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IFE: nº 4.234 - 16 de dezembro de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Aneel aprova aprimoramento da regulação que trata do Programa de P&D
2 Brasil estuda nova usina com Bolívia
3 Aneel determina republicação do PLD de novembro e dezembro
4 Aprovado registro retroativo de acordos bilaterais da contabilização de maio a dezembro de 2016
5 Aneel realiza Reunião Pública Extraordinária nesta sexta-feira (16)
6 Indústria cobra qualidade no fornecimento de energia
7 Novas alíquotas de ICMS para energia elétrica no Rio valem a partir de março
8 Entrevista com Victor Paranhos (ESBR): “Jirau vai sincronizar a última turbina”

Empresas
1 Engie vai priorizar retorno financeiro de Jirau
2 UHE de Jirau: Cumprimento de seu objetivo energético
3 Cemig investe R$ 11 milhões em eficiência energética em Minas Gerais em 2016
4 EDP Bandeirante investe R$ 1,7 mi e inaugura subestação em Maresias
5 BNDES confirma compra da Celg-D pela Enel Brasil
6 Copel vai investir R$ 2,034 bi em 2017
7 Light receberá R$ 10,3 milhões para cobrir custos operacionais com as Olimpíadas
8 Aneel aprova transferência do controle societário do grupo CPFL Energia

9 CPFL Paulista conclui geração distribuída em hospital

10 WEG compra TGM

Leilões
1 MME publica portaria com cancelamento do LER
2 Consumidores industriais apoiam o cancelamento do leilão de reserva

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Números dos reservatórios pelo Brasil
2 Preço de referência recua 20,8% na semana

Energias Renováveis
1 Siemens e São Martinho se associam a Abiogás
2 Agropecuária pode ser nova fonte de gás no Paraná
3 EOL Ventos de Santo Augusto II recebe liberação para operar em teste

4 Engie Solar firma parceria com associação de supermercados de SC

Gás e Termoelétricas
1 Produção de gás natural cresce 3,8% em novembro, informa Petrobras
2 Gás natural da União deverá priorizar consumo nacional
3 Aneel estabelece CVU para UTE Araguaia referente ao mês de novembro

Grandes Consumidores
1 CSN tem prejuízo líquido de R$ 100 mi no 3º trimestre
2 CSN quer vender R$8 bi em ativos e negocia reajuste de preços
3 Vale conclui venda de fatia em mineradora por US$ 113 milhões para Hydro

Economia Brasileira
1 BNDES capta US$ 750 milhões para renováveis com BID
2 Balança comercial registra saldo parcial de US$ 1,4 bilhão em novembro

3 Juros futuros fecham em alta na BM&F sob reflexo de incerteza global
4 Inadimplência do consumidor avança em outubro, aponta Boa Vista
5 Indicadores sugerem atividade abaixo do esperado até 2017
6 Mercado vê recuo maior da economia e inflação mais baixa em 2016
7 IGP-10 desacelera alta para 0,06% em novembro
8 IPC-S avança 0,35% na segunda prévia de novembro
9 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Ministro de Energia e Mineração da Argentina antecipou uma economia de 15% de energia para 2025
2 Tarifa média de Itaipú para distribuidora paraguaia aumentou 20%
3 A energia solar pela primeira vez custa menos que a eólica
4 Fundo de investimentos britânico negocia parte das operações da SunEdison

Biblioteca Virtual do SEE
1 GODOI, Mauricio. “Entrevista com Victor Paranhos (ESBR): Jirau vai sincronizar a última turbina”. Agência Canal Energia. Rio de Janeiro, 14 de novembro de 2016.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Aneel aprova aprimoramento da regulação que trata do Programa de P&D

A Diretoria da Aneel aprovou nesta terça-feira (13/12), durante Reunião Pública, aprimoramentos no Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (PROP&D) regulado pela Aneel. Os objetivos da regulamentação são otimizar a alocação de recursos, obter resultados mais relevantes para o setor e promover a prestação de contas do investimento aplicado. De acordo com a decisão, a duração máxima para um projeto é de 48 meses, com possibilidade de prorrogação para até 60 meses. No caso de pesquisa que contemple várias fases da cadeia de inovação, a ideia é dividir o projeto por fase, a fim de facilitar a execução e a prestação de contas, por parte das empresas, e avaliação de resultados por parte da Agência. Além disso, ficou decidido que cada projeto de gestão ou de P&D deve ser autuado em processo específico; o conceito de inovação tecnológica passa a abranger processos e não apenas produtos, e a avaliação inicial pela Agência apenas se dará para projetos de P&D Estratégicos. Com a finalidade de promover a prestação de contas, nos casos de ausência de projeto de gestão ou ao final do primeiro ano de um projeto de gestão, haverá obrigatoriedade de envio anual de planilha de movimentação financeira da conta de P&D, com a assinatura e identificação do contador e do responsável legal da empresa. Nestes casos, não haverá obrigatoriedade de auditoria. A decisão da Aneel também proporciona a parceria entre instituições de pesquisa nas regiões Sudeste e Sul; promove um maior compartilhamento de conhecimento e capacitação de profissionais; possibilita a fixação de pesquisadores no Norte, nordeste e Centro-Oeste e implementa melhorias de infraestrutura laboratorial em universidades e centros de pesquisa. De acordo com a Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, as concessionárias de serviços públicos de distribuição, transmissão ou geração de energia elétrica, as permissionárias e as autorizadas à produção independente devem aplicar, anualmente, um percentual mínimo de sua receita operacional líquida – ROL em projetos de P&D e em eficiência energética – EE, segundo regulamentos estabelecidos pela Aneel. Ficam excluídas aquelas que geram energia exclusivamente a partir de instalações eólica, solar, biomassa, cogeração qualificada e pequenas centrais hidrelétricas. O assunto ficou em audiência pública no período de 23/6 a 25/7 e recebeu 650 contribuições encaminhadas por 44 instituições. A sessão presencial realizada em Recife, em 15/7/2016, contou com a participação de 78 representantes. (Aneel – 15.02.2016)

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2 Brasil estuda nova usina com Bolívia

O consórcio ESBR, responsável pela UHE de Jirau, e a Eletrobras assinarão hoje memorando de entendimentos para a formalização de um futuro acordo de cooperação para o desenvolvimento de estudos do projeto hidrelétrico binacional de Guajará-Mirim, de 3 mil MW de capacidade, na fronteira do Brasil com a Bolívia. O projeto tem investimento estimado em R$ 15 bi. O objetivo do acordo, segundo Victor Paranhos, presidente do ESBR, é auxiliar a Eletrobras, que dará suporte do ponto de vista de engenharia e ambiental à Ende, estatal boliviana do setor elétrico, a fim de acelerar os estudos do projeto básico da usina. "Com a experiência que temos em Jirau, conseguimos entregar os estudos de engenharia em 18 meses, para o projeto ser leiloado", afirmou o executivo. Além da geração de energia adicional para os dois países, a instalação da hidrelétrica permitirá a criação de uma malha hidroviária de 4.200 km navegáveis e a estabilização da cota do reservatório da usina de Jirau, agregando 280 MW médios de energia à hidrelétrica brasileira, sem custo e impactos ambientais adicionais. Também está no radar da ESBR o apoio ao governo boliviano para o desenvolvimento do projeto de Cachuela Esperanza, de 600 MW, integralmente no país vizinho, no rio Beni, afluente do rio Madeira. Caso o projeto de Guajará-Mirim avance, o objetivo do governo brasileiro é costurar um acordo com o governo boliviano nos moldes do Tratado de Itaipu, no qual o Brasil compartilha a operação da hidrelétrica de Itaipu com o Paraguai. Assim como o Paraguai vende parte de sua energia de Itaipu para o Brasil, a ideia é que o governo boliviano exporte uma parcela de seu volume em Guajará-Mirim. Isso porque a demanda do país boliviano é relativamente pequena. Um ponto que ainda precisa ser solucionado diz respeito ao financiamento do empreendimento. O plano original contava com financiamento do BNDES. A Eletrobras informou que assinou com a Ende, em abril, acordo de cooperação que estabelece as condições e mecanismos que permitem aprofundar os estudos. (Valor Econômico – 16.12.2016)

