A indenização tem caráter compensatório/punitivo e será revertida ao Fundo Estadual de Defesa dos Direitos Difusos", informou o MPE-AM. Em seu despacho, a juíza determina, também, que a empresa se abstenha de interromper o serviço de fornecimento de energia elétrica no município sob a justificativa de falta de combustível ou quaisquer outras medidas. O descumprimento desta determinação enseja a aplicação de multa no valor de R$ 50 mil por cada interrupção injustificada. A magistrada determina, ainda, que a empresa comprove a legitimidade de sua postura em desfavor dos consumidores. A ação continua em andamento, até o julgamento final, cabendo recursos da decisão. (G1 – 04.02.2017)

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4 Produção de geradores cai quase 10% em 2016

A produção de geradores, transformadores e motores elétricos no Brasil caiu quase 10% em 2016, de acordo com dados do IBGE, replicados pela Abinee, associação da indústria eletroeletrônica. O segmento teve o segundo pior resultado do ano, atrás apenas da fabricação de lâmpadas e instrumentos de iluminação, cujo montante produzido encolheu 27,2% na comparação com 2015. O setor eletroeletrônico como um todo teve queda de 11,3% frente ao ano anterior, e o resultado negativo foi registrado tanto na indústria eletrônica, com baixa de 14,8%, como na elétrica, de 8,6%, segundo o instituto. Na indústria elétrica, apenas a produção de pilhas, baterias e acumuladores elétricos teve aumento, de 4,2%. Os demais segmentos analisados recuaram em 2016, incluindo a fabricação de equipamentos para distribuição e controle de energia elétrica, eletrodomésticos e outros aparelhos elétricos. Em dezembro, contudo, o setor eletroeletrônico apresentou crescimento de 8%, o que pode indicar uma recuperação, ainda que em patamar tímido, para o ano que se inicia. A alta foi puxada pela indústria eletrônica, que subiu 29,2% no último mês de 2016. A indústria elétrica, por outro lado, manteve a tendência de queda, com resultado 3,9% pior. A produção de geradores, transformadores e motores elétricos caiu 10,5% na mesma comparação, ainda de acordo com o levantamento. (Brasil Energia – 03.02.2017)

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5 Executivo da Eletronorte é eleito presidente do conselho da Abrate

O executivo Sideny Custódio Santana, da Eletronorte, será o novo presidente de Conselho Diretor da Associação Brasileira das Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate), para a gestão 2017/2018. A eleição aconteceu em Assembleia Extraordinária realizada em Brasília nesta semana. Santana vai substituir Jaime Kuhn, da Copel GT. O vice-presidente será Augusto Francisco da Silva, da Celg GT. No Conselho Fiscal foi reeleito Rinaldo Pecchio, da Cteep. O presidente executivo Mario Dias Miranda cumpre mandato de três anos até setembro de 2017. A Abrate é composta das concessionárias de serviços públicos de transmissão de energia elétrica e conta, atualmente com as empresas Argo, CEEE GT, Celg GT, Cemig GT, Chesf, Copel GT, Cteep, Eletronorte, Eletrosul, Furnas e State Grid. A partir de novembro de 2016 passou a compor o quadro de associados Itaipu Binacional, somando-se 12 associadas. De acordo com o presidente executivo Mario Miranda, o ambiente da transmissão de energia elétrica passa por um momento sensível, em face do substancial incremento requerido para investimentos em 2017. Estão programados robustos certames de leilão para concessão de serviços públicos. "Os investidores estão se adaptando ao convívio perante as mudanças na captação de financiamento, com a necessidade de pronta resposta dos fornecedores industriais e de serviços de construção e montagem. Também, haverá necessidade de fortalecer o quadro de pessoal do Ibama, para que os prazos de licenciamento ambiental sejam cumpridos", disse Miranda. Com o início do pagamento da parcela de indenização devido ainda ao efeito da Lei 12.783/2013, convertida das MP nº 579/12 e 591/12, depois de cinco anos de dificuldades financeiras, é previsto o retorno das transmissoras tradicionais nos leilões, "favorecendo ao cumprimento do planejamento setorial e de pleno arremate dos lotes ofertados nos leilões". (Agência CanalEnergia – 03.02.2017)

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6 Governo deve empossar novos diretores de Itaipu em fevereiro

A posse dos novos diretores de Itaipu, cuja definição ainda está em andamento no governo federal, deve acontecer em fevereiro. Dois dos diretores que foram indicados para gerir a estatal binacional não poderão assumir os respectivos cargos por ferir artigos da Lei de Responsabilidade da Estatal. Em paralelo, a Eletrobras criou um comitê temporário para auxiliar o governo federal na avaliação dos nomes escolhidos para as subsidiárias da companhia, que tem entre os integrantes, o presidente, Wilson Ferreira Jr. Na Eletrobras, já foram substituídos titulares de Furnas, Chesf e Cepel. Os presidentes da Eletronorte e na Eletrosul ainda são titulares indicados pelo governo Dilma Rousseff, assim como Itaipu. Na Copel, ainda não há também definição do nome que sucederá a Vianna no cargo, mas a reportagem apurou que a indicação do governador Beto Richa será de um nome que virá da própria estatal. Cogitou-se o nome de Osmar Dias, ex-senador e que foi vice-presidente de Agronegócio e Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil, mas seu nome contraria a Lei das Estatais, por ter atuado no banco até julho passado. (Brasil Energia – 03.02.2017)

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7 Marcelo Yamane é o novo diretor operacional da Tecnogera

A Tecnogera anunciou o nome de Marcelo Yamane como novo diretor operacional da companhia de geração temporária de energia. Engenheiro eletricista pela Universidade São Judas Tadeu (SP), ele é pós-graduado em administração pela ESPM, com MBA pela BSP Business School e Global MBA pela Universidade de Pittsburgh. Yamane já atuou na Mills Estruturas e Serviços de Engenharia, Elevadores Otis e AVL South America. (Brasil Energia – 03.02.2017)

