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IFE: nº 4.243 - 12 de janeiro de 2017
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Certificação obrigatória de medidores cai na Câmara
2 Energia Elétrica apresentou maior baixa na inflação de dezembro

Empresas
1 Renova e AES Tietê avançam em negociação
2 Copel posterga entrada em operação de Colíder
3 ERRATA: Celesc interrompe parcialmente geração da PCH Pery
4 Light registra 268 interrupções no Rio causadas por confrontos armados
5 Assembleia elegerá novo conselho na CPFL em meados de fevereiro
6 Renova destitui diretor de meio ambiente e sustentabilidade
7 Chamada pública para troca de motores da RGE entra na terceira fase

Leilões
1 Energia de reserva poderá ter "leilão de descontratação"
2 Ministro promete a governadores do NE analisar possibilidade de realizar LER até junho

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 Geração eólica aumentou 53% até novembro, aponta CCEE
3 Governo reduz risco de déficit de energia para 2017

Meio Ambiente
1 MPF RS recomenda a realização de licenciamento ambiental corretivo da UHE Passo Fundo

Gás e Termelétricas
1 Produção de gás natural da Petrobras bateu recorde em 2016
2 Petrobras retoma parte das obras no Comperj para escoar gás natural
3 Petrobras: escoamento de Gás é necessário

Economia Brasileira
1 Indicadores de mercado de trabalho devem seguir negativos, nota FGV
2 Copom surpreende e reduz Selic para 13% ao ano

3 Comércio puxa alta recorde nas recuperações judiciais
4 Inflação oficial fecha 2016 em 6,29%, abaixo do teto da meta, diz IBGE
5 Demanda fraca influencia na desaceleração do IPCA em 2016, diz IBGE
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Bolívia: geração de 15.000 MW com US$ 30 bi
2 Holanda: todos os trens funcionando por energia eólica
3 Europa: indústria do gás natural precisa de nova abordagem para o futuro, diz estudo
4 Especialistas estudam a importância do gás natura na Matriz Energética Europeia

Biblioteca Virtual do SEE
1 STERN, Jonathan. “The Future of Gas in Decarbonising European Energy Markets: the need for a new approach”. Oxford Institute for Energy Studies. Londres (Inglaterra), janeiro de 2017.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Certificação obrigatória de medidores cai na Câmara

A CME da Câmara dos Deputados rejeitou projeto de lei que tornaria obrigatória a aferição dos medidores de energia elétrica residenciais. Ou seja, os equipamentos teriam que ser testados e certificados pelo Inmetro, o que seria responsabilidade das distribuidoras, e teriam que conter selo de qualidade. O autor do projeto de lei 1357/11, deputado Luis Tibé (PTdoB-MG), entende que a lei atual não exige que as concessionárias empreguem unicamente os medidores aferidos e certificados conforme metodologia do Inmetro. Mas o relator na comissão, deputado Lucio Mosquini (PMDB-RO), teve entendimento contrário. Segundo ele, a legislação vigente (leis 5.966/73 e 9.933/99) já determina que o controle metrológico de todos os medidores de consumo e demais equipamentos empregados no processo de medição de energia elétrica passem pelo Sinmetro. Além disso, de acordo com Mosquini, as distribuidoras já são obrigadas a verificar periodicamente os equipamentos de medição instalados nas unidades consumidoras, permitindo que o cidadão acompanhe a aferição dos equipamentos. Com a negativa na comissão de Minas e Energia, a proposta, que tinha sido aprovada na de Defesa do Cosumidor, perde o caráter conclusivo. O texto ainda será examinado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e pelo Plenário da Câmara. (Agência Brasil Energia – 11.01.2017)

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2 Energia Elétrica apresentou maior baixa na inflação de dezembro

A inflação do mês de dezembro, medida pelo IPCA, alcançou a menor variação para o período desde 2008 com 0,3%. Com isso, no acumulado do ano o índice ficou em 6,29%, dentro do teto da meta inflacionária de 6,5%. De acordo com o balanço divulgado pelo IBGE nesta quarta-feira, 11 de janeiro, o item Habitação, onde se inclui a energia elétrica, apresentou a maior contribuição para a redução do indicador, pois recuou 0,59% após avanço de 0,30% no mês anterior. O impacto de habitação no IPCA foi de -0,09 ponto porcentual. Segundo a avaliação do instituto o maior impacto que reduziu o índice veio justamente da energia com queda de 0,13 p.p no mês. Esse valor contabiliza a volta da bandeira verde em substituição à amarela. Além disso, fazem parte desse indicador a queda de 11,49% nas contas de energia em Porto Alegre e de 4,98% no Rio de Janeiro, refletindo a redução de 11,73% nas contas de uma das concessionárias do estado. Dentre as regiões com maior peso no país, São Paulo apresentou inflação de 0,35%, Rio de Janeiro de 0,25% e Belo Horizonte de 0,24%. No ano essas geografias têm um acumulado de 6,13%, 6,33% e 6,6%. (Agência CanalEnergia – 11.01.2017)

