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IFE: nº 4.207 - 07 de novembro de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
1 GESEL e ERSE promovem workshop em Lisboa
2 Governo ainda negocia vetos da MP 735
3 Subsídios representam 20% da conta de luz
4 Sobre a redução de subsídios para o setor elétrico
5 MME divulga relatório técnico de redefinição de parâmetros de aversão a risco
6 MME publica diretrizes do Leilão de Reserva
7 Complexo solar Apodi é enquadrado no Reidi
Empresas
1
Ampla termina terceiro trimestre de 2016 com prejuízo de R$ 72,3 mi
2 Coelce tem lucro de R$ 59,7 mi no terceiro trimestre de 2016
3 Lucro da AES Tietê Energia cai 38% no 3º trimestre
4 AES Tietê Energia vê preços em elevação para 2018
5 AES Eletropaulo revisou estimativa de sobrecontratação para 111,6%
6 Equatorial Transmissão prevê antecipação média de doze meses para lotes arrematados
7 Eletrobras não vai mais entrar em projetos com TIR patriótica, avisa MME
8 São Paulo abre licitação para consultoria que avaliará venda da Cesp
9 Cade aprova aquisição das ações da Duke Brazil pela China Three Gorges
10 CPFL Energia concluiu projeto P&D em 100 residências de Campinas
Leilões
1
Aneel vai propor leilão para contratação de 6 GW de térmica na base para o Nordeste
2 Governo fará leilão em dezembro para contratar energia solar e eólica
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 Vazões ficam abaixo da média em todo o país, indica ONS
3 PLD aumenta 2,5% em todo o país e alcança valor médio de R$ 238,94/MWh
4 Itaipu bate novo recorde no mês de outubro
Meio
Ambiente
1
COP22 quer tirar do papel o Acordo de Paris que limita aumento da temperatura
2 Brasil e a COP22
Energias Renováveis
1
BID e BNDES vão disponibilizar linha de US$ 750 mi para renováveis e eficiência energética
2 Geração de energia por consumidores cresce 400% em 1 ano
Gás e
Termoelétricas
1 Consumo de gás natural cresce 10,3% em agosto
2 Gas Natural Fenosa compra por 85 milhões de euros usinas solares no Brasil
Economia Brasileira
1 Mercado prevê inflação abaixo de 5% e avanço de 1,20% para PIB em 2017
2 Juro futuro tem alívio hoje, mas cautela com eleição dos EUA continua
3 FGV: Indicador antecedente de emprego para de melhorar em outubro
4 Dólar ontem e hoje
Internacional
1 Paraguai: Itaipu busca superar recorde mundial de produção de energia
2 Argentina: Siemens investirá US$ 600 milhões para gerar 683,5 MW no país
3 Chile: ACERA estima economia de US$ 1.800 milhões por energia renovável não convencional
4 Bolívia: O Conselho Mundial de Energia destacou o avanço do país no setor elétrico
5 Peru: Tarifas elétricas em zonas rurais caíram até 40%
6 El Salvador: está pronta a expansão da hidroelétrica 5 de novembro
Regulação e Reestruturação do Setor
1 GESEL e ERSE promovem workshop em Lisboa
Acontece no próximo dia 11 de novembro em Lisboa, na sede da agência reguladora de Portugal, ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos), o Workshop Inovações Tecnológicas e seus impactos no Marco Regulatório do Brasil e Portugal. Promovido pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL) do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro em parceria a agência portuguesa, o evento terá duas mesas: a primeira discutirá o impacto dos recursos energéticos distribuídos sobre o setor de distribuição de energia elétrica no Brasil, enquanto a segunda tratará da experiência alemã dos operadores de rede na integração da geração distribuída. Os Workshop contará com a presença do coordenador do GESEL, professor Nivalde de Castro, do Presidente do CA da ERSE, Vitor Santos, além de representantes do Grupo Energisa, EDP, EPE e IASS (Institute for Advanced Sustainability Studies). Para ter acesso à programação clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ 07.11.2016)
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2 Governo ainda negocia vetos da MP 735
O governo ainda não decidiu quais pontos serão vetados na MP 735. Segundo o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, o governo está negociando os vetos com todos os ministérios. O prazo limite estipulado pela Casa Civil para conversão de lei é dia 18 de novembro. "Estamos ouvindo todos os ministérios... O que eu posso adiantar é que o MME vai fazer suas recomendações de vetos e é natural que outros [ministérios] também os façam. Como isso ainda é fruto de um processo de negociação, não temos nenhum ponto fechado", disse o ministro a jornalistas nesta sexta-feira, 4 de novembro, após participar do Fórum Pernambuco e o Setor Elétrico, em Cabo de Santo Agostinho. O objetivo inicial da MP era ajudar a Eletrobras a promover a venda de suas distribuidoras deficitárias do Norte e do Nordeste. Contudo, durante a tramitação na Câmara, o texto ganhou contribuições polêmicas do ponto de vista ambiental, como a redação que propõe o incentivo à modernização de térmicas a carvão. Questionado sobre a inclinação do governo para vetar esse ponto, Coelho respondeu: "Nós no MME não temos nenhum tipo de preconceito com a matriz energética a carvão. Não defendo que o Brasil seja um grande gerador de térmica a carvão, mas nós temos espaço para poder ter um percentual maior na nossa matriz. Eu tenho as minhas opiniões sobre como deve ser essa ampliação. Entendo que isso foi fruto de um acordo que foi feito na Câmara e a gente está dentro do governo avaliando se isso vai ser passível de veto." "Aquilo que a gente entende que pode ir de encontro com o que a gente está querendo montar no setor elétrico vai ser passível de veto. O que for para aprimorar o setor não tem problema." (Agência CanalEnergia – 04.11.2016)
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3 Subsídios representam 20% da conta de luz
A quantidade de subsídios na área de energia atingiu um tamanho tão grande que, hoje, representa 20% da conta de luz paga pelo consumidor. Somada, a conta dos subsídios atinge neste ano R$ 18,3 bi. Isso significa que, em uma conta de luz de R$ 100, praticamente R$ 20 beneficiam uma ampla gama de consumidores, desde famílias de baixa renda a setores como o agronegócio e a irrigação, passando por empresas que fornecem serviço como água, esgoto e saneamento. Os subsídios também são democráticos no que diz respeito à fonte de geração. Há benefícios tanto para usinas que geram energia limpa quanto para aquelas movidas a carvão. A conta de luz também paga as termoelétricas que produzem energia de combustíveis fósseis no Norte do País. Atualmente e pelos próximos oito anos, a tarifa também vai pagar a indenização das usinas e linhas de transmissão que tiveram suas concessões renovadas em troca do famigerado desconto de 20% na energia, durante o governo Dilma Rousseff. Com tantos grupos beneficiados, a situação se assemelha à lei que assegura meia-entrada para eventos culturais e esportivos: todos querem se enquadrar no grupo dos beneficiários. As tentativas ficam claras cada vez que o governo publica uma MP sobre o setor elétrico. O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, que defende que o assunto passe por um “freio de arrumação”. Números da agência reguladora mostram que, em média, o peso do subsídio já chegou a 20% da conta de luz. “Cada subsídio, isoladamente, pode até fazer sentido. O problema é que, empilhados, eles atingiram um patamar insustentável para a tarifa de energia”, explicou. “Eu, particularmente, sou contra subsídios, pois eles distorcem o preço e as regras de mercado.” (O Estado de São Paulo – 07.11.2016)
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4 Sobre a redução de subsídios para o setor elétrico
