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IFE: nº 4.229 - 09 de dezembro de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Regra propõe simplificar autorizações de UHEs até 50 MW
2 Aneel rejeita isenção de responsabilidade por atraso em parques eólicos
3 Mudanças nos modelos de otimização e de formação de preços serão avaliadas pelo CNPE
4 Aneel libera início de teste em usina de Alagoas

Empresas
1 Energias do Brasil volta a ver agenda de crescimento
2 Abinee vai apresentar uma nova proposta para o caso Abengoa
3 EDP não tem interesse nas empresas da Eletrobras
4 Schneider Electric anuncia novo Vice-Presidente de Finanças

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Nível dos reservatórios pelo Brasil
2 Reservatórios de hidrelétricas do Nordeste devem chegar a 17% no fim do ano
3 Risco de déficit de energia fecha o ano em 0% no SE/CO e NE

4 CCEE aponta queda de 3,2% no consumo de energia em dezembro

5 ONS: carga deve crescer 3,3% ao ano até 2021

Meio Ambiente
1 CERTI e Celesc inauguram primeiro eletroposto público de Santa Catarina

Energias Renováveis
1 Solar demandará R$ 125 bilhões no Brasil até 2030
2 Canadian Solar inaugura fábrica de painéis solares no Brasil
3 EDP leva aquecimento solar para Roseira

4 Moagem de cana da Tereos no Brasil cresceu 1,5% na safra 2016/17

Gás e Termoelétricas
1 Consumo de gás natural cai 20% em setembro ante igual período de 2015
2 Comgás amplia emissão de debêntures para R$ 675 mi

Economia Brasileira
1 Governadores confirmam acordo e já iniciam medidas de ajuste fiscal
2 Produção industrial cai em 11 de 14 locais em outubro, mostra IBGE

3 Idade mínima de 65 anos é central para Previdência, diz governo
4 Novo índice do Ibre indica aumento da incerteza após meses de melhora
5 Debate sobre ajuste fino do juro é 'desimportante', diz Pessôa
6 IPCA tem menor taxa para novembro desde 1998
7 IPC-Fipe abre dezembro com alta de 0,18%
8 IGP-M tem inflação de 0,20% na primeira prévia de dezembro
9 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Shell avalia investir em uma planta de regaseificação uruguaia para vender gás para Argentina
2 O baixo custo da energia elétrica no Paraguai
3 República Dominicana: casca de arroz para gerar eletricidade


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Regra propõe simplificar autorizações de UHEs até 50 MW

O processo de autorização para construção de usinas hidrelétricas com potência instalada entre 5 MW e 50 MW, que não podem ser enquadradas como pequenas centrais hidrelétricas, será simplificado do modo semelhante às regras aplicadas às PCHs. A mudança contempla a análise de inventários, Estudo de Viabilidade Técnico e Econômica e Projetos Básico dessas usinas. O assunto ficará em audiência pública na página da Aneel de 8 de dezembro a 13 de janeiro de 2017. A proposta da agência atualiza a RN 412, de 2010, que estabelece os procedimentos para registro, elaboração, aceite, análise, seleção e aprovação de projeto básico e autorização de aproveitamento hidráulico sem características de PCH. A revisão da norma deve equiparar os procedimentos adotados aos da RN 673, de 2015, que trata das pequenas centrais hidrelétricas. Pela proposta, a empresa interessada em obter a autorização deve enviar requerimento à agência, para que seja publicado o Despacho de Registro de Intenção à outorga. Será aceito mais de um DRI-UHE em até 90 dias após a aprovação do inventário. Na hipótese de haver mais de um interessado, será selecionada a empresa que apresentar primeiro o projeto básico, acompanhado do Sumário Executivo e das Anotações de Responsabilidade Técnica. Se não houver concorrência, o interessado deverá apresentar os estudos necessários com o Sumário e as ARTs em até 14 meses, a partir da publicação do despacho. Será exigido também o documento com a classificação da modalidade de operação da usina, emitido pelo ONS, enquanto a Aneel não aprovar a mudança nos Procedimentos de Rede que enquadre automaticamente no despacho centralizado pelo ONS todas as hidrelétricas com potência instalada igual ou superior a 30 MW. A alteração está prevista na Audiência Pública 20/2015, ainda não concluída. Na etapa seguinte, a agência vai avaliar o uso adequado do potencial hidráulico e publicar o Despacho de Registro da Adequabilidade do Sumario Executivo da UHE (DRS-UHE). (Agência CanalEnergia – 08.12.2016)

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2 Aneel rejeita isenção de responsabilidade por atraso em parques eólicos

A diretoria da Aneel rejeitou recurso das empresas Ventos de Santa Joana Energias Renováveis I, III, IV, V e VII e Ventos de Santo Augusto Energias Renováveis III, IV e V, e manteve a decisão de não as isentar de responsabilidade pelo atraso em oito empreendimentos eólicos no Piauí. Nos processos, as geradoras do grupo Contour Global pediam o reconhecimento de 18 dias para quatro eólicas e de 15 dias para outras quatro usinas, todas em operação. A agência recomendou ao MME que não prorrogasse o prazo da outorga, uma vez que não houve o reconhecimento do excludente de responsabilidade. As empresas alegaram que o Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade embargou em novembro do ano passado as obras da linha de transmissão de interesse restrito das usinas, por intervenção na Área de Proteção Ambiental da Chapada do Araripe. As licenças ambientais tinham sido concedidas pelo órgão estadual de meio ambiente, mas o ICMBio, responsavel pela unidade de conservação, nao foi consultado no processo. Outro motivo alegado para o atraso foi a queda de uma linha de transmissão da Queiroz Galvão sobre a linha de transmissão de interesse restrito das eólicas, que provocou a derrubada de duas torres do empreendimento e obrigou a uma nova interrupção para reparos. A empresa argumentou que os atrasos ocorreram por caso fortuito e motivo de força maior, mas o argumento não foi aceito pela Aneel, que considerou os dois episódios como risco inerente ao negócio. Para a agência reguladora não foi comprovada relação entre os acontecimentos e os atrasos no cronograma de obras, mas há evidências de problemas na conclusão das instalações de geração e transmissão por outros motivos. (Agência CanalEnergia – 08.12.2016)