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Empresas

1 Renova e AES Tietê avançam em negociação

A Renova Energia deve anunciar nos próximos dias que chegou a um acordo de exclusividade para vender o complexo eólico Alto Sertão II, na Bahia, para a AES Brasil. Segundo fontes com conhecimento direto do assunto, o valor do negócio é de R$ 600 mi a R$ 700 mi. No entanto, a cifra pode ser ainda maior, porque, segundo uma das fonte, o acordo inclui algumas variáveis ao longo do tempo de geração do parque. A AES terá um período de exclusividade de 30 dias para avançar na negociação, que, se bem sucedida, vai ajudar a tirar a Renova da rota de uma recuperação judicial. A negociação já recebeu o aval do conselho da Renova, mas ainda precisa passar pelas aprovações dos conselhos de administração da Cemig e da Light. A reunião do conselho de administração da Light está marcada para hoje. O próprio conselho da AES também precisa aprovar formalmente o negócio. No caso da Renova, a venda do ativo vai ajudar a melhorar a situação de caixa da empresa. A compra do parque eólico também se encaixa nos planos da AES de diversificação do portfólio da AES Tietê, atualmente 100% de geração hídrica. Outro ponto positivo para o comprador é que o ativo está em operação, gerando caixa. O complexo eólico tem 386,1 MW de capacidade instalada dividida em 15 parques, com 230 aerogeradores, localizadas nos municípios baianos de Caetité, Guanambi, Igaporá e Pindaí. A energia foi comercializada em dois leilões: o de reserva de 2010 e o A-3 realizado em 2011. O comprador assumirá também o financiamento de cerca de R$ 1 bi que o complexo tomou em 2014 com o BNDES, com prazo de 16 anos. Para a Renova, isso vai representar uma redução significativa na sua dívida líquida total, que somava R$ 2,7 bi ao fim de setembro, sendo R$ 1,099 bi com vencimento em até doze meses. A AES Tietê, por sua vez, passa por uma situação oposta. Ao fim de setembro do ano passado, a empresa tinha uma relação entre dívida líquida e Ebitda de 0,9 vez, com espaço para uma aquisição significativa. A alavancagem baixa chegou, inclusive, a chamar a atenção do mercado, que espera uma expansão da capacidade instalada da companhia. A geradora tem capacidade instalada de 2.658 MW, dividida em nove hidrelétricas e três PCHs. Além de ajudar a diversificar o portfólio de geração com uma fonte diferente, a aquisição representará um incremento de cerca de 14,5% na sua potência instalada. Procurada, a Renova Energia disse que não iria comentar o assunto e a AES Tietê não respondeu até o fechamento desta edição. (Valor Econômico – 12.01.2017)

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2 Copel posterga entrada em operação de Colíder

A Copel ajustou a previsão de entrada em operação comercial da hidrelétrica Colíder (MT, 300 MW). Segundo a estatal, a primeira unidade geradora deve iniciar operação comercial em dezembro deste ano, ficando a terceira e última turbina iniciada em abril de 2018. Inicialmente, as três unidades geradoras entrariam em operação comercial ao longo do segundo semestre deste ano. Em fato relevante, a Copel destacou que a alteração do cronograma se deu em função de "dificuldades relacionadas ao licenciamento ambiental, bem como de atraso de fornecedores no cumprimento do cronograma de entrega de equipamentos, dos serviços de montagem eletromecânica e da construção da linha de transmissão associada à usina". O licenciamento ambiental ficou a cargo da A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema-MT), que concedeu a licença de instalação em dezembro de 2010, segundo a própria Copel. Em dezembro, as pás e o cubo do rotor da primeira unidade geradora chegaram no canteiro de obras, para instalação na casa de força da usina. Os equipamentos foram fabricados na Argentina. Colíder é uma usina localizada no rio Teles Pires e deve demandar R$ 2,2 bi em investimentos. As turbinas são do tipo Kaplan. (Agência Brasil Energia – 11.01.2017)

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3 ERRATA: Celesc interrompe parcialmente geração da PCH Pery

Ao contrário do que foi publicado na notícia "Celesc interrompe parcialmente geração da PCH Pery", publicada no último dia 3/1, a usina não realizou a parada de duas unidades geradoras, de 12,8 MW cada, que foram instaladas dentro de projeto de ampliação, mas sim de uma das unidades geradoras, mantendo a geração das outras quatro unidades. Houve, sim, aparada de geração da outra unidade geradora de 12,8 MW, entre maio e dezembro, e passou por processo de readequação para atender as características técnicas exigidas em contrato. A Celesc informou à Aneel que parou a operação de uma das unidades geradoras, de 12,8 MW, da PCH Pery, desde o último dia 3/1. A usina, localizada no município de Curitibanos (SC), tem capacidade total de 30 MW. A turbina paralisada, que faz parte do projeto de ampliação da usina, “não atingiu as características técnicas exigidas em contrato”, segundo informou a companhia. Com isto, a PCH continuará gerando energia por meio das outras quatro unidades geradores, que somam 17,2 MW de potência instalada, até 30/4. Segundo a Celesc, em documento enviado à agência reguladora, a unidade com problema voltará para fábrica, onde serão substituídas as pás do rotor Kaplan. Outra unidade geradora da usina, também de 12,8 MW, esteve parada entre os dias 31 de maio e 15 de dezembro do ano passado. Esta turbina também fez parte do projeto de ampliação da PCH e foi a primeira a passar por ações de adequação das características técnicas garantidas em contrato, alcançando os valores esperados de rendimento, ainda de acordo com a Celesc. (Agência Brasil Energia – 11.01.2017)

