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IFE: nº 4.237 - 04 de janeiro de 2017
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL no Energy Procedia
2 Consumidores de energia pagaram R$ 3,8 bi de ESS em 2016
3 Mercado livre de energia cresce 122% em 2016, aponta CCEE
4 Aneel confirma bandeira tarifária verde em janeiro
5 2º Congresso Internacional de Biomassa acontecerá em Curitiba

Empresas
1 Após rumor, Renova diz que ainda não há decisão sobre venda de ativos
2 Após 8 anos de construção, UHE Santo Antônio está em plena operação
3 CPFL Paulista mantém ritmo de investimentos na rede elétrica de Araraquara e São Carlos
4 Celesc interrompe parcialmente geração da PCH Pery
5 Yinsheng Li presidirá conselho de administração da Geração Paranapanema

Leilões
1 Governo de Pernambuco promove leilão de venda de energia solar no ACL

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Números dos reservatórios pelo Brasil
2 Capacidade instalada de geração de energia elétrica atinge 149.928 MW em novembro
3 ONS identifica inconsistência na elaboração do PMO

4 ONS corrige variação do aumento do consumo de energia em janeiro

Energias Renováveis
1 Estado de Santa Catarina viabiliza 3 mil MW de energia limpa

Gás e Termelétricas
1 Gasmig investirá R$ 70 milhões em 2017

Economia Brasileira
1 Previsão de nova queda do PIB este ano é 'exagero’, afirma secretário
2 Em 20 anos, tabela do IR sofre defasagem de 83,12%, diz sindicato

3 IPC-Fipe encerra 2016 com alta de 6,54%
4 Inflação abaixo da meta em meados do ano
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Paraguai: Argentina utilizou 88,6% da energia de Yacyretá
2 Portugal: tarifa social vai custar quase 74 milhões aos produtores de eletricidade
3 APR Energy e GE renovam parceria tecnológica em turbinas móveis


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL no Energy Procedia

Dois artigos de pesquisadores do GESEL apresentados em 2016 na Energy Economics Iberian Conference (EEIC) foram selecionados para versão eletrônica do Energy Procedia (volume 106), editado pela Elsevier, a maior editora científica do mundo. São eles: “Brazil and the International Electrical Integration: Background, Current Status and Perspectives” (de Nivalde de Castro, Roberto Brandão, Rubens Rosental, Paola Dorado) e “Financial Regulation of the Electricity Distributors: Necessity and Feasibility” (de Kesia Braga, Carlos Rufin, Roberto Brandão e Ernani Torres). O primeiro trata do processo de integração elétrica na América do Sul, tendo o Brasil como foco central de análise. Já o segundo, explora os fatores que poderiam contribuir para a vulnerabilidade financeira das empresas de distribuição de energia elétrica, a fim de identificar possíveis instrumentos de reconhecimento e gestão de riscos. Para ter acesso à publicação, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 04.01.2017)

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2 Consumidores de energia pagaram R$ 3,8 bi de ESS em 2016

Destinado ao pagamento da geração térmica, o Encargo de Serviço do Sistema (ESS) custou aos consumidores de energia elétrica R$ 3,8 bilhões ao longo de 2016, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) nesta terça-feira, 3 de janeiro. A Agência CanalEnergia apurou que, apesar da cifra bilionária, houve uma redução de 47,36% em comparação com o valor arrecadado em 2015, de R$ 5,6 bilhões. O valor arrecadado com o ESS é pago apenas aos geradores térmicos que atendem a solicitação de despacho do ONS para realizar geração fora da ordem de mérito de menor custo. Essa geração "excepcional" tem o objetivo de dar confiabilidade e estabilidade ao atendimento à demanda por energia elétrica do Sistema Interligado Nacional. Como em 2015 a hidrologia foi ruim, houve uma necessidade de acionar mais térmicas. Em 2016, houve uma melhora nas chuvas, embora ainda abaixo dos valores históricos. Segundo a CCEE, o fator de ajuste do Mecanismos de Realocação de Energia (MRE) médio anual deve ficar em 87,4% para 2016. Para 2017, diante de um cenário com menor crescimento no consumo de energia e com a perspectiva de afluências abaixo da média histórica, a expectativa é que o fator de ajuste do MRE médio anual deva ser ainda menor, por volta de 83%. Em 2015, esse fator ficou em 84,5%. O MRE funciona como um condomínio onde os geradores hidrelétricos compartilham os bônus e os ônus de uma hidrologia boa ou ruim. (Agência CanalEnergia – 03.01.2017)

