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IFE: nº 4.230 - 12 de dezembro de 2016
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Indenizações de transmissão podem abrir nova batalha judicial no setor
2 União abre crédito suplementar de R$ 1,1 bi para estatais de energia
3 Energia Elétrica apresenta variação de 0,43% no índice habitação do IPCA
4 Belo Monte tem mais uma unidade liberada para operar em teste
5 MCP: inadimplência de outubro ficou em 63,4%

Empresas
1 Estatal Furnas toma calote de R$ 270 mi
2 Eletrobras: 30 dias para ressarcir R$ 733 mi
3 Delta Energia vai competir com BTG com nova comercializadora: Principal Energia
4 Foco da Principal Energia será em operações estruturantes
5 Faturamento industrial em GTD deve encolher 1% em 2017
6 Empresa de eficiência da Cemig busca diversificar área de atuação
7 RGE investe R$ 211,4 mi na rede elétrica em 2016
8 RGE: melhoramentos nas redes primária e secundária

9 Chesf energiza novo transformador em subestação do Ceará

10 Celesc continua com o trabalho de reparos na rede atingida por ciclone

Leilões
1 LER: contratação será feita para atender a necessidade da indústria
2 LER: necessidade de se atrair novos players para energia solar fotovoltaica

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Nível dos reservatórios pelo Brasil
2 Previsão de vazões no sul volta a ficar acima da MLT
3 Dezembro começa com menor consumo de energia

4 Brasil adiciona capacidade recorde de geração em 2016

Meio Ambiente
1 CPFL Energia e Bosch fecham acordo para veículo elétrico

Energias Renováveis
1 Inaugurada primeira usina de energia solar do Rio Grande do Sul

Grandes Consumidores
1 Projeto da Vale S11D obtém licença de operação do Ibama

Economia Brasileira
1 Mansueto: Não há porque revisar expectativa de crescimento de 2017
2 Veremos recuperação gradual mais adiante, diz presidente do BC

3 Sem fatores sazonais, desemprego já supera 12% no país
4 Analistas estimam que inflação vai fechar o ano abaixo de 6,5%
5 Mercado reduz projeção para PIB e inflação, apura Focus
6 Inflação de novembro reforça aposta em corte maior nos juros
7 BC deve permitir corte maior na taxa Selic
8 CNI: custos da indústria ficam estáveis no terceiro trimestre
9 IPCA pode encerrar o ano próximo ao teto da meta, de 6,5%, diz IBGE
10 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Energia solar dá renda extra a propriedades rurais no Reino Unido
2 Consumo de carvão no planeta deve cair até 2021, diz AIE
3 Bolívia teve um excedente de gás e baixa sua produção
4 Colômbia angaria US$ 115 milhões com primeira emissão de títulos verdes
5 EY destaca a atratividade do Chile para investimento em energia renovável, mas adverte deficiências na transmissão

6 Portugal: Concluído processo para a instalação do parque eólico ao largo de Viana do Castelo


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Indenizações de transmissão podem abrir nova batalha judicial no setor

O pagamento de indenizações pelas instalações de transmissão da Rede Básica existente em maio de 2000 é polêmica e pode abrir uma nova frente de batalha no setor elétrico em 2017. Se existe apreensão entre as distribuidoras quando aos possíveis impactos financeiros, consumidores descontentes com a perspectiva de terem de custear a quase totalidade de um valor calculado inicialmente em R$ 55 bi não descartam a possibilidade de recorrer ao Judiciário. A fonte de discórdia é a Portaria 120, do MME, que determinou a inclusão dos valores homologados pela Aneel na Base de Remuneração das transmissoras, para que o custo de capital seja adicionado às RAP. A proposta de resolução da Aneel que vai regulamentar a portaria abriu um processo de discussão no qual distribuidoras se mostram preocupadas com o aumento dos custos financeiros que terão de carregar até conseguirem repassar a despesa à tarifa de seus consumidores. O valor estimado pela agência reguladora acendeu o alerta em relação aos impactos tarifários, especialmente no segmento de consumo. Para Santana, o efeito da portaria 120 é devastador em termos de aumento de tarifa, e representa um desestimulo à economia em momento de crise. Ele diz que enquanto houver espaço para discussão no campo administrativo com a agência o caminho é a negociação. No entanto, há sólidos fundamentos para o questionamento judicial caso não haja mudança na proposta, como aconteceu com o orçamento da CDE. Para os grandes consumidores atendidos em alta tensão, o questionamento principal é quanto ao direito das transmissoras à indenização das instalações antigas. O impacto médio estimado pela Aneel é de 219%, mas a própria agência reconhece que ele é superior a 300% para alguns usuários da rede. A indenização da RBSE é vista como uma forma de beneficiar as empresas do grupo Eletrobras, que devem receber o grosso das indenizações. (Agência Brasil – 09.12.2016)

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2 União abre crédito suplementar de R$ 1,1 bi para estatais de energia

O Governo Federal abriu um crédito suplementar ao Orçamento de Investimento da União de 2016 no valor de R$ 1,13 bi em favor de oito empresas, entre elas estão a concessionária goiana Celg-D - que foi comprada recentemente pela multinacional italiana Enel - e a Eletroacre, distribuidora que atende ao Estado do Acre. A maior parte dos recursos, R$ 1,1 bi, será disponibilizada para a Petrobras, segundo portaria publicada no DOU de 9 de dezembro, pelo ministro do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Dyogo Henrique de Oliveira. As demais empresas beneficiadas são: Ativos S.A - Securitizadora de Créditos Financeiros, Banco do Nordeste, Companhia de Docas do Espírito Santo, Companhia de Docas do Rio de Janeiro, Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco. O crédito suplementar é um crédito adicional destinado ao reforço de dotação orçamentária já existente no orçamento. É autorizado por lei e aberto por decreto do executivo. (Agência CanalEnergia – 09.12.2016)

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3 Energia Elétrica apresenta variação de 0,43% no índice habitação do IPCA

A inflação do mês de novembro, medida pelo INPC Amplo (IPCA), alcançou a menor variação para o período desde 1998 com 0,18%. De acordo com o balanço divulgado pelo IBGE em 9 de dezembro, o indicador Habitação, onde se inclui a energia elétrica avançou 0,30% com impacto de 0,05 ponto porcentual no índice final. Segundo a avaliação do instituto somente a energia representou 0,43%. Esse valor contabiliza a elevação da conta com a introdução da bandeira amarela no mês. Além disso, fazem parte desse indicador o aumento de 5,8% nas contas de energia de Brasília, reflexo do reajuste de 4,62% em vigor no final de outubro. Por outro lado, do Rio de Janeiro veio a contribuição decorrente da queda de 3,57% por conta da redução de 11,73% da tarifa de uma concessionária naquele estado. E ainda, outra queda, registrada em Goiânia, que teve uma diminuição de 8,83% no valor da tarifa. Aliás, nessa última região é que foi reportado o indicador mais baixo por área estudada, com queda de 0,31% influenciada diretamente pela energia. Dentre as regiões com maior peso no país, São Paulo apresentou inflação de 0,26%, Rio de Janeiro de 0,04% e Belo Horizonte de 0,16%. No ano essas geografias têm um acumulado de 5,77%, 6,06% e 6,34%. Contudo, no Brasil o IPCA até novembro acumula 5,97% ante o teto da meta inflacionária de 6,5%. (Agência CanalEnergia – 09.12.2016)

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4 Belo Monte tem mais uma unidade liberada para operar em teste

