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IFE: nº 4.245 - 16 de janeiro de 2017
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL visita instituições nos EUA para pesquisar Geração Distribuída Fotovoltaica
2 MME classifica como prioritário projeto relativo ao Lote B do Leilão nº 02/2012
3 Artigo de Paulo Ludmer: “A irresponsabilidade moral”

Empresas
1 Expectativa sobre renovação de usina puxa ações da Cesp
2 AES Tietê Energia faz proposta de R$ 650 milhões por Alto Sertão II
3 ABB fecha contrato para fornecer transformadores em corrente contínua para linhão de Belo Monte
4 Cemig procura projetos para programa de P&D da Aneel
5 CPFL Paulista instala usina solar em hospital de Campinas
6 Chesf tem novo presidente

Leilões
1 Leilão inverso é importante para planejamento do setor, avalia ABEEólica

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Números dos reservatórios pelo Brasil
2 Carga de energia fica estável em dezembro, aponta ONS
3 Carga no SIN é negativa em 2016

4 ONS: Carga de energia por submercados

5 CCEE: geração aumentou 2,1% em janeiro

6 ONS prevê chuvas abaixo da média para o Sudeste na próxima semana

7 EPE vai estudar saída para fornecimento de energia ao Oeste do Pará

8 PLD sobe 26,9% para próxima semana

Meio Ambiente
1 Indenização aos indígenas pode causar desequilíbrio do contrato da UHE Passo Fundo

Energias Renováveis
1 Lei de incentivo à energia limpa no CE garante crédito de R$ 10 mi
2 Renova vende eólicas de 386 MW para AES Tietê
3 Renova: tentativa de aliviar endividamento de curto prazo

4 Cade aprova venda de participação da Petrobras em usina de etanol

Gás e Termelétricas
1 Brasil reduz compra de gás da Bolívia
2 Nova tarifa pode ajudar retomada de Angra 3
3 Eletronuclear aguarda decisão para a retomada de Angra 3
4 World Nuclear Association disponibiliza edição 2017 do relatório “Nuclear Power Economics and Project Structuring”

Grandes Consumidores
1 Usiminas fecha acordo para suspender dívidas de US$ 400 mi

Economia Brasileira
1 BC: mercado agora aposta em juro de 9,75% neste ano
2 Economistas apostam em dólar mais barato

3 Brasil perde para latinos e Brics em competitividade em capital humano
4 Aumento da procura por crédito em 2016 foi para as dívidas, diz Serasa
5 Servidores 'correm' para pedir aposentadoria antes da reforma
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Bolívia: planos de exportação para Argentina, Brasil, Paraguai e Peru
2 Portugal: Consumidores pagam 112 mi na conta da luz para subsidiar indústria
3 Chineses e alemães querem fazer de Chernobyl um parque solar

Biblioteca Virtual do SEE
1 LUDMER, Paulo “A irresponsabilidade moral”. Agência CanalEnergia. Rio de Janeiro, 13 de janeiro de 2017.
2 WNA. “Nuclear Power Economics and Project Structuring - 2017 Edition”. World Nuclear Association. Londres (Inglaterra), janeiro de 2017.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL visita instituições nos EUA para pesquisar Geração Distribuída Fotovoltaica

Os pesquisadores do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL) do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ), Guilherme Dantas e Daniel Viana, juntamente com o Gerente Corporativo de Regulação Técnico-Comercial da Energisa, Job Figueiredo, fizeram, entre 4 e 19 de dezembro de 2016, uma viagem aos Estados Unidos no âmbito do Projeto de P&D “Impacto dos Recursos Energéticos Distribuídos sobre o Setor de Distribuição”, vinculado ao Programa de P&D da Aneel e executado pelo GESEL em parceria com o Grupo Energisa. Além de visitar centros de estudo em busca de parcerias em pesquisas (como a Universidade de Nevada e o Desert Research Institute), Dantas, Viana e Figueiredo também estiveram reunidos com empresas distribuidoras, órgãos reguladores e operadores de sistema em busca de informações relacionadas à implementação da Geração Distribuída Fotovoltaica e seus impactos. Passando pelas cidades Las Vegas, Reno e Carson City (no estado de Nevada); Denver, Golden e Basalt (no Colorado); São Francisco, Sacramento, Folsom e Berkeley (na Califórnia); e Honolulu (no Havaí); os três analisaram temas como experiências locais, modelos regulatórios, riscos de mercado para distribuidoras, modelos de negócios, estruturas tarifárias, incentivos fiscais, geração de emprego, impactos técnicos na rede, evolução dos custos, armazenamento de energia, micro-grids, e perspectiva futuras. Foram visitadas as seguintes instituições: Nevada Governor's Office of Energy (GOE), National Renewable Energy Laboratory (NREL), Rocky Mountain Institute Innovation Center (RMI), California Energy Commission, Lawrence Berkeley National Laboratory (LBL), Hawaii State Energy Office, Nevada Public Utilities Commission (PUCN), California Public Utilities Commission (CPUC), Hawaii Public Utilities Commission (HPUC), Pacific Gas and Electric Company (PG&E), NV Energy, Hawaiian Electric (HECO). (GESEL-IE-UFRJ – 16.01.2017)

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2 MME classifica como prioritário projeto relativo ao Lote B do Leilão nº 02/2012

O Ministério de Minas e Energia classificou como prioritário o projeto de transmissão de Energia Elétrica de titularidade da Guaraciba Transmissora de Energia (TP Sul) S.A., relativo ao Lote B do Leilão nº 02/2012. Dessa forma, a transmissora fica autorizada a emitir debêntures de infraestrutura, o que permite uma melhor equação do financiamento do empreendimento. (Agência CanalEnergia – 13.01.2017)

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3 Artigo de Paulo Ludmer: “A irresponsabilidade moral”

Em artigo publicado no portal CanalEnergia, Paulo Ludmer, jornalista, engenheiro e escritor, fala sobre a irresponsabilidade moral que permeia o setor elétrico brasileiro, através de uma forte crítica sobre a relação dos agentes da energia com os consumidores. Segundo ele “a judicialização das relações entre agentes da energia, entre agentes e governo, dentro do governo e assim por diante, traduz o horror da desumanização que só faz crescer e que aproxima de modo irreversível o real e o virtual”. Acrescenta ainda que “para os programas, signos e símbolos que se apossaram dos comandos do setor energético brasileiro, as pessoas nada são nas esferas de um Newave, um PLD ou um CMO. Recursos humanos ou consumidores domiciliares constituem uma das figuras menos citadas (ou quase nunca citadas) no ENASE (Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico)”. Ludmer termina questionando a nova relação entre a energia e a tecnologia: “a integração telecomunicações com distribuição de energia elétrica (num universo smart grid e geração distribuída) promoverá o aprofundamento da irresponsabilidade moral e da ética? O desmoronamento da mobilidade urbana como a conhecemos e o estreitamento dos contatos presenciais entre as pessoas porá no lixo a memória e a historicidade?”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 16.01.2017)