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3 Mercado livre de energia cresce 122% em 2016, aponta CCEE

A CCEE informou que 2.303 empresas aderiram ao mercado livre de energia em 2016. O número é 25 vezes maior que o registrado em 2015, quando 93 empresas foram credenciadas pelo órgão. Segundo a CCEE, a principal motivação das empresas para aderirem ao mercado livre é a redução dos gastos com energia. Com a adesão ao mercado livre as empresas deixam de ser clientes das distribuidoras, como as residências e o comércio, e passam a comprar energia diretamente dos geradores (usinas hidrelétricas, termelétricas, etc). Muitos desses grandes consumidores optam por contratos mais longos, o que evita que eles fiquem expostos a variações no preço da energia. Atualmente, o mercado livre representa 27% de todo o consumo de energia do país. Ao todo são 4.062 agentes do mercado livre. Em 2015 eram 1.826 e, em 2014, 1.864. De acordo com a CCEE, a alta em 2016 foi impulsionada pela adesão dos chamados consumidores especiais, formados por empresas menores, com demanda por energia entre 0,5 MW e 3 MW, e que podem entrar no mercado livre de energia mas são obrigados a comprar energia de Pequenas Centrais Hidrelétricas ou de fontes especiais como eólica, biomassa ou solar. Das 2.303 empresas que entraram no mercado livre em 2016, 2.102 integram essa categoria. Para o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri, o aumento da tarifa de energia no mercado regulado (atendido pelas distribuidoras), a simplificação da medição e a melhora do nível de chuvas, que ajudou na queda do preço da energia no mercado livre, influenciaram a migração. Altieri acredita que 2017 ainda terá um grande movimento de migração, já que a CCEE ainda tem 1.121 processos de adesão abertos, 1.044 de consumidores especiais e 77 de consumidores livres. (G1 – 03.01.2017)

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4 Aneel confirma bandeira tarifária verde em janeiro

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou em despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU) a vigência da bandeira tarifária verde no mês de janeiro. Segundo a agência, a decisão foi tomada com base no relatório do Programa Mensal de Operação (PMO) do Operador Nacional do Sistema (ONS) que indica condição hidrológica favorável. As térmicas acionadas neste mês permanecerão com o custo abaixo de R$ 211,28 por megawatt-hora (R$/MWh). Até agora, o valor da térmica mais cara acionada ficou em R$ 128,65/MWh e possibilitou a manutenção da bandeira verde, sem custo para todos os consumidores de energia elétrica. Criado pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o uso consciente da energia elétrica. O funcionamento das bandeiras tarifárias é simples: as cores verde, amarela ou vermelha indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração de eletricidade. (Valor Econômico – 03.01.2017)

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5 2º Congresso Internacional de Biomassa acontecerá em Curitiba

Durante os dias 20 a 22 de junho acontecerá o 2º Congresso Internacional de Biomassa (CIBIO 2017). Com o objetivo de apresentar soluções, tecnologias e informações que impulsionem o crescimento da Biomassa na Matriz Energética Brasileira, o evento acontecerá em Curitiba. Com o objetivo de apresentar propostas de novas tecnologias e respostas para os problemas apresentados no dia a dia, o XVII ERIAC - Encontro Regional Ibero-Americano do CIGRÉ acontecerá nos dias 21 a 25 de maio. O evento acontecerá no Paraguai. (Agência CanalEnergia – 04.01.2017)

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Empresas

1 Após rumor, Renova diz que ainda não há decisão sobre venda de ativos

A Renova Energia afirmou nesta terça-feira que tem avaliado diversas opções para reduzir seu endividamento e adequar seu plano de negócios, incluindo a venda de ativos ou a entrada de novos sócios na companhia. “Entretanto, até o momento, não existe qualquer decisão formal sobre a venda de ativos ou acordo sobre os termos e condições de uma potencial alienação”, afirmou a empresa, em resposta a pedido de esclarecimentos feitos pela CVM e pela BM&FBovespa. A agência “Reuters” informou ontem que a Renova estaria negociando seu parque eólico Alto Sertão II à unidade brasileira da AES por um valor entre R$ 600 mi e R$ 700 mi, levando as units da companhia a dispararem, em alta de mais de 20%. A administração da AES Tietê, braço de geração da AES Brasil, está olhando com interesse para os ativos da Renova, mas que a operação ainda não está em estágio avançado. (Valor Econômico – 03.01.2017)

