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IFE: nº 4.238 - 05 de janeiro de 2017
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Fitch Ratings: Brasil fica abaixo da América Latina no setor de energia
2 Minas e Energia rejeita projeto sobre aferição obrigatória de medidores de energia
3 Revisão de garantias pode antecipar necessidade de contratação, avalia Bolt
4 Agenda Setorial 2017 acontecerá em março
5 Firjan: iluminação pública e resíduos sólidos podem elevar investimentos no Rio de Janeiro
6 Artigo de Abel Holtz: “Energia alargando fronteiras”

Empresas
1 Goldman Sachs eleva avaliação de empresas do SE para “atrativa”
2 Eletrobras e siderúrgicas puxam ações mais rentáveis que CDI em 2016
3 PwC, Recovery e Ceres darão consultoria em privatizações da Eletrobras
4 CPFL Leste Paulista investe R$ 3 mi em sete municípios
5 Enel recebe R$ 293 mi do BNDES
6 Brookfield coloca PCH Serra dos Cavalinhos I em operação
7 Cemig GT realiza leilão de venda de energia dia 11
8 Obras da RGE Sul beneficiam 11 mil clientes em Santa Maria

Leilões
1 Brasil pode ter leilão para cancelar projetos de energia no 1º semestre, diz fonte
2 Leilão de descontratação pode ser aberto à participação de investidores com projetos de todas as fontes de geração de energia elétrica

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS recebe operadores internacionais para discutir confiabilidade e segurança
2 Números dos reservatórios pelo Brasil
3 Capacidade limitada de transmissão afeta usinas do Madeira

4 Rio São Francisco tem vazão reduzida para 700 m³/s

5 Desligamento em LT interrompe 140 MW

6 Temporal deixa milhares de pessoas sem energia no Sul do país

Energias Renováveis
1 Vulkan: cancelamento do leilão de energia de reserva significou o pior que poderia acontecer para a cadeia de fornecimento da indústria eólica
2 Vulkan: negócio energia que normalmente fica entre 20% a 25% da receita, ficou em 15% sem leilão

Gás e Termelétricas
1 Nucleares batem recorde de produção em 2016

Economia Brasileira
1 Produção industrial brasileira avança 0,2% em novembro
2 De olho nos restos a pagar, União eleva investimentos

3 BNDES cria departamento de avaliação e estipula metas para projetos
4 Preços de commodities caíram 5,31% em 2016, informa Banco Central
5 Fluxo cambial termina 2016 negativo em US$ 4,252 bi
6 Governo edita MP que cria Programa de Regularização Tributária
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Energia solar térmica: 100% de crescimento anual na Argentina
2 Peru: MEM executa mais de 98% dos recursos
3 Cidade chinesa coloca 500 ônibus elétricos urbanos em operação
4 China e Estados Unidos são mercados mais atrativos para veículos elétricos, diz Accenture

Biblioteca Virtual do SEE
1 HOLTZ, Abel. “Energia alargando fronteiras”. Agência CanalEnergia. Rio de Janeiro, 03 de janeiro de 2017.
2 SABRE, Martín; CORDI, Martín; BORNANCIN, Marianela. “Censo de Energía Solar Térmica 2016: Mapa del sector en Argentina”. Instituto Nacional de Tecnología Industrial - INTI. San Martín (Argentina), 2016.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Fitch Ratings: Brasil fica abaixo da América Latina no setor de energia

A perspectiva para as empresas do setor de energia elétrica da América Latina em 2017 piorou em relação ao ano passado, mas se manteve no patamar estável no curto a médio prazos, de acordo com a agência de avaliação de riscos Fitch Ratings. O Brasil, contudo, recebeu a maior parte das perspectivas ou observações de ratings negativas da região, o que reflete a perspectiva negativa do rating soberano do país avaliada pela Fitch. Segundo relatório da agência divulgado nesta semana, os ratings para os próximos 12 a 24 meses serão influenciados, principalmente, por fatores de crédito específicos das companhias de energia e dos países nos quais elas estão inseridas, em vez de tendências regionais da América Latina. Com relação à geração de energia, a Fitch destacou que os países latino-americanos precisam reduzir sua dependência das hidrelétricas nos próximos anos. “A oferta hidrelétrica tem sido significativamente afetada durante períodos de seca severa, aumentando a pressão do mercado em países com níveis de reservatórios apertados”, explicou. A agência lembrou ainda que há expectativa que o fenômeno La Niña ocorra em intensidade fraca no biênio 2016-2017. Se por um lado o evento deve trazer resultados positivos para alguns países, como Colômbia, onde a transição para o La Niña aumentará a quantidade de chuvas, em outros locais, como o Chile, o resultado deve ser negativo. No caso das regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, a previsão é de níveis normais de hidrologia, “uma vez que o La Niña não deve ter um efeito significativo nessas regiões”, segundo a Fitch. No entanto, as regiões Sul do Brasil e da Argentina devem sofrer um pouco com o fenômeno, que trará níveis de precipitação inferiores à média histórica. (Brasil Energia – 04.01.2017)

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2 Minas e Energia rejeita projeto sobre aferição obrigatória de medidores de energia

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados rejeitou o Projeto de Lei 1357/11, do deputado Luis Tibé (PTdoB-MG), que torna obrigatória a aferição dos medidores de energia elétrica residenciais. Pelo texto, essa aferição é de responsabilidade das concessionárias de energia e pode ser feita pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). O medidor deverá conter o selo de qualidade. Para o autor, a legislação atual não exige que as distribuidoras de energia elétrica empreguem unicamente equipamentos de medição aferidos e certificados em conformidade com as regras estabelecidas pelo Inmetro. O relator na comissão, deputado Lucio Mosquini (PMDB-RO), no entanto, discordou desse argumento. Segundo ele, a legislação (leis 5.966/73 e 9.933/99) vigente já determina que o controle metrológico de todos os medidores de consumo e demais equipamentos empregados no processo de medição de energia elétrica passem pelo Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro). Ainda conforme o relator, as normas do setor elétrico também obrigam as distribuidoras a realizar verificação periódica dos equipamentos de medição instalados nas unidades consumidoras, permitindo que o cidadão acompanhe a aferição dos equipamentos. “Não se verifica, portanto, a existência da lacuna legal. A matéria encontra-se convenientemente tratada na legislação em vigor’, concluiu. Por ter recebido pareceres divergentes em duas comissões (o texto foi aprovado pela Comissão de Defesa do Consumidor em agosto de 2016), a proposta perdeu o caráter conclusivo de sua tramitação. A matéria ainda terá de examinada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e pelo Plenário da Câmara. (Agência Câmara – 04.01.2017)

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3 Revisão de garantias pode antecipar necessidade de contratação, avalia Bolt