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3 Mudanças nos modelos de otimização e de formação de preços serão avaliadas pelo CNPE

O CNPE vai analisar, em reunião marcada para o próximo dia 14, a proposta de resolução que define as mudanças nos parâmetros e metodologias dos modelos de otimização energética e de formação de preço no setor de energia elétrica. A informação foi dada pela Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico no dia 8. Representantes da CPAMP apresentaram o relatório de atividades da comissão em 2016, na última reunião do ano do CMSE, no MME. A mudança nas metodologias é um dos temas em consulta pública no MME. (Agência CanalEnergia – 08.12.2016)

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4 Aneel libera início de teste em usina de Alagoas

A Aneel liberou a UTE Bioflex Caeté, localizada no município de São Miguel dos Campos, em Alagoas, para operar em teste a partir do dia 7 de dezembro. O benefício foi para UG2, de 15 MW e para UG3, de 16,8 MW de capacidade instalada. A Aneel também decidiu não liberar a operação em teste na CGH Willy Faller, no município de Anita Garibaldi, em Santa Catarina. (Agência CanalEnergia – 08.12.2016)

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Empresas

1 Energias do Brasil volta a ver agenda de crescimento

A EDP Energias do Brasil vai se voltar novamente para uma "agenda de crescimento" a partir de 2017, com foco nos segmentos de distribuição e transmissão de energia, disse Miguel Setas, presidente da companhia. A companhia, que estreou no setor de transmissão em outubro, ao arrematar um lote de 113 km de linhas no Espírito Santo, avalia participar de novos leilões em 2017, além de olhar também oportunidades no mercado. "Nossa intenção, naturalmente, é construir uma posição mais sólida no negócio de transmissão", disse Setas. Para isso, porém, a companhia "não vai abdicar de uma postura exigente em termos de rentabilidade e risco." A companhia considera determinadas regiões do país menos favoráveis a investimentos em transmissão, devido a problemas ambientais, por exemplo. "Seremos seletivos nas regiões em que vamos apostar", afirmou. Em relação aos ativos da espanhola Abengoa, que devem ser relicitados em 2017, Setas disse que a empresa vai avaliar, mas o perfil de risco das linhas de transmissão não é "alinhado" com a estratégia da companhia. A empresa também não quer ficar exposta a apenas uma construtora, como aconteceu com alguns vencedores do leilão de transmissão de outubro. A empresa seguirá uma companhia diversificada, sem investimentos "desproporcionais" em relação ao seu portfólio. A meta da EDP Energias do Brasil continua sendo executar as obras dentro do prazo e orçamento, por isso a exigência de localização para os investimentos. A companhia trabalha, por exemplo, para antecipar a conclusão das obras da hidrelétrica São Manoel, no rio Teles Pires, assim como fez no caso das usinas Santo Antonio do Jari e Cachoeira Caldeirão. Segundo Setas, as obras civis do projeto estão "muito próximas" da conclusão, enquanto a construção está acima do patamar de 78%, registrado ao fim do terceiro trimestre do ano. A ideia é antecipar a entrada em operação de pelo menos algumas máquinas até o fim de 2017. No caso das usinas Santo Antonio do Jari e Cachoeira Caldeirão, o processo era mais simples, pois apenas EDP e CTG eram sócias. Além disso, a usina de São Manoel é de maior porte, com 700 MW de potência. (Valor Econômico – 09.12.2016)

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2 Abinee vai apresentar uma nova proposta para o caso Abengoa

Em reunião marcada para a tarde desta quinta-feira, 08/12, diretores da Abinee tinham como pauta principal fechar uma nova proposta para a situação da Abengoa, quanto aos projetos de transmissão que a empresa espanhola, em recuperação judicial, não consegue levar à frente devido a problemas financeiros. Humberto Barbato, presidente da entidade, explicou que a ideia é levar ao diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, na próxima semana, uma alternativa de solução para o caso, tendo em vista o veto da Presidência da República às sugestões apresentadas na MP 735, agora convertida na Lei 13.360/2016. Causou surpresa, segundo ele, porque dias antes a Casa Civil demonstrou" boa vontade e perfeito entendimento" em relação à proposta incluída na MP. “Depois de todas as previsões da Aneel, de que faria uma nova licitação e que, rapidamente, a construção das linhas seria retomada, o que se vê hoje é bastante diferente”, criticou Barbato, referindo-se à recente decisão judicial que suspendeu o processo de caducidade das concessões ao qual a Aneel tentava dar andamento. Uma situação como essa, ressaltou, é preciso tentar superar, não só preservando o interesse da indústria de equipamentos, mas garantindo, principalmente, a questão da segurança energética, porque a UHE Belo Monte vai, em breve, começar a operar sem ter linhas de transmissão para escoar a energia. “É o absurdo dos absurdos. Essa incompetência nós já tivemos em relação às eólicas no Nordeste”, assinalou. O presidente da Abinee também lamentou o veto do governo em relação ao InovaRede, outro item que constava da MP 735, cujo objetivo era colocar em prática um projeto de modernização dos sistemas elétricos das companhias de distribuição. Segundo ele, os equipamentos das concessionárias precisam ser atualizados, não só por conta da confiabilidade, mas também porque é importante ter uma estratégia do setor voltada para a eficiência energética, com investimentos em controle e supervisão. (Agência Brasil Energia – 08.12.2016)

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3 EDP não tem interesse nas empresas da Eletrobras

No segmento de distribuição, a EDP não tem interesse nas empresas da Eletrobras que serão privatizadas em 2017. No segmento, o principal objetivo da companhia é aproximar os níveis de perdas comerciais da EDP Escelsa aos patamares regulatórios exigidos pela Aneel. Para garantir as melhorias, a companhia vai aumentar os investimentos em distribuição para a faixa de R$ 400 mi a R$ 500 mi em 2017, ante a faixa de R$ 300 mi a R$ 400 mi deste ano. (Valor Econômico – 09.12.2016)

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4 Schneider Electric anuncia novo Vice-Presidente de Finanças