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2 Após 8 anos de construção, UHE Santo Antônio está em plena operação

Oito anos após o início da construção de uma das maiores usinas no país, a hidrelétrica de Santo Antônio entrou em plena operação comercial com a liberação das últimas seis máquinas nesta terça-feira, 3 de janeiro, segundo despacho publicado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no Diário Oficial da União. O empreendimento possui 50 turbinas do tipo bulbo e vai adicionar 3.568 MW de capacidade instalada ao Sistema Interligado Nacional. Santo Antônio faz parte do complexo hidrelétrico do rio Madeira, em Porto Velho, no Estado de Rondônia, junto com a usina de Jirau (3.750 MW). Santo Antônio foi licitada no leilão A-5 de 2007, tendo o consórcio Santo Antônio Energia S.A (SAESA) sagrado vencedor. A empresa é formada pelos sócios Furnas (39%), FIP Amazônia Energia (20%), Odebrecht Energia (18,6%) SAAG Investimentos (12,4%) e Cemig GT (10%). Considerada a quarta maior hidrelétrica do Brasil, a implantação do empreendimento faz parte de um conjunto de obras planejadas para dotar o país da infraestrutura de energia elétrica necessária para permitir o seu desenvolvimento com maior segurança. Segundo o ministério de Minas e Energia, a UHE Santo Antônio tem capacidade para fornecer energia elétrica suficiente para abastecer cerca de 6 milhões de habitantes. (Agência CanalEnergia – 03.01.2017)

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3 CPFL Paulista mantém ritmo de investimentos na rede elétrica de Araraquara e São Carlos

De janeiro a setembro de 2016, a CPFL Paulista aplicou R$ 5,2 milhões em investimentos para ampliação, manutenção e modernização do sistema elétrico em Araraquara e R$ 4 milhões em São Carlos, proporcionando mais conforto e bem-estar aos seus clientes nas cidades. Neste período, a CPFL Paulista investiu R$ 2,9 milhões em projetos voltados ao atendimento dos consumidores, por meio da ampliação das redes de distribuição e da instalação de medidores para a conexão de novos consumidores em Araraquara, onde a concessionária atendia 108.170 consumidores ao final de setembro, ante 105.976 em dezembro de 2015, e R$ 2,1 milhões em São Carlos, onde o número de clientes ao final de setembro chegou a 120.343, ante 117.878 em dezembro de 2015. O presidente da CPFL Paulista, Carlos Zamboni Neto, afirma que a realização dos investimentos em Araraquara e São Carlos mostra o compromisso da distribuidora com os seus municípios atendidos. “As obras realizadas trarão mais qualidade e continuidade no fornecimento de energia para todos os clientes. Além disso, o papel da CPFL é manter uma infraestrutura preparada para responder à necessidade de crescimento e o desenvolvimento das cidades onde atua”, esclarece. A CPFL Paulista tem o segundo menor índice de interrupção no fornecimento de energia do País, com 7,74 horas na média do ano, segundo a Aneel. Nas 234 cidades de sua área de concessão, a CPFL Paulista investiu R$ 348 milhões no acumulado de janeiro a setembro de 2016. O valor representa um aumento de 20% em relação ao montante aplicado no mesmo período do ano anterior (R$ 279 milhões). (Agência CanalEnergia – 04.01.2017)

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4 Celesc interrompe parcialmente geração da PCH Pery

A Celesc informou à Aneel que está realizando a parada de duas unidades geradoras, de 12,8 MW cada, da PCH Pery, a partir desta terça-feira (03/01). A usina, localizada no município de Curitibanos (SC), tem capacidade total de 30 MW. As turbinas paradas, que fazem parte do projeto de ampliação da usina, “não atingiram as características técnicas exigidas em contrato”, segundo informou a companhia. Com isto, a geração da PCH ficará parcialmente parada, exceto pelas unidades antigas, que somam 4,4 MW, até o próximo dia 30 de abril. Segundo a Celesc, em documento enviado à agência reguladora, as unidades com problemas voltarão para fábrica, onde terão as pás dos rotores tipo Kaplan substituídas. (Brasil Energia – 03.01.2017)

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5 Yinsheng Li presidirá conselho de administração da Geração Paranapanema