A redução do tamanho dos subsídios do setor elétrico é uma questão difícil e antipática, mas necessária, avalia o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa. Para ele, o tema é espinhoso como a PEC do Teto, que vai limitar o crescimento dos gastos do governo nos próximos anos. “É uma questão que precisamos enfrentar. O acúmulo de benefícios localizados se tornou insuportável para a economia”, afirmou Pedrosa. No início de outubro, o governo criou um grupo de trabalho com o objetivo de elaborar um plano de redução dos custos da CDE. É por meio deste fundo que a maioria dos subsídios é concedida. Os recursos para o fundo são arrecadados através de um encargo embutido na tarifa de energia, que onera 4,5 vezes mais os clientes do Sul, Sudeste e Centro-Oeste comparativamente aos do Norte e Nordeste. O maior destino dos subsídios são as termoelétricas do Norte do País, movidas a diesel e o óleo combustível, que consumirão R$ 5,8 bi neste ano. Outro grande beneficiário é o agronegócio. Para o campo ter uma conta de luz 10% mais barata, o consumidor paga R$ 2,9 bi por ano. Para consumidores de baixa renda, o desconto vai de 10% a 65% do valor final da conta de luz. O programa consumirá R$ 2,2 bi neste ano. O “Luz Para Todos” receberá R$ 973 mi. Empresas dos setores de água, saneamento e esgotos pagam uma tarifa 15% menor. A agricultura irrigada e os criadores de peixes têm desconto que varia de 63% a 90% entre 21h30 e 6h da manhã. Usinas que geram energia a partir das fontes solar, eólica, biomassa têm direito a 50% na tarifa de uso de distribuição. O carvão mineral nacional usado por térmicas eficientes é 100% pago pela conta de luz e custa R$ 906 mi por ano. (O Estado de São Paulo – 07.11.2016)
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5 MME divulga relatório técnico de redefinição de parâmetros de aversão a risco
O MME publicou no DOU de dia 4 de novembro a portaria 521/2016, divulgando para consulta pública o relatório técnico “Redefinição dos Parâmetros de Aversão a Risco nos Modelos Computacionais para Operação, Formação de Preço, Expansão e Cálculo de Garantia Física", além da memória da reunião da Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico que aprovou este relatório, realizada no último dia 18 de outubro. O relatório está disponível no site do MME. A proposta é fruto de discussões vindas do Grupo de Trabalho "Questões Metodológicas Associadas aos Modelos Computacionais para a Expansão e Operação do Setor Elétrico Brasileiro". As contribuições dos interessados ao Relatório serão recebidas pelo MME através do seu Portal de Consulta Pública, durante trinta dias a partir da publicação da portaria. (Agência CanalEnergia – 04.11.2016)
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6 MME publica diretrizes do Leilão de Reserva
O MME publicou no DOU de 4 de novembro, a portaria 520/2016, com as diretrizes da sistemática para a realização do Leilão de Reserva, que será realizado em dezembro deste ano. De acordo com a portaria, o detalhamento da sistemática prevê que o certame deverá aceitar propostas para dois produtos, eólica e solar. O leilão de reserva vem sendo encarado pelos agentes do setor como uma espécie de tábua de salvação para as fontes eólica e solar, que terão nele a última oportunidade do ano de contratação para atender a demanda industrial. No último mês de outubro, uma nota técnica produzida pelo ONS, Aneel e EPE retirou do certame os projetos localizados nos estados da Bahia, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. A razão alegada foi falta de margem de escoamento na transmissão, causada em parte pela paralisação das obras de linhas da Abengoa, em processo de falência. A decisão acabou por impulsionar outros estados, como Piauí, Ceará e Pernambuco, que tem margem de transmissão e devem viabilizar projetos. (Agência CanalEnergia – 04.11.2016)
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7 Complexo solar Apodi é enquadrado no Reidi
O MME aprovou o enquadramento no Reidi das UFVs Apodi II, III e IV, localizadas no município de Quixeré, no Ceará. O período de execução das obras será de 5 de novembro de 2017 até 5 de novembro de 2018, e será investido, sem a incidência de impostos, um valor total de R$ 140 mi. (Agência CanalEnergia – 04.11.2016)
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Empresas
1 Ampla termina terceiro trimestre de 2016 com prejuízo de R$ 72,3 mi
A Ampla terminou o terceiro trimestre de 2016 com prejuízo de R$ 72,3 mi, superior ao resultado negativo do mesmo período de 2015, de R$ 12 mi. A distribuidora divulgou na última quinta-feira, 3 de novembro, seus resultados financeiros. A receita operacional líquida ficou em R$ 1,09 bi, recuando 18,5% em relação ao do terceiro trimestre de 2015. O Ebitda neste trimestre caiu 44,6% e chegou a R$ 53,6 mi. O volume de energia no trimestre, que engloba a venda e o transporte, é de 2.658 GWh, mostrando um pequeno aumento de 0,4%. Os investimentos de R$ 192,5 mi no trimestre foram 21,9% menores na comparação com o terceiro trimestre de 2015. Nos nove meses do ano, o prejuízo está em R$ 199 mi. O valor também supera o alcançado até setembro de 2015, à época de R$ 31,1 mi. A receita operacional líquida ficou em R$ 3,11 bi, caindo 18,8% na comparação com os nove meses de 2015. Já o Ebitda da distribuidora teve recuo de 12,7% e registrou R$ 219,9 mi. Até setembro, o volume de energia da Ampla teve uma leve queda de 0,4%, ficando em 8.740 GWh. No ano, o capex de R$ 571,4 mi mostra um aumento de 2,3% na comparação com o que foi investido até setembro de 2015. De acordo com Carlo Zorzoli, Country Manager da Enel Brasil, os resultados da Ampla continuam afetados pela recessão econômica, que teve um forte impacto na distribuição. Segundo ele, as vendas de energia e de transportes estão estagnadas e as perdas aumentam. Ainda assim, ele alega que está havendo investimento na modernização da rede de distribuição para melhorar a qualidade do serviço. O número de consumidores totais aumentou 3,1%, chegando aos 3 milhões. (Agência CanalEnergia – 04.11.2016)
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2 Coelce tem lucro de R$ 59,7 mi no terceiro trimestre de 2016
A Coelce teve lucro líquido de R$ 59,7 mi no terceiro trimestre de 2016. O resultado, divulgado pela concessionária na última quinta-feira, 3 de novembro, é 35,3% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, que chegou a R$ 92,3 mi. A receita líquida caiu 0,7% e ficou em R$ 1,02 bi. Já o Ebitda da Coelce neste trimestre mostra uma queda de 14% e ficou em R$ 135,3 mi. O número de consumidores totais da distribuidora é de 3,8 mi. Nos nove meses do ano, o lucro chega a R$ 277,9 mi, caindo 11,3% na comparação com os R$ 313,2 mi registrados até setembro de 2015. A receita líquida da distribuidora nos nove meses recuou 7%, ficando em R$ 2,89 mi. O Ebitda da Coelce até setembro é de R$ 516,9 mi, menor que os R$ 562,7 mi dos nove meses do ano passado. Os investimentos no trimestre ficaram em R$ 122,4 mi, recuando 8,4% na comparação com o capex do mesmo período do ano passado. No ano, houve um aumento de 12,5% e os investimentos chegaram a R$ 332,6 mi. O volume de energia vendida e transportada no trimestre foi de 2.903 GWh, crescendo 3,4 %. No acumulado do ano, o volume é de 8.597 GWh, subindo 1,7%. (Agência CanalEnergia – 04.11.2016)
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3 Lucro da AES Tietê Energia cai 38% no 3º trimestre