A publicação da portaria com a prorrogação das garantias físicas das hidrelétricas até o fim do ano e a promessa do Ministério de Minas e Energia de revisar os valores até abril foi bem aceita pelo setor. De acordo com Gustavo Ayala, diretor de comercialização da Bolt Energias, a partir de 2018, a redução do lastro e da sobrecontratação trazida pela revisão poderá fazer também com que se antecipe a necessidade de contratação de energia nova. "Ao invés de leilões de reserva, vai ter leilão de energia nova, formando lastro para o sistema. A reserva não forma lastro para o sistema", afirma. Segundo Ayala, a portaria com a revisão vai deixar o planejamento do setor mais alinhado com a operação. "É um panorama que a gente acredita que vai ser bom para o mercado", avisa. Para ele, com a expectativa da saída de 1.400 MW med de cena, do ponto de vista do planejamento não haveria necessidade de contratação, mas do ponto de vista operativo, ela se mostraria necessária. “Essa adequação ao planejamento é bem vista para que haja um estímulo de contratação a partir de 2019", aponta. O executivo também lembra que os novos valores da portaria podem trazer mudanças para as empresas geradoras que aderiram ao seguro do GSF. Com a redução da garantia física, também fica menor o direito ao seguro do GSF. "Talvez esse seja um ponto que tenha que ter algum ajuste dessas empresas que aderiram", observa. Segundo o MME, o processo deve resultar na redução do equivalente a 3,2% da garantia sujeita à revisão. Passarão por reavaliação 122 usinas. Usinas mais novas, como Jirau e Santo Antônio, ficarão de fora. A revisão vinha sendo discutida com os agentes desde 2014 na Empresa de Pesquisa Energética, ainda na gestão de Maurício Tolmasquim e teve o processo continuado pelo atual presidente, Luiz Augusto Barroso. A queixa das distribuidoras, que queriam a portaria valendo já em 2017, é compreensível para Ayala. Na opinião do diretor da Bolt, uma revisão nos valores já esse ano, embora não fosse solucionar a sobrecontratação, atenuaria o problema de imediato, como o próprio presidente da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica disse em entrevista para a Agência CanalEnergia na ocasião da publicação da portaria. (Agência CanalEnergia – 04.01.2017)

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4 Agenda Setorial 2017 acontecerá em março

Sendo o primeiro grande evento anual do setor elétrico, o Agenda Setorial 2017 acontecerá nos dias 22 e 23 de março. O evento reunirá os principais nomes do setor elétrico do Brasil, entre órgãos públicos, empresas privadas e associações correlatas e acontecerá no Rio de Janeiro. O Fórum Nacional de Concessões Privatizações e PPPs em Infraestrutura acontecerá no dia 22 de março. Com o objetivo de garantir que os alicerces para o desenvolvimento de concessões e PPPs sejam amplamente tratados sob a ótica jurídica, regulatória e de negócios, acontecerá em São Paulo. (Agência CanalEnergia – 05.01.2017)

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5 Firjan: iluminação pública e resíduos sólidos podem elevar investimentos no Rio de Janeiro

A iluminação pública e os resíduos sólidos são dois dos setores com potencial de concessões e realização de parcerias público-privadas (PPP) por municípios do Rio de Janeiro, segundo estudo recentemente divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). A iluminação pública é de responsabilidade dos municípios desde o início de 2015, enquanto o manejo de resíduos sólidos conta com política própria desde meados de 2010, quando a lei 12.305/2010, que estabelece a obrigatoriedade da gestão dos resíduos, especialmente a reciclagem e a produção de adubo e energia, bem como a extinção de "lixões" até 2014. No caso da iluminação pública, o estudo avalia que há potencial de concessão em pelo menos 20 dos 92 municípios do estado, capaz de movimentar valores estimados em R$ 1,45 bilhão. Neste bloco, não está incluído o Rio de Janeiro, mas a Firjan fez uma avaliação apenas para a capital. Para a entidade, a divisão da cidade em cinco lotes seria suficiente para levantar R$ 1,4 bilhão em concessões ou PPPs. Já no quesito resíduos sólidos, a Firjan enxergou potencial em 10 municípios, inclusive na capital fluminense, com estimativas da ordem de R$ 3,5 bilhões. Mas caso seja feita a divisão da cidade em cinco lotes, avalia a federação, o município pode levantar R$ 11,7 bilhões com as eventuais concessões ou PPPs. "A aceleração dos procedimentos para a realização de concessões e PPPs pode destravar diversos empreendimentos já no primeiro semestre de 2017, reduzindo a necessidade de investimentos diretos do estado e municípios", disse a entidade. (Brasil Energia – 04.01.2017)

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6 Artigo de Abel Holtz: “Energia alargando fronteiras”

Em artigo publicado no CanalEnergia, Abel Holtz, engenheiro e empresário, que estuda e desenvolve trabalhos na área de concessões particularmente no setor elétrico trata da importância das parcerias internacionais para o desenvolvimento da capacidade produtiva e do comercio, bem como o papel da energia nesse processo. Segundo ele, “nesse sentido, o MERCOSUL pode ser identificado como um mecanismo estratégico na construção do futuro da Nação Brasileira e de seus parceiros”. Para Holtz, “o gasoduto Brasil/Bolívia, as ligações elétricas com a Argentina e Paraguai são exemplos desta ação estratégica que podem ser repetidos e ampliados”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 05.01.2017)

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Empresas

1 Goldman Sachs eleva avaliação de empresas do SE para “atrativa”

O Goldman Sachs elevou a avaliação das empresas do setor elétrico brasileiro de neutra para atrativa, citando oportunidades atrativas de investimentos no setor de transmissão de energia, devido às taxas de retorno mais elevadas. Entre as principais mudanças nas recomendações, o banco reduziu a recomendação das ações da Cemig de neutra para venda, e elevou Cteep e Equatorial de neutras para venda. As ações da Eletropaulo tiveram a recomendação elevada de venda para neutra, apesar do cenário ainda desfavorável enfrentado pela distribuidora, refletindo a avaliação de que os desafios enfrentados já estão incorporados no preço das ações. Em geração, o principal nome é a AES Tietê, refletindo o preço mais baixo que os de seus pares, além do pagamento de dividendos acima da média. (Valor Econômico – 05.01.2017)

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2 Eletrobras e siderúrgicas puxam ações mais rentáveis que CDI em 2016

Eletrobras, Bradespar, Gerdau Metalúrgica, CSN, Usiminas e Gerdau são as seis primeiras ações de uma lista de 20 que proporcionaram ao investidor um retorno maior que o CDI em 2016, segundo estudo da Economatica. A melhor posição está com os papéis ordinários da Eletrobras, que tiveram uma rentabilidade de 296% em 2016, o que representa 282 p.p acima do CDI ou 257 p.p. acima do Ibovespa. (Valor Econômico – 05.01.2017)