O Conselho de Administração da Duke Energy Geração Paranapanema designou em reunião realizada no último dia 29 de dezembro, Yinsheng Li para ocupar a presidência do Conselho de Administração da empresa. O conselho passa a ser formado por Yinsheng Li, como presidente; Yujun Liu, Carlos Alberto Rodrigues de Carvalho, Evandro Leite Vasconcelos e Eliseu Nogueira de Andrade e pelos suplentes João Antonio Pinheiro Sampaio Meirelles e Narciso Meschiatti Filho, todos com prazo de mandato até 27 de abril de 2018. A Duke Energy teve a sua venda para a China Three Gorges concluída no fim do ano passado e logo em seguida, um terço das suas ações foi vendida para o fundo de investimentos chinês Clai Fund. Para ter maior sinergia, minimizar gastos administrativos na área de relações institucionais, comunicação visual e marca, fortalecendo a marca da CTG no Brasil, foi proposta por unanimidade a convocação de Assembleia Geral Extraordinária para deliberar sobre a mudança do nome da empresa para Rio Paranapanema Energia. Yinsheng Li também vai ser o Diretor Presidente da Companhia, devido ao pedido de renúncia de Armando de Azevedo Henrique, que ocupava o cargo. Com isso, a diretoria executiva da Duke Energy passa a ser formada por Yinsheng Li, como diretor executivo presidente; Jairo de Campos, como diretor executivo de Recursos Humanos, Administração e Saúde e Segurança; por Angela Aparecida Seixas, diretora executiva Financeira, de Controles Internos e Informática e Diretora de Relações com Investidores; João Luis Campos da Rocha Calisto, diretor executivo de Assuntos Regulatórios e Planejamento Energético; Plautius Soares André Filho, diretor executivo Comercial e Carlos Alberto Dias Costa, Diretor Executivo de Operações e Meio Ambiente, todos com prazo de mandato até 24 de novembro de 2017. (Agência CanalEnergia – 03.01.2017)

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Leilões

1 Governo de Pernambuco promove leilão de venda de energia solar no ACL

A Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco divulgou edital nesta terça-feira, 3 de janeiro para a realização de leilão de venda de energia solar no ambiente de contratação livre. O período de suprimento vai de 1º de janeiro de 2017 até 31 de maio de 2017 e o ponto de entrega é o submercado Nordeste. A modulação é do tipo flat. Os interessados terão até às 18 horas do próximo dia 13 de janeiro de 2017 para enviar os documentos necessários para a AD Diper e das 10 às 18 horas de 19 de janeiro de 2017 para enviar a proposta de compra. O resultado será divulgado no dia 20 de janeiro. Mais informações pelo e- mail energia@addiper.pe.gov.br ou pelo telefone (81) 3181-7354. (Agência CanalEnergia – 03.01.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Números dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Nordeste estão operando com volume de 16,9%, 0,2% a mais em comparação com o dia anterior. Os dados são do Operador Nacional do Sistema Elétrico, referentes ao último dia 2 de janeiro. A energia armazenada é 8.774 MW mês e a energia natural afluente é 8.635 MW med, que é o mesmo que 62% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Sobradinho está operando com volume de 13,35%. Na região Norte, os reservatórios estão operando com 19,2% da capacidade, aumentando 0,2% em relação ao dia anterior. A energia armazenada na região é 2.893 MW mês e a ENA é 3.070 MW med, que é equivalente a 30% da MLT. A usina de Tucuruí está operando com volume de 27,79%. No submercado Sudeste/Centro-Oeste, houve queda de 0,2% em comparação com o dia anterior, o que deixou os reservatórios com volume de 33,5%. A energia armazenada é 68.073 MW mês e a ENA é 31.285 MW med, que é o mesmo que 47% da MLT. A usina de Furnas está operando com volume de 46,49% e a de Nova Ponte com 25,64%. No Sul, os reservatórios estão operando com 62,2%, 0,4% a mais em comparação com o dia anterior. A energia armazenada é 12.415 MW mês e a ENA é 13.968 MW med, que é o mesmo que 183% da MLT. A usina de Barra Grande está operando com volume de 62,62%. (Agência CanalEnergia – 03.01.2017)

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2 Capacidade instalada de geração de energia elétrica atinge 149.928 MW em novembro

