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IFE: nº 4.255 - 31 de janeiro de 2017
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL: necessidade urgente de reduzir desequilíbrio com leilões de descontratação
2 CCEE: fator de ajuste do MRE deverá ficar em 83,3% em 2017
3 Tarifa de energia indica trajetória de queda em 2017, diz consultoria
4 Thymos: queda no dólar favorece os consumidores de energia brasileiros
5 MME abre consulta pública sobre eficiência de motores elétricos

Empresas
1 Aneel nega pedido de adiamento de devolução de indenizações pela Eletrobras
2 WEG substitui Impsa em complexo eólico de Furnas
3 Mercado total da Light caiu 2,3% em 2016
4 Enel Distribuição Rio executa melhorias na rede elétrica de municípios do interior
5 Celesc e Fundação Certi vão inaugurar dois eletropostos em fevereiro
6 EDP Brasil investe na robotização de sistemas internos

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 EPE vê reação da indústria e projeta alta do consumo
3 Em meio à crise, consumo de eletricidade no Brasil encolhe quase 1% em 2016

Energias Renováveis
1 BYD espera Finame de painéis solares em março
2 BYD: cancelamento do leilão de energia de reserva preocupa
3 BlueSol já tem cinco franquias engatilhadas
4 Pará continua a avançar na geração de energia solar

5 Piauí ganha laboratório dedicado à formação em energias renováveis
6 Vendas de etanol hidratado caem 24% nos primeiros 15 dias do ano
7 Logum prossegue preparativos para extensão de etanolduto até Santos

Gás e Termelétricas
1 GPE e MSGÁS negociam construção de térmica a gás
2 CGÁS tem lucro recorde em 2016
3 Eletronuclear anula licitação de montagem eletromecânica de Angra 3

Economia Brasileira
1 Meirelles destaca que déficit foi melhor do que o previsto
2 Indústria fechou 2016 com queda de 12% no faturamento, diz CNI

3 Comerciantes iniciam ano com estoques elevados, sinaliza CNC
4 Micro e pequenas empresas foram menos pontuais ao pagar dívida em 2016
5 Confiança da indústria bate em janeiro maior nível desde maio de 2014
6 Indicador de incerteza recua após duas altas, mas deve voltar a subir, diz FGV
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Almaraz: Espanha tem um mês para responder a recurso sobre armazém de resíduos nucleares


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL: necessidade urgente de reduzir desequilíbrio com leilões de descontratação

Para o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da UFRJ, Nivalde de Castro, o comportamento do consumo de energia continua muito atrelado à crise econômica e política que o país vive. Com isso, pode haver aumento da sobrecontratação das distribuidoras, o que "indica a necessidade urgente do ministério de Minas e Energia de reduzir esta fonte de desequilíbrio, como foi sinalizado com a proposta dos leilões de descontratação e dos ajustes entre agentes". Em 2016, o consumo de energia do país foi de 460 mil GWh, com retração de 0,9% em relação ao ano anterior. Foi o segundo ano consecutivo de queda do consumo, que voltou a patamar menor que o observado em 2013, de 463.740 GWh, refletindo o mau desempenho da economia brasileira. Além do setor industrial, contribuiu para o resultado negativo o fraco desempenho do segmento de comércio e serviços, cujo consumo no ano passado recuou 2,5%, na comparação com 2015, para 88.185 GWh. O segmento foi o único que registrou queda em dezembro, em relação a igual período do ano anterior, de 3,3%. (Valor Econômico – 31.01.2017)

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2 CCEE: fator de ajuste do MRE deverá ficar em 83,3% em 2017

Apesar de o país não passar por um período hidrológico com vazões acima da média de longo termo, a perspectiva para os meses de janeiro, fevereiro e março é de o país registrar energia secundária no MRE. De acordo com a CCEE, os índices esperados de geração de energia ante o volume sazonalizado pelos agentes são esperados em 106,5% e 113,9%, respectivamente. Mesmo com esse volume a perspectiva de fator de ajuste do MRE para 2017 está pior do que o de 2016 com 83,3% em comparação com os 87% do ano passado. De acordo com o gerente de preços da CCEE, Rodrigo Sacchi, durante a apresentação mensal InfoPLD, o ajuste do MRE para fins de repactuação em janeiro está preliminarmente calculado em 96,8% e em 99,3% em fevereiro. “O índice médio de 2017 está bem baixo, é similar ao que tivemos em 2014 e 2015”, relatou ele. A CCEE estima que o ESS deve fechar o mês em R$ 229 mi sendo que o maior valor é devido à segurança energética, verificada mais na segunda semana do mês e toda essa geração em consequência do submercado Nordeste. Já o encargo por conta de restrição elétrica está localizada no Sudeste. Em fevereiro, esse mesmo perfil de alocação dos valores do ESS repetem-se, mas com valor total de R$ 102 mi. Para o acumulado de 2017, a expectativa da CCEE é de que o ESS acumule R$ 447 mi. Já custo com o deslocamento entre CMO e PLD está estimado este ano em R$ 14 mi. (Agência CanalEnergia – 30.01.2017)

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3 Tarifa de energia indica trajetória de queda em 2017, diz consultoria

As contas de luz dos consumidores de energia terão um alívio em 2017. Cálculos realizados pela consultoria especializada Thymos Energia indicam que as tarifas das distribuidoras que passarão por processo tarifário (revisão ou reajuste) no primeiro semestre deste ano devem ter queda de, em média, 2,5%. A redução deve ser mais significativa na região Sudeste, onde a variação deve ficar na faixa de -8,75%; no Centro-Oeste, a queda deve ser de 5%, e no Nordeste, de 0,5%. As estimativas da consultoria levam em conta principalmente a diminuição de encargos setoriais prevista para o período e o custo da energia entregue por Itapu, valorada em Dólar, que apresentou redução significativa no câmbio nos últimos meses. No total, 29 concessionárias de todo o país passarão por processos tarifários no primeiro semestre de 2017, incluindo a Enel Distribuição Rio, Cemig, Energisa Mato Grosso, Energisa Mato Grosso do Sul, Coelba e a Celpe. Esses processos são conduzidos pela Aneel. "Nesse primeiro semestre vamos ter uma pressão maior de queda nas tarifas de energia. Como as distribuidoras que passam por processos tarifários no segundo semestre já absorveram esses efeitos nos reajustes passados, o impacto da redução deverá ser menor na segunda metade do ano", disse Ricardo Savoia, diretor de Regulação e Gestão de Energia da Thymos. De acordo com o especialista, a perspectiva de redução das tarifas se deve principalmente ao corte na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). O encargo que cobre custos como o programa de universalização do acesso à energia elétrica e a geração de energia nos sistemas isolados deve cair de R$ 18,3 bi, em 2016, para R$ 14,1 bi, neste ano. Além disso, os processos devem considerar a reversão dos valores da CVA (Conta de Valores da parcela A) existente nas contas das distribuidoras em favor dos consumidores. (Agência CanalEnergia – 30.01.2017)