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Empresas

1 Expectativa sobre renovação de usina puxa ações da Cesp

A possibilidade da Cesp renovar a concessão da usina de Porto Primavera, o que elevaria seu valor no processo de privatização, levou as ações da Cesp a subir mais de 8%. O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho teria sido questionado sobre a proposta da Cesp de utilizar um artigo da Lei 13.360 de 2016 para prorrogar a concessão da usina. Ele respondeu que o trâmite nesses casos não deve ser demorado. Segundo relatos de fontes com conhecimento da reunião, o ministro disse ainda haver um estudo jurídico avaliando essa possibilidade. A notícia animou os investidores e as ações preferenciais classe B (PNB) fecharam com alta de 8,4%, a R$ 15,10. O Ibovespa fechou em queda de 0,47% O artigo em questão define que, no caso de empresas estatais, "é facultado à União outorgar contrato de concessão pelo prazo de 30 anos associado à transferência de controle de pessoa jurídica prestadora do serviço", desde que a licitação seja feita até 28 de fevereiro de 2018 e a transferência do controle seja concluída até 30 de junho de 2018. A concessão de Porto Primavera, que tem 1.540 MW de potência, vence em julho 2028. Se a concessão for renovada por 30 anos, o montante que o Estado de São Paulo deve conseguir levantar com a privatização deve ser significativamente maior, uma vez que a avaliação do preço leva em conta a projeção de geração futura de fluxo de caixa. Além dessa hidrelétrica, a Cesp tem ainda as concessões da usina de Paraibuna, com 87 MW e vencimento em março de 2021, e Jaguari, que tem 27,6 MW e vence em maio de 2020. A estatal contratou, depois de uma licitação, o Banco Fator para fazer a avaliação dos ativos. Terminou o prazo para que o banco entregasse um laudo preliminar de avaliação dos ativos. Depois disso, a Cesp deve avaliar o material e devolvê-lo ao Fator. Em dezembro, o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Almir Martins, havia afirmado que a avaliação jurídica interna da companhia tinha apontado que a lei poderia ser aplicada ao caso da Cesp. A empresa pleiteia R$ 8,25 bi na Justiça, sendo R$ 6,69 bi de Três Irmãos, R$ 914,8 mi de Ilha Solteira e R$ 646,5 mi de Jupiá. No caso da renovação da concessão, a Cesp já declarou que espera não precisar pagar o bônus da outorga por isso. Uma possibilidade vista pelo mercado é a companhia chegar a um acordo com a União e utilizar parte das indenizações pleiteadas para abater o bônus da outorga. (Valor Econômico – 16.01.2017)

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2 AES Tietê Energia faz proposta de R$ 650 milhões por Alto Sertão II

A Renova e AES Tietê Energia confirmaram nesta sexta-feira, 13 de janeiro, o fechamento de acordo para a venda dos parques eólicos do Complexo Alto Sertão II da primeira para a segunda. A oferta de aquisição é de R$ 650 milhões e ainda depende de aprovação do conselho de administração da geradora que é controlada pela Cemig. Outra parcela do acordo prevê a exclusividade por 45 dias à geradora do Grupo AES Brasil para a compra e venda de ações da Renova Eólica Participações ou da Nova Energia Holding, sociedades que controlam as 15 SPEs que formam os parques alvo da aquisição. Esse preço está sujeito a ajustes que foram classificados em Fato Relevante como usuais em operações dessa natureza. Bem como análise de órgãos responsáveis como o Cade. Faz parte do processo ainda a conclusão de auditoria legal feita pela AES Tietê e que está em andamento, aprovações societárias e prévia dos credores dos ativos a serem comprados. O complexo eólico tem 386 MW de capacidade instalada e 181,6 MW médios de garantia física de energia contratada por 20 anos por meio de leilões de energia nova realizados em 2010 e 2011 e está localizado em Caetité (BA). De acordo com a AES Tietê Energia, essa aquisição contribuirá para a estratégia de crescimento da companhia de chega até a 2020 com 50% de seu resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) originados de fontes não hidráulicas com contratos regulados. Esse negócio já ganhou uma parcela favorável a sua conclusão. A Light divulgou na mesma data outro fato relevante no qual orientou o voto de seus membros no conselho da Renova a aprovar a venda. A Light Energia detém 20,28% do capital votante da Renova. Outros acionistas que compõem o bloco de controle são a RR Participações com 17,73% e a Cemig com 44,18% perfazendo um total de 82,19% das ações ON emitidas pela companhia e 63,54% do capital total. (Agência CanalEnergia – 13.01.2017)

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3 ABB fecha contrato para fornecer transformadores em corrente contínua para linhão de Belo Monte

A ABB vai fornecer os transformadores conversores para o linhão de Belo Monte, que conecta a usina ao Sudeste do país, informou a fabricante de equipamentos nesta sexta-feira (13/1). O pedido fechado com a Norte Energia no quarto trimestre do ano passado totaliza US$ 75 milhões para a entrega de 14 transformadores conversores de 400 MVA de 400 kV, entre outros equipamentos, de acordo com a ABB. O linhão de Belo Monte será conectado em tensão de 800 kV, do tipo ultra-alta tensão em corrente contínua, com pouco mais de 2,5 mil quilômetros de extensão. (Agência Brasil Energia – 13.01.2017)

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4 Cemig procura projetos para programa de P&D da Aneel

A Cemig (MG) publicou Chamada Pública para a captação de projetos para o Programa de Pesquisa & Desenvolvimento Cemig/Aneel 2016-2017. O objetivo é receber propostas com caráter inovador – ligados ao setor elétrico – de empresas, fornecedores, instituições de ensino e instituições de ciência e tecnologia. São 28 novas demandas tecnológicas prioritárias mais uma específica para projetos em continuidade. Todas as demandas procuram abarcar as necessidades estratégicas do Grupo Cemig. As instituições interessadas devem podem obter detalhes do Chamamento Público no site da Cemig. As inscrições ficam abertas até 9 de março. Nos últimos cinco anos, o Grupo Cemig foi responsável por aproximadamente 20% do montante de recursos aplicados pelo setor elétrico em projetos de pesquisa e desenvolvimento no âmbito do programa Aneel. São cerca de 250 projetos em andamento por ano. Nos últimos três anos, foram investidos cerca de R$ 115 milhões em projetos de P&D, com uma média de 128 projetos em andamento por ano, com renomadas instituições de pesquisa e ensino, fornecedores, fabricantes e instituições de ciência e tecnologia. (Agência CanalEnergia – 16.01.2017)

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5 CPFL Paulista instala usina solar em hospital de Campinas

A CPFL Paulista (SP) investiu R$ 491 mil na instalação de uma usina de geração de energia fotovoltaica no Hospital Boldrini, em Campinas (SP). A usina usa 276 painéis solares para gerar energia limpa, que será consumida pelo hospital. A cerimônia de entrega do projeto foi realizada nesta sexta-feira, 13 de janeiro. Uma iniciativa do Programa de Eficiência Energética, o projeto de geração solar fotovoltaica do Centro Infantil Boldrini contempla um sistema de painéis solares com uma capacidade instalada de 70 kWp, gerando em torno de 108 MWh/ano. O Centro Infantil Boldrini é o maior hospital especializado na América Latina, que há 39 anos atua no cuidado a crianças e adolescentes com câncer e doenças do sangue. Essa energia é suficiente para abastecer por um ano 44 residências, com consumo mensal de 200 KWh. A iniciativa deve reduzir em aproximadamente 10% o valor da conta de consumo de energia do hospital. A energia gerada pela usina contribuirá para evitar a emissão de 135 toneladas de CO2, um dos principais agentes causadores das mudanças do clima. Para efeito de comparação, essa quantidade de CO2 que não é lançada na atmosfera representa para a natureza o mesmo que o plantio de 810 novas árvores. (Agência CanalEnergia – 16.01.2017)