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8 CPFL Paulista investe na doação de equipamentos para famílias na região de Penápolis

Com o objetivo de estimular e difundir a cultura do consumo inteligente de energia, a CPFL Paulista investiu R$ 221,9 mil em ações de eficiência energética junto aos seus clientes residenciais nas cidades de Penápolis, Guararapes e Promissão em 2016. Por meio do seu Programa de Eficiência Energética (PEE), a companhia destinou os recursos na doação e instalação de 2.218 equipamentos mais modernos e eficientes, como geladeiras e lâmpadas LED. Ao todo, 924 famílias foram beneficiadas com a iniciativa, o que deve gerar uma economia anual na conta de luz da ordem de R$ 120,2 mil. As ações integram o projeto "Comunidades Eficientes", que tem por objetivo contribuir para redução do consumo de energia entre os clientes de baixa renda por meio da troca de equipamentos ineficientes e da doação de modelos mais modernos e econômicos. Com os investimentos realizados em 2016, a economia esperada é da ordem de 268,97 MWh/ano, equivalente ao consumo anual de 112 famílias. O volume economizado no horário de pico é estimado em 52,5 kW, o que traz mais estabilidade ao sistema elétrico e reduz a geração térmica, fonte mais cara e poluente "Os recursos do programa provêm do valor arrecadado nas contas de energia. Esse dinheiro volta para a sociedade por meio de projetos que promovem o consumo inteligente de energia (Agência CanalEnergia – 03.02.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Nordeste estão operando com volume de 17,7%, aumentando 0,1% em comparação com o dia anterior. Os dados são do ONS, referentes ao último dia 2 de fevereiro. A energia armazenada na região é 9.163 MW/mês e a ENA é 4.544 MWm, que é o mesmo que 30% da Média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Sobradinho está operando com 10,87% da capacidade. No submercado SE/CO os reservatórios registraram volume de 37,6%, 0,1% a mais que o dia anterior. A energia armazenada é 76.549 MW/mês e a ENA é 53.203 MWm, que é o mesmo que 76% da MLT. A usina de Furnas está operando com volume de 47,38% e a de Nova Ponte com 28,29%. Na região Norte, os reservatórios estão operando com volume de 24,4%, caindo 0,1% em relação ao dia anterior. A energia armazenada na região é 3.667 MW/mês e a ENA é 6.949 MWm, que é o mesmo que 39% da MLT. A usina de Tucuruí está operando com volume de 36,96%. Na região Sul, houve queda de 0,5%, deixando os reservatórios com volume de 59,3%. A energia armazenada é 11.828 MW/mês e a ENA é 8.320 MWm, que é o mesmo que 91% da MLT. A usina de Barra Grande está operando com 52,73% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 03.02.2017)

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2 Aumenta o número de consumidores que produzem a própria energia

O número de consumidores brasileiros que produzem a própria energia aumentou mais de 17 vezes nos últimos dois anos no país. A fábrica de casquinhas de sorvete em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, investiu R$ 160 mil em painéis solares para gerar toda a energia de que precisa: 3.500 kWh por mês. O financiamento dos equipamentos vai ser pago em cinco anos. Luciano diz que compensa. “Hoje eu pago a mesma coisa que eu teria que pagar para a concessionária. Como eu estou querendo ampliar a empresa daqui a dois anos, a gente está querendo praticamente dobrar a capacidade de maquinário, a gente zerando isso aí depois de cinco anos, praticamente zera a conta de energia”, explica Luciano Neves, dono da fábrica. A energia que ele produz é compartilhada com a rede elétrica. A luz do sol já garante até mais energia do que a empresa necessita atualmente, e essa sobra gera um crédito junto à concessionária de energia do estado. Enquanto a fábrica não é ampliada, o Luciano está usando esse excedente em outro endereço. A legislação permite, desde que as contas de luz estejam em nome da mesma pessoa. A energia que vem da empresa zerou a conta da casa dele. “Se eu não estivesse utilizando essa energia que está sendo produzida na fábrica, eu estaria pagando, em média, R$ 600 a R$ 700 aqui em casa”, conta. Em todo o país, o número de residências e empresas que estão gerando a própria e energia e compartilhando com a rede passou de 431 no fim de 2014 para mais de 7 mil em dezembro de 2016. A maioria desses consumidores usa a luz do sol como fonte geradora. “Um dos fatores é porque tem uma grande vantagem sob o ponto de vista econômico para o próprio consumidor. A instalação de um sistema tem uma vida útil de uns 25 anos em média e ele se paga no máximo em sete, oito anos”, disse Romeu Rufino, diretor-geral da Aneel. Um restaurante já começou a substituir as chapas e os fornos a gás por equipamentos elétricos. Toda a energia vem dos painéis que transformam a luz do sol em eletricidade. “Já é outra vantagem que a gente vai ver: é o custo do gás ser reduzido aqui no restaurante da gente”, afirma Jean Miranda, dono do restaurante. (G1 – 03.02.2017)

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3 UHE Teles Pires atinge seu patamar máximo de produção em fevereiro

A Neoenergia informou que a hidrelétrica Teles Pires atingiu a potência máxima de geração de 1.820 MW em 1° de fevereiro, graças ao aumento das chuvas na região. A usina fica no rio Teles Pires, na divisa de Pará com Mato Grosso. Segundo a companhia, o mínimo de vazão para se chegar a 100% de geração são 4.000 m³/s. A produção máxima de Teles Pires equivale ao abastecimento de uma população de 5 milhões de habitantes. A previsão é que essa potência de geração se mantenha até o fim do período de chuvas, em abril, quando então a vazão começa a cair e, com ela, a carga de geração. "Do ponto de vista técnico, a plena potência de geração permite testar todos os sistemas do empreendimento em conjunto, o que demonstra a qualidade e a confiabilidade do projeto", explicou a Neonenergia. A Companhia Hidrelétrica Teles Pires é formada pelas empresas Neoenergia (51%), Furnas (24,5%) e Eletrosul (24,5%). Localizada na Amazônia Meridional, no Rio que Teles Pires, afluente do Rio Tapajós, a usina fica nos municípios de Jacareacanga (PA) e Paranaíta (MT), e figura entre as dez maiores do Brasil. (Agência CanalEnergia – 03.02.2017)