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4 Light registra 268 interrupções no Rio causadas por confrontos armados

A Light registrou 268 interrupções no fornecimento de energia devido a confrontos armados em sua área de concessão em 2016. Essas interrupções afetaram 78.734 clientes, de acordo com a empresa. “Os projéteis danificam equipamentos da rede elétrica, como transformadores e cabos, o que torna o trabalho dos técnicos de campo muito mais complexo. Somente em 2016, a Light trocou 138 transformadores atingidos por projéteis”, informou a Light, em nota. Do total de interrupções por confrontos armados, a maioria, 157 ocorrências, ou 58,5%, ocorreram na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Com relação às ligações clandestinas de energia, a Light identificou que o maior número de interrupções no serviço ocorrem em áreas onde há maior incidência de furto e fraude de energia. Entre os dias 27 de dezembro de 2016 e 5 de janeiro de 2017, a companhia atendeu a 40,5 mil chamados de clientes em razão de interrupções no serviço. “O maior número de ocorrências foi registrado justamente nas regiões onde se furta mais energia e as localidades mais afetadas são as Zonas Norte e Oeste do Rio de Janeiro e a Baixada Fluminense”, completou a empresa. (Valor Econômico – 11.01.2017)

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5 Assembleia elegerá novo conselho na CPFL em meados de fevereiro

A CPFL começa a preparar o seu conselho de administração para adequar sua composição à chegada da State Grid, que adquiriram todo o bloco de controle da companhia. A companhia brasileira realizará em meados de fevereiro uma Assembleia Geral Extraordinária onde serão eleitos os novos membros titulares e substitutos tanto do Conselho de Administração quanto do Conselho Fiscal, para terminarem o atual mandato. Nesse último ainda será definido o número de membros. A data de realização dessa AGE ainda depende de deliberação do atual conselho, mas provisoriamente, deverá ocorrer em 16 de fevereiro próximo. O requerimento para a realização dessa assembleia partiu da Camargo Corrêa e da Esc Energia. Essa convocação vale também para a CPFL Renováveis, já que a proposta de aquisição dos chineses foi extensiva à geradora subsidiária da CPFL Energia. (Agência CanalEnergia – 11.01.2017)

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6 Renova destitui diretor de meio ambiente e sustentabilidade

A Renova Energia informou, por meio de um breve comunicado, que destituiu o diretor de meio ambiente e sustentabilidade da empresa, Ney Maron de Freitas. A decisão foi deliberada pelo conselho de administração da geradora. Não houve substituição nessa função, o que indica que o cargo foi extinto. A empresa, que enfrenta dificuldades financeiras, argumentou que essa medida “faz parte do processo de adequação da estrutura corporativa da Companhia (...)”. (Agência CanalEnergia – 11.01.2017)

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7 Chamada pública para troca de motores da RGE entra na terceira fase

A RGE iniciou a terceira fase do programa Desconto Eficiente - Motores Elétricos e ampliou o prazo para empresas, indústrias e órgãos públicos participarem da iniciativa. Interessados têm até o dia 31 de março de 2017 para encaminhar os projetos à concessionária e concorrer ao bônus para a troca de motores elétricos antigos por modelos novos e mais eficientes. Na terceira etapa, a distribuidora gaúcha irá disponibilizar R$ 1,57 mi em bônus para a compra dos novos motores. Nas duas primeiras etapas, foram selecionados 16 clientes, os quais demandarão investimentos de R$ 851 mil. A liberação dos recursos em todas as fases só ocorrerá após a comprovação de adimplência dos beneficiados com a empresa e à aderência aos critérios de Compliace adotados pelo Grupo CPFL. Na primeira fase, 12 clientes industriais e comerciais foram selecionados pela RGE para receber o bônus e assim, substituir 200 motores antigos. Na segunda fase, que encerrou em 31 de dezembro do ano passado, outros quatro clientes foram contemplados com o benefício e 149 equipamentos serão substituídos. O projeto Desconto Eficiente – Motores Elétricos concede um bônus para a aquisição de novos motores elétricos para desestimular o recondicionamento (rebobinamento) dos equipamentos avariados e, com isso, substituir do sistema elétrico cargas ineficientes por motores de alto rendimento energético, evitando perdas de energia. Para fazer a troca e conceder o bônus para a aquisição dos novos equipamentos, a RGE fará a análise dos projetos encaminhados pelos interessados, avaliando critérios técnico-econômicos. Após a instalação do novo motor, o cliente deverá realizar o descarte de forma adequada do motor antigo. Esse procedimento deverá ser evidenciado por meio de certificado ou laudo. (Agência CanalEnergia – 11.01.2017)