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6 Chesf tem novo presidente

O engenheiro eletricista Sinval Zaidan Gama será o novo presidente da Chesf, em substituição a José Carlos de Miranda Farias. A posse ocorre nesta sexta-feira (13/1). Com isso, Gama deixa a Celg Distribuição, empresa que presidiu, participando do processo de privatização da companhia. Gama já trabalhou na Chesf e na Eletrobras, e foi interventor pela Aneel, em 2004, da Cemar e das empresas do então Grupo Rede Energia em São Paulo e no Paraná. É graduado em Engenharia Elétrica e Administração de Empresas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com especialização em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Minas Gerais e em Gestão de Qualidade pela George Washington University, além de MBA em Mercado Financeiro e de Capitais, pelo IBMEC-RJ. (Agência Brasil Energia – 13.01.2017)

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Leilões

1 Leilão inverso é importante para planejamento do setor, avalia ABEEólica

A Associação Brasileira de Energia Eólica acredita que o leilão de descontratação de energia, cuja ideia foi apresentada durante reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) na última quarta-feira, 11 de janeiro, é importante para o planejamento do setor elétrico. Apesar de ser a fonte que mais contratou energia nesse certame ao longo dos anos com 5,8 GW, acredita que dificilmente investidores deste segmento deverão aderir à medida. A maior parte, ou 3,9 GW, já está em operação e dentre os demais 1,9 GW, a maior parte apresenta alta viabilidade tanto operacional quanto financeira. Segundo avaliação da presidente executiva da ABEEólica, Élbia Gannoum, o leilão inverso vai ajudar porque justamente vai promover uma limpeza no deck de projetos permitindo ver com maior clareza qual é a parcela da demanda que está realmente atendida. Além disso, relembrou, um estudo da própria entidade apontou que a sobra de energia efetiva que o Brasil tem é menor do que o que e chamado de elétrons de papel. Com o leilão inverso poderá se ter maior clareza desse volume. “O setor eólico ficou bastante decepcionado com o cancelamento do último leilão de reserva de 2016. Essa ideia que foi apresentada de realizar a descontratação é muito positiva porque ajudará na defesa da cadeia produtiva com a liberação de demanda e ainda permite a redução da sobrecontratação das distribuidoras”, comentou. Com isso, continuou a executiva, o governo conseguirá, por exemplo, mais espaço para realizar o leilão de reserva que foi o ponto central do encontro do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho, com governadores do Nordeste na semana passada. Esse otimismo referente à retomada da contratação da fonte tem como base a competitividade da fonte, que só perde em preço para as grandes hidrelétricas. (Agência CanalEnergia – 13.01.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Números dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Sul registraram alta de 0,2% nos seus níveis e operam com volume de 69,6%, de acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico referentes ao último dia 12 de janeiro, a energia armazenada é de 13.897 MW mês e a energia natural afluente é de 16.720 MW med, que equivale a 206% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Passo Real está com 87,02% da sua capacidade. No Sudeste/ Centro-Oeste, os níveis continuaram com o mesmo valor do dia anterior, de 32,7%. A energia armazenada na região é de 66.561 MW mês e a ENA chega a 36.017 MW med, o correspondente a 50% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Furnas está com 44,42% da sua capacidade e a de Nova Ponte, com 25,52%. Na região Nordeste, que tem os piores níveis no Brasil, houve recuo de 0,2% no volume dos reservatórios, que ficam em 17% da capacidade. A energia armazenada é de 8.810 MW mês. A ENA é de 3.986 MW med, que é o mesmo que 43% da MLT. A usina de Sobradinho está com 13,73%. No Norte do país, também houve manutenção nos níveis dos reservatórios, ficando em 20%. A energia armazenada é de 3.003 MW mês e a ENA é de 3.295 MW med, que equivale a 31% da MLT. A usina de Tucuruí opera com 29,28% da sua capacidade de armazenamento. (Agência CanalEnergia – 13.01.2017)

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2 Carga de energia fica estável em dezembro, aponta ONS

A carga (consumo mais perdas) de energia no SIN totalizou 64.914 MWm em dezembro do ano passado, estável na comparação com o mesmo intervalo de 2015, informou há pouco o ONS. Considerando o acumulado em 2016, a variação foi de 0,1%. “A carga de energia elétrica continua influenciada pelo baixo crescimento da indústria que, ainda sem sinais de reação, atingiu o menor nível em 20 anos”, diz o Boletim de Carga do operador. O desempenho da carga também é reflexo da persistência do desaquecimento do mercado de trabalho, e do consequente declínio do consumo das famílias. Em dezembro, apesar da conjuntura adversa, as temperaturas elevadas, principalmente na segunda quinzena, tiveram comportamento sobre a carga de energia e contribuíram para um aumento, especialmente em refrigeração. Na região SE/CO, a carga de dezembro somou 37.574 MWm, queda de 1,4% na comparação anual. No acumulado em doze meses, houve queda de 0,8%. No Norte, a carga também apresentou queda em dezembro, de 2,1%, para 5.366 MWm. “A carga dos consumidores industriais eletrointensivos do subsistema Norte conectados à Rede Básica, que passou por expressiva contração ao longo dos últimos anos, mantém-se em patamar bastante reduzido desde meados do ano de 2014”, explicou o ONS. No ano, porém, houve alta de 1,8%. A carga somou 11.255 MWm no Sul do país em dezembro, alta de 5,7% na comparação anual, refletindo as temperaturas elevadas e o tempo seco, devido ao aumento da carga de refrigeração e irrigação. No ano, houve leve alta de 0,2%. Na região Nordeste, a carga somou 10.729 MWm em dezembro, alta de 0,7%, refletindo a predominância de duas com ocorrência de chuvas e nebulosidade. Essa foi a menor taxa desde maio de 2016. No acumulado em doze meses, porém, houve alta de 1,6%. (Valor Econômico – 13.01.2017)

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3 Carga no SIN é negativa em 2016

A carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) em 2016 foi 0,1% menor que a verificada no ano anterior, de acordo com o boletim de carag mensal do ONS. A carga verificada em dezembro do ano passado, de 64.924 MW médios, uma variação praticamente nula na comparação com novembro do mesmo ano e com dezembro de 2015. Considerando efeitos como variações no número de dias úteis e de temperatura e perdas na Rede Básica, a variação de carga entre dezembro de 2016 e igual mês do ano anterior é negativa em 0,6%. A carga de energia elétrica continua influenciada pelo baixo crescimento da indústria que, ainda sem sinais de reação, atingiu o menor nível em 20 anos. De acordo com o ONS, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) da indústria brasileira atingiu 72,5% em dezembro, novo patamar mínimo histórico para a série iniciada em 2001. Além disso, a persistência do desaquecimento no mercado de trabalho com consequente declínio do consumo das famílias também tem contribuído para esse resultado. O aumento da temperatura contribuiu para que o nível da carga não caísse ainda mais. “A incorporação de aparelhos de refrigeração associada à mudança de comportamento dos consumidores, que em função da recessão permaneceram mais em suas casas durante as festas de final de ano, contribuiu para o aumento da carga de refrigeração”, justifica o ONS. (Agência Brasil Energia – 13.01.2017)

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4 ONS: Carga de energia por submercados