A capacidade instalada total de geração de energia elétrica do Brasil atingiu 149.928 MW em novembro de 2016, um acréscimo de 10.430 MW na comparação com o mesmo período do ano anterior, sendo 5.791 MW de geração de fonte hidráulica, 1.681 MW de fontes térmicas, 2.956 MW de fontes eólicas e 2 MW de fonte solar. Os dados constam na última edição do Boletim Mensal de Monitoramento do Sistema Elétrico Brasileiro. Na comparação da evolução da capacidade instalada por tipo de fonte, a geração eólica foi a que apresentou a expansão mais expressiva com crescimento de 43,2% entre novembro de 2015 e igual mês em 2016. No período também houve expansão das fontes solar (8,4%), hidráulica (6,4%) e térmica (4,0%). O avanço das fontes renováveis vai na mesma direção do compromisso assumido pelo Brasil durante a COP 21, de elevar para ao menos 23% a fatia de energias renováveis (além da hídrica) na matriz elétrica até 2030. Em novembro, entraram em operação comercial 1.385,10 MW de capacidade instalada de geração, além de 196 KM de linhas de transmissão e 300 MVA de transformação na Rede Básica. De janeiro a novembro do ano passado, a expansão do sistema totalizou 9.130,257 MW de capacidade instalada de geração, 4.333,4 km de linhas de transmissão de Rede Básica e conexões de usinas e 9.547 MVA de transformação na Rede Básica. (Agência CanalEnergia – 03.01.2017)

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3 ONS identifica inconsistência na elaboração do PMO

O ONS identificou uma inconsistência na elaboração do Programa Mensal da Operação (PMO) de janeiro. O erro estaria na reprodução da energia armazenada do subsistema Sudeste/Centro-Oeste no modelo Decomp. A falha, porém, não deve trazer modificações relevantes no Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) da primeira semana de janeiro, uma vez que os reservatórios não estão sendo operados em sua capacidade máxima por conta da hidrologia desfavorável que atinge o país há alguns anos, explicou a especialista Leontina Pinto, diretora da Engenho Consultoria. "Foi identificada, ainda em primeira análise, que a diferença estava nos resultados dos Reservatórios de Energia Equivalente (REE) do Sudeste e do Paraná, mais especificamente das usinas das bacias dos rios Paraíba do Sul e do Alto Tietê, onde são observadas operações de transposição de vazões", publicou ONS em sua página na internet. Os modelos Decomp e Newave acabaram de passar por uma atualização. Na reunião do InfoPLD realizada na última segunda-feira, 2 de janeiro, os técnicos da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) já haviam alertado para o problema. "Durante o processo do PMO e cálculo do PLD da 1ª semana operativa de janeiro de 2017 foi identificada uma inconsistência no cálculo da energia armazenada entre os modelos Newave e Decomp", disse em nota de rodapé, sem mais detalhes sobre o ocorrido. O ONS informou que o problema está sendo objeto de análise pelo Cepel, CEEE e o próprio ONS. "O ONS, Cepel e a CCEE iniciaram nesta segunda-feira, 2/01, uma análise detalhada sobre a redução no valor da Energia Armazenada Máxima - EArmMáx para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste publicado pelo modelo DECOMP, identificada durante o processo de elaboração do PMO para estabelecimento da estratégia operativa para o mês de janeiro de 2017 e cálculo do PLD para a 1ª semana operativa de janeiro de 2017, em relação ao calculado na última revisão do PMO de dezembro/2016." (Agência CanalEnergia – 03.01.2017)

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4 ONS corrige variação do aumento do consumo de energia em janeiro

O ONS corrigiu a previsão de variação do consumo de energia em janeiro de 2017, em relação a igual período do ano passado, de um aumento de 3,7% para 5,7%. A correção foi divulgada na noite de ontem, terça-feira (3). De acordo com o operador, a previsão da carga estava correta, um consumo de 67.845 MWm no país em janeiro, apenas a variação que foi alterada. Na prática, a variação de 5,7% já constava no sumário executivo elaborado pelo órgão. No Informativo do PMO, documento que resume o sumário, é que constava a variação de 3,7%. O ONS também corrigiu as variações de consumo nos subsistemas. Da mesma forma, as previsões de carga de cada um deles estavam corretas, apenas as taxas de variação foram alteradas. Com isso, a expectativa é de um crescimento de consumo de 9,8% no Nordeste, em janeiro, ante igual período anterior. Na mesma comparação, está previsto um crescimento de 5,5% no SE/CO, principal subsistema do país, de 3,3% no Sul e de 4,4% no Norte. No documento divulgado ontem, o operador não explicou as razões para o aumento previsto da carga em janeiro. Em matéria publicada ontem pelo Valor, porém, especialistas e meteorologistas explicaram que o crescimento esperado deve-se à elevação da temperatura neste mês, ante janeiro de 2016. (Valor Econômico – 04.01.2017)