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3 Aneel determina republicação do PLD de novembro e dezembro

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou o recálculo e a republicação do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) para o mês de novembro e para as três primeiras semanas operativas de dezembro, em razão de um erro de cálculo causado por duplicidade de informações incorporadas à composição da variável carga. O PLD é o indicador do preço spot de energia e serve tanto como referência para contratos no mercado livre como é utilizado nas liquidações do mercado de energia de curto prazo. A republicação implica em alteração de posições financeiras dos agentes. Segundo o despacho nº 3.280, publicado nesta quinta-feira, 12 de dezembro, no Diário Oficial da União, caberá ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) encaminhar à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) os dados necessários para o processamento dos modelos de programação eletroenergética de médio e curto prazo dos submercados. As condições necessárias para republicação do PLD estão previstas na Resolução Normativa nº 568/2013. O PLD será recalculado sempre que houver erro na inserção de dados, no código fonte da cadeia de modelos ou na representação de qualquer componente do sistema. Contudo, a republicação do PLD só ocorrerá quando a diferença entre o PLD recalculado e o seu valor original for superior a 10% do valor do PLD mínimo vigente. Segundo a Aneel, no caso em questão, foram encontradas inconsistência nas informações prestadas pelos agentes, como duplicidade na representação de usinas. (Agência CanalEnergia – 15.12.2016)

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4 Aprovado registro retroativo de acordos bilaterais da contabilização de maio a dezembro de 2016

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o afastamento da aplicação do §1º do artigo 2º da Resolução Normativa 711/2016 para possibilitar o registro retroativo de acordos bilaterais da contabilização referente aos meses de maio a dezembro de 2016, bem como a recontabilização do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits (MCSD) Energia Nova, referente à participação de agentes vendedores que tinham à época do prazo final da declaração de ofertas de redução contratuais dos MCSD de julho a dezembro de 2016, e de agosto a dezembro de 2016, acordos bilaterais registrados na CCEE nos termos da resolução 711. Os aprimoramentos introduzidos pela resolução 711/2016 permitiram maior eficiência no processo de acordo bilateral entre as distribuidoras e os geradores, o que proporciona maior autonomia e a ampliação da eficiência na contratação de energia. O processo passou por discussão com os agentes por meio da audiência pública 74/2016, que recebeu 23 contribuições de 11 instituições. (Agência CanalEnergia – 15.12.2016)

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5 Aneel realiza Reunião Pública Extraordinária nesta sexta-feira (16)

A Diretoria da Aneel realiza nesta sexta-feira (16/12), às 9h, a 6ª Reunião Pública Extraordinária de 2016. Consulte a pauta. Outras informações sobre distribuição de processos, pautas, memórias e vídeos das reuniões podem ser acessadas aqui. (Aneel – 15.02.2016)

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6 Indústria cobra qualidade no fornecimento de energia

Divulgado nesta quinta-feira, 15 de dezembro, um levantamento feito pela Firjan aponta para necessidade de revisão do sistema regulatório da qualidade da energia elétrica para a melhoria no fornecimento para a indústria nacional. De acordo com a Firjan, é essencial o ajuste no mecanismo de incentivos utilizado pela Aneel para que seja compensatória a relação entre o investimento e o benefício de se obter o nível de qualidade adequado. A Firjan também defende a mensuração de interrupções inferiores a três minutos, além da adoção de abordagem regulatória em que se possa distinguir o nível de qualidade adequado para cada tipo de consumidor. Para as indústrias, o foco seria na segurança e na confiabilidade do fornecimento. A análise da federação das Indústrias teve como base os resultados dos indicadores coletivos de continuidade da Aneel: DEC e FEC. As medidas de melhoria foram sugeridas por conta dos prejuízos para a indústria, principalmente pela interrupção da produção, a inutilização de material, a perda de dados com a queda nos sistemas e o acionamento de geradores. De acordo com a Aneel, em 2015, o Brasil registrou 18h35 de interrupções no fornecimento de energia, sendo que, atualmente, o limite permitido é de 13h56. O tempo foi 31 minutos superior ao registrado em 2014. Um relatório do Conselho de Reguladores de Energia da Europa mostra que a Alemanha, por exemplo, registra 16 minutos e, o Reino Unido, 55 minutos. Com relação à frequência, a Aneel aponta, em média, dez interrupções por consumidor no Brasil. Apesar de pequena melhora na comparação com 2014, a marca ainda é muito alta para um país que precisa se manter economicamente competitivo, alerta a Firjan. A federação também ressalta que o diagnóstico feito em conjunto com o indicador de duração mostra que as interrupções foram mais longas, já que ocorreram menos vezes. (Agência CanalEnergia – 15.12.2016)

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7 Novas alíquotas de ICMS para energia elétrica no Rio valem a partir de março

Novas alíquotas de ICMS sobre combustíveis e energia elétrica no Rio de Janeiro vão entrar em vigor em meados de março. A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou projeto de lei que eleva os percentuais do imposto estadual sobre esses itens, como parte do pacote fiscal apresentado pelo governador Luiz Fernando Pezão. O Rio de Janeiro foi o primeiro estado a decretar calamidade financeira. O pacote inclui cortes de cargos, redução de secretarias e aumento da contribuição previdenciária dos servidores. Algumas das propostas têm causado manifestações dos funcionários públicos. No caso da energia elétrica, emendas apresentadas elevam a alíquota para consumo acima de 300 kWh/mês, contra os 200 kWh/mês propostos pelo governo estadual. Demanda entre 300 kWh/mês e 350 kWh/mês vai pagar 30% de ICMS, contra 29%. Quem consome entre 350 kWh/mês e 450 kWh/mês terá alta de dois pontos percentuais – de 29% para 31%. Para consumo acima de 450 kWh/mês, a alíquota de ICMS será elevada em três pontos percentuais, para 32%. A Alerj estima que as mudanças resultem numa arrecadação adicional de R$ 300 milhões em 2017, e que 85% dos consumidores não serão afetados pelas novas alíquotas. No caso da gasolina e do óleo diesel, ficou mantido o proposto no texto original, elevação do ICMS em dois pontos percentuais, passando de 43% para 34%, já incluindo os 2% destinados ao Fundo Estadual de Combate à Pobreza. Outros itens, como faturas de telecomunicações, cigarros, cervejas e chopps, também tiveram alta de ICMS. Além do ICMS, os deputados estaduais aprovaram o fim das isenções fiscais para o setor de petróleo, a fim de elevar a arrecadação em R$ 4 bilhões. (Agência Brasil Energia – 15.12.2016)

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8 Entrevista com Victor Paranhos (ESBR): “Jirau vai sincronizar a última turbina”

Victor Paranhos, presidente da Energia Sustentável do Brasil (ESBR), em entrevista à Agência CanalEnergia, afirma que a usina de Jirau, alcançará um marco importante com sincronização da última turbina, de um total de 50 turbinas ao Sistema Interligado Nacional, praticamente finalizando suas obras. O presidente da ESBR, afirma que “com esse marco a empresa tem agora no seu foco de atuação algumas melhorias que vêm sendo implementadas e que poderão adicionar cerca de 25 MW médios de energia assegurada à central. ” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 16.12.2016)