ONS informou nesta sexta-feira, 13 de janeiro, como ficaram as carga de energia de cada submercado em dezembro. Para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, os valores apresentam decréscimo de 1,4% em relação aos valores verificados no mesmo mês do ano anterior. Essa variação é explicada, principalmente, pelo modesto desempenho da indústria cuja participação na carga do subsistema Sudeste/Centro-Oeste é de cerca de 35%. Para o subsistema Sul, os valores de carga de energia verificados em dezembro/16 indicam variação positiva de 5,7%, em relação aos valores do mesmo mês do ano anterior. Com temperaturas elevadas e tempo seco, a carga desse subsistema apresentou elevada taxa de crescimento em relação ao mesmo período o ano anterior, justificada principalmente pelo aumento da carga de refrigeração e irrigação. No subsistema Nordeste, os valores de carga de energia verificados em dezembro/16 indicam acréscimo de 0,7% em relação aos valores do mesmo mês do ano anterior. A predominância de dias com ocorrência de chuvas e muita nebulosidade durante o mês de dezembro/16, influenciou o comportamento da carga, que apresentou a menor taxa desde o mês de maio/16. No subsistema Norte, o valor de carga de energia verificado em dezembro/16 indica uma variação negativa de 2,1% em relação ao valor do mesmo mês do ano anterior. A carga dos consumidores industriais eletrointensivos do subsistema Norte conectados à Rede Básica, que passou por expressiva contração ao longo dos últimos anos, mantém-se em patamar bastante reduzido desde meados do ano de 2014. A ocorrência de chuvas e muita nebulosidade, principalmente em Manaus, durante o mês de dezembro/16 também contribuiu para o resultado da carga. (Agência CanalEnergia – 13.01.2017)

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5 CCEE: geração aumentou 2,1% em janeiro

Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 10 de janeiro indicam aumento de 0,4% no consumo e 2,1% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o período de 3 a 12 de janeiro de 2016. As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que traz dados de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais. Nos dez primeiros dias de janeiro, o consumo de energia no sistema alcançou 60.145 MW médios, montante 0,4% superior ao registrado no ano passado. Houve queda de 2,5% no consumo do mercado cativo, no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, índice impactado pela migração de clientes cativos para o mercado livre. Sem o registro da saída de novas cargas para o mercado livre, apresentaria crescimento de 2,8%. Já no Ambiente de Contratação Livre, no qual consumidores compram energia diretamente dos fornecedores, o boletim indica elevação de 10,3% no consumo. Eliminando o impacto da chegada de novas cargas, apresentaria queda de 7,2%. Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de comércio, com aumento de 104,4%, de saneamento, que cresceu 77,8% e serviços, com alta de 72,1% registraram aumento no consumo de energia elétrica no período, índices influenciados pela migração dos consumidores para o mercado livre. A análise do desempenho da geração, por sua vez, indica a entrega de 63.874 MW médios de energia ao Sistema Interligado Nacional em janeiro. Houve aumento de 115,8% na produção das usinas eólicas, enquanto a geração térmica caiu 34,2% no período. As usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas, registraram incremento de 7,8% na produção de energia com representatividade de 79,6% da fonte sobre toda energia produzida no país. O índice é 4,2 pontos percentuais superior ao registrado em janeiro de 2016. (Agência CanalEnergia – 13.01.2017)

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6 ONS prevê chuvas abaixo da média para o Sudeste na próxima semana

Para a próxima semana operativa, 14 a 20 de janeiro, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê chuvas abaixo da média histórica para todos os subsistemas, exceto o Sul. Para o Sudeste/Centro-Oeste são esperadas Energias Naturais Afluentes (ENAs) de 79% da Média de Longo Termo (MLT). Para o Nordeste e Norte, as previsões apontam para 18% e 40% da MLT, respectivamente. Apenas o Sul deverá ter chuvas acima da média história, com 184% da MLT, segundo boletim divulgado nesta sexta-feira, 13 de janeiro. Segundo o ONS, no início da semana devem ocorrer pancadas de chuva nas bacias dos rios Grande e Paranaíba, no alto Araguaia e no alto São Francisco, devido a atuação de uma frente fria no litoral do estado do Rio de Janeiro e de um sistema de baixa pressão no Paraguai e na região Centro-Oeste do país. A carga esperada para a próxima semana operativa do Sistema Interligado Nacional (SIN) está estimada em 68.594 MW. Para os submercados SE/CO, Sul, NE e Norte, as cargas deverão ser, respectivamente, de 40.343 MW médios, 11.964 MW médios, 10.957 MW médios e 5.330 MW médios. Com isso, o resultado do Custo Marginal de Operação (CMO) ficou em R$ 109,76/MWh no SE/CO, Sul e Norte e de R$ 159,91MWh no Nordeste, na média semanal. A expectativa do ONS é que janeiro termine com energia armazenada máxima de 36,4% no Sudeste, 68,8% no Sul, 18,7% no Nordeste e 23,7% no Norte. (Agência CanalEnergia – 13.01.2017)

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7 EPE vai estudar saída para fornecimento de energia ao Oeste do Pará

A EPE deverá realizar um estudo para atendimento à região Oeste do Pará a partir de 2018, sendo que essa solução deverá ter caráter estrutural, num momento em que a menor demanda por energia favorece avaliações energéticas regionais. A região é conhecida no setor como Tramo Oeste. O MME autorizou a descontratação, a partir deste mês, a termelétrica Santarém (PA, 18,75 MW), que será feita pela Eletronorte, segundo decisão estabelecida nesta semana. A contratação aconteceu em 2014. A térmica a óleo combustível foi instalada em caráter emergencial pela estatal para atender à região oeste do Pará, entre 2017 e 2019. A usina era considerada como saída para garantir "confiabilidade no atendimento das cargas", segundo o governo. Entretanto, segundo decisão do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) em dezembro passado, a entrada em operação de unidades geradoras das unidades geradoras da casa de força auxiliar do sítio Pimental da hidrelétrica Belo Monte, e a redução da previsão de carga da Celpa para este ano, constatou-se que não há mais necessidade de despacho este ano. Na última quinta-feira (13/1), a última unidade geradora do sítio Pimental iniciou a operação comercial, o que totaliza 233 MW de capacidade instalada. A geração parcial de Belo Monte tirou a necessidade de manter a termelétrica ativada. Para 2018, constatou-se a necessidade de até 5 MW entre setembro e dezembro e de até 20 MW para o segundo semestre de 2019. O CMSE apontou a necessidade de se viabilizar entrada em operação de solução estrutural, mas reconheceu que a usina não precisa mais manter-se contratada em 2017. A avaliação para os anos seguintes se dá em função da perspectiva de comportamento da demanda de energia e a oferta prevista para a região. Na solução que a EPE terá que indicar, deverá ser considerado o impasse com a Isolux, que arrematou no leilão de transmissão realizado em agosto de 2015 o lote D, composto pela linhas de transmissão Xingu - Altamira, Circuito 1, Altamira - Transamazônica, Circuito 2, e Transamazônica - Tapajós, Circuito 1, além de três subestações, que totalizam 436 quilômetros de extensão. (Agência Brasil Energia – 13.01.2017)

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8 PLD sobe 26,9% para próxima semana