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3 PwC, Recovery e Ceres darão consultoria em privatizações da Eletrobras

As empresas PricewaterhouseCoopers, Recovery e Ceres Inteligência Financeira venceram licitação promovida pelo BNDES para contratar consultorias que apoiarão o processo de privatização de distribuidoras de energia da estatal Eletrobras. As consultorias fizeram propostas com os menores preços para prestar serviços necessários à desestatização de distribuidoras controladas pela Eletrobras no Acre, Alagoas, Amazonas, Piauí, Rondônia e Roraima, segundo documentos do BNDES divulgados nesta quarta-feira. A Eletrobras decidiu em julho de 2016 pela venda de todas essas empresas até o final de 2017. A PwC e a Recovery, em consórcio, ofereceram um preço de R$ 17,7 mi para realizar a avaliação econômico-financeira das elétricas e prestar serviços jurídicos, contábeis e outros no processo, ante um preço-teto de R$ 40,8 mi. A Ceres apresentou proposta de R$ 2,2 mi pela realização de avaliação econômico-financeira das empresas, ante teto de R$ 7 mi. yAs consultorias Ernst & Young e Deloitte chegaram a apresentar recursos contra a vitória das concorrentes, que foram negados pelo BNDES na terça-feira, segundo documentos do banco divulgados nesta quarta, que autorizou a continuidade da licitação. Os contratos a serem assinados com as consultorias deverão ter duração de 24 meses, prorrogáveis para até 60 meses. (O Globo – 04.01.2017)

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4 CPFL Leste Paulista investe R$ 3 mi em sete municípios

Entre julho e setembro de 2016, a CPFL Leste Paulista, que atua na distribuição de energia para sete municípios no Estado de São Paulo, investiu em torno de R$ 3 milhões na expansão, modernização e manutenção do seu sistema elétrico. Deste montante, o maior volume investido foi em São José do Rio Pardo, em torno de R$ 707 mil, equivalente a 23,5% do total. As demais cidades que receberam investimentos foram: Tapiratiba, com R$ 445,5 mil; Caconde, com R$ 414,7 mil; Itobi, com R$ 359,5 mil; Divinolândia, com R$ 357,4 mil; São Sebastião da Grama, com R$ 271,6 mil; e Casa Branca, com R$ 213,05 mil. Do valor total de R$ 3 milhões, a concessionária destinou R$ 1,2 milhão na execução de projetos voltados ao atendimento dos clientes. Esses investimentos, destinados à instalação de novos medidores para clientes residenciais, industriais e comerciais e à expansão das redes elétricas, contribuíram para que a CPFL Leste Paulista encerrasse setembro de 2016 com 57.664 consumidores, contra os 56.763 em janeiro deste ano, uma adição de 901 clientes. Os investimentos em melhoramentos no sistema elétrico, tais como melhorias nas redes primária e secundária, consumiram R$ 780,7 mil. As ações de suporte de crescimento do mercado receberam outros R$ 170 mil, cujos recursos foram aplicados em subestações, linhas de transmissão e redes de distribuição. "Todo o investimento planejado e executado pela CPFL Leste Paulista é focado em alcançar eficiência operacional e, dessa maneira, aumentar a qualidade do serviço prestado e a continuidade do fornecimento de energia, contribuindo para o bem-estar e a promoção do desenvolvimento socioeconômico das cidades onde atuamos", afirma o presidente da distribuidora, Marco Antônio Villela de Abreu. (Agência CanalEnergia – 05.01.2017)

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5 Enel recebe R$ 293 mi do BNDES

A Enel e o BNDES assinaram um acordo de financiamento de 20 anos, no valor de R$ 373 milhões, para cobrir parte do investimento destinado ao complexo hídrico de Apiacás (102 MW), localizado no Mato Grosso. Uma parcela do empréstimo, de R$ 293 milhões, já foi desembolsada pelo banco com a assinatura do acordo. Os R$ 80 milhões restantes devem ser desembolsados ainda neste ano, sujeitos a condições pré-estabelecidas. "Apenas um mês depois de Apiacás entrar em operação, conseguimos obter financiamento do BNDES", disse Francesco Venturini, chefe global de Energias Renováveis da Enel. O projeto Apiacás é formado pelas PCHs Cabeça de Boi (30 MW) e Fazenda (27 MW) e a UHE Salto Apiacás (45 MW). A companhia investiu cerca de US$ 287 milhões no complexo, que foi concluído mais de um ano antes do prazo. As usinas foram contratadas no leilão A-5 de 2013 do governo federal, para fornecer energia por 30 anos para as distribuidoras a partir de 2018. Até la, o complexo destinará a produção para um cliente com o qual fechou contrato no mercado livre. As sete turbinas geradoras que compõe o complexo foram fornecidas pela WEG. Já a construção ficou a cargo da também brasileira Quebec. Através da Enel Brasil e da Enel Green Power Brasil, o grupo tem uma capacidade instalada total de 1.306 MW no mercado brasileiro. Destes, 401 MW são de eólicas, 12 MW de solares e 893 MW de hidrelétricas. As empresas também constroem mais 442 MW de eólicas e 807 MW de solares. (Brasil Energia – 04.01.2017)

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6 Brookfield coloca PCH Serra dos Cavalinhos I em operação

A Agência Nacional de Energia Elétrica liberou a PCH Serra dos Cavalinhos I, localizada nos municípios de Monte Alegre dos Campos, São Francisco de Paula e Bom Jesus, no Estado do Rio Grande do Sul, para operar comercialmente a partir do dia 4 de janeiro. O benefício foi para UG1, de 12,5 MW de capacidade instalada. A PCH pertence à Brookfield Energia Renovável e tem capacidade total de 25 MW. A segunda unidade está em fase de testes e deve entrar em operação comercial ainda em janeiro. Serra dos Cavalinhos I tem toda a sua capacidade vendida a partir de 2020 nos leilões regulados. Para os três anos de antecipação, 2017 a 2019, a produção será destinada ao atendimento de contratos no Mercado Livre. As obras civis da usina começaram em dezembro de 2014 e a potência instalada do empreendimento é capaz de atender cerca de 70 mil pessoas. Este projeto contou com um investimento de R$ 220 milhões e se integra ao Complexo no Rio das Antas, onde estão outras três usinas também de propriedade da Brookfield Energia Renovável. Segundo a empresa, o novo ativo reafirma o compromisso com a energia limpa e renovável, além da continuidade de investimentos a longo prazo no Brasil. A empresa tem mais duas obras em andamento, com previsão de entrega para 2017 e 2018, e continua buscando novas oportunidades no país. (Agência CanalEnergia – 04.01.2017)