A Schneider Electric anunciou Victor André Oliveira como novo vice-presidente de Finanças da companhia no Brasil. Com mais de 25 anos de carreira, o executivo reportará diretamente ao presidente da empresa, Cleber Morais. "A Schneider é uma empresa sólida que aplica em sua operação aspectos importantes de seu core business, como eficiência e sustentabilidade. Quero contribuir com minha experiência para que os resultados sejam cada vez melhores", avalia o executivo que passou por posições de liderança no Brasil e no exterior em empresas como Novartis, Johnson&Johnson, Unilever e Ford. Victor Oliveira é formado em Administração de Empresas pela FGV e tem mestrado em Finanças Corporativas pela London Business School, além de cursos de especialização em liderança e meuro-ciência em Harward, Columbia Business School e New York University. (Agência CanalEnergia – 08.12.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Nível dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Nordeste estão operando com volume de 11,2%, subindo 0,2% em relação ao dia anterior. Os dados são do ONS, referentes ao último dia 7 de dezembro. A energia armazenada na região é 5.812 MW/mês e a ENA é 5.145 MWm, que é o mesmo que 46% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Sobradinho está operando com volume de 7,48%. No submercado SE/CO, houve queda de 0,2% em comparação com o dia anterior, o que deixou os reservatórios com volume de 32,9%. A energia armazenada é 66.801 MW/mês e a ENA é 32.485 MWm, que é equivalente a 63% da MLT. A usina de Furnas está operando com 47,44% da capacidade e a de Nova Ponte com 22,9%. Na região Norte, os reservatórios operam com 19,2% da capacidade, recuando 0,3% em comparação com o dia anterior. A energia armazenada é 2.880 MW/mês e a ENA é 2.172 MWm, que é o mesmo que 36% da MLT. A usina de Tucuruí está operando com volume de 28,16%. No Sul, houve queda de 0,9%, o que deixou os reservatórios com volume de 66,8%. A energia armazenada é 13.340 MW/mês e a ENA é 6.551 MWm, que é equivalente a 77% da MLT. A usina de Barra Grande está operando com volume de 67,66%. (Agência CanalEnergia – 08.12.2016)

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2 Reservatórios de hidrelétricas do Nordeste devem chegar a 17% no fim do ano

O nível dos reservatórios das hidrelétricas da Região Nordeste deve começar a se recuperar com o início do período chuvoso e chegar 17,1% até o fim do mês. A previsão é do CMSE, que se reuniu hoje (8), em Brasília. Atualmente, o nível dos reservatórios na região está em 11,22% e no fim do ano passado chegou a 5,15%. Além do aumento de chuvas na região, contribui para a recuperação dos reservatórios a redução da vazão mínima da barragem de Sobradinho (BA), no Rio São Francisco, para 750 m³/s, que começou a ser adotada no fim de novembro. Segundo o comitê, na próxima semana serão apresentados os resultados finais do teste de redução e, a partir daí, deverá ser avaliado se é possível reduzir a vazão para 700 m³/s. Em Sobradinho, o nível do reservatório está atualmente em 7,48% de sua capacidade máxima de armazenamento e a expectativa é que até o fim do ano esse índice chegue a 13,1%. Também foi recomendada a redução gradual da vazão defluente da Usina Hidrelétrica Três Marias, também no Rio São Francisco, de 280 m³/s para 165 m³/s, patamar que foi alcançado no dia 3 de dezembro. De acordo com o comitê, novas reduções poderão ser avaliadas na barragem, com o objetivo de estocar o maior volume possível de água no reservatório da usina Segundo o comitê, o risco de déficit de energia em 2016 é zero para os subsistemas SE/CO e Nordeste. Já para 2017, estes riscos são de 0,9% e 0,1%, para estes subsistemas, respectivamente. A margem de risco considerada tolerável pelo governo é de 5%. (Agência Brasil – 08.12.2016)

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3 Risco de déficit de energia fecha o ano em 0% no SE/CO e NE

O risco de déficit de energia no SE/CO e Nordeste em dezembro é de 0%, considerando tanto o histórico de vazões quanto as simulações com base em séries sintéticas. O risco projetado em 2017 para essas regiões é de 0% com base nas series históricas, e de 0,9% (SE/CO) e 0,1% para séries sintéticas. Dados apresentados pelo ONS na reunião mensal do CMSE mostram que a ENA bruta chegou em novembro a 89% da MLT para o mês no SE/CO, a 72% no Sul, a 30% no Nordeste e a 52% da MLT no Norte. A energia armazenada nos reservatórios equivalentes ficou em 33,4% da energia máxima no SE/CO, em 71,0% no Sul, em 10,0% no Nordeste e em 21,0% no Norte. No fim de dezembro, o armazenamento deve atingir 38,7% no SE/CO, 66,0% no Sul, 17,1% no Nordeste e 13,0% no Norte. Com a defluência mínima de Sobradinho em 750 m³/s, a previsão é de que o reservatório atinja 13,1% de armazenamento no fechamento do mês. (Agência CanalEnergia – 08.12.2016)

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4 CCEE aponta queda de 3,2% no consumo de energia em dezembro

Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 6 de dezembro indicam queda 3,2% no consumo e de 3,3% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o período de 3 a 8 de dezembro de 2015. A análise aponta que, nos seis primeiros dias de dezembro, o consumo de energia no SIN alcançou 58.768 MWm com queda de 5,3% no mercado cativo - impactado pelo movimento de clientes cativos para o mercado livre. Haveria crescimento de 0,1% caso essa migração não fosse considerada. Já no ACL, no qual consumidores compram energia diretamente dos fornecedores, foi registrado aumento de 3,5% no consumo que, excluindo o registro de novas cargas vindas do mercado cativo, apresentaria queda de 12,3%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 8 de dezembro, pela CCEE. As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, que traz dados de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais. Dentre os ramos da indústria monitorados pela CCEE, incluindo autoprodutores, comercializadores varejistas, consumidores livres e especiais, os maiores índices de consumo foram os registrados nos setores de comércio (84,3%), serviços (53,3%) e telecomunicações (44,7%), vinculados à migração dos consumidores para o mercado livre. Houve queda no consumo entre os setores de extração de minerais metálicos (-28,2%), químico (-11,2%), transportes (-10,8%) e metalurgia e produtos de metal (-8,7%). Expurgando os efeitos de migração, observa-se queda no consumo de todos os segmentos analisados no período. Já a energia gerada somou 61.331 MWm ao SIN com destaque para a produção eólica (56%) com a entrega de 3.681 MWm. A geração hidráulica, incluindo as pequenas centrais hidrelétricas, alcançou 46.938 MWm, aumento de 5,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. A representatividade da fonte foi de 76,5% sobre toda energia gerada no país, índice 6 pontos percentuais superior ao registrado no ano passado. Os dados preliminares também indicam queda de 34,6% na produção das usinas térmicas, reflexo da menor produção das usinas nucleares (-67,7%), a óleo (-57,2%) e a gás (-35,9%). (Agência CanalEnergia – 08.12.2016)