O PLD teve alta de 26,9% em três dos quatro submercados do país, cujos valores passam a vigorar na terceira semana operativa (14/1 a 20/1), informou a CCEE. O percentual indica um preço de R$ 128,50/MWh para os submercados Sudeste/Centro-Oeste, Norte e Sul. No Nordeste, a alta ficou em 9%, para R$ 135,09/MWh. Segundo a CCEE, houve redução na previsão de afluências em janeiro em todos os submercados, exceto no Sul, ou seja, SE/CO, Norte e Nordeste terão chuvas abaixo da média em um patamar ainda menor em relação à semana anterior (confira as tabelas abaixo). Além disso, há expectativa de elevação da carga no SE/CO, submercado com maior representatividade em relação ao país, muito mais em função das altas temperaturas do que por reação de demanda. "As elevadas temperaturas observadas seguidamente nos primeiros dez dias do mês nas regiões SE/CO, acompanhadas de baixa precipitação atmosférica, causando significativo desconforto térmico, fizeram com que o subsistema SE/CO tenha registrado um aumento expressivo da carga", disse o ONS. O CMO, calculado pelo ONS, ficou em R$ 109,76/MWh em todos os submercados, menos no Nordeste, que será de R$ 159,91/MWh. (Agência Brasil Energia – 13.01.2017)

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Meio Ambiente

1 Indenização aos indígenas pode causar desequilíbrio do contrato da UHE Passo Fundo

A Engie, maior empresa privada de geração de energia do país, disse que não pode ser responsabilizada por eventual falha no processo de licenciamento ambiental da hidrelétrica Passo Fundo, localizada na Bacia do Rio Uruguai, no município de Entre Rios do Sul (RS), pois a empresa apenas opera e mantém a usina, que pertence à União. Disse ainda que a responsabilização por um eventual pagamento de indenização às comunidades indígenas que residem no entorno do empreendimento pode causar desequilíbrio econômico e financeiro do contrato de prestação de serviço. Na quarta-feira, 11 de janeiro, a Agência CanalEnergia publicou a notícia de que a procuradora da República Fernanda Alves de Oliveira, do Ministério Público Federal (MPF) em Passo Fundo (RS), enviou recomendação ao Ibama, à empresa Engie Brasil Energia e à Fundação Nacional do Índio (Funai) para que providenciem o licenciamento ambiental corretivo da hidrelétrica Passo Fundo, com elaboração de Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) prevendo o componente indígena da área em questão, bem como medidas compensatórias e migratórias de cunho socioambiental em favor da comunidade indígena residente na Terra Indígena Serrinha. O MPF estabeleceu prazo de 30 dias para que os destinatários informem sobre as medidas adotadas para o cumprimento da recomendação. (Agência CanalEnergia – 13.01.2017)

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Energias Renováveis

1 Lei de incentivo à energia limpa no CE garante crédito de R$ 10 mi

Foi sancionada nesta sexta-feira (13) a lei que cria o Fundo de Incentivo à Eficiência Energética e Geração Distribuída (FIEE) no Ceará. De acordo com o governador Camilo Santana, o objetivo é incentivar o desenvolvimento e financiamento de projetos de geração de energia elétrica com base nas fontes renováveis. Os projetos receberão créditos de até R$ 10 milhões. "Essa questão da energia renovável tem sido um esforço para que o Ceará retome em médio a curto prazo a condição de vanguarda, que sempre foi característica nessa área. Esse fundo tem um aspecto concreto para por em prática esse objetivo, e parabenizo todo o planejamento feito em parceria com a Fiec", afirmou o governador. Com a lei, o governador fica autorizado a abrir crédito adicional especial de até R$ 10 mi para destinar ao Fundo de Incentivo à Eficiência energética. Um Conselho Gestor foi criado com o intuito de analisar e escolher os projetos que receberão recursos financeiros e definir as diretrizes de aplicação de tais recursos. O Conselho irá encaminhar relatório semestral à Assembleia Legislativa do Estado do Ceará sobre todos os programas desenvolvidos pelo FIEE, que será gerido financeiramente pela Secretaria da Infraestrutura do Estado do Ceará (Seinfra). (G1 – 13.01.2017)

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2 Renova vende eólicas de 386 MW para AES Tietê

A Renova fechou acordo de venda para a AES Tietê dos parques eólicos do complexo Alto Sertão II, por R$ 650 milhões, informou a geradora do grupo americano nesta sexta-feira (13/01). A expectativa é de que o dinheiro dê fôlego de caixa para a companhia de energia renovável controlado pela Cemig, reduzindo seu endividamento no curto prazo. A AES Tietê havia confirmado na última quinta-feira (12/1) que estava em negociações avançadas com a Renova, após informações da venda circularem pela imprensa. A Renova ainda tem em construção cerca de 700 MW que devem demandar aproximadamente R$ 5 bilhões – considerando investimento médio de R$ 7 milhões por MW instalado. Já em operação, o Alto Sertão III tem 386 MW de capacidade instalada (181,6 MW médios), e foi contratado nos leilões de reserva de 2010 e A-3 de 2011. A operação será realizada através da disponibilização de ações da Renova Eólica Participações S.A. ou da Nova Energia Holding S.A., controladoras das 15 SPEs que compõe o complexo. A AES terá direito de exclusividade para compra pelo período de 45 dias. Os termos do contrato de compra e venda de ações ainda estão sendo discutidos e negociados entre as partes. Mas com a aquisição, a AES Tietê finca estacas no mercado eólico, aumentando a presença no efervescente mercado de energia renovável. A geradora paulista possui apenas duas PCHs em seu portfólio, majoritáriamente composto por hidrelétricas que foram adquiridas no leilão de privatização da Geração Tietê da Cesp. (Agência Brasil Energia – 13.01.2017)

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3 Renova: tentativa de aliviar endividamento de curto prazo

Com a venda do ativo operacional para a AES, a Renova deve aliviar o endividamento de curto prazo, principalmente, mas também investir nos projetos em construção. Até o terceiro trimestre de 2016, o endividamento da companhia era de R$ 2,7 bilhões, dos quais R$ 1 bilhão deveria ser pago em 12 meses. Para mudar o perfil da dívida, a companhia aguardava liberação de empréstimo de longo prazo com o BNDES, que seria usado em parte para saldar os compromissos vencendo no curto prazo. A liberação dependia da entrada em operação da fase A do complexo Alto Sertão III, negociada nos leilões A-5 de 2012 e de reserva de 2013, com 177 MW, que estava 87% concluída em setembro do ano passado. Além da fase A do complexo Alto Sertão III, a companhia constrói uma expansão do Alto Sertão, de 43 MW, vendida no LER de 2014 e o complexo Umburanas, de 463 MW, negociado nos leilões A-5 de 2013 e 2014. (Agência Brasil Energia – 13.01.2017)

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4 Cade aprova venda de participação da Petrobras em usina de etanol

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a venda de participação da Petrobras em usina de etanol para a São Martinho, sua sócia no negócio, segundo despacho publicado na edição da última quinta-feira (12/1) do Diário Oficial da União. A petroleira havia anunciado em dezembro que fechou acordo com a São Martinho para vender 49% de participação na Nova Fronteira, produtora de etanol que possui entre ativos a usina Boa Vista, por um valor estimado de US$ 133 milhões. O acordo é parte do plano de desinvestimento da Petrobras. Boa Vista tem capacidade de produzir 386 mil m³/ano de etanol e tem capacidade de processamento de 4,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano. A unidade de cogeração tem capacidade instalada de 58 MW. (Agência Brasil Energia – 13.01.2017)