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Energias Renováveis

1 Estado de Santa Catarina viabiliza 3 mil MW de energia limpa

Para incentivar a produção de energia limpa e sustentável, o Governo do Estado de Santa Catarina lançou, em 2015, o SC+Energia. Coordenado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), o programa encerra 2016 com 78 empreendimentos cadastrados que, juntos, vão produzir mais de três mil MW. "Este número é três vezes maior ao que havíamos traçado inicialmente. Com o SC+Energia, estamos criando mais empregos e ampliando nossas reservas energéticas com menor impacto ambiental", declara o secretário da SDS, Carlos Chiodini. Quando o programa foi lançado, o volume gerado a partir de energias limpas no Estado era de 880 MW, o que corresponde a 19,5% do total de energia produzida. Um ano e meio depois, quatro usinas iniciaram suas operações, gerando mais 70 MW, e outras 18 estão em construção. "Além disso, oito usinas cadastradas no SC+Energia foram selecionadas no leilão de energia de reserva da Agência Nacional de Energia Elétrica, um número recorde", conta o presidente da Associação dos Produtores de Energia de Santa Catarina (Apesc), Gerson Berti, ressaltando que há dois anos, Santa Catarina praticamente não tinha projetos nos leilões do Governo Federal. Em 2016, a diretoria de Recursos Hídricos da SDS expediu 47 outorgas de uso de recursos hídricos para Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e 27 Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs). Já a Fundação do Meio Ambiente (Fatma), emitiu 144 licenças, sendo 68 Licenças Ambientais de Operação (LAOs), 42 Licenças Ambientais Prévias (LAPs) e 35 Licenças Ambientais de Instalação (LAIs). (Agência CanalEnergia – 03.01.2017)

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Gás e Termelétricas

1 Gasmig investirá R$ 70 milhões em 2017

A Gasmig planeja investir R$ 70 milhões em 2017. Os projetos escolhidos pela distribuidora de gás natural mineira para o próximo ano focam na ampliação da malha de gasodutos, na captação de novos clientes e nas atividades de operação e manutenção. Como a expectativa da Gasmig é que os segmentos residencial e comercial cresçam mais que a indústria, a maior parte dos recursos será destinada a esse mercado. A concessionária vai investir R$ 48 milhões no mercado urbano da região metropolitana de Belo Horizonte, Juiz de Fora e Poços de Caldas para conectar algo em torno de 14.000 novos clientes. Outros R$ 15 milhões serão utilizados na ampliação da rede que atende o mercado industrial e de GNV do estado, principalmente nas regiões do Vale do Aço, Mantiqueira e Sul de Minas, além das cidades próximas à capital. Há ainda uma parcela da ordem de R$ 8 milhões que será destinada a atividades de suporte, incluindo TI, operação e manutenção de gasodutos. A meta da Gasmig para o próximo ano é instalar 50 km de gasodutos no estado para conectar novas unidades consumidoras à rede de distribuição de gás natural. A maior parte dos novos gasodutos será de tubos de PEAD (polietileno de alta densidade), de acordo com a empresa. (Brasil Energia – 03.01.217)

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Economia Brasileira

1 Previsão de nova queda do PIB este ano é 'exagero’, afirma secretário

Há exagero em análises que apontam risco de um terceiro ano de queda no PIB brasileiro. A opinião é do secretário de Planejamento e Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento, Marcos Ferrari. Em entrevista ao Valor, ele avalia que depois dos anúncios de medidas econômicas pelo governo, em dezembro, o processo de piora nas expectativas de mercado se atenuou e está se estabilizando. De acordo com a pesquisa Focus, do Banco Central, o mercado prevê crescimento de 0,5% para o PIB de 2017. Há pouco mais de um mês, o mercado esperava expansão de 1% para o PIB. "O anúncio de medidas faz com que a gente passe a ter um PIB melhor para 2017. Já teve impacto positivo e à medida que elas forem sendo concretizadas os efeitos serão ainda mais positivos", diz. "Cabe destacar que as medidas não consomem um centavo sequer de espaço fiscal para este ano, o que diferencia este pacote de medidas do que vinha sendo feito anteriormente. Os anúncios feitos têm um outro impacto positivo que é a mensagem de que não haverá consumo de espaço fiscal", completa. Ferrari avalia que o cenário de crescimento de 1% para o PIB neste ano é factível e que ainda considera possível que tenha ocorrido um número ligeiramente positivo no PIB do último trimestre de 2016. O secretário reforça o discurso de que a atual crise econômica tem como origem os problemas fiscais do país, o que elevou os custos de financiamento em uma economia que já operava com elevado nível de endividamento. "É verdade que há um problema de endividamento do setor privado, empresas e famílias. Mas a causa da crise é fiscal", diz. Nesse sentido, ele destaca a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto de gastos, reforçada pelo envio da reforma da Previdência, como elementos fundamentais na retomada do crescimento econômico. Ao ser questionado sobre a piora nas expectativas de crescimento mesmo após a aprovação da PEC do gasto, Ferrari explica que a medida é estrutural e que o curto prazo é afetado por uma série de outros fatores. (Valor Econômico – 04.01.2017)