A AES Tietê Energia apresentou um lucro líquido de R$ 97,8 mi no terceiro trimestre de 2016, queda de 38,6% quando comparado aos R$ 159,3 mi do mesmo período de 2015. No ano a queda de lucro está em 41,8% ante 2015. A empresa acumula ganhos de R$ 275,4 mi ante os R$ 473,2 mi de 2016. As quedas reportadas não somente nesse indicador, mas como em receita e de geração de caixa operacional são atribuídos ao encerramento do contrato bilateral da geradora com a AES Eletropaulo que esteve vigente até 31 de dezembro de 2015. O ebitda na base trimestral da geradora ficou em R$ 213,8 mi, recuo de 36% na mesma base de comparação com 2015. Essa queda deve-se à redução do preço médio de venda. No ano esse indicador soma R$ 633 mi, recuo de 36% na comparação com os nove meses de 2015. A receita operacional bruta da empresa somou R$ 453,6 mi, 31,9% menor do que no mesmo trimestre de 2015. Um dos principais motivos é o menor preço médio em função do término do contrato com a AES Eletropaulo. Já nos nove meses de 2016 o indicador segue a mesma tendência com queda de 35,9%, justamente pelo encerramento do contrato bilateral com a distribuidora do próprio grupo AES Brasil. O volume de energia gerada nos três meses encerrados em setembro somou 3.189,1 GWh, aumento de 59,9% na comparação com 2015. No acumulado do ano, esse volume somou 9.869,8 GWh um volume 84,6% acima do reportado nesse mesmo período de 2015. O destaque ficou com a maior UHE da empresa a de Água Vermelha que no ano vem apresentando geração 106,4% acima do reportado em 2015. A energia faturada aumentou em 14,8% na comparação trimestral e 13,4% acima quando a base é anual. A performance, explicou a geradora, deve-se ao aumento da venda de energia no MRE e função do maior despacho das usinas da companhia ao longo deste ano. No trimestre foram faturados 4.011 GWh e no ano 12.096 GWh. De acordo com a empresa, os resultados de trimestre foram influenciados pelo aumento do volume de energia gerada no período. Este amento deve-se pelo menor volume e compra de energia no mercado de curto prazo, que associado ao menor preço spot médio verificado no submercado SE/CO, que ficou em R$ 115,01/MWh ante os R$ 203,82/MWh no mesmo período de 2015, resultaram na queda dos custos com energia no MCP em R$ 70,3 mi quando comprado ao mesmo período do ano anterior. (Agência CanalEnergia – 04.11.2016)
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4 AES Tietê Energia vê preços em elevação para 2018
A AES Tietê Energia estima que os preços do mercado livre para o ano que vem deverão ficar no patamar superior de projeção de valores que é de uma faixa de R$ 140 a R$ 170/MWh no longo prazo. A empresa ressaltou por três vezes essa projeção ao destacar que os fatores de incertezas que se apresentam hoje ao mercado baseiam essa avaliação. A hidrologia abaixo da média desde março deste ano no SIN, a revisão da carga realizada em setembro, incerteza sobre a ocorrência do La Niña e as mudanças nos parâmetros que serão utilizados no modelo de aversão ao risco são os itens que podem pressionar o preço. Tanto é assim que o vice presidente de Comercialização, Ricardo Cyrino, reportou que esses fatores têm trazido baixa liquidez a mercado. “Esse trimestre temos uma liquidez mais baixa por busca de novos contratos em decorrência da incerteza acerca dos preços no mercado para o futuro. As variáveis são muitas, têm pressionado o preço e consequentemente levado à redução de liquidez”, comentou ele. Mas, para Julian Nebreda, presidente do grupo AES Brasil, isso é questão de o mercado se acostumar ao novo patamar que virá, para ele esse fator deverá durar o tempo até o mercado se adequar aos valores. De acordo com os dados da empresa referente ao terceiro trimestre de 2016, há 147 MW médios disponíveis para venda no portfólio da companhia. Isso já considerando os 5% de margem que a geradora deixa em aberto para absorver o GSF do período. No total a empresa tem 88% de sua energia assegurada contratada. Em 2018 o indicador é de 72% sendo que há 346 MW médios para negociação, em 2019 esse nível de energia contratada cai a 39% e em 2020 há 27% já vendida. (Agência CanalEnergia – 04.11.2016)
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5 AES Eletropaulo revisou estimativa de sobrecontratação para 111,6%
A melhoria na performance do mercado total da AES Eletropaulo (SP) associada à adoção de medidas que reduziram contratos com geradoras levou a uma reavaliação do nível de sobrecontratação da distribuidora que caiu de 114% para 111,6%. E para 2017 a companhia estima que o nível de acordos está em um patamar de 113% ante os 105% de máximo regulatório que pode ser repassado à tarifa. Com a revisão desse ano a perspectiva de impacto financeiro neste ano passou da faixa de R$ 60 mi a R$ 165 mi para um valor que deverá se situar entre R$ 30 mi e R$ 110 mi. De acordo com o presidente do grupo AES Brasil, Julian Nebreda, desde que foram implementados os mecanismos para a mitigação desse excesso de contratos a distribuidores já fechou três acordos com projetos que estavam atrasados. Na avaliação sobre 2017, cuja indicação da concessionária é de estar com 113%, o impacto financeiro ainda dependerá da variação dos preços da energia para o ano que vem e ainda de como se comportará o mercado de energia. Para chegar ao indicador estimado a premissa é de um crescimento de mercado situado na faixa de 0,8% a 1,2%. Nebreda garantiu ainda que a empresa continua a procurar alternativa par mitigar a sobrecontratação do ano que vem. O nível de DEC da empresa para 2016 determinado pela agência regulatória é de 8,01 horas, mas o indicador de 12 meses encerrados em setembro está em 19,13 horas. Já no FEC esse nível regulatório é de 5,91 vezes enquanto o apurado pela distribuidora fechou o trimestre em 7,02 vezes. As perdas no final do último trimestre ultrapassaram a meta de 9,4% nos últimos 12 meses e fechou em 9,7%. Na avaliação do CEO da distribuidora, Charles Lenzi, a empresa está focada na melhoria dos indicadores e os investimentos estão mais elevados para atender a redução. Por esse motivo, a empresa ainda deverá apresentar aumentos de custos que serão compensados com a melhoria dos indicadores de qualidade e, consequentemente, redução de multas, maior produtividade e tornando a empresa mais eficiente. Apesar desses investimentos, cujo programa até 2020 deverá apresentar valores de até R$ 2,8 bi, não há uma previsão específica sobre quando a distribuidora poderá novamente apresentar indicadores dentro da meta estabelecida pela Aneel. (Agência CanalEnergia – 04.11.2016)
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6 Equatorial Transmissão prevê antecipação média de doze meses para lotes arrematados
A Equatorial Transmissão pretende antecipar em média de doze meses o início da operação dos lotes que ela arrematou no certame. O diretor de relações com investidores da empresa, Eduardo Haiama, disse que alguns lotes poderão começar a operar um pouco antes desse prazo e outros um pouco depois. Os lotes arrematados pela Equatorial estão nos estados do Pará, Bahia e Minas Gerais. A antecipação vai permitir o recebimento da receita antes do prazo. Porém ela vai exigir um acompanhamento ideal das etapas da execução das obras da LTs, uma vez que para o início de operação de alguns dos projetos, a condição é que outros lotes já estejam operando e nem todos são da Equatorial. A Equatorial venceu os lotes 8, 9, 12, 14,15, 16 e 23. Os lotes 9 e 14, são condicionantes, mas o lote 12 depende da entrada do lote 10, que ficou com o Consórcio Sertanejo. O executivo também anunciou que a Andrade Gutierrez e a Elecnor foram contratadas como as epecistas principais na implantação das linhas de transmissão. Ele lembrou que apesar da transmissão ser um ramo de atuação novo para a Equatorial, ela tem expertise no acompanhamento da execução de obras de rede de distribuição, como as que foram desencadeadas pelo Projeto Luz para Todos no Maranhão, estado em que ela atua por meio da Cemar. A Equatorial Transmissão vai construir 2.150 km em linhas. A previsão de investimentos é de R$ 3,9 bi. Desse total, cerca de 20% a 25% será investido até 2018. Em 2019, o percentual sobe para até 60% e em 2020 ele fica ente 15% e 30%. Em 2021 não haveria desembolso devido a antecipação. O modelo de financiamento ainda não está totalmente definido. O êxito no leilão de LTs não retirou o fôlego do grupo aquisições na área de distribuição. O leilão da Celg (GO) e das outras distribuidoras da Eletrobras ainda está o radar da Equatorial. Ainda não há uma decisão sobre a participação da Equatorial Transmissão no próximo leilão. Embora tenha aparecido sozinha no último certame, existe a possibilidade de formação de parcerias para os próximos leilões. Para Haiama, um acerto só acontecerá após avaliações serem feitas caso a caso. (Agência CanalEnergia – 04.11.2016)