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7 Cemig GT realiza leilão de venda de energia dia 11

A Cemig GT vai realizar leilão de venda de energia elétrica convencional no próximo dia 11 de janeiro de 2017. Serão oferecidos dois produtos. Um com prazo de suprimento de janeiro a abril de 2017 e outro com prazo de suprimento de janeiro a dezembro de 2017, com entrega da energia contratada no submercado Sudeste/Centro-Oeste. Os interessados devem aderir ao processo até o próximo dia 10 de janeiro e enviar suas propostas até o dia 11. Mais informações estão disponíveis neste link. (Agência CanalEnergia – 04.01.2017)

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8 Obras da RGE Sul beneficiam 11 mil clientes em Santa Maria

A RGE Sul investiu R$ 1,2 milhão na construção de um novo alimentador na Subestação Santa Maria 4. A obra em Santa Maria melhora o atendimento à Cohab Tancredo Neves e ao Distrito Industrial e reduz os níveis de carregamento do atual alimentador. A obra traz mais confiabilidade ao sistema de distribuição, aumentando a flexibilidade na rede elétrica e separando o fornecimento para as áreas urbana e rural. O novo alimentador representa 3,8 Km de rede, com condutores mais robustos e de maior capacidade (rede multiplexada e protegida). O novo Hospital Regional de Santa Maria está entre os 11 mil clientes diretamente beneficiados por estes investimentos. As obras fazem parte do Plano de Investimentos da RGE Sul para 2016. Nos próximos três anos a empresa investirá R$ 1 bilhão em diversas obras, entre elas a troca de 40 mil postes por ano em toda a área de concessão. (Agência CanalEnergia – 05.01.2017)

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Leilões

1 Brasil pode ter leilão para cancelar projetos de energia no 1º semestre, diz fonte

O governo federal avalia um mecanismo para que empresas com projetos de geração de energia que ainda não entraram em operação possam desistir das usinas, devido a um excesso de eletricidade contratada para os próximos anos após a queda do consumo com a crise econômica, afirmou à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto. A ideia em gestação é realizar ainda no primeiro semestre um "leilão reverso", ou "de descontratação" --que, ao contrário dos leilões realizados no setor elétrico, não teria como objetivo viabilizar novas usinas, mas sim cancelar projetos de licitações anteriores já autorizados ou com concessão assinada. Pelas regras do setor, o investidor que não entrega uma usina que vendeu energia em leilão fica sujeito a pesadas multas e à execução de garantias financeiras depositadas à época das licitações. No leilão, as empresas teriam a chance de negociar uma eventual redução nessas penalidades. "Deve ser no primeiro semestre, com certeza... provavelmente ainda no primeiro trimestre", disse a fonte, que falou sob a condição de anonimato porque as conversas ainda estão em andamento. (Reuters – 04.01.2017)

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2 Leilão de descontratação pode ser aberto à participação de investidores com projetos de todas as fontes de geração de energia elétrica

A ideia de um "leilão para descontratação" havia sido antecipada pela estatal EPE em uma nota técnica em 19 de dezembro. Na época, a EPE afirmou que a ideia havia começado a ser analisada "muito recentemente" pelos órgãos técnicos do setor elétrico, como "alternativa de solução administrativa, rápida e eficiente para empreendimentos com dificuldades de implantação". Segundo a fonte com conhecimento do assunto ouvida pela Reuters, a ideia é o que o leilão seja aberto à participação de investidores com projetos de todas as fontes de geração de energia elétrica. (Reuters – 04.01.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS recebe operadores internacionais para discutir confiabilidade e segurança

O ONS receberá entre os dias 30 de janeiro e 02 de fevereiro uma reunião do Comitê para Segurança e Confiabilidade da Rede do GOP 15 - iniciativa que reúne os operadores dos sistemas elétricos de 16 países que representam a demanda de 70% da população mundial. A intenção é discutir temas técnicos de controle e resposta do sistema, bem como as melhores práticas adotadas pelos diferentes operadores. Em novembro passado, o operador brasileiro e a EPE participaram da última reunião anual do GO15, muito pautada pelas mudanças nos mercados elétricos de todo o mundo, com a penetração cada vez maior das renováveis nas matrizes e o crecimento da geração distribuída e do papel do consumidor como um prestador de serviços para a rede. Para o ONS e EPE, a participação no GO15 significa trazer a excelência internacional e o “estado da arte” para as atividades de suas organizações, além de internacionalizá-las. O GO15 inclui operadores da Ásia (4), México, Rússia, Brasil, África, EUA (3), Oriente Médio, Austrália e da Europa (4). (Brasil Energia – 04.01.2017)

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2 Números dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Norte continuam operando com o mesmo volume de 19,2%, igual ao dia anterior. Os dados são do Operador Nacional do Sistema Elétrico, referentes ao último dia 3 de janeiro. A energia armazenada é 2.887 MW mês e a energia natural afluente é 3.109 MW med, que é o mesmo que 30% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Tucuruí está operando com volume de 27,75%. No submercado Sudeste/Centro-Oeste, houve queda de 0,2% em comparação com o dia anterior, deixando os reservatórios com volume de 33,3%. A energia armazenada é 67.605 MW mês e a ENA é 32.130 MW med, que é equivalente a 48% da MLT. A usina de Furnas está operando com 46,08% e a de Nova Ponte com 25,61%. Na região Nordeste, os reservatórios estão operando com volume de 17,1%, 0,2% a mais em relação ao dia anterior. A energia armazenada é 8.860 MW mês e a ENA é 8.153 MW med, que é o mesmo que 61% da MLT. A usina de Sobradinho está operando com volume de 13,67%. No Sul, o nível dos reservatórios subiu 0,1% em comparação com o dia anterior, deixando o volume em 62,3%. A energia armazenada na região é 12.435 MW mês e a ENA é 12.292 MW med, que é o mesmo que 175% da MLT. A usina de Barra Grande está operando com volume de 62,73%. (Agência CanalEnergia – 04.01.2017)

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3 Capacidade limitada de transmissão afeta usinas do Madeira