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4 Consumo nacional de energia elétrica cresce 3% em janeiro, segundo CCEE

O consumo nacional de energia elétrica alcançou 62.636 MWm em janeiro, o que representa crescimento de 3% na comparação com o período de 3 de janeiro a 2 de fevereiro de 2016. Segundo a CCEE, o consumo no mercado cativo apresentou queda de 1,9%, índice impactado pela migração de consumidores para o mercado livre. Sem o registro desse movimento, e considerando o impacto do feriado do ano novo de 2016, o consumo cativo apresentaria crescimento de 5,6%. Já no ACL, no qual consumidores compram energia diretamente dos fornecedores, houve aumento de 19,3% no consumo, número que apresentaria crescimento de 1% levando em conta o feriado e se não fossem consideradas as novas cargas vindas do ACR. Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de comércio (118,3%), saneamento (81,3%) e serviços (76,4%) registraram aumento no consumo de energia elétrica no período, índices impactados pela migração dos consumidores para o mercado livre. As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, que traz dados de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais. (Agência CanalEnergia – 03.02.2017)

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5 Geração térmica em queda

A geração de energia em janeiro somou 65.614 MWm, crescimento de 3,6% na comparação com o período de 3 de janeiro a 2 de fevereiro de 2016. O destaque no período é o incremento de 105% na produção das usinas eólicas frente ao ano passado. As usinas hidráulicas, incluindo as pequenas centrais hidrelétricas, também registraram aumento (+9%) na produção de energia com representatividade de 80,8% da fonte sobre toda energia produzida no país. O índice é quatro pontos percentuais superior ao registrado em janeiro de 2016. A análise indica ainda queda de 31,6% na geração térmica, provocada pela redução das usinas movidas a óleo diesel (-66%), a gás (-42,1%) e a carvão mineral (-32,2%). O InfoMercado Semanal também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do MRE gerem, em janeiro, o equivalente a 106,5% de suas garantias físicas, ou 51.197 MWm em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, este percentual foi de 96,8%. (Agência CanalEnergia – 03.02.2017)

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6 PLD sobe 11% no Sudeste diante da piora da expectativa de chuvas

O PLD registrou alta de 11% nos submercados SE/CO, Sul e Norte, de R$ 100,64/MWh para R$ 111,91/MWh, em média, válido para a próxima semana operativa de 4 a 10 de fevereiro. A piora na expectativa de chuvas contribuiu para a majoração do indicador de preço da energia no mercado de curto prazo. Para o Nordeste, o PLD se manteve o mesmo da semana passada. Como limites de intercâmbio referentes ao recebimento de energia do Nordeste são atingidos, os preços deste submercado ficam descolados em relação aos demais. Segundo a CCEE, a previsão de afluências para o SIN caiu de 77% para 74% da média histórica em fevereiro, ficando abaixo da média em todos os submercados: Sudeste (85%), Sul (94%), Nordeste (28%) e Norte (60%). Os níveis dos reservatórios do SIN estão aproximadamente 1.160 MWm abaixo da previsão da última semana com reduções observadas no Sudeste (- 1.020 MWm) e no Sul (-480 MWm). Houve elevação nos níveis do Norte (+330 MWm), enquanto o volume de energia no Nordeste ficou inalterado. A carga esperada para a próxima semana está 50 MWm menor quando comparada à previsão da semana anterior, com queda apenas no Sul (-100 MWm) e aumento no Norte (+50 MWm). As cargas previstas para o Sudeste e Nordeste não sofreram alterações. O fator de ajuste do MRE para fevereiro foi revisto de 113,9% para 112,6% e os ESS são esperados em R$ 157 mi para o período, sendo R$ 149 mi referentes à segurança energética. (Agência CanalEnergia – 03.02.2017)

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Energias Renováveis

1 Energia solar deve ter 2017 com aquisições e primeiro gigawatt no Brasil

O ano de 2017 deverá registrar uma série de movimentações no setor de energia solar no Brasil, com várias usinas contratadas nos últimos anos entrando em operação e também com diversos empreendimentos trocando de mãos, por meio de aquisições, disse à Reuters um executivo do setor. De acordo com o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, o país alcançará neste ano a marca de 1 GW em capacidade instalada em usinas fotovoltaicas, patamar registrado em apenas pouco mais de 20 países. O sucesso, no entanto, poderia ser ainda maior, uma vez que leilões de energia solar realizados pelo país desde 2014 previam quase 2 GW em operação até agosto de 2017. A comemoração também poderia se dar em um momento melhor, uma vez que os investidores do setor ainda digerem o cancelamento, nos últimos dias de 2016, de um leilão que contrataria novas usinas eólicas e solares. O governo disse que a decisão foi motivada pela queda da demanda por eletricidade causada pela crise econômica. Mas ao mesmo tempo em que há o forte interesse por investimentos no setor, um grupo de empresas negocia com o governo para cancelar projetos já contratados no primeiro leilão para energia solar, em 2014. Por outro lado, a Absolar espera ver neste ano a entrega dos parques solares contratados em um leilão realizado em agosto de 2015, que ofereceu preços maiores e previa início da operação das usinas para agosto deste ano. Apesar do sol abundante, o Brasil possui hoje apenas 0,02% de geração fotovoltaica em sua matriz elétrica, número que chegaria a 2% se estivessem prontas todas usinas já contratadas nas licitações. Para o futuro, além do crescimento por meio das grandes usinas, o dirigente da Absolar destaca o potencial do Brasil para a instalação de placas solares em telhados, uma modalidade que viu o número de adeptos dispararem, com alta de mais de 300 por cento em 2016. (Reuters – 04.02.2017)

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2 EDF promete um dos maiores parques de geração de energia solar do país