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Gás e Termelétricas

1 Brasil reduz compra de gás da Bolívia

O presidente Evo Morales informou nesta sexta-feira que o Brasil reduziu em janeiro a compra de gás da Bolívia de 30 milhões de metros cúbicos para 12 milhões de metros cúbicos por dia. "No período 2015-2016, o preço baixo do gás nos afetou e este ano agora pode nos afetar, não tanto o preço, mas o mercado", afirmou Morales em coletiva de imprensa. O Brasil é o principal comprador de gás boliviano. O presidente explicou que o governo brasileiro espera aumentar a compra para 24 milhões de metros cúbios por dia em até quatro meses. "O Brasil não tem um bom crescimento, o que lamento muito. Suas empresas estão caindo, o que nos informaram é que seu consumo diário de gás era de 90 milhões de metros cúbicos e caiu a 60 milhões", explicou o presidente. O embaixador do Brasil em La Paz, Raimundo Santos, explicou que aos veículos de comunicação locais que o país está saindo de uma recessão econômica, o que provocou o baixo consumo de gás. "Não há o que se preocupar. Esta baixa não significa que o Brasil vai reduzir sua compra de gás", afirmou. Na semana passada, o ministro boliviano de Petróleo, Luis Alberto Sánchez, admitiu uma baixa no volume de exportação para o Brasil e explicou que o contrato comercial estabelece que o governo brasileiro pode comprar pelo menos 24 milhões de metros cúbicos por dia, e que deverá pagar pelos volumes mínimos. A Bolívia e o Brasil fecharam o contrato em 1999 com uma duração de 20 anos. A Bolívia negocia a venda de gás a empresas privadas brasileiras após o anúncio do presidente Michel Temer de que o Brasil comprará 50% do petróleo boliviano uma vez que o acordo atual expire. O ministro Sánchez anunciou que, no final de janeiro, uma comissão brasileira chegará ao país. (O Globo – 13.01.2017)

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2 Nova tarifa pode ajudar retomada de Angra 3

A retomada da construção de Angra 3 e a recuperação e a melhoria da governança da Eletronuclear, após operações da Lava-Jato, da Polícia Federal, são os dois principais objetivos de Bruno Barretto, presidente da estatal, para este ano. Com relação à Lava-Jato, a companhia pretende pedir ressarcimento por danos causados por empresas contratadas e por administradores que forem considerados culpados pela Justiça. Sobre Angra 3, a subsidiária da Eletrobras busca com o governo um reajuste para a tarifa de energia da usina, para reequilibrar o projeto em termos econômico-financeiros e viabilizar a retomada do empreendimento, cujas obras estão paralisadas desde setembro de 2015 por falta de pagamento e irregularidades apuradas em contratos com empreiteiras, na Lava-Jato. O objetivo, segundo Barretto, é retomar as obras da usina até o início do segundo semestre de 2018 e iniciar a operação comercial em dezembro de 2022. A tarifa de Angra 3, atualizada a valor de junho de 2016, está em R$ 222,18/MWh. O valor, por exemplo, é inferior aos R$ 224/MWh referentes a Angra 1 e 2, reajustados no fim do ano passado pela Aneel. (Valor Econômico – 16.01.2017)

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3 Eletronuclear aguarda decisão para a retomada de Angra 3

A Eletronuclear aguarda para março uma decisão favorável pelo CNPE para a retomada de Angra 3. A partir daí, a empresa terá um ano e meio para fechar a negociação com potenciais parceiros internacionais para a conclusão das obras civis e os serviços de montagem eletromecânica da terceira usina nuclear brasileira. Estão no páreo a CNNC, a EDF, a Kepco e a Rosatom. Segundo o executivo, o contrato de prestação de serviços para Angra 3 é interessante para as companhias estrangeiras por ser uma espécie de porta de entrada para o setor no Brasil. De acordo com ele, estudos preliminares do PNE 2050, do MME e da EPE, preveem a construção de outras seis usinas nucleares, de 1 mil MW de capacidade cada, até o fim do período. Na avaliação de Bruno Barretto, presidente da estatal, a necessidade de construção de novas usinas nucleares no Brasil é uma questão de lógica. Principalmente após o arquivamento, pelo Ibama, do licenciamento do megaprojeto hidrelétrico do Tapajós (PA), o potencial de expansão hidrelétrica do país está escasso, o que demanda a implantação de outras fontes de energia de base, como a nuclear. Com relação à Angra 3, a Eletronuclear contratou recentemente a Deloitte para fazer uma revisão do orçamento da usina, para identificar os valores necessários para terminar a obra, que está com índice de conclusão de 62%. O último dado conhecido até então era referente a setembro de 2015, quando haviam sido calculados investimentos já realizados de R$ 5,3 bi, de um total previsto na época de R$ 17 bi, em valor atualizado a junho de 2015. A usina terá 1.405 MW de capacidade. Segundo Barretto, apesar de ser do mesmo modelo, Angra 3 será uma usina melhor que Angra 2, pois terá aperfeiçoamentos em alguns aspectos. Angra 2 é tida como uma das mais eficientes e seguras usinas nucleares do mundo. Paralelo ao projeto de Angra 3, a subsidiária da Eletrobras está trabalhando na licitação para a contratação da empresa que será responsável pela construção do terminal de armazenamento a seco dos resíduos nucleares oriundos da geração de energia de Angra 1 e 2. Hoje, o resíduo é depositado em uma piscina especial. (Valor Econômico – 16.01.2017)

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4 World Nuclear Association disponibiliza edição 2017 do relatório “Nuclear Power Economics and Project Structuring”

Foi disponibilizado o novo relatório da World Nuclear Association, “Nuclear Power Economics and Project Structuring - 2017 Edition”. O estudo atualiza o relatório anterior do mesmo nome publicado em 2012, que se baseou no trabalho em relatórios anteriores. As principais alterações a este relatório referem-se a: material adicional sobre os custos de capital nuclear, em particular a evidência de que a inflação dos custos de capital atingiu um pico, sem ser um fenomeno mundial; os impactos das tecnologias concorrentes, em particular as energias renováveis ea geração a gás; e os desafios que desregulamentam os mercados de eletricidade para a energia nuclear. Uma nova seção sobre os custos de sistemas de geração intermitente foi incluída. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 16.01.2017)

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Grandes Consumidores

1 Usiminas fecha acordo para suspender dívidas de US$ 400 mi

A Usiminas informou nesta sexta-feira que concluiu um pedido para suspensão de obrigações devidas a dentetores de notas equivalentes a US$ 400 milhões com vencimento em 2018. Segundo a empresa, a renúncia dos credores a cláusulas de inadimplência da Usiminas sobre as notas é válida a partir de 30 de junho. A siderúrgica informou ainda que vai pagar em 19 de janeiro US$ 2,50 para cada US$ 1 mil de principal de cada nota cujo titular deu permissão para a empresa suspender obrigações. A companhia atravessa um período de tensão entre seus executivos e sócios. No ano passado, o presidente da Usiminas, Rômel Erwin de Souza, entrou com ação contra o presidente do Conselho de Administração da companhia, Elias Brito. Na ação, Rômel pede reparação de danos, sem estabelecer valor pré-definido. A existência do processo, que segue em segredo de justiça no Tribunal Estadual de Minas Gerais, foi revelada em outubro durante reunião do conselho da siderúrgica. Rômel é ligado à japonesa Nippon Steel, um dos acionistas controladores da Usiminas, que trava uma disputa com a ítalo-argentina Ternium pelo comando da siderúrgica. (O Globo – 13.01.2017)