A Aneel liberou mais uma unidade geradora de Belo Monte para dar início as operações em teste. O benefício foi para UG4, de 611,1 MW. A Aneel também liberou o início dos testes na EOL Estrela, localizada no município de Trairi, no Estado do Ceará. As unidades liberadas foram 2 a 7, de 2,7 MW cada, totalizando 16,2 MW de capacidade instalada. A Aneel também liberou a EOL Santa Mônica, localizada no município de Touros, no Rio Grande do Norte, para operar comercialmente. O benefício foi para UG10 a UG14, de 2,1 MW cada, totalizando 10,5 MW de capacidade instalada. A EOL Santa Úrsula também recebeu a liberação para a UG3, de 2,1 MW. Outra que também poderá operar comercialmente é a EOL Ventos de Santo Estevão III, no município de Araripina, em Pernambuco. O benefício foi para UG1 a UG13, de 2,3 MW cada, totalizando 29,9 MW de capacidade instalada. A UTE Casa de Força, localizada no município de Fernandópolis, em São Paulo, também poderá operar comercialmente. A liberação foi para UG1, de 1,52 MW, UG2, de 2,4 MW e UG3, de 4 MW, totalizando 7,92 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 09.12.2016)

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5 MCP: inadimplência de outubro ficou em 63,4%

A liquidação financeira do mercado de curto prazo referente às operações de outubro movimentou R$ 960 mi dos R$ 2,62 bi contabilizados. Ou seja, inadimplência de 63,4%. Ficou um valor de em aberto R$ 1,5 bi, valor relacionado às liminares de GSF do mercado livre ainda vigentes e de R$ 160 milhões que representam outros valores em aberto da liquidação. A operação, realizada pela CCEE, envolveu 4.737 agentes, sendo 2.765 credores e 1.972 devedores. A operação registrou os últimos pagamentos dos valores da repactuação do risco hidrológico. O total pago pelos 56 agentes do mercado regulado que aderiram à repactuação, ao longo das nove liquidações realizadas este ano, somou R$ 3,05 bi, informou a CCEE. A Câmara destacou que em virtude dos recursos pagos pelos agentes devedores, foi possível operacionalizar todas as decisões judiciais vigentes que determinaram a preferência do recebimento dos recursos financeiros, além do repasse do montante restante aos demais agentes sem proteção judicial desta natureza. Há cerca de 15 dias, o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri, comentou que se não houver uma solução para esse impasse do GSF para o ACL o mercado corre o risco de ser paralisado novamente. Segundo ele, durante o 8º Encontro Anual do Mercado Livre, a conta em aberto aumenta de R$ 100 mi a R$ 150 mi ao mês. Na liquidação financeira anterior R$ 1,39 bi ficou em aberto em decorrência das liminares que protegem os geradores no ACL. Já na liquidação referente aos recursos de bandeiras tarifárias na contabilização de outubro 2016, houve aporte de R$ 864.694,42 pelas 24 distribuidoras e permissionárias devedoras na conta centralizadora, com pagamento do prêmio de risco hidrológico no valor de R$ 16.708,38 aportados pela Tocantins Energia. Os recursos foram repassados pela Conta Bandeiras a 36 distribuidoras credoras. (Agência CanalEnergia – 09.12.2016)

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Empresas

1 Estatal Furnas toma calote de R$ 270 mi

A estatal Furnas adiantou R$ 270 milhões no início de 2014 para a compra de equipamentos para usinas de energia eólica que nunca foram entregues. Parte do dinheiro foi pago em julho de 2014 a uma empresa que, apenas 12 dias depois de receber, entrou em recuperação judicial. As informações constam em relatórios das empresas criadas para gerenciar quatro complexos de produção de energia no Rio Grande do Norte e no Ceará, aos quais a Folha teve acesso. Os quatro projetos foram abandonados. As companhias que Furnas constituiu para administrar as usinas, duas delas em sociedade com a Caixa Econômica Federal, assinaram contratos para comprar turbinas da indústria argentina Impsa, que tem uma fábrica de aerogeradores em Pernambuco. Os quatro complexos -Punaú, Baleia, Fortim e Famosa I- demandavam investimentos estimados em cerca de R$ 1,5 bilhão e deveriam estar funcionando desde 2015, podendo gerar cerca de 400 MW de energia, cerca de 4% da capacidade instalada de energia eólica do Brasil. Em fevereiro de 2014, a diretoria de novos negócios de Furnas admitiu adiantar 20% do valor dos equipamentos das usinas para a companhia argentina. No caso de uma delas, o complexo de Baleia (RN), a estatal repassou R$ 7 milhões para a compra das máquinas no dia 24 de julho. Em 5 de agosto, a Impsa entrou em recuperação judicial e não entregou as turbinas. Também não devolveu o dinheiro. Encomendas para outras quatro usinas feitas junto à Impsa foram canceladas. Para tentar recuperar o dinheiro adiantado, Furnas acionou o seguro dos quatro projetos, mas só conseguiu recuperar o prejuízo de um deles. Dos outros projetos, ainda não teve os recursos devolvidos. Esse caso ilustra parte das perdas em investimentos feitos pelas estatais do setor elétrico nas chamadas SPE (Sociedades de Propósito Específico), empresas criadas para gerenciar projetos de construção de novas unidades. Em fato relevante publicado neste ano, a Eletrobras, controladora de Furnas, reconheceu que "faltaram controles" para esse tipo de investimento em Furnas. De 2012 a 2015, a Eletrobras acumulou prejuízo de R$ 31,1 bilhões. (Folha de São Paulo – 12.12.2016)

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2 Eletrobras: 30 dias para ressarcir R$ 733 mi

A Aneel determinou que a Eletrobras terá 30 dias para ressarcir o montante histórico de R$ 732,949 milhões ao fundo RGR e à CDE, conforme despacho publicado no DOU de 9 de dezembro. O ressarcimento se refere aos pagamentos de indenizações previstas pela MP 579, convertida depois na Lei 12.783, de 2013. Segundo o despacho no DOU, o montante deverá ser atualizado pelos mesmos índices de correção determinados para o pagamento das indenizações até a data da efetiva devolução. (Valor Econômico – 10.12.2016)

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3 Delta Energia vai competir com BTG com nova comercializadora: Principal Energia

O Grupo Delta Energia está lançando uma nova comercializadora, a Principal Energia. O presidente da nova empresa, Cassiano Agapito, foi um dos fundadores da comercializadora Coomex em 2006. Passado o período de "quarentena" do executivo, ele apostou em uma nova empresa, e trouxe da mesa de energia do BTG Pactual três novos sócios. O objetivo da nova empresa é oferecer produtos diferenciados e sob medida aos clientes, atuando, por exemplo, com derivativos e swaps de contratos. O executivo conta que deixou o BTG Pactual no início de junho deste ano já com o objetivo de voltar a ter seu próprio negócio. Atuando no mercado de comercialização de energia desde 2001, o Grupo Delta Energia entrou com um capital inicial de R$ 20 mi na Principal Energia, e uma participação de 75%. Os demais 25% estão divididos entre Agapito e outros três sócios, todos ex-funcionários do BTG Pactual: Jayme Abras Neto, diretor Comercial da nova comercializadora, Vitor Pontes, chefe de Precificação, e Marcelo Ambra, Tesoureiro. Os quatro diretores da empresa, porém, terão a possibilidade de aumentar a participação, de acordo com o cumprimento de metas de desempenho nos próximos anos. A meta da Principal Energia é chegar a um volume de 500 MW negociados no primeiro ano, com faturamento também de R$ 500 mi. O principal concorrente da comercializadora será justamente o BTG Pactual. (Valor Econômico – 12.12.2016)

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4 Foco da Principal Energia será em operações estruturantes