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7 Eletrobras não vai mais entrar em projetos com TIR patriótica, avisa MME
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, reafirmou seu compromisso em recuperar a capacidade financeira da maior empresa de energia elétrica do país e disse que, na sua gestão, a Eletrobras não participará mais de empreendimentos cuja taxa interna de retorno não agregue valor para companhia. Nos últimos anos, a empresa entrou em projetos para salvar leilões do fracasso em detrimento do lucro para os investidores. Durante seu primeiro pronunciamento em seu estado natal como ministro, Coelho lembrou que quando chegou ao governo, em maio, encontrou a Eletrobras com um valor de mercado menor do que a dívida que suas subsidiárias de distribuição têm com a BR Distribuidora, da Petrobras, e que passados seis meses de sua gestão, a empresa que mais se valorizou na bolsa foi justamente a Eletrobras, mostrando que o mercado voltou a confiar nas empresas públicas brasileiras. "Estamos num esforço muito grande de poder restabelecer a lógica econômica dentro da Eletrobras. A Eletrobras não vai mais entrar em projetos com TIR patriótica, como a gente chama dentro do ministério. Ela vai perseguir o lucro e ser indutora de desenvolvimento. A gente vê que esses sinais começam a ser correspondidos e reconhecidos no mercado", disse Coelho em pronunciamento no Fórum Pernambuco e o Setor Elétrico Nacional, em Cabo de Santo Agostinho. A Petrobras e sua subsidiária BR Distribuidora fornecem gás natural e óleo para termelétricas no Norte do país, mas a Eletrobras e suas unidades de distribuição de energia que atuam na região têm atrasado pagamentos referente ao fornecimento do combustível, situação que ficou mais crítica em 2014. A dívida da Eletrobras com a petroleira fechou o ano de 2015 em R$ 9,9 bi, segundo informações mais recentes da Petrobras. A Eletrobras vem negociando formas de quitar essa dívida. (Agência CanalEnergia – 04.11.2016)
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8 São Paulo abre licitação para consultoria que avaliará venda da Cesp
A Cesp informou em comunicado ao mercado que o governo de São Paulo, controlador da companhia, abriu licitação para contratação de consultoria para avaliar processo de venda da participação estadual na geradora de energia. Segundo a Cesp, a consultoria fará “avaliação econômico-financeira, proposição de modelagem e execução da venda dos ativos mobiliários detidos pelo Estado, correspondentes a ações representativas do capital social”. A data de início do prazo para envio da proposta eletrônica é 8 de novembro e a abertura da sessão pública se dará em 22 de novembro, às 10 horas. (Valor Econômico – 07.11.2016)
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9 Cade aprova aquisição das ações da Duke Brazil pela China Three Gorges
O Cade aprovou, sem restrições, a aquisição da integralidade das ações da Duke Energy International Brazil Holdings pela China Three Gorges. No fechamento da operação, a China Three Gorges deterá ações representativas de 100% do capital social da Duke. A China Three Gorges pertence ao CTG, grupo de energia limpa focado no desenvolvimento e operação de hidrelétricas de grande porte e em negócios de energia renovável, incluindo energia eólica e solar. No Brasil, o Grupo CTG atua por meio das subsidiárias da China Three Gorges Brasil Energia, operando no mercado de geração de energia, mais especificamente nos segmentos hídrico e eólico, além de comercializar energia no território nacional por meio de contratos firmados tanto no Ambiente de Contratação Livre como no Ambiente de Contratação Regulada. As atividades da Duke no Brasil estão relacionadas à operação e gestão de dez usinas hidrelétricas, divididas em dois complexos: Paranapanema e Sapucaí¬-Mirim. Além disso, a Duke comercializa energia nos ambientes de contratação livre e regulada. (Valor Econômico – 04.11.2016)
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10 CPFL Energia concluiu projeto P&D em 100 residências de Campinas
A CPFL Energia concluiu a instalação de placas solares em 100 residências no bairro de Barão Geraldo, em Campinas (SP). A iniciativa faz parte do projeto de P&D Telhados Solares, cujo objetivos são avaliar os impactos da microgeração nas redes elétricas das distribuidoras e preparar o Grupo CPFL para a expansão comercial da geração distribuída solar no Brasil. Com investimento de R$ 14,8 mi e previsto para ser concluído em novembro de 2017, o projeto Telhados Solares contempla a instalação de placas fotovoltaicas em 231 consumidores. A expectativa é que este número seja ainda alcançado em dezembro deste ano, dando início à etapa dos estudos técnicos da pesquisa. Para execução do projeto de P&D, a Diretoria de Estratégia e Inovação da CPFL Energia selecionou um trecho da rede elétrica da CPFL Paulista em Barão Geraldo que atende a aproximadamente 5 mil clientes. Por conta das suas características técnicas, essa parte do sistema foi considerada ideal para a realização dos testes de inserção de um número expressivo de usinas de geração distribuição na rede. “A intenção do projeto é estudar o impacto da inserção massiva de geração solar distribuída na qualidade do fornecimento de energia para os demais clientes que não possuem os painéis solares”, explica o diretor de Estratégia e Inovação da CPFL Energia, Rafael Lazzaretti. As placas solares terão capacidade de 850 kWp, volume suficiente para gerar 20% do consumo de energia dos 5 mil clientes do ramal. Além de estudar os impactos da inserção massiva da microgeração na rede elétrica, o projeto Telhados Solares também permitirá que a CPFL desenvolva conhecimento técnico para atuar como prestadora do serviço de instalação e operação dos painéis solares para os seus clientes. Tanto que a colocação das placas fotovoltaicas ficou a cargo da CPFL GD, empresa do Grupo voltada para atua no mercado de geração solar distribuída. (Agência CanalEnergia – 04.11.2016)
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Leilões
1 Aneel vai propor leilão para contratação de 6 GW de térmica na base para o Nordeste
A seca prolongada que assola a região Nordeste há quase seis anos abriu uma discussão importante sobre qual deverá ser a prioridade para o uso da água do rio São Francisco nos próximos anos. A principal solução apoiada por diversos agentes do setor é a instalação de usinas térmicas na base, por ser a única fonte que reúne as características necessárias para compensar a geração hidrelétrica e promover a segurança energética da região. O diretor da Aneel, Reive Barros, informou que vai sugerir ao MME a realização de leilão regional para contratação de 6 GW de capacidade térmica movida a gás natural a ciclo combinado para geração na base e instalação até 2030. O diretor, inclusive, sugeriu o preço teto de R$ 270/MWh para essa energia. Segundo Barros, a medida promoveria alguns benefícios, a saber: o desenvolvimento do mercado de gás na região; a segurança energética; a recuperação dos reservatórios hidrelétricos; além de firmar a geração eólica que está em franca expansão na região. Para ele, com a restrição hídrica do rio São Francisco, a destinação da água do rio vai ser para usos "mais nobres". O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Eduardo Azevedo, disse que o estudo para ampliação do mercado de gás é uma das prioridades do governo. Nesse momento, a equipe do ministério está costurando um modelo que viabilize a contratação dessas usinas um preço adequado. Segundo Azevedo, já no próximo ano o governo deve publicar alguma novidade sobre o assunto. Contudo, ele destacou que qualquer mudança será previamente discutida com o mercado. "A gente não tem a pretensão de lançar nada sem consultar o mercado", garantiu. O presidente da Chesf, José Carlos Miranda, concordou que o sistema elétrico precisa de mais energia firme na base. Para ele, com mais térmicas será possível deslocar a geração hidrelétrica para atendimento dos picos de carga. Ele lembrou que a companhia, em parceira com o MME, tem tocado um projeto que pretende recuperar as margens da bacia do rio São Francisco. (Agência CanalEnergia – 04.11.2016)