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5 ONS: carga deve crescer 3,3% ao ano até 2021

O ONS, a EPE e a CCEE realizaram na última quarta-feira, 7 de abril, o 2º Workshop sobre Previsão e Acompanhamento da Carga do SIN. Na ocasião, foram apresentadas as previsões de carga para o Planejamento Anual da Operação Energética 2017-2021. A taxa média de crescimento da carga prevista para o período de 2017 a 2021 é de 3,3% ao ano, considerando um crescimento médio do PIB de 2% ao ano para o mesmo período. As novas previsões resultam em uma redução de 2.164 MW médios em 2017, atingindo 4.236 MW médios na carga prevista para o SIN no ano 2020, quando comparada as previsões de carga da 2ª Revisão Quadrimestral da carga de 2016. Além disso, foi apresentado o resultado do trabalho conjunto entre ONS e CCEE no que tange à apuração das diferenças observadas em seus valores de carga e geração referentes ao período de janeiro de 2015 a setembro de 2016. Como resultado desse trabalho, foi realizada uma correção nos dados de carga verificada para os anos de 2015 e 2016. Com relação à diferença entre valores divulgados pelo ONS, de carga e pela CCEE, de geração, foi demonstrado no evento que, em função das especificidades de cada instituição, os valores de carga do ONS sempre serão superiores aos de geração da CCEE. Durante a transmissão, foi anunciado que o ONS e a CCEE desenvolverão uma sistemática para apuração dos valores verificados para acompanhamento semanal e mensal dos dados de geração para composição da carga global. Será ainda proposta, no âmbito do Acordo Operativo ONS/CCEE, a criação de uma Coordenação Executiva de Acompanhamento da Carga Global. Ela terá como atribuição sistematizar a troca de dados verificados de geração e informações relativas às usinas que acessam a rede básica e sistemas de distribuição. Como resultado do trabalho conjunto entre ONS, EPE e CCEE foi elaborada a Nota Técnica “Avaliação e Compatibilização das Informações de Geração, Carga e Consumo de Energia Elétrica no SIN”. A nota técnica e os vídeos com as apresentações estão disponíveis neste link. (Agência CanalEnergia – 08.12.2016)

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Meio Ambiente

1 CERTI e Celesc inauguram primeiro eletroposto público de Santa Catarina

O posto Sinuelo de Araquari será o primeiro espaço público, em Santa Catarina, a disponibilizar uma estação de carregamento rápido para veículos elétricos a partir de dezembro. A iniciativa faz parte de um projeto executado pela Fundação CERTI com recursos do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Celesc/Aneel. Esse primeiro eletroposto integra a proposta inovadora de formar o primeiro Corredor Elétrico da região Sul, implantando eletropostos também em Florianópolis, Balneário Camburiú e Joinville, na BR-101, rodovia próxima à região litorânea de Santa Catarina. Eles estarão disponíveis, a partir de meados de 2017, em autopostos e estacionamentos públicos para que os usuários de veículos elétricos híbridos plug-in e elétricos puros possam reabastecer num curto espaço de tempo; em torno de 15 a 20 minutos. Na Parada Sinuelo, em Araquari, dois veículos poderão ser carregados simultaneamente. Com uma rede de eletropostos, o projeto viabiliza condições para inserção de veículos elétricos na frota brasileira. O interesse crescente por essa tecnologia provém de suas vantagens: são veículos mais eficientes, não geram emissão de gases de efeito estufa, possuem baixo ruído e têm menor necessidade de manutenção em relação aos automóveis convencionais. (Agência CanalEnergia – 08.12.2016)

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Energias Renováveis

1 Solar demandará R$ 125 bilhões no Brasil até 2030

Serão necessários R$ 125 bi em investimentos para atingir as metas de crescimento de geração solar no Brasil, de 25 GW até 2030, segundo a Absolar. As projeções foram divulgadas em nota técnica da EPE, sobre o compromisso nacionalmente definido do Brasil para cumprir com o Acordo de Paris. Para o presidente executivo da associação, Rodrigo Sauaia, o grande destaque vai para a fonte solar fotovoltaica, cuja participação na matriz elétrica brasileira será fortemente ampliada de 0,01% em 2015 para mais de 10% em 2030, um crescimento de mil vezes em um horizonte de 15 anos, maior crescimento relativo do período.Os 25 GW de energia solar fotovoltaica que farão parte da matriz elétrica brasileira de 2030 estarão divididos em 17 GW de geração centralizada e 8,2 GW de geração distribuída. De acordo com dados da Absolar, o segmento de micro e minigeração distribuída solar fotovoltaica, que registrou crescimento de 320% em 2015, conta atualmente com mais de 6000 sistemas em todo o país, representando mais de 42 MW em potência instalada, o equivalente a mais de R$ 375 milhões em investimentos privados. Já no segmento de geração centralizada, o País conta atualmente com 3,3 GW em projetos da fonte solar fotovoltaica contratados via leilões de energia, o que deverá movimentar mais de R$ 13,5 bilhões até 2018. “A estimativa preliminar da Absolar para 2017 aponta para um volume de novas contratações para a fonte solar fotovoltaica de 2 GW por meio de leilões de geração centralizada”, comenta Sauaia. “Simultaneamente, estimamos que o mercado de geração distribuída solar fotovoltaica continuará em forte trajetória ascendente, com destaque para clientes residenciais e comerciais, motivados a reduzir os seus gastos com energia elétrica”, acrescenta. Os compromissos assumidos pelo Brasil no Acordo de Paris, que busca combater as mudanças climáticas e limitar o aumento da temperatura do planeta, incluem metas para reduzir em 37% as emissões nacionais de GEE até 2025 e em 43% até 2030, ambas em relação ao ano-referência de 2005. Adicionalmente, o país se comprometeu a ampliar a participação das fontes renováveis não-hídricas (solar, eólica e biomassa) na matriz elétrica brasileira para pelo menos 23% até 2030. (Agência Brasil Energia – 08.12.2016)