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4 Thymos: queda no dólar favorece os consumidores de energia brasileiros

Ricardo Savoia, diretor de Regulação e Gestão de Energia da Thymos, explicou que a queda do Dólar frente ao Real favorece os consumidores de energia brasileiros, uma vez que a energia entregue pela hidrelétrica Itaipu aos consumidores é valorada com base na moeda norte-americana. A energia de Itaipu é comprada compulsoriamente pelas distribuidoras das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A Aneel definiu, no final de 2016, um aumento de 11,4% no custo em dólar da energia gerada pela usina. O aumento foi impulsionado por legislação que determinou que a Aneel considerasse, no cálculo do preço da energia da usina, valores não pagos pela União à Itaipu Binacional referentes a faturas vencidas no ano passado. Por outro lado, os valores previstos para o câmbio diminuíram, reduzindo a intensidade do aumento das tarifas da energia da usina. Savoia explicou também que contratos de compra de energia mais caros, firmados em leilões do tipo A-1, estão sendo substituídos por contratos mais baratos, na medida em que grandes hidrelétricas como Santo Antonio, Jirau, Teles Pires e Belo Monte começam a entregar grandes blocos de energia. Além disso, o despacho térmico foi menor em 2016. Por outro lado, a inclusão da indenização prevista pela portaria 120/16, do MME na receita das transmissoras, irá pressionar as contas de luz, impedindo quedas maiores nas tarifas. É que, por decisão do governo, as tarifas passarão a incorporar a indenização sobre os investimentos feitos nas transmissoras até maio de 2000 e que não haviam sido amortizados. A expectativa é que R$ 55 bi sejam cobrados dos consumidores, a partir de julho de 2017, pelos próximos oito anos. Cabe lembrar que a indenização faz parte do processo de renovação das concessões, oficializado pela publicação da MP 579/12, ainda durante o governo da presidente Dilma Rousseff. Em razão do pagamento das indenizações, disse Savoia, a tarifa-fio vai aumentar entre 40% e 80%, dependendo da tensão em que o consumidor estiver conectado. (Agência CanalEnergia – 30.01.2017)

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5 MME abre consulta pública sobre eficiência de motores elétricos

O MME abriu Consulta Pública para o Programa de Metas para Motores Elétricos Trifásicos de Indução Rotor Gaiola de Esquilo. A portaria no. 29 foi publicada no DOU de 30 de janeiro As contribuições dos agentes interessados no aprimoramento da proposta de que trata o programa serão recebidas até o dia 8 de março por meio do site do MME na área de Consulta Pública. Está programada uma Audiência Pública presencial no dia 9 de março no auditório do MME. (Agência CanalEnergia – 30.01.2017)

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Empresas

1 Aneel nega pedido de adiamento de devolução de indenizações pela Eletrobras

A Aneel negou pedido da Eletrobras para adiar o pagamento parcelado de um montante de R$ 604,2 mi referente a recebimento a maior e indevido de indenizações de transmissão no âmbito do MP 579 a ser devolvido à RGR. Em meados de janeiro a agência reguladora determinou a redução do valor original de R$ 732 mi e a ampliação do prazo que ficou em seis vezes a partir de julho. A decisão foi publicada no DOU de 30 de janeiro. A estatal apresentou recurso pedindo efeito suspensivo para que o termo inicial de pagamento da parcela e valores efetivamente devidos não se inicie antes do julgamento final do recurso, e sim, apenas seis meses depois da data de publicação da decisão final. De acordo com os seus argumentos, o pedido se justifica uma vez que há perigo na demora do julgamento do recurso, que poderá ocorrer em data posterior à definida para início dos pagamentos, implicando, assim, no quadro de não se saber ao certo qual é o valor efetivamente devido pela companhia. Além disso, o recurso aponta que a empresa acata a responsabilidade de devolução da parte que se refere às suas subsidiárias diretamente envolvidas no processo, mas que a Aneel deveria cobrar das demais concessionárias as suas parcelas a maior e não da Eletrobras. Por isso, solicitou a reforma da decisão do despacho no. 84 de 13 de janeiro de 2017, que determinou o valor e o parcelamento de pagamento dos R$ 604,2 mi, a fim de que as outras concessionárias, Cteep, Copel, Cemig, Celg e CEEE, façam a devolução à RGR diretamente e não por meio da Eletrobras, que ficaria responsável apenas pelas empresas que controla Furnas, Eletrosul, Chesf e Eletronorte. A Eletrobras ainda solicitou que índice de reajuste aplicado ao processo seja o da inflação oficial, o IPCA, calculado pelo IBGE. (Agência CanalEnergia – 30.01.2017)

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2 WEG substitui Impsa em complexo eólico de Furnas

A WEG substituirá a argentina Impsa no fornecimento de aerogeradores para pelo menos um complexo eólico de Furnas. A empresa venceu concorrência realizada pela estatal para a entrega de equipamentos para o complexo de Itaguaçu, formado por dez parques, totalizando 280 MW de capacidade instalada, na Bahia. Furnas tem 98% de participação no complexo de Itaguaçu, após ter comprado em 2015 a participação de 49% do FIP Salus no empreendimento. Os 2% restantes pertencem à Casa dos Ventos. De acordo com uma fonte com conhecimento do assunto, a WEG foi a única participante da licitação. Alguns fabricantes entenderam que o valor proposto não era interessante. Procurada, a WEG disse não ter nada para manifestar no momento. Ao Valor, Furnas informou que não participa diretamente em complexos eólicos, somente em parceria, e que estão em andamento algumas licitações, porém não concluídas e sem contratação até o momento. Itaguaçu faz parte dos 21 parques eólicos dos quais Furnas possui participação e que venderam energia no leilão do tipo "A-5" de 2013, com início de fornecimento de energia para maio de 2018. Na ocasião, os parques venderam energia pelo valor de R$ 121 MWh. Há expectativa de que Furnas realize concorrências semelhantes para os complexos Acaraú, de 70 MW de capacidade, no Ceará, e Famosa III, de 125 MW, e Serra do Mel, de 84 MW, ambos no Rio Grande do Norte. Não se sabe porém o estágio desses processos. Segundo fontes do setor, Furnas possui ao todo cerca de 1 mil MW de projetos eólicos a serem construídos. Desses, a grande maioria utilizaria máquinas fornecidas pela Impsa. (Valor Econômico – 31.01.2017)

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3 Mercado total da Light caiu 2,3% em 2016