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2 Em 20 anos, tabela do IR sofre defasagem de 83,12%, diz sindicato

A tabela do Imposto de Renda acumula defasagem de 83,12% desde 1996, segundo análise do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco). De acordo com o levantamento, se a tabela fosse corrigida pelos índices de inflação acumulados no período, a faixa de isenção para o Imposto de Renda seria de até R$ 3.460,50. Atualmente, os isentos são todos aqueles que possuem renda tributável mensal inferior a R$ 1.903,98. Em nota divulgada à imprensa, o sindicato diz que a diferença de R$ 1.556,52 penaliza as camadas de mais baixa renda que estariam na faixa de isenção. A defasagem repercute também sobre as demais faixas de contribuintes. Entre 1996 e 2016, a inflação registrada (283,87%) foi mais que o dobro da correção realizada pelo governo na Tabela do IR (109,63%). Nesse período, apenas cinco reajustes da tabela superaram a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). (Valor Econômico – 03.01.2017)

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3 IPC-Fipe encerra 2016 com alta de 6,54%

O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) encerrou dezembro com avanço de 0,72% e, com isso, fechou 2016 com alta de 6,54%. Em 2015, o indicador tinha subido 11,07%. De 2015 para 2016, os três maiores gastos das famílias subiram menos. Habitação, por exemplo, saiu de um aumento de 13,38%, provocado especialmente pelo alta da conta de luz, para 4,73%. As despesas com alimentação, elevadas pela quebra da safra, tiveram incremento de 11,43% em 2015 e de 7,54% em 2016. Transporte saiu de alta de 11,14% para 5,04%. As despesas pessoais também tiveram avanço menor, indo de 8,99% para 7,30%. Em contrapartida, registraram aceleração no ritmo de alta saúde (de 9,97% para 11,66%), vestuário (de 3,34% para 7,02%) e educação (de 8,65% para 9,83%). Apenas em dezembro de 2016, da terceira para a leitura final do período, o IPC-Fipe acelerou de 0,46% para 0,72%, com o grupo alimentos revertendo a queda de 0,31% para elevação de 0,27%. Variações mais altas também foram registradas nos gastos com habitação (de 0,67% para 0,86%), transporte (de 0,43% para 0,53%), despesas pessoais (de 1,02% para 1,18%), saúde (de 0,32% para 0,36%) e vestuário (de 1,58% para 1,83%). O grupo educação repetiu a taxa positiva de 0,03%. O IPC-Fipe mede a inflação para famílias com renda de até dez salários mínimos, que vivem na cidade de São Paulo. (Valor Econômico – 04.01.2017)

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4 Inflação abaixo da meta em meados do ano

Se as projeções do Banco Central estiverem corretas, a inflação vai cair abaixo da meta, de 4,5%, em meados deste ano, algo que não ocorre desde 2009. Será uma oscilação temporária do índice de preços e absolutamente normal nos regimes de metas de inflação, mas suficiente para alimentar acusações de exageros na condução da política monetária. Segundo o Banco Central, em seu Relatório de Inflação de dezembro, o IPCA deverá chegar a 4,1% no período de 12 meses até setembro. Até o fim do ano, a inflação subirá para 4,7%. Se o BC refizesse hoje as suas contas, provavelmente encontraria um percentual ainda menor. Isso porque o Relatório de Inflação foi feito antes de o BC ter em mãos dados sobre a inflação de dezembro, que tende a ser menor do que a esperada. (Valor Econômico – 04.01.2017)