O foco da Principal Energia será em operações estruturantes, com derivativos, se diferenciando de grande parte das empresas que atuam nesse mercado, que cresceu no último ano com a migração de pequenos consumidores, enquadrados na categoria de consumidores especiais. Ambra, o tesoureiro da comercializadora, iniciou a carreira trabalhando na área de renda fixa e explicou que começou a enxergar o mercado de energia com um "casamento financeiro". O objetivo é acessar os grandes agentes do mercado livre de energia e que já tem experiência com os produtos que a comercializadora oferece. É o caso de grandes geradores de energia, por exemplo. Se uma usina está descoberta em 2017, mas com excesso de energia na carteira em 2018, a comercializadora pode fazer um contrato de swap, e entregar a energia em 2017 e ficar com ela em 2018. Também são feitos contratos indexados à títulos do Tesouro, por exemplo. A solução é "customizada", segundo os sócios. Com faturamento anual superior a R$ 1 bi, a o Grupo Delta Energia, dos empresários Rubens Parreira e Ricardo Lisboa, tem atuação na área de comercialização de energia e também na produção de etanol e biodiesel. Por esse caráter diferenciado da Principal Energia, a Delta não enxergou o novo investimento como uma concorrência, mas como uma oportunidade de um novo mercado a ser explorado. (Valor Econômico – 12.12.2016)

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5 Faturamento industrial em GTD deve encolher 1% em 2017

O desempenho das vendas de equipamentos para o segmento de GTD de energia elétrica só deve voltar a ficar positivo em 2018, avalia a Abinee. Para 2017 é previsto recuo da ordem de 1% no faturamento – de R$ 16,586 bi para R$ 16,420 bi – contra evolução de 3% prevista até o final de 2016 ante 2015. Segundo o presidente da entidade, Humberto Barbato, durante evento de apresentação do balanço anual, as empresas estão agora – e também estarão no ano que vem – atendendo demanda residual de encomendas mais antigas, principalmente no que se refere aos projetos de transmissão. A recuperação judicial do grupo Abengoa, em paralelo, também contribuiu diretamente com um efeito bastante negativo, ressaltou. Para o diretor de GTD da Abinee, Guilherme Mendonça, a perspectiva favorável para 2018 se fundamenta não só em relação ao leilão sucedido de linhas e subestações, realizado pelo governo em outubro, mas também pela previsão de mais duas rodadas para o segmento em 2017 – com R$ 20 bi em investimentos. A retomada da economia, que se espera a partir do ano quem, segundo ele, também tem condições de injetar, progressivamente, novo ânimo na indústria que hoje está com capacidade instalada ociosa. Mendonça elogiou os ajustes feitos pelo governo para as licitações de transmissão, chamando a atenção para o deságio alcançado no leilão de outubro, o que demonstrou, na opinião dele, “que quem regula preço é o mercado quando o ativo é interessante”. (Agência Brasil Energia – 09.12.2016)

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6 Empresa de eficiência da Cemig busca diversificar área de atuação

A Efficientia está buscando participação em chamadas públicas de outras distribuidoras como Celg, Light, Celesc e Copel, o que pode expandir a atuação da companhia para além de seu estado natal, Minas Gerais. A companhia, criada em 2002, teve que adotar uma estratégia diferente para viabilizar novos projetos a partir do ano passado, conta o engenheiro de tecnologia e normalização da empresa, Márcio Eli. Isto porque, desde julho de 2015, uma resolução da Aneel determinou que as distribuidoras passassem a destinar verbas de eficiência energética para outras empresas apenas na chamada pública. Antes disso, a Cemig direcionava suas verbas obrigatórias de eficiência para a controlada, que podia oferecer as soluções financeiras para seus clientes. “Neste ano nos submetemos à chamada pública da Cemig com 12 projetos e aprovamos dez. E estamos também empreendendo nas chamadas públicas de outras distribuidoras”, explica Eli. Até o momento, a companhia vinha restringindo a área de atuação ao estado de Minas Gerais. Apesar da busca por novas fontes de apoio financeiro, o custo mais alto do capital no Brasil, com a recessão, tem desacelerado o mercado de eficiência, aponta o engenheiro. (Agência Brasil Energia – 09.12.2016)

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7 RGE investe R$ 211,4 mi na rede elétrica em 2016

A RGE ampliou os seus investimentos nos 255 municípios de sua área de concessão. A companhia investiu R$ 211,4 mi entre janeiro e setembro de 2016, o que representa um crescimento de 6,5% na comparação com os R$ 198,6 mi de igual período do ano passado. Somente no terceiro trimestre de 2016 foram aplicados R$ 75 mi. Os investimentos RGE refletem diretamente na qualidade do fornecimento de energia elétrico para os mais de 1,45 milhão de clientes. Conforme o seu planejamento estratégico, os recursos foram destinados à ampliação e melhoria das redes elétricas primárias e secundárias, na substituição e manutenção de equipamentos e no suporte ao crescimento do mercado. Nos nove primeiros meses do ano, a distribuidora desenvolveu uma série de projetos para tornar o seu sistema elétrico mais resistente aos fatores externos, como os fenômenos climáticos que se tornaram cada vez mais recorrentes e castigam a rede com os temporais em sequência que atingem o Estado. Além disso, a RGE segue desenvolvendo ações que preparam o sistema elétrico da companhia para o futuro aumento da demanda por energia tanto dos clientes industriais quanto dos consumidores das classes comercial e residencial. Para a execução de projetos destinados à expansão do mercado consumidor e do número de clientes, a RGE fez investimentos robustos no terceiro trimestre deste de 2016. Foram R$ 25,5 mi empregados na instalação de novos medidores para clientes residenciais, industriais e comerciais. Neste montante também estão contabilizadas ações de ampliação da rede trifásica a novos pontos das áreas rurais. Os projetos de suporte de crescimento do mercado receberam R$ 20,7 mi. Uma parcela dos recursos foi aplicada na modernização e aumento de capacidade de subestações e nas adequações das redes de distribuição. (Agência CanalEnergia – 09.12.2016)

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8 RGE: melhoramentos nas redes primária e secundária

A RGE fez melhoramentos da ordem de R$ 9,2 mi nas redes primária e secundária. Por sua vez, as manutenções do sistema elétrico e os reparos emergenciais na rede elétrica, tais como a troca de transformadores avariados, consumiram R$ 11 mi dos recursos entre julho e setembro deste ano. Já as ações para o combate às perdas comerciais, como a substituição de medidores obsoletos, receberam R$ 355 mil dos recursos no período. O presidente da RGE, José Carlos Saciloto Tadiello, ressaltou a ampliação nos investimentos nos três trimestres de 2016 em relação ao mesmo período do ano passado, especialmente diante do cenário adverso para a economia brasileira. (Agência CanalEnergia – 09.12.2016)

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9 Chesf energiza novo transformador em subestação do Ceará

A Chesf energizou, no último dia 4 de dezembro, o novo transformador de aterramento, em 69 kV, em substituição aos existentes, na Subestação Delmiro Gouveia, no Estado do Ceará. Com um investimento de aproximadamente R$ 800 mil, esse foi o décimo quinto transformador substituído pela empresa, de um pacote de 23, autorizados pela Aneel, sendo que três vão compor a sua segunda unidade de transformador de aterramento. O empreendimento, objeto da Resolução Autorizativa da Aneel nº 3.578/2012, tem como finalidade limitar a ocorrência de sobretensões no barramento de 69 kV a valores suportados pelos equipamentos, adequando os níveis de curto-circuito da subestação à ampliação prevista para essa instalação. (Agência CanalEnergia – 09.12.2016)

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10 Celesc continua com o trabalho de reparos na rede atingida por ciclone

A Celesc continua trabalhando para recompor o sistema elétrico atingido pelo ciclone subtropical no último final de semana, principalmente em regiões da Ilha de Santa Catarina, parte insular de Florianópolis. Ainda restam cerca de 1.100 unidades consumidores sem luz. Segundo a Divisão Técnica da Agência Regional Florianópolis, há cerca de 20 situações que exigem instalação de novos postes ou lançamento de cabos: "São situações mais complexas que demandam mais tempo de trabalho", diz o chefe da Divisão, engenheiro Adriano Luz. Também ainda há registros de 35 cabos partidos, 20 faltas de fase e 12 casos de árvores sobre a rede que podem ser resolvidos diretamente pelas equipes da Celesc. No momento a força tarefa está composta por 17 equipes com caminhões e 26 equipes de manutenção leve. Segundo previsão da EPAGRI/CIRAM até sábado persiste risco de chuvas intensas, temporais isolados, descargas elétricas, ventania e formação de granizo, no Oeste e Norte do Estado, por influência de um cavalo. Apesar disso, o CIRAM esclarece que não existe previsão de nova ocorrência do fenômeno que atingiu principalmente Florianópolis e região na madrugada do último domingo, 4 de dezembro. (Agência CanalEnergia – 09.12.2016)

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Leilões

1 LER: contratação será feita para atender a necessidade da indústria

O governo federal sinalizou com o atendimento de demanda da fonte eólica no leilão de energia de reserva (LER). O MME afirmou que está sensível ao problema que vem se apresentando para a manutenção da indústria deste segmento no país, o baixo nível de contratação ante o volume de empresas que o país atraiu nos últimos anos. Apesar de não revelar números de qual será a demanda contratada no próximo dia 19 de dezembro, o secretário de Desenvolvimento e Planejamento Energético do MME, Eduardo Azevedo, disse que o governo já sabe qual é o volume em MW que serão necessários para manter a cadeia industrial no país. Com essa decisão o governo quer mostrar boa vontade com a demanda setorial, uma vez que neste ano não houve contratação de fontes eólicas por meio de leilões. Mas, a demanda poderá ficar abaixo do que a indústria vem apregoando como a ideal para atender a todos os players. Desde meados desse ano é que o volume de 3 GW de capacidade ao ano é apontado como o que o setor precisa para manter a capacidade instalada ocupada. Contudo, o MME admite que nem toda a demanda que será contratada reverterá em novos pedidos para a indústria, até porque já havia a perspectiva de participação de empreendimentos que já estavam em construção e não entraram em operação comercial. Segundo a avaliação de Azevedo, essa possibilidade existe sim, é real e pode ser que parques que já compraram máquinas saiam vitoriosos. Na avaliação de Azevedo, a perspectiva é de que haja uma disputa interessante no leilão deste ano. Mas relativizou a participação dos empreendimentos em construção que podem entrar no LER. Dos cerca de 800 parques que poderiam entrar apenas 300 apresentaram as garantias financeiras exigidas. Ou seja, isso reduz o risco dos projetos novos e da indústria, pois são cerca de 150 MW caso todos consigam vender energia. O discurso parece estar alinhado com o da entidade que representa o setor, a ABEEólica. Segundo o presidente do Conselho de Administração da entidade, Lauro Fiúza, o importante para a indústria é que o governo mantenha a realização dos leilões para a fonte. Ele disse que um nível mais reduzido de demanda por um determinado período de tempo não se constitui em um grande problema. Pelo contrário, é uma oportunidade para que as empresas realizem ajustes internos para adequar seus custos. (Agência CanalEnergia- 09.12.2016)

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2 LER: necessidade de se atrair novos players para energia solar fotovoltaica

Outra questão que o governo federal deverá atender por meio do leilão de energia de reserva (LER) é quanto à outra fonte que está habilitada a disputar os contratos de energia de reserva, a solar. Segundo o secretário de Desenvolvimento e Planejamento Energético do MME, Eduardo Azevedo, enquanto a eólica tem que ser mantida a energia solar fotovoltaica tem um desafio de se consolidar no país. E isso leva à necessidade de se atrair novos players e isso não se faz com pequenos volumes. “Mesmo num cenário apertado teremos folga para trazer um sinal positivo para novos investimentos, precisamos ter pelo menos de 800 MW a 900 MW de capacidade de produção anual de módulos no país, ou seja, mais umas duas ou três fábricas para atrair competição no país”, acrescentou. Essa folga, disse, deverá ser mais clara quando o governo concluir o estudo de revisão de garantia física das usinas do setor elétrico e saber qual é o real volume de energia de papel e a física realmente que o Brasil dispõe. Essa informação é esperada para janeiro do ano que vem. (Agência CanalEnergia- 09.12.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Nível dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Norte estão operando com volume de 19%, recuando 0,2% em comparação com o dia anterior. Os dados são do ONS, referentes ao último dia 8 de dezembro. A energia armazenada na região é 2.852 MW/mês e a ENA é 2.256 MWm, que é o mesmo que 37% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Tucuruí está operando com volume de 27,71%. No submercado SE/CO, os reservatórios operam com volume de 32,8%, recuando 0,1% em relação ao dia anterior. A energia armazenada é 66.603 MW/mês e a ENA é 32.615 MWm, que é equivalente a 64% da MLT. A usina de Furnas está operando com 47,38% da capacidade e a de Nova Ponte com 22,96%. Na região Nordeste, houve acréscimo de 0,3%, o que deixou os reservatórios operando com volume de 11,5%. A energia armazenada é 5.947 MW/mês e a ENA é 5.475 MWm, que é o mesmo que 47% da MLT. A usina de Sobradinho está operando com volume de 7,77%. No Sul, houve queda de 1% em comparação com o dia anterior, o que deixou os reservatórios com volume de 65,8%. A energia armazenada na região é 13.124 MW/mês e a ENA é 6.175 MWm, que é o mesmo que 77% da MLT. A usina de Barra Grande está operando com 66,23% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 09.12.2016)

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2 Previsão de vazões no sul volta a ficar acima da MLT

A segunda revisão semanal do PMO para novembro, divulgada pelo ONS nesta sexta-feira, 09 de dezembro, indicou elevação nas vazões apenas para o submercado Sul em comparação à expectativa da semana passada. O nível esperado de ENA passou de 94% para 112% da media de longo termo. No resto do país houve recuo nas previsões, o SE/CO caiu de 102% para 90%, no Nordeste de 64% pra 56% da MLT e no Norte, a variação da ENA esperada foi de 11 pontos porcentuais, passou de 59% para 48% da média histórica. O nível de armazenamento máximo esperado para o período passou pela mesma variação das vazões com redução para 35,9% no SE/CO, no Sul a estimativa é de elevação a 69,3%, já para o NE a nova projeção aponta para 16,8% de armazenamento e no Norte houve leve aumento para 13,2% ante os 13% previstos para o mês na semana passada. A previsão de carga permaneceu praticamente estável nas estimativas do final do mês, passou de uma queda de 1,5% estimados na semana passada para uma retração de 1,4% ante o mesmo mês do ano passado. A expectativa é de no SE/CO seja reportada uma retração de 3,2%, no Sul, queda de 0,1%, no NE a variação ficou em 0,1 ponto porcentual, para baixo, passando a um crescimento de 2,4% e no Norte aumento de 1,8%. O CMO médio na semana operativa que se inicia em 10 de dezembro continua equalizado em todas as regiões a R$ 152,36/MWh. As cargas pesada e média estão em R$ 153,66/MWh e a leve em R$ 150,07/MWh. A geração térmica para a terceira semana operativa do mês está em 6.171 MWm. Desse montante, 5.360 MWm por ordem de mérito, 594 MWm por inflexibilidade e 218 MWm por restrição elétrica. Não há previsão de despacho por garantia energética. Em termos operacionais, o ONS destacou que no último dia 5 de dezembro, a UHE Tucuruí (PA, 8.340 MW) atingiu a cota 62 metros, levando ao desligamento da fase 2 da central. Outra medida operacional, tomada a partir do dia 3 de dezembro foi a redução gradual da vazão defluente na UHE Três Marias em função do aumento das vazões incrementais à jusante da central. O volume passou de 280 m³/s 165 m ³/s. já para o clima espera-se precipitação nas bacias do rio Uruguai, Iguaçu, Paranapanema, Tietê, Grande e Paranaíba. E também no Alto São Francisco e no Alto Araguaia. (Agência CanalEnergia – 09.12.2016)

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3 Dezembro começa com menor consumo de energia

A geração e o consumo de energia elétrica caíram pouco mais de 3% na primeira semana de dezembro, de acordo com levantamento do CCEE. Os consumidores conectados ao SIN demandaram 58.768 MWm de energia, com queda de 5,3% no mercado regulado (ACR) e elevação de 3,5% no livre (ACL). A diferença é reflexo da migração de agentes para o ambiente de negociação livre, segundo a entidade. Dentre os setores industriais monitorados pela CCEE, incluindo comercializadores varejistas, autoprodutores, consumidores livres e especiais, os maiores índices de consumo foram os registrados em comércio (84,3%), serviços (53,3%) e telecomunicações (44,7%) — o que também tem relação com a migração de agentes. Houve queda no consumo de energia entre os setores de extração de minerais metálicos, de 28,2%, químico, de 11,2%, transportes, de 10,8%, e metalurgia e produtos de metal, de 8,7%. Quando expurgado o efeito de transição dos consumidores do ACR para o ACL, todos os segmentos analisados no período tiveram redução na demanda. (Agência Brasil Energia -0 09.12.2016)

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4 Brasil adiciona capacidade recorde de geração em 2016

Até novembro, o Brasil adicionou 9.130 MW de capacidade instalada de geração elétrica, de acordo com dados apresentados pelo CMSE, na última quinta-feira (8/12). O volume já supera a meta para o ano todo, de 7.223 MW, em 26% e representa recorde de expansão anual da geração (anteriormente de 2014, quando foram adicionados 7.509 MW). Em termos de expansão da transmissão, entraram em operação no acumulado do ano 4.334 km de linhas de transmissão e 9.697 MVA capacidade de subestações. O CMSE também apresentou as projeções de risco de déficit de energia para 2017, que é de 0,9% no SE/CO e de 0,1% no Nordeste. A Energia Armazenada nos reservatórios equivalentes dos subsistemas SE/CO, Sul, Nordeste e Norte era de 33,4%, 71,0%, 10,0% e 21,0%, respectivamente, até novembro. Na reunião do Comitê, o ONS destacou que as previsões da maioria dos modelos indicam 55% de possibilidade do fenômeno La Niña se estender durante o trimestre de dezembro/2016 a fevereiro/2017, o que o caracteriza como um episódio de curta duração e fraca intensidade. Nessas condições, é pouco provável que a situação oceânica no Pacífico exerça influência sobre as precipitações da atual estação chuvosa do SE/CO. Além disso, está prevista a passagem de uma frente fria, a partir do dia 8 de dezembro, pelas regiões Sul e Sudeste e deve ocasionar valores significativos de precipitação nas bacias hidrográficas dessas regiões. (Agência Brasil Energia – 09.12.2016)

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Meio Ambiente

1 CPFL Energia e Bosch fecham acordo para veículo elétrico

A Bosch incorporou, em sua frota de veículos operacionais, um veículo elétrico que vai ser utilizado na região metropolitana de Campinas, como parte de um acordo entre a alemã e a CPFL Energia. De acordo com a holding de energia, o contrato prevê a concessão de um modelo Renault Kangoo elétrico em regime de comodato e a instalação de uma estação de recarga nas instalações da Bosch em Campinas. O acordo prevê como contrapartida o compartilhamento, pela Bosch, de dados e informações obtidas durante a operação do veículo com a equipe do Programa Emotive, da CPFL Energia, além de contribuição mensal para o desenvolvimento das pesquisas do projeto. Ainda de acordo com a CPFL, novos pontos de recarregamento público estarão disponíveis em ruas e shoppings centers de Campinas, entre outras localidades. (Agência Brasil Energia -09.12.2016)

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Energias Renováveis

1 Inaugurada primeira usina de energia solar do Rio Grande do Sul

Foi inaugurada nesta sexta-feira (9) a primeira usina de produção de energia elétrica a partir do sol no Rio Grande do Sul. As estruturas foram montadas no entroncamento das BR-386 e BR-158 em Boa Vista das Missões, no Noroeste do estado, cidade de pouco mais de 2,1 mil habitantes. Ao todo são mais de mil placas solares em 25 painéis, que garantem a geração de 257 kw de energia. Com isso, até 300 famílias podem ser abastecidas com a energia, considerada limpa. "A luz solar ela entra através da captação dessas células, ela é convertida em eletricidade, vai para uma subestação e essa subestação está conectada a uma rede de média tensão", explica o gerente de energia alternativa Marco Weirich. Esta é a primeira etapa do projeto de geração de energia solar da cooperativa da região Norte do estado, que atende 36 cidades. O diretor técnico da Creluz, Valdair Pedro Battisti, explica que as condições climáticas favoreceram a escolha do local. "Não tem cerração, é mais alto, sem cerração e o município foi estratégico." A obra custou mais de R$ 4 mi e a maioria dos equipamentos foi fabricado no Brasil. O presidente da Creluz, Elemar Battisti, observa que uma usina de energia solar tem menos impacto no meio ambiente, em relação a uma hidrelétrica. (G1 – 09.12.2016)

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Grandes Consumidores

1 Projeto da Vale S11D obtém licença de operação do Ibama

A Vale recebeu licença de operação do Ibama para iniciar a exploração no projeto S11D, no Pará – "maior projeto de minério de ferro da história da empresa e da indústria da mineração", segundo a companhia. A previsão é que o empreendimento entre em operação comercial em janeiro de 2017. A licença de operação é válida por 10 anos e inclui mina para extração de minério de ferro, usina de beneficiamento, acessos, pilhas de estéril, diques e demais estruturas auxiliares. "A decisão ocorreu após a conclusão, no último dia 30/11, de parecer técnico que apontou não haver óbices à emissão da licença de operação", informou o Ibama. A licença estabelece o cumprimento de 16 condicionantes específicas pela empresa. O projeto S11D não contempla barragens de rejeitos. Segundo o Ibama, o beneficiamento do minério ocorrerá sem a necessidade de adição de água, tornando desnecessário o estabelecimento de barragens de rejeitos. "Isso se deve à combinação da qualidade do minério a ser lavrado com a tecnologia de beneficiamento proposta durante a análise de viabilidade ambiental do empreendimento", informou o Ibama. A mina está localizada em Canaã dos Carajás, no Sudeste do Pará. Está prevista a produção de até 90 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. O empreendimento entrará em operação comercial em janeiro de 2017. Em comunicado ao mercado, a Vale informou que o conjunto de mina e planta do projeto alcançou 96% de avanço físico em 30 de outubro de 2016 e os testes com carga estão progredindo com sucesso. (G1 – 09.12.2016)

