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IFE: nº 4.249 - 23 de janeiro de 2017
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL na audiência pública para debater proposta de Quarta Revisão Tarifária Periódica da Light
2 Comissão da Câmara rejeita PL sobre implantação de rede subterrânea
3 Aneel abre consulta pública para discutir exposição residual do MRE
4 Aneel delibera caducidade de 312 resoluções
5 Aneel nega processo da Norte Energia que tentava adiar mecanismo para sobrecontratação de distribuidoras
6 Garantia física não deve ser revisada durante concessão de hidrelétricas, diz Eletrobras
7 Eletrobras: novo cálculo da garantia física não deve considerar o racionamento preventivo
8 Furnas recorre à Aneel contra desligamento da CCEE e penalidades de eólicas
9 Energia influencia resultado do IPCA-15
10 Aneel define valores de CVU para UTE Flores lotes 1 e 2

Empresas
1 A dura missão de recuperar a Eletrobras
2 Em crise, Isolux busca vender ativos no País
3 CPFL Energia investe R$ 90 mi em centro de operações
4 EDP lança programa global de aceleração de startups
5 Chesf: após 2019 vamos navegar em mares mais serenos
6 CPFL Santa Cruz investe em projetos de Eficiência Energética
7 Demanda total por energia da EDP cai 5% em 2016
8 Furnas moderniza subestação Poços de Caldas

9 Presidente da Copel assumirá direção-geral da hidrelétrica de Itaipu

10 Cepel tem nova diretoria executiva

11 Tiago da Costa Parreira assume Diretoria de Finanças Corporativas da CPFL Energia

12 Cemig GT é multada em R$ 1 milhão por atraso em obras

13 Aneel reduz multa à AES Eletropaulo para R$ 5,8 mi

14 AES Eletropaulo abre inscrições para chamada pública de eficiência energética

Leilões
1 Leilão vai enxugar sobras de energia
2 EPE: leilão de descontratação não é um processo de alívio e prêmio à irresponsabilidade

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 CCEE: consumo aumenta 2,2% e geração 2,6% até 17 de janeiro
3 ONS: Previsão de aumento da carga em janeiro sobe para 7,2%

4 Demanda no mercado livre cresce 10,3% em janeiro

5 PLD: preço da energia sobe em todos os submercados

Meio Ambiente
1 Aneel inclui PCE e JGP como titulares nos estudos de viabilidade da UHE Tabajara
2 Fepam emite licença para novas linhas de transmissão no Rio Grande do Sul

Energias Renováveis
1 Renováveis podem apresentar alta de 2% na matriz energética brasileira
2 Disputa deve ajudar usinas de energia solar com atraso
3 FNE Sol empresta mais de R$ 13,9 mi para microgeração em 2016

4 Engie Solar quer mais divulgação da microgeração

5 Engie recebe LI para usina solar Assu V

6 Renova aceita proposta da AES Tietê por eólicas

7 Leilão de energia solar em PE vende toda a oferta colocada no certame

8 Atlantic comemora dois anos de operação no RN com recordes de eficiência

Gás e Termelétricas
1 ANP publicará edital para leilão de áreas de óleo e gás em maio

Grandes Consumidores
1 JBS Couros troca combustíveis fósseis por biomassa

Economia Brasileira
1 Brasil é penúltimo colocado em ranking de competitividade da CNI
2 Indústria reage em dezembro e cresce 3%

3 TCU fará auditoria para avaliar real situação da Previdência Social
4 Sem abertura da economia, inovação não avança, diz Ipea
5 Empresas apontam aumento de estoques no 4 º tri
6 Carga tributária cai para 33% do PIB em 2016
7 Mercado vê inflação e juros menores em 2017
8 Ilan: IPCA-15 confirma cenário que justificou corte maior da Selic
9 IPC-S avança 0,63% na terceira medição de janeiro
10 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Chile voltará a exportar gás e eletricidade a Argentina
2 Evo criará um ministério que dará poder energético a Bolívia
3 Governos planejam emissão de bônus verde
4 Portugal: EDP tem projeto-piloto com painéis solares flutuantes em barragem de Montalegre
5 Energias renováveis ainda esperam decolagem na Espanha


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL na audiência pública para debater proposta de Quarta Revisão Tarifária Periódica da Light

Na última quinta-feira, dia 19 de janeiro de 2017, a equipe do GESEL esteve presente na audiência pública para debater a Quarta Revisão Tarifária Periódica da Light Serviços de Eletricidade S/A, realizada na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), no centro do Rio de Janeiro. A audiência, presidida pelo Diretor da Aneel, José Jurhosa Júnior, contou também com a presença de consumidores, associações de moradores, representantes da Federação Municipal das Associações de Favelas do Rio de Janeiro, representantes da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, representantes da indústria, representantes da concessionária e outros. Na reunião a Light argumentou que o aumento tarifário seria para reequilibrar a situação econômico-financeira da companhia. Os representantes indústria alegaram que a maior parte das perdas não técnicas da Light (57%) são nas classes A, B e C, não havendo, assim, necessidade de aumento e sim melhora da gestão. A companhia alegou que implementa programas de combate as perdas não técnicas nessas classes e está sendo bem sucedida. No mês de novembro a empresa arrecadou mais de 250 milhões em ICMS para o estado com o combate ao furto. Os representantes da Federação Municipal das Associações de Favelas do Rio de Janeiro pediram maior presença da concessionária em suas comunidades. Eles relataram que, quando há queda no fornecimento de energia, há demora no atendimento da concessionária. A companhia argumentou que certas comunidades são extremamente difíceis de trabalhar, mas há algumas que são mais abertas a presença da empresa. Além disso, a Light mostrou-se muito disposta a atuar nas comunidades que são abertas a presença da empresa. (GESEL-IE-UFRJ – 23.01.2016)

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2 Comissão da Câmara rejeita PL sobre implantação de rede subterrânea

A Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados rejeitou o Projeto de Lei 6743/13, que obriga a Aneel a estabelecer metas de implantação de sistemas subterrâneos de distribuição de energia elétrica a serem cumpridas pelas empresas concessionárias. A proposta modifica a lei que institui a Aneel. O objetivo do autor, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), é dar solução ao problema de acidentes nas redes de distribuição aéreas, como o contato com fios desencapados. Segundo o deputado, em 2012, foram 818 acidentes, que geraram 293 mortes. O parecer do relator, deputado Caetano (PT-BA), foi contrário à matéria. Ele reconhece que “os índices de acidentes em redes de transmissão no Brasil são alarmantes e inaceitáveis”. Porém, segundo ele, não foi demonstrada a viabilidade econômica da medida proposta. Além disso, haveria vício de iniciativa, já que a Constituição Federal estabelece competência privativa ao Presidente da República para dispor sobre a organização e o funcionamento da administração federal. A proposta, que tramita de forma conclusiva, será analisada agora pelas comissões de Minas e Energia; e de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados. (Agência CanalEnergia – 19.01.2017)

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3 Aneel abre consulta pública para discutir exposição residual do MRE

A Aneel abriu consulta pública para discutir o tratamento a ser dado às exposições residuais dos geradores com usinas incluídas no MRE. A discussão vai girar em torno da exposição financeira provocada pelo descasamento entre a importação de energia programada para a região Nordeste e a efetivamente realizada. Entre janeiro e setembro do ano passado, o prejuízo ficou próximo de R$ 700 mi, segundo dados daApine. Em carta à agencia reguladora, a Apine defendeu mudanças na alocação do custo, que passaria a ser pago pelos consumidores a partir de janeiro do ano passado, por meio do Encargo de Serviços do Sistema por Segurança Energética. Para a Apine, o superávit financeiro resultante da diferença do PLD entre os submercados seria suficiente para evitar a exposição residual, caso não tivesse sido usado para aliviar o ESS. De janeiro a maio, o PLD do submercado Nordeste apresentou-se bem mais elevado do que o das demais regiões, enquanto o do Norte ficou maior que o do Sudeste e do Sul em vários meses, reconhece a Aneel. Em nota técnica, a agência reguladora afirma que entre outubro de 2015 e setembro de 2016 as exposições financeiras negativas superaram a soma do excedentes financeiros e das exposições positivas decorrentes da diferença do PLD, o que gerou exposições residuais mês a mês. Nesse período, segundo a Aneel, o MRE foi responsável por mais de 90% da exposição negativa gerada na maioria dos meses. O restante foi resultante de rubricas como contratos com Direitos Especiais e contratos de autoprodutores. A NT 163 observa ainda que “dado que os Excedentes Financeiros são dependentes da transferência física de energia entre submercados com PLDs diferentes e as Exposições Financeiras do MRE são dependentes da alocação comercial de energia a um submercado em outros com PLDs diferentes, quanto maior a diferença entre o intercâmbio físico para aquele submercado e a alocação em favor daquele mesmo submercado, maior também é a diferença entre os Excedentes Financeiros e as Exposições Financeiras do MRE.” (Agência CanalEnergia – 20.01.2017)

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4 Aneel delibera caducidade de 312 resoluções

A Diretoria Colegiada da Aneel deliberou, em 17 de janeiro, a caducidade de 312 resoluções e resoluções normativas. A determinação objetiva a ampliação da coerência dos atos regulatórios, iniciativa de racionalizar e harmonizar o estoque regulatório, constante do Planejamento Estratégico da Agência para o período 2014/2017. Conheça a Nota Técnica que com as normas alcançadas pela iniciativa. A Secretaria Geral da Aneel recebeu manifestação positiva das superintendências de regulação da Distribuição e da Transmissão, respectivamente com 309 e três atos normativos cujos efeitos estão exauridos. Pelo rito estabelecido, anualmente todas as unidades organizacionais responsáveis por atos normativos vigentes devem avaliar a efetividade das normas, encaminhar até o dia 31 de outubro a lista de atos cujos efeitos estejam exauridos. A Secretaria Geral compila as informações recebidas e submete à Diretoria, na primeira Reunião Pública do exercício subsequente, os atos que não mais produzem efeitos, ficam a cargo do Colegiado a declaração de caducidade. (Aneel – 19.01.2017)

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5 Aneel nega processo da Norte Energia que tentava adiar mecanismo para sobrecontratação de distribuidoras