O mercado total da Light no ano de 2016 apresentou queda de 2,3% quando comparado ao ano de 2015. O consumo do ACL apresentou variação positiva, crescendo de 5.085 GWh para 5.189 GWh. O mercado cativo recuou de 21.361 GWh para 20.660 GWh. Por segmento de consumo, o residencial apresentou leve aumento de 0,8%, o comercial recuou 2,2%, mesmo com a demanda no ACR tendo aumentado de 890 GWh para 1.122 GWh, o industrial caiu 6,7%, sendo registrados recuos em ambos os ambientes. Apenas no quarto trimestre do ano passado apresentou aumento de 0,6%, para 6.533 GWh. Nessa base o maior crescimento fio verificado no mercado residencial com alta de 9,1%, no industrial recuou 0,3% e o comercial variou negativamente em 4,3%. Em termos de indicadores de qualidade, a Light divulgou que o DEC e FEC apresentaram performance opostas, sendo queda de 7,1% no primeiro item para 11,72 horas e elevação de 1,4% no segundo, para 6,53 vezes. O número de consumidores aumentou em 2,7%, para 4,420 milhões de unidades, a tarifa média de fornecimento aumentou em 3,6%, para R$ 679/MWh. No segmento de geração a empresa reportou um aumento de 8,8% na venda do insumo ao ACL, para 4.669,9 GWh. Somente no quarto trimestre esse indicador de crescimento ficou em 8,5% No total, as vendas de energia apresentaram aumento de 3,4% e de 8,5% no trimestre. A Light explicou que esse crescimento se justifica por conta da estratégia de sazonalização da empresa e a venda de hedge hidrológico, fato que não ocorreu em dezembro do ano passado. Já na comercialização houve crescimento no ano da ordem de 10,7% ante 2015 com 5.711 GWh. No trimestre o aumento foi mais expressivo, de 13,1%. (Agência CanalEnergia – 30.01.2017)

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4 Enel Distribuição Rio executa melhorias na rede elétrica de municípios do interior

Com o objetivo de melhorar a qualidade do fornecimento de energia, a Enel Distribuição Rio está executando uma série de ações de melhoria e expansão na rede elétrica de Rio das Ostras, Macaé e região. A distribuidora está instalando equipamentos que tornarão a rede da companhia automatizada, substituindo cerca de 90 quilômetros de fiação comum por cabeamentos isolados e instalando 70 quilômetros de rede elétrica nova. Durante o último ano, a companhia instalou 558 equipamentos que integram o Projeto Telecontrole, sendo 157 religadores e 401 chaves telecomandadas. O projeto consiste na automação da rede de média tensão, utilizando equipamentos telecomandados e um sistema de gestão da automação da rede que permite que a distribuidora identifique e isole, mais agilmente e de forma remota, falhas ocorridas na rede. Em casos de interrupção no fornecimento, é possível minimizar os impactos, reduzindo o número de clientes afetados graças a uma maior seletividade da rede. (Agência CanalEnergia – 30.01.2017)

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5 Celesc e Fundação Certi vão inaugurar dois eletropostos em fevereiro

Em fevereiro, Florianópolis (SC) ganhará dois eletropostos para abastecer veículos e bicicletas elétricas; no campus da Universidade Federal de Santa Catarina, no estacionamento da Fundação Certi e o outro, no posto Ilha Bela, no bairro Itacorubi. Além desses dois, há ainda o eletroposto implantado recentemente em Araquari, no posto Sinuelo, no norte do estado. Com recursos do Programa de Pesquisa & Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica e parceria da Fundação Certi, o projeto viabiliza o primeiro Corredor Elétrico da região Sul, que contará ainda no primeiro semestre com uma estação de carregamento de veículos elétricos em Balneário Camboriú. O eletroposto da UFSC oferecerá carregamento semirrápido, mais adequado para as pessoas que trabalham, estudam ou fazem compras nos arredores do Campus, pois o carregamento pode levar de três a oito horas, dependendo do veículo. As demais estações são do tipo carregamento rápido, tornando possível reabastecer o VE em 20 minutos. De acordo com o presidente da Celesc, Cleverson Siewert, o projeto consolida compromissos corporativos da empresa, que quer crescer como player do setor elétrico; o que envolve esforços em várias frentes de trabalho. Ele conta com a parceria da Fundação Certi, outro importante player das áreas de pesquisa tecnológica e de inovação. Segundo o diretor do Centro de Referência em Energia Sustentável da Fundação Certi, Cesare Pica, o eletroposto da UFSC será o primeiro protótipo com tecnologia nacional, o que é inovador no País. Ele explica ainda que, para tornar a solução mais atrativa, o software de controle permite o gerenciamento do uso da energia, que é gerada por placas fotovoltaicas. (Agência CanalEnergia – 30.01.2017)

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6 EDP Brasil investe na robotização de sistemas internos

Um robô vai ajudar a EDP Brasil a aumentar a eficiência dos procedimentos internos da companhia. O projeto de implementação do R1SP (Robô 1 Serviços Partilhados) recebeu um investimento inicial de R$ 1 milhão, e o retorno, segundo a EDP, deve acontecer em menos de um ano — resultado principalmente de corte de gastos com hora extra de pessoal. Essa é a primeira vez que uma empresa do setor elétrico brasileiro investe em sistemas robóticos para agilizar atividades internas, de acordo com a EDP. A área de serviços compartilhados da companhia será a primeira a utilizar o robô, no preenchimento de guias tributárias, conciliação bancária e recebimento de notas fiscais. O projeto, a ser implementado na sede da companhia, conta ainda com a contribuição da EY. A primeira etapa de robotização dos sistemas será concluída no primeiro semestre deste ano. “Hoje, 70% do trabalho das equipes está direcionado à execução de processos repetitivos, e, em apenas 30% do tempo, os colaboradores realizam tarefas analíticas. Com a robotização, a EDP pretende reequilibrar esse porcentual para ter 80% de seus esforços concentrados em atividades de análise crítica, consideradas de alto valor agregado”, segundo a empresa. (Brasil Energia – 30.01.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Norte estão operando com volume de 23,9%, aumentando 0,6% em relação ao dia anterior. Os dados são do ONS, referentes ao último dia 29 de janeiro. A energia armazenada é 3.595 MW/mês e a ENA é 7.134 MWm, que é o mesmo que 37% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Tucuruí está operando com volume de 36,41%. No submercado SE/CO os reservatórios estão operando com 37,3% da capacidade, 0,3% a mais que o registrado no dia anterior. A energia armazenada é 75.766 MW/mês e a ENA é 57.280 MWm, que é equivalente a 66% da MLT. A usina de Furnas está operando com volume de 47,38% e a de Nova Ponte com 28,04%. Na região Nordeste, os reservatórios estão com volume de 17,1%, aumentando 0,1% em relação ao dia anterior. A energia armazenada na região é 8.865 MW/mês e a ENA é 3.353 MWm, que é equivalente a 30% da MLT. A usina de Sobradinho está operando com 10,45% da capacidade. Na região Sul, houve acréscimo de 0,2% em relação o dia anterior, deixando os reservatórios com volume de 61,8%. A energia armazenada é 12.325 MW/mês e a ENA é 6.849 MWm, que é o mesmo que 152% da MLT. A usina de Barra Grande está operando com volume de 54,67%. (Agência CanalEnergia – 30.01.2017)