Em uma extensa área plana próxima ao Rio São Francisco, no interior de Minas Gerais, a EDF promete entregar no 2º semestre o que será um dos maiores parques de geração de energia solar do país. Com um investimento previsto de R$ 1 bi, a EDF Energies Nouvelles terá capacidade de gerar no pico da insolação 191 MW. Serão ao todo quase 600 mil painéis, que começaram a ser instalados em janeiro. O empreendimento, que vai tomando forma no município de Pirapora, está entre as grandes unidades solares em construção no Brasil. Outras são da italiana Enel. A EDF EN quer ampliar sua presença com mais projetos de renováveis. Além da usina solar mineira, a empresa constrói uma eólica na região de Morro do Chapéu (BA) com capacidade de 66 MW. O empreendimento deve estar pronto no fim do ano. As obras de um segundo projeto na região devem começar este ano. Os aportes previstos nos dois são de R$ 1,5 bi. O primeiro já tem financiamento do BNDES. A EDF EN pertence ao grupo EDF. Hoje, constrói com a Chesf e Eletronorte uma hidrelétrica de 400 MW em Sinop (MT). No fim de 2016, o grupo decidiu apostar numa área nova no Brasil. A EDF EN adquiriu da Canadian Solar 80% do projeto de Pirapora. A Canadian havia vencido em agosto de 2015 o leilão do governo e hoje detém 20% do negócio. "O Brasil tem recursos naturais, vento e sol, de qualidade. Tem um ambiente regulatório relativamente estável e a dimensão do mercado local é outra importante vantagem", disse Paulo Abranches, CEO no Brasil da EDF EN. A empresa tem hoje projetos de energia solar e eólica em 22 países. A usina solar está sendo construída numa área de 400 hectares, uma antiga plantação de eucalipto. Pirapora, banhada pelo Rio São Francisco, fica no norte de Minas e recebeu uma injenção de ânimo em sua economia. (Valor Econômico – 06.02.2017)

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3 EDF: solar em Pirapora e 'usina de ventos' na Bahia são prioridades

Paulo Abranches, CEO no Brasil da EDF EN, tem como meta número 1 dar o quanto antes o start [nos parques de geração de energia solar em] Pirapora e também na sua 'usina de ventos' na Bahia. E diz que já avalia a possibilidade de expansão do empreendimento solar. Os investimentos em Pirapora, nessa primeira fase, virão do BNDES, do caixa próprio e, provavelmente, de financiamentos complementares. A empresa deverá participar de futuros leilões de energia, diz Abranches. O projeto de Pirapora tem uma particularidade: os painéis usados são todos fabricados no Brasil. "Apesar de painéis brasileiros serem mais caros que os importados, temos como estratégia apostar em conteúdo local porque isso permite financiamentos com o BNDES, facilita outros financiamentos locais e também mitiga riscos cambiais", afirmou o CEO. Os painéis são resultado da parceria da Canadian com a Flex, que tem fábrica em Sorocaba (SP). (Valor Econômico – 06.02.2017)

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4 Enel constrói três parques de geração fotovoltaica na Bahia e Piauí

A Enel ¬ pela sua subsidiária Enel Green Power Brasil ¬ constrói três parques de geração fotovoltaica na Bahia e um no Piauí, todos com componentes importados. Diz que ainda busca fornecedores locais. A previsão é que suas quatro usinas fiquem prontas este ano. Ao todo, terão capacidade de 807 MW. A Enel afirma que a unidade do Piauí, na cidade de Nova Olinda, é a maior em construção na América Latina. Terá 292 MW de capacidade. Os investimentos nas usinas solares e em três eólicas na Bahia, também em construção, chegarão a cerca de US$ 2 bi. No Brasil, energia fotovoltaica ainda representa apenas 0,2% (ou 23 MW) da capacidade total do país de geração, que é de 151 mil MW. Hidrelétricas e termelétricas respondem por quase 90%, segundo a Aneel. Mas o cenário é de mudança. A agência computa 12 empreendimentos solares em construção e 99 cujas obras ainda não começaram. Juntos, terão capacidade de gerar cerca de 3 mil MW. No fim de 2016, o grupo decidiu apostar numa área nova no Brasil. A EDF EN adquiriu da Canadian Solar 80% do projeto de Pirapora. A energia gerada em Pirapora alimentará a rede nacional. Além de montar a estrutura dos painéis (que terão um tracker, um mecanismo que os fará se movimentar para acompanhar o sol) a EDF EN do Brasil ainda precisa construir uma subestação e linhas de transmissão. (Valor Econômico – 06.02.2017)

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5 60% dos projetos solares e térmicos no Atacama estão completos

O projeto no deserto do Atacama no Chile, que combina 100 MW de energia fotovoltaica (PV) e 110 MW de capacidade de energia solar concentrada (CSP), está em cerca de 60% concluído, informou o ministério chileno da energia. O ministro Andres Rebolledo visitou recentemente o local do projeto em Maria Elena para verificar como a construção está progredindo. Conforme anunciado em dezembro, a Abengoa transferiu para a EIG Global Energy Partners a propriedade dos dois projetos de energia solar, mas continua a ser responsável pela engenharia, aquisições e construção, bem como pela operação e manutenção. A empresa espanhola reiniciou a construção do parque fotovoltaico no ano passado, após uma pausa. A geração e entrega de energia deve começar no segundo trimestre deste ano. A Abengoa e a EIG esperam retomar as obras do projeto CSP em breve. Esta usina terá 17,5 horas de capacidade de armazenamento de energia. (Brasil Energia – 03.02.2017)

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6 Conselho de Administração da Odebrecht Agroindustria tem novo integrante