Com a autorização dada esta semana pela Aneel para a operação comercial das seis últimas turbinas da hidrelétrica de Santo Antônio, a usina, juntamente com a de Jirau ¬ as duas do complexo hidrelétrico do rio Madeira, em Rondônia ¬ estão com as cem máquinas disponíveis para produção de energia, totalizando juntas 7.318 MW de capacidade instalada. Esse total, no entanto, só poderá ser de fato entregue ao sistema em dezembro, quando está prevista a conclusão de um conjunto de obras de transmissão necessárias para eliminar as limitações do sistema atual. Segundo uma fonte com conhecimento do assunto, com a limitação atual do sistema de transmissão do Madeira, as hidrelétricas do complexo precisam operar com uma capacidade menor que a permitida. Hoje, o limite de escoamento de energia das hidrelétricas do rio Madeira está entre 3.600 MW e 3.850 MW, o equivalente à metade da capacidade total das duas usinas. Para fevereiro deste ano, está prevista a entrada em operação do primeiro polo do segundo linhão do rio Madeira, que ¬ permitirá a elevação da capacidade de escoamento de energia das duas hidrelétricas para 5.425 MW, ou quase 75% da capacidade total das usinas. Em abril, está prevista a entrada em operação do segundo polo do segundo linhão. Com isso, o limite de escoamento alcançará 5.700 MW, ou 78% da capacidade plena das hidrelétricas do rio Madeira. Segundo o ONS, em julho está prevista a entrada em operação da linha de transmissão Araraquara 2 ¬ Taubaté, da paranaense Copel, o que levará a capacidade de escoamento para 7 mil MW. E, no fim deste ano, é esperada a energização das linhas Araraquara 2 ¬ Fernão Dias e Araraquara 2 ¬ Itatiba, viabilizando o escoamento pleno da energia das duas usinas do Madeira. O ONS acrescentou ainda que o regime de geração de energia do complexo do rio Madeira, caracterizado pelo modelo a "fio d'água", permitirá que outras usinas do sistema brasileiro armazenem um volume maior de água nos reservatórios, durante o período chuvoso. De acordo com o MME, a implantação da hidrelétrica de Santo Antônio faz parte de um "conjunto de obras planejadas para dotar o país da infraestrutura de energia elétrica necessária para permitir o seu desenvolvimento com maior segurança". Segundo o órgão, a usina tem capacidade para fornecer energia para abastecer cerca de 6 milhões de habitantes. (Valor Econômico – 05.01.2016)

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4 Rio São Francisco tem vazão reduzida para 700 m³/s

A Chesf deu início, na última terça-feira, 3 de janeiro, a redução de vazão do Rio São Francisco de 750 metros cúbicos por segundo (m³/s) para 700 m³/s, a partir da barragem de Sobradinho, na Bahia. A operação foi autorizada pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Ibama, como divulgado pela empresa desde o dia 12 de dezembro. A Chesf está monitorando a operação conforme as orientações dos órgãos competentes e informa às populações ribeirinhas que, no trecho entre Sobradinho e Itaparica, haverá uma redução em média de 5 centímetros do nível do rio e, de Xingó até a foz, ocorrerá uma diminuição em média de 10 centímetros. Em novembro, foi realizada a primeira etapa, reduzindo de 800 m³/s para 750 m³/s. A empresa informou aos usuários, governos municipais e estaduais, entidades da sociedade civil, além de manter contato com os órgãos de captação de água para consumo humano e irrigação sobre as necessidades de adequação. O mesmo procedimento está sendo executado nesta segunda etapa. (Agência CanalEnergia – 04.01.2017)

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5 Desligamento em LT interrompe 140 MW

O desligamento automático da Linha de Transmissão 88 kV Henry Borden /Pedro Taques C1 e C2, ocorrido à 3h23min da última terça-feira, 3 de janeiro, levou a interrupção de 140 MW de carga da CPFL Piratininga (SP), atingindo toda a cidade de Praia Grande e parcialmente as de Cubatão e São Vicente. A causa do desligamento está sendo investigada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico. Ainda de acordo com o operador, às 5h01 min a LT foi ligada e começou a normalização das cargas interrompidas, menos a suprida pela SE Henry Borden, que é ramal dos circuitos que desligaram. Às 05h51min foi normalizada a LT 88 kV Henry Borden/ Pedro Taques C2 e concluída a recomposição das cargas interrompida. (Agência CanalEnergia – 04.01.2017)

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6 Temporal deixa milhares de pessoas sem energia no Sul do país

Um forte temporal atingiu o estado do Rio Grande do Sul na última quarta-feira, 4 de janeiro, deixando um total de 215 mil clientes temporariamente sem energia elétrica. As chuvas também causaram alagamentos e o bloqueio da rodovia ERS-401, no trecho entre São Jerônimo e Charqueadas. A CEEE informou que o pico do blecaute ocorreu quando 130 mil clientes ficaram sem energia por cerca de meia hora. Há ainda 6 mil clientes sem luz, informou a assessoria de imprensa. A RGE Sul (antiga AES Sul) informou que 40 mil clientes foram afetados, a maior parte na área da região metropolitana de Porto Alegre; há ainda 10 mil sem luz. A assessoria de comunicação da concessionária RGE informou que em sua área de concessão 45 mil clientes tiveram o serviço de energia interrompido. Apenas na região de Gravataí foram 27 mil clientes afetados por causa de falhas em alimentadores e religadores. O serviço foi parcialmente reestabelecido, restando ainda 9 mil clientes sem energia na área de concessão da empresa. A RGE alertou a população para o ingresso de uma nova massa de ar no Rio Grande do Sul, que trará novos temporais nesta quinta-feira, 5. "A chuva de ontem não foi um terço da chuva esperada para hoje", alertou a assessoria. "Equipes de campo estão mobilizadas desde ontem, quando um forte temporal, acompanhado fortes rajadas de vento e de um número elevado de descargas atmosféricas, causou severos danos à rede de distribuição de energia elétrica. Em virtude desses danos e da necessidade da utilização de maquinário pesado para recompor os estragos, alguns clientes podem ter um prazo maior de restabelecimento do serviço. As equipes de campo ainda enfrentam problemas de acesso nos locais mais afastados dos centros urbanos devido à precariedade das estradas", explicou a RGE.. (Agência CanalEnergia – 05.01.2017)

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Energias Renováveis

1 Vulkan: cancelamento do leilão de energia de reserva significou o pior que poderia acontecer para a cadeia de fornecimento da indústria eólica