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2 Governo fará leilão em dezembro para contratar energia solar e eólica
O governo vai fazer um leilão para a contratação de energia solar e eólica no dia 16 de dezembro deste ano. As diretrizes do 2º LER de 2016 foram publicadas hoje (4) no DOU. O certame ocorrerá em duas fases, sendo que a primeira será para a classificação por preço de lance, considerando a capacidade de escoamento de energia para o SIN. Já na segunda fase, o critério de seleção será o de menor preço, com produtos distintos para cada fonte. Segundo o MME, esse formato tem como objetivo aumentar a competitividade do leilão. De acordo com a EPE, até agosto foram cadastrados 1.260 projetos no leilão. A maior parte é de projetos de empreendimentos a partir de fonte eólica, com 841 cadastrados. Outros 419 projetos são de fonte solar fotovoltaica. O início de suprimento dos contratos das duas fontes será em 1º de julho de 2019, com prazo de vinte anos. (Agência Brasil – 04.11.2016)
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Oferta e Demanda de Energia
Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
Os reservatórios da região Norte estão operando com volume de 29,1%, recuando 0,2% em relação ao dia anterior. Os dados são do ONS, referentes ao último dia 3 de novembro. A energia armazenada na região é de 4.379 MW/mês e a ENA é 1.045 MWm, que é equivalente a 33% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Tucuruí está operando com 48,21% da sua capacidade. No submercado SE/CO, houve uma queda de 0,2% em comparação com o dia anterior, o que deixou os reservatórios com volume de 34,3%. A energia armazenada é 69.605 MW/mês e a ENA é 21.759 MWm, que é o mesmo que 71% da MLT. Furnas está operando com volume de 50,2% e Nova Ponte com 22,59%. Na região Nordeste, os níveis dos reservatórios estão em 10,5%, caindo 0,1% em relação ao dia anterior. A energia armazenada na região é de 5.452 MW/mês e a ENA é 1.081 MWm, que equivale a 20% da MLT. A usina de Sobradinho opera com volume de 7,24%. No Sul, houve recuo de 0,1% em comparação com o dia anterior, o que deixou os reservatórios com volume de 86,4%. A energia armazenada é 17.253 MW/mês e a ENA é 11.152 MWm, que é equivalente a 113% da MLT. A usina de Barra Grande opera com volume de 97,97%. (Agência CanalEnergia – 04.11.2016)
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2 Vazões ficam abaixo da média em todo o país, indica ONS
Na primeira revisão semanal de projeções do PMO do mês de novembro, divulgada nessa sexta-feira, 4 de novembro, o ONS apontou para uma redução nas vazões para quase todos os submercados. A redução mais significativa ficou para o Sul que recuou de 121% para 92% da MLT ao final deste mês. No Nordeste a situação se deteriorou mais ainda com a previsão de ENA de apenas 22% enquanto no Norte a perspectiva é de 43% da média ante uma projeção inicial de 52% da média histórica. No SE/CO houve a única elevação, de 1 p.p, para 83% da MLT. A previsão de armazenamento máximo esperado para o mês no SE/CO passou para 30,7% ante os 30,2% projetados na semana anterior. No Sul houve queda para 80,9%%, no Nordeste redução para 7,5% e para o Norte leve recuo de 0,2 p.p para 13,7%. A expectativa para a carga é de estabilidade ante o mesmo mês de 2015 com projeção de 66.623 MWm de demanda. Destaque para a previsão de redução de 1% no SE/CO, submercado que tem a maior carga do país. Enquanto isso, no Sul a previsão é de crescimento de 2,8%, no Nordeste é de expansão de 0,7% e no Norte de retração de 0,6%. Para a semana operativa que se inicia no sábado, 5 de novembro, o CMO está equalizado em todas as regiões. Na média o valor é de R$ 224,40/MWh. Os patamares de carga pesada e média estão a R$ 226,91/MWh enquanto a leve a R$ 219,99/MWh. A geração térmica para a semana está em 9.363 MWm. Desse montante, 9.054 MWm por ordem de mérito, 125 MWm por inflexibilidade e 184 MWm por restrição elétrica. Quanto à previsão do tempo, informou o operador a expectativa é por chuva fraca nas bacias dos rios Grande, Paranaíba e Alto do rio São Francisco. Já no final da semana é esperada chuva com essa mesma intensidade nas bacias hidrográficas do Sul, Paranapanema, Tietê e no Grande. No rio Tocantins a projeção é de pancadas no início da semana. (Agência CanalEnergia – 04.11.2016)
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3 PLD aumenta 2,5% em todo o país e alcança valor médio de R$ 238,94/MWh
O PLD para o período entre 5 e 11 de novembro subiu 2,5% em todos os submercados. De acordo com a CCEE, o valor médio semanal passou de R$ 233,01/MWh para R$ 238,84/MWh. O preço continua equalizado em todo o país uma vez que os limites de intercâmbio entre os submercados não foram atingidos. Segundo a câmara, a principal causa do aumento no preço é a queda de 81% para 74% da MLT na previsão das afluências para o Sistema em novembro. Os níveis de ENAs esperados ficaram mais otimistas apenas no Sudeste que foi elevada para 83%. Já a carga prevista para o SIN na segunda semana de novembro está aproximadamente 1.050 MWm mais baixa em comparação ao previsto na semana anterior. Houve redução apenas no Sudeste, permanecendo inalteradas nas demais regiões. Os níveis dos reservatórios do SIN estão aproximadamente 1.400 MWm acima do previsto na última semana com elevação observada em todos os submercados, exceto no Nordeste onde permaneceram estáveis. As elevações foram de 1.000 MWm no Sudeste, 20 MWm no Sul e 350 MWm no Norte. O fator de ajuste do MRE para novembro foi revisto de 92,1% para 89,4%. Os ESS são esperados em R$ 204 mi para o período, sendo R$ 202 mi referentes a segurança energética. (Agência CanalEnergia – 04.11.2016)
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4 Itaipu bate novo recorde no mês de outubro
Itaipu Binacional acaba de atingir marcas inéditas em 2016 como o melhor outubro de sua história e a melhor sequência dos dez primeiros meses do ano. De janeiro até o último dia 31, a hidrelétrica produziu 85,9 milhões de MWh, ante 82,3 milhões de MWh registrados no mesmo período em 2013, quando estabeleceu o melhor desempenho mundial em um ano, com uma produção total de 98,6 milhões de MWh. O volume atingido nesses dez primeiros meses é 17% maior quando comparado ao mesmo período do ano passado, com 73,4 milhões de MWh. O outubro recordista produziu 8,48 milhões de MWh, deixando para trás os 8,33 milhões de MWh registrados no mesmo mês de 2013, o melhor até então. Durante o ano, Itaipu já obteve os melhores janeiro, fevereiro, bimestre, trimestre, maio, quadrimestre, junho, quinquimestre, semestre, septuamestre, octamestre, nonamestre e, agora, outubro e decamestre. "Os sucessivos recordes têm sido uma consequência de um trabalho bem planejado com ações sustentáveis para atender à demanda de energia do Brasil e do Paraguai", explica o diretor técnico executivo de Itaipu, Airton Dipp. (Agência CanalEnergia – 04.11.2016)
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Meio
Ambiente
1 COP22 quer tirar do papel o Acordo de Paris que limita aumento da temperatura