Em constante aperfeiçoamento das práticas de governança corporativa, a Odebrecht Agroindustrial anuncia a chegada de Alexandre Figliolino para integrar o Conselho de Administração na condição de Conselheiro Independente. Além de vasta experiência no Agrobusiness, é especialista no setor sucroenergético e chega com o objetivo de ampliar a diversidade de pontos de vista e a autonomia dentro do Conselho da empresa. Figliolino é o primeiro Conselheiro contratado pela Odebrecht Agroindustrial desde a divulgação da nova Política sobre Conformidade da Organização, que trabalha em todos os seus negócios um conjunto de medidas que visam uma atuação ética, íntegra e transparente, entre elas a ampliação do número de Conselheiros Independentes, garantindo ao menos 20% dos seus membros como independentes para reforçar a transparência. O executivo esteve no Itaú BBA durante 23 anos, sendo o seu último cargo o de diretor de Agronegócios. Engenheiro agrônomo formado pela ESALQ-USP, tem pós-graduação pela FGV e mestrado em Finanças pelo IBMEC. Atuou também no Banco BBA Credidanstalt S/A. É diretor da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) e membro do Conselho Superior do Agronegócio da FIESP. (Agência CanalEnergia – 03.02.2017)

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7 Cinza da queima do bagaço de cana pode ter destino sustentável

Pesquisadores da UFSCar desenvolveram um processo mais simples da transformação do bagaço de cana-de-açúcar em areia e aplicação desse novo material na construção civil, dando destinação ao resíduo, após a queima nas caldeiras das térmicas que geram eletricidade a partir do bagaço, como forma de evitar o descarte irregular do material no meio ambiente. O projeto consiste em substituir 30% da areia convencional retirada da natureza pelo resíduo do bagaço da cana. Como os grãos da areia de cinzas são mais finos, uma das vantagens é fechar os pequenos poros que aparecem no concreto depois de seco, segundo o professor Fernando do Couto Rosa Almeida. (Brasil Energia 03.02.2017)

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Gás e Termoelétricas

1 Produção de petróleo e gás natural registra recorde no Brasil em dezembro

Em dezembro de 2016, o Brasil teve recorde tanto na produção de petróleo quanto na de gás natural, informou o MME, em boletim divulgado na última quinta-feira, 2 de fevereiro. A produção de petróleo totalizou 2,730 milhões de barris por dia (bbl/d), superando os 2,671 milhões de bbl/d produzidos em setembro de 2016. Trata-se de aumento de 4,7%, se comparado com o mês anterior, e de 7,8%, se comparado com o mesmo mês em 2015. Já a produção de gás natural foi de 111,8 milhões de metros cúbicos por dia, superando os 111,1 milhões de m³/d produzidos em novembro de 2016. O aumento foi de 0,6%, se comparado ao mês anterior, e de 11,3%, se comparado ao mesmo mês em 2015. A produção total de petróleo e gás natural no país foi de aproximadamente 3,433 milhões de barris de óleo equivalente por dia. O campo de Lula, na Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural, produzindo, em média, 710,9 mil bbl/d de petróleo e 30,8 milhões de m³/d de gás natural. A produção de petróleo de Lula é a maior já registrada por um campo no Brasil, superando o recorde anterior do próprio campo em novembro de 2016, que foi de 663,2 mil bbl/d. A produção do pré-sal, oriunda de 68 poços, foi de aproximadamente 1,262 milhão de barris de petróleo por dia e 49,0 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, totalizando aproximadamente 1,570 milhão de barris de óleo equivalente por dia, um aumento de 8,4% em relação ao mês anterior. A produção do pré-sal correspondeu a 46% do total produzido no Brasil. Os poços do “pré-sal” são aqueles cuja produção é realizada no horizonte geológico denominado pré-sal, em campos localizados na área definida no inciso IV do caput do artigo 2º da Lei nº 12.351/2010. Queima de gás - O aproveitamento de gás natural no mês alcançou 96,1%. A queima de gás em dezembro foi de 4,3 milhões de metros cúbicos por dia, um aumento de 13,5% se comparada ao mês anterior e de 28,3% em relação ao mesmo mês em 2015. O principal motivo do aumento na queima de gás nesse mês foi a realização de teste no campo de Búzios, através da Plataforma Dynamic Producer. O ano de 2016 teve recorde no aproveitamento do gás natural produzido no Brasil, com cerca de 96,1% de aproveitamento. (Agência CanalEnergia – 03.02.2017)

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Economia Brasileira

1 Indicadores fiscais de 2016 podem piorar com ajuste do PIB

Os indicadores fiscais do setor público brasileiro relativos a 2016, divulgados pelo Banco Central, poderão ser fortemente alterados em março, quando o IBGE divulgar o valor nominal do PIB. A eventual revisão decorrerá do fato de o BC ter utilizado um valor alto para o PIB no ano passado, de R$ 6,301 trilhões, superior ao que o próprio governo projetou no relatório de avaliação fiscal de dezembro e ao estimado pela IFI, órgão do Senado que acompanha e analisa as questões econômicas do país. A estimativa para o PIB de 2016 que consta do relatório de avaliação fiscal é de R$ 6,220 trilhões. Ou seja, existe uma diferença de R$ 80,6 bilhões entre a projeção do Banco Central e a do relatório, o que representa 1,3% do PIB estimado pelo BC. A diferença é ainda maior quando comparado com o valor do PIB projetado pela IFI para 2016, que é de R$ 6,181 trilhões. Com base em sua projeção para o produto, o BC calculou que a dívida bruta do setor público ficou em 69,5% do PIB no final de 2016. Se a conta for feita com o valor divulgado no relatório de avaliação fiscal, a dívida bruta teria ficado em 70,38% do PIB ¬ uma diferença significativa de 0,88 ponto percentual. Se for calculado pelo valor do PIB da IFI, a dívida bruta ficaria em 70,83% do PIB ¬ 1,33 ponto percentual maior. O mesmo efeito ocorrerá com os resultados primário e nominal. Com base em sua projeção para o produto, o BC calculou que o déficit primário do setor público em 2016 foi equivalente a 2,47% do PIB. Já o déficit nominal teria ficado em 8,93% do PIB. Pela projeção do relatório de avaliação fiscal, o déficit primário teria ficado em 2,5% do PIB e o déficit nominal em 9,04% do PIB. Pelos cálculos da IFI, o déficit primário ficou em 2,52% do PIB e o nominal em 9,1% do PIB. (Valor Econômico – 03.02.2017)