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Economia Brasileira

1 Mansueto: Não há porque revisar expectativa de crescimento de 2017

O secretário de acompanhamento econômico do ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, afirmou nesta sexta-feira que não há por que revisar a expectativa do governo de crescimento do PIB de 1% em 2017, mesmo com a previsão de recuperação mais lenta da economia para o próximo ano e com a revisão para baixo de expectativas de bancos. Tanto que é aquela projeção de 1% [de crescimento para 2017]. O secretário, porém, admitiu que a retomada do crescimento está demorando mais do que se esperava inicialmente. “A recuperação tem sido um pouco mais gradual do que se esperava”. Ele também reconheceu que “todo mundo revisou as expectativas para baixo”. O secretário acrescentou que a recuperação mais gradual do que se esperava é um estímulo para agilizar a agenda de reformas. Ele reconheceu que o crescimento em 2017 será menor do que esperado em meados deste ano. “Isso serve de incentivo para a gente apressar mais ainda a agenda de reformas, inclusive a agenda micro para ajudar que essa recuperação seja mais rápida”, completou. “Se o Brasil fizer o ajuste fiscal, do jeito que está caminhando, com a retomada das concessões, dentro desse novo marco regulatório, e ainda mais com uma série de coisas na área micro, a consequência natural disso é que a produtividade vai crescer”, acrescentou. “A reforma é aquela. Tem que ver se vai passar exatamente como o governo enviou. Às vezes se modifica coisas que o impacto fiscal não é muito grande, às vezes regras de transição. Tem que ver o que vai sair”, afirmou. “A proposta do governo tem que ser discutida com a sociedade e com o Congresso”, completou. Mansueto participou de seminário Perspectivas de Médio e Longo Prazo do Ajuste Fiscal no Brasil, organizado pelo IBRE/FGV, no Rio de Janeiro. (Valor Econômico – 09.12.2016)

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2 Veremos recuperação gradual mais adiante, diz presidente do BC

A queda na atividade econômica no curto prazo não significa que não haverá retomada, opinou o presidente do BC, Ilan Goldfajn. “Veremos recuperação gradual mais adiante. ” Ele tornou a admitir, porém, que as evidências disponíveis apontam que a retomada da atividade econômica pode ser mais demorada e gradual do que a antecipada previamente e defendeu a agenda de reformas como "imprescindíveis" para reativar a economia. Em discurso preparado para almoço no IEDI, Ilan lembrou que os gastos públicos cresceram, em média, quase 6% acima da inflação entre 1997 e 2015 e disse que despesas crescentes precisam ser financiadas pelo aumento da carga tributária ou da dívida pública - como foi o caso até hoje -, ou, em última instância, via aumento da inflação. “É preciso interromper essa dinâmica o quanto antes. ” Para o presidente, o aumento da inflação, da carga tributária ou da dívida pública para financiar gastos públicos crescentes não são mais opções viáveis, pois prejudicam a recuperação da economia. Assim, disse Ilan, o teto para o crescimento dos gastos públicos é um primeiro passo nesse sentido, pois o país voltará a fazer escolhas ao invés de elas serem impostas pelas circunstâncias. (Valor Econômico – 12.12.2016)

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3 Sem fatores sazonais, desemprego já supera 12% no país

A taxa de desemprego já supera a marca de 12% em cálculos que levam em conta o ajuste sazonal dos dados divulgados pelo IBGE. Na série dessazonalizada do Goldman Sachs, por exemplo, a desocupação atingiu o nível recorde de 12,1% nos três meses encerrados em outubro - acima dos 11,8% dos números originais da PNAD Contínua. No mesmo período de 2015, a desocupação estava em 9,2% quando se descontam fatores sazonais, segundo o Goldman Sachs. Na série original do IBGE, a taxa era de 8,9%. Os números dão uma medida da deterioração acentuada do mercado de trabalho, um dos principais motivos que explicam a queda do consumo privado, ao lado do nível elevado de endividamento das famílias e da contração do crédito. Segundo analistas, essa piora deve continuar nos próximos meses. Para o diretor de pesquisa para a América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, o desemprego seguirá em alta em termos dessazonalizados até metade do ano que vem, quando deve se estabilizar entre 12,5% e 13%. Ele observa que a contração do emprego está se acelerando. Nos três meses até outubro, a população ocupada caiu 2,6% em relação a igual período de 2015, o equivalente a 2,4 milhões de pessoas. Foi uma queda mais forte que a registrada no trimestre encerrado em setembro, de 2,4% na comparação. (Valor Econômico – 12.12.2016)

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4 Analistas estimam que inflação vai fechar o ano abaixo de 6,5%

A possibilidade de que a inflação feche o ano de 2016 abaixo do teto da meta de 6,5% estabelecida pelo BC ficou mais plausível após a surpresa positiva do indicador de novembro. A variação de 0,18% IPCA, 0,1 ponto percentual abaixo da média de estimativas colhidas pelo Valor Data, 0,28%, promoveu uma série de revisões para baixo de estimativas entre consultorias e instituições financeiras. Mais do que o cumprimento do parâmetro do sistema de metas, a dinâmica mais benigna dos preços observada nos últimos meses, para alguns economistas, torna mais factível o cumprimento do centro da meta, de 4,5%, já em 2017. Com o resultado de novembro, o IPCA acumulado em 12 meses desacelerou de 7,87% para 6,99%. Há 23 meses ele roda acima do limite máximo estipulado pela autoridade monetária. Com o comportamento mais benigno que o esperado em 7 dos 9 grupos que compõem o IPCA, a MCM Consultores revisou a estimativa não apenas para o ano, de 6,6% para 6,45%, mas também a de dezembro, de 0,50% para 0,45%, conta a economista Basiliki Litvac. "É inegável, quando observamos o IPCA, que não é um item ou outro que está trazendo a inflação para baixo, é um processo difundido, fruto da recessão". A perda de fôlego recente dos preços fica mais clara quando se observa a inflação acumulada no trimestre até novembro, 0,52%, e mesmo no semestre, apenas 1,84%. Em março, o acumulado em seis meses estava em 5,51%. (Valor Econômico – 12.12.2016)

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5 Mercado reduz projeção para PIB e inflação, apura Focus

Os analistas do mercado financeiro continuam a revisar para baixo a estimativa para o crescimento da economia no ano que vem. De acordo com o boletim Focus, a mediana das estimativas para o PIB de 2017 caiu, pela oitava semana consecutiva, de 0,80% para 0,70%. As revisões se acentuaram após a divulgação do PIB do terceiro trimestre no fim de novembro. A queda de 0,8% na série com ajuste sazonal, mostrou um aprofundamento da retração da economia. No segundo trimestre, o recuo foi de 0,6% ante o primeiro trimestre. Sem expectativa de reação nos últimos três meses do ano, a avaliação dos analistas tem sido a de que 2016 carregará para 2017 uma recessão mais difícil de ser debelada. No Focus, a mediana para o PIB de 2016 piorou de queda de 3,43% para 3,48%, após ter tido uma melhora relativa na semana anterior. Como o ano já no fim, as previsões têm se mantido de retração em torno de 3,40% a 3,50%. O Focus, boletim semanal do Banco Central feito com as opiniões de cem instituições financeiras, também informa que pioraram as expectativas para a produção industrial. A deste ano saiu de queda de 6,50% para recuo de 6,68%. A do ano que vem, de crescimento de 1,05% para apenas 0,75%. (Valor Econômico – 12.12.2016)

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6 Inflação de novembro reforça aposta em corte maior nos juros