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Empresas

1 Engie vai priorizar retorno financeiro de Jirau

A Engie só entrará em novos projetos hidrelétricos no país se todos os entraves relativos à usina de Jirau, no rio Madeira (RO), forem solucionados. Além da Engie, com 40% de participação, são sócias no empreendimento a Eletrosul e Chesf, ambas subsidiárias da Eletrobras com 20% cada, e a japonesa Mitsui, também com 20%. "Precisamos resolver a questão de Jirau. Não há como você partir para um novo empreendimento com esse ainda em aberto, com essas questões tão importantes em dúvida. O projeto hoje precisa se reequilibrar do ponto de vista econômico-financeiro", afirmou o presidente do grupo Engie no Brasil, Maurício Bähr. A lista de pontos pendentes sobre Jirau é extensa. A ESBR discute na Justiça o excludente de responsabilidade por alterações no cronograma de implantação da usina em 535 dias, provocadas por dois atos de vandalismo no canteiro de obras. A empresa também questiona a elevação do custo das tarifas de uso do sistema de transmissão (Tust), devido ao maior número de turbinas, apesar da mesma estrutura de escoamento de energia. Integrante do ESBR, a Eletrobras apoia a atuação do consórcio junto à Aneel e o governo para buscar o reequilíbrio econômico-financeiro de Jirau. O principal ponto de preocupação para a ESBR hoje, porém, é a despesa com o déficit de geração hídrica. Segundo o presidente do consócio, Victor Paranhos, este ano, os gastos com o GSF serão de R$ 132 mi, o equivalente a 7,9% da receita líquida do projeto. Para 2017, a projeção é ainda maior: despesas de R$ 183 mi, ou 12% da receita líquida. O argumento da ESBR, em linha com o de demais agentes do setor, é que o aumento da inserção de fontes intermitentes no sistema brasileiro desloca a produção das hidrelétricas. (Valor Econômico – 16.12.2016)

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2 UHE de Jirau: Cumprimento de seu objetivo energético

Se do ponto de vista econômico-financeiro, Jirau ainda tem impasses a serem solucionados, no aspecto energético a usina no rio Madeira cumpriu seu objetivo. Em outubro deste ano, a hidrelétrica foi a usina brasileira com o maior índice de disponibilidade do país, de 99,12%, de acordo com dados do ONS. Com 3.750 MW de capacidade instalada, Jirau está com todas as 50 turbinas em operação. Há mais turbinas em Jirau do que em todas as hidrelétricas da região Sul somadas. Com uma garantia física de 2.205,1 MW médios, Jirau tem um fator de capacidade da ordem de 59%, acima da média do setor hidrelétrico. Junto com sua "irmã" Santo Antônio, localizada à jusante (abaixo), no mesmo rio, a usina foi o primeiro projeto do mundo a utilizar turbinas do tipo bulbo horizontais em grande escala. Esse tipo de turbina é ideal para a característica do projeto, de relativo baixo impacto ambiental, por ser uma usina a "fio d'água", ou seja, sem reservatório de regularização. Na prática, em Jirau, mais importante do que a queda d'água (de 15,2 metros de altura) é a vazão do rio para mover as pás das turbinas. Com um reservatório de 361,6 km², Jirau tem uma relação de área alagada por potência instalada menor que 0,1. Segundo Ferreira Jr, Jirau confirma a vocação da Eletrobras em investir em geração de energia renovável, preferencialmente de hidrelétricas. O investimento atualizado em Jirau alcança a cifra de R$ 19,6 bi. O empreendimento foi leiloado em 2008. Na ocasião, o consórcio arrematou a concessão pelo preço de R$ 71,40/MWh, vencendo o concorrente que era considerado favorito por já ter vencido o leilão da usina de Santo Antônio. A tacada de mestre foi uma mudança de 9 km no eixo da barragem da usina, gerando menores custos de escavação, e permitindo ao consórcio fazer um lance 21% inferior ao proposto no edital da concorrência. A obra de Jirau chegou a contar com 20 mil pessoas. Ao fim do projeto, a ESBR deverá ter apenas 350 funcionários, dos quais cerca de 250 na manutenção da hidrelétrica e o restante no escritório da empresa, no Rio de Janeiro. Questionado sobre uma eventual negociação para venda de participação em Jirau, o presidente da Eletrobras disse não haver nenhuma conversa nesse sentido. (Valor Econômico – 16.12.2016)

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3 Cemig investe R$ 11 milhões em eficiência energética em Minas Gerais em 2016

De janeiro a novembro deste ano, a Cemig investiu R$ 10,8 mi por meio do Programa de Eficiência Energética em Minas Gerais. Os recursos foram destinados aos projetos Conviver Solar, Autoclaves, Solar Hospitais e Solar ILPI. A empresa já investiu, desde 2008, cerca de R$ 400 mi na implantação de projetos de eficiência energética, com o objetivo de difundir a cultura do uso racional de energia elétrica através da conscientização e do uso de equipamentos mais eficientes pela população e entidades. Segundo o gerente de Eficiência Energética da Cemig, Ranieri César Leite, o PEE incentiva a mudança de hábitos, resultando na redução e eliminação do desperdício como forma de bom uso e preservação dos recursos naturais. "Os projetos do programa são voltados para clientes de baixa renda, entidades sem fins lucrativos, prefeituras, iniciativa privada e para a área de educação. Entre outras ações, merecem destaque a substituição de chuveiros elétricos por sistemas de aquecimento solar e substituição de lâmpadas ineficientes", afirma. O Projeto Iluminação Hospitais tem o objetivo de substituir, nos hospitais da rede pública, sistemas de iluminação ineficientes por outros de alto rendimento, compostos por luminárias espelhadas e lâmpadas e reatores eletrônicos com selo Procel. Já o Programa Conviver Solar consiste na substituição, em conjuntos habitacionais, de chuveiros elétricos por equipamentos que utilizam energia solar. O Solar ILPI instala aquecedores solares em instituições de longa permanência para idosos. O Programa Autoclaves visa à substituição de equipamentos de esterilização. Fruto de uma parceria entre o Governo de Minas e a Cemig, o programa beneficiou centenas de instituições que receberam investimentos em eficiência energética nos 17 territórios do Estado. Somente no território Metropolitano, a empresa investiu nos 11 meses de 2016 aproximadamente R$ 600 mil. (Agência CanalEnergia – 15.12.2016)

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4 EDP Bandeirante investe R$ 1,7 mi e inaugura subestação em Maresias

Por meio de um investimento de R$ 1,7 mi, a EDP inaugurou na última quarta-feira, 14 de dezembro, a ampliação da subestação Maresias (SP). A intenção é garantir melhor desempenho da ETD, por meio do aprimoramento da qualidade e segurança do fornecimento de energia para mais de 5,1 mil clientes da região, que se prepara para receber um grande número de turistas, por conta do verão. Dentre as ações realizadas estão a substituição dos antigos disjuntores de média tensão por conjunto blindado, com novos equipamentos, possibilitando a futura ampliação do número de alimentadores, e a modernização do sistema de automação e controle da subestação. A unidade é 100% automatizada e monitorada pelo Centro de Operação da EDP, localizado em Mogi das Cruzes. "A modernização da subestação Maresias possibilitará melhor atendimento ao mercado da região com maior flexibilidade operacional, assegurando o fornecimento de energia elétrica aos consumidores da região de elevadas condições técnicas e de segurança", afirma Marney Antunes, diretor geral da EDP. A subestação Maresias foi inaugurada após o lançamento da Operação Verão 2016/2017. Durante o evento, a EDP, outras empresas que atuam na prestação de serviços à população e órgãos públicos apresentaram um planejamento especial para nortear as ações durante a estação que mais registra tempestades bem como o aumento significativo de descargas atmosféricas. (Agência CanalEnergia – 15.12.2016)

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5 BNDES confirma compra da Celg-D pela Enel Brasil