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2 Confiança cresce no início do ano, mas sinais da economia real ainda são fracos

Empresários e consumidores começaram o ano mais confiantes após a queda da inflação e a redução dos juros, mas os sinais na economia real são fracos. Com poucos dados divulgados para janeiro, a percepção de empresários e economistas é que a forte alta da produção industrial observada em dezembro ¬ de 2,3% ante novembro, feitos os ajustes sazonais ¬ não deve se repetir no primeiro mês de 2017, sazonalmente mais morno para a atividade econômica. Os índices de confiança mostraram melhora de humor na abertura do ano, cuja continuidade nos próximos meses, no entanto, ainda é uma incógnita. Calculado pelo Ibre¬FGV, o ICE ¬ que agrega os setores de serviços, indústria, construção civil e comércio ¬ subiu 3,8 pontos entre dezembro e janeiro, para 82,3 pontos. Na mesma comparação, o ICC subiu de 73,1 pontos para 79,3 pontos ¬ maior alta desde janeiro de 2006, quando também havia avançado 6,2 pontos. Ambos os índices ainda estão em terreno pessimista, mas registraram avaliação mais favorável sobre o momento presente, e não somente das expectativas. Apesar da visão menos negativa sobre situação atual, os poucos dados da economia já conhecidos para o começo do ano não são tão animadores. O licenciamento de veículos (automóveis, comerciais leves, motocicletas, caminhões e ônibus) medido pela Fenabrave, entidade que reúne as concessionárias, recuou 3,2% de dezembro para janeiro, segundo cálculos dessazonalizados pela MCM Consultores. (Valor Econômico – 06.02.2017)

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3 Meirelles diz que revisão na estimativa do PIB sairá em março

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que uma revisão na estimativa de crescimento econômico do país para 2017 só será divulgada em março. O governo, disse, quer aguardar um número maior de indicadores de atividade. Atualmente, a estimativa da Fazenda é de crescimento de 1% do PIB. Analistas do mercado, segundo o boletim Focus, do Banco Central, estimam alta de 0,5%. Meirelles também evitou comentar as estimativas de um eventual corte de gastos dizendo que é muito prematuro falar sobre o assunto. Algumas projeções indicam necessidade de redução de cerca de R$ 40 bilhões nas despesas. “Vamos aguardar”, afirmou, após sair do evento de posse dos novos ministros Moreira Franco (Secretaria¬Geral da Presidência), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Luislinda Valois (Direitos Humanos), no Palácio do Planalto. (Valor Econômico – 03.02.2017)

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4 Pedidos de falência recuam em janeiro, aponta Serasa

Os pedidos de falência em janeiro caíram 31,3% na comparação com dezembro em todo o Brasil. A queda foi de 8,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são da Serasa Experian, divulgados nesta sexta-feira. Os pedidos de recuperação judicial, por sua vez, caíram 43,4% ante dezembro e recuaram 14,6% na comparação com janeiro de 2016. Já no acumulado de 12 meses, os pedidos de falência tiveram alta em janeiro de 4,1%. É a vigésima alta seguida nesse tipo de comparação, embora seja menor do que o pico de 14,8% atingido em março do ano passado. Por sua vez, as recuperações judiciais requeridas tiveram alta de 41,3% no acumulado de 12 meses. É a 25ª alta seguida, embora esse crescimento venha desacelerando desde os 66,9% registrados em setembro. O pico (90,2%) ocorreu em maio do ano passado. Segundo a Serasa Experian, a desaceleração dos pedidos de recuperação judicial “pode ser um sinal de que, com as reduções da taxa básica de juros e com a esperada saída da recessão, essa estatística esteja demonstrando seus primeiros sinais de estabilização”. Ontem, a Boa Vista SCPC divulgou que os pedidos de falência caíram 33,9% em janeiro, na comparação com dezembro, e recuaram 12,2% ante o mesmo período do ano passado. Os pedidos de recuperação judicial, por sua vez, caíram 36,5% ante dezembro e recuaram 35% na comparação com janeiro de 2016. (Valor Econômico – 03.02.2017)

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5 Juros futuros recuam com expectativa do investidor de baixa da Selic

As taxas dos contratos futuros de juros fecharam em queda com os investidores vendo mais espaço para um corte de juros maior dado o contínuo recuo das projeções de inflação, o câmbio comportado e a expectativa de retomada da agenda de reformas com a volta do recesso do Congresso. O DI para janeiro de 2018 caiu de 10,865% para 10,82% no encerramento do pregão regular, e o DI para janeiro de 2019 recuou de 10,31% para 10,24%. E o DI para janeiro de 2021 fechou a 10,60% ante 10,47% do ajuste anterior. A vitória dos aliados do governo para o comando no Congresso, com Rodrigo Maia (DEM¬RJ) reeleito presidente da Câmara e Eunício Oliveira (PMDB¬CE) à frente do Senado, reforça a expectativa de retomada da agenda de reformas, entre elas a da Previdência, e contribui para a queda dos prêmios de risco no mercado local. Os investidores aguardam, na semana que vem, a divulgação do IPCA de janeiro, na quarta¬feira. Um dado abaixo do esperado pode reforçar as apostas em um corte maior da taxa Selic. “Acho que continua o viés de queda para os DIs, com o mercado apostando em recuo mais intensa para a taxa Selic”, afirma Ignacio Crespo, economista da Guide Investimentos. A Guide espera uma taxa de juros a 9,50% para o fim do ano e um câmbio entre R$ 3,40 e R$ 3,50. (Valor Econômico – 03.02.2017)

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6 Mercado reduz previsão de inflação em 2017