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2 Canadian Solar inaugura fábrica de painéis solares no Brasil

A Canadian Solar inaugurou a sua fábrica de módulos solares fotovoltaicos no Brasil seis meses após o anúncio oficial. A planta tem capacidade de produzir 350 MW. Inicialmente a produção se destinará a atender a demanda da própria companhia que fechou contratos para um projeto solar de 400 MW que contará com investimentos de R$ 2,3 bi no estado de Minas Gerais em parceria com a EDF. O CEO da companhia, Shawn Qu, destacou que o Brasil possui potencial de se tornar um líder regional e global nesta fonte de geração. Por isso, continuou ele durante seu pronunciamento na solenidade de abertura da fábrica, a empresa tem a meta de expandir sua atuação no Brasil para incentivar a inovação e a redução de custos dos equipamentos. E que, para isso, o Brasil começa a empreender esforços no que classificou como ‘o tempo perfeito’ no campo da energia solar em grande escala. “Brasil tem a sétima economia do mundo e possui uma boa perspectiva de alcançar uma posição entre os cinco maiores mercados para essa fonte e se tornar também um grande país produtor de equipamentos em termos mundiais nos próximos três a cinco anos”, discursou o executivo da Canadian Solar. Apesar dessa perspectiva de atender a demanda interna, Canadian não se restringirá apenas a seu projeto. A companhia sino-canadense comentou que tem recebido consultas de diversos empreendedores interessados nos painéis que serão produzidos no estado de São Paulo. Um dos pontos é a possibilidade de ser elegível ao Finame do BNDES. O diretor de Novos Negócios da Apex-Brasil, André Favero, lembrou que a relação entre a agência de fomento a investimentos no país e a fabricante começou ainda em 2012. E que a perspectiva para os próximos anos é positiva. Ele lembrou que em um evento realizado em Nova Iorque para a promoção do setor de energia revelou um grande interesse de investidores no país, principalmente no que tange ao avanço de fontes renováveis, com destaque tanto para a eólica quanto para a solar fotovoltaica. “Acreditamos que esse é o pontapé inicial de um horizonte de investimentos que podem levar a uma capacidade com 140 GW de solar em nossa matriz no horizonte de 2040", afirmou Favero. (Agência CanalEnergia – 08.12.2016)

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3 EDP leva aquecimento solar para Roseira

A EDP Bandeirante lança o Projeto Boa Energia Solar para unidades consumidoras de baixa renda no município de Roseira, em São Paulo. O objetivo é instalar sistemas de aquecimento solar – incluindo placas coletoras, reservatórios, chuveiros inteligentes e toda infraestrutura necessária – em cerca de 300 residências de conjuntos habitacionais de baixo poder aquisitivo. Desde 2008, mais de sete mil famílias já foram atendidas pelo Projeto Boa Energia Solar na área de concessão da EDP, que abrange 28 municípios nas regiões do Alto Tietê, Vale do Paraíba e Litoral Norte de São Paulo. Além da implantação dos sistemas solares, prevista para ocorrer ao longo do primeiro trimestre de 2017, a concessionária distribuirá aos clientes atendidos pelo projeto kits economia, com seis lâmpadas LED, mais econômicas que as convencionais, para substituição nas residências. O plano faz parte do programa de eficiência energética da Aneel, que busca combater o desperdício e reduzir as contas de luz. (Agência Brasil Energia – 08.12.2016)

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4 Moagem de cana da Tereos no Brasil cresceu 1,5% na safra 2016/17

A Tereos, através da Guarani, encerrou a moagem de cana da safra 2016/17 em suas sete usinas no Brasil com um volume processado ligeiramente maior do que na última temporada, ficando aquém das expectativas iniciais. Foram moídas 19,8 milhões de toneladas de cana, superando o ciclo passado em 1,5%. A projeção inicial era de uma moagem de 20,5 milhões de toneladas. Deste volume, 8,5 milhões de toneladas de cana foram produzidos em terrenos próprios e 11,3 milhões de toneladas foram entregues por fornecedores. Como as demais usinas do setor nesta safra, a prioridade foi dada para a produção de açúcar, o que provocou um aumento na oferta da commodity em detrimento da destilação de etanol. Foram produzidas 1,6 milhão de toneladas de açúcar, um crescimento de 10,8%. Já a produção de etanol sofreu um recuo de 5,6%, para 640 milhões de litros. A energia elétrica gerada e entregue ao sistema deverá atingir 1030 GWh. “Enceramos a safra 2016/17 com resultados positivos com um volume de cana processada superior ao do ano passado. Investimos forte em uma entressafra consistente, assim como na renovação dos canaviais e implantação de novas tecnologias para garantir o aumento de produtividade e estamos colhendo os resultados”, afirmou Pierre Santoul, presidente da Guarani, em nota. Na avaliação de Jacyr Costa, diretor região Brasil da Tereos, “o setor sucroenergético vive um momento bastante positivo diante ao mercado favorável de açúcar e com perspectivas propícias ao etanol face aos compromissos assumidos pelo Brasil na COP 21 em Paris ratificados junto à ONU”. (Valor Econômico – 08.12.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Consumo de gás natural cai 20% em setembro ante igual período de 2015