O BNDES informou que, por não ter sido apresentado nenhum recurso em relação ao Julgamento da Proposta Econômica e da Habilitação e aos demais atos tomados durante o procedimento licitatório pela Comissão de Licitação, a Enel Brasil tornou-se vencedora da compra da Celg-D, pelo valor de R$ 2,187 bi. (Agência CanalEnergia – 15.12.2016)

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6 Copel vai investir R$ 2,034 bi em 2017

A Copel anunciou na última quarta-feira, 15 de dezembro, que vai investir R$ 2,03 bi em 2017. Dentro do programa de investimentos do grupo, a Cutia Empreendimentos Eólicos vai receber o maior valor, de R$ 638,6 mi. Em seguida vem a distribuidora do grupo, com R$ 629,6 mi. Já a Copel GT vai investir R$ 570,3 mi no ano que vem. Usinas Hidrelétricas em construção, como Colíder (MT) e Baixo Iguaçu (PR - 350 MW) vão receber em investimentos R$ 24,1 mi e R$ 20,5 mi, respectivamente. A LT Araraquara / Taubaté terá R$ 137,9 mi no ano que vem e a SPE Mata de Santa Genebra Transmissão - parceria entre Furnas e Copel que implanta três linhas de transmissão e subestações -, vai investir R$ 101,1 mi. De acordo com o comunicado, os valores não contemplam eventuais aquisições e investimentos que vierem a ser feitos por coligadas e controladas. (Agência CanalEnergia – 15.12.2016)

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7 Light receberá R$ 10,3 milhões para cobrir custos operacionais com as Olimpíadas

A Aneel autorizou nesta semana a transferência de recursos da CDE para a Light no valor de R$ 10,37 mi, referente a cobertura de custos operacionais incorridos no atendimento aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. O valor é 55% menor que o pedido pela concessionária que atende à cidade do Rio de Janeiro, que somava R$ 18,8 mi. O montante total autorizado pela Aneel será transferido em parcela única. Os valores homologados pela agência cobrem custos com treinamento de pessoal, controle operacional dedicado aos jogos, uso de veículos e materiais, fornecedores adicionais, segurança patrimonial das instalações prioritárias e segurança cibernética. A transferência de recursos da CDE para garantir a adequada prestação de serviço de fornecimento de energia para os Jogos Olímpicos 2016 está prevista na Lei 12.035/2009, regulamenta pelo decreto nº 7.891/2013. (Agência CanalEnergia – 15.12.2016)

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8 Aneel aprova transferência do controle societário do grupo CPFL Energia

A Diretoria da Aneel aprovou nesta terça-feira (13/12), durante Reunião Pública, a transferência do controle societário direto do grupo CPFL Energia, detido pela CPFL Energia S.A, em favor da State Grid Brazil Power Participações Ltda. O prazo para implementação da operação foi estabelecido em 120 dias, a partir da publicação da Resolução. Ao todo, existem 113 empreendimentos do Grupo CPFL Energia em operação, que estão instalados ao longo de todo o território nacional, desde o litoral brasileiro (eólicas) até a zona de fronteira dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso. (Aneel – 15.02.2016)

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9 CPFL Paulista conclui geração distribuída em hospital

A CPFL Paulista investiu R$ 129 mil na compra e instalação de um sistema de 15 kWp no Hospital Sobrapar, em Campinas. O projeto, que recebeu recursos do programa de eficiência energética da distribuidora, foi concluído nesta quinta-feira (15/12). Os 60 paineis solares devem gerar em torno de 22 MWh/ano, suficiente para reduzir em aproximadamente 15% a conta de energia do hospital. Outra iniciativa do grupo CPFL para incentivar o desenvolvimento da geração distribuída é o projeto de P&D Telhados Solares, para instalação de painéis solares em 230 consumidores na região de Barão Geraldo, em Campinas, ao custo de R$ 14,8 mi. Além disso, por meio da controlada CPFL Eficiência, o Grupo também desenvolve projetos de geração solar para indústrias e comércios. (Agência Brasil Energia – 15.12.2016)

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10 WEG compra TGM

A WEG anunciou ontem a compra do controle da TGM Indústria e Comércio de Turbinas e Transmissões, com sede em Sertãozinho (SP). O valor da transação não foi divulgado, mas a companhia disse que "não representa investimento relevante". O foco da empresa é em energia renovável, termelétrica e eólica, com atuação desde o estudo de viabilidade até a plena operação, incluindo estudos de sistemas e planejamento energético industrial. O movimento se dá em linha com a estratégia da WEG de apostar no segmento de energia. A área de GTD já representa 30% do faturamento da empresa e, junto com a atuação no mercado externo, é uma das responsáveis pelos resultados que a empresa tem apresentado mesmo com a crise do setor de máquinas e equipamentos. (Valor Econômico – 16.12.2016)

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Leilões

1 MME publica portaria com cancelamento do LER

O Ministério de Minas e Energia publicou nesta quinta-feira, 15 de dezembro, a portaria 705/2016, que oficializou o cancelamento do leilão de energia de reserva que aconteceria na próxima segunda-feira, 19 de dezembro. A alegação para a não realização foi a revisão da estimativa de demanda de energia. O cancelamento do leilão de reserva trouxe um misto de frustração e surpresa ao setor, já que os agentes eólicos e solares depositavam nele a última esperança de contratação do ano, de modo a prosseguir com as etapas de consolidação das suas cadeias produtivas. (Agência CanalEnergia – 15.12.2016)

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2 Consumidores industriais apoiam o cancelamento do leilão de reserva

A Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) parabenizou o governo pelo cancelamento do leilão de energia de reserva previsto para 19 de dezembro, cuja contratação visava o suprimento em julho de 2019. Para a entidade - que há algum tempo critica o crescimento do encargo de energia de reserva -, a decisão teve caráter técnico, uma vez que estudos apontam para uma sobra no sistema de 12.000 MW médios. "Achei uma decisão positiva, porque não faz sentido contratar reserva quando se tem sobra de energia e de garantia física", declarou o presidente da Abrace, Edvaldo Santana. Em junho deste ano, a associação enviou uma carta formal ao ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, pedindo a suspensão de novos leilões de energia de reserva até que fosse discutido com todos os agentes a real necessidade desse tipo de contratação. Na mensagem, a Abrace apresenta o crescimento substancial dos custos com a energia de reserva. Em 2016, a energia de reserva alcançou 2,7 GW médios a um custo fixo da ordem de R$ 4,52 bilhões. Essa oferta irá atingir 4 GW médios em 2019, elevando esse custo para R$ 8,59 bilhões, isso considerando apenas a energia de reserva já contratada e desconsiderando a contratação da usina nuclear de Angra 3 por meio dessa modalidade. Pela futura geração de Angra 3, o consumidor irá pagar um adicional de R$ 2,2 bilhões por ano. Santana reconhece que o cancelamento tem impacto negativo direto para a indústria eólica e solar, mas defendeu que o "estimulo não deveria vir fazendo um leilão desnecessário". Ele disse que o governo teve coragem em tomar uma decisão tão dolorosa para o mercado. "É melhor a dureza de uma decisão que resolve à fraqueza de uma decisão que só remedia", disse em entrevista à Agência CanalEnergia nesta quinta-feira, 15 de dezembro. A diretora da consultoria Thymos Energia, Thaís Prandini, explicou que mesmo que o governo realizasse esse leilão a contratação seria pequena. "O leilão seria feito basicamente para atender a indústria, mas o que vale a pena: jogar mais uma conta para ao consumidor para manter a indústria acesa ou usar esse montante de energia que a gente tem?", provocou. Porém, ela criticou o fato da decisão não ter sido tomada com mais antecedência. (Agência CanalEnergia – 15.12.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Números dos reservatórios pelo Brasil