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Economia Brasileira

1 BC: mercado agora aposta em juro de 9,75% neste ano

Após o Copom do BC surpreender e reduzir a Selic (referência para juros no país) de 13,75% para 13% na última quarta-feira, os economistas do mercado financeiro passaram a apostar que a taxa chegará a dezembro em 9,75%, conforme o Boletim Focus, boletim do BC que reúne as principais estimativas do mercado. Há uma semana, os especialistas contavam a Selic (referência para juros no país) em 10,25% em dezembro. Em queda contínua, a estimativa de inflação para este ano também foi reduzida: agora é de 4,8%, abaixo dos 4,81% estimados na semana passada. Há um mês, os economistas contavam com aumento de preços de 4,9% neste ano. Para este mês, a previsão é de avanço nos preços de 0,58%, mesmo nível projetado na semana passada, mas abaixo do 0,61% estimado há um mês. Para fevereiro, contudo, as previsões pioraram: saíram de 0,6% para 0,61%, conforme este último boletim. O IPCA, indicador oficial da inflação no país, foi divulgado na última quarta-feira (11) e surpreendeu: fechou o ano em 6,29%, voltando a ficar abaixo do teto da meta estabelecida pelo BC, que é 6,5%. O movimento foi puxado por elevações menores dos preços administrados e dos alimentos. Em 2015, a inflação, conforme o indicador, calculado pelo IBGE, foi de 10,67%. A meta do governo para este ano é de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. A variação que será tolerada pelo BC em 2017, no entanto, é um pouco menor do que a deste ano, de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. (O Globo – 16.01.2017)

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2 Economistas apostam em dólar mais barato

No câmbio, as apostas são de dólar mais barato. Os economistas esperam que a cotação fique em R$ 3,40 em dezembro, abaixo da projeção da semana passada (R$ 3,45) e da realizada há um mês R$ 3,49. Já para este mês as projeções de preço do dólar estão em queda: deve ficar em R$ 3,25, disseram os analistas. O valor é menor que o previsto na semana passada (R$ 3,30) e há um mês (R$ 3,39). Para o crescimento do país, as expectativas continuam em expansão de 0,5% neste ano, conforme o Focus. Na última sexta-feira, foi divulgado que a economia brasileira cresceu 0,2% em novembro contra o mês anterior, quebrando uma sequência de três meses de queda, conforme o IBC-Br, que funciona como uma espécie de prévia do PIB. Economistas avaliam que o resultado se deveu à expansão de 2% no varejo no mês, fortemente apoiada nas vendas da Black Friday. Após uma recessão que dura dois anos, já há economistas que preveem um ano de 2017 sem crescimento, com estagnação. Além disso, grandes instituições financeiras começam anunciar redução de suas projeções. Na última sexta-feira, o Itaú Unibanco diminuiu de 1,5% para 1% sua estimativa. Em dezembro, o Itaú Unibanco já tinha reduzido sua expectativa, que era de 2%. Até então, o banco paulista estava entre os mais otimistas do mercado. (O Globo – 16.01.2017)

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3 Brasil perde para latinos e Brics em competitividade em capital humano

O Brasil está atrás de seus principais concorrentes do Brics e da América Latina na capacidade de formar, atrair e reter talentos no mercado de trabalho da nova economia global. Um ranking de competitividade em capital humano, elaborado pelo grupo suíço Adecco e pela escola de administração Insead, coloca o Brasil na 81ª posição entre 118 países. Suíça e Cingapura lideram o ranking, divulgado nesta segunda¬feira em Davos, à margem do Fórum Econômico Mundial. México, Colômbia, Argentina, Peru e Uruguai figuram melhor na lista do que o Brasil. É o caso ainda de outros três países do Brics: China (54ª posição), Rússia (56ª) e África do Sul (67ª). Somente a Índia (92ª lugar) está mais mal avaliada. Para chegar a essas conclusões, o relatório compila uma série de indicadores, que vão da qualidade de universidades à proporção de cientistas e engenheiros, além da força de trabalho com educação superior e os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, entre outros fatores. “O rápido avanço da automação e da inteligência artificial é fonte das mudanças mais transformadoras da nossa era, no sentido de como vivemos e trabalhamos. A transição será dura. Por isso, governos e empresas precisam agir”, disse o presidente da Adecco, Alain Dehaze. “Reformas no sistema educacional são urgentemente necessárias para prover as habilidades certas.” Do lado dos trabalhadores, segundo Dehaze, isso requer comprometimento para continuar aprendendo durante toda a vida profissional. Em termos de políticas de emprego, na avaliação do executivo, as empresas e os governos precisam ter em mente a necessidade das pessoas por mais flexibilidade e proteção social. (Valor Econômico – 16.01.2017)

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4 Aumento da procura por crédito em 2016 foi para as dívidas, diz Serasa

O brasileiro aumentou a procura por crédito em 2016, ano em que a economia brasileira encerrou com uma queda quase tão grande quanto a de 2015, em torno de 3,5%. Mas, em vez de consumir, preferiu quitar dívidas. A avaliação é da Serasa Experian, que nesta segunda¬feira informou que a demanda do consumidor por crédito cresceu 3,7% no ano passado, mais que o 1% do ano anterior. No acumulado do ano de 2016, a demanda do consumidor por crédito avançou 7,2% na região Sul, 3,7% no Sudeste, 5,1% no Centro¬Oeste e 1,7% no Nordeste. Na direção contrária ficou apenas a região Norte com queda de 2,6%. “Observando¬se tanto os dados das vendas do varejo quanto o das concessões de crédito em 2016, depreende¬se que a demanda no ano passado foi caracterizada mais pela procura de crédito para quitação e renegociação de dívidas do que para a expansão do consumo”, diz a Serasa, em nota. Apesar da alta ante 2015, o ano passado foi o quinto ano consecutivo de fraco desempenho da demanda do consumidor por crédito já que, no período de 2008 a 2011, o crescimento médio anual foi de 7,1%. Em 2012, houve queda de 3,1%, em 2013, alta de 1,8% e, em 2014, queda de 0,5%. (Valor Econômico – 16.01.2017)

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5 Servidores 'correm' para pedir aposentadoria antes da reforma

A reforma da previdência causou uma corrida por pedidos de aposentadoria de servidores públicos. Estados como São Paulo e Alagoas atribuem ao menos parte do aumento de solicitações à divulgação da emenda que muda as regras para aposentadoria, mesmo com a manutenção do direito a quem já cumpriu as condições para o benefício. No Estado de São Paulo, conta José Roberto de Moraes, diretor¬presidente da São Paulo Previdência (SPPrev), são solicitadas mensalmente, média história de 1.300 aposentadorias por servidores estaduais. Em novembro o número de pedidos saltou para 1.900 e em dezembro, para 2 mil. "Há neste momento uma corrida para os pedidos de aposentadoria", diz Moraes. "Com a notícia sobre a proposta de mudança muitos funcionários estão se precipitando." Em Alagoas, as aposentadorias concedidas somaram 714 no ano passado contra 365 em 2015, o que representa aumento de 96%. Segundo George Santoro, secretário da Fazenda alagoana, contribuíram para essa alta as notícias sobre a reforma da Previdência e também o envelhecimento do quadro de servidores, com número cada vez maior de funcionários com idade ou tempo de trabalho próximos da aposentadoria. Tanto em São Paulo quanto em Alagoas o temor é que esse ritmo de "corrida" se mantenha. A preocupação tem como base um grande número de servidores já em condição para solicitar a aposentadoria. (Valor Econômico – 16.01.2017)