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Leilões

1 Energia de reserva poderá ter "leilão de descontratação"

Após cancelar o 2º LER de 2016, o governo decidiu buscar soluções para descontratar volumes de energia nesta modalidade cujos empreendimentos ainda não entraram em operação comercial. O assunto foi tratado em reunião do CMSE, O cancelamento do certame, às vésperas de sua realização, gerou queixas dos segmentos de geração de fontes eólica e solar. Desde então, fornecedores ameaçam deixar o país frente a previsão de queda drástica da demanda por turbinas e equipamentos. Na ocasião, o governo justificou a decisão ao prever para os próximos anos um aumento da sobrecontratação de energia no sistema, em parte explicada pela queda no consumo em momento de desaquecimento da economia. Mesmo sem consumir, o consumidor teria que arcar com o energia excedente com um encargo específico repassado pelas contas de luz. De acordo com o CMSE, a proposta de realizar descontratar a energia de reserva partiu da secretaria-executiva do MME. Os estudos preliminares indicam a necessidade de realizar um "leilão de descontratação" para envolve a participação de empreendimentos ainda em fase de implementação. O certame contemplaria o empreendedor disposto a oferecer o maior pagamento pela saída da modalidade O governo avalia que a medida, além de reduzir o custo para o consumidor com desequilíbrio entre oferta e demanda de energia, deve atrair projetos que enfrentam dificuldade de execução e com chances reduzidas de sair do papel. (Valor Econômico – 12.01.2017)

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2 Ministro promete a governadores do NE analisar possibilidade de realizar LER até junho

Uma reunião realizada na última terça-feira, 10 de janeiro, entre o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, e governadores e representantes dos estados do Nordeste trouxe a promessa de que até fevereiro será analisado o cenário energético para a possibilidade da realização de um leilão de reserva ainda no primeiro semestre deste ano. O segundo LER de 2016, que comercializaria usinas eólicas e solares, seria realizado em dezembro e foi cancelado devido ao excesso de oferta de energia, o que gerou queixas dos governadores da região e das associações do setor. De acordo com o secretário executivo de energia de Pernambuco, Pedro Cavalcanti, que participou da reunião, houve uma articulação entre Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Ceará para demonstrar ao ministro a preocupação com relação às consequências econômicas do cancelamento. O secretário lembrou que bilhões de reais deixariam de ser investidos e integrantes da cadeia industrial poderiam rever seus planos estratégicos, o que afetaria principalmente os estados que abrigam a cadeia. Na reunião, os governadores alegaram que o excesso de energia contratada não se aplicaria no caso da energia de reserva, que independe da demanda. Essa energia que entraria em operação comercial no sistema apenas em 2020 teria um papel importante na retomada do desenvolvimento econômico. Os argumentos apresentados fizeram com que Coelho Filho ordenasse à secretaria de planejamento do MME que de modo urgente revisasse os estudos para quantificar e qualificar essa sobra de energia. Não houve uma promessa da parte do ministro de realização do certame e sim que haveria esforços para viabilizá-lo, para que as políticas industriais e de atração de investimentos tivessem continuidade. (Agência CanalEnergia – 11.01.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Nordeste operam com volume de 17,2%, redução de 0,1% em comparação com o dia anterior. Os dados são do ONS, referentes ao último dia 10 de janeiro. A energia armazenada na região é 8.934 MW/mês e a ENA é 4.591 MWm, que é o mesmo que 46% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Sobradinho está operando com volume de 14,17%. No submercado SE/CO, os reservatórios continuam operando com 32,6% da capacidade. A energia armazenada é 66.358 MW/mês e a ENA é 32.889 MWm, que é equivalente a 49% da MLT. A usina de Furnas apresenta volume de 44,54% e a de Nova Ponte com 25,57%. Na região Norte, os reservatórios também continuam com o mesmo volume, 20,2% registrado no dia anterior. A energia armazenada é 3.040 MW/mês e a ENA é 3.284 MWm, que é o mesmo que 31% da MLT. A usina de Tucuruí opera com 29,74% da capacidade. Na região Sul, houve um acréscimo de 0,4%, o que deixou os reservatórios com volume de 69,1%. A energia armazenada na região é 13.794 MW/mês e a ENA é 19.229 MWm, que é equivalente a 205% da MLT. A usina de Barra Grande apresenta nível de armazenamento de 70,56% de sua capacidade. (Agência CanalEnergia – 11.01.2017)

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2 Geração eólica aumentou 53% até novembro, aponta CCEE

Dados da CCEE apontaram que a geração eólica entre janeiro e novembro deste ano cresceu 53,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Foram 3.667 MWm ante 2.390 MWm. Esse volume injetado no sistema elétrico representou 6% da geração total do país. Entre os 10 estados produtores, o Rio Grande do Norte e Ceará foram os que mais contribuíram com 1.589 MWm e 1.038 MWm, somente no mês de novembro, respectivamente. De acordo com o boletim InfoMercado mensal da CCEE a produção total de energia somou 61.543 MWm nesse mesmo período. Volume superior ao registrado em 2015, quando foram gerados 61.333 MWm. A fonte hidráulica também apresentou crescimento, com 45.371 MWm, um volume 6,5% acima do registrado em 11 meses de 2015. Por sua vez, a geração térmica com 12.505 MWm apresentou redução de 23,4% em 2016. Nota da Redação: matéria atualizada em 11 de janeiro às 13h32 para correção do período a que se refere o volume de produção eólica dos dois maiores estados geradores e menção ao crescimento da produção hidrelétrica total de janeiro a novembro que ficou em 6,5%. (Agência CanalEnergia – 11.01.2017)