A 22ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas que começa no dia 7, em Marrakesh, Marrocos, precisará sair do plano das boas intenções e tirar do papel o Acordo de Paris, se o mundo realmente quiser limitar o aumento da temperatura do planeta em até 2ºC em relação aos níveis pré-industriais. Ambientalistas e entidades do setor ressaltam a importância simbólica e política para o mundo da COP21 na capital francesa, quando todos os 195 países-membros da ONU aprovaram o acordo, depois de 20 anos de negociações desde a primeira conferência. O desafio agora é conseguir consenso sobre as regras. O secretário executivo do Observatório do Clima, Carlos Hittl, ressaltou que uma questão relevante é garantir que as metas de redução de emissões, que são estabelecidas domesticamente, sejam reais e não números fictícios para venda de créditos. Em 2023 está previsto o primeiro balanço da aplicação das promessas. O pacto entrou em vigor na semana passada, depois de ter sido alcançado o quórum suficiente de países que ratificaram o acordo, entre eles o Brasil. De acordo com o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Everton Lucero, o principal objetivo do Brasil nesta conferência será atrair investimentos para setores alinhados com as metas de redução de carbono, como os de agricultura de baixo carbono, de reflorestamento e recuperação e de energias renováveis. Outro ponto fundamental é a ajuda aos países mais pobres para que consigam implementar políticas de redução de desmatamento e poluição. Ficou acordado que entre 2025 e 2030 seria mantido um Fundo Climático com US$100 bilhões por ano para financiar projetos sustentáveis. Para a presidente do PBMC, Suzana Kahn, tanto essa conferência quanto as de 2017 e 2018 serão mais burocráticas. O diretor executivo do Ipam, André Guimarães, também concorda que são muitas questões e centenas de interesses nacionais distintos, mas que a situação do planeta exige pressa. (Agência Brasil – 07.11.2016)
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2 Brasil e a COP22
O Brasil ratificou em setembro o acordo, e os objetivos da Contribuição Nacionalmente Determinada agora são lei, com a aprovação do texto pelo CN. O país se compromete no documento a reduzir 37% nas emissões de CO² até 2025 em relação aos níveis de 2005 e 43% até 2030. Outras metas brasileiras são aumentar a participação de bioenergia sustentável na matriz energética para aproximadamente 18%, restaurar e reflorestar 12 mi de hectares de florestas, bem como aumentar em 45% a participação de energias renováveis na composição da matriz energética até 2030. O MMA chegou a anunciar em setembro que apresentaria um rascunho do plano de implementação na COP22, mas voltou atrás. Segundo Lucero, o rascunho será apresentado no final de novembro e discutido com a sociedade ao longo do primeiro semestre do ano que vem. O processo de consultas será concluído em junho, e o documento final deve estar pronto em julho. “Queremos que a estratégia tenha a contribuição dos ministérios de Minas e Energia, da Agricultura e do Planejamento e da Fazenda, por isso precisamos dar tempo a eles para que possam reagir e contribuir”, afirmou. “A partir da divulgação do rascunho, teremos diálogos estruturados com os setores econômicos relevantes, de acordo com nosso perfil de emissões, pela internet e em reuniões e seminários com cada setor”, acrescentou Lucero. Além do Brasil, 61 países já ratificaram o texto, incluindo os maiores poluidores do planeta: os Estados Unidos e a China. De acordo com a conta oficial de emissões da Convenção do Clima, o Brasil responde por cerca de 2,5% de todas as emissões do planeta, que o deixa entre os dez maiores poluidores do mundo, embora bem atrás da China (responsável por cerca de 20% das emissões) e dos Estados Unidos (17,89%). (Agência Brasil – 07.11.2016)
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Energias Renováveis
1 BID e BNDES vão disponibilizar linha de US$ 750 mi para renováveis e eficiência energética
A Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), coordenada pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão decidiu favoravelmente pelo programa de financiamento entre o BID e o BNDES, no valor de US$ 750 mi. A decisão da Cofiex é pré-condição para o prosseguimento do processo de negociação e aprovação da operação de captação externa, que financiará projetos de energias renováveis e inovação para micro, pequenas e médias empresas. O Programa de Convênio de Linha de Crédito Condicional BID-BNDES de Financiamento a Investimentos Produtivos e Sustentáveis, em fase de negociação entre as partes, contribuirá para gerar emprego e renda e promover competitividade e sustentabilidade. “É uma iniciativa importante que sinaliza o retorno de investimentos no país e ainda mostra a relevância do Brasil para o BID”, destacou o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira. O objetivo do atual contrato em negociação é apoiar projetos de energias renováveis, eficiência energética e inovação financiados pelo programa que tem dois objetivos específicos: financiamento verde, incluindo, mas não se limitando, às energias renováveis e eficiência energética; e financiamento a projetos de micro, pequenas e médias empresas, que contribuam para o aumento da sua produtividade. Para a presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, "a operação representará a retomada da parceira estratégica entre duas instituições financeiras comprometidas com o desenvolvimento". Os recursos virão do BID e serão repassados às empresas pelo BNDES. O valor da contrapartida do BNDES será de até US$ 150 mi. (Agência CanalEnergia – 04.11.2016)
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2 Geração de energia por consumidores cresce 400% em 1 ano
O número de consumidores que geram a própria energia elétrica cresceu quase 400% no último ano. Aneel estima que o mercado vai continuar a crescer e, até 2024, o Brasil deverá ter 1,2 milhão de unidades produzindo eletricidade. O sistema de mini e microgeração distribuída permite que qualquer pessoa gere energia para consumo próprio. Se houver excedente, ele pode ser jogado na rede da distribuidora, que funciona neste caso como uma bateria. Quando o consumidor precisar usar a energia da concessionária, ela será descontada desse crédito. O consumidor tem até 60 meses para "gastar" o excedente. E é permitido descontar dele a energia consumida em outro imóvel, desde que esteja no nome da mesma pessoa. O aumento da mini e microgeração, porém, acendeu um alerta nas distribuidoras de energia que reclamam que esses consumidores utilizam suas redes sem pagar por isso. Segundo o presidente da Abradee, Nelson Leite, o impacto hoje é pouco significativo mas, se esse tipo de geração continuar a crescer, a receita dessas empresas pode ser prejudicada. Leite afirmou que as concessionárias esperam que a Aneel regulamente o decreto 8.828. Essa tarifa permite separar o custo da eletricidade do custo pelo uso da rede de distribuição. A Aneel informou, no entanto, que ainda não há previsão para a regulamentação da tarifa binômia. Ainda de acordo com a agência, qualquer mudança só será feita em cinco anos e, caso a tarifa pelo uso da rede de distribuição seja implantada, não poderá valer para quem já tem o sistema de microgeração instalado. A geração solar é a mais popular entre os consumidores que optaram pela microgeração distribuída. Segundo a Aneel, 78% dessas conexões estão instaladas em residências. Para o sócio da empresa Smartly Mateus de Sordi, o investimento em um sistema de geração de energia solar não compensa para qualquer pessoa. Segundo ele, é preciso ter um consumo mensal alto, equivalente a uma conta de luz de mais de R$ 500. Isso porque, além da compra do sistema, o consumidor continua pagando a tarifa mínima. Segundo Sordi, um projeto de geração solar para um consumo de energia de cerca de R$ 1.000 mensais custa aproximadamente R$ 70 mil. Além de contratar a empresa que instalará as placas, o consumidor tem que pedir autorização para a concessionária de energia. Pelas regras atuais, as concessionárias têm 34 dias para atender à solicitação. (G1 – 06.11.2016)
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Gás
e Termoelétricas
1 Consumo de gás natural cresce 10,3% em agosto