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6 Dólar ontem e hoje

Às 9h44 de hoje, o dólar comercial subia 0,18%, a R$ 3,2263. Na sexta-feira, o dólar fechou em alta frente ao real refletindo um movimento de correção após a queda verificada ao longo da semana. A moeda comercial subiu 1,43% e fechou cotado a R$ 3,2206. Com isso, a moeda americana encerrou a semana perto da estabilidade em ligeira queda de 0,03%. No ano, o dólar cai 0,92%. (Valor Econômico – 13.01.2017 e 16.01.2017)

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Internacional

1 Bolívia: planos de exportação para Argentina, Brasil, Paraguai e Peru

O vice-ministro boliviano disse em um comunicado da entidade que os gastos destinados a termeletricidade e os respectivos ciclos combinados chegarão aos US$ 1,453 bi, as energias renováveis (US$ 1,389 bi) e hidrelétricas (US$ 26,359 bi). Ele também observou para 2020 a geração com estas três fontes de energia será perto de 4.526 mil MW e sugeriu um aumento da cobertura do serviço de energia elétrica em todo o país. "A cobertura do serviço básico em 2025, na área urbana será 100%, o mesmo na zona rural ", disse ele e ressaltou de positivo o saldo entre oferta e demanda no ano passado. Em 2016, a demanda era de 433 mil MW, enquanto a oferta atingiu 858 mil MW, o que mostra que nós cobrimos a demanda sem problemas domésticos", disse ele. O governo boliviano tem feito progressos significativos no setor da eletricidade e procura realizar acordos de exportação com a Argentina, Brasil, Paraguai e Peru, disse o ministro de Hidrocarbonetos, Luis Sanchez, como relatado um informe desta carteira. "Concluímos a gestão 2016 satisfeitos com o progresso nos acordos de integração energética com o Brasil, Argentina, Paraguai e Peru, com a perspectiva de a consolidar um novo pilar econômico", disse a autoridade. Ele explicou que o governo - através da ENDE - conseguiu consolidar um projeto hidrelétrico importante no Brasil, com a assinatura de um acordo que permitirá o estudo de viabilidade da Central Binacional Rio Madeira. (Inversor Energético – Argentina – 13.01.2016)

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2 Portugal: Consumidores pagam 112 mi na conta da luz para subsidiar indústria

Os consumidores vão pagar este ano 112 mi de euros na fatura de eletricidade para subsidiar as grandes indústrias. As contas são da ERSE e dizem respeito ao serviço de interruptibilidade, pelo qual todos os anos são remuneradas cerca de 50 grandes empresas. Estas remunerações — que estão a ser revistas pelo Governo — asseguram que, em caso de risco de sobrecarga do sistema elétrico, esses grandes consumidores se comprometem a reduzir os seus consumos e, deste modo, garantir a segurança do abastecimento e evitar um apagão. Desde que a interruptibilidade foi criada, nunca foi dada qualquer ordem de redução, embora as empresas sejam remuneradas. Em 2016, este conjunto de empresas recebeu perto de 102 milhões. À Siderurgia Nacional, que é também o maior consumidor de energia, cabe a maior remuneração. Este ano a empresa vai receber 33,5 mi. O serviço (que também existe em outros países europeus) foi apelidado como “subsídio injustificável” pelo Bloco de Esquerda e eleito como um dos alvos a abater no grupo de trabalho para reduzir os custos do sistema eléctrico criado por bloquistas e pelo PS, onde também participou o secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches. O objetivo, diziam os membros do grupo de trabalho, era reduzir o número de empresas com contratos de interruptibilidade e poupar pelo menos 60 milhões de euros aos clientes de eletricidade. A medida, que apanhou a indústria desprevenida, motivou mesmo um pedido de reunião da Confederação Empresarial de Portugal – CIP à tutela no final do Verão com o objetivo de evitar alterações a este sistema. Ainda não se sabe qual será o montante das poupanças que poderão vir a ser geradas, mas o Governo também quer que, no futuro, a escolha das empresas passe a ser feita por concurso. Porém, enquanto o novo modelo não avança, estes 50 grandes consumidores vão ser chamados a fazer testes para que se prove que estão disponíveis para aliviar o sistema eléctrico, caso seja necessário. (Publico – Portugal – 16.01.2017)

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3 Chineses e alemães querem fazer de Chernobyl um parque solar

Chineses e alemães estão entre dezenas de investidores que estão considerando a oferta da Ucrânia de transformar o terreno de um dos piores desastres nucleares do mundo em um gigantesco parque solar. Dos 39 grupos de investidores que pretendem obter autorização da Ucrânia, 13 são internacionais. Eles querem o sinal verde para instalar cerca de 2 gigawatts de painéis solares dentro da zona de exclusão radiativa que rodeia a usina nuclear de Chernobyl, desativada, segundo o ministro de Ecologia e Recursos Naturais, Ostap Semerak. Esses 2 gigawatts equivalem à capacidade quase completa de dois reatores nucleares modernos, embora a energia atômica, diferentemente da solar, funcione dia e noite. “Recebemos pedidos de empresas interessadas em alugar terrenos para construir usinas solares”, disse Semerak em entrevista por telefone de Kiev. “Não pretendemos lucrar com o uso do terreno, mas com os investimentos”. Três décadas depois de o colapso de Chernobyl ter deslocado mais de 300 mil pessoas, espalhando radiação por grande parte da Ucrânia, da Bielorrússia e da Rússia, as autoridades continuam tentando descobrir o que fazer com o terreno que rodeia a usina e tem o dobro da dimensão de Los Angeles. Como a radiação permanecerá no solo durante séculos, a área não pode ser utilizada para agricultura nem silvicultura. A possibilidade de a energia solar aproveitar a infraestrutura de rede de Chernobyl surgiu em julho. Em novembro, as empresas chinesas GCL System Integration Technology e China National Complete Engineering afirmaram que planejam construir um projeto de energia solar de 1 gigawatt no local em várias etapas. Uma promotora alemã de energia renovável solicitou permissão para instalar 500 megawatts, disse Semerak, que não quis identificar a empresa. Os outros projetos propostos são de usinas de mais ou menos 20 megawatts. Para a Ucrânia, um dos países mais pobres da Europa, o projeto vai além da simples recuperação do terreno. Assolado pela corrupção e por um conflito cada vez mais tenso com grupos pró-russos no leste, o governo quer fortalecer a economia com novos investimentos e atingir a independência energética fora da órbita da Rússia. Segundo o plano da Ucrânia, as linhas de transmissão montadas originalmente para transmitir a eletricidade gerada pela usina nuclear de Chernobyl, de 4 gigawatts, serão adaptadas para a energia solar. (O Globo – 13.01.2017)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 LUDMER, Paulo “A irresponsabilidade moral”. Agência CanalEnergia. Rio de Janeiro, 13 de janeiro de 2017.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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2 WNA. “Nuclear Power Economics and Project Structuring - 2017 Edition”. World Nuclear Association. Londres (Inglaterra), janeiro de 2017.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.


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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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