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3 Governo reduz risco de déficit de energia para 2017

O CMSE esteve reunido nesta quarta-feira, 11 de janeiro, com o objetivo de analisar as condições de suprimento eletroenergético em todo o território nacional. O CMSE concluiu que o risco de qualquer déficit de energia em 2017 é igual a 0,3% e 0,0% para os subsistemas SE/CO e Nordeste, respectivamente, dentro do limite de risco de 5% inerente ao sistema. Em dezembro, o Comitê calculava que o risco de desabastecimento de energia para o Sudeste era de 0,9% e de 0,1% para o Nordeste. Ainda na reunião, a Empresa de Pesquisa Energética apresentou um balanço da oferta física e da carga de energia, considerando os respectivos resultados da 2ª revisão quadrimestral da carga, realizada em 2016, e também a previsão de carga atualizada no PMO de janeiro de 2017. A metodologia utilizada indica uma sobra estrutural da ordem de 8,4 GWm no ano de 2018 e, conforme proposto, está análise será apresentada periodicamente ao Comitê quando foram realizadas revisões na carga. O ONS apresentou uma análise sobre as condições hidrometeorológicas e de armazenamento de energia. Para o ONS, é pouco provável que a situação oceânica no Pacífico exerça influência sobre as precipitações da atual estação chuvosa, que vai até abril. Ao final do mês de dezembro, foi verificada Energia Armazenada – EAR de 33,7%, 60,2%, 16,2% e 18,9% nos reservatórios equivalentes dos subsistemas SE/CO, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente, referenciados à EAR máxima. Segundo a revisão 1 do PMO/ONS do mês de janeiro de 2017, devem ser atingidos ao final deste mês os seguintes armazenamentos: 38,9% no SE/CO, 74,1% no Sul, 18,4% no Nordeste e 25,0% no Norte. Foi também apresentado pelo ONS estudo prospectivo do armazenamento equivalente do subsistema SE/CO. Considerando os valores esperados e limites inferiores das ENAs, a energia armazenada neste subsistema varia entre 13,8% e 37,7% ao final do mês de novembro de 2017. (Agência CanalEnergia – 11.01.2017)

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Meio Ambiente

1 MPF RS recomenda a realização de licenciamento ambiental corretivo da UHE Passo Fundo

Por meio da procuradora da República, Fernanda Alves de Oliveira, o MPF em Passo Fundo (RS), enviou recomendação ao Ibama, à Engie Brasil Energia e à Funai para que providenciem o licenciamento ambiental corretivo da Usina Hidrelétrica Passo Fundo, com elaboração de Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA RIMA) prevendo o componente indígena da área em questão, bem como medidas compensatórias e migratórias de cunho socioambiental em favor da comunidade indígena residente na Terra Indígena Serrinha. A usina, que entrou em operação em 1973, quando não havia legislação vigente acerca da necessidade de realização de estudo de impacto ambiental, está localizada na Terra Indígena Serrinha, ocupada por índios da etnia Kaingang, e abrange áreas dos municípios de Três Palmeiras, Ronda Alta, Engenho Velho e Constantina. Diversas resoluções do Conama preveem a necessidade de licenciamento ambiental para construção de hidrelétricas e demais obras de energia elétrica. Ademais, a legislação determina que, tratando-se de obras que impactam direta ou indiretamente as terras e comunidades indígenas, há necessidade de intervenção da Funai em todas as fases do licenciamento ambiental. O MPF estabeleceu prazo de 30 dias para que os destinatários informem sobre as medidas adotadas para o cumprimento dessa recomendação. (Agência CanalEnergia – 11.01.2017)

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Gás e Termelétricas

1 Produção de gás natural da Petrobras bateu recorde em 2016

A Petrobras conseguiu cumprir o planejamento previsto pelo segundo ano consecutivo. A estatal informou que foram produzidos 77 milhões de metros cúbicos de gás natural diários em 2016. A produção total no país chega a 2,63 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), esse volume está 1% acima do reportado em 2015 e representa um novo recorde para a companhia. O índice de aproveitamento de gás da Petrobras do Brasil também alcançou seu recorde anual em 2016, com um patamar de 96%. Segundo a empresa esse índice reflete os esforços empreendidos por meio de programas de melhoria de eficiência operacional e otimização do aproveitamento do gás. A produção de petróleo está em alta e também representou um novo recorde, com 2.144.256 barris de petróleo por dia em média. Esse volume equivale a um aumento de 0,75% ante o ano anterior, 2015, e está em linha com o planejado. Somente a produção na camada do pré-sal alcançou a marca de 1,02 milhão bpd, crescimento de 33% quando comparado a 2015. (Agência CanalEnergia – 11.01.2017)

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2 Petrobras retoma parte das obras no Comperj para escoar gás natural