No submercado Sudeste/Centro-Oeste, os reservatórios estão operando com volume de 33,2%, aumentando 0,2% em comparação com o dia anterior. Os dados são do Operador Nacional do Sistema Elétrico, referentes ao último dia 14 de dezembro. A energia armazenada é 67.273 MW mês e a energia natural afluente é 43.420 MW med, que é o mesmo que 70% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Furnas está operando com volume de 47,2% e a de Nova Ponte com 23,93%. Na região Nordeste, os reservatórios estão operando com 12,9% da capacidade, aumentando 0,3% em relação ao dia anterior. A energia armazenada na região é 6.706 MW mês e a ENA é 4.920 MW med, que é equivalente a 50% da MLT. A usina de Sobradinho está operando com volume de 9,14%. No Sul, houve queda de 0,6% em comparação ao dia anterior, o que deixou os reservatórios com volume de 63,6%. A energia armazenada é 12.702 MW mês e a ENA é 7.816 MW med, que é o mesmo que 86% da MLT. A usina de Barra Grande está operando com 59,37% da capacidade. Na região Norte, os reservatórios estão operando com volume de 17,9%, caindo 0,2% em comparação com o dia anterior. A energia armazenada na região é 2.689 MW mês e a ENA é 2.773 MW med, que é o mesmo que 39% da MLT. A usina de Tucuruí está operando com volume de 25,23%. (Agência CanalEnergia – 15.12.2016)

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2 Preço de referência recua 20,8% na semana

O preço de referência para contratos de energia elétrica, referente ao trimestre de janeiro a março de 2017, teve forte queda em todas as bases de comparação. O valor para o submercado Sudeste/Centro-Oeste caiu 20,8% na semana, para R$ 88,01/MWh, de acordo com o Boletim Semanal da Curva Forward, elaborado pela consultoria Dcide. Já em relação ao mês anterior, a baixa foi ainda maior, de 44,94%, bem acima do que geralmente é observado nessa base de comparação. Na comparação com o ano anterior, o preço recuou 34,25%. Confira o documento completo neste link. Para o preço da energia convencional de longo prazo, referente ao intervalo de 2018 a 2021, também houve redução, mas em patamares mais tímidos. Na semana, o valor caiu 3,88%, para R$ 145,07/MWh. Houve ainda diminuição de 5,8% na base mensal e de 2,44% na anual, de acordo com a consultoria. O documento é elaborado a partir de dados de 48 agentes do mercado livre, entre os mais comercialmente ativos, apurados semanalmente pela consultoria. As curvas de preço são validadas por modelo matemático, que elimina distorções, e por comitê. (Agência Brasil Energia – 15.12.2016)

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Energias Renováveis

1 Siemens e São Martinho se associam a Abiogás

A Siemens e o Grupo São Martinho são novos associados da Abiogás, engrossando os esforços para viabilizar políticas públicas consistentes para inserção do biogás e do biometano na matriz energética brasileira. A Siemens atua na área de tecnologia de geração de combustíveis biológicos e produtos químicos a partir de gases de resíduos industriais. Já o Grupo São Martinho produz energia do biogás a partir da vinhaça. A usina instalou biodigestores para produzir o biogás, que é empregado como fonte de energia complementar. Agora, a associação soma 25 agentes do Brasil todo que se dedicam ao desenvolvimento, produção e consumo do biogás e do biometano. Para o presidente da Abiogás, Cícero Bley Jr., a iniciativa das companhias vai trazer ainda mais força ao setor junto ao governo para criação de políticas públicas que viabilizem de vez a inserção da fonte na matriz energética, como a criação de leilões de energia, simplificação tributária e desonerações na cadeia produtiva de equipamentos para a cadeia de produção de biogás e biometano. “A Abiogás possui empresas de todos os tipos no segmento de biogás, desde geradores de energia a partir de resíduos da agroindústria, aterros sanitários, montadoras de motores e veículos até escritórios de advocacia especializados em regulação. Agora com o Grupo São Martinho e a Siemens, aumentamos nosso portfólio e ganhamos mais relevância. Uma indústria do biogás começa a se erguer, trazendo segurança ao investidor no segmento”, avalia o vice-presidente da associação, Alessandro Gardermann. (Agência Brasil Energia – 15.12.2016)

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2 Agropecuária pode ser nova fonte de gás no Paraná

O biogás pode ser a nova alternativa da Compagas para desenvolver o mercado de gás natural no interior do estado paranaense. A distribuidora acaba de montar um projeto com a Castrolanda, empresa do segmento agropecuário, para estudar a viabilidade técnica e econômica da produção de biogás e biometano na região de Castro, no Paraná. A pedido da Brasil Energia, a Compagas compartilhou os detalhes do projeto. O termo de cooperação assinado pelas duas empresas foi estruturado em cinco etapas. Na primeira, serão colhidas informações socioeconômicas da região pecuarista onde o empreendimento viria a ser executado. Em seguida, uma equipe designada pelas empresas vai apresentar as normas e os regulamentos técnicos pertinentes ao projeto. A terceira é a fase de dimensionamento das alternativas disponíveis para o aproveitamento de biogás e biometano e, claro, o orçamento de cada uma delas. Depois, a ideia é que a equipe comece a delinear as soluções viáveis para o projeto de acordo com o modelo de negócios da Compagas e da Castrolanda e, por fim, as empresas vão analisar os resultados do estudo para que possam decidir se o investimento trará o retorno esperado. Todas as etapas do estudo serão realizadas nos próximos quatro meses, de acordo com a distribuidora paranaense. “A Compagas tem muito interesse em desenvolver esta fonte energética no Paraná. [O biogás] permite a interiorização e o desenvolvimento do mercado de gás natural, além de servir como instrumento de sustentabilidade para a cadeia do agronegócio e de gerenciamento de resíduos sólidos”, explicou. (Agência Brasil Energia – 15.12.2016)

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3 EOL Ventos de Santo Augusto II recebe liberação para operar em teste

A Agência Nacional de Energia Elétrica liberou a EOL Ventos de Santo Augusto II, localizada no município de Simões, no Piauí, para operar em teste a partir do dia 14 de dezembro. O benefício foi para UG1 a UG12, de 2,3 MW cada, totalizando 27,6 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 15.12.2016)

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4 Engie Solar firma parceria com associação de supermercados de SC

A Engie Solar e a Associação Catarinense de Supermercados (ACATS) assinaram na última quarta-feira, 14 de dezembro, uma parceria inédita no Brasil para avaliar o potencial de geração solar dos telhados de supermercados. O projeto pretende incentivar os supermercados de Santa Catarina a gerarem sua própria energia elétrica. Além do estudo, a parceria prevê a oferta de soluções de crédito aos supermercadistas que optarem pela implantação dos painéis fotovoltaicos. Segundo Rodrigo Kimura, diretor de Operações da Engie Solar, um dos objetivos da parceria com a ACATS é a viabilização da aquisição e instalação dos painéis de forma coletiva. “A compra em maior escala possibilita uma redução significativa no custo dos projetos, tornando a solução solar fotovoltaica bastante atrativa”, explica. “Os sistemas de geração solar fotovoltaica têm vida útil superior a 25 anos e, dependendo das condições locais de instalação, é possível chegar a uma redução de até 95% nas despesas com energia. Por isso, a tendência é que o número de supermercados a adotar esta solução aumente exponencialmente nos próximos anos. Desta forma, a ACATS está saindo na frente com esta iniciativa e com certeza servirá de exemplo para todo o País”, completa Kimura. De acordo com o diretor executivo da ACATS, Antônio Carlos Poletini, a alta de energia elétrica dos últimos anos impactou os custos das empresas supermercadistas, que têm esta despesa como uma das mais expressivas. "As lojas operam com sistemas de refrigeração, câmaras frias, fornos e ar condicionado, tudo movido à energia elétrica", observa. (Agência CanalEnergia – 15.12.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Produção de gás natural cresce 3,8% em novembro, informa Petrobras