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2 EPE vê reação da indústria e projeta alta do consumo

A EPE prevê o aumento do consumo de energia do setor industrial brasileiro este ano, na comparação com 2016. O crescimento, de acordo com a estatal, deve se dar pela utilização da capacidade instalada ociosa das fábricas em caso de recuperação gradual da demanda interna. "Com grande parte dos ajustes na atividade produtiva já realizados em 2015 e 2016, tais como de mão de obra, adequação dos investimentos, redução de estoques, adaptação da capacidade produtiva, entre outros e, em função da base baixa de 2016 [...] a expectativa é que o segmento industrial pode ter um desempenho melhor em 2017", disse o presidente da EPE, Luiz Augusto Barroso. De acordo com dados divulgados ontem pela estatal de estudos energéticos, o consumo de energia da classe industrial em dezembro alcançou 13.453 GWh, com alta de 0,9% ante igual período de 2015. Foi o segundo mês seguido de alta, após 32 meses consecutivos de queda (desde março de 2014), nesse tipo de comparação. "As taxas anuais de variação do consumo industrial de cada mês foram se tornando menos negativas ao longo 2016, principalmente no segundo semestre", destacou a EPE, em documento sobre o assunto. De acordo com a estatal, entre dezembro de 2016 e o do ano anterior, quatro dos dez principais segmentos consumidores de energia da indústria registraram crescimento do consumo: têxtil (8,6%), papel e celulose (8,3%), automotivo (5,1%) e metalúrgico (3,8%). "Com a retomada gradual das atividades econômicas no país, e na persistência das condições climáticas com temperaturas mais altas como as observadas nesse início de ano, espera-se um nível pouco mais elevado no consumo de eletricidade em 2017", afirmou. (Valor Econômico – 31.01.2017)

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3 Em meio à crise, consumo de eletricidade no Brasil encolhe quase 1% em 2016

O consumo de energia elétrica é um ótimo termômetro para medir a profundidade de uma crise econômica. Isso porque quando a economia vai mal, a tendência é que haja uma redução no consumo de eletricidade. Em 2016, esse indicador recuou 0,9% em relação ao resultado de 2015, somando 460 mil GWh. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 30 de janeiro, pela EPE, órgão de planejamento energético do MME. À primeira vista, o tombo pode parecer pequeno. Contudo, em 2015 o consumo brasileiro de energia já havia apresentado declínio de -2,1% sobre 2014, totalizando 464,7 mil GWh. Isso significa dizer que o consumo nacional de energia acumula retração de 3% em dois anos. Segundo a EPE, em 2016, o consumo do país foi 4.401 GWh menor que o registrado em 2015. A queda ocorreu principalmente nos setores produtivos, o segmento industrial recuou -2,9% e o comercial -2,5%, resultado que foi parcialmente compensado pelo crescimento do consumo residencial (+1,4%). O consumo industrial no ano passado atingiu 164.034 GWh. O recuo de 4.825 GWh (-2,9%) na demanda industrial foi equivalente à potência de uma usina hidrelétrica de 1.100 MW de capacidade instalada. O consumo comercial somou 88.185 GWh, recuo de 2.231 GWh. O setor residencial alcançou 132.893 GWh, aumento de 1.869 GWh. Há ainda o segmento classificado pela EPE como "outros", que atingiu 74.889 GWh, aumento de 786 GWh (+1,1%). O consumo médio residencial encerrou o ano em 160 kWh/mês. "A trajetória de recuperação que esse consumo vinha apresentando ao longo do ano cessou no último trimestre, e seu nível acabou ficando abaixo do 161 kWh/mês de 2015", explicou a EPE. Na análise por subsistemas elétricos, Sudeste/Centro-Oeste consumiu 267.987 GWh (-1,7%), Nordeste 72.926 GWh (variação nula), Norte 33.582 GWh (+2,5%) e Sul 81.990 GWh (-0,3%). Dezembro - O consumo de energia elétrica das residências exibiu aumento de 2,6% em dezembro, com destaque para as regiões Sudeste (+3,3%) e Sul (+5,4%). A classe fechou o ano com avanço de 1,4%, após cair 1,0% em 2015. A indústria teve alta de 0,9% no consumo de eletricidade, enquanto o setor comercial continuou em queda, de 3,3%, o que ajudou a registrar estabilidade no consumo total (+0,5%) do mês passado. (Agência CanalEnergia – 30.01.2017)

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Energias Renováveis

1 BYD espera Finame de painéis solares em março

A chinesa BYD espera receber em março o código Finame do BNDES, que atesta o atendimento da companhia às regras de nacionalização do banco para painéis fotovoltaicos. A companhia mantém a previsão de iniciar a operação da fábrica localizada em Campinas em fevereiro, com uma capacidade inicial de 200 MWp ao ano. A inauguração oficial deve ocorrer em abril, com a visita de executivos da matriz chinesa, conhecida também pela fabricação de veículos elétricos. Os planos de seguir com a fábrica foram mantidos mesmo com o cancelamento do leilão de energia de reserva que seria realizado em dezembro passado e sem definições sobre a desoneração de impostos como IPI e PIS/Cofins para insumos e maquinários da indústria. “A indefinição (sobre a desoneração) é o nosso grande problema (para competir com importação). Temos demanda para 2017 e 2018. Mas alguns dos nossos clientes já tinha decidido entrar no último leilão (de reserva marcado para dezembro e posteriomente cancelado) com painel importado, porque são mais competitivos”, explica o diretor de Marketing e Novos Negócios da companhia, Adalberto Maluf.