A Norte Energia tentou mas não conseguiu adiar o prazo para adesão ao mecanismo de descontratação de energia criado pelo governo para reduzir a sobrecontratação das distribuidoras. A Aneel negou processo administrativo da dona da hidrelétrica Belo Monte para adiar o prazo para apresentar declaração de redução de montantes à CCEE, bem como para mudar dispositivos regulatórios do MCSD-EN. O MCSD-EN deve ser processado anualmente, após a realização de leilões de energia existente A-1, em rodadas sucessivas que abranjam prioritariamente intervalos de contrato estabelecidos em regras específicas, a fim de evitar a concentração massiva de reduções contratuais em períodos muito curtos, diante do risco de exposição ao PLD. A Norte Energia alegou em seu processo que a regulamentação do MCSD-EN exige que o gerador estabeleça um único montante de energia para toda a vigência do produto escolhido, o que impede maximizar os montantes a serem reduzidos. A geradora avalia que nas condições estabelecidas pela Aneel seria “obrigada a optar pelo menor montante de energia passível de redução contratual ao longo de toda a vigência do produto", o que resultaria para Belo Monte num "remanescente expressivo de energia que também seria passível de redução e que não poderá ser exercido por impedimento dos dispositivos regulamentares vigentes”, de acordo com o processo analisado nesta semana pela diretoria da Aneel. A Norte Energia disse ainda que o prazo de adesão até o último dia 30/12 seria exíguo. (Brasil Energia – 19.01.2017)

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6 Garantia física não deve ser revisada durante concessão de hidrelétricas, diz Eletrobras

A Eletrobras avalia que não se deve realizar a revisão de garantia física de hidrelétricas ao longo da concessão desses empreendimentos. Segundo a estatal, quando uma geradora assume uma concessão, isso implica em contratos de venda de energia de longo prazo e assunção de riscos a partir de parâmetros de operação, baseados em diversos estudos, entre os quais, a própria garantia física. A estatal entende que a revisão da garantia física ao longo do contrato de concessão pode trazer impactos à saúde financeira do respectivo projeto. A consulta pública já foi encerrada e os documentos com as contribuições tornados públicos. Os novos valores devem entrar em vigor a partir de janeiro e o ministério estima que deve divulgá-los até o fim de abril. A EPE estima que haverá uma redução de 1,4 GW na garantia física do bloco de usinas que se enquadram na revisão proposta pelo MME. A contribuição da Eletrobras ganha relevo diante do fato de que na discussão da renovação das concessões, no âmbito da MP 579, a estatal não participou ou não teve as considerações levadas em conta. A companhia foi duramente impactada pela renovação das concessões, pois a redução das tarifas em 20% se deu majoritariamente por causa da adesão maciça das usinas da companhia. Cesp, Copel e Cemig não aderiram à renovação antecipada - elas se encerrariam em 2015 e a medida entrou em vigor em 2012. (Brasil Energia – 19.01.2017)

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7 Eletrobras: novo cálculo da garantia física não deve considerar o racionamento preventivo

Entre outras considerações, a Eletrobras entende o novo cálculo da garantia física não deve considerar o racionamento preventivo, uma vez que a prévia da revisão já considera como função custo do déficit de energia o patamar único de R$ 4.650/MWh, em vigor desde o primeiro dia deste ano. Para a estatal, a função custo futuro do déficit com vários patamares de profundidade, como era vigente até o ano passado, permite que o modelo possa obter melhor otimização da operação do sistema, já que se pode optar por racionamentos preventivos em profundidades menores de déficit, escalonadamente. "Na consideração de um único patamar de custo de déficit a operação do sistema não é tão otimizada", disse a companhia. Outra sugestão é que o cálculo da garantia física não considere a utilização de qualquer critério de aversão ao risco. A Eletrobras explicou que antes de ser implementado o atual critério de aversão ao risco, a chamada CVaR, o ONS utilizava a Curva de Aversão ao Risco (CAR), que não era utilizada no cálculo de garantia física das hidrelétricas. "Da mesma forma entende-se que o CVaR não deve ser considerado nesta revisão das garantias físicas", ressaltou a companhia, acrescentando que parâmetros de dados da CVaR são conjunturais e que, dessa forma, "como o próprio relatório recomenda (...) não devem fazer parte do processo de revisão de garantia física". Além disso, a CVaR vem sendo aplicada desde setembro de 2013, sendo que houve mudança de parâmetros (denominados alfa e lambda), que entrarão em vigor a partir de maio deste ano, três anos e meio após o início da vigência do mecanismo. No ano que vem, salienta a Eletrobras, uma nova metodologia, a SAR - Superfície de Aversão ao Risco - vai substituir a CVaR. (Brasil Energia – 19.01.2017)

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8 Furnas recorre à Aneel contra desligamento da CCEE e penalidades de eólicas

Está com a Aneel a decisão sobre um caso que vem se arrastando desde que a argentina Impsa fechou as portas. Como a empresa tinha contratos de fornecimento de aerogeradores para diversas SPE essas ficaram sem os equipamentos e acabaram atrasando a entrega da energia. Entre essas estão SPEs que, segundo deliberação da CCEE, deverão ser desligadas a partir de fevereiro. De acordo com a assessoria de imprensa da CCEE, os recursos para a impugnação da decisão de desligamento foram negados pela câmara. A deliberação da CCEE do início de janeiro alcançou os projetos Bom Jesus Eólica, Cachoeira Eólica, Carnaúba I, II, III e V, Cervantes I e II, Pitimbu, Punau I, São Caetano, São Caetano I e São Galvão Eólica. Juntos, somam 245 MW de potência instalada, pelos estados do Ceará e do Rio Grande do Norte, todos negociados no leilão de energia de reserva de 2013. A estatal tem participação minoritária nos projetos com 49% do capital social ao lado do FIP Caixa Milão e de mais um geradora eólica cujo nome é do parque em questão. Nas decisões da CCEE está a determinação de desligamento do agente da câmara. No despacho consta que houve descumprimento de obrigações e a ausência de qualquer excludente de culpabilidade ou outro elemento que determinasse a inexigibilidade de conduta diversa. E nesse processo ainda serão cobradas as penalidades por insuficiência de lastro. Procurada, a subsidiária da Eletrobras afirmou por meio de sua assessoria de imprensa que as SPEs das quais participa recorreram da decisão de desligamento deliberadas pela CCEE no início deste mês. O pleito continua o mesmo, em decorrência do pedido de recuperação judicial da WPE solicitou extensão do cronograma de obras. Afirmou apenas que a expectativa de operação depende dos resultados do recurso que as SPEs apresentaram. E ainda há outra apelação ainda em curso na Aneel quanto ao valor das penalidades. De acordo com o mais recente relatório de acompanhamento de projetos de geração da Aneel, todos os projetos que envolvem essa decisão constam como de baixa viabilidade, a execução do cronograma está classificado como atrasado com a obra não iniciada e sem previsão de término bem como de operação comercial. Apesar disso a licença de instalação ainda continua válida. (Agência CanalEnergia – 20.01.2017)


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9 Energia influencia resultado do IPCA-15

A prévia da inflação, medida pelo IBGE por meio do IPCA-15, que refere-se ao período entre 14 de dezembro a 12 de janeiro, apresentou o menor indicador desde 1994.A variação ficou em 0,31% ante os 0,19% de dezembro. No acumulado dos últimos 12 meses recuou para 5,94% ante 6,58% registrados no mesmo período anterior. Em janeiro de 2016 essa taxa havia sido de 0,92%. Em habitação houve queda de 0,22% o que contribuiu com a redução do indicador em 0,03 ponto porcentual. De acordo com o IBGE, a redução foi influenciada pelas contas de energia elétrica que recuaram 2,25% no período analisado. Isoladamente, impactaram o IPCA-15 em -0,08 ponto porcentual. Entre os fatores que levaram a esse resultado estão a bandeira verde em dezembro e queda de 5,3% nas contas de energia em Porto Alegre por redução da tarifa da distribuidora em 22 de novembro. (Agência CanalEnergia – 19.01.2017)

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10 Aneel define valores de CVU para UTE Flores lotes 1 e 2

A Aneel aprovou os valores de CVU de R$ 794,72/MWh para UTE Flores lote 1 e de R$ 808,99/MWh para UTE Flores lote 2. A Aneel aprovou também os valores de CVU de R$ 108,01/MWh para a UTE Termopernambuco. O valor deverá ser aplicado pelo ONS e pela CCEE. (Agência CanalEnergia – 20.01.2017)

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Empresas

1 A dura missão de recuperar a Eletrobras

A ideia era cumprir os últimos dias na presidência da CPFL Energia e seguir carreira de conselheiro de empresas. Mas uma proposta desafiadora mudou os planos do então presidente da empresa, Wilson Ferreira Júnior. Ele foi convidado para comandar a Eletrobrás. Com experiência de mais de 18 anos à frente da CPFL, a primeira reação foi olhar o balanço da estatal. Os números eram péssimos e o cenário caótico. Mas o executivo resolveu enfrentar o desafio. Nesse período, as ações da empresa voltaram a ser negociadas na bolsa americana e o valor de mercado da estatal começou a reagir. Quando foi anunciado presidente da holding, a Eletrobrás valia cerca de R$ 12 bi. Hoje esse valor está na casa de R$ 30 bi. Apesar da trégua do mercado financeiro com a empresa, os indicadores ainda são muito ruins. O grau de alavancagem é de 8,9 vezes e a dívida, de R$ 45 bi. Cercado por especialistas renomados no setor, ele costurou amplo plano de reestruturação que tem incomodado muita gente, em especial nas controladas. Até hoje, as subsidiárias tinham vida independente e pouco reportavam à holding. Com a reestruturação, as empresas do grupo terão de seguir um rito de corte de custos e enxugamento da estrutura ditados pela controladora. Para começar, haverá a redução das chamadas funções gratificadas. Por causa disso, recebem uma gratificação que pode variar entre R$ 5 mil e R$ 10 mil por mês. Depois de um período, essa gratificação começa a ser incorporada ao salário. No grupo todo, são 2.220 pessoas que agora estão sob a mira do executivo. Junto a isso, haverá um PDV, que pode resultar no corte de 2,4 mil pessoas, e um plano de aposentadoria incentivada. No total, espera-se reduzir de 23 mil para 12 mil o número de funcionários. Se conseguir implementar o plano, em 2018 a empresa teria uma economia de R$ 1,7 bi. A reestruturação também alcançou os desperdícios das subsidiárias na capital federal. Segundo fontes em Brasília, as medidas têm provocado uma enorme choradeira pelos corredores do Congresso Nacional e do Planalto. Por ora, as medidas têm o aval do presidente da República, afirmam fontes do governo. (O Estado de São Paulo – 22.01.2017)

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2 Em crise, Isolux busca vender ativos no País