O cancelamento do leilão de energia de reserva, em dezembro, significou o pior que poderia acontecer para a cadeia de fornecimento da indústria eólica. Na avaliação de Klaus Hepp, CEO da Vulkan no Brasil, esse movimento que classificou como de stop and go só traz incertezas para toda a cadeia de fornecimento, sendo que a situação é mais crítica para aquelas empresas que são totalmente dedicadas ao segmento de geração, o que não é o caso da empresa que comanda no Brasil. “Essas empresas dependem da demanda dos fabricantes de aerogeradores e por isso não está nada fácil. Esse stop and go não deixa que as empresas aguentem esse ritmo por muito tempo”, destacou o executivo em entrevista à Agência CanalEnergia. “Para a Vulkan essa é apenas uma parte de nossos negócios, o que nos deixa protegidos dessa variação. A diversidade de atuação atribui competitividade, pois não estamos parados por conta da falta de pedidos”, comentou ele. De acordo com Hepp, a expectativa do setor no ano passado, pouco antes do anúncio do cancelamento do certame era de que houvesse uma demanda de 1 GW para eólica e outro volume de contratação igual para o segmento solar fotovoltaico. E no primeiro caso esse montante já não era algo significativo, uma vez que os seis fabricantes instalados por aqui deveriam ter que disputar as vendas de cerca de 400 máquinas que essa contratação geraria e isso, pensando apenas em projetos novos entrando no leilão no ano passado. De acordo com o executivo alemão, a estimativa de capacidade anual que o Brasil tem em número de máquinas chega próxima a mil unidades ao ano. Com o aumento da capacidade de geração de cada aerogerador, hoje na casa entre 2 MW e 2,5 MW, é real a necessidade de que a demanda que num passado recente estava em 2 GW ao ano passe a ficar mais próxima de 3 GW anuais. “Para manter o ritmo de crescimento dos últimos anos 3 GW não seria um exagero, mas sim o lógico por conta do aumento da capacidade das máquinas, e outra para se ter uma ideia, 1 GW é 10% do que temos atualmente no Brasil, o que em termos de crescimento não representa um grande indicador”, avaliou o executivo. (Agência CanalEnergia – 04.01.2017)

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2 Vulkan: negócio energia que normalmente fica entre 20% a 25% da receita, ficou em 15% sem leilão

Para a Vulkan, segundo destaca Klaus Hepp, CEO da empresa no Brasil, o negócio energia que normalmente fica entre 20% a 25% da receita, que no ano de 2016 está estimada em R$ 80 milhões, poderá recuar a 15% do total em 2017 se não houvesse o leilão, como realmente ocorreu. Isso porque a empresa atualmente apenas fornece equipamentos novos para o segmento de eólica, principalmente para GE (equipamentos que eram feitos pela Alstom) e Gamesa. A empresa vinha ao final do ano passado, conversando com a Weg para fazer parte do quadro de fornecedores da empresa brasileira. A companhia, disse ele, complementa a participação do segmento de energia ao fornecer serviços e manutenção para térmicas e usinas hidrelétricas. As vendas para o segmento eólico estão em cerca de 10% do faturamento, ou seja, R$ 8 milhões. Atualmente, contou, a carteira de pedidos por freios da Vulkan para o segmento eólico é de dois anos, mas depende da confirmação dos pedidos das fabricantes de aerogeradores. Apesar do recuo a empresa possui um plano de expansão internacional que visa compensar esse recuo interno. Há dois anos a companhia vem desenvolvendo um plano para ampliar sua presença em outros países da América Latina. O principal foco é o de atender a demanda industrial, um setor da economia no qual se especializou devido ao grande crescimento industrial brasileiro que rendeu o estabelecimento de um centro de pesquisa e desenvolvimento para esse segmento no país, divisão da Vulkan que atende justamente o setor de energia. Os planos para 2017, contou Hepp, envolvem uma relativa estabilidade de faturamento ante 2016 justamente por esse avanço nas vendas ao exterior e redução da participação dos negócios no país por conta da dificuldade de recuperação econômica. Um cenário que pode mudar em 2018, quando se espera a retomada da economia nacional. (Agência CanalEnergia – 04.01.2017)

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Gás e Termelétricas

1 Nucleares batem recorde de produção em 2016

As usinas nucleares de Angra dos Reis fecharam 2016 com geração de 15,9 milhões de MWh, marca considerada recorde pela Eletronuclear, operadora das usinas, num ano de parada para reabastecimento de combustível. Segundo a estatal, Angra 1 e 2 também bateram seus recordes individuais de produção, com troca de combustível, ao registrarem, respectivamente, 5,1 milhões de MWh e 10,8 milhões de MWh. A produção das duas usinas no ano passado é equivalente à demanda de 7 milhões de habitantes durante um ano ou o suficiente para atender no período o estado de Goiás ou o de Santa Catarina. (Brasil Energia – 04.01.2017)

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Economia Brasileira

1 Produção industrial brasileira avança 0,2% em novembro

A produção industrial brasileira avançou 0,2% em novembro frente ao mês anterior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE. Em outubro, a taxa havia caído 1,2% na comparação com setembro. Em relação a igual mês do ano passado, a queda foi de 1,1%. A queda registrada na comparação com novembro do ano anterior é a 33º taxa negativa consecutiva nessa comparação, mas a menos intensa desde março de 2014, quando a produção industrial recuou 0,4%. No resultado acumulado nos onze primeiros meses do ano há, no entanto, uma perda de 7,1%. Nos doze meses encerrados em novembro, a queda chega a 7,5%. A retração no acumulado nos últimos 12 meses reduziu o ritmo de queda em relação ao registrado na mesma comparação em junho, julho, agosto, setembro e outubro. - Embora o resultado do mês na margem seja positivo, ele não elimina a perda de 1,2% registrada em outubro e nem reverte a tendência de resultados negativos do setor, influenciada pela maior desocupação e menor demanda interna. O que tem de diferente em novembro é que há um espalhamento de resultados positivos entre os ramos e grandes atividades pesquisadas. Já o resultado negativo na comparação com novembro do ano passado, ainda assim é o menos intenso desde março de 2014 - explica André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE. A variação positiva de 0,2% foi influenciada principalmente por uma alta pontual no segmento veículos, em razão da normalização da produção de uma montadora. A indústria ainda opera no mesmo patamar de dezembro de 2008 e 21,4% abaixo do pico da série histórica, registrado em junho de 2013. (O Globo – 05.01.2017)

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2 De olho nos restos a pagar, União eleva investimentos

Levantamento da ONG Contas Abertas indica que, em dezembro do ano passado, o governo federal acelerou os investimentos ao maior nível mensal desde 2008, e reduziu os estoques de restos a pagar para 2017. Somente em dezembro de 2016, foram desembolsados R$ 11,4 bilhões na rubrica investimentos, de acordo com análise dos dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi). Questionado pelo Contas Abertas, o Ministério da Fazenda afirmou que os investimentos ajudaram a reduzir o estoque de restos a pagar de investimentos, que passou de R$ 79,5 bilhões em 2016 para R$ 62,5 bilhões em 2017, segundo dados ainda preliminares. De acordo com o relatório, a Fazenda detalhou que a ampliação dos pagamentos foi feita para atender aos pleitos dos órgãos setoriais. No caso do PAC, informa a Fazenda, os pleitos se referiam a projetos já realizados nos meses anteriores. "Caso não fossem pagos, essas demandas ficariam acumuladas em restos a pagar para o próximo exercício." O montante de dezembro é tão significativo que, de acordo com o Contas Abertas, representa 25% do total investido pelo governo federal em 2016 ¬R$ 46,2 bilhões, em valores constantes e corrigidos pelo IPCA. Em 2015, o volume de investimentos foi de R$ 42,2 bilhões. Nos últimos sete anos, o maior volume de investimento foi observado em 2014, de R$ 67,7 bilhões. O relatório do Contas Abertas destaca que dezembro é um mês tradicional em aumento de desembolsos federais, mas pondera que, pelo menos desde 2008, não houve investimento tão expressivo em valores constantes. Dezembro de 2010 e 2011 foram os que chegaram mais próximos ao nível de aportes do mês passado, com aplicações de R$ 10,4 bilhões e R$ 10,8 bilhões, respectivamente. (Valor Econômico – 05.01.2017)