Nota anterior tinha erro na previsão do mercado para o crescimento do PIB em 2017. A mediana das expectativas aponta expansão de 0,49% (e não de 1%). A seguir, a nota corrigida: Pela quinta semana consecutiva melhorou a expectativa dos analistas do mercado financeiro para a inflação deste ano, segundo o boletim Focus, do Banco Central. A mediana das estimativas para o IPCA caiu de 4,70% para 4,64% e está mais próxima, portanto, da meta de 4,5% perseguida pelo BC. Alguns indicadores de inflação divulgados na semana passada mostraram taxas melhores que a esperada em janeiro, mostrando que a desaceleração dos preços, marca do segundo semestre do ano passado, deve continuar. A FGV informou que o IGP¬M subiu 0,64%, menos que a estimativa de 0,72%, por conta da queda mais pronunciada dos preços agrícolas no atacado. Já o IPC-FIPE, que mede os preços apenas na cidade de São Paulo, subiu 0,32% e, segundo o Bradesco, ratificou a aposta de um IPCA comportado no mês passado. O dado será divulgado pelo IBGE na próxima quarta-feira. No Focus, a estimativa para o IPCA de janeiro caiu de 0,51% para 0,47%. Há quatro semanas estava em 0,58%. (Valor Econômico – 06.02.2017)

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7 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h56, o dólar comercial caía 0,36%, a R$ 3,1113, depois de testar R$ 3,1073 na mínima. Ontem, o dólar comercial subiu 0,07% e fechou a R$ 3,1225. (Valor Econômico – 03.02.2017 e 06.02.2017)


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Internacional

1 Banco Mundial prevê fortes aumentos no preço das commodities industriais, como energia

Para este ano, o Banco Mundial (BM) prevê fortes aumentos no preço das commodities industriais, como energia e metais, devido à escassez de oferta e fortalecimento da demanda no mundo. Na edição de janeiro da sua trimestral Commodity Markets Outlook, a agência multilateral elevou sua projeção para os preços dos metais ao estimar não um aumento de 4% como previsto em Outubro de 2016, e sim 11% devido a maior escassez da oferta e forte demanda da China e de outras economias avançadas. "Os preços da maioria das commodities parece ter atingido o seu ponto mais baixo no ano passado e tendem a aumentar em 2017", disse John Baffes, economista sênior e principal autor da publicação. "No entanto, mudanças políticas podem alterar este curso", acrescentou. O banco também manteve a projeção para este gestão no que respeita ao preço do petróleo: $ US 55 por barril, o que significa um aumento de 29% em comparação com 2016. Commodity Markets Outlook é uma publicação trimestral do BM em que é oferecida uma análise de mercado completa dos principais grupos de commodities, como energia, metais, agricultura, metais preciosos e fertilizantes. (La Razón – Bolívia – 05.02.2017)

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2 Chile: Regulados intensificam mudança para o mercado livre e alcançam economia de 25%

Um crescimento explosivo tem demonstrado o interesse de todos os clientes do sistema elétrico para o acesso aos baixos preços de leilões recentes. A maioria dos clientes livres, empresas com alto consumo, como mineras, optaram por renegociar os seus contratos, mas também aqueles clientes regulados com potência conectada de 0,5 MW e 5 MW que podem optar em que categoria estar, como o varejo, por exemplo, que têm procurado ser livres. A razão seria a poupança nas tarifas elétricas, que pode variar entre 10% e 25%, dependendo da localização geográfica do cliente. Sebastián Novoa, da Ecom Chile, dedicada a agregação da demanda, diz que o primeiro processo do tipo, no seu caso, começou no final de 2015 e o interesse foi quasde nulo, de modo que o negócio se concretizou apenas a oito meses. Mas agora isso mudou, e no último processo demoraram dois meses. De fato, nesta segunda-feira, fechou seu último concurso com um total de 13 empresas que serão abastecidas pela Colbún e Gener a um preço médio de US$ 55/MWh. Explica que os preços da energia para clientes regulados estão mais altos, fruto da entrada de contratos para clientes regulados oferecidas pelas companhias de distribuição de alguns anos atrás e que foram premiados com preços elevados. Enfatiza que, embora esta tendência possa ser revertida em cinco anos, quando entram os contratos recentemente premiados, "a oportunidade de mudar para uma taxa livre, com um preço fixo para os próximos quatro ou cinco anos, é imbatível." (Economía y Negócios – Chile – 03.02.2017)

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3 Peru: Osinergmin anuncia redução de tarifas

As tarifas de energia elétrica do Sistema Elétrico Nacional (SEIN) peruano vai experimentar uma redução de 2,5% em média para os usuários residenciais e de 3,3% em média para os usuários comerciais e industriais, a partir de hoje, informou o Organismo de Supervisão do Investimento em Energia e Mineração (Osinergmin). Explicou que, desta forma, por exemplo, se um usuário doméstico pagava 50 soles por mês em sua conta de energia elétrica, a partir de fevereiro 2017 este montante será reduzido em aproximadamente 1,25 soles. A cada mês, Osinergmin realiza o respectivo cálculo da tarifa. De acordo com as normas do setor, revê os componentes da tarifa de energia elétrica, a fim de manter o seu valor real. As tarifas pagas pelos usuários residenciais, comerciais e industriais são uma combinação dos preços atualizados da geração, transmissão e distribuição da eletricidade. Uma das razões para a redução é a suspensão do pagamento da taxa para reforço da segurança energética (CASE) destinado ao projeto Gasoduto Sul Peruano. (El Peruano – Peru – 04.02.2017)

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4 Peru: Reservas de gás comprovadas