O consumo de gás natural no Brasil em setembro alcançou 62,99 milhões de metros cúbicos diário, com queda de 19,9% em relação a igual período do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pela Abegás. Segundo a entidade, a retração foi motivada pela desaceleração da indústria e o desligamento de térmicas no período. Com relação a agosto deste ano, o consumo em setembro cresceu 1,6%. Segundo a Abegás, este resultado foi impulsionado pelo aumento da demanda por energia elétrica no Sudeste e Nordeste. O consumo de gás pelas térmicas cresceu 9,7% na comparação entre os dois meses, passando de 18,3 milhões de metros cúbicos por dia para 20 milhões de metros cúbicos diários. Ainda na comparação com o mês anterior, o consumo de gás natural pelo setor industrial recuou 1,8%, reflexo da estagnação da economia brasileira, afirmou a associação. De acordo com o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon, a adoção de mudanças que estimulem o setor, em estudo pelo Ministério de Minas e Energia, é estratégica para a atração de novos agentes e investidores na cadeia produtiva. (Valor Econômico – 08.12.2016)

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2 Comgás amplia emissão de debêntures para R$ 675 mi

A Comgás aumentou a oferta de sua quinta emissão de debêntures devido à grande demanda observada no mercado. O valor ofertado, inicialmente de R$ 500 milhões, passou para R$ 675 milhões na atualização, a uma taxa de juros de 5,8680% ao ano. “O total de pedidos de reserva excedeu o percentual prioritariamente destinado à oferta não institucional. Assim, os coordenadores, em comum acordo com a emissora, decidiram aumentar o número de debêntures destinados à oferta não institucional de 20% para 35% do valor total da emissão”, explicou a distribuidora em documento enviado à CVM. Nessa operação, o valor unitário das debêntures é de R$ 1.000, com prazo de sete anos. O objetivo da Comgás é arrecadar recursos para dar suporte aos investimentos no negócio de distribuição de gás natural no estado de São Paulo até dezembro de 2017. O plano de investimentos da distribuidora paulista inclui ampliação dos serviços locais de distribuição de gás canalizado, construção de novas redes, além de recursos para renovação de redes, ramais, conjuntos de regulação, remanejamentos e reforços. Foram também citados projetos de tecnologia da informação e de suporte. Segundo a Comgás, esses projetos já estão sendo implementados e, no momento, estão em fase intermediária. O valor total necessário para concluí-los é de R$ 2,21 bilhões, dos quais a emissão de debêntures fará parte. (Agência Brasil Energia – 08.12.2016)

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Economia Brasileira

1 Governadores confirmam acordo e já iniciam medidas de ajuste fiscal

Os governadores saíram satisfeitos do acordo no qual os Estados se comprometeram a adotar medidas de ajuste fiscal em troca dos R$ 5,3 bilhões em multas de repatriação. Pelo acordo os Estados se comprometem a conter o déficit da previdência e a limitar o crescimento da despesa primária a partir de 2017, seja pela inflação ou pela variação das receitas. O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), dá como encerrada as negociações entre o governo federal e os governadores sobre a partilha dos recursos das multas da repatriação entre os Estados. "Fomos atendidos pelo presidente Temer no que defendemos, que era o compromisso de fazer o controle dos gastos para poder investir e fazer isso de acordo com a realidade de cada Estado", afirmou Dias, em conversa com o Valor. Segundo o petista, que participou na quarta-feira da reunião de governadores com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, houve um compromisso de que os R$ 5,3 bilhões das multas da repatriação seriam depositados para os Estados, na proporção do FPE, no dia 20 deste mês. Os Estados, por sua vez, se comprometeram a retirar suas ações pelos recursos no STF e não mover novas ações sobre o assunto. De acordo com Dias, os governadores concordaram em tomar medidas para reduzir o déficit da previdência, mas aumentando a contribuição dos servidores de acordo com estudos atuariais de cada um dos Estados. "Todos os governadores vão fazer, a diferença é a calibragem em cada Estado", afirmou. Perillo deve mandar também hoje projetos de lei para corte de despesas com pessoal, aumento da contribuição previdenciária atualmente de 13,25% para 14,25% e proibição de oferta de parcelamento de tributos por período de dez anos. "Nós estamos propondo medidas mais duras, porque queremos uma mudança estrutural", diz o governador. A expectativa é que as propostas sejam aprovadas ainda neste ano. (Valor Econômico – 09.12.2016)

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2 Produção industrial cai em 11 de 14 locais em outubro, mostra IBGE

A produção industrial recuou em 11 dos 14 locais pesquisados entre setembro e outubro, de acordo com pesquisa divulgada pelo IBGE. As quedas mais intensas foram registradas em Minas Gerais (-7,6%) e Pará (-4,2%). Na outra ponta, houve expansão da indústria no Rio de Janeiro (3,4%), Paraná (2,7%) e Pernambuco (1,5%). Em outubro, a indústria brasileira recuou 1,1%. Em São Paulo, a queda foi pior que a média nacional. O recuo de 2,4% em outubro reverteu a alta de 1,4% registrada na produção um mês antes. No acumulado de 2016, a indústria de São Paulo apresentou recuo de 6,2% e, em 12 meses, de 7,3%. Também com baixa superior à média nacional, ficaram as indústrias de Goiás (-3%), Amazonas (-2,5%), Santa Catarina (-2,1%) e Região Nordeste (-1,2%). Ainda com resultados negativos em outubro apareceram Rio Grande do Sul (-1%), Espírito Santo (-0,6%), Ceará (-0,3%) e Bahia (-0,3%). Apontou o instituto em nota. (Valor Econômico – 09.12.2016)

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3 Idade mínima de 65 anos é central para Previdência, diz governo

O governo fará “todo o possível” para manter a proposta original de reforma da Previdência Social a partir da mobilização de sua base de apoio ao Congresso, informou o Palácio do Planalto nesta sexta-feira. A manifestação do Palácio do Planalto decorre de reportagem publicada pelo jornal “O Estado de S.Paulo” segundo a qual o governo do presidente Michel Temer estaria disposto a negociar com centrais sindicais mudanças na idade mínima de 65 anos incluída na proposta encaminhada ao Congresso para rever as regras da Previdência Social. “É incorreta a informação de que o governo federal aceita diminuir a idade mínima de 65 para requerer a aposentadoria na proposta da reforma da Previdência”, afirmou a assessoria da Presidência em nota. “Esse ponto é central para que se encontre um equilíbrio futuro nos gastos com aposentadoria e se baseia no envelhecimento da população brasileira. ” De acordo com o “Estado de S.Paulo”, a proposta encaminhada pelo governo foi desenhada com “gordura” para negociação em meio à análise pelos parlamentares. Também estariam incluídas nessas negociações, segundo o jornal, as discussões sobre o “pedágio” que obrigará homens de 50 anos e mulheres de 45 a trabalhar mais para se aposentar e o “gatilho” que elevaria a idade mínima a 67 anos até o fim dos anos 2050. (Valor Econômico – 09.12.2016)