A Abegás informou que, no mês de agosto, o consumo de gás natural em todo o país foi de 61,99 milhões de metros cúbicos por dia, um crescimento de 10,3% em relação ao mês de julho, quando foram consumidos 56,18 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. A indústria retornou o movimento de recuperação observado durante um trimestre (abril/maio/junho), apresentando crescimento de 2,3% em agosto frente aos números de julho. Os dados integram o levantamento estatístico da Abegás, feito com concessionárias em 20 estados. Outro reflexo do resultado positivo do segmento industrial no mês de agosto são os dados de cogeração. O crescimento foi de 5,6% em agosto frente a julho. O consumo de gás natural para geração elétrica teve uma alta de 47% em relação a julho, puxado pelo aumento da demanda por energia elétrica na região Sudeste. “Acreditamos que o gás natural é estratégico para o crescimento do País e a Abegás vem mantendo diálogo permanente com todos os organismos governamentais e os agentes ligados ao mercado. Estamos empenhados em mostrar que a indústria do gás natural é um dos setores que podem colaborar para a atração de investimentos em infraestrutura no País e para a retomada da economia, o que com certeza estará refletido nas diretrizes do Governo Federal para o setor”, afirma o presidente executivo da Abegás. (Agência CanalEnergia – 04.11.2016)
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2 Gas Natural Fenosa compra por 85 milhões de euros usinas solares no Brasil
A Gas Natural Fenosa concordou em comprar, através da sua subsidiária Global Power Generation (GPG), uma participação majoritária, de 85%, em dois projetos solares do grupo Gransolar no Brasil. O investimento será de € 85 milhões para marcar a sua estreia no segmento de geração de energia elétrica no país. Os parques, denominados Sobral I e Sertão II, tem 68 MWp de capacidade, com uma produção anual estimada de 154 GWh. Localizado no Piauí, eles devem começar a operar no segundos semestre de 2017. Os parques venderam energia no leilão de energia de reserva de 2015, com um preço aproximado de € 95/MWh. A GPG tem participação de 25% do fundo soberano do Kuwait e gere uma capacidade instalada de 2.866 MW. A empresa tem perspectiva de adicionar mais 2.700 MW, fundamentalmente em energia renovável, até 2020. (Agência CanalEnergia – 04.11.2016)
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Economia Brasileira
1 Mercado prevê inflação abaixo de 5% e avanço de 1,20% para PIB em 2017
Os analistas de mercado melhoraram a estimativa para a inflação em 2017 e agora veem uma taxa abaixo de 5% e, portanto, mais próxima da meta de 4,50% perseguida pelo BC. De acordo com dados do boletim Focus, do BC, a mediana das projeções para o avanço do IPCA para o ano que vem saiu de 5% para 4,94%. As estimativas de inflação para este ano (6,88%) e em 12 meses (4,95%) não foram alteradas. Os analistas também não mudaram suas apostas para o juro básico da economia. A mediana das estimativas para a Selic seguiu em 13,50% ao fim deste ano e em 10,75% ao fim de 2017. A taxa está, atualmente, em 14%. Depois de uma rodada de ajustes para baixo, os analistas Top 5, que mais acertam as projeções, elevaram o prognóstico para o aumento do IPCA em 2016, de 6,89% para 6,97%, assim como a previsão para a Selic, de 13,50% para 13,75%. Para 2017, continua tudo igual: IPCA com 5,03% de alta e Selic em 11,25%. Todas são medianas das estimativas do grupo de médio prazo. O mercado em geral espera que o IPCA de outubro, que será divulgado na quarta-feira pelo IBGE, registre elevação de 0,30%. A mediana do Top 5 é de 0,27%. Quanto à atividade, o Focus mostra uma ligeira piora nas estimativas para o desempenho doPIB, a exemplo do que aconteceu nas últimas semanas. Pela quinta vez consecutiva, a projeção para 2016 piorou, desta vez de retração de 3,30% para recuo de 3,31%. No caso de 2017, a projeção foi revista pela terceira vez, de crescimento de 1,21% para 1,20%. As estimativas para a produção industrial seguiram em queda de 6% neste ano e de aumento de 1,11% no próximo calendário. (Valor Econômico – 07.11.2016)
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2 Juro futuro tem alívio hoje, mas cautela com eleição dos EUA continua
O mercado de juros acompanhou o alívio que se viu no exterior, após o forte ajuste que havia ocorrido durante a semana com o aumento dos riscos da eleição americana. Segundo relato de profissionais, essa recuperação reflete muito mais o enfraquecimento da onda de zeragem de posições do que uma melhora de humor que leve os agentes a ampliar posições. Segundo o sócio gestor da Modal Asset Management, Luiz Eduardo Portella, o mercado como um todo “descomprimiu o risco Trump”. “O mercado estava se protegendo muito do evento e hoje teve um alívio. Os juros caíram lá fora e o mercado aqui devolveu parte do prêmio de risco.” Portella relata que, nos últimos dias, assumiu posições mais conservadoras para se proteger de uma possível instabilidade dos preços dos ativos. “Trocamos juros por opções, porque ninguém sabe o que vai acontecer. Por mais que eu esteja confiante que a Hillary [Clinton, do partido democrata] vá ganhar, não dá para ir para esse evento de peito aberto”, diz. No fechamento do pregão regular, o DI janeiro de 2021, mais sensível ao exterior, tinha taxa de 11,38% ao ano, frente a 11,470% no ajuste da véspera e máxima hoje de 11,520%. O DI janeiro de 2017 o mais negociado nesta sexta-feira, com giro de 418 mil contratos marcava 13,71%, ante 13,713% no ajuste anterior. (Valor Econômico – 04.11.2016)
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3 FGV: Indicador antecedente de emprego para de melhorar em outubro
Indicadores do mercado de trabalho elaborados pela FGV mostraram em outubro que a recuperação do emprego no país pode ser mais demorada que o esperado. O IAEmp caiu 0,8 ponto no antepenúltimo mês de 2016, para 92,9 pontos, após sete meses de melhora contínua, entre março e setembro. Para a FGV, esse resultado sinaliza uma atenuação no ritmo de queda do número de pessoas empregadas. Já o ICD subiu 0,6 ponto, para 99,2 pontos. A segunda alta consecutiva do indicador o mantém próximo ao máximo histórico, mostrando que o nível de desemprego continua elevado e não mostra evidências de reversão da tendência de alta. “Os índices mostram que o otimismo com relação ao futuro ainda não se reflete em melhora no mercado de trabalho. O índice coincidente da taxa de desemprego permanece em nível elevado, sinalizando que a situação atual do mercado de trabalho continua bastante difícil. A novidade ocorreu no índice antecedente do emprego e não foi positiva. A queda foi puxada por uma piora na situação atual dos negócios e da expectativa de contratação futura. A leitura conjunta dos índices parece indicar uma recuperação mais complicada do que a esperada nos próximos meses. O mercado continua ruim e deve demorar a mostrar sinais mais consistentes de melhora”, afirmou, em nota, Fernando de Holanda Barbosa Filho, economista da FGVIbre. Os componentes que mais contribuíram para a queda do indicador antecedente em outubro foram os indicadores que medem o grau de satisfação com a situação atual dos negócios e aquele do ímpeto de contratações nos próximos três meses, com queda de 4,9 e de 2,9 pontos, respectivamente. Em relação ao indicador coincidente, as classes de renda familiar que mais contribuíram para a alta do indicador foram as dos consumidores com rendimentos familiares mensais de até R$ 2.100,00 e aqueles entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00. (Valor Econômico – 07.11.2016)
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4 Dólar ontem e hoje
Hoje, às 9h51, a moeda americana estava cotada a R$ 3,21, com baixa de 0,67%. Já na sexta-feira, o dólar terminou em leve queda, de 0,10%, a R$ 3,2315. (Valor Econômico – 04.11.2016 e 07.11.2016)
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Internacional
1 Paraguai: Itaipu busca superar recorde mundial de produção de energia