Graças a reservas de gás natural confirmadas, o Peru está emergindo como um país apto para se autoabastecer de energia pelas próximas décadas, uma condição que poucas nações podem alcançar na região sul-americana e, ao mesmo tempo, os exportar excedentes com os consequentes benefícios em país sua economia. O MME afirmou que no livro de reservas de gás natural correspondente a 2015 se encontram comprovados 12 trilhões de pés cúbicos, mas com a exploração da China National Petroleum no Bloco 58, esse número subiu para 16 trilhões, tal como dito na publicação correspondente a 2016, o que dá ao Peru um horizonte de uma oferta mínima de quinze anos. Com as reservas comprovadas, a massificação deste combustível é uma meta que o Executivo espera atingir para que a maior quantidade de peruanos acesse seus benefícios, de modo que Io Governo contribua diretamente com a economia das famílias. O Presidente da República, Pedro Pablo Kuczynski, disse anteriormente que a ideia é favorecer todo o país, mas particularmente a região do centro e do sul andina, onde ainda há bolsões de pobreza enfrentados pelo rigor do clima frio característico região. Com a instalação de gás natural nas casas, para os cidadãos será mais fácil atenuar a intensidade das geadas, porque o combustível irá permitir que os sistemas internos de aquecimento funcionem e contribuirá para a saúde das pessoas. (El Peruano – Peru – 05.02.2017)

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5 Portugal vai investir 800 milhões de euros em energias renováveis

O Governo do português António Costa anunciou este domingo que vai arrancar com novos projetos em energias renováveis, com uma capacidade instalada de cerca de 750 MW. Com um investimento potencial superior a 800 mi de euros, o Ministério da Economia quer reafirmar o aumento da quota de energia proveniente de fontes renováveis em Portugal. Segundo o Ministério da Economia, “em função dos 380 MW de licenças para centrais solares, sem tarifas subsidiadas pelos consumidores e com cauções já entregues pelos promotores, o Governo aprovou 41 MW relativos a três centrais de biomassa”. A este investimento em centrais solares junta-se “o projeto de energias das ondas Windfloat que representa um investimento de cerca de 125 mi de euros, a realizar nos próximos anos e cuja ligação a terra será feita sem onerar os consumidores (ao contrário do programado)”, explica o gabinete do secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches. O desenvolvimento da energia eólica em Portugal será também um dos objetivos assumidos pelo executivo de António Costa, com a EDP Renováveis a anunciar a instalação de mais 216 MW em parques eólicos. “No âmbito do grupo de trabalho criado pelo Governo para fazer a reforma da floresta, serão brevemente lançados cerca de 60 MW de licenças, destinadas a centrais de biomassa”, avança ainda o gabinete do secretário de Estado da Energia. Portugal teve, em 2015, a sétima maior quota de energias renováveis da União Europeia (27%), enquanto a média europeia se fixou nos 16,4%, de acordo com dados divulgados este mês pela Comissão Europeia. (Jornal Económico – Portugal – 05.02.2017)

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6 Governo português manda investigar preços da luz

O secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, requereu à ERSE uma investigação aos preços da luz, depois de ter verificado que houve “um grande aumento”, segundo o que explicou na Assembleia da República. A notícia foi avançada pelo “Correio da Manh㔠na edição desta sexta-feira e indica que a ERSE já está a analisar a evolução dos valores. A ERSE está verificando se existem motivos técnicos que justifiquem a alteração das tarifas, que no mercado regulado, por exemplo, subiram 1,2% para os consumidores domésticos a de 1 de janeiro, o que representa um aumento de 57 cêntimos numa fatura média mensal de 47 euros. Jorge Seguro Sanches adiantou ainda que pretende que a ERSE apresente “propostas de medidas que possam contrariar este efeito”, de acordo com o CM. O aumento das tarifas da eletricidade, divulgado em meados de dezembro pela ERSE, resulta do impacto do serviço da dívida com custos “a um nível historicamente alto”, apesar da descida da taxa de juro, do diferencial de custo com a produção em regime especial – a produção hídrica e eólica foi superior ao esperado – e das rendas de concessão dos municípios nas Regiões Autónomas. Em relação ao mercado livre, registaram-se em novembro mais 25 mil clientes, totalizando cerca de 4,72 milhões de consumidores, o que representa 77% do número total de clientes e 92% do consumo do país, de acordo com os dados apresentados pela mesma entidade a 11 de janeiro. A totalidade dos grandes consumidores está praticamente toda no mercado livre, enquanto a percentagem de domésticos continua a aumentar, representando 81% do consumo total do segmento face aos 74% registados no mês homólogo de 2015. O número de clientes do mercado regulado é de aproximadamente 1,42 milhões, sendo que existem no total seis milhões de clientes no país. No que diz respeito ao consumo, houve uma subida de 134 GWh comparativamente ao mês de Outubro (para 40 319 GWh), o que representa um crescimento de 2% face ao mês homólogo de 2015. A EDP Comercial manteve a sua posição como principal operador no mercado livre, com uma quota de consumo nos 45,8% e de clientes nos 84,8%. A Endesa (25%) reforçou a sua liderança nos segmentos de grandes consumidores e de clientes industriais (29%), tendo aumentado as suas quotas em 0,9 pontos percentuais em novembro de 2016. (Jornal Económico – Portugal – 03.02.2017)

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7 China mais do que dobra capacidade instalada em energia solar em 2016

A capacidade instalada em energia solar fotovoltaica na China mais do que dobrou no ano passado, transformando o país no maior produtor de energia solar do mundo em capacidade, disse a Administração Nacional de Energia neste sábado. A capacidade fotovoltaica instalada subiu para 77,42 GW ao final de 2016, com a adição de 34,54 GW ao longo do ano, mostraram dados da agência. Shandong, Xinjiang e Henan ficaram entre as províncias que tiveram o maior aumento da capacidade, enquanto Xinjiang, Gansu, Qinghai e Mongólia Interior foram as regiões que terminaram com maior potência total ao final do ano. A China pretende instalar mais de 110 GW em capacidade solar no período 2016-¬2020, segundo o plano de desenvolvimento solar traçado pela agência de energia. O país pretende impulsionar o uso de fontes não fósseis de geração de energia para 20% de sua matriz em 2030, ante 11% hoje. A China planeja invetir cerca de US$ 364 bi em geração de energia renovável até 2020. (Reuters – 04.02.2017)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 SOUZA, Zilmar de. “Geração pela biomassa cresce quase 6% em 2016”. Agência Canal Energia. Rio de janeiro, 3 de fevereiro de 2016.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.

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Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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