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3 BNDES cria departamento de avaliação e estipula metas para projetos

O BNDES criou um departamento de monitoramento e avaliação, com metas a serem cumpridas por empreendimentos financiados pelo banco. A medida faz parte das novas políticas operacionais da instituição, divulgadas nesta quinta¬feira. O banco também pretende utilizar serviços externos para avaliação de projetos de infraestrutura com financiamento superior a R$ 1 bilhão. Para projetos de outros setores, a avaliação será feita a partir de empreendimentos com financiamento superior a R$ 500 milhões. O nível de participação em Taxa de Juro de Longo Prazo (TJLP) no investimento total do projeto será atrelado à prioridade do projeto. Os financiamentos atrelados à TJLP serão condicionados à geração de benefícios econômicos, sociais, ambientais e regionais. O banco informou ainda esperar ampliar a transparência nos critérios de financiamentos e obter mais agilidade nos processos de concessão de crédito. De acordo com o BNDES, os projetos de maior impacto para a sociedade terão melhores condições de financiamento. As prioridades são saúde, educação, meio ambiente, além de micro e pequenas empresas (MPEs), exportação, infraestrutura e inovação. A instituição de fomento confirmou a linha de capital de giro, com orçamento de R$ 5 bilhões, com vigência até o fim de 2017, conforme informou o Valor. O financiamento para bens de capital, ônibus e caminhões com combustíveis limpos terão financiamento de até 80% em TJLP. A linha Finame também teve o prazo de financiamento ampliado, de cinco para dez anos. (Valor Econômico – 05.01.2017)

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4 Preços de commodities caíram 5,31% em 2016, informa Banco Central

Os preços das commodities, produtos primários com cotação internacional, subiram em dezembro. O Índice de Commodities Brasil (IC-Br), calculado mensalmente pelo Banco Central (BC), apresentou alta de 0,44%, em dezembro comparado a novembro de 2016. No ano, entretanto, houve queda de 5,31%, puxada pelas commodities agropecuárias (-11,64%). No mês passado, o segmento agropecuário (carne de boi, algodão, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café, arroz e carne de porco) registrou queda de 1,24%. O segmento de energia (petróleo, gás natural e carvão) subiu 9,95%, no mês e 6,48%, no ano. Os metais (alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel) tiveram alta de 2,24%, em dezembro e de 19,52%, em 2016. O IC-Br é calculado com base na variação em reais dos preços de produtos primários (commodities) brasileiros negociados no exterior. O BC observa os produtos que são relevantes para a dinâmica dos preços ao consumidor no Brasil. O índice internacional de preços de commodities CRB, calculado pelo Commodity Research Bureau, registrou alta de 3,35% em dezembro e queda de 3,05%, no ano. (Agência Brasil – 04.01.2016)

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5 Fluxo cambial termina 2016 negativo em US$ 4,252 bi

O mercado brasileiro terminou 2016 com um fluxo cambial negativo de US$ 4,252 bilhões. Isso significa que mais dólares saíram do que entraram no país no ano passado. Segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira, somente em dezembro, saída de moeda americana superou a entrada em US$ 1,087 bilhão. O resultado de 2016 é bem pior que o observado no mesmo período em 2015. Naquele ano, o fluxo ficou positivo em US$ 9,414 bilhões. De acordo com o BC, a saída de dólares ocorreu por meio da conta financeira, onde está registrada a movimentação de câmbio para operações como investimentos estrangeiros diretos, aplicações financeiras e remessas de lucros e dividendos. Em 2016, entraram no país US$ 448,386 bilhões por essa conta e saíram US$ 499,948 bilhões, resultando num saldo líquido negativo de US$ 51,562 bilhões. Na conta comercial, onde ficam registradas as exportações e importações, o saldo foi positivo em US$ 47,309 bilhões no ano passado. Isso porque as exportações foram maiores e trouxeram mais dólares para o Brasil. Elas somaram US$ 173,590 bilhões. Já as importações ficaram em US$ 126,281 bilhões. (O Globo – 04.12.2017)

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6 Governo edita MP que cria Programa de Regularização Tributária

O governo publicou hoje a Medida Provisória (MP) 766, que institui o Programa de Regularização Tributária (PRT). Segundo a MP, os contribuintes poderão quitar débitos tributários ou não vencidos até o dia 30 de novembro de 2016. A medida havia sido anunciada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, no dia 15 de dezembro. A adesão ao PRT ocorrerá por meio de requerimento a ser efetuado no prazo de até 120 dias, contado a partir da regulamentação estabelecida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e pela Procuradoria¬Geral da Fazenda Nacional, e abrangerá os débitos em discussão administrativa ou judicial indicados para compor o PRT e a totalidade dos débitos exigíveis em nome do sujeito passivo, na condição de contribuinte ou responsável. A adesão implica confissão irrevogável e irretratável dos débitos e o pagamento regular das parcelas, assim veda a inclusão dos débitos que compõem o PRT em qualquer outra forma de parcelamento posterior, ressalvado cumprimento das obrigações com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Além disso, quem aderir deverá desistir de questionamentos judiciais sobre os débitos que pretende quitar no âmbito do Programa. O contribuinte poderá fazer o pagamento do débito à vista e em espécie de, no mínimo, 20% do valor da dívida consolidada e liquidação do restante com a utilização de créditos de prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), ou com outros créditos próprios relativos aos tributos administrados pela Receita. Outra opção é o pagamento de, no mínimo, 24% da dívida consolidada em vinte e quatro prestações mensais e sucessivas e liquidação do restante com a utilização de créditos de prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da CSLL ou com outros créditos junto à Receita. A terceira possibilidade é realizar o pagamento à vista de 20% do valor da dívida consolidada e o parcelamento do restante até noventa e seis parcelas mensais e sucessivas. Ou ainda pagar 24 prestações com base em percentuais mínimos. (Valor Econômico – 05.01.2017)