A Isolux tenta fechar a venda de seus ativos no Brasil com uma grande companhia de infraestrutura da Espanha, o Grupo Ferrovial. A Isolux garante que a negociação, que teve início no último trimestre do ano passado, está em fase avançada de análise financeira e operacional, mas a empresa não conseguiu convencer a Aneel de que a transação realmente vai para frente. Depois de aguardar por meses uma solução concreta, a Aneel tem defendido o cancelamento do leilão vencido pela Isolux e a retomada dos projetos, para que sejam novamente licitados em um leilão de transmissão ao longo deste ano. Ao todo, os espanhóis têm cinco contratos com obras atrasadas em relação ao cronograma. O Estado apurou que as empresas seguem em negociação. No fim de dezembro, os grupos informaram à Aneel que buscam uma “solução de mercado” para os projetos de transmissão. Na Aneel, o entendimento é de que as empresas não apresentaram mais do que um pacote de promessas. Ao discorrer sobre as dificuldades que enfrenta no País para contratar os seguros de seus projetos, papéis que o governo pode executar caso termos do contrato não sejam cumpridos, a Isolux culpou o imbróglio financeiro vivido pela Abengoa no País. A Brookfield é uma das companhias que já chegaram a avaliar a aquisição dos ativos da Isolux no Brasil, mas paralisou as negociações no fim do ano passado. (O Estado de São Paulo – 23.01.2017)

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3 CPFL Energia investe R$ 90 mi em centro de operações

A CPFL Energia está realizando modernização de seu Centro de Operação do Sistema (COS), com investimentos de R$ 90 mi em três projetos. O projeto concluído recentemente foi a digitalização da comunicação entre operadores e as equipes de campo, com R$ 15 mi. A empresa também está investindo numa estrutura própria de transmissão de dados entre subestações, religadoras e operadores, com aplicação de R$ 40 mi em 2017 para que o COS e centros integrados possam operar de forma independente da rede GPRS (tecnologia de celulares), integrando 3.700 religadores a um sistema que conecta 26 mil medidores. Outros R$ 35 mi devem ser investidos na implantação do projeto ADMS (Advanced Distribution Management System), a fim de unificar os quatro sistemas utilizados da operação (SCADA, OMS, DMS e EMS). com possibilidade de melhor integrar as redes inteligentes, ainda de acordo com a companhia. (Brasil Energia – 19.01.2017)

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4 EDP lança programa global de aceleração de startups

Com o objetivo de recrutar novas startups brasileiras e impulsionar a próxima geração de projetos do setor elétrico, a EDP abre inscrições para o Free Electrons Global Accelerator. Trata-se de uma iniciativa global do Grupo EDP realizada em parceria com outros sete players mundiais do setor energético, que visa o fomento e a geração de novas ideias relacionadas à energia limpa, eficiência energética, mobilidade elétrica, digitalização, serviços de apoio ao cliente e internet das coisas. "Visando uma estratégia de escopo global, a EDP tem monitorado o ecossistema empreendedor à fim de fazer transformações significativas para o Setor de Energia e capazes de impulsionar a competitividade da companhia. Já as Startups terão a oportunidade de estarem inseridas em um programa de alto nível para seu desenvolvimento nos principais polos de empreendedorismo do mundo” afirma Livia Branco, gestora de Estratégia e Inovação. As startups escolhidas participarão de um programa de aceleração com duração prevista de seis meses e os selecionados passarão por três módulos de um processo de “customer adoption” focado em empresas do setor de infraestrutura. Com duração de uma semana cada, as três fases serão realizadas em São Francisco/Silicon Valley, Lisboa/Dublin e Singapura. (Agência CanalEnergia – 19.01.2017)

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5 Chesf: após 2019 vamos navegar em mares mais serenos

Com menos de uma semana no cargo, o novo presidente da Chesf se mostra consciente das tempestades que precisará superar nos próximos dois anos para restaurar a navegabilidade da principal empresa de energia elétrica do Nordeste. Apesar do grande desafio, Sinval Gama demonstrou confiança no sucesso do plano de reestruturação definido pela Eletrobras, que inclui corte de custos, diminuição de investimentos e venda de ativos que podem chegar a R$ 3,7 bi. Segundo o executivo, a expectativa é que a partir do ano de 2019 a Chesf possa "navegar em mares mais serenos". De acordo com o executivo, a primeira ação será cortar despesas. Ele contou que a empresa está finalizando o plano de incentivo para que profissionais deixem a Chesf. A terceira ação será vender projetos que ainda não foram iniciados, diminuindo assim a necessidade de investimentos da companhia. Gama evitou dar muitos detalhes sobre quais projetos serão vendidos, porém ele garantiu que o plano pode resultar em uma captação que pode variar entre R$ 1,5 bi a R$ 3,7 bi. Em 2016, ainda sob a gestão de José Carlos de Miranda, a Chesf conseguiu energizar 22 empreendimentos de transmissão, sendo três novas subestações de grande porte, com 600 MVA de potência instalada, quinze subestações reforçadas, 253 km de linhas, além da recapacitação de 56 km de sistemas. Entretanto, a empresa tem mais de 30 obras que estão paralisadas por falta de recurso financeiro. Até que a venda de ativos aconteça, Gama pretende bater na porta dos bancos para conseguir crédito e tocar os projetos. Está nos planos a emissão de debêntures e um eventual aporte da Eletrobras. Paralelamente, a empresa procura respaldo legal para desbloquear R$ 500 mi que estão bloqueados por conta de uma disputa judicial com construtoras envolvendo o contrato de construção da usina de Xingo. (Agência CanalEnergia – 19.01.2017)

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6 CPFL Santa Cruz investe em projetos de Eficiência Energética

Por meio de seu PEE, a CPFL Santa Cruz investiu R$ 885,3 mil no projeto "Comunidades Eficientes" em 2016, beneficiando 467 famílias com baixo poder aquisitivo em sete cidades com a entrega de aquecedores solares e geladeiras mais eficientes. Estes recursos foram usados para reduzir o consumo de energia elétrica, gerando economia estimada de R$ 135,02 mil aos clientes contemplados. O volume de energia economizado com a substituição das geladeiras antigas por modelos eficientes e a instalação de aquecedores solares, que utilizam placas solares como sistema de aquecimento de água, é estimado em 259 MWh/ano. A título de comparação, isso seria suficiente para abastecer 107 famílias, com consumo médio de 200 kWh mensais, pelo período de um ano. A iniciativa também evitou a emissão de 394 toneladas de CO2, equivalente ao plantio de 2.364 novas árvores. Do investimento total, R$ 425 mil foram aplicados na instalação de 170 aquecedores solares, o que trará uma redução de 142,80 MWh/ano no consumo de energia, e os outros R$ 460,3 mil na substituição de 297 geladeiras antigas por modelos eficientes e econômicos, proporcionando economia de 115,83 MWh/ano nesta ação. Agentes comunitários também realizaram visitas aos clientes residenciais beneficiados pelo projeto. Nesta ação, os representantes da companhia realizam pesquisas de satisfação, negociam débito, regularizam a situação cadastral e orientam sobre consumo inteligente e uso seguro de energia, entre outras ações. “O projeto Comunidades Eficientes tem como objetivo central promover a cultura do consumo inteligente entre os nossos consumidores, além de eliminar as ligações clandestinas (gatos). Desta maneira, levamos cidadania às famílias beneficiadas e contribuímos para o bem-estar das nossas comunidades”, diz o gerente de Eficiência Energética da CPFL Energia, Luiz Carlos Lopes Júnior. (Agência CanalEnergia – 20.01.2017)

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7 Demanda total por energia da EDP cai 5% em 2016

O mercado total da EDP no Brasil caiu 5% em 2016 é o que mostra o guidance que a empresa divulgou na noite de quinta-feira, 19 de janeiro. Foram distribuídos 24,4 milhões de MWh em todas as áreas de concessão da companhia contra 25,7 milhões de MWh em 2015. Esse resultado poderia ter sido pior, pois se olhar o resultado do mercado cativo, no ano de 2016, houve recuo de 6,1%, resultado das condições climáticas mais amenas e retração da economia. A migração dos clientes para o mercado livre também impactou na demanda das distribuidoras do grupo. No quarto trimestre a queda foi de 13,7%. A demanda anual no mercado cativo da empresa apresentou aumento de 0,5% na classe residencial, queda de 20,9% no segmento industrial e ficou 6,6% menor no comercial. Na base trimestral esses indicadores ficaram todos no campo negativo, sendo 2,4%, 33,5% e 16,9%, respectivamente. Separado por empresa, a demanda na EDP Distribuição São Paulo apresentou mercado total 0,8% menor do que em 2015 e na Espírito Santo a demanda anual caiu 10,5% nessa mesma base de comparação. Já o mercado livre apresentou queda de 3,1%, explicada pela EDP como o resultado da paralisação de um grande cliente da área de concessão da empresa no Espírito Santo e que sozinho representava 28% do consumo desta classe em 2015. No trimestre o resultado foi de crescimento de 14% em decorrência das migrações do ACR para o ACL. No segmento de geração, o volume de energia vendida no ano somou 12.948 GWh, aumento de 12,2% na comparação com o ano de 2015. No trimestre o volume alcançou 3.218 GWh, recuo de 2,3% ante o mesmo período do ano anterior. Com um GSF médio de 87,2% no quatro trimestre a EDP apresentou exposição de 237 GWh. No ano o indicador ficou em 86,8%, representando uma exposição de 1.020 GWh. Já em comercialização de energia a EDP negociou 12.980 GWh, 22,5% a mais do que no ano de 2015. Já no último trimestre o montante ficou em 4.017 GWh, crescimento de 54,1%, aumento este explicado pela volatilidade do PLD ao longo do trimestre proporcionando maior liquidez no mercado e aumento das operações de trade, bem como o aumento do número de clientes. (Agência CanalEnergia – 20.01.2017)

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8 Furnas moderniza subestação Poços de Caldas

Furnas informou que a Diretoria de Engenharia, Meio Ambiente, Projeto e Implantação de Empreendimentos, responsável pela modernização da Subestação de Poços de Caldas (MG), está substituindo 10 chaves seccionadas de 500kv, 5 de 138kv, 2 de 15kv; 12 para-raios de 500kv, 45 de 345kv, 21 de 145kv e 12 de 15kv da unidade. A ação compreende 24 etapas, das quais seis já foram finalizadas com a instalação de 3 chaves seccionadoras de 500kV, 2 de 138 kV; 9 para-raios de 500kV, 9 de 345kV e 6 de 15kV. No último dia 8, mais uma fase foi concluída. Desta vez com a substituição de 3 unidades de para-raios de 345kV da entrada da linha que interliga a Usina de Furnas à Subestação de Poços de Caldas (Circuito 1), ambas em Minas Gerais. A etapa de execução física, a cargo da Superintendência de Implantação de Empreendimentos, começou em julho de 2016, envolvendo cerca de 25 profissionais e com investimento da ordem de R$ 1,5 milhão. O término dos trabalhos está previsto para junho de 2017. (Agência CanalEnergia – 20.01.2017)

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9 Presidente da Copel assumirá direção-geral da hidrelétrica de Itaipu

O atual presidente da Copel, Luiz Fernando Vianna, será o novo diretor-geral brasileiro de Itaipu. Vianna assumirá no lugar de Jorge Samek, que está no cargo desde 2003. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (20) pela Presidência da República. Vianna também já foi presidente da Apine. Para o cargo de diretor técnico executivo será indicado Marcos Antônio Baumgärtner, que é funcionário de carreira de Itaipu, e a nova diretora jurídica será Marilice Perazzoli Collin. O governo indicará ainda Rubens de Camargo Penteado para o cargo de diretor administrativo, Marcos Vitório Stamm para a diretoria financeira e Ramiro Wahrhaftig como diretor de coordenação. Os atuais diretores brasileiros da usina binacional eram ligados ao PT. Edésio Passos, que ocupa o cargo de diretor administrativo, é suplente da senadora Gleisi Hoffmann. O mandato de todos os atuais diretores vence no dia 17 de maio, mas segundo a assessoria de Itaipu, as nomeações e exonerações podem ocorrer a qualquer momento. Segundo informações da Casa Civil, a publicação dos nomes no Diário Oficial só ocorrerá na próxima semana. (G1 – 20.01.2017)

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10 Cepel tem nova diretoria executiva

O Cepel anunciou a nova diretoria, que foi empossada no início da semana, com destaque para o diretor-geral, Marcio Szechtman, no lugar de Albert Melo. Também foram empossados Raul Sollero, como diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação; e Aracilba da Rocha, como diretora Financeira e Administrativa. Alcêo Mendes permanece como diretor de Laboratórios e Pesquisa Experimental da instituição. Szechtman é graduado por Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica da USP, ingressando no Cepel em 1976 e deixando a instituição em 1996. Desde 2010, atuava como consultor técnico para o ONS, nos projetos de transmissão associados aos empreendimentos hidroelétricos do Rio Madeira e de Belo Monte. (Brasil Energia – 19.01.2017)

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11 Tiago da Costa Parreira assume Diretoria de Finanças Corporativas da CPFL Energia

O economista Tiago da Costa Parreira é o novo diretor de Finanças Corporativas da CPFL Energia, informou a companhia nesta quinta-feira (19/1). O executivo ocupava o cargo interinamente desde outubro passado. Ele é formado em Economia pela Unicamp e possui Executive MBA, pela Fundação Dom Cabral (FDC), além de Operador de Mercado Financeiro Avançado, pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Ele atua na CPFL Energia desde 2004, quando entrou na empresa ainda como, estagiário. (Brasil Energia – 19.01.2017)

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12 Cemig GT é multada em R$ 1 milhão por atraso em obras

A diretoria da Aneel negou recurso para reduzir a multa de pouco mais de R$ 1 mi aplicada à Cemig-GT. A concessionária de energia de Minas Gerais foi multada porque descumpriu os prazos para a implantação de reforços nas subestações Juiz de Fora I, Taquaril e Conselheiro Pena. Nos dois últimos casos, os atrasos chegaram a 457 e 287 dias, respectivamente. A concessionária tentou reduzir o valor da penalidade ao questionar a dosimetria utilizada pela Aneel no cálculo das multas. Porém, na avaliação da SFE, opinião que foi acompanhada pelo diretor relator Reive Barros, não há razões para alterar o auto de infração (AI). "Portanto, por não detectar qualquer irregularidade contratual ou ilegalidade no procedimento aplicado pela SFE, tendo sido respeitados os limites máximos para o valor da multa previstos no Contrato de Concessão e na legislação pertinente, não vejo razões para a reforma do AI nº 101/2015-SFE", decidiu Barros. A decisão da Aneel foi publicada nesta sexta-feira, 20 de janeiro, no Diário Oficial da União. (Agência CanalEnergia – 20.01.2017)

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13 Aneel reduz multa à AES Eletropaulo para R$ 5,8 mi

A diretoria da Aneel reduziu para R$ 5,87 mi, de R$ 9,29 mi, a multa aplicada à distribuidora que atende a cidade de São Paulo por falha nos procedimentos de atendimento telefônico aos clientes e por ineficiência no restabelecimento do fornecimento de energia. As penalidades foram aplicadas pela Arsesp após fiscalização técnica periódica realizada entre dezembro de 2014 e janeiro de 2015. Durante a fiscalização, a Arsesp identificou dez não conformidades nos procedimentos realizados pela AES Eletropaulo. Além de não fornecer o protocolo ao usuário no início de cada atendimento telefônico realizado pela empresa, a empresa deixou de encaminhar no tempo adequado informações que comprometeram a fiscalização. A Arsesp também identificou que a empresa também não dispunha de profissionais preparados para atender situações excepcionais, bem como identificou que a distribuidora não aumentava o número de atendentes do seu canal de teleatendimento para dias de eventos críticos. A Arsep também identificou que a empresa era "vulnerável e ineficiente" na operação do sistema de distribuição para o restabelecimento do fornecimento de energia aos consumidores. Ao analisar o recurso interposto pela Eletropaulo, a diretoria da Aneel cancelou algumas penalidades, por exemplo a que mencionava a ausência de protocolo no início de cada atendimento telefônico, bem como tranformou outras multas em advertência, o que levou a redução da multa para R$ 5,87 mi. A decisão foi publicada nesta sexta-feira, 20 de janeiro, no Diário Oficial da União. (Agência CanalEnergia – 20.01.2017)

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14 AES Eletropaulo abre inscrições para chamada pública de eficiência energética

Até o próximo dia 17 de fevereiro, clientes da AES Eletropaulo podem enviar suas propostas, a partir do edital de chamadas públicas de eficiência energética, com regras definidas pela Aneel. Desta vez, as convocações são específicas para a troca de motores elétricos, responsáveis por grande parte do consumo de energia no país, aproximadamente 25%. A proposta é que equipamentos antigos e ineficientes, como motores de escadas rolantes, esteiras, furadeiras, ares-condicionados, bombeadores de água, sejam adquiridos por outros mais modernos. Para isso, o cliente utilizará um sistema de bônus nos projetos classificados, ou seja, a companhia devolve parte do dinheiro gasto com a troca após análise, possibilitando que diversos setores se mantenham ou, ainda, aumentem suas atividades produtivas, consumindo, assim, menos energia elétrica. A expectativa com as propostas classificadas é economizar aproximadamente 5.152 MWh/Ano, equivalente ao consumo de 1.700 residências. (Agência CanalEnergia – 19.01.2017)

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Leilões

1 Leilão vai enxugar sobras de energia

Antes de programar novos leilões de geração de energia, "organizar a casa". Esse é o objetivo do governo. Para isso, estão sendo preparadas várias medidas para melhorar a eficiência do setor elétrico e aumentar a confiança dos investidores. A primeira iniciativa refere-se a uma disputa inédita no país - um leilão para descontratar projetos de geração de energia de reserva que enfrentam problemas diversos para entrarem em operação. Além disso, também está em estudo pela Aneel a realização de uma rodada "definitiva" do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits (MCSD) de Energia Nova, que vai descontratar de forma permanente projetos que não conseguirão entrar em operação, disse ao Valor, o secretário-executivo do MME, Paulo Pedrosa. Segundo os dados mais recentes do CMSE, há uma sobra estrutural da ordem de 8,4 GWm de garantia física para o ano de 2018 - quase o equivalente a duas hidrelétricas de Belo Monte. De acordo com Pedrosa, o volume chega a 9,5 GWm em 2020. Expectativa é que a disputa ocorra entre abril e maio deste ano, depois de audiência pública na Aneel. Especialistas estimam que pode ser necessário descontratar cerca de 3 GW de potência, quase equivalente ao que gera a usina de Santo Antônio, no rio Madeira (RO). Essas sobras de energia oneram os consumidores, que arcam parcialmente com os custos que as distribuidoras têm com a sobrecontratação. Como há muitos projetos de energia nova com problemas de execução, financeiros ou com licenciamento, o governo vai ajudar a "descontratá-los", mediante o pagamento de uma contrapartida, reduzindo as sobras. "Com a Lei 13.360/2016 [de conversão da MP 735], criamos um conjunto de mecanismos que melhoram a eficiência do setor", disse Pedrosa. O ministério está preparando, por exemplo, um decreto que vai permitir que as sobras das distribuidoras passem a ser vendidas em contratos no mercado livre de energia. Outra mudança é a possibilidade de leilões A-3 e A-5 com projetos de energia existente. No leilão de descontratação de reserva, o foco será nas sobras de energia contratada em leilões desse tipo, que têm a finalidade de complementar a garantia física do sistema. (Valor Econômico – 23.01.2017)

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2 EPE: leilão de descontratação não é um processo de alívio e prêmio à irresponsabilidade

Segundo o presidente da EPE, que assessora o MME no assunto, Luiz Augusto Barroso, o leilão de descontratação é uma excepcionalidade. "O leilão definitivamente não é um processo de alívio e prêmio à irresponsabilidade. Ele parte de uma janela de oportunidade, excepcional, causada pelo excesso de oferta que temos (por sua vez provocado pela redução da demanda decorrente da retração da economia)", disse o executivo, por e-mail, ao Valor. "O foco do leilão é o consumidor, que tem o benefício da redução do custo", afirmou Pedrosa. Os recursos arrecadados pelo governo com as contrapartidas que os geradores pagarão no leilão serão depositados na Conta de Energia de Reserva (Coner), encargo cobrado dos consumidores para a remuneração de usinas contratadas sob o regime de reserva. Na prática, com o leilão, o custo dessa energia para o consumidor ficará menor. Já o MCSD de Energia Nova vai ser voltado para outros projetos também com atraso, que foram contratados em leilões de energia nova. Nesse caso, são as distribuidoras do insumo que contratam os empreendimentos. "A nova rodada vai fazer a descontratação integral do projeto. Se eu tenho um empreendimento que não vai entrar [em operação], pode entrar no mecanismo", disse Pedrosa. A "demanda" do mecanismo, no entanto, vai depender das distribuidoras de energia e do interesse delas em reduzir os contratos futuros do insumo. (Valor Econômico – 23.01.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Nordeste mantiveram o armazenamento em 17% da capacidade na última quinta-feira, 19 de janeiro, segundo dados do ONS. A energia armazenada ficou no dia em 8.789 MW/mês. A energia afluente armazenável está acumulada em 36% da MLT. A hidrelétrica Sobradinho opera com 12,17% da capacidade. No subsistema SE/CO, os reservatórios atingiram 34,3% da capacidade, com alta de 0,4% em comparação ao dia anterior. A energia armazenada no dia ficou em 69.661 MW/mês. A energia afluente armazenável acumulou 56% da MLT até a última quinta-feira. A hidrelétrica Furnas trabalha com 45,07% da capacidade e Emborcação, com 35,09%. A região Norte teve elevação de 0,3% no nível dos reservatórios, que chegaram a 21,3% da capacidade. A energia armazenada no dia chegou a 3.200 MW/mês. E a energia afluente armazenável está em 34% da média histórica. Tucuruí está com 31,87% da capacidade. A região Sul foi a única a ter redução do nível de armazenamento, de 0,9%, ficando com 68,2% da capacidade. A energia armazenada somou 13.619 MW/mês no dia. E a energia afluente armazenável acumula no mês 184% da média. A usina G.B.Munhoz opera com 61,57% do nível do reservatório. (Agência CanalEnergia – 20.01.2017)