A Petrobras informou que, em novembro, a produção de gás natural no país, excluído o volume liquefeito, foi de 80,5 milhões m³/dia, 3,8% superior ao mês anterior devido ao melhor desempenho operacional das plataformas do Parque das Baleias e do FPSO Cidade Saquarema, além do retorno à operação do FPSO Cidade de Santos, após a parada programada. A produção média de gás natural no exterior, excluído o volume liquefeito, foi de 9,1 milhões m³/dia, 5,3% inferior ao mês anterior, devido, principalmente, à parada para manutenção na plataforma de Hadrian South/Lucius. A produção total de petróleo e gás natural, em novembro, foi de 2,86 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), sendo 2,74 milhões boed produzidos no Brasil e 120 mil boed no exterior. A produção média de petróleo no país foi de 2,23 milhões de barris por dia (bpd), um crescimento de 2% em relação a outubro. Esse resultado se deve, principalmente, ao melhor desempenho operacional das plataformas que operam no complexo denominado Parque das Baleias e do FPSO Cidade Saquarema, instalado no campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos. Outro fator positivo foi o início de operação de um novo poço conectado ao FPSO Cidade Maricá, também em Lula. (Agência CanalEnergia – 15.12.2016)

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2 Gás natural da União deverá priorizar consumo nacional

O gás natural da União deverá ser prioritariamente destinado ao abastecimento nacional. A regra faz parte da resolução que estabelece a política federal de comercialização de petróleo e gás natural, que foi aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em reunião da última quarta-feira (14/12). A resolução reúne diretrizes de caráter transitório, com vigência de até 36 meses, e prevê ainda a elaboração, por parte do governo, de um modelo de longo prazo que considere as questões operacionais envolvidas, mas também aquelas consideradas estratégicas para o interesse nacional, de acordo com o MME. O conselho também definiu que sejam realizados, sempre que possível, leilões de curto prazo para a venda de gás natural no mercado nacional. A comercialização seria realizada por um agente comercializador a ser contratado pela PPSA, empresa estatal criada para representar o governo nos contratos de partilha da produção. Outras diretrizes incluem maximização do resultado econômico; preferência para comercialização em cargas combinadas; e minimização dos riscos da União. A resolução também define que os depósitos das receitas sejam feitos na conta única do Tesouro Nacional, além de estabelecer direitos e obrigações da PPSA. O conteúdo integral da resolução será divulgado após a apreciação do presidente Michel Temer, cuja data não é conhecida. A 33ª Reunião do CNPE foi presidida pelo ministro Fernando Bezerra Coelho Filho, em Brasília (DF). (Agência Brasil Energia – 15.12.2016)

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3 Aneel estabelece CVU para UTE Araguaia referente ao mês de novembro

A Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou o valor de Custo Variável Unitário de R$ 860,71/MWh da UTE Araguaia. O valor deverá ser aplicado no processo de contabilização do mês de novembro de 2016 na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. O CVU será utilizado para pagamento de custos com a geração da usina. A Aneel também aprovou os valores de CVU de 52,42/MWh da UTE Norte Fluminense 1, de R$ 60,83/MWh da UTE Norte Fluminense 2 e de R$ 116,75/MWh da UTE Norte Fluminense 3 referentes ao mês de novembro de 2016. Os valores serão aplicados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico a partir da primeira revião do Programa Mensal de Operação (PMO). (Agência CanalEnergia – 15.12.2016)

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Grandes Consumidores

1 CSN tem prejuízo líquido de R$ 100 mi no 3º trimestre

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de 1,239 bilhão de reais entre julho e setembro, 45% maior que os 853 milhões de reais do terceiro trimestre de 2015, segundo comunicado do informe de resultados. (O Globo – 14.11.2016)

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2 CSN quer vender R$8 bi em ativos e negocia reajuste de preços

A CSN tem meta de vender cerca de R$ 8 bi em ativos, afirmou o presidente-executivo da empresa, Benjamin Steinbruch, nesta segunda-feira, acrescentando que a empresa espera uma melhora de margens no próximo ano apoiada em reajustes de preços de aço. O número que estamos mirando para efeitos de desalavancagem é algo em torno de 8 bi (de reais) — afirmou o empresário em teleconferência a analistas de mercado. — Pessoal fala que não gosto de vender. Realmente não, é uma tradição da CSN, até agora só compramos, mas quebramos essa premissa com a venda da Metalic. Queremos reduzir endividamento. A CSN anunciou a venda da fabricante de latas Metalic no final de agosto, por US$ 98 mi, para a europeia Can-Pack. Mais cedo, a siderúrgica divulgou que encerrou o terceiro trimestre com queda de 81% no prejuízo líquido sobre o mesmo período do ano passado, a R$ 100 mi. Steinbruch, porém, não citou prazos para a empresa conseguir os R$ 8 bi em desinvestimentos. Ele afirmou que a CSN pode eventualmente vender participação de 20% a 30% da unidade de mineração Congonhas Minérios e que pretende continuar retendo o controle da divisão formada pela mina Casa de Pedra e pela mineradora Namisa. A CSN pretende investir cerca de R$ 780 mi em 2017, metade do previsto para este ano, disse Steinbruch. A companhia tem débitos de R$ 5,5 bi vencendo em 2018 e R$ 7,3 bi vencendo em 2019. A relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado encerrou setembro em 7,4 vezes, ante 8,3 vezes em junho e 6,6 vezes no fim de setembro de 2015. (O Globo – 14.11.2016)

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3 Vale conclui venda de fatia em mineradora por US$ 113 milhões para Hydro

A mineradora Vale informou nesta quinta-feira que concluiu a venda de sua participação restante de 13,63% na Mineração Paragominas, no Pará, para a norueguesa Norsk Hydro, por US$ 113 milhões. A transação está relacionada à venda dos ativos de alumínio da Vale anunciada em 28 de fevereiro de 2011, segundo informação da empresa em comunicado. A Hydro já tinha participação majoritária no ativo. "A transação é consistente com a estratégia da Vale de fortalecer seu balanço e focar em ativos core", disse a companhia, que busca vender ativos não essenciais visando reduzir seu endividamento. (O Globo – 15.12.2016)

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Economia Brasileira

1 BNDES capta US$ 750 milhões para renováveis com BID

O BNDES firmou convênio com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para financiamento de projetos privados que visem aumento da produtividade brasileira nos setores de infraestrutura, energia sustentável e de pequenas e médias empresas. O convênvio envolverá recursos de até US$ 2,4 bilhões. A primeira operação, aprovada esta semana, será de US$ 750 milhões, para o Programa de Financiamento para Energia Sustentável do banco de fomento brasileiro, que terá garantia do governo federal. Os recursos dessa primeira captação têm como destino projetos de infraestrutura sustentável, que já fazem parte da carteira do BNDES, com foco no aumento da participação de energia renovável alternativa — eólica, solar e biomassa — na matriz energética brasileira e em eficiência energética. A captação terá contrapartida local de até US$ 150 milhões, e os projetos apoiados contribuirão para o cumprimento das metas de redução de gases de efeito estufa do Brasil perante a Convenção da ONU sobre Mudanças do Clima e do Acordo de Paris, segundo nota do BNDES. Os recursos do convênio com o BID têm prazo de utilização de 10 anos, e os valores serão repassados às empresas pelo BNDES. Ainda não há data prevista para as demais captações, que serão formalizadas por meio de contratos individuais. A política de captação de recursos do BNDES junto aos diversos organismos financeiros internacionais tem como objetivo principal diversificar as fontes do banco e compor um orçamento apropriado para suas operações de crédito, disse o BNDES em nota. O BID é historicamente o principal credor internacional do BNDES, cuja parceria teve início na década de 60. Até 2010, foram celebrados 21 contratos de empréstimo entre as instituições, no valor histórico que ultrapassa os US$ 8 bilhões. (O Globo – 15.12.2016)