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2 BYD: cancelamento do leilão de energia de reserva preocupa

Segundo o diretor de Marketing e Novos Negócios da chinesa BYD, Adalberto Maluf, o cancelamento do leilão de energia de reserva de dezembro do ano passado, que abriria espaço para novas contratações da fonte, é preocupante e ampliou a desconfiança dos investidores em relação às metas de contratação divulgadas pelo governo. “Nossa matriz vê o país com certo descrédito: nossos ministros, governadores, falam que será resolvido e passam meses, anos sem resolver”, comenta. Maluf se refere ao cancelamento do leilão, mas também cita como exemplo processo que dura mais de um ano na secretaria de estado da Fazenda de São Paulo, do qual depende o enquadramento da fábrica em regime tributário especial. O estado insituitiu o tratamento diferenciado para indústrias de células fotovoltaicas em 2011. O enquadramentto daria descontos de ICMS nas operações de compra e de venda das fábricas. Mas a BYD tenta entrar no regime especial há um ano e meio sem sucesso. “Já estamos com a fábrica pronta e não saiu o regime especial. O importado tem ICMS zero de cara”, compara Maluf. A indefinição é o nosso grande problema temos garantido em 2017 e 2018. Mas alguns dos nossos clientes já tinham decidido entrar com painel importado. Um dos principais gargalos, em SP, para atrai, dão diferimento, suspendem o ICMS na importação. Ma faz uma ano e meio que o nosso processo está lá desde junho de 2015, mudanças de equipes. Estamos com a fábrica pronta. Secretaria da fazenda. O importado tem ICMS zero de cara, o local tem o chamado o regime especial. (Brasil Energia – 30.01.2017)

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3 BlueSol já tem cinco franquias engatilhadas

A BlueSol, integradora de sistemas de microgeração, assinou dois contratos para franquias e finaliza outros três, nas cidades do Rio de Janeiro, São José do Rio Preto (SP), Campinas (SP), Barueri (SP) e Fortaleza (CE). A companhia lançou o plano de franquias no final do ano passado e tem a meta de fechar o ano com 20 franqueados. “É um parceiro operador, sem estoques, de responsabilidade da BlueSol. A diferença (com relação aos representantes comerciais da companhia) é uma sala comercial e show room com sistemas de geração instalado para mostrar aos clientes”, descreve o presidente da empresa, Nelson Colaferro. A companhia busca empresas atuando em cidades com mais de 200 mil habitantes e capitais. Além das franquias, a BlueSol conta com uma rede de representantes comerciais que saíram dos mais de 3.700 profissionais treinados pela empresa para instalar os sistemas de microgeração. A companhia começa a oferecer kits de equipamentos com conteúdo local. De acordo com Colaferro, os primeiros kits estão sendo montados, com painéis solares nacionais da Canadian Solar. Esses kits podem ser comprados por pessoas jutídicas com o financiamento incentivado do BNDES, com prazos de 10 anos de retorno. Além da Canadian, que fornece aproximadamente 90% dos painéis (importados e nacionais) usados nos sistemas da BlueSol, a companhia também compra da fabricante chinesa Trina Solar. No passado, a norte-americana SunEdison, que passa nos EUA por processo semelhante ao de recuperação judicial, foi a principal fornecedora da companhia. (Brasil Energia – 30.01.2017)

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4 Pará continua a avançar na geração de energia solar

O Governo do Estado desenvolve em parceria com a Celpa o projeto solar fotovoltaico de 900 kVA para o Hangar Centro de Convenções, com previsão de ser implantado até julho de 2017. Com a conclusão do projeto, o Hangar se tornará o maior sistema da Amazônia e um dos maiores do Brasil nesta categoria. O estado iniciou um rápido desenvolvimento neste setor, como a implantação do sistema solar-fotovoltaico da 1ª Cooperativa de Energia do Brasil, a Coober, inaugurada no município de Paragominas, em agosto do ano passado. O empreendimento tem capacidade para gerar até 75 kVA, e até então é o maior sistema em operação no Norte. (Agência CanalEnergia – 30.01.2017)

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5 Piauí ganha laboratório dedicado à formação em energias renováveis

A Omega Energia, em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí, inaugurou na última sexta-feira, 27 de janeiro, no campus Parnaíba, o primeiro laboratório do estado dedicado à formação técnica e científica em sistemas de energia renovável. O espaço foi viabilizado a partir de investimentos da empresa em complemento ao Curso Técnico sobre o tema, iniciado em 2015 como resultado do acordo de cooperação técnica assinado com a Secretaria de Educação Estadual e implantado no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. Com a inauguração, o Piauí torna-se de um dos únicos estados brasileiros da região Nordeste com uma sólida estrutura de formação técnica na geração de energia a partir de fontes renováveis, um mercado em franca expansão, especialmente na região. O objetivo é contribuir com a formação de mão-de-obra qualificada nesta área, diante da vocação natural de Parnaíba e de toda região Nordeste para o desenvolvimento de fontes renováveis. A Omega possui no estado o complexo eólico Delta, inaugurado em novembro de 2014. Segundo Paulo Lima, reitor do IFPI, nos últimos anos o Brasil experimentou um amplo crescimento da geração eólica, principalmente no litoral nordestino, onde os ventos estáveis, com velocidade superior à necessária, e pouca variação de direção, oferecem condições propícias para esse tipo de geração de energia. No entanto, esse rápido crescimento não encontra reflexo em mão-de-obra local qualificada. Presente no Piauí por meio da operação de Complexos Eólicos, com capacidade instalada de 144,8 MW, a Omega Energia prioriza a contratação de mão-de-obra local em todos os seus projetos como forma de contribuir com o desenvolvimento socioeconômico das regiões onde atua. (Agência CanalEnergia – 30.01.2017)

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6 Vendas de etanol hidratado caem 24% nos primeiros 15 dias do ano

As usinas da região Centro-Sul do país venderam 875,3 milhões de litros de etanol nos primeiros 15 dias do ano, de acordo com levantamento da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica). Desse total, 830,5 milhões de litros foram destinados ao mercado interno e 44,8 milhões de litros, à exportação. O volume de etanol vendido no Brasil caiu tanto para o hidratado, quanto para o anidro. Na comparação com a última quinzena de dezembro de 2016, as vendas de etanol hidratado caíram 24% no início desse ano, somando 437,7 milhões de litros. Já o anidro, utilizado na mistura com gasolina, a retração foi de quase 20%, para 392,8 milhões de litros. Foram processados 1,18 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na região Centro-Sul no período, o que resultou na produção de 35,5 mil toneladas de açúcar e 67,8 milhões de litros de etanol, sendo 48,8 milhões de litros de hidratado e 19 milhões de litros de anidro, de acordo com a Unica. No acumulado da safra 2016/17, a produção de etanol totalizou 25 milhões de litros, o que representa uma queda da ordem de 7,5% frente ao mesmo intervalo da safra anterior. O hidratado foi o principal responsável pelo resultado negativo, com baixa de quase 13%, para 14,4 milhões de litros. O anidro, por outro lado, conseguiu segurar o patamar da safra anterior, com leve alta de 0,6%, somando 10,6 milhões de litros produzidos. (Brasil Energia – 30.01.2017)

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7 Logum prossegue preparativos para extensão de etanolduto até Santos