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2 CCEE: consumo aumenta 2,2% e geração 2,6% até 17 de janeiro

Dados preliminares coletados entre os dias 1º e 17 de janeiro pela CCEE apontam aumento de 2,2% no consumo e de 2,6% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o período de 3 a 19 de janeiro de 2016. O consumo de energia no SIN alcançou 61.668 MWm. No mercado cativo houve queda de 1,5%, índice diretamente impactado pela migração de consumidores para o mercado livre. Sem o registro desse movimento, e considerando o impacto do feriado do ano novo o consumo apresentaria crescimento de 6,2%, influenciado pelo aumento das temperaturas, que ficaram, em média, 5,4°C acima da observada em janeiro do ano passado. Já no ACL houve incremento de 15% no consumo, número que apresentaria queda de 0,8% levando em conta o feriado e se não fossem consideradas as novas cargas vindas do ACR, demonstrando a estagnação econômica. Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de comércio (112,5%), saneamento (76,1%) e serviços (73,8%) registraram aumento no consumo. O desempenho das usinas do sistema aponta a geração de 64.581 MWm de energia em janeiro. O destaque no período é a produção das usinas eólicas, que foi 143,9% superior ao montante gerado no ano passado. As usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas, também registraram aumento (7,8%) na produção de energia com representatividade de 79,9% da fonte sobre toda energia produzida no país. O índice é 3,9 pontos porcentuais superior ao registrado em janeiro de 2016. O levantamento da CCEE aponta ainda que a estimativa é de que as usinas integrantes do MRE gerem, em janeiro, o equivalente a 105,26% de suas garantias físicas, ou 50.525 MWm em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, este percentual foi de 95,43%. (Agência CanalEnergia – 20.01.2017)

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3 ONS: Previsão de aumento da carga em janeiro sobe para 7,2%

A revisão 3 do PMO divulgado nesta sexta-feira, 20 de janeiro, pelo ONS atualizou a previsão de carga. A nova projeção é de crescimento de 7,2% ante o mesmo mês do ano passado. Destaque para o SE/CO é esperado um aumento de 8,4% e o Nordeste com aumento de 9,8% nessa mesma base de comparação. O operador estima que as vazões para o submercado SE/CO deverão encerrar o mês de janeiro com um nível de 73% da MLT, aumento de 2 pontos ante a previsão da semana passada. Já no Sul o movimento deve ser o inverso, a nova projeção é de 162% da média ante um volume de 190% indicado sete dias atrás. No Norte e no Nordeste as previsões se mantiveram, com 42% e 32% da MLT, respectivamente. Com isso, o volume esperado para os reservatórios ao final de janeiro apresentou leve aumento quando comparados à versão da semana passada do PMO. A exceção ficou com o Sul que deverá encerrar o mês com 61,6%, no SE/CO espera-se 37,9%, no NE o indicador deverá ficar em 18,2% e no Norte 23,9%. O CMO voltou a descolar entre a região Nordeste e o restante do país. A carga pesada e média nessa região ficou em R$ 171,33/MWh contra R$ 111,50/MWh nos demais submercados. A leve está em R$ 107,95/MWh em todo o país. A geração térmica planejada para a semana operativa que se inicia neste sábado, 21 de janeiro está em 5.633 MWm com 4.432 MWm por ordem de mérito, 810 MWm por inflexibilidade, 390 MWm por restrição elétrica. Não há previsão de geração térmica por garantia energética. Em termos operacionais o ONS indicou que o reservatório da UHE Tucuruí ultrapassou a cota 62 o que indica a retomada da operação da fase 2 da usina no rio Tocantins, que possui 8.340 MW e é até o momento a maior UHE em operação totalmente brasileira. Na semana as bacias do Tietê, Paranaíba, Grande, São Francisco e Tocantins devem apresentar pancadas de chuva. (Agência CanalEnergia – 20.01.2017)

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4 Demanda no mercado livre cresce 10,3% em janeiro

O mercado livre elevou o consumo de energia em 10,3% em janeiro na comparação anual, ainda impulsionado pela migração de consumidores. Desconsiderando a movimentação, o ambiente teria queda de 7,2%, de acordo com dados da CCEE. O consumo fechou o período entre 1°/1 e 10/1 com 14.705 MWm, contra 13.331 MWm verificados um ano antes. O mercado cativo apresentou demanda de 45.440 MWm no período, 2,5% abaixo do totalizado em igual período de 2016, quando consumiu 46.583 MWm, segundo o Boletim InfoMercado Semanal. Puxaram a demanda do mercado livre os segmentos do comércio (112,5%), saneamento (76,1%) e serviços (73,8%). Os dados preliminares indicam ainda aumento de 2,2% no consumo, para 61.668 MWm, e de 2,6% na geração, para 64.581 MWm. (Brasil Energia – 19.01.2017)

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5 PLD: preço da energia sobe em todos os submercados

O PLD apresentou elevação em todos os submercados para a próxima semana operativa, de 21 a 27 de janeiro. Segundo a CCEE, nos subsistemas SE/CO, Sul e Norte o PLD passou de R$ 128,50/MWh para R$ 129,90/MWh, aumento de 1%. Já o preço no Nordeste foi fixado em R$ 138,94/MWh, aumento de 3% frente ao valor da última semana. Os limites de intercâmbio referentes ao recebimento de energia do Nordeste são atingidos, fazendo com que os preços deste submercado fiquem descolados em relação aos demais. As afluências esperadas para o SIN em janeiro mantiveram a previsão anterior, ficando em 71% da MLT, acima da média apenas no Sul (162%) e abaixo nos demais submercados: Sudeste (73%), Nordeste (32%) e Norte (42%). A expectativa de carga para a quarta semana de janeiro está 470 MWm maior em comparação com o previsto na última semana, com elevação no Sul (+600 MWm) e no Nordeste (+70 MWm). A carga prevista para o Norte caiu 200 MWm e permanece inalterada no Sudeste. Os níveis dos reservatórios do SIN estão aproximadamente 150 MWm acima da previsão anterior com influência direta das elevações no Sudeste (+600 MWm) e no Norte (+200 MWm). A redução, por sua vez, foi observada nos níveis dos reservatórios do Sul (-550 MWm) e do Nordeste (-100 MWm). O fator de ajuste do MRE para janeiro, considerando o perfil de sazonalização da garantia física das usinas participantes do mecanismo, está previsto em 106%. Os ESS são esperados em R$ 211 mi para o período, sendo R$ 166 mi referentes à segurança energética. (Agência CanalEnergia – 20.01.2017)

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Meio Ambiente

1 Aneel inclui PCE e JGP como titulares nos estudos de viabilidade da UHE Tabajara

A Aneel incluiu as empresas PCE Projetos e Consultorias de Engenharia e JGP Consultoria e Participações na titularidade do registro para a realização dos Estudos de Viabilidade da UHE Tabajara. A PCE atuou nos estudos de várias hidrelétricas, como as do rio Madeira. O projeto, que ficaria localizado na sub-bacia 15 do rio Ji-Paraná, na bacia hidrográfica do rio Amazonas, em Rondônia, tem potência estimada em 350 MW. (Agência CanalEnergia – 19.01.2017)

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2 Fepam emite licença para novas linhas de transmissão no Rio Grande do Sul

A Fepam emitiu mais uma licença ambiental para as linhas de transmissão do Lote A do leilão 04/2014 da Eletrosul Centrais Elétricas. A licença prévia emitida contempla parcialmente o grupo Metropolitano, formado por seis trechos, totalizando 496,20 quilômetros de linhas de transmissão ao longo de 26 municípios gaúchos. A licença parcial emitida refere-se a 183,10 quilômetros nos trechos: Linha de Transmissão 525 kV Guaíba 3 - Nova Santa Rita C2 com extensão de 39km; Linha de Transmissão 525 kV Gravataí - Guaíba 3 com extensão de 71,2km; Linha de Transmissão 230 kV Capivari do Sul - Viamão 3 com extensão de 72,9km. As linhas de transmissão que integram o Lote A permitirão um reforço no sistema elétrico do estado, interligando e aumentando a capacidade SIN. As tecnologias aplicadas permitirão o manejo seletivo na faixa de servidão, considerando a altura mínima de 12 metros dos cabos em relação ao solo, ou seja, vegetação nativa e cultivos de porte baixo serão possíveis ao longo da faixa de servidão. (Agência CanalEnergia – 19.01.2017)

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Energias Renováveis

1 Renováveis podem apresentar alta de 2% na matriz energética brasileira

Com um aumento de dois pontos percentuais comparado ao verificado no ano de 2015, o Brasil deve fechar o ano de 2016 com participação de 43,2% de renováveis na matriz energética nacional. O crescimento é resultado do bom desempenho da geração hidráulica, eólica e por biomassa. Os dados constam no Boletim Mensal de Energia de outubro, elaborado pela Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME. Quando considerada a oferta interna de energia brasileira, as fontes renováveis também se destacam, elevando sua participação de 75,5% (2015) para 82,4% (2016), acumulando alta de 6 pontos percentuais no ano. Na classificação por tipo de fonte, a projeção de participação é de 68,9% de hidráulicas; 8,7% de biomassa; e 4,8% de eólica. Segundo o documento, em outubro de 2016, a produção de petróleo cresceu 9,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior, e cumulando um aumento de 2,7% no ano. Já a produção de gás natural cresceu 11,2% em outubro e avanço de 6,2% nos primeiros 10 meses de 2016. (Agência CanalEnergia – 19.01.2017)

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2 Disputa deve ajudar usinas de energia solar com atraso