Depois de ter ficado dois anos sem o início de novos projetos, a Petrobras abriu no início deste ano um processo de licitação para contratação das obras da UPGN no Comperj em Itaboraí. As cerca de 30 empresas convidadas para o processo são estrangeiras. De acordo com o presidente da estatal, Pedro Parente, algumas empresas nacionais não puderam ser convidadas porque são alvo de investigações da Operação Lava-Jato e, assim, estão impedidas de participar de licitações. Porém, Parente destacou que a maioria das convidadas tem atividades no país e gera emprego e renda no Brasil. — Esta é uma discussão que no fundo tem um caráter ideológico. Então a gente ter um viés, um ranço ideológico contra quem venha de fora investir em nosso país, no meu modo de ver, contraria os interesses do próprio país — afirmou Parente, durante café da manhã com jornalistas nesta quarta-feira, refugando críticas à contratação de estrangeiras. — Nós contratamos empresas brasileiras, cuja propriedade pode ser de capital estrangeiro, mas empresas sediadas no país, que produzem emprego e renda no país e, portanto para todos os efeitos da são empresas brasileiras. E também contratamos empresas estrangeiras porque nosso objetivo é ampliar possíveis participantes dessa concorrência e com isso melhorar as condições de competição com reflexos positivos nos preços. (O Globo – 11.01.2017)

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3 Petrobras: escoamento de Gás é necessário

O diretor de Desenvolvimento da Produção e Tecnologia da Petrobras, Roberto Moro, destacou que a maioria das empresas convidadas já está estabelecida no Brasil. As demais se forem as vencedoras, terão que se estabelecer. Ele explicou que a seleção de se apoiou em uma avaliação a respeito da capacitação técnica, financeira e de integridade e conformidade. E destacou a geração de postos de trabalho e negócios para atender as obras. — Essas empresas vão gerar empregos aqui, vão gerar uma demanda de serviços e equipamentos que também poderão ser fornecidos por empresas pela cadeia de fornecedores — destacou o diretor. A UPGN tem um custo estimado em R$ 2 bilhões, e as obras deverão levar cerca de dois anos e meio. Moro disse que o aproveitamento de parte dos equipamentos já adquiridos para a UPGN, que custaram R$ 500 milhões, ainda está em discussão. O tema deve ser decidido com os vencedores da licitação. O processo licitatório deverá levar entre quatro a cinco meses. Cerca de 30% das obras da UPGN já estão concluídos, o que representou um gasto da ordem de R$ 500 milhões. As obras do Comperj estão entre as principais atingidas pelo esquema de corrupção na Petrobras, descoberto pela Lava-Jato. A UPGN, conforme Pedro Parente, é essencial para o escoamento futuro da produção de gás natural nos campos do pré-sal na Bacia de Santos. O presidente destacou também que a construção da UPGN não significa a retomada das obras da refinaria do Comperj, mas sim da construção dessa unidade, que atenderá o terceiro gasoduto do pré-sal. (O Globo – 11.01.2017)

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Economia Brasileira

1 Indicadores de mercado de trabalho devem seguir negativos, nota FGV

A trajetória dos indicadores de mercado de trabalho calculados pela FGV deve continuar negativa, pelo menos até o fim do primeiro semestre deste ano. A avaliação é do pesquisador do Ibre FGV, Fernando de Holanda Barbosa Filho. Ele fez a previsão ao comentar os desempenhos do IAEmp, e do ICD, ambos de dezembro, anunciados hoje pela fundação. Enquanto o IAEmp caiu 3,1 pontos, para 90 pontos, o menor desde julho de 2016 (89,1 pontos), o ICD subiu 0,6 pontos, para 103,6 pontos, nível recorde da série iniciada em novembro de 2005. Para o especialista, não há notícias favoráveis na economia que possam conduzir a uma reversão nas taxas negativas dos dois indicadores. No caso do IAEmp, Barbosa Filho comentou que este índice foi influenciado por frustrações de expectativas em relação à recuperação da economia brasileira. O técnico lembrou que o indicador é calculado com base nos resultados das sondagens da indústria, serviços e consumidor. Estes levantamentos mostraram desempenho negativo em dezembro. Isto porque os segmentos aguardavam uma retomada mais rápida da atividade ao longo de 2016. Quanto ao ICD, o especialista observou que o recorde negativo do indicador indica que a população está sentindo de forma mais intensa os efeitos do desemprego. (Valor Econômico – 11.01.2017)

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2 Copom surpreende e reduz Selic para 13% ao ano

O Copom do BC reduziu a taxa básica de juros, a Selic, para 13% ao ano nesta quarta-feira. A redução de 0,75 ponto percentual marca uma aceleração no ritmo de corte que até então vinha sendo feito em doses de 0,25 ponto percentual. A redução acima do esperado pelo mercado foi justificada pela melhora nas expectativas de inflação e um ritmo de atividade econômica ainda pior do que o já esperado. A decisão do colegiado presidido por Ilan Goldfajn foi unânime e contrariou o consenso de que a aceleração seria para 0,5 ponto. Pesquisa feita pelo Valor com 38 economistas mostrou 33 deles esperando redução de 0,5 ponto e cinco projetando corte de 0,75 ponto. O próprio BC já tinha dito que avaliava a possibilidade de intensificar o ritmo de corte em função do fraco desempenho da economia e do impacto disso sobre a inflação. No comunicado apresentado após a decisão, o BC apontou que chegou a discutir a possibilidade de um corte menor, de 0,5 ponto, com aceno de corte maior para a reunião de fevereiro. “Entretanto, diante do ambiente com expectativas de inflação ancoradas, o Comitê entende que o atual cenário, com um processo de desinflação mais disseminado e atividade econômica aquém do esperado, já torna apropriada a antecipação do ciclo de distensão da política monetária, permitindo o estabelecimento do novo ritmo de flexibilização”, diz o comunicado. (Valor Econômico- 11.01.2017)