A surpresa positiva com o dado do IPCA de novembro eleva a possibilidade de a inflação oficial terminar o ano no teto da meta estabelecida pelo CMN, de 6,5%, conforme avaliação dos especialistas consultados pelo Broadcast, sistema de informações em tempo real do Grupo Estado. O IPCA de novembro marcou 0,18%, após 0,26% em outubro, e foi o menor para o mês desde 1998. O resultado veio abaixo das estimativas do mercado, que estavam entre 0,22% e 0,35%, segundo pesquisa do Projeções Broadcast. Antes do dado do IPCA do mês passado, os economistas tinham mais dúvidas sobre a possibilidade de a inflação fechar no teto da meta. Agora consideram crível essa possibilidade, uma vez que é preciso somente que o dado de dezembro em uma taxa em torno de 0,50%, uma estimativa provável, conforme eles. Embora o grupo Transportes deva acelerar, com alta da gasolina e das passagens áreas, os grupos Alimentação e Habitação devem ajudar o índice a ficar em um porcentual comportado. Essa expectativa desinflacionaria ainda reforça as apostas dos especialistas sobre a aceleração do ritmo de flexibilização monetária, com corte de 0,50 ponto porcentual da Selic na reunião de janeiro do Copom, nos dias 10 e 11. O Economista avaliou da Parallaxis, Rafael Leão, que já prevê 6,5% para inflação em 2016. (O Estado de São Paulo – 09.12.2016)

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7 BC deve permitir corte maior na taxa Selic

Todos os economistas consultados são unânimes em dizer que o processo desinflacionário está bem encaminhado, o que, somado à atividade fraca, deve permitir um corte maior na Selic no próximo Copom, conforme sinalizado pelo BC tanto no comunicado quanto na ata. "O BC tem sido conservador, mas a aceleração do ritmo de corte fica cada vez mais nítida", comentou o analista econômico da RC Consultores, Everton Carneiro. O dado fraco do IPCA de novembro motivou o economista Rafael Leão a mudar sua projeção de corte da Selic de 0,25 ponto porcentual para 0,50 ponto. "Não tem mais muita justificativa para o Copom seguir a passos lentos. Ainda esperava recuo de 0,25 ponto porcentual em janeiro, por causa do cenário político, diante da possibilidade de a PEC não avançar. Mas, agora, acredito que a votação deve acontecer. Ou seja, não tem mais nada no radar que impeça queda maior dos juros. Até mesmo serviços subjacentes desaceleraram", explicou. Os analistas apontam, contudo, que um recuo de 0,75 ponto na taxa básica ainda não está previsto nos cenários, principalmente pelas incertezas no cenário externo, com Donald Trump na presidência dos EUA, e no campo doméstico, com a instabilidade criada pela crise política. "A grande vitória desse BC é manter as expectativas para os índices de inflação em desaceleração. Como é um BC cauteloso e não quer perder a credibilidade, deve ser um processo gradual de queda de juros", estimou o economista do Brasil Plural. (O Estado de São Paulo – 09.12.2016)


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8 CNI: custos da indústria ficam estáveis no terceiro trimestre

A CNI divulgou hoje (9) que o Indicador de Custos Industriais registrou alta de 0,3% no terceiro trimestre, na comparação com os três meses anteriores, descontados os efeitos sazonais. Por outro lado, no mesmo período, os preços dos produtos industriais subiram 0,5%. De acordo com a CNI, no caso dos custos, houve a redução dos gastos das indústrias com energia e bens intermediários e com o capital de giro. As quedas registradas nesses indicadores compensaram o aumento de 2% nos custos com pessoal e 1,6% no custo tributário, registrados no terceiro trimestre em relação ao período imediatamente anterior, na série dessazonalizada. Apesar da crise econômica, destaca a CNI, o índice de custo com pessoal cresceu 8,8% frente ao mesmo trimestre de 2015 e ficou acima do crescimento de 8,48% registrado pelo IPCA no período, que indica indexação dos salários na indústria. Além disso, o índice de custo tributário subiu 1,6% no terceiro trimestre na comparação com o segundo. O estudo mostra também que o indicador de custo com capital de giro caiu 2,8% na comparação com o segundo trimestre, na série dessazonalizada. Foi a segunda queda do indicador. O índice de custo com energia caiu 1,1% no terceiro trimestre em relação ao segundo, na série com ajuste, resultado da queda de 1,2% no custo com energia elétrica e de 0,7% no custo com óleo combustível. (Agência Brasil – 09.12.2016)

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9 IPCA pode encerrar o ano próximo ao teto da meta, de 6,5%, diz IBGE

A inflação medida pelo IPCA deve encerrar 2016 perto do teto da meta estipulada pelo BC, afirmou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora dos índices de preços do IBGE. Nos 12 meses até novembro, o índice de preços acumula alta de 6,99%, acima do teto da meta de 6,5%, mas a expectativa é que esse número fique mais próximo daquele previsto pela autoridade monetária. Segundo Eulina, a taxa do IPCA em dezembro deve ser menor do que a de um ano antes, de 0,96%, contribuindo para que a inflação fique mais próxima do desejado pelo BC. Entre os itens que devem ajudar a segurar o IPCA em dezembro estão a energia elétrica, que sofreu reduções em concessionárias do Rio de Janeiro e de Porto Alegre, além da mudança da bandeira amarela para verde na conta de energia elétrica. No campo, a melhora do clima e uma perspectiva de boa safra para 2017 devem ajudar a conter o preço dos alimentos. Por outro lado, o IBGE já aponta altas em cigarro e o reajuste da gasolina de 8% concedido pela Petrobras nas refinarias esta semana. Em novembro, o IPCA aumentou 0,18%, menor índice para o mês desde 1998, quando caiu 0,12%, e ficou abaixo da expectativa média dos analistas ouvidos pelo Valor, de 0,28%. (Valor Econômico – 09.12.2016)

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10 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 10h39, o dólar comercial subia 0,72%, a R$ 3,3961, longe da máxima de R$ 3,4079 (alta de 1,07%). Na sexta-feira, o dólar comercial fechou em queda de 0,31% a R$ 3,3718. (Valor Econômico – 12.12.2016 e 09.12.2016)

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Internacional

1 Energia solar dá renda extra a propriedades rurais no Reino Unido

A bela fazenda de Nicholas Beatty, nos arredores de Hartwell, na Inglaterra, encontrou uma nova forma de gerar dinheiro. Fileiras de painéis solares acinzentados cobrem 10 hectares da propriedade, transformando a luz do sol em eletricidade, enquanto cervos do tamanho de cachorros pulam. Os painéis não são mais tão incomuns nas propriedades rurais do Reino Unido. A novidade dos campos de Beatty é um enorme contêiner de 12 metros de comprimento. Em seu interior, cerca de 200 células de íon-lítio que formam uma bateria grande o bastante para armazenar uma parte substancial da eletricidade solar gerada pela fazenda. A bateria e seu software dão a Beatty uma vantagem em relação a outros produtores. Ao armazená-la, Beatty pode fornecer energia à rede quando os preços estão mais altos. Beatty conta que a bateria custou cerca de 850 mil libras e poderá aumentar seu faturamento anual em até 200 mil libras. Além de ganhar mais com o agendamento da transferência de energia para o sistema, ele planeja entrar em um leilão para se tornar fonte reserva de energia, para compensar quedas inesperadas na rede. Beatty é um dos empreendedores que tentam se adaptar às rápidas mudanças do cenário energético. A iniciativa global para combater a mudança climática está forçando o setor a evoluir. Usinas elétricas de carvão mineral são poluidores e estão sendo fechadas, ao passo que fontes limpas de energia crescem rapidamente. Embora as fontes de energia renováveis tenham a enorme vantagem de não emitir os gases responsáveis pelo aquecimento global, os operadores das redes de energia têm dificuldade para contar com esse tipo de energia, já que a produção depende do vento ou do sol. Além disso, a energia que produzem é basicamente gratuita, o que força os preços para baixo. “O uso crescente de fontes renováveis está criando um sistema energético instável”, afirmou David Hill, gestor da Open Energy, uma empresa britânica que ajuda indústrias a pouparem dinheiro por meio da gestão do uso de energia. As baterias são uma forma de alcançar essa flexibilidade. Em meio a tantas transformações, o Reino Unido e outros países criaram incentivos para que as empresas que geram energia não deixem a luz acabar. (O Estado de São Paulo – 10.12.2016)