Embora o mercado sinalize que os investimentos na Logum, companhia dona do maior sistema majoritariamente privado de transporte de etanol a longa distância, estejam praticamente congelados devido à situação delicada de alguns dos seus controladores – caso da Petrobras, Camargo Correa e Odebrecht – a empresa mantém preparativos para expandir sua rede de dutos. No final do ano passado, o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), ligado ao governo de São Paulo, aprovou a viabilidade do EIA/Rima das obras do futuro trecho que irá ligar Paulínia a Santos – com uma derivação a São Bernardo – num total de 310 quilômetros. O investimento é estimado em R$ 487,8 milhões. Facilitou o fato do traçado do empreendimento seguir paralelo a uma faixa de servidão – com 203 quilômetros - já existente e que pertence à Petrobras. Também já foram realizadas quatro audiências públicas, todas em 2014, que originaram as modificações presentes na versão atual do EIA/Rima. Do percurso total, cruzando 29 municípios paulistas, 288 quilômetros serão enterrados, 3,79 quilômetros aéreos e 17,5 quilômetros submersos. O subsistema como um todo inclui ainda a construção de instalações de tancagem e bombeio, além de estação de válvulas e estação redutora de pressão. O atual sistema operacional da Logum tem 350 quilômetros de extensão e está compreendido entre Ribeirão Preto e Paulínia. Começou a ser implantado em 2011 e iniciou atividades comerciais em 2013. O projeto original, no entanto tem previsão para 1.300 quilômetros de malha, o que inclui expansão até Uberaba (MG) e Senador Canedo (GO). Em 2015 movimentou 2,3 milhões de m³ de etanol, volume 130% superior ao transportado em 2014. Para 2016, o plano era elevar esse montante para 2,8 milhões de m³. (Brasil Energia – 30.01.2017)

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Gás e Termelétricas

1 GPE e MSGÁS negociam construção de térmica a gás

A Global Participações em Energia (GPE) está em tratativas com a distribuidora MSGÁS para firmar um acordo de fornecimento de gás natural para uma termelétrica no Mato Grosso do Sul. A empresa planeja construir e operar uma usina movida a gás natural boliviano no estado, denominada UTE Frontal, que deve custar R$ 900 milhões. No projeto elaborado pelas empresas, a energia produzida pela termelétrica será vendida no mercado regulado, por meio de um leilão federal de energia nova, o que ainda não tem data para ocorrer. Para a MSGÁS, a contratação da usina pode trazer uma receita firme de longo prazo, já que a GPE precisa de um contrato de suprimento de gás com prazo de 20 anos. Segundo o diretor da empresa, Valfredo de Assis Ribeiro, grande parte dos pré-requisitos para participação no leilão já foram cumpridos, com exceção do contrato de suprimento de gás natural, que depende de tratativas com a YPFB e a Petrobras, e da liberação da ANP para operação do ramal que conecta o Gasbol à rede de distribuição da MSGÁS. “Estamos na expectativa. Faltam apenas esses dois aspectos para darmos um grande passo, mas vamos esperar uma posição correta para dar prosseguimento ao projeto. O que eu posso dizer é que Mato Grosso do Sul têm uma infraestrutura de gás natural excelente para se trabalhar, um dos motivos pelos quais queremos fechar a parceria”, explicou Ribeiro. Atualmente, a MSGÁS é atendida pelo gás natural da Bolívia, importado pela Petrobras. No entanto, o contrato com a estatal boliviana YPFB vence em dezembro de 2019, e a Petrobras já sinalizou ao mercado que não pretende mais ser responsável pela compra de todo o volume de gás natural demandado pelas distribuidoras. O MME coordena as negociações entre as concessionárias brasileiras, a Petrobras e as partes bolivianas envolvidas. (Brasil Energia – 30.01.2017)

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2 CGÁS tem lucro recorde em 2016

A distribuidora SCGás lucrou R$ 116,2 milhões em 2016, maior valor já acumulado pela empresa desde sua criação, no ano 2000. Só no último mês do ano, o lucro operacional da distribuidora de gás natural de Santa Catarina foi de R$ 15,3 milhões. Os consumidores catarinenses demandaram 45 milhões de m³ de gás natural em dezembro de 2016, gerando uma receita total de R$ 54 milhões para a SCGás. Foram conectados oito novos clientes no mês, incluindo a Ilpea do Brasil, indústria de equipamentos de vedação em Joinville, e uma unidade do restaurante Balada Mix, em Florianópolis. No segmento residencial, cinco condomínios do sul do estado passaram a ser atendidos pela rede de gasodutos da SCGás, nas cidades de Criciúma e Tubarão. Além disso, a distribuidora conectou o Posto do Encontro, no município do Rio do Sul, à sua malha. O posto era atendido por gás natural comprimido (GNC) até então. (Brasil Energia – 30.01.2017)

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3 Eletronuclear anula licitação de montagem eletromecânica de Angra 3

A Eletronuclear anulou no último dia 26 de janeiro a licitação para a montagem eletromecânica da usina de Angra 3 (RJ - 1.405 MW), em que se saiu vencedor o consórcio Angramon, formado pelas empresas Andrade Gutierrez, Camargo Correa, Queiroz Galvão, UTC, Techint, Odebrecht e EBE. A anulação foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 30 de janeiro. No aviso de anulação, a estatal informou que indeferiu pedidos de reconsideração apresentados pelas empresas, após análise de processos administrativos para investigar a validade do processo seletivo que resultou na vitória do Angramon. A licitação para a montagem eletromecânica da usina foi um processo conturbado do início ao fim. O edital da concorrência, em dois pacotes, foi publicado em 2011, mas vários recursos foram interpostos pelas empresas não habilitadas. Em 2013 ele teve o seu valor contestado pelos dois consórcios inscritos, o UNA 3 (composto pelas construtoras Andrade Gutierrez, Norberto Odebrecht e Camargo Corrêa, além da UTC Engenharia) e Angra 3 (formado pela EBE, Techint e Queiroz Galvão) alegando defasagem. O Tribunal de Contas da união também questionou o valor, considerando-o elevado. Em fevereiro de 2014, os consórcios se saíram vencedores. O pacote 1, associado ao circuito primário, foi arrematado pelo consórcio Angra 3 por R$ 1,369 bilhão. Para a montagem dos sistemas convencionais foi selecionado o consórcio UNA 3 pelo valor de R$ 1,752 bilhão. Em junho, foi proposta a fusão desses consórcios, o que resultou em um desconto de 6%. Denúncias vindas na esteira da Operação Lava Jato sobre irregularidades no contrato trouxeram mais incerteza sobre o contrato. (Agência CanalEnergia – 30.01.2017)