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3 Comércio puxa alta recorde nas recuperações judiciais

A recessão econômica bateu forte sobre o consumo das famílias no ano passado, com efeitos nocivos sobre a saúde financeira das empresas, especialmente dos ramos do comércio e dos serviços. Segundo dados da Serasa Experian obtidos com exclusividade pelo Valor, no ano passado os pedidos de recuperação judicial aumentaram 51,2% no comércio e 48,5% em serviços, depois de altas já expressivas no ano anterior. Na indústria, o avanço foi um pouco menor, mas ainda assim bastante expressivo, com alta de 24,5%, afirma Luiz Rabi, economista chefe da Serasa. Em todos os setores o número de pedidos foi recorde desde o início da Lei de Falências, em 2005. No total, o uso do instrumento cresceu 44,8% em 2016, somando 1.863 pedidos. Em 2015, foram 1.287 requisições. Em termos absolutos, foi o setor de serviços que registrou o maior número de pedidos, com 713 solicitações, contra 480 no ano anterior. No comércio, foram 611 pedidos e, na indústria, 446. A recuperação judicial é uma medida jurídica legal utilizada pela empresa para tentar evitar a falência, com a definição de um plano de resgate e uma reestruturação dos negócios. (Valor Econômico- 12.01.2017)

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4 Inflação oficial fecha 2016 em 6,29%, abaixo do teto da meta, diz IBGE

A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2016 com variação acumulada de 6,29%, abaixo do teto da meta fixada pelo Banco Central – que variava entre 4,5% e 6,5%. A constatação é do Instituto Brasileiro de Geogafia e Estatística (IBGE), que divulgou hoje (11), no Rio de Janeiro, o IPCA de dezembro, que subiu 0,3%, o mais baixo para o mês desde a taxa de 0,28% de 2008. A inflação acumulada em 2016 chegou a ficar 4,38 pontos percentuais abaixo da variação acumulada em 2015, que foi de 10,67%. Também ficou abaixo dos 6,41% de 2014. Segundo o IBGE, a queda entre 2015 e 2016 foi determinada pela retração dos preços dos alimentos. (Agência Brasil – 11.01.2017)

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5 Demanda fraca influencia na desaceleração do IPCA em 2016, diz IBGE

A demanda mais fraca foi fator fundamental para a forte desaceleração da inflação em 2016, principalmente a partir do segundo semestre, avalia a coordenadora de índice de preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos. Os preços subiram bem menos mesmo com pressões como o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em alguns Estados e os problemas climáticos, que afetaram a qualidade e a produtividade das lavouras, enumerou a pesquisadora. "Se não fosse a demanda, provavelmente a taxa seria superior", destacou. O IPCA encerrou 2016 em 6,29%, abaixo dos 10,67% registrados no ano anterior. A demanda mais fraca é reflexo do mercado de trabalho em crise, queda da renda das famílias e crédito mais caro e restrito, afirmou a pesquisadora do IBGE. "Mesmo eletrodomésticos vieram em queda. Houve muitas promoções para envolver o consumidor e levá-lo a comprar" no fim do ano, lembrou. Dos 373 produtos medidos pelo IBGE, 120 deles registraram inflação acima de 10% no acumulado em 12 meses. Em dezembro de 2015, esse indicador apontava 160 itens com taxa em dois dígitos. (Valor Econômico – 11.01.2017)

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6 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h37, a moeda americana estava cotada a R$ 3,1653, recuo de 0,84%. Ontem, após a moeda americana operar a R$ 3,2297, o dólar comercial passou a cair após a entrevista de Trump á imprensa e encerrou em queda de 0,17% a R$ 3,1922. (Valor Econômico – 11.01.2017 e 12.01.2017)

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Internacional

1 Bolívia: geração de 15.000 MW com US$ 30 bi

Entre 2016 e 2025, prevê-se um investimento de pelo menos US$ 30 bi para gerar 15.000 MW no setor da eletricidade destinada à exportação, informou o vice-ministro de Eletricidade e Energia Alternativa boliviano, Joaquin Rodriguez. Ele explicou que do montante total serão alocados 1,453 bi em usinas termelétricas, incluindo seus respectivos ciclos combinados; para as renováveis serão 1,389 bi e para as hidrelétricas, 26,359 bi. De acordo com Rodriguez, para 2020 estima-se chegar a 4.526 MW de geração através das três fontes de energia. 34 projetos de geração de energia elétrica que estão na calha para 2025 na hidrelétrica são: Bala, Miguillas, Ivirizú, Misicuni, San Jose, Banda Azul, Millers, Carrizal, Cambarí, Rositas, Cuenca Wood River Basin Rio Grande Bacia Corani (Icona, Ragweed e Santa Bárbara), o desenvolvimento do programa de pequenas centrais hidrelétricas. Em ciclos combinados: Santa Cruz, Carrasco, Entre Rios, Warnes, Guaracachi e Sul. E energias renováveis se desenvolvem no parque eólico Qollpana, La Ventolera, Warnes, San Julian, El Dorado. Geotérmico: Laguna Colorada. Solares: Yunchará e Riberalta-Guayaramerín. Em relação ao equilíbrio entre oferta e demanda, informou que em 2016 a demanda era de 1.433 MW, enquanto a oferta atingiu 1.858 MW, o que mostra que a cobertura foi regular. (Pagina Siete – Bolívia – 12.01.2017)