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7 Dólar ontem e hoje

Hoje às 10h53, o dólar comercial avançava 0,27%, a R$ 3,2278. Ontem, O dólar fechou em queda frente ao real, antes da divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), acompanhando o movimento no exterior. No mercado local, o dólar comercial caiu 1,29% fechando cotado a R$ 3,2192, menor patamar desde 9 de novembro, um dia após a eleição de Trump nos Estados Unidos, que levou a uma forte alta da moeda americana. (Valor Econômico – 04.01.2017 e 01.01.2017)


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Internacional

1 Energia solar térmica: 100% de crescimento anual na Argentina

O Programa de Energias Renováveis do INTI e da Subsecretaria de Energias Renováveis do MEM argentino publicou o relatório do primeiro levantamento nacional do setor, que revela importante desenvolvimento da energia solar. O Instituto Nacional de Tecnologia Industrial (INTI) culminou a primeira etapa do Censo Solar Térmico 2016, com a apresentação do documento que sistematiza a informação brindada pelos diversos integrantes que compõem o setor solar térmico em Argentina: fabricantes, importadores, instaladores e capacitadores. Segundo os registros do INTI, desde o ano de 2012 até 2015, a taxa de crescimento em instalações de equipamentos solares térmicos aumentou em uma ordem de 100% anual. Este desenvolvimento inicial e promissor do mercado solar térmico inaugura, ao mesmo tempo, novos desafios para o setor, cuja previsão será decisiva para sustentar sua ascensão. Para acompanhar esta dinâmica, foi identificada a necessidade de contar com o Censo 2016 Energia Solar Térmica, uma ferramenta para recolher informações fiáveis e atualizada da tecnologia e seus participantes em todo o país. Para ler o documento Censo Solar Térmico 2016 na íntegra, clique aqui. (Inversor Energético – Argentina – 04.01.2017)

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2 Peru: MEM executa mais de 98% dos recursos

O Ministério de Energia e Minas (MEM) peruano executou no ano passado mais de 98% do limite de gasto da Programação de Compromisos Anual (PCA) autorizado pelo MEF, principalmente para obras de eletrificação rural. Em cumprimento com as medidas estabelecidas pelo Ministério da Economia e Finanças (MEF) para melhorar a eficácia e eficiência do gasto público em 2016, o MEM atribuiu um limite de gastos de 167,3 mi de soles para o Plano Nacional de Eletrificação Rural. Este plano foi encaminhado para execução de obras e projetos de eletrificação, a fim de garantir o acesso universal aos serviços de eletricidade nas comunidades rurais, áreas isoladas e fronteiriças do país, que custou 164 mi de soles. O MEM disse que em 2016 concluíram 40 obras de eletrificação rural no Amazonas, Ancash, Apurimac, Arequipa, Ayacucho, Cajamarca, Cusco, Huanuco, Junín, Ica foram concluídas, e La Libertad, entre outros. (El Peruano – Peru - 04.01.2017)

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3 Cidade chinesa coloca 500 ônibus elétricos urbanos em operação

Uma frota de 500 ônibus elétricos entrou em serviço nesta quarta-feira (4) em Tianjin, uma importante cidade industrial no norte da China. Os ônibus, resultado de uma joint venture entre a Tianjin Bus Group e a montadora chinesa BYD, têm alcance de mais de 200 quilômetros por carga ao operar em sua capacidade completa, o que satisfaz a rota diária de um ônibus, segundo Wang Deqi, funcionário da companhia de transporte urbano. As informações são da Agência Xinhua. A empresa também abriu nesta quarta-feira uma estação de recarga, capaz de servir 80 ônibus ao mesmo tempo e 448 ônibus por dia. A estação pode ser a maior do tipo na região Beijing-Tianjin-Hebei. Atualmente, Tianjin conta com 3.220 ônibus de energia limpa, entre eles 1.346 elétricos. A China espera aproveitar a energia limpa para reduzir sua dependência do carvão, que está relacionado à recente poluição atmosférica no norte do país. O atual smog começou em 31 de dezembro e só se deve dispersar por volta de 6 de janeiro. Tianjin é uma das cidades mais poluídas. Desde 2010, o município construiu 201 estações e 2.769 pontos de recarga elétrica para encorajar o uso de transporte de energia limpa. (Agência Brasil – 04.01.2017)

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4 China e Estados Unidos são mercados mais atrativos para veículos elétricos, diz Accenture

Uma pesquisa realizada pela Accenture Research aponta que a China e os Estados Unidos são os países que possuem maior potencial de crescimento na comercialização de veículos elétricos. A combinação de fatores tecnológicos, econômicos e políticos – entre eles entradas mais planejadas de veículos elétricos no mercado de massa, ao longo dos próximos quatro anos – poderia trazer às montadoras oportunidades de investimento em nove mercados adicionais. Por sua vez, o Brasil está classificado como um mercado 'hesitante' ao lado de Índia e Rússia pelas pequenas dimensões de demanda e baixa taxa de crescimento. A consultoria analisou 14 mercados domésticos: Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Japão, Holanda, Noruega, Rússia, Coreia do Sul, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos.Todos foram analisados considerando fatores locais, como regulamentações governamentais e subsídios, bem como aspectos não específicos, como a variação de veículos e o tempo de carregamento. Entre todos são justamente as duas maiores economias do mundo que foram classificadas como as melhores, pois apresentam um extenso mercado e potencial para crescimento. Outros fatores dentro deste cenário são o volume futuro de compradores - que serão capazes de pagar pelos carros elétricos - e o desenvolvimento de uma infraestrutura extensa de carregamento. De acordo com Christina Raab, diretora executiva da Accenture para a prática automotiva, a política governamental pode mudar rapidamente as regras do jogo, mais do que qualquer outro fator. E citou a China como exemplo. Por lá o governo local estabeleceu metas para carros elétricos e híbridos plug-in para que eles componham até 7% do total de vendas de automóveis em 2020 e, 40%, em 2030, atingindo uma estimativa de 15,2 milhões de unidades. Canadá, França, Alemanha, Japão, Holanda, Noruega, Coreia do Sul, Suécia e Reino Unido foram classificados como países com potencial elevado por suas altas perspectivas de crescimento até 2020, mas com um mercado limitado no setor atualmente. Eles foram tipificados com base nos planos dos respectivos governos para investimentos significativos com o objetivo de tornar este tipo de veículo mais atraente. (Agência CanalEnergia – 04.01.2017)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 HOLTZ, Abel. “Energia alargando fronteiras”. Agência CanalEnergia. Rio de Janeiro, 03 de janeiro de 2017.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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2 SABRE, Martín; CORDI, Martín; BORNANCIN, Marianela. “Censo de Energía Solar Térmica 2016: Mapa del sector en Argentina”. Instituto Nacional de Tecnología Industrial - INTI. San Martín (Argentina), 2016.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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