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2 Balança comercial registra saldo parcial de US$ 1,4 bilhão em novembro

A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 1,442 bi, até 13 de novembro. O saldo positivo é resultado da diferença entre as exportações, que somam US$ 6,144 bi, e das importações, que alcançaram US$ 4,702 bi. No ano, a balança acumula um saldo positivo de US$ 39,966 bi, mais que o dobro registrado em 2015. É o melhor resultado dos últimos nove anos. Os dados foram divulgados pelo Mdic. Somente entre os dias 7 e 13 deste mês, o Brasil exportou US$ 3,938 bi e importou US$ 2,817 bi, gerando um superávit de US$ 1,121 bi. A média das exportações da segunda semana de novembro foi de US$ 787,6 mi, 7,1% acima da média da primeira semana, US$ 735,3 mi. Um dos responsáveis por esse aumento foram os produtos básicos como petróleo bruto, soja e milho (+19,4%) e de semimanufaturados como açúcar e celulose (+8,9%). Os manufaturados, como automóveis e peças automotores, porém, registraram uma queda de 6,2%. Já as importações caíram 10,4% no período. A média da segunda semana de novembro foi de US$ 563,3 mi e a da primeira semana, US$ 628,5 mi. O país tem comprado do exterior menos combustíveis, lubrificantes, eletroeletrônicos e equipamentos mecânicos, por exemplo. Analistas de mercado financeiro ouvidos pelo BC estão menos otimistas com o resultado da balança. No último boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo BC, eles diminuíram mais uma vez a expectativa de resultado final da balança comercial de 2016, que agora é de um superávit de US$ 47,59 bi, ante os US$ 47,77 do último boletim. Há um mês, a expectativa era de US$ 49,18 bilhões. Ainda assim, esse número está dentro da margem esperada pelo governo federal. O MDIC espera um superávit entre US$ 45 bi e US$ 50 bi neste ano. (O Globo – 14.11.2016)

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3 Juros futuros fecham em alta na BM&F sob reflexo de incerteza global

As taxas dos contratos futuros de juros subiram na BM&F em meio a uma alta global do dólar diante da preocupação com a política econômica do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A expectativa de uma proposta mais expansionista, com corte de impostos e aumento de investimentos em infraestrutura, tem provocado uma alta das taxas de juros dos títulos americanos (Treasuries), com o mercado vendo uma inflação mais alta à frente. Essa elevação dos Treasuries ajuda a puxar para cima as taxas de juros locais. Na BM&F, o DI para janeiro de 2018 subiu de 12,26% para 12,33% no encerramento do pregão regular, enquanto o DI para janeiro de 2019 avançou de 11,82% para 11,88%. Já o DI para janeiro de 2021 passou de 11,88% para 11,99%. Com isso, a chance de um corte de 0,50 ponto percentual da taxa Selic praticamente foi zerada. Ontem, os mercados ainda embutiam 12% de probabilidade de corte de 0,50 ponto e probabilidade zero de estabilidade do juro básico. Hoje o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou que a convergência da inflação para a meta é compatível com o alívio moderado e gradual das condições monetárias. Ilan disse também que, embora as expectativas de inflação para 2017 tenham recuado, há certa dúvida sobre a velocidade do processo de desinflação. (Valor Econômico – 11.11.2016)

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4 Inadimplência do consumidor avança em outubro, aponta Boa Vista

A inadimplência do consumidor aumentou 4,8% em outubro, ante setembro, de acordo com dados nacionais da Boa Vista SCPC, descontados efeitos sazonais. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a alta é de 6,4%. No ano, o as dívidas atrasadas crescem 0,8% e, em 12 meses, sobem 2,2%. Em 12 meses até setembro, a alta era menor, de 1,6%. Regionalmente, em 12 meses, a maior elevação ocorreu no Norte (4,9%), seguida das regiões Nordeste (3,2%), Centro-oeste (3,8%) e Sudeste (1,7%). Já a região Sul obteve pequeno aumento de 0,7%. (Valor Econômico – 11.11.2016)

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5 Indicadores sugerem atividade abaixo do esperado até 2017

Depois dos maus resultados da indústria e do comércio no terceiro trimestre, alguns indicadores de outubro reforçaram a avaliação de que a economia brasileira vai encolher também nos últimos três meses do ano. Nesse cenário difícil, marcado pela queda na produção de veículos e de cimento no mês passado, bancos e consultorias revisam para baixo as estimativas para a variação do PIB em 2016 e 2017. Para este ano, as projeções de que o PIB cairia 3% dão lugar a previsões de um recuo na casa de 3,5%. No caso do ano que vem, as estimativas estão mais próximas de 1%, embora haja quem preveja um PIB estável, caso do Banco Fator. Para complicar, a vitória de Donald Trump nas eleições americanas elevou a incerteza no mercado internacional, pressionando moedas emergentes como o real, o que pode levar o BC a ser mais cauteloso no ciclo de queda dos juros, iniciado no mês passado. (Valor Econômico – 14.11.2016)

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6 Mercado vê recuo maior da economia e inflação mais baixa em 2016

Os analistas de mercado esperam uma recessão mais profunda no país neste ano e uma retomada mais tímida em 2017, mas melhoraram a expectativa para a inflação em ambos os períodos, de acordo com o boletim Focus, do BC. Pela sexta semana consecutiva, piorou a mediana das estimativas para o desempenho do PIB brasileiro, de queda de 3,31% para recuo de 3,37%. Há um mês, esperava-se decréscimo de 3,19% na atividade. Para 2017, a previsão para a atividade econômica foi revista pela quarta semana, de crescimento de 1,20% para 1,13%. Ainda no Focus, a expectativa para a produção industrial deste ano saiu de queda de 6% para retração de 6,06%. Para 2017, a estimativa ainda é de expansão, de 1,11%. Com relação à inflação, as projeções para o IPCA seguiram em queda. Em 12 meses, a mediana saiu de 4,95% para 4,93% de alta. Para 2016, espera-se que o IPCA avance 6,84%, ante 6,88% no documento anterior. No caso de 2017, a estimativa teve ligeira alteração, de 4,94% para 4,93% de elevação. A despeito da queda da inflação vista nos dois últimos meses, os analistas consultados pelo BC ajustaram para cima a expectativa para o juro ao fim deste ano. Eles esperam agora um corte de 0,25 ponto percentual na Selic na reunião deste mês, para 13,75%, em vez de uma redução de 0,50 ponto, segundo os dados do Focus. (Valor Econômico – 14.11.2016)

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7 IGP-10 desacelera alta para 0,06% em novembro

A inflação medida pelo IGP-10 desacelerou para 0,06% em novembro, metade da taxa de um mês antes, de 0,12% e a mais baixa para o período desde a queda de 0,28% em 2012. Em novembro de 2015, o indicador tinha subido 1,64%. No acumulado do ano, o IGP-10 avançou 6,74%. Em 12 meses, a alta foi de 7,61%, informou a FGV. No atacado, o IPA registrou queda de 0,06% em novembro, após aumento de 0,12% um mês antes. Os preços dos bens agropecuários apresentaram deflação de 1,04%, parecida com a do mês anterior, de 1,07%. Produtos como feijão (-25,66%), leite in natura (-7,78%), soja em grão (-2,30%) e em farelo (-4,83%) influenciaram no resultado. Os preços dos bens industriais, por sua vez, foram de alta de 0,61% para 0,34%, influenciados pela queda de 3% no óleo diesel. (Valor Econômico – 16.11.2016)