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2 Holanda: todos os trens funcionando por energia eólica

Todos os trens holandeses funcionam, a partir deste ano, unicamente através da utilização de energia elétrica produzida com a força do vento, anunciou a companhia ferroviária nacional da Holanda, a NS (Nederlandse Spoorwegen). De acordo com o porta-voz da NS, Ton Boon, utilizam energia renovável na totalidade dos trens desde 1 de Janeiro deste ano. Segundo o site da iniciativa, é a primeira vez que se consegue, a nível mundial, que todos os trens sejam movidos através de energia eólica, o que permite que 600 mil utilizadores diários possam usufruir de viagens sem que haja produção de dióxido de carbono. É ainda referido que a NS utiliza, anualmente, 1.2 mil milhões de kWh de eletricidade produzida através da força do vento. O projeto teve origem em 2015, num acordo com a duração de dez anos, quando as duas companhias se comprometeram a que, a partir de 2018, todos os trens utilizariam energia eólica nas suas viagens. Para tornar esta situação possível, a Eneco (companhia de eletricidade holandesa) investiu em novos campos de geradores eólicos e outros meios de produção de energia ecológica. Para celebrar o sucesso da parceria entre a NS e a Eneco, foi criado um comboio verde, o Groene Trein. Este comboio – que pretende assinalar as viagens amigas do ambiente – é verde por fora e tem imagens dos céus holandeses nos tetos interiores. (Publico – Portugal – 11.01.2017)

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3 Europa: indústria do gás natural precisa de nova abordagem para o futuro, diz estudo

A comunidade de gás europeia deve adotar uma nova abordagem para o futuro quando se trata de descarbonização dos respectivos mercados. Essa é uma das mensagens de um estudo de um especialista da Universidade de Oxford, recentemente divulgado, que analisa o futuro da fonte energética em um ambiente de constante avanço rumo às fontes renováveis. O paper "O Futuro do Gás na Descarbonização dos Mercados de Energia da Europa", de Jonathan Stern, da Oxford Institute for Energy Studies, avalia, entre outros pontos, que uma das ações deve ser a de assumir que trocar o carvão mineral para o gás natural deve ser a resposta "óbvia" de custo-eficiente para a redução de carbono. Além disso, Stern concluiu que a indústria gasífera precisa reconhecer que o insumo possui seus próprios problemas ambientais, sendo a mais relevante a emissão de gás metano, um dos mais relevantes quando se trata do efeito estufa. "O conteúdo dos defensores do gás natural, na década de 2010, de que é abundante, aceitável e disponível tem encontrado fortes desafios que ainda não encontraram respostas consideradas satisfatórias por muitos grupos políticos e ambientais", avalia o especialista. Para ler o estudo na íntegra, clique aqui. (Agência Brasil Energia – 11.01.2017)

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4 Especialistas estudam a importância do gás natura na Matriz Energética Europeia

O estudo "O Futuro do Gás na Descarbonização dos Mercados de Energia da Europa", de Jonathan Stern, da Oxford Institute for Energy Studies é baseado em três pilares: as razões do declínio do gás natural na matriz energética europeia ao longo da última década; as razões pelas quais formuladores de políticas e stakeholders mantêm-se convencidos de que o gás pode e deve atuar como peça-chave no processo de descarbonização da matriz no continente; e sobre qual deve ser a abordagem que a indústria deve adotar, seja mensagens que devem ser transmitidas a políticos, seja ações a serem tomadas a fim de prolongar o futuro do segmento. De acordo com o estudo, entre as variáveis-chave para se determinar o futuro do mercado de gás na Europa, no longo prazo, está o reconhecimento de que a descarbonização dos mercados de energia na Europa é um fato que se encontra em andamento e é irreversível. Neste caso, para assegurar um futuro pós-2030 no balanço energético europeu, o segmento de gás natural se verá obrigado a adotar uma nova mensagem, segundo a qual o insumo poderá descarbonizar e manter-se competitiva frente a outras fontes de energia baixo ou zero carbono, de acordo com o estudo. Os especialistas ressaltam ainda a necessidade de uma mudança de paradigmas nos horizontes de tempo comercialmente adotados pelo segmento, bem como a cooperação da própria cadeia industrial, para que a indústria possa abraçar tecnologias de descarbonização, como captura e armazenamento de carbono. Para ler o estudo na íntegra, clique aqui. (Agência Brasil Energia – 11.01.2017)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 STERN, Jonathan. “The Future of Gas in Decarbonising European Energy Markets: the need for a new approach”. Oxford Institute for Energy Studies. Londres (Inglaterra), janeiro de 2017.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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