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4 Novo índice do Ibre indica aumento da incerteza após meses de melhora

Mesmo que o BC acelere o ritmo de queda de juros ao longo de 2017, o elevado nível de incerteza na economia brasileira deve impedir que o país tenha recuperação mais forte do crescimento econômico no ano que vem. Essa é a avaliação de Pedro Ferreira, coordenador do Índice de Incerteza da Economia Brasileira, que será lançado hoje pelo Ibre-FGV. O novo indicador mostra que a incerteza permanece muito alta e voltou a subir em novembro, ao passar de 120,8 pontos para 126,4 pontos. Para Ferreira, não há sinal de que a incerteza vá ceder em relação aos níveis atuais, bem acima da média histórica. "No nível de incerteza em que estamos, é difícil imaginar recuperação da atividade. E os dois maiores responsáveis, a instabilidade política e a sustentabilidade fiscal, também não parecem que serão resolvidos no curto prazo", diz. No caso do cenário político, afirma, é pouco provável que haja uma mudança até as eleições de 2018. Boa parte da alta do indicador em novembro, por exemplo, foi explicada pelo componente que monitora o nível de incerteza a partir do noticiário impresso e online. Essa parte do índice, que pesa 70% no indicador, aumentou 4,8 pontos em novembro. O componente de mídia monitora a frequência com que termos como "crise" e "instabilidade" aparecem na imprensa. O que mais alimenta a incerteza no contexto brasileiro, porém, é a evolução do cenário fiscal, diante da necessidade de estancar o rápido crescimento do endividamento bruto do governo, afirma Ferreira. Por enquanto, o mercado parece ter "comprado" um cenário macroeconômico mais estável. Com 20% de peso no indicador, o índice de expectativas caiu 31% após o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Esse componente é construído a partir da dispersão das projeções para o IPCA e para a taxa de câmbio um ano à frente, considerando estimativas do boletim Focus. (Valor Econômico – 09.12.2016)

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5 Debate sobre ajuste fino do juro é 'desimportante', diz Pessôa

A discussão sobre o ajuste fino da política monetária é "desimportante" e não é isso que fará muita diferença para a recuperação da atividade, avalia Samuel Pessôa, pesquisador do Ibre da FGV. Para ele, o mais relevante é aprovar o projeto que limita o crescimento dos gastos da União, avançar com a reforma da Previdência e adotar algumas medidas que aumentem a eficiência da economia. A demora na retomada se deve a fatores cíclicos e estruturais, que dificultam a saída da recessão, diz Pessôa. "Ajuste fino de política monetária tem efeito de segunda ordem tanto sobre a atividade econômica quanto sobre a restrição fiscal", afirma ele. "Se houver por um acaso um erro para maior nos juros básicos escolhido pelo Copom, a inflação correrá por um tempo abaixo da meta, o que permitirá juros um pouco mais baixo à frente, compensando tanto a atividade quanto os custos fiscais." Pessôa lembra que o mercado já projeta uma Selic de 10,5% em dezembro de 2017, com a perspectiva de queda da inflação. “Com um IPCA de 5%, são juros reais na casa de 5,5%", diz ele. "No fim de 2018, o juro real [descontada a inflação] pode ser de 4,5%." Hoje, a taxa real está próxima de 8,5%. Para Pessôa, se houver algum erro no juro, seria algo na casa de 1 ponto percentual. "De qualquer forma, não serão 100 pontos básicos [1ponto percentual] para mais ou para menos que nos tirarão do buraco em que nos metemos. Além da posição cíclica muito desfavorável com a qual iniciamos o ajuste, há problemas estruturais de sobre que explicam a lentidão da retomada." Ao explicar por que o Brasil entrou na crise numa "posição cíclica" ruim, Pessôa lembra que o desemprego estava baixíssimo em 2014 e havia situação inflacionária muito complicada. "A inflação inercial estava na casa de 6,5% a 7%", afirma Pessôa, lembrando que havia a necessidade de corrigir os preços administrados em quase 20%. Nesse cenário, foi necessária uma recessão muito forte para elevar a taxa de desemprego e fazer a inflação cair. (Valor Econômico – 09.12.2016)

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6 IPCA tem menor taxa para novembro desde 1998

A inflação medida pelo IPCA desacelerou para 0,18% em novembro, após marcar 0,26% um mês antes. É a menor variação do índice para meses de novembro desde 1998, quando caiu 0,12%, informa o IBGE. Em novembro de 2015, o IPCA subiu 1,01%. Em 12 meses, houve avanço de 6,99%, inferior aos 7,87% verificados nos 12 meses mediamente anteriores. Foi a menor variação desde dezembro de 2014, quando o IPCA subiu 6,41%. No ano, o indicador acumula alta de 5,97%. O IPCA de novembro ficou abaixo da média de 0,28% estimada por 23 consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data. O intervalo ia de alta de 0,24% a 0,42%. No acumulado em 12 meses, a expectativa era de que a inflação ficasse em 7,09%. O IPCA mede a inflação para as famílias com rendimentos mensais entre um e 40 salários mínimos, que vivem nas regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Vitória, Belém, Brasília, e nos municípios de Goiânia e Campo Grande. (Valor Econômico – 09.12.2016)

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7 IPC-Fipe abre dezembro com alta de 0,18%