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Economia Brasileira

1 Meirelles destaca que déficit foi melhor do que o previsto

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, destacou que o déficit do governo central, de R$ 154,255 bilhões, ou 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), “foi melhor do que o previsto”, pois ficou abaixo da meta de R$ 170,5 bilhões, ou 2,75% do Produto Interno Bruto (PIB). Ainda assim, o resultado é o pior da série histórica iniciada em 1997. Em vídeo divulgado nesta segunda-feira, Meirelles, que cumpre agenda oficial em São Paulo, apontou que foi preciso um trabalho que começou com a revisão da meta primária de 2016, a partir de um diagnóstico “realista da situação das contas públicas”. A meta de resultado primário para 2016 começou com um superávit de R$ 30,5 bilhões. Para o ministro, pela primeira vez, ficou claro o tamanho do desafio que o país tinha pela frente e a importância do ajuste fiscal para a retomada do equilíbrio das contas públicas. “Durante todo o ano, conduzimos de forma rigorosa a execução orçamentária e financeira, o que permitiu o pagamento de despesas de anos anteriores. Esse esforço reduziu em mais de R$ 37,5 bilhões o estoque de restos a pagar da União, o maior volume dos últimos dez anos”, destacou o ministro. Apenas no mês de dezembro, quando a maior parte desses pagamentos foi feita, o déficit do Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência, somou R$ 60,123 bilhões, pouco menor que os R$ 60,633 bilhões de dezembro de 2015, quando ocorreu o pagamento das chamadas “pedaladas fiscais”. (Valor Econômico – 30.01.2017)

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2 Indústria fechou 2016 com queda de 12% no faturamento, diz CNI

O ano passado foi “muito difícil” para a indústria, com queda em todos os pontos da pesquisa “Indicadores Industriais”, da CNI, avaliou o gerente executivo de Política Econômica, Flavio Castelo Branco. “Pelo segundo ano consecutivo, os dados são todos negativos. O ano foi muito difícil porque a magnitude da queda em cima de queda já forte no ano anterior mostra corrosão do faturamento das empresas”, analisou. O faturamento foi o indicador com a maior queda no ano passado. Ele retrocedeu 12,1% na comparação entre 2015 e 2016. Apesar do recuo no ano como um todo, o indicador teve uma leve alta de 0,1% entre novembro e dezembro. Os indicadores de produção também tiveram um forte recuo no ano, com uma queda de 7,6% nas horas trabalhadas e 7,5% no nível de emprego. A comparação é com 2015. ”Os dados do mercado de trabalho continuam negativos, isso é um indicador da capacidade de compra dos trabalhadores e mostra dificuldade de a economia retomar seu crescimento”. Castelo Branco destacou que “a grande ociosidade no parque industrial significa taxa de rentabilidade muito baixa ou negativa, o que é impeditivo não só da retomada do investimento como fragiliza a sua situação financeira”. Na passagem de novembro para dezembro, os indicadores subiram 1% e 0,2%, respectivamente. A alta no nível de emprego foi a primeira alta mensal depois de 23 meses consecutivos de recuo, destacou Castelo Branco. Apesar disso, os indicadores de renda na indústria caíram tanto entre novembro e dezembro quanto na comparação entre 2015 e 2016. O ano terminou com recuo de 1,6% na massa salarial e uma queda de 1,2% no rendimento médio. No ano, a queda foi de 8,6% para a massa salarial e 1,2% para o rendimento médio real. Os dados são deflacionados pelo INPC. A UCI, por sua vez, teve uma queda entre novembro e dezembro na série dessazonalizada, ao passar de 76,4% para 76%. “A UCI terminou 2016 no menor nível histórico, indicativo de grande folga que existe na indústria, o que é limitador da retomada de investimento”, analisou o economista. (Valor Econômico – 30.01.2017)

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3 Comerciantes iniciam ano com estoques elevados, sinaliza CNC

A CNC informou que os comerciantes iniciaram 2017 com estoques elevados. Em janeiro deste ano, o índice de intenção de investimentos em estoques atingiu 85,2 pontos, 1,7% inferior ao de janeiro de 2016, e de 0,7% abaixo do observado em dezembro do ano passado. Na prática, o indicador sinaliza que os empresários do comércio não conseguiram reduzir os excessos em seus estoques de produtos com as vendas das festas de fim de ano. O pequeno empreendedor varejista em especial tem percebido excesso de estoques, avaliou a entidade. A CNC informou que o índice de estoques referente ao grupo de comerciantes que possuem entre zero e 50 funcionários – e que representam cerca de 95% da amostra – teve queda de 1,8% em comparação com janeiro de 2016. Para 29,8% desses lojistas, os estoques estão acima do que esperavam. O cenário é menos desfavorável para os lojistas que possuem mais de 50 funcionários, que reportaram melhora no nível de estoques do que em janeiro de 2016, com alta de 1,6% no indicador. Ainda segundo a CNC, os varejistas de produtos semiduráveis, que englobam lojas de vestuário, acessórios, calçados e tecidos compõem grupo com maior percepção de excesso de estoques. O percentual de lojistas deste segmento que consideram os estoques acima do adequado ficou em 25% em janeiro deste ano, aumento de 10,6 pontos percentuais em um ano. Segundo a economista da CNC, Izis Ferreira, o ramo de vestuário, calçados e acessórios é historicamente alavancado pelas vendas natalinas, chegando a aumentar o faturamento em até 90% na comparação com o mês anterior. Entretanto, as menores vendas no Natal passado frustraram os lojistas do segmento, que começaram 2017 com estoques maiores do que esperavam e, por consequência, com menor intenção de investimentos em renovação de produtos, observou ela. A intenção de investimentos em estoques é componente do Icec. A amostra é composta por aproximadamente seis mil empresas de todas as capitais do país, e os índices apresentam dispersões que variam de zero a duzentos pontos. (Valor Econômico – 30.01.2017)

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4 Micro e pequenas empresas foram menos pontuais ao pagar dívida em 2016

A pontualidade de pagamentos das micro e pequenas empresas atingiu 95,0% em 2016. Isto significa que a cada mil pagamentos realizados no ano passado, 950 foram quitados à vista ou com atraso máximo de sete dias. É menor taxa e pontualidade dos últimos quatro anos, segundo levantamento da Serasa Experian. Em 2015, a taxa foi de 95,6%. De acordo com os economistas do birô de crédito, as micro e pequenas empresas sofreram mais acentuadamente os impactos adversos da crise econômica no ano passado. “Recessão prolongada da economia, dificuldades de acesso ao crédito, altas taxas de juros formaram uma combinação que afetou negativamente a capacidade de pagamentos das micro e pequenas empresas”, diz a Serasa, em nota. As micro e pequenas empresas do setor comercial apresentaram o maior nível de pontualidade de pagamentos em 2016: 95,7%. Nas indústrias a pontualidade de pagamentos foi de 94,4% ao longo do ano passado e nas micro e pequenas empresas do setor de serviços a pontualidade foi de 94,0% em 2016. O valor nominal médio dos pagamentos em dia ficou estável em 2016 na comparação com o ano anterior: R$ 1.923. O valor médio mais alto foi registrado pelos pagamentos pontuais das empresas comerciais (R$ 1.963), seguido pelo das empresas industriais (R$1.850) e, por fim, pelas micro e pequenas empresas de setor de serviços (R$ 1.746). (Valor Econômico – 30.01.2017)