O leilão de descontratação de energia de reserva deve ajudar as usinas de energia solar com atraso para serem implementadas, além de algumas eólicas que foram prejudicadas com a recuperação judicial da Impsa. Segundo levantamento, quase metade dos projetos de energia eólica com probabilidade "baixa" de entrar em operação tem participação de Furnas. Não há projetos de energia solar enquadrados nessa categoria, mas a Aneel identifica 730 MW de potência com probabilidade "média" e "dificuldade na viabilidade econômica do projeto". Há 719,3 MW de projetos de energia eólica enquadrados na probabilidade baixa de conclusão. Desse total, Furnas tem participação em 330,2 MW. A empresa tem ainda 127,5 MW enquadrados como probabilidade "média" pelo levantamento disponibilizado pela Aneel. "No caso específico da fonte solar fotovoltaica, o leilão deve ter um papel interessante, no que diz respeito aos projetos do leilão de 2014. Esses projetos estavam com sua viabilidade econômico-financeira prejudicada por conta da mudança brusca que ocorreu no cenário macroeconômico brasileiro entre 2014 e 2015 em diante", disse Rodrigo Sauaia, presidente da Absolar. Segundo Sauaia, em 2014, foram negociados 1.048 MW de capacidade de projetos de solar. Desse total, cerca de 35% estão em construção e outros 65% estão parados. A adesão dos empreendedores ao leilão, porém, ainda depende de regras que serão estabelecidas. Furnas disse que ainda não analisou uma participação do leilão por meio das SPE na qual participa e que possuem energia de reserva contratada. Muitos dos projetos de eólicas com atraso na execução figuram na lista de clientes que a Impsa ajuizou na sua recuperação judicial. Segundo a Abeeólica, dos 5,8 GW de eólicas vendidos em leilões de reserva, 3,9 GW já estão em operação, restando 1,9 GW em obras. Do total, "uma parte não significativa teria entraves que poderiam eventualmente levá-los a considerar o leilão de descontratação", se as condições forem consideradas adequadas. A maior parte das sobras, porém, não será resolvida com a descontratação de projetos de reserva, dependendo da execução do MCSD de Energia Nova que está em estudo pelo regulador do setor e que deve possibilitar a descontratação de projetos permanentemente. (Valor Econômico – 23.01.2017)

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3 FNE Sol empresta mais de R$ 13,9 mi para microgeração em 2016

No primeiro ano em que esteve disponível, o FNE Sol liberou mais de R$ 13,9 mi para apoiar microgeração distribuída de fonte solar. A linha de financiamento do Banco do Nordeste foi lançada no final de maio de 2016, oferecendo apoio às pessoas jurídicas na aquisição e instalação dos sistemas. O Rio Grande do Norte recebeu o maior volume de empréstimos entre os estados contemplados, com R$ 5 mi, em 16 operações. Já o Ceará recebeu o maior número de operações, 19, que envolveram empréstimos de R$ 2,5 mi. Veja o resumo das aprovações de empréstimo da linha no ano passado. As condições oferecidas pelo FNE Sol são consideradas das mais atrativas no mercado. Existem planos de replicar o modelo em linhas de outros bancos regionais, mas ainda há uma limitação a ser superada. O público-alvo da FNE Sol são as empresas industriais, agroindustriais, comerciais e de prestação de serviços, produtores rurais e empresas rurais. Pessoas físicas não são atendidas, exceto na condição de produtor rural. E as pessoas físicas correspondem a aproximadamente 80% das unidades consumidoras com microgeração instalada no país. (Brasil Energia – 19.01.2017)

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4 Engie Solar quer mais divulgação da microgeração

A pesquisa Datafolha/Greenpeace sobre microgeração solar divulgada na última semana trouxe além da surpresa de revelar que a sociedade conhece o tema, a necessidade de que é preciso uma divulgação forte sobre o assunto para que ele seja compreendido por completo para o seu deslanche no país. A pesquisa mostrou que embora 80% dos entrevistados entenda a microgeração, apenas 19% estão bem informados sobre o assunto. De acordo com Rodolfo Sousa Pinto, CEO da Engie Solar, há complexidades na microgeração solar distribuída e o entendimento facilita os mercados futuros. O executivo também considerou importante que a pesquisa tenha mostrado que haveria mais interessados caso houvesse uma linha de financiamento acessível. Para ele, o acesso ao crédito vai ser um divisor de águas para o êxito da GD fotovoltaica. Sousa Pinto espera que até o fim do semestre a Engie Solar lance uma linha de crédito própria para projetos de longo prazo. Opções como a formação de cooperativas, consórcios ou condomínios também são elogiadas por ele. "Esses movimentos são atrativos. Hoje a grande discussão é a solução financeira e estas opções são alternativas a isso", visa. Os clientes da Engie têm se mostrado satisfeitos com as soluções de microgeração. Isso tem provocado um efeito de 'boca a boca' entre consumidores, que recomendam a adoção dos sistemas. O executivo volta a reforçar a necessidade de divulgação da geração distribuída. A pesquisa foi ao encontro do que as avaliações da Engie Solar sinalizavam. Vendo o fluxo financeiro como o maior entrave para a GD no país, ele pede a aceleração dos projetos que podem facilitar o acesso ao crédito, como que permite o uso de recursos do FGTS na aquisição de um sistema fotovoltaico. (Agência CanalEnergia – 19.01.2017)

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5 Engie recebe LI para usina solar Assu V

A Engie Brasil Energia recebeu em 17 de janeiro, do Idema, a Licença de Instalação da Central Fotovoltaica Assu V. A Central faz parte da Usina Fotovoltaica Assu, de propriedade da ENGIE Brasil Energia, localizada no Rio Grande do Norte, com capacidade instalada de 30 MW e estimativa para abastecer uma população de 130 mil habitantes. A usina teve 9 MW comercializados no Leilão de Energia de Reserva de novembro de 2015, tem sua entrada em operação prevista para novembro de 2018 e investimento de R$ 220 milhões. Agora resta apenas a anuência do Iphan, explicou a geradora. Além da LI foram obtidas a Autorização Especial para implantação do Canteiro de Obras e a Autorização para Manejo de Fauna. As equipes de arqueologia encontram-se em campo realizando as sondagens. Com aproximadamente 100 hectares de área, o empreendimento marca a entrada da Engie na geração solar centralizada, sendo a primeira usina fotovoltaica de porte comercial construída pela companhia no Brasil. A geradora contava com a experiência adquirida no desenvolvimento do projeto piloto e de P&D que incluiu a usina Cidade Azul, em Tubarão (SC). (Agência CanalEnergia – 20.01.2017)

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6 Renova aceita proposta da AES Tietê por eólicas

O conselho de administração da Renova Energia aceitou a oferta da AES Tietê Energia pelo complexo eólico Alto Sertão II, na Bahia. A companhia deve receber R$ 650 mi pelo empreendimento de 386 MW de capacidade instalada. Segundo comunicado divulgado pela Renova nesta sexta-feira, 20 de janeiro, a conclusão da transação ocorrerá após a assinatura do contrato de compra e venda de ações, cujos os termos ainda estão sendo discutidos e negociados entre as partes e, consequentemente, o cumprimento de condições precedentes usuais em operação dessa natureza. (Agência CanalEnergia – 20.01.2017)

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7 Leilão de energia solar em PE vende toda a oferta colocada no certame

O leilão de energia solar realizado pela comercializadora da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), negociou 3.400 MWh ou 0,938 MWm de energia dos parques Fontes Solar I e II, da Enel Green Power, em Tacaratu, para o período de 1º de janeiro a 31 de maio. A comercializadora é vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sdec). O restante da geração média de Tacaratu já é consumido pelo Centro de Convenções de Pernambuco desde 1º de junho de 2016. A comercializadora Kroma Energia, de Recife, arrematou a oferta com um preço superior a R$ 200,00/MWh. Todas as propostas foram superiores ao PLD para a carga pesada da primeira semana de janeiro para o submercado do Nordeste, e metade das propostas apresentadas tiveram preços superiores a R$ 190,00/MWh. E ainda todas objetivaram a compra de todo o lote ofertado e em conformidade com a distribuição mensal objeto do Edital, o que caracteriza "a continuidade do processo de consolidação do mercado de energia de fonte solar no Brasil, totalizando 3,40 GWh de energia a ser consumida no período especificado". Segundo relatou o governo do estado de Pernambuco, o interesse por esta energia incentivada foi demonstrado pela participação de dezoito empresas que aderiram ao processo. Todas se habilitaram, sendo 17 dessas empresas comercializadoras e uma geradora. Desses, 14 agentes em São Paulo, duas de Pernambuco, uma de Goiás e uma do Paraná. (Agência CanalEnergia – 20.01.2017)

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8 Atlantic comemora dois anos de operação no RN com recordes de eficiência

A Atlantic Energias Renováveis comemora este mês de janeiro, dois anos em operação comercial dos parques eólicos Eurus II e Renascença V. Localizados respectivamente em João Câmara e Parazinho, os ativos da empresa bateram recorde de fator de capacidade com a marca de 61%, o mais alto do estado, citando dados do Boletim Mensal de Geração Eólica (junho/2016), organizado pelo ONS. Juntos os dois parques possuem 60 MW de potência instalada. O Rio Grande do Norte é destaque no mercado de energia eólica e permanece como maior produtor dessa fonte no país, com a geração de 1.589 MWm em novembro de 2016, de acordo com dados da CCEE. (Agência CanalEnergia – 19.01.2017)

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Gás e Termelétricas

1 ANP publicará edital para leilão de áreas de óleo e gás em maio

ANP publicará edital para leilão de áreas de óleo e gás em maio

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Grandes Consumidores

1 JBS Couros troca combustíveis fósseis por biomassa

A JBS Couros substituiu o uso de combustíveis fósseis por biomassa a partir da castanha-de-caju em uma unidade localizada no município de Cascavel, no Ceará, informou a subsidiária de couros do grupo J&F, conhecida pelas marcas Friboi e Seara, entre outras. A troca de combustíveis trouxe à fábrica uma economia de 50% nos custos, com o uso de 500 toneladas mensais de casca de castanha-de-caju e 60 toneladas de babaçu. A fábrica da JBS produz em torno de 180 mil peças de couro acabados e semiacabados por mês, ainda de acordo com a companhia. (Brasil Energia – 19.01.2017)

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Economia Brasileira

1 Brasil é penúltimo colocado em ranking de competitividade da CNI

O Brasil foi o penúltimo colocado entre 18 países no Estudo de Competitividade 2016 da CNI divulgado nesta quinta-feira. O país fica na frente apenas da Argentina. O resultado é semelhante ao de 2015, quando o Brasil ocupou a 14ª posição entre 15 países, também à frente apenas do país vizinho. O país melhorou apenas no ranking de educação, enquanto piorou em disponibilidade e custo da mão de obra, ambiente macroeconômico, competição e escala do mercado doméstico e tecnologia e inovação. Além do Brasil, a pesquisa apresenta dados de África do Sul, Argentina, Austrália, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, Índia, Indonésia, México, Peru, Polônia, Rússia, Tailândia e Turquia. O primeiro colocado foi o Canadá, seguido por Coreia do Sul, Austrália, China e Espanha. A pesquisa é composta por nove áreas que, somadas, formam a classificação geral. Nessas áreas, o Brasil não está no primeiro terço em nenhuma. A melhor posição do país é a nona colocação no quesito educação. Em outros cinco componentes, o país está no último terço, sendo que, em disponibilidade e custo do capital o Brasil, ocupa a última colocação. Isso se deve, explicou a CNI, ao aumento da taxa de juros. Os outros quatro itens no qual o Brasil está entre os piores países pesquisados são infraestrutura e logística, peso dos tributos, ambiente macroeconômico e ambiente de negócios. (Valor Econômico – 19.01.2017)