A inflação medida pelo IPC-Fipe acelerou de 0,15% para 0,18% da última medição de novembro para a primeira leitura de dezembro. Das sete classes de despesas que compõem o indicador, alimentação deixou recuo de 0,92% para queda de 0,65%, enquanto as despesas pessoais subiram de 0,79% para 0,90%. Este último grupo, sozinho, foi responsável por acrescentar 0,12 ponto ao IPC-Fipe do período. Os demais grupos registraram abrandamento no ritmo de alta. Habitação saiu de 0,34% para 0,29%; Transportes foram de 0,42% para 0,31%; Saúde passou de alta de 0,48% para 0,41%; Vestuário deixou incremento de 1,05% para 0,90% e educação, de 0,13% para 0,07%. O IPC-Fipe mede a inflação para famílias com renda de até dez salários mínimos mensais que vivem na cidade de São Paulo. (Valor Econômico – 09.12.2016)


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8 IGP-M tem inflação de 0,20% na primeira prévia de dezembro

A inflação medida pelo IGP-M acelerou a 0,20% na primeira prévia de dezembro, após cair 0,11% no mesmo período do mês anterior, informa a FGV. O IGP-M serve de referência para reajustes de contratos, como os de aluguel. No atacado, o IPA saiu de queda de 0,29% na primeira prévia de novembro para elevação de 0,30%, na primeira de dezembro. Os produtos agropecuários tiveram baixa de 1,14%, após recuo de 1,04% um mês antes, mas os produtos industriais aceleraram o ritmo de alta, de 0,01% para 0,87%. No varejo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve deflação de 0,02% no primeiro decêndio de dezembro, ante incremento de 0,25% no mês anterior. Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou a alta de 0,27% para 0,12% da primeira prévia de novembro para a leitura inicial de dezembro. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços caiu 0,01%, após ter ficado estável no mês anterior. O custo da mão de obra apresentou variação positiva de 0,22%. (Valor Econômico – 09.12.2016)

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9 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h51, a moeda americana subia 0,12%, saindo a R$ 3,3864. Ontem, o dólar comercial caiu 0,68% e fechou a R$ 3,3824. (Valor Econômico – 09.12.2016 e 08.12.2016)

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Internacional

1 Shell avalia investir em uma planta de regaseificação uruguaia para vender gás para Argentina

A petroleira Shell começou a análise financeira de um projeto de regaseificação localizado na capital do Uruguai, seja para compra-lo ou associá-lo com o objetivo de venda de gás para a Argentina, disse uma fonte oficial. Gas Sayago, de propriedade da companhia petrolífera estatal Ancap e da elétrica UTE, é a empresa que realiza o plano de construir uma planta de regaseificação na costa de Montevidéu, uma iniciativa que encontrou dificuldades em 2015, após a saída da francesa GDF Suez. “Até agora, foi iniciado um processo de” due diligence” para refletir sobre qual caminho mais conveniente seguir. Não está descartado, inclusive que o projeto pode ter algumas mudanças", disse uma fonte oficial com conhecimento das negociações. Nesse sentido, a Shell manifestou a Gas Sayago seu interesse por comprar um volume de gás de entre 10 milhões e 15 milhões de metros cúbicos diários por um período de 10 anos. Desse total, seriam transportados cerca de 6 milhões de metros cúbicos por um gasoduto entre os dois países, enquanto o resto seria levado em barco e em estado líquido para os terminas argentinos de Escobar e Bahía. Vale destacar que o governo uruguaio licitou a construção e operação da planta em 2013 com o objetivo principal de diversificar sua matriz energética. Três anos mais tarde, dado o forte crescimento na geração de energia eólica e a baixa demanda local de gás, o projeto poderia não lograr êxito se não se consolide a exportação do produto. (Inversor Energético – Argentina – 08.12.2016)

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2 O baixo custo da energia elétrica no Paraguai

Empresários que operam no Paraguai destacam que o baixo custo da energia elétrica constituiu uma grande vantagem competitiva. Hoje, o preço da energia paraguaia industrial se encontra em um dos patamares mais baixos a nível mundial, com tarifas próximas a US$ 41,53 MWh. Assim, a tarifa de energia elétrica desse país se posiciona como a mais econômica de toda a região. Um fator adicional que tem atraído com força os investidores é o apoio e as facilidades que o governo paraguaio está dando a várias empresas estrangeiras para estabelecer no país através do seu regime de maquiladora. Sobre este ponto, o vice-presidente da empresa Sumidenso diz que durante a abertura de sua empresa no Paraguai, "as autoridades nos ajudaram a conseguir as pessoas que vieram trabalhar conosco e houve também um grande trabalho com a imprensa.”. O CEO da Blue Design acrescenta que tanto a importação como a exportação no Paraguai são processos bastante ágeis. "A cultura importadora que teve o país ao longo de sua história faz com que as aduanas sejam muito ágeis e que a importação no Paraguai não seja uma má palavra como é em outros países", enfatizou. "Na aduana, não se demora mais de 24 horas com um despacho e com a exportação a situação é ainda melhor", resume. (El Mercurio – Chile – 09.12.2016)

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3 República Dominicana: casca de arroz para gerar eletricidade

O Ministério de Energia e Minas (MEM) informou que incentiva a utilização de casca de arroz como biomassa para gerar eletricidade no setor de produção de arroz, o que poderia contribuir para reduzir seus custos de energia pela metade a partir desse projeto de tecnologia alternativa.A fatura de elétrica representa mais de 60% dos custos operacionais das fábricas de arroz, de acordo com uma nota enviada pelo MEM, portanto, o uso de cascas de arroz para gerar energia poderia reduzir substancialmente os seus custos."O impulso a biomassa é parte do projeto Bioeletricidade Industrial aprovado em 2013 e que visa aumentar a competitividade da indústria de arroz através da geração de energia com o referido combustível", afirma o comunicado do Ministério. O plano é implementado na República Dominicana pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (ONUDI) e é executado em uma aliança integrada por quatro instituições do governo dominicano, como a Comissão Nacional de Energia (organismo anexado ao MEM e cujo presidente é o Ministro de Minas e Energia), o Conselho Nacional de zonas francas de exportação (CNZFE), o Ministério do Meio Ambiente e Recursos naturais e o próprio Ministério da Energia e Minas, como informado. (Listin Diário – República Dominicana – 09.12.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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