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2 Consumo de carvão no planeta deve cair até 2021, diz AIE

O consumo mundial de carvão deve registrar uma desaceleração até 2021 graças a uma maior eficácia energética, mas o combustível muito poluente continuará sendo indispensável na produção de energia elétrica da Ásia, afirma a AIE. "Por seus efeitos sobre a qualidade do ar e as emissões de gás carbônico, o carvão foi muito criticado nos últimos anos, mas é muito cedo para afirmar que chegou o fim deste combustível", opina Keisuke Sadamori, diretor da divisão de mercados e segurança energéticas da AIE, em um comunicado. O planeta deve consumir 5,6 bilhões de toneladas de carvão em 2021, menos que na estimativa anterior, de 5,8 bilhões de toneladas, afirma o organismo em seu relatório anual sobre o mercado de carvão. Depois de alcançar a marca de 4% ao ano entre 2000 e 2013, o crescimento da demanda mundial deve cair a uma média de 0,6% anual no período 2015-2021. E a participação do carvão na produção de energia elétrica deve cair de 41% (em 2014) a 36%. Esta tendência se deve a um crescimento econômico globalmente frágil que influencia a demanda por eletricidade, o desenvolvimento de energias renováveis e uma maior eficácia energética como parte das políticas instauradas para lutar contra o aquecimento global. A mudança já foi constatada em 2015, com um consumo de 5,4 bilhões de toneladas, uma queda de 2,7% na comparação com o ano anterior, fato inédito no século XXI. O fenômeno esconde, no entanto, realidades geográficas díspares. A Ásia consome cada vez mais carvão: a participação do continente no consumo mundial passou de 46% no ano 2000 a 73% em 2015. Na Europa (22 a 12% do consumo mundial) e América do Norte (25 a 10%), o consumo é cada vez menor. Apesar do distanciamento dos investidores do carvão, este continua sendo a coluna vertebral da produção elétrica e industrial em muitos países emergentes, sobretudo no sul e sudeste da Ásia, recorda a AIE. (O Globo – 12.12.2016)

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3 Bolívia teve um excedente de gás e baixa sua produção

O ministro de Hidrocarbonetos boliviano, Luis Sánchez, informou que o país registrou um excedente na produção de gás de 10 Mmmcd, devido a baixa de nomeações dos principais mercados, como Brasil e Argentina. Ele anunciou uma redução na produção e considerou isso como possível e normal na indústria do petróleo. "Estamos em média, entre 48 e 52 MMmcd e temos uma produção de 61 MMmcd, houve um problema com a Argentina (no inverno), ou seja, nós não temos gás, e agora temos mais de 10 MMmcd para as nomeações", disse ele. O titular de Hidrocarbonetos disse que isso é normal e está dentro dos contratos, o que dará oportunidade de realizar trabalhos de manutenção em poços, linhas e plantas. "São eventualidades e a situação ambiental, hoje eles têm abundância de água e lhes dá a oportunidade de explorar suas hidrelétricas", disse. Sanchez explicou que existem dois cenários: primeiro, o corrente, onde as nomeações são baixas porque o Brasil e a Argentina estão gerando sua própria energia com hidrelétricas, que por sua vez produzem mais barato do que a eletricidade gerada pelo gás. O segundo cenário é alta demanda durante o período de inverno. Quando perguntado sobre o que acontece com o gás excedente Sanchez respondeu: "Nós estamos reduzindo a produção dos campos, fazendo a manutenção dos campos". (Pagina Siete – Bolívia – 11.12.2016)

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4 Colômbia angaria US$ 115 milhões com primeira emissão de títulos verdes

O banco comercial colombiano Bancolombia levantou cerca de US$ 115 mi com sua primeira emissão de títulos verdes. A Corporação Financeira Internacional do Banco Mundial anunciou a operação nesta semana, afirmando também ser o único investidor nos títulos. Além de ser a primeira emissão de títulos verdes do Bancolombia, esta também é a primeira feita por um banco comercial na América Latina como um todo. O Bancolombia utilizará os recursos das emissões para expandir seus serviços financeiros para investimentos do setor privado que apoiem o combate às mudanças climáticas. Em particular, projetos de edifícios verdes e outros sistemas climáticos inteligentes. A IFC também disse que planeja aumentar seu portfólio regional na América Latina. Atualmente, a entidade investe em projetos de infraestrutura urbana, incluindo edifícios, transportes, gestão de resíduos, energia, água e saneamento, bem como telecomunicações. (Agência Brasil Energia – 09.12.2016)

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5 EY destaca a atratividade do Chile para investimento em energia renovável, mas adverte deficiências na transmissão

Estudo enfatiza que se o país quer reduzir o uso de combustíveis fósseis e aumentar a presença de energia limpa, deve colocar o foco na melhoria linhas. Adverte que os projetos em curso podem não ser suficientes. Chile teve um avanço em termos de sua atratividade para o investimento em energia renovável não-convencional. Hoje é o quarto em um ranking de 40 países, ao passo que quatro anos atrás aparecia apenas em 38º lugar. Assim indica o índice mais recente realizado pela EY (anteriormente Ernst & Young). Chile está localizado logo atrás dos Estados Unidos, China e Índia, respectivamente. Eduardo Valente, da EY, disse que o país cresceu fortemente neste tipo de energia, mas adverte que "o crescimento da capacidade de transmissão não acompanhou as mudanças na indústria." O estudo indica que "o maior problema no sistema de transmissão do Chile é que este é composto por quatro redes não ligadas umas às outras e há vários gargalos internos. A maior parte da capacidade solar do país é no norte da SIC, enquanto 90 % da população e a maior parte da indústria está no centro e sul, e são separados por um gargalo na transmissão mesmo dentro da própria SIC". Todos estes obstáculos foram exacerbados pelo fim do boom das commodities que atingiu o setor de mineração e demanda de energia, diz o relatório. (Economía y Negocios – Chile – 10.12.2016)

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6 Portugal: Concluído processo para a instalação do parque eólico ao largo de Viana do Castelo

O Governo concluiu os procedimentos para a instalação de uma plataforma marítima de produção de eletricidade, no largo de Viana do Castelo, no âmbito do projeto eólico Windfloat, segundo uma resolução hoje publicada em Diário da República. Em causa está o projeto Windfloat Atlantic, de aproveitamento da energia das ondas, coordenado pela EDP, através da EDP Renováveis, que integra o parceiro tecnológico Principle Power, a Repsol, a capital de risco Portugal Ventures e a metalúrgica A. Silva Matos. De acordo com a resolução 81-A/2016, publicada hoje no Diário da República, cabe ao ministro da Economia "prosseguir as ações e medidas já iniciadas em princípios de 2015, pelo XIX Governo Constitucional, no sentido de serem concluídos os estudos e finalizada a construção, em tempo, pela REN - Rede Elétrica Nacional, do cabo submarino de ligação da central eólica 'offshore', de 25 MW, denominada Windfloat Atlantic, a situar ao largo de Viana de Castelo, de acordo com a solução técnica e econômica mais eficiente". (Correio da Manhã – Portugal – 09.12.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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