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5 Dólar ontem e hoje

Hoje às 9h25, o dólar comercial estava a R$ 3,2319, recuo de 0,90%. Ontem o dólar comercial fechou em queda de 0,61% cotado a R$ 3,2614. (Valor Econômico – 03.01.2017 e 04.01.2017)

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Internacional

1 Paraguai: Argentina utilizou 88,6% da energia de Yacyretá

As condições favoráveis do rio Paraná durante todo 2016 permitiu à central hidrelétrica Yacyretá atingir um recorde na geração anual de energia, para o benefício principalmente do Sistema Argentino de Interconexão SADI, que retirou um total de 19,168,572.5 MWh de energia, equivalente a 88,6% do total. Enquanto isso, a oferta ao Sistema Interligado Nacional, administrado pela ANDE, foi 2,458,888.6 MWh, o que representa 11,4%. De acordo com o relatório do Departamento Técnico da entidade binacional, em dezembro passado, a produção total da planta foi 1.891.845 MWh, superando a marca atual que foi registrada em janeiro de 2015 com 1.875.262 MWh. Quanto aos suprimentos mensais para SADI, o recorde foi atingido em julho de 2016 com 1.707.904 MWh; enquanto anterior foi de 1.657.496 MWh em abril de 2011. O recorde de energia de Yacyretá para o SIN da ANDE foi de 304.942 MWh, alcançado em fevereiro do ano passado; superando a marca anterior de 286.954 MWh de outubro de 2015. (ABC Color – Paraguai – 03.01.2017)

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2 Portugal: tarifa social vai custar quase 74 milhões aos produtores de eletricidade

A tarifa social da luz vai custar este ano cerca de 74 mi de euros aos produtores de eletricidade. De acordo com as contas apresentadas pela ERSE no documento sobre tarifas e preços da energia elétrica para 2017, o desconto nas faturas a milhares de famílias custará quase 56 mi de euros à EDP Produção, a maior financiadora da medida, porque é também a empresa com mais capacidade de produção instalada. Segundo anunciou em Dezembro a secretaria de Estado da Energia, neste começo de ano há pelo menos 815 mil famílias que vão beneficiar de um desconto de 33,8% na fatura da luz. Pelos cálculos do regulador (com base na atualização dos preços da eletricidade em 2017, de 1,2%), “os consumidores abrangidos pelas tarifas sociais de venda a clientes finais terão um acréscimo na fatura mensal de eletricidade no valor de 25 cêntimos, para uma fatura média mensal de 20,4 euros”. A investigação culminou com a condenação da empresa ao pagamento de 7,5 mi de euros por não atribuir os descontos devidos, que veio entretanto a ser contestada em tribunal. O presidente do grupo EDP, António Mexia, tem criticado algumas vezes a imputação deste encargo aos produtores de eletricidade, afirmando que deveria caber aos demais consumidores de eletricidade (como acontece no gás natural) ou ser suportado através do Orçamento do Estado (OE). (Publico – Portugal – 03.01.2017)

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3 APR Energy e GE renovam parceria tecnológica em turbinas móveis

A APR Energy e a GE anunciaram nesta terça-feira, 3 de janeiro, que renovaram a aliança estratégica para fornecer tecnologia de turbina móvel ao mercado de aluguel de energia fast-track. A parceria garante exclusividade para a APR Energy em todo o mundo como fornecedora das turbinas de gás móveis GE abaixo de 50 MW. Como parte do acordo, a APR vai adquirir novas turbinas móveis GE TM2500+ de Geração 8 em conexão com sua iniciativa de atualizar e padronizar sua frota. A aliança também envolve a colaboração das empresas para ajudar clientes que procuram soluções de energia provisórias ou de aluguel como uma ponte para soluções mais permanentes. A aquisição das novas turbinas móveis fortalece ainda mais a posição da APR Energy como a principal fornecedora do mundo de turbinas de gás móveis, expandindo sua capacidade total para mais de 2GW – suficiente para produzir energia ao equivalente a dois milhões de residências nos EUA. De acordo com Jeffrey Immelt, Presidente e CEO da GE, a empresa está muito feliz por continuar a parceria com a APR Energy. Ele se mostrou impressionado com o alto nível do atendimento ao cliente e capacidade de entregar projetos de geração de energia em locais remotos do mundo. Segundo ele, com essa aliança estratégica, os clientes irão se beneficiar com a expertise da APR Energy e poderão usar a tecnologia GE como uma ponte enquanto as usinas de energia GE permanentes estão em construção. (Agência CanalEnergia – 03.01.2017)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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