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2 Indústria reage em dezembro e cresce 3%

Puxado por um dezembro já um pouco melhor, 2017 parece ter começado com ritmo menos desanimador para atividade econômica, que pode se estabilizar já neste primeiro trimestre. Os dados do mês do passado sugerem que o quarto trimestre de 2016 não foi de todo ruim para a atividade. Com base em indicadores antecedentes da indústria já divulgados, economistas avaliam que a produção mostrou um repique no último mês do ano passado, com alta de cerca de 3%, depois da surpresa negativa com os dados de novembro. A expansão, concentrada nas fábricas de veículos, tende a compensar o desempenho fraco esperado para o varejo em igual período e evita tombo mais forte, na casa de 1%, do PIB nos últimos três meses. As notícias um pouco mais positivas para a economia no último bimestre do ano passado, depois de quatro meses seguidos de resultados aquém do esperado, ajudam também o início de 2017. Para analistas e empresários ouvidos, os dados relativamente melhores, ao lado do ciclo de afrouxamento monetário, dão fundamentos para que a confiança volte a crescer. Segundo a Anfavea, entidade que reúne as montadoras, a produção total de veículos avançou 40,6% em dezembro, na comparação com igual mês do ano anterior. Com ajuste sazonal, a variação corresponde a uma alta de 14,5% ante novembro, nos cálculos da MCM Consultores. (Valor Econômico – 23.01.2017)

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3 TCU fará auditoria para avaliar real situação da Previdência Social

O TCU informou nesta quinta-feira que vai fazer uma fiscalização na Previdência social para verificar real situação da Previdência Social. “O objetivo é garantir transparência nos dados e o debate qualificado da sociedade civil e do governo frente à principal questão relativa aos gastos públicos atualmente em discussão no Brasil”, diz o órgão em nota publicada no fim da tarde de hoje no site da instituição. A auditoria também deverá indicar ao TCU riscos relevantes a serem avaliados em futuras ações de fiscalização. Por causa da reforma apresentada no Congresso Nacional no fim do ano passado, a Previdência Social voltou ao centro das discussões econômicas do País. Entretanto, diz o TCU, nos debates que envolvem o tema, é comum verificar controvérsias sobre a real situação do sistema. “Comumente são apresentados dados divergentes ou incompletos quanto a questões orçamentárias, tributárias e fiscais afetas à seguridade social e à previdência”. A fiscalização, determinada pelo presidente do tribunal, ministro Raimundo Carreiro, em despacho de 16 de janeiro e homologada na sessão plenária da última quarta-feira (18), deve agregar análises realizadas pelo TCU anteriormente. Entre elas, a composição das áreas da seguridade social e o resultado do orçamento desse setor; as atuais fontes de financiamento do orçamento da seguridade social e como estão sendo empregadas na previdência, em especial a CSLL; a incidência e o impacto da DRU sobre a previdência e a seguridade social; Os setores que estão sendo beneficiados com desonerações e benefícios fiscais em relação às fontes de financiamento da seguridade social; o valor da dívida previdenciária, das estimativas de sonegação e de inadimplência; as previsões de gastos com aposentadorias para a administração pública nos próximos anos; o impacto das deficiências na gestão no resultado da previdência, em especial da arrecadação previdenciária; e aposentadoria de militares em outros países. Segundo o TCU, os trabalhos sobre previdência social realizados pelo tribunal foram precursores em demonstrar, já em 2012, que os gastos com a área não se sustentavam. (Valor Econômico – 20.01.2017)

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4 Sem abertura da economia, inovação não avança, diz Ipea

Estudo do Ipea defende que um aumento na concorrência do mercado brasileiro e uma abertura ao mercado internacional são essenciais para pressionar os empresários brasileiros a investir em inovação. O levantamento, que reúne uma série de indicadores sobre a competitividade no Brasil, mostra que o Brasil teve uma produtividade de US$ 28,5 mil por cidadão empregado em 2015, enquanto os Estados Unidos, Alemanha e Japão tiveram um nível de produtividade US$ 117,9 mil, US$ 87,9 mil e US$ 73,2 mil, respectivamente, por pessoa empregada. Os economistas do instituto analisam que, apesar do dinamismo social e econômico da última década, o nível de produtividade do Brasil não tem crescido no mesmo ritmo da economia, o que demanda medidas mais enérgicas para a melhoria da competitividade. "Mesmo contra outros países em desenvolvimento, o Brasil apresenta desempenho menor. Por exemplo, os níveis de produtividade do trabalho na Coreia do Sul, Rússia, Malásia e África do Sul foram, respectivamente, de US$ 70,5 mil, US$ 48,3 mil, US$ 57,1 mil e US$ 42,5 mil", diz o estudo. O coordenador de Estudos Sobre Estratégias de Crescimento das Firmas do Ipea, André Rauen, destacou que, pelos dados do IBGE, apenas 36,4% das empresas realizaram uma inovação em entre 2012 e 2014, último dado da pesquisa, o que significa que elas introduziram um novo processo ou produto em sua rotina. (Valor Econômico – 20.01.2017)

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5 Empresas apontam aumento de estoques no 4 º tri

O processo de ajuste de estoques que vinha dando alívio à indústria desde o fim de 2015 foi interrompido no último trimestre de 2016. Entre outubro e dezembro, a indicador da Sondagem da Indústria de Transformação, do Ibre-FGV, cresceu 0,8 ponto em relação ao observado no trimestre até setembro, chegando a 109,1 pontos. Quanto mais distante de 100, maior é o número de empresas que declaram ter estoques em excesso. Entre as quatro categorias acompanhadas, a deterioração foi concentrada em bens de consumo. No caso dos duráveis, levando em consideração a média móvel trimestral - medida que expurga em parte as oscilações de curto prazo -, houve estagnação no último trimestre. Em bens não duráveis, por sua vez, o nível de estoques chegou a piorar, na mesma comparação, em novembro e dezembro. Se confirmada como tendência, a interrupção do ciclo pode prolongar ainda mais o horizonte de retomada da produção da indústria. A coordenadora da sondagem, Tabi Thuler Santos, ressalta que houve, ao mesmo tempo, uma discrepância maior entre a demanda atual e a prevista - os empresários estão frustrados com o volume de pedidos, mas acreditam que situação deve melhorar futuramente. Esse é mais um dado negativo porque, caso eles estejam enganados e a demanda não decole, as fabricantes passarão a acumular ainda mais estoques. (Valor Econômico – 23.01.2017)

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6 Carga tributária cai para 33% do PIB em 2016

A carga tributária bruta global estimada para 2016 caiu para 33% do Produto Interno Bruto (PIB). O índice está 0,34 ponto percentual abaixo do ano anterior e, nos últimos dez anos, só não é pior que o de 2014, quando o peso dos tributos ficou em 32,89%. A redução foi puxada pelo desempenho dos tributos recolhidos pela União, considerando a arrecadação da Receita Federal e a receita previdenciária. A estimativa para essa arrecadação corresponde a 19,56% do PIB em 2016, 0,29 ponto percentual abaixo do ano passado e o pior resultado desde 2001, quando o índice foi de 19,04% do PIB. O número não inclui receitas atípicas, como a arrecadação do programa de regularização de recursos no exterior. As estimativas estão em levantamento feito para o IDP pelos economistas José Roberto Afonso e Kleber Castro, pesquisador da Uerj. O estudo aponta que o programa de repatriação de recursos contribuiu de forma significativa para as receitas tributárias de 2016. O programa arrecadou o equivalente a 0,75% do PIB. Com essa receita extraordinária, a carga tributária estimada para o ano passado aumenta para 33,75% do PIB, o que representa alta de 0,41 ponto percentual a mais que o peso de 2015 e o melhor resultado desde 2008, quando o índice foi de 34,76%. "Considerando a economia em recessão, o resultado é até muito bom, mas não permite comemorar para fins fiscais", diz Afonso. O resultado mais apropriado para análise de tendência da carga, ressalta ele, é aquele que exclui os recursos extraordinários de repatriação. Sem essa arrecadação, revela-se uma queda acentuada nos tributos recolhidos pela Receita Federal, sem contar a receita previdenciária. (Valor Econômico – 23.01.2017)

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7 Mercado vê inflação e juros menores em 2017

Os participantes do mercado financeiro reduziram suas estimativas para a inflação e para a taxa básica de juro neste ano, de acordo com informações do boletim Focus, do BC. A mediana das estimativas para o IPCA caiu pela terceira semana consecutiva, de 4,80% para 4,71% de aumento. A projeção em 12 meses cedeu de 4,80% para 4,74% de alta. Para 2018, a expectativa segue em 4,50% há 28 semanas. Também foi revisada para baixo a previsão para a taxa Selic, de 9,75% para 9,50%, ao fim deste ano. A mediana das previsões para 2018 recuou de 9,50% para 9,38%. Entre os participantes do grupo Top 5 - que mais acertam as previsões - a expectativa de médio prazo agora é de que a inflação deste ano fique abaixo da meta de 4,5%. A mediana das estimativas desse grupo para o avanço do IPCA de 2017 saiu de 4,54% para 4,45%. A expectativa para 2018 seguiu em 4,50%. Esse grupo não alterou as apostas para a Selic, de 9,50% tanto para o fim de 2017 quanto para o encerramento de 2018. Nas projeções para a atividade, tudo continuou igual. As previsões para o crescimento do PIB seguem em 0,50% em 2017 e em 2,20% em 2018. A produção industrial deve subir 1% e 2,10%, respectivamente. (Valor Econômico – 23.01.2017)


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8 Ilan: IPCA-15 confirma cenário que justificou corte maior da Selic

O presidente do BC, Ilan Goldfajn, disse hoje que o IPCA-15 de janeiro confirma o cenário de desinflação usado pela autoridade monetária para justificar a queda de 0,75 ponto percentual dos juros na última reunião. O indicador, divulgado pelo IBGE registrou alta de 0,31%, a menor taxa para janeiro desde 1994. “O IPCA-15 faz parte do cenário com que estamos trabalhando na ata e no comunicado. É um cenário de desinflação e ele confirma nosso cenário base”, afirmou Ilan, em Davos, onde encerrou nesta quinta-feira sua participação no Fórum Econômico Mundial. De acordo com o presidente do BC, suas sinalizações sobre o “novo ritmo” de queda da taxa Selic já haviam sido dadas anteriormente. “Tudo o que falamos aqui sobre política monetária foi repetição do comunicado e da ata [do Copom]”, afirmou. “Temos insistido no caráter condicional das expectativas. Mudanças no ritmo vão continuar dependendo da inflação e dos fatores de risco. ” Na semana passada, o Copom do BC cortou a taxa Selic de 13,75% para 13% ao ano. Indagado se o processo desinflacionário permite uma redução da meta de 2019 para 4%, Ilan preferiu não se comprometer e disse que essa é uma decisão conjunta dos integrantes do CMN. “Não vou adiantar nenhuma discussão sobre a meta. Quando chegar lá [junho], vamos analisar o cenário e tomar a decisão apropriada. ” (Valor Econômico – 19.01.2017)