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8 IPC-S avança 0,35% na segunda prévia de novembro

A inflação medida pelo IPC-S cedeu de 0,39% para 0,35% da primeira para a segunda medição de novembro, informa a FGV. A maior contribuição partiu do grupo habitação (0,41% para 0,32%), em que a taxa de água e esgoto residencial saiu de alta de 1,30% para 0,83%. Outras três despesas subiram menos: transportes (0,85% para 0,71%), comunicação (0,85% para 0,56%) e alimentação (0,06% para 0,03%), por causa, respectivamente, da gasolina (1,92% para 1,50%), dos pacotes de telefonia fixa e internet (1,41% para 0,35%) e das carnes bovinas (2,88% para 2,07%). O IPC-S mede a inflação semanalmente em sete capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador e Brasília. (Valor Econômico – 16.11.2016)

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9 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h28 o dólar comercial caía 0,62%, a R$ 3,4220. Ontem, O dólar comercial fechou em alta de 1,42% a R$ 3,4433. (Valor Econômico – 16.11.2016 e 14.11.2016)

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Internacional

1 Ministro de Energia e Mineração da Argentina antecipou uma economia de 15% de energia para 2025

O Ministro da Energia e Minas, Juan José Aranguren, antecipou nessa quinta-feira que até 2025 a Argentina estará economizando "15% da energia" a partir de medidas de eficiência e revelou que o Green Climate Fund, iniciativa global criada por 194 governos para responder as mudança climáticas, concedeu um empréstimo de 130 milhões de dólares, a uma taxa de 3% e com 18 anos de prazo e 2 anos e meio para começar a pagar, ao inaugurar a Primeira Jornada de Eficiência Energética.Sobre a aprovação do crédito, Aranguren disse que foi obtido "em um momento em que a taxa de juros está crescendo no mundo. "É mais uma demonstração da importância do processo de reformulação da matriz energética da Argentina", disse o funcionário durante o encontro, que se concluirá na sexta-feira na sede do governo da cidade de Buenos Aires. O ministro destacou o processo de normalização e de recomposição tarifária, que consiste em "seguir a lei" e destacou que "já se conseguiu algo que não acontecia há 15 anos, que era contar com audiências para o serviço de transporte; eleição de diretores dos órgãos reguladores por concurso público,transparente, em relação ao que era feito antes, e isso é revolucionário hoje". O Ministro da Energia e Minas, Juan José Aranguren disse que as licitações de energia térmica permitirão adicionar até março de 2018 cerca de 3 GW, aproximadamente 8 a 9% do total da capacidade instalada no país e 12% da disponível "a preços 35% menores do que os vigentes nos últimos anos ". Ao mesmo tempo, as duas licitações de energia renovável acrescentaram outro 3 GW ao parque em prazos de 12 a 30 meses." Até o final do primeiro mandato deste governo teremos um adicional de 6 GW, 20% da potência disponível já instalada, para superar a crise que estamos vivendo", projeto Aranguren. Quanto à economia e a eficiência setorial, destacou os planos em andamento em Santa Fé, Córdoba, Mendoza, Buenos Aires, Jujuy e na província de Buenos Aires. (Inversor Energético – Argentina – 16.12.2016)

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2 Tarifa média de Itaipú para distribuidora paraguaia aumentou 20%

Em 2013, a energia de Itaipu teve um custo de 28,34 US$/MWh para a ANDE; no entanto, no ano passado, em 2015, subiu para 32,35 US $ / MWh, de acordo com dados da própria binacional.Em 2015, a potência que contratou a empresa estatal contratou foi de cerca de 1.190 MW; enquanto este ano, a quantidade de potência subiu para 1.270 MW médios e, de acordo com estimativas do Engenheiro Benitez se injetaria no sistema elétrico nacional cerca de 4% mais de energia equivalente."Evidentemente, a tarifa média de Itaipú pesa e muito. Os números mostram que aumentou em 20% a partir de 2013 até o momento atual ", insiste o especialista. Ele acrescentou que isso afeta diretamente as finanças da ANDE, por isso deve desenvolver uma estratégia para 2017, tendo em conta que contratação para esse período seria igual a este ano."Só há mudança na distribuição sazonal de dezembro a abril e a partir de maio a contratação baixa, provavelmente na suposição de que se traria mais energia de Yacyretá, uma vez que iria terminar a repotenciação da interligação Ayolas-San Patricio", explicou técnico. Ele acrescentou que a ANDE deveria melhorar sua estratégia para comprar energias das binacionais, de modo que a junção se torne menos onerosa. Atualmente, a distribuição do Sistema Interligado Nacional da ANDE indica que 75% é fornecido por Itaipu, 17% a partir de EBY e cerca de 8% da central Acaray. (ABC – Paraguay – 14.12.2016)

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3 A energia solar pela primeira vez custa menos que a eólica

Está ocorrendo uma transformação nos mercados mundiais de energia que vale a pena observar a medida que 2016 se aproxima do fim: a energia solar, pela primeira vez, está se convertendo na forma mais barata de nova eletricidade.Isso já aconteceu no passado em projetos isolados: uma licitação especialmente competitiva no Oriente Médio, por exemplo, que resultou em custos de energia solar a um nível sem precedentes economicamente. Porém agora, a energia solar não subsidiada está começando a competir com o carvão e o gás natural em larga escala e, notadamente, novos projetos de energia solar em mercados emergentes estão custando menos que projetos de energia eólica, de acordo com dados recentes da Bloomberg New Energy Finance .Mesmo que a energia solar acabe custando menos que a eólica, dados as quedas acentuadas nos preços, poucos previram que isso iria acontecer tão cedo. "O investimento solar partiu do nada, literalmente nada, cerca de cinco anos atrás, a um montante relevante", disse Ethan Zindler, chefe de análise de política norte-americana de BNEF. "Uma grande parte desta história é a China, que foi rapidamente implantando projetos de energia solar e ajudando outros países a financiar os seus próprios projetos”. Este ano tem sido um ano marcante para a eletricidade solar. As licitações, em que as empresas privadas competem por contratos enormes para fornecer eletricidade, registraram recorde após recorde para a energia solar barata. (El Mostrador / Bloomberg – Chile – 16.12.2016)

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4 Fundo de investimentos britânico negocia parte das operações da SunEdison

O fundo de investimentos britânico Actis está negociando a aquisição das operações de integração de sistemas de geração solar da SunEdison, companhia norte-americana que passa por processo equivalente à recuperação judicial em seu país de origem. A informação é de fonte com conhecimento sobre as negociações, que podem envolver ainda o negócio de fabricação de painéis fotovoltaicos. A SunEdison não confirma, mas o que se comenta extra-oficialmente é que o anúncio deve ser feito em janeiro. No Brasil, o Actis controla a Atlantic Energias Renováveis, empresa de geração com cerca de 700 MW. As operações da SunEdison no país envolvem um escritório em São Paulo que oferece serviços de instalação, soluções e projetos de energia solar distribuída. Além disso, a companhia vendeu, em parceria com a Renova, projetos solares de 160 MW que deveriam entrar em operação no segundo semestre de 2017 e, sozinha, outros 120 MW que devem entrar em operação em 2018. O futuro das primeiras usinas ainda não é certo, já que as companhias tentam negociar o adiamento da entrada em operação ou a devolução das concessões com o MME. A princípio, esses ativos não estão envolvidos na negociação com a Actis. (Agência Brasil Energia – 15.12.2016)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 GODOI, Mauricio. “Entrevista com Victor Paranhos (ESBR): Jirau vai sincronizar a última turbina”. Agência Canal Energia. Rio de Janeiro, 14 de novembro de 2016.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.

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Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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