A Central Hidrelétrica compartilhada entre Paraguai e Brasil nas águas do rio Paraná continua a experimentar um ano sem precedentes quanto a geração de energia, de acordo com autoridades. Recentemente conseguiu fechar o melhor mês de outubro em sua história e atingiu os mais altos registros nos dez primeiros meses, desde o início de sua operação em 1984. De 1 de Janeiro a 31 de outubro a Itaipu Binacional produziu 89,5 milhões de MWh e só no último mês gerou 8,33 milhões de MWh. Com esses números procura superar seu recorde mundial de 12 meses obtidos em 2013 quando totalizou 98,6 milhões de MWh. O diretor técnico da Binacional, José Sánchez Tillería, disse que o aumento na produção de energia registrado é devido a três fatores: demanda, a água e o bom funcionamento das máquinas. Quanto a este último ponto, ele destacou o excelente trabalho dos trabalhadores para que a hidrelétrica possa operar com maior segurança. Superintendente de Operações, Hugo Zarate, mencionou que sem dúvidas este é um ano sem precedentes, porque a cada mês são registradas melhores marcas quanto a geração de energia. "Nenhuma outra planta no mundo produz o que Itaipu produz em um ano, este é um ano excepcional e por isso se estima que até o final de dezembro, chegaremos a 100 milhões de MWh", disse ele. Lembrou que o recorde de geração de energía em um ano é da represa Três Gargantas, da China, que em 2015 alcançou os 98,8 milhões de MWh. (Ultima Hora – Paraguai – 04.11.2016)
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2 Argentina: Siemens investirá US$ 600 milhões para gerar 683,5 MW no país
Após o CEO da Siemens, Joe Kaeser, comprometer-se a investir na Argentina 5.000 milhões de euros em projetos de infra-estrutura, energia e transporte nos próximos quatro anos, a empresa alemã junto com Stoneway Energy busca estabelecer-se no mercado local. Como parte das concessões estabelecidas pelo Ministério de Minas e Energia da Nação, se comprometeram a adicionar 2.871 MW de potência ao Sistema Interligado Nacional, Stoneway Energy informou que a operação com a Siemens "pretende instalar nova capacidade e melhorar a qualidade do serviço elétrico em mais de 600.000 casas”. "Stoneway Energy e Siemens buscam reforçar a sua posição no mercado elétrico argentino, com vista a iniciativas de ciclo combinado, permitindo melhorias na eficiência do sistema" a empresa relatou. As empresas concordaram o investimento de capital em usinas termelétricas que serão construídas na província de Buenos Aires sob a resolução do Ministério da Energia 21/2016. A construção das centrais vai empregar cerca de 500 postos de trabalho, e a empresa designada para trabalhos de construção será feita Caputo S.A. A Siemens tem mais de 348.000 funcionários em 200 países e em 2015 gerou receitas de 75.600 milhões de euros. Com este investimento com a Stoneway Energy, uma empresa de eletricidade com operações diversificadas, a exploração de campos de petróleo, gás natural comprimido e vários pontos de ligação à rede nacional de gás nos Estados Unidos, pretender criar 400 empregos diretos e 1.000 indiretos. (Inversor Energético – Argentina – 4.11.2016)
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3 Chile: ACERA estima economia de US$ 1.800 milhões por energia renovável não convencional
A licitação de energia em julho passado no Chile que leiloou energia por 12.430 GW, e que conseguiu um histórico preço médio de US $ 47,6 MWh, continua sendo analisada por diferentes aspectos. Desta vez, um estudo mediu o impacto da tecnologia das energias renováveis não-convencionais (ERNC) no processo. Uma análise da Associação Chilena de Energias Renováveis (ACERA) observou que a presença das ERNC no processo permitiu aos consumidores finais uma economia de US $ 1.863 milhões. De acordo com uma simulação realizada pelo sindicato das energias não-convencionais, o custo para os consumidores finais (famílias e comércio) de toda a energia concedida no leilão, corresponde a um total de US $ 11.833 milhões, com base no preço médio de US $ 47,6 por MWh. "Se as ERCN não estivessem presentes, a simulação indica um preço médio do leilão de US $ 55,1 por MWh . Ou seja, a energia concedido a 20 anos custaria US $ 13.696 milhões ", disse o sindicato. (La Tercera – Chile – 4.11.2016)
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4 Bolívia: O Conselho Mundial de Energia destacou o avanço do país no setor elétrico
A Diretoria de Cenários e Recursos do Conselho Mundial de Energia (WEC, em inglês), Zulandi Van der Westhuizen, ressaltou o progresso que o país tem experimentado em matéria de energia e de implementação de projetos do para consolidar a integração da região, de acordo com um comunicado de imprensa emitido sábado pelo Ministério dos Hidrocarbonetos e Energia. Van der Westhuizen se reuniou com o ministro de Hidrocarbonetos, Luis Alberto Sánchez, depois de participar da Comissão de Integração Energética Regional (CIER), realizada em Santa Cruz de la Sierra. Na reunião foram discutidos vários temas, mas o principal foi: transformar a Bolívia em centro energético da região. A diretora da WEC expressou sua satisfação pelo papel que está exercendo o país nesse tópico e salientou que nos últimos 10 anos países como a Bolívia demonstraram seu desenvolvimento econômico com o crescimento de sua população e a demanda de eletrecidade. "Atualmente, a Bolívia tem uma geração de eletricidade com mais de 50% com base em combustíveis fósseis, se puder mudar sua geração e ampliar sua capacidade hidrelétrica seria mais benéfico para o país", acrescentou. (La Razón – Bolívia – 05.11.2016)
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5 Peru: Tarifas elétricas em zonas rurais caíram até 40%
As tarifas elétricas rurais para zonas pobres diminuíram até 40%, pelo mecanismo de compensação, como parte das medidas dos primeiros 100 dias no cargo, assegurou o titular do MEM, Gonzalo Tamayo. Ele disse que se usará os fundos disponíveis de 600 mi de soles para obras de eletrificação rural. Explicou que em dezembro desse ano se espera chegar a uma cobertura de 81%, e a meta de 2021 é alcançar 99%. "Foi estabelecido um mecanismo de compensação que permite os centros das zonas rurais de Oxapampa, Ayacucho, Huancavelica veja que suas faturam diminuíram entre 30% e 40%", disse. Outra medida adotada nos primeiros 100 dias foi a revisão dos procedimentos administrativos, eliminando 16 tramites que prejudicavam a agilidade e eficiência do MEM. Ele disse que a eletrificação rural "seguirá, provavelmente, com ainda mais força do que antes", um objetivo do governo do presidente Pedro Pablo Kuczynski. (El Peruano – Peru – 05.11.2016)
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6 El Salvador: está pronta a expansão da hidroelétrica 5 de novembro
Duas novas turbinas foram construídas na central hidrelétrica 5 de Novembro pela Comissão Hidrelétrica do Rio Lempa (CEL), em El Salvador. O projeto buscou expandir a barragem para gerar 80 MW de eletricidade adicionais aos 99,4 MW que já são produzidos no local. Mario Escobar, gerente que supervisiona o projeto, explicou que cada uma das turbinas tem uma capacidade de geração de 40 MW. Entre as duas a capacidade é de 80 MW e é equivalente ao consumo de 110.000 lares. Já a parte original da Central tem uma capacidade de 99,4 MW, gerada com cinco turbinas, cada uma delas tem uma potência de 20 MW. No total, a expansão custou US $ 189,3 milhões e contou com fundos do banco alemão KFW. Os engenheiros do projeto explicaram que o início foi 26 de março e a conclusão dos trabalhos em 23 de setembro de 2016. A CEL chegou a ter problemas com o órgão alemão no último desembolso do empréstimo, já que este foi interrompido porque a CEL teve problemas financeiros. A expansão foi concebida de forma diferente a partir da barragem original, que foi a primeira do país. "Praticamente é outra barragem", disse Escobar. (La Prensa Gráfica – El Salvador – 4.11.2016)
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Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa:
Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.
As notícias divulgadas no IFE não refletem
necessariamente os pontos da UFRJ. As informações
que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
de Economia da UFRJ.
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
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