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5 Confiança da indústria bate em janeiro maior nível desde maio de 2014

Com melhora tanto na percepção sobre a situação atual quanto nas expectativas, o ICI subiu 4,3 pontos em janeiro, para 89 pontos, o maior nível desde maio de 2014, quando alcançou 92,2, informou nesta terça-feira a FGV. Na métrica de médias móveis trimestrais, o índice avançou 1,0 ponto, para 86,7 pontos. O resultado é melhor que o apontado na prévia do indicador de confiança do setor, divulgada na semana passada, de avanço de 3,1 pontos. “Com a alta expressiva de janeiro, o ICI recupera o terreno perdido após setembro, quando o desapontamento com a evolução dos negócios no segundo semestre interrompeu a tendência de alta que vinha sendo observada no ano passado. O setor parece estar reagindo a uma combinação de aceleração da produção no final do ano e do ritmo de queda dos juros a partir de janeiro”, afirma, em nota, Aloisio Campelo Junior, superintendente de Estatísticas Públicas da FGV-Ibre. A alta da confiança foi observada em 15 de 19 segmentos industriais pesquisados e estendeu-se às considerações do setor sobre a situação atual e também às expectativas em relação aos meses seguintes. O IE avançou 4,7 pontos, para 91,0 pontos, e o ISA subiu 3,8 pontos, para 87,0 pontos. A maior contribuição para a melhora das expectativas em janeiro veio do indicador que mede as perspectivas para o pessoal ocupado nos três meses seguintes, que subiu 7,4 pontos, para 89,2 pontos, recuperando a perda acumulada de 6,0 pontos nos cinco meses anteriores. Houve elevação do percentual de empresas que projetam aumento de pessoal ocupado, de 11,1% para 14,1% do total, e redução da parcela das que preveem diminuição do quadro de pessoal, de 21,7% para 16,7%. (Valor Econômico – 30.01.2017)

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6 Indicador de incerteza recua após duas altas, mas deve voltar a subir, diz FGV

Após duas altas consecutivas, o IIE-Br, novo índice elaborado pela FGV, caiu 9,1 pontos entre dezembro e janeiro, para 127,3 pontos, favorecido por diminuição de incertezas nos quadros político e econômico, no período. No entanto, mesmo com o recuo, o indicador em sua segunda divulgação registrou o maior nível para meses de janeiro da série histórica do índice, iniciada em 2000. O economista Pedro Costa Ferreira, da FGV, descartou novos recuos no curto prazo. Dois novos fatores podem elevar o grau de incerteza no cenário econômico do país. Um deles é a homologação da delação dos executivos da Odebrecht pelo STF. Decisões impopulares do novo presidente dos EUA, Donald Trump, que afetam o cenário externo, também podem ter impacto negativo no Brasil, avaliou. Entre os três componentes que integram o indicador, o que mais contribuiu para a evolução do indicador no mês foi o IIE-Br Mídia, responsável por 8,7 pontos dos 9,1 pontos de queda. O resultado indica menos menções ao termo "incerteza" e correlatos em reportagens sobre economia. O IIE-Br Expectativa também contribuiu para a queda do IIE-Br, em 0,9 ponto. Já o IIE-Br Mercado por sua vez, foi o único componente a avançar no mês, elevando em 0,5 ponto o indicador na comparação com o mês anterior. O cenário não deve se repetir nos próximos meses, prevê o economista. Para ele, o impacto das notícias sobre Odebrecht e Trump não vai contribuir para reduzir o sentimento de incerteza em relação à economia. Ao contrário. O indicador deve voltar a subir. (Valor Econômico – 30.01.2017)

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7 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h49, o dólar caía 0,37%, a R$ 3,1155. Ontem, o dólar comercial caiu 0,76% e fechou a R$ 3,1272, menor patamar desde 25 de outubro de 2016. (Valor Econômico – 30 .01.2017 e 31.01.2017)


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Internacional

1 Almaraz: Espanha tem um mês para responder a recurso sobre armazém de resíduos nucleares

O Governo espanhol tem um mês para responder ao recurso apresentado por organizações ibéricas para suspender a construção do armazém para resíduos nucleares, em Almaraz, ou a paragem da obra é acionada automaticamente, disse esta segunda-feira fonte daquelas entidades. "Se dentro de um mês não houver resposta da Administração [Pública espanhola, ou seja, do Ministério da Energia], a obra é automaticamente suspensa", avançou António Eloy, do Movimento Ibérico Antinuclear (MIA), em Portugal. Se Espanha responder, as organizações têm dois meses para recorrer, caso não concordem, e "pode ser iniciado um processo em tribunal", explicou. Esta é uma das organizações ibéricas que prepararam o recurso em contencioso, apresentado na sexta-feira, no Ministério da Energia, Turismo e Agenda Digital, e divulgado esta segunda-feira nos dois países, contra a autorização da construção do armazém e com o objetivo final de impedir o prolongamento da vida da central, além de 2020. Além da questão da imediata suspensão da obra, que já se terá iniciado, o recurso visa a suspensão do próprio processo de construção e, nesta matéria, o Ministério espanhol tem três meses para analisar o documento. Entre os argumentos avançados pelos ecologistas no recurso está a falta de consulta em Portugal sobre a construção do armazém, como exigem várias convenções e protocolos, assim como "não ter sido considerada a importância da zona de proteção especial" de conservação da natureza, por exemplo, no âmbito das diretivas comunitárias Aves e Habitats, explicou António Eloy a jornalistas, em Lisboa. Outra questão listada é que, "se a central de Almaraz só vai funcionar até 2020, já existe capacidade de armazenagem [dos resíduos produzidos no processo] e não é preciso o novo armazém", acrescentou o ambientalista Francisco Ferreira. "Os níveis de radiação no armazenamento temporário deviam ser mais baixos" é outro argumento no recurso, a que acresce a indicação de "falhas técnicas" do estudo relacionado com aquela unidade, referiu. O responsável pela pasta dos Negócios Estrangeiros espanhol já assegurou que o armazém terá todas as condições de segurança para Portugal e o primeiro-ministro português, António Costa, afirmou que existe boa vontade da parte do Governo de Espanha para a resolução da situação relativa a Almaraz. (Publico – Portugal – 30.01.2017)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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