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9 IPC-S avança 0,63% na terceira medição de janeiro

A inflação medida pelo IPC-S teve ligeira aceleração, de 0,62% para 0,63%, da segunda para a terceira quadrissemana de janeiro, informa a FGV. Três das oito classes de despesa que compõem o índice registraram taxas mais altas, com destaque para o grupo Habitação (0,01% para 0,18%), influenciado pelo comportamento da tarifa de eletricidade residencial (de -2,55% para -1,32%). Também subiram Educação, Leitura e Recreação (1,95% para 2,53%) e Comunicação (0,36% para 0,40%), que refletiram os itens cursos formais (3,75% para 5,78%) e tarifa de telefone móvel (0,54% para 0,86%), respectivamente. Em contrapartida, avançaram menos Alimentação (0,77% para 0,64%), Transportes (1,06% para 0,88%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,56% para 0,46%) e Despesas Diversas (0,92% para 0,66%). Vestuário, por sua vez, ampliou o ritmo de queda, indo de baixa de 0,41% para decréscimo de 0,49%. O IPC-S mede a inflação semanal em sete capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador e Brasília. (Valor Econômico – 23.01.2017)

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10 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h22, o dólar comercial caía 0,51%, a R$ 3,1662. Ontem, o dólar comercial chegou a ampliar a queda após o discurso de Trump, caindo de R$ 3,1901 para R$ 3,1819 no fechamento, em queda de 0,64%. (Valor Econômico – 20.01.2017 e 23.01.2017)

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Internacional

1 Chile voltará a exportar gás e eletricidade a Argentina

O Chile, que no ano passado começou a exportar gás e eletricidade para a Argentina, voltará a fazer esses envios durante 2017 e trabalha em uma proposta para regulamentar o comércio de hidrocarbonetos, disse quinta-feira o ministro da Energia chileno, Andrés Rebolledo. Aproveitando-se da extensa infraestrutura construída, Chile e Argentina, conseguiram no ano passado destravar uma integração energética paralisada há anos, com o início das exportações de gás natural e eletricidade. "A empresa que exportou eletricidade já pediu licença de exportação e ENAP (Empresa Nacional del Petróleo de Chile) está finalizando as negociações para vender seu gás a Argentina de novo", disse Rebolledo. Em 2016, o Chile exportou para a Argentina de 101 GW de eletricidade e 361 milhões de m³ de gás natural. Destes, 86 milhões de m³ transportados pelo gasodutoNorandino e 275 milhões por meio de Gas Andes, ambos construídos há uma década para trazer o gás para o Chile da Argentina, porém só agora começou a operar no sentido oposto. No ano passado, a Argentina importou gás do Chile. A posição assumida pela argentina Energia Argentina (Enarsa) foi com o fim de atender a alta demanda de maio a junho e porque a Bolívia era incapaz de cumprir os volumes máximos de exportação. (Pagina Siete – Bolívia – 20.01.2017)

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2 Evo criará um ministério que dará poder energético a Bolívia

O presidente boliviano Evo Morales anunciou que hoje irá criar o Ministério da Energia, um novo escritório que será parte de seu gabinete, a fim de transformar a Bolívia no "coração energético da América do Sul", de acordo com o publicado em seu Twitter horas depois do seu primeiro anúncio. "Quem tem o poder energético tem o poder político e a Bolívia tem tantos meios," disse ao assegurar que futuramente gerará elprego e novos recursos econômicos para o país. "Este ministério terá dois vice-ministros, um vice-ministro das energias convencionais e alternativas e outro vice-ministro da nova tecnologia, que é a energia nuclear, mas também de lítio", disse o presidente. Isto é, um dos escritórios vai se concentrar em energia, como a eletricidade, mas, principalmente, incidirá sobre energia solar, eólica, térmica, etc. O outro vice-ministro vai gerir o setor de tecnologia no campo da energia. "Este é um ministério de esperança, para garantir um bom futuro para as gerações futuras. O gás pode acabar, mas as usinas nunca acabarão. Quanto ao lítio, somos o primeiro país do mundo que tem tanta água salgada", disse. (Pagina Siete – Bolívia – 22.01.2017)

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3 Governos planejam emissão de bônus verde

Os gastos dos governos para evitar os efeitos da mudança climática despertaram um gigante "green bond" dentro do estoque global de dívida soberana de trilhões de dólares. Projeta-se que em 2017 nove países emitirão títulos que os ajudarão a cumprir compromissos climáticos, segundo o principal executivo da Climate Bond Initiative, Sean Kidney. Projetos públicos de infraestrutura para apoiar a energia renovável, o transporte limpo e a agricultura sustentável são alguns dos setores que os países poderiam financiar com bônus verdes. Semanas após a Polônia vender os primeiros bônus verdes soberanos, a França fará um "roadshow" de sua versão. A Nigéria deverá ser o terceiro país. Assim como os bônus verdes emitidos por empresas, os valores vendidos por governos oferecem um fluxo constante de pagamentos a investidores durante um período de tempo fixo. Os governos deverão representar aproximadamente 10% dos bônus verdes leiloados neste ano, em um mercado que, segundo projeções, crescerá cerca de um terço, para US$ 123 bi, segundo a Bloomberg New Energy Finance. A participação dos papéis soberanos poderia se expandir rapidamente se mais países começarem a recorrer aos mercados de dívida pensando em seus compromissos climáticos, segundo o HSBC Holdings. Investidores estão analisando muito mais atentamente a sustentabilidade ambiental na hora de avaliarem onde colocar seu capital, avalia Alex Struc, gestor de carteiras da Pimco Europe em Londres. Os bônus verdes podem ser uma forma de garantir políticas e planos ambientais para o futuro, segundo Kidney. O capital levantado dessa forma deve ser alocado para projetos que cumpram requisitos pré-determinados e consolidem compromissos climáticos, embora o mercado de bônus verdes já tenha gerado certa polêmica quando algumas corporações empregaram os fundos para empreendimentos que, segundo os ecologistas, não são suficientemente verdes. Companhias chinesas venderam a maior quantidade de títulos verdes no ano passado, alcançado um total de US 33,6 bi, segundo dados do HSBC. Segundo fontes, o governo central em Pequim também está avaliando fazer uma emissão. (Valor Econômico – 23.01.2017)

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4 Portugal: EDP tem projeto-piloto com painéis solares flutuantes em barragem de Montalegre

A EDP implementou um projeto-piloto e pioneiro que conjuga energia fotovoltaica e hídrica, num investimento de 450 mil euros que consistiu na instalação de 840 painéis solares flutuantes na barragem do Alto Rabagão, em Montalegre. "É um projeto pioneiro a nível europeu porque é a primeira vez que juntamos energia fotovoltaica flutuante com a geração hídrica, neste caso a albufeira do Alto Rabagão, uma central que foi construída em 1964. Nesse aspecto é pioneiro na Europa e um dos primeiros no mundo", afirmou o diretor do projeto, Miguel Patena, durante uma visita ao local. Desta forma verifica-se, segundo a EDP, uma "complementaridade natural e virtuosa entre as energias hidrelétrica e solar: há mais sol quando há menos chuva e vice-versa". "Nós queremos demonstrar que é possível com esta solução otimizar o recurso solar e o recurso hídrico", sublinhou o responsável. Paulo Pinto, gestor do projeto, reforçou que este projeto fotovoltaico distingue-se dos outros porque se trata da colocação de painéis sobre uma superfície de água, a que foi designado "fotovoltaico flutuante". Na albufeira do Alto Rabagão, no distrito de Vila Real, os painéis foram instalados, numa espécie de jangada e com uma potência de 220 KW, e aproveitou-se a infraestrutura já existente na barragem, como os transformadores, os quadros elétricos e a linha de escoamento de energia. As centrais hidrelétricas dispõem de uma ligação à rede elétrica que não é utilizada a 100%. Trata-se de uma experiência, que vai ser estudada ao longo de um ano, percorrendo todas as estações. A EDP quer estudar a viabilidade econômica desta solução que está já a produzir energia desde novembro. (Correio da Manhã – Portugal – 21.01.2017)

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5 Energias renováveis ainda esperam decolagem na Espanha

Depois de uma parada de cinco anos do apoio as energias renováveis, a Espanha prepara uma proposta para novos projetos, embora as empresas ainda denunciem a insegurança jurídica que retarda o investimento, apesar da abundância de sol e vento. No final de dezembro, o governo espanhol anunciou planos para fornecer apoio financeiro para a instalação de 3.000 MW, de todos os tipos de energias renováveis (eólica, solar, biomassa). "Esta é uma boa notícia para o setor. Há interesse, há igualmente uma participação provavelmente alta das empresas", prevê José Donoso, diretor-geral da Photovoltaic União Espanhola, que congrega 250 empresas. A licitação não será maior do que em outros países da Europa. Porém o anúncio foi um acontecimento na Espanha depois de anos de paralisia. O país foi um dos pioneiros em energia verde. Mas o rápido desenvolvimento na década de 2000, subsidiado pelo governo socialista, se viu freado pela crise de 2008, e, em seguida, pela moratória as ajuda decretada em 2012, após a chegada ao poder dos conservadores. Para continuar crescendo, as empresas concentraram sua atenção para além das fronteiras espanholas, muitas vezes com sucesso. A Espanha tornou-se, por exemplo, o terceiro maior exportador de turbinas eólicas, graças principalmente ao fabricante Gamesa, que exporta 100% de sua produção, na ausência de clientes locais. Agora, os olhos estão se voltando para o mercado interno. "É essencial que o mercado espanhol seja reativado", diz Juan Diego Diaz, diretor de marketing da Gamesa, para que o grupo e seus fornecedores alcançem um tamanho que lhes permita manter-se competitiva frente aos rivais estrangeiros. Na Espanha, a instalação de nova capacidade de produção de energia renovável foi reduzida ao mínimo. "Em 2015, na fotovoltaica, foi instalado maior potencial na cidade de Bruxelas do que em toda a Espanha", disse Fernando Ferrando Vital, vice-presidente da Fundação Renováveis. A Espanha deve cumprir até 2020 o objetivo fixado em Bruxelas de 20% de energia renovável do total de energia produzida, contra os 16% atuais (segundo os ultimos dados da Eurostat). Segundo o Governo, os 3.000 MW alcançados com a licitação permitiriam alcançar a meta. (Pagina Siete – Bolívia – 22.01.2017)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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