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IFE: nº 4.201 - 26 de outubro de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Governo acelera marco legal para agências
2 Procuradoria vê falhas em renovação de concessão de energia
3 "Limpeza" de contratos de energia já tem por onde começar
4 Comissão da Câmara rejeita PL que obrigava governo a destinar recursos para CDE
5 Aprovada audiência para revisar a Tarifa Atualizada de Referência
6 Contribuições enviadas para a Audiência nº 64/2016 deverão ser encaminhadas novamente até 4/11
7 Aneel estende concessão da UHE Corumbá IV por 95 dias
8 MCTIC altera estrutura de cargos na CNEN
9 PCH Cabeça de Boi poderá operar em teste
10 CCEE apura liquidação de R$ 147 mi no MCSD
11 Artigo de Cristiano Prado (ABCE): “Oportunidade de avanço da eficiência energética no Brasil”
12 Artigo de Abel Holtz: “Quem avisa amigo é...”

Empresas
1 Estado acumula dívida de R$ 86 milhões com a Light
2 S&P rebaixa nota de crédito da Santo Antônio Energia
3 Bolsa de NY terá Eletrobras Day
4 Furnas recompões linha de transmissão em Goiás
5 Cemig fica com 31% da Taesa após oferta pública de units
6 Cemig abre programa de troca de motores elétricos

Leilões
1 Aneel nega pedidos de suspensão do edital de transmissão
2 Edital do Leilão A-1 entra em audiência pública

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Número dos reservatórios pelo Brasil

Energias Renováveis
1 Potencial eólico onshore brasileiro pode ser de 880 GW, indica estudo
2 Abeeólica: Atlas Eólico tem como objetivo indicar os potenciais investimentos em energia elétrica
3 Vestas discute os desafios de integração da fonte eólica

4 Bio Brasil 2030: programa para os biocombustíveis

Grandes Consumidores
1 Suzano reverte prejuízo e lucra R$ 53 mi no 3º trimestre
2 Suzano Papel e Celulose assina contrato com a Siderúrgica Vale do Pindaré e com a Cosima
3 Vale prevê oferta adicional de 50 mi t de minério de ferro no mercado global em 2017
4 Produção de minério de ferro da Anglo no Brasil sobe 28% no 3º tri ante 2º tri

Economia Brasileira
1 Intenção de consumo cai 5,7% em outubro na comparação anual, diz CNC
2 Confiança do consumidor alcança maior nível desde fim de 2014, diz FGV

3 IBGE: Câmbio, seca e mercado internacional afetaram preços ao produtor
4 IPC¬Fipe aumenta para 0,18% na terceira medição de outubro
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina busca reviver seis projetos de represas no país
2 Colômbia não vê necessidade de novas plantas de energia
3 Colômbia: dados da empresa de planejamento colombiana apontam que demanda não superará oferta
4 Colômbia: novas usinas entrarão em operação em 2019 e 2020
5 Energia renovável supera fósseis em novas instalações

6 Argentina: Elétricas propõem duplicar o investimento em redes de distribuição

7 Lucro avança e receita cai na espanhola Iberdrola

8 Espanha: Gamesa aprova fusão com Siemes e vislumbra gigante eólica

9 Portugal: EDP vende 100 milhões de euros do déficit tarifário

10 Wärtsila encerra 3º trimestre com € 1,13 bilhão em pedidos

11 Bloomberg: regulamentação de países deve evoluir para integrar renováveis

Biblioteca Virtual do SEE
1 PRADO, Cristiano. “Oportunidade de avanço da eficiência energética no Brasil”. Valor Econômico. São Paulo, 26 de outubro de 2016.
2 HOLTZ, Abel. “Quem avisa amigo é...”. Agência CanalEnergia. Rio de Janeiro, 24 de outubro de 2016.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Governo acelera marco legal para agências

O governo federal trabalha para acelerar a aprovação de um novo marco legal para as agências reguladoras. A revitalização das agências é vista por representantes do governo e por empresários como vital para gerar maior segurança jurídica aos contratos de concessão e viabilizar o programa de PPI anunciado pelo governo Temer em setembro, que prevê repassar para a iniciativa privada, até 2018, mais de 30 negócios nas áreas de transporte, energia, saneamento e mineração. No entendimento do governo, há um conflito de atribuições entre as agências reguladoras e ministérios. Em setembro, na apresentação do atual programa de concessões, o secretário do PPI, Moreira Franco, afirmou que o governo queria separar tarefas, deixando a cargo dos ministérios a elaboração de editais, contratos e leilões de concessões, enquanto as agências seriam incumbidas do papel de fiscalização e regulação dos contratos. Um estudo sobre governança das agências reguladoras, elaborado por Sebastian López Azumendi, especialista do Centro de Regulação e Infraestrutura da (FVG /CERI, aponta necessidade de mudanças. Segundo Azumendi, as agências foram criadas aqui e em outros países com a finalidade de garantir a execução imparcial dos contratos de concessão firmados entre o governo e o setor privado. Na prática, porém, o governo brasileiro adota estratégias que minam a independência das agências. Uma delas é deixar vagas suas diretorias, paralisando seu funcionamento por falta de quórum para as deliberações, ou indicando diretores interinos, não sabatinados pelo Senado, o que compromete a independência do órgão e a legitimidade das decisões. O diagnóstico de que as agências precisam mudar também é compartilhado pelos seus integrantes. Romeu Rufino, diretor ¬geral da Aneel, diz que a falta de previsão de recursos compromete as ações da agência. No primeiro semestre do ano, por exemplo, a Aneel teve de desligar sua ouvidoria por falta de verba, problema já sanado Para Rufino, o empenho do governo em prover maior independência financeira e decisória às agências é bem¬vindo. (Valor Econômico – 26.10.2016)

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2 Procuradoria vê falhas em renovação de concessão de energia

As renovações de contratos de concessão de energia elétrica serão objeto de análise do MPF em todo o país. A informação foi adiantada no dia 25 pelo procurador da República Paulo José Rocha Júnior durante audiência pública na CCJC da Câmara dos Deputados. Foi debatida uma proposta do governo federal (Projeto de Lei nº 3.453-B de 2015) que altera a forma de repassar à iniciativa privada o direito de explorar alguns serviços de telecomunicações. Para o MPF, a aprovação da medida na forma do substitutivo do Projeto de Lei repete erros ocorridos no setor elétrico e pode trazer prejuízos aos consumidores. “Diante da omissão e da resistência do MME em atender as orientações dos órgãos de controle, em 2014, foi proposta uma ação civil pública para impedir que o Ministério prorrogasse de forma automática e por prazo indeterminado os contratos com as distribuidoras”, diz nota divulgada pela Procuradoria da República. No início de 2015, a Justiça Federal concedeu liminar segundo a qual os contratos só poderiam ser renovados mediante o fornecimento, por parte do MME, de estudos técnicos que justificassem as medidas. No entanto, o que se seguiu a essa decisão provisória foi a apresentação de um recurso pela AGU. A Justiça acatou o pedido e suspendeu a proibição. Logo depois, o governo federal editou o Decreto 8.461/15, que regulamentou a prorrogação das concessões e abriu caminho para as renovações. Com duração de 30 anos, os novos contratos ferem, na avaliação do MPF, a previsão constitucional de licitação. Na última reunião do Grupo de Trabalho de Energia & Combustíveis, o colegiado concluiu que a assinatura dos termos de prorrogação das concessões, a partir do fim de 2015, implicou em perda da oportunidade de licitação e que, diante da nova realidade, decidiu fazer novos encaminhamentos. Um deles foi o envio de uma Nota Técnica à 5ª Câmara de Coordenação de Revisão do MPF (que trata de questões de improbidade administrativa) para que seja apurada eventual a responsabilidade dos gestores públicos na assinatura dos contratos. O documento, que tem 30 páginas, detalha as principais falhas no processo conduzido pelo MME. Outra deliberação do Grupo de Trabalho foi a realização de um amplo levantamento de dados para saber se as distribuidoras estão efetivamente cumprindo as cláusulas de qualidade que integram os termos aditivos dos contratos. Uma das exigências é que as companhias adotem medidas para garantir a eficiência em relação à qualidade do serviço prestado, à governança corporativa e à gestão econômico-financeira. (O Estado de São Paulo – 25.10.2016)

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3 "Limpeza" de contratos de energia já tem por onde começar

O MME sinalizou por onde passará a limpeza de contratos que está realizando para identificar qual é a capacidade de energia com a qual poderá contar nos próximos anos. “Usinas do LER de 2014 e de 2015, e projetos eólicos com aerogeradores Impsa, e outras empresas devem entrar”, disse o secretário de Planejamento e Desenvolvimento do MME, Eduardo Azevedo. LER é o leilão de energia de reserva, cuja contratação é feita diretamente pelo governo federal. Apesar de não abrir qual é o volume de energia que estimam cortar de projetos contratados e que não serão entregues, Azevedo admite que essa avaliação pode afetar a demanda para o próximo leilão de energia de reserva. O executivo explica que, embora tenham argumentos para acreditar que os empreendimentos não serão construídos, a regra do jogo manda que só se considere, de forma categórica, que a energia não será entregue após decisão do CMSE, que faz toda a comunicação com os agentes e enfim publica uma resolução, que vira decreto. O MME, segundo Azevedo, já tem um caminho preparado para desfazer os contratos, tanto na CCEE, que contrata a energia em nome do ministério, quanto na Aneel. “Estamos agora na formatação de quanto seria a penalidade pela descontratação. A lógica é: descontratou, tem penalidade. Afinal de contas isso já estava previsto no processo”, afirma. Apesar disso, o secretário observa que o governo irá considerar o contexto econômico em que estão os projetos. O temor é de que uma penalidade excessivamente “pesada” leve a uma judicialização dos contratos. “Tem que trazer um número que seja bom o bastante para convencê-los a não judicializar, pagar e sair. Aí zera os contadores e vão começar vida nova”, comenta Azevedo. (Agência Brasil Energia – 25/10/2016)

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4 Comissão da Câmara rejeita PL que obrigava governo a destinar recursos para CDE

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados rejeitou o Projeto de Lei 832/15, que obriga o governo federal a destinar recursos do TN para cobrir as novas obrigações impostas pela Lei 12.783/13 à CDE. A CDE tinha originalmente entre seus objetivos promover a universalização do serviço de energia elétrica no País, garantir tarifas reduzidas para consumidores de baixa renda e estimular a competitividade da energia produzida a partir de fontes renováveis. Com a aprovação da Lei 12.783/13, o governo federal concentrou na CDE a responsabilidade por outros subsídios e obrigações do setor elétrico, como a competência pela compensação do efeito de não adesão de algumas geradoras à proposta de prorrogação antecipada do contrato de concessão. O parecer do relator, deputado Hildo Rocha (PMDB-MA), foi pela incompatibilidade e inadequação financeira e orçamentária do PL 832/15, e pela não implicação da matéria em aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas no caso do PL 1483/15, que tramita em conjunto. De acordo com ele, o PL 832/15 condiciona o cumprimento dos principais objetivos da CDE a aportes de recursos do Tesouro Nacional, de valores elevados, da ordem de R$ 20 bi. De acordo com Rocha, a única forma de cumprir a Lei de Diretrizes Orçamentária em vigor e tornar o PL 832/15 adequado e compatível, em termos financeiros e orçamentários, seria apresentando estimativas de despesa para o atual exercício e os dois subsequentes com sua memória de cálculo e respectivas compensações”, complementa. Porém, segundo ele, “nenhuma memória de cálculo foi apresentada nesse sentido.” O relator explica que o PL 1483/15, que está apensado e trata da modificação da forma de cálculo das cotas da CDE, não impõe nenhum aumento de despesa aos cofres públicos. O PL 832/15 foi aprovado e o PL 1483/15, rejeitado, pela CME. Agora, serão analisados em caráter conclusivo pela CCJC. (Agência CanalEnergia – 25/10/2016)

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5 Aprovada audiência para revisar a Tarifa Atualizada de Referência

A diretoria da Aneel aprovou, no dia 25, audiência pública para discutir a revisão da TAR, com vigência de 1° de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2017. O valor proposto em audiência é de R$ 70,25/MWh (reais por megawatt-hora). Na primeira revisão da Tarifa, em 2004, o valor ficou em R$ 52,67/MWh, na segunda, em 2008, em R$ 62,33/MWh e na terceira em 2012 em R$ 75,45/MWh. O Decreto n° 3.739, de 2001, estabeleceu a criação da TAR, que multiplicada pelo montante da energia de origem hidráulica efetivamente verificada (em MWh), gera o valor total da energia produzida para fins da compensação financeira. De acordo com a Lei n° 7.990, de 1989, a compensação financeira é destinada aos Estados e Municípios pelo aproveitamento de seus recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica. (Aneel – 25.10.2016)

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6 Contribuições enviadas para a Audiência nº 64/2016 deverão ser encaminhadas novamente até 4/11

A Aneel informa que devido a uma questão técnica, as contribuições que foram enviadas até o dia 24 de outubro para a Audiência Pública nº 64/2016 devem ser encaminhadas novamente até o dia 04/11/2016. A audiência visa obter subsídios à proposta de estabelecimento de novos limites dos indicadores de continuidade de DEC e FEC dos conjuntos das permissionárias de serviço público de distribuição de energia. (Aneel – 25.10.2016)

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7 Aneel estende concessão da UHE Corumbá IV por 95 dias

O prazo de concessão da hidrelétrica de Corumbá IV será estendido por 95 dias, em consequência da repactuação do risco hidrológico da usina em janeiro desse ano. O contrato assinado em 2000 pela Corumbá Concessões venceria em dezembro de 2035, mas foi deslocado para março de 2036. O empreendimento está localizado na cidade de Luziânia, Goiás, próxima ao Distribo Federal. A decisão da Aneel está prevista na Lei 13.203, de 2015, que permitiu a transferência total ou parcial do risco de geração das usinas hidrelétricas para o consumidor, em troca do pagamento de um premio de risco. Os geradores que aderiram à renegociação assumiram o prejuízo financeiro de 2015, mas ganharam o direito de serem ressarcidos pelo consumidor, por meio do adiamento do inicio de pagamento do premio de risco. A legislação permitiu a extensão de prazo da outorga da usina, quando o período remanescente dos contratos de venda de energia for insuficiente para ressarcir o gerador do impacto financeiro provocado pelo deslocamento da geração hidrelétrica naquele ano. Outras hidrelétricas em situação semelhante à de Corumbá IV também tiveram o periodo de concessão ampliado pela Aneel, com base na legislação e no resolução da autarquia que regulamentou as condições de repactuação do risco. (Agência CanalEnergia – 25/10/2016)

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8 MCTIC altera estrutura de cargos na CNEN

O Ministério de Ciência, Tecnologia e Comunicações publicou no DOU de 25 de outubro, o decreto 8.886/2016, com a aprovação para uma nova estrutura de cargos comissionados e funções de confiança na Comissão Nacional de Energia Nuclear. A alteração extinguiu 135 cargos do tipo DAS da CNEN e remanejou o mesmo número em Funções Comissionadas do Poder Executivo da Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão para a comissão. Ainda segundo o decreto, quem ocupa os cargos que deixarão de existir serão automaticamente exonerados. O presidente da CNEN deverá publicar no DOU em até 30 dias a relação nominal dos titulares dos cargos em comissão e das funções de confiança. (Agência CanalEnergia – 25/10/2016)


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9 PCH Cabeça de Boi poderá operar em teste

A Aneel liberou a PCH Cabeça de Boi, localizada nos municípios de Alta Floresta e Nova Monte Verde, no Mato Grosso, para operar em teste a partir do dia 25 de outubro. O benefício foi para UG1, de 15 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 26/10/2016)

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10 CCEE apura liquidação de R$ 147 mi no MCSD

A liquidação financeira do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits (MCSD) relativa a setembro foi concluída com adimplência de 100%, a partir da participação de 71 agentes, informou a CCEE nesta terça-feira (25/10). O MCSD verificou que 35 agentes eram devedores e 36, credores. A operação no mecanismo de compensação de energia entre distribuidoras envolveu R$ 147,5 mi. (Agência Brasil Energia – 25.10.2016)

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11 Artigo de Cristiano Prado (ABCE): “Oportunidade de avanço da eficiência energética no Brasil”

Em um artigo publicado pelo Valor Econômico, Cristiano Prado, mestre em economia pela PUC-RJ e diretor executivo da ABCE, trata da oportunidade de avanço da eficiência energética no Brasil. Segundo Prado, “a decisão de construir usinas hidrelétricas com reservatórios "pequenos" ¬ ou a fio d'água ¬ mitigou impactos ambientais, mas gerou efeitos colaterais adversos como o declínio da capacidade de regularização de nossos reservatórios e a necessidade de ampliação de geração complementar nos períodos de seca.” O autor afirma que, “aproximar a eficiência energética do mercado financeiro ajudará fortemente o Brasil a cumprir os objetivos assumidos na CoP-21 e a reverter a tendência estrutural de nossa matriz”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 26.10.2016)

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12 Artigo de Abel Holtz: “Quem avisa amigo é...”

Em artigo publicado no CanalEnergia, Abel Holtz, consultor na área de energia e negócios e diretor da Abel Holtz & Associados, avalia que “um “espirro” na demanda do Paraguai foi motivo de incremento relevante do PLD do nosso mercado de eletricidade”. O autor analisa o uso da cota parte da energia do Paraguai relativa à Usina de Itaipu e lembra às autoridades brasileiras do setor elétrico que “não basta abordar as questões que têm prejudicado a expansão de geração e transmissão; a integração energética regional é cada vez menos um problema técnico de seminários e eventos, e cada vez mais uma questão concreta para a posição geopolítica do Brasil e sua segurança interna". Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 26.10.2016)

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Empresas

1 Estado acumula dívida de R$ 86 milhões com a Light

A Light afirma que a atual dívida do governo é de R$ 86 mi. Do total, 75% são relativos a faturas acumuladas por cinco secretarias — Segurança, Saúde, Educação, Fazenda e Administração Penitenciária (Seap) — e pela Uerj. O percentual equivale a R$ 64,8 mi. Segundo a Light, além destes R$ 86 mi, o estado ainda tem um débito de R$ 153 mi com a concessionária que foram negociados recentemente por meio de compensação de ICMS e deverão ser pagos em 29 parcelas. Destas, apenas duas foram pagas até agora. A Light informou que “é uma das maiores arrecadadoras de ICMS por meio da fatura de energia elétrica do estado”. A empresa recolhe o imposto pago pelo consumidor e repassa o valor integral ao estado. O governo também assumiu uma dívida de R$ 38,9 mi que a SuperVia tinha com a Light. O acordo previa que o valor seria pago em 12 parcelas, por meio de compensação de ICMS. A medida foi tomada para evitar um aumento de R$ 0,30 na tarifa. Em nota, a Light afirmou que o mecanismo foi possível devido ao decreto de lei sancionado em 15 de dezembro de 2015, que ficou conhecido como “lei do escambo”. Até o momento, no entanto, foi paga apenas uma parcela. A previsão é quitar a dívida total em 2017. De acordo com a Light, a conta de energia da SuperVia é de cerca de R$ 10 mi por mês, mas a concessionária que administra os trens tem três faturas atrasadas. Em junho deste ano, a Light entrou na Justiça contra a SuperVia por não manter os pagamentos em dia. Em nota, a SuperVia disse que “o pagamento das faturas da Light segue procedimento de quitação acordado entre as duas empresas”. Segundo a empresa, o aumento nas tarifas de energia a partir de 2014 contribuiu para o desequilíbrio econômico-financeiro. A empresa informou que, só no ano passado, a tarifa subiu 86%. Em função desse reajuste nas contas, a SuperVia disse que já solicitou um revisão extraordinária no preço das passagens de trem. Os efeitos dos atrasos nas contas de luz já estão sendo sentidos pela população. Para o economista Raul Veloso, consultor econômico que ajudou a fazer um diagnóstico da situação financeira do Estado do Rio, a situação pode ficar ainda pior. (O Globo – 25.10.2016)

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2 S&P rebaixa nota de crédito da Santo Antônio Energia

A Standard and Poor’s (S&P) reduziu a nota em escala nacional da Santo Antônio Energia de “brBBB” para “brCCC+”. A S&P também retirou a observação negativa da nota anterior estabelecendo agora perspectiva negativa para a geradora de energia. “Rebaixamos o rating das debêntures da Santo Antônio Energia de modo a refletir a qualidade de crédito do interveniente mais fraco no referido contrato de financiamento entre o BNDES e a SAE”, afirma a análise da S&P. A instituição destaca que o BNDES poderia declarar o contrato com a Santo Antônio como antecipadamente vencido caso qualquer um dos intervenientes peça recuperação judicial ou extrajudicial ou, ainda, caso haja a decretação de falência ou insolvência civil destes, o que levaria a uma aceleração cruzada das outras dívidas do projeto. São sócios no projeto de Santo Antônio: Furnas, Cemig, Odebrecht, Saag Investimentos, controlado pela Andrade Gutierrez, e o fundo Amazônia Energia, com participações da Odebrecht e do FI¬FGTS. (Valor Econômico – 26.10.2016)

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3 Bolsa de NY terá Eletrobras Day

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr, e o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Armando Casado de Araújo, participam na próxima sexta-feira (28/10) do Eletrobras Day e de reuniões com investidores na Nyse. O Eletrobras Day acontece todos os anos, mas será o primeiro evento após a suspensão da negociação das ações devido à não apresentação dos balanços financeiros de 2014 e 2015. As ações da estatal voltaram a ser negociadas na bolsa nova-iorquina no último dia 13. (Agência Brasil Energia – 25.10.2016)

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4 Furnas recompões linha de transmissão em Goiás

Furnas reconstruiu as cinco torres de transmissão da linha Itumbiara-Rio Verde 2, em 230 kV, que foram afetadas por fortes rajadas de vento e chuva na última quinta-feira, 20 de outubro, no município de Santa Helena, em Goiás. O trabalho de recomposição da linha foi encerrado às 18:23 horas do último domingo, 23, e a energização ocorreu às 23:37 horas. A previsão inicial era de que os trabalhos se estenderiam até a quinta-feira, 27. As torres da linha têm aproximadamente 29 metros de altura e pesam 2,7 toneladas. O Plano de Atendimento e Emergências de Furnas foi acionado para a mobilização dos recursos humanos e materiais necessários ao reestabelecimento da linha de transmissão. A ação envolveu 116 pessoas, entre técnicos, engenheiros e pessoal de apoio, além de guindastes, retroescavadeiras, equipamentos de grande porte e infraestrutura para os trabalhadores. (Agência CanalEnergia – 25.10.2016)

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5 Cemig fica com 31% da Taesa após oferta pública de units

Com o final da oferta pública secundária de ações da Taesa, o FIP Coliseu ficou com 26,03% do capital votante e 14,88% do capital total da transmissora. Já a Cemig ficou com 42,72% do capital votante e 31,54% do total da empresa. O processo de venda de Units da foi encerrado na última segunda-feira, 24 de outubro, ao preço de R$ 19,65 por conjunto de duas ações preferenciais e uma ordinária que somaram 65.702.230 certificados. Com essa negociação que não resultou em ingresso de recursos na empresa, as Units em circulação somam agora 53,58% do capital social da transmissora, sendo 31,24% dos papeis com direito a voto. (Agência CanalEnergia – 25.10.2016)

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6 Cemig abre programa de troca de motores elétricos

A Cemig abriu inscrições para micro e pequenas empresas, empreendedores individuais, cooperativas e pequenos produtores rurais trocarem motores elétricos antigos por novos, como forma de estimular a eficiência energética nestes mercados. A iniciativa, uma espécie de versão empresarial de troca de geladeiras, tem o apoio do Sebrae-MG e conta com a concessão de bônus de 40% na compra dos novos equipamentos. Os motores não podem superar, porém, a potência de 2 mil CV. (Agência Brasil Energia – 25.10.2016)

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Leilões

1 Aneel nega pedidos de suspensão do edital de transmissão

A Aneel negou pedidos de impugnação do edital da segunda etapa do leilão de transmissão nº 13, marcado para a próxima sexta-feira, 28 de outubro. O certame é destinado à concessão de instalações da Rede Básica do Sistema Interligado nos estados da Bahia, Ceará, Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte. Os pleitos foram apresentados pela Extremoz Transmissora de Energia e Kev Line Administração Empresarial, que defendem a suspensão do processo de licitação por razões distintas. A Extremoz apontou vícios no edital, que incluiu entre as instalações do Lote 13 a implantação do banco de reatores de barra 3x50 Mvar (RB2) no vão do quarto banco de autotransformadores monofásicos 500/138 kV, de 3x150 MVA, da Subestação João Câmara III. Para a empresa, as instalações deveriam ser autorizadas diretamente a ela, porque a autorização estaria prevista em lei. A segunda etapa do certame estava marcada para o dia 2 de setembro, mas foi adiada para 28 de outubro. Na primeira etapa do leilão, realizada em 13 de abril, dois dos três reatores de barra da SE João Câmara III foram arrematados no Lote I, e o terceiro ficou para a 2ª Etapa, dentro do Lote 13. Para a Aneel, os reatores de barra de João Câmara III não poderiam constar como simples obras de reforço, pois “são parte integrante de uma ampla solução de planejamento para possibilitar o escoamento do potencial eólico da região Nordeste.” As instalações, segundo a agência, vão ampliar a capacidade de transporte de energia e, por seu interessse sistêmico, não poderiam ser desvinculadas das obras restantes, para evitar eventual descasamento de cronograma. No pedido de cancelamento do certame feito pela Kev Line, a empresa alegou que a licitação “não contempla inovações e tratados internacionais” e “mantém técnica de 130 anos”, o que influenciaria na eficiência dos empreendimentos licitados e contribuiria para aumentar a tarifa. A empresa cita também restrições na especificação técnica das instalações, constante do Anexo 6 do edital, e diz que ela “está caduca” em relação aos padrões empregados internacionalmente. A Aneel rejeitou as alegações da empresa, por considerá-las “genéricas” e “confusas”, e considera que não foram apresentadas justificativas técnicas para cancelamento do certame, além de não existir qualquer problema em relação à legislação setorial. (Agência CanalEnergia – 25/10/2016)

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2 Edital do Leilão A-1 entra em audiência pública

A diretoria da Aneel aprovou, no dia 25, abertura de audiência pública para debater o edital do leilão de geração Nº 07/2016 - “A-1”. O objetivo do certame é contratar energia elétrica proveniente de empreendimentos de geração de energia elétrica existentes, de quaisquer fontes. O leilão está previsto para dezembro e será realizado na sede da CCEE, em São Paulo. No certame serão negociados contratos por quantidade, com início do suprimento em 1º de janeiro de 2017 e término em 31 de dezembro de 2018. Os agentes de distribuição deverão apresentar, até 31 de outubro de 2016, as Declarações de Necessidade para 2017. (Aneel – 25.10.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Número dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Norte estão operando com volume de 31,8%, recuando 0,3% em relação ao dia anterior. Os dados são do ONS, referentes ao último dia 24 de outubro. A energia armazenada na região é de 4.790 MW/mês e a ENA é 1.015 MWm, que é equivalente a 53% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Tucuruí está operando com volume de 52,81%. Na região Nordeste, os níveis caíram em 0,1% em comparação com o dia anterior, o que deixou os reservatórios com volume de 11,8%. A energia armazenada é de 6.113 MW/mês e a ENA é 1.527 MWm, que é o mesmo que 37% da MLT. A usina de Sobradinho está operando com 8,2% da capacidade. No submercado SE/CO, os reservatórios estão operando com volume de 35,6%, caindo 0,3% em relação ao dia anterior. A energia armazenada é 72.316 MW/mês e a ENA é 21.504 MWm, que equivale a 78% da MLT. Furnas está operando com volume de 52,07% e Nova Ponte com 23,7%. No Sul, houve um acréscimo de 0,2% nos níveis dos reservatórios, o que os deixou com volume de 81,2%. A energia armazenada na região é 16.205 MW/mês e a ENA é 15.042 MWm, que equivale a 72% da MLT. A usina de Barra Grande está operando com volume de 88,39%. (Agência CanalEnergia – 25.10.2016)

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Energias Renováveis

1 Potencial eólico onshore brasileiro pode ser de 880 GW, indica estudo

Há alguns anos o setor elétrico aguarda por uma atualização do Atlas Eólico Brasileiro. A primeira e única edição foi publicada em 2001 pelo Cepel, quando se estimou que o potencial onshore do país seria de 143,5 GW. Esse número, contudo, pode ser seis vezes maior, considerando as novas tecnologias para produção de energia a partir do vento e, principalmente, a utilização de aerogeradores posicionados a 100 m de altura. Uma pesquisa ainda em andamento do INCT-Clima estima que o potencial eólico brasileiro pode chegar a 880,5 GW. Desenvolvido há cerca de quatro anos, o estudo envolve a cooperação entre Unifei, a UFAL, a Unifesp, a COPPE, o CENPES, a UENF, a UFSC, a Universidade de Oldemburgo, além do INPE. O físico Ênio Bueno Pereira, coordenador do projeto de Energias Renováveis do INCT-Clima, explicou que os números estão fundamentados em modelos climáticos adaptados. A validação desse potencial precisa ser feita a partir do cruzamento com dados medidos em superfície. Contudo, esses dados estão sob o domínio das empresas de energia, que se recusam a compartilhar tais informações. Pereira explicou que a EPE também possuí esses dados e até os disponibiliza, mas apenas em médias mensais, o que não serve para a construção de um atlas eólico. Apesar de prometido há anos, a publicação do novo Altas Eólico Brasileiro é uma dúvida. Um alto executivo do setor eólico, que falou sob sigilo, revelou que havia uma disputa entre o Cepel e a EPE na época em que Mauricio Tolmasquim presidia a entidade. Dessa forma, o estudo feito pelo INCT, quando concluído, pode ser uma grande contribuição para a democratização da informação. Segundo o estudo, com as torres posicionadas a 100 m, Estados que não tinham tanto potencial, como ES, PR e SP, passam a ser regiões viáveis à produção eólica, com ventos superiores a 6,5 m/s. O estudo preliminar aponta que o potencial eólico da região Sudeste pode ser de 246,4 GW, contra uma estimativa de 27,7 GW do Atlas do Cepel. O mesmo acontece na região Sul, de 22,8 GW para 234,4 GW. A região Nordeste passaria de 75 GW para 309 GW. No setor de energia, o mercado eólico vem sendo o mais próspero nos últimos anos. (Agência CanalEnergia – 25.10.2016)

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2 Abeeólica: Atlas Eólico tem como objetivo indicar os potenciais investimentos em energia elétrica

Há algum anos o setor elétrico aguarda por uma atualização do Atlas Eólico Brasileiro. A primeira e única edição foi publicada em 2001 pelo Cepel, quando se estimou que o potencial onshore do país seria de 143,5 GW. No setor de energia, o mercado eólico vem sendo o mais próspero nos últimos anos. A capacidade instalada brasileira atingirá 18.147 MW em 2020. O Brasil possui 410 usinas em operação, somando 10,2 GW e representando 6,9% na matriz elétrica nacional. Informações do Banco de Geração da Aneel apontam que há 8,33 GW contratados para entrarem em operação até 2020.A presidente-executiva da Abeeólica, Elbia Gannoum, explicou que o atlas tem o objetivo de indicar onde estão os melhores potenciais para os investimentos em energia elétrica. Quando o Brasil fez o primeiro atlas publicado em 2001/2002, o país não conhecia quase nada de energia eólica. Com a evolução tecnológica dos últimos 15 anos, hoje é possível instalar torres de até 150 m de altura. Nos quatro últimos anos, Estados como SP, BA e RS procuraram fazer a atualização do documento de forma independente e regional. Para Elbia, a atualização desse documento com abrangência nacional é importante para sinalizar o que ela chama de "novas fronteiras de investimento em energia eólica". (Agência CanalEnergia – 25.10.2016)

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3 Vestas discute os desafios de integração da fonte eólica

No próximo dia 27 de outubro, a Vestas vai reunir no Rio de Janeiro (RJ), em evento para convidados, autoridade do setor para discutir os desafios técnicos e soluções para integrar a fonte eólica ao sistema elétrico. O encontro vai ser realizado na sede da Empresa de Pesquisa Energética e vai contar com a presença do presidente da Vestas, Rogério Zampronha e do embaixador da Dinamarca no Brasil, Kim Højlund Christensen, além do presidente da EPE, Luiz Barroso e do diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata. Também estarão presentes no evento o engenheiro chefe da Energinet, Peter Børre Eriksen, que vai explicar como a Dinamarca conseguiu integrar 42% de energia eólica à sua matriz. A Energinet é a operadora nacional do sistema dinamarquês. Engenheiros da Vestas do Brasil e de Singapura completam a programação com apresentações institucionais e técnicas. (Agência CanalEnergia – 25/10/2016)

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4 Bio Brasil 2030: programa para os biocombustíveis

O MME criou um programa para os biocombustíveis, denominado Bio Brasil 2030, para prospectar os desafios e oportunidades de crescimento do setor no longo prazo. A ideia é colocar a agenda do setor de biocombustíveis em consulta pública no início do próximo ano. Segundo o Secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do MME, Márcio Félix, a iniciativa segue o mesmo modelo do Gás para Crescer, programa coordenado pelo MME cujo objetivo é revisar o marco regulatório do gás natural e preparar o segmento para a saída da Petrobras. As dez diretrizes estratégicas para o desenvolvimento do mercado de gás natural estão em consulta pública até o dia 7 de novembro. Apesar dos pedidos, o secretário sinalizou que o ministério não pretende prorrogar o prazo para envio de contribuições. “O Brasil não pode mais esperar. Nosso objetivo é colocar as diretrizes [do Gás para Crescer] na reunião do CNPE de dezembro”. Na ocasião, será redigida uma resolução para definir as políticas do governo federal para o mercado de gás. (Agência Brasil Energia – 25.10.2016)

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Grandes Consumidores

1 Suzano reverte prejuízo e lucra R$ 53 mi no 3º trimestre

A Suzano Papel e Celulose reverteu prejuízo líquido de R$ 959 milhões no terceiro trimestre de 2015 e obteve lucro de R$ 53 milhões no trimestre julho/¬setembro deste ano, conforme as demonstrações financeiras divulgadas pela companhia na madrugada desta quarta-¬feira e enviadas à CVM. Segundo a empresa, o resultado foi impactado, principalmente, pela variação cambial no período e queda do preço de celulose. No acumulado do ano, o lucro foi de R$ 2,132 bilhões, comparado ao prejuízo de R$ 1,266 milhões nos nove primeiros meses de 2015. A receita líquida da companhia recuou para R$ 2,173 bilhões no terceiro trimestre deste ano, de R$ 2,985 bilhões em igual período de 2015, uma redução de 27,2%. O desempenho da receita líquida consolidada é explicado principalmente pela redução do volume de vendas de celulose e de papel exportado, pela redução do preço lista da celulose em dólar, pela redução do preço de papel exportado e pela apreciação do real, fatores parcialmente compensados pelo aumento do preço de papel no mercado interno, segundo o informa da empresa. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado ficou em R$ 767 milhões no terceiro trimestre deste ano, 48% inferior ao R$ 1,476 bilhão de igual intervalo no ano passado, impactado pela deterioração do preço lista da celulose, pela apreciação do real e pelo menor volume de vendas, porém, parte desse impacto foi compensado pelo aumento do preço do papel no mercado interno e disciplina de custos e despesas, diz o comunicado da companhia. (Valor Econômico – 26.10.2016)

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2 Suzano Papel e Celulose assina contrato com a Siderúrgica Vale do Pindaré e com a Cosima

A Suzano Papel e Celulose informou ao mercado na madrugada desta quarta-feira, por meio de Fato Relevante enviado à CVM, que assinou contrato com a Companhia Siderúrgica Vale do Pindaré e com a Cosima – Siderúrgica do Maranhão, por meio do qual se compromete a comprar parte dos ativos imobiliários e florestais por elas detidos. Os ativos adquiridos compreendem cerca de 75 mil hectares de imóveis nos Estados do Maranhão e de Tocantins, dos quais cerca de 40 mil hectares são agricultáveis, e as florestas plantadas em tais áreas agricultáveis. O preço total em contrapartida da aquisição dos imóveis e das florestas é o equivalente em moeda nacional a US$ 245 milhões. No comunicado, a Suzano informa ainda que, em 25 de outubro de 2016, assinou com a Queiroz Galvão Energia contrato por meio do qual adquiriu a totalidade das ações de emissão da Mucuri Energética, a qual é proprietária de uma pequena central hidrelétrica localizada nos municípios de Carlos Chagas e Pavão, com capacidade de geração equivalente a 19 MW médio, pelo preço equivalente em moeda nacional a US$ 14 milhões. (Valor Econômico – 26.10.2016)

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3 Vale prevê oferta adicional de 50 mi t de minério de ferro no mercado global em 2017

A mineradora Vale prevê que o mercado global de minério de ferro deverá ter em 2017 a entrada de uma oferta adicional de 50 milhões de toneladas da commodity, das quais 28 milhões de toneladas deverão ser provenientes do Brasil, 18 milhões da Austrália e o restante da Índia, disse um executivo da companhia nesta terça-feira. Segundo o diretor de vendas e administração comercial de ferrosos da Vale para a América do Sul, Paulo Salles, essa oferta adicional será compensada por uma redução da produção da China e por uma maior demanda por aço. (O Globo – 25.10.2016)

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4 Produção de minério de ferro da Anglo no Brasil sobe 28% no 3º tri ante 2º tri

A produção de minério de ferro do empreendimento Minas-Rio, da mineradora Anglo American, aumentou 28 por cento no terceiro trimestre ante o segundo trimestre, para 4,5 milhões de toneladas, com a operação em "ramp-up", informou a empresa nesta terça-feira. Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a produção da unidade brasileira estava em fase inicial, houve um aumento de 53 por cento. A empresa, que manteve o guidance de produção da unidade de minério de ferro do Brasil em 15-17 milhões de toneladas no ano, afirmou ainda que em julho de 2016 conseguiu a aprovação de uma licença provisória que permite acesso imediato às próximas tranches de reservas, o que permitiu uma melhora operacional no terceiro trimestre. A aprovação final da licença foi obtida em outubro, acrescentou a companhia. O Minas-Rio tem capacidade de produção de 26,5 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Em abril, a mineradora informou acordo para vender seus negócios de nióbio e fosfatos, com ativos localizados no Brasil, para a China Molybdenum por 1,5 bilhão de dólares, com o objetivo de reduzir suas dívidas. (O Globo – 25.10.2016)

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Economia Brasileira

1 Intenção de consumo cai 5,7% em outubro na comparação anual, diz CNC

O indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apurado pela CNC subiu 2,4% em outubro, ante setembro, para 73,9 pontos. Entretanto, na comparação com outubro do ano passado, o indicador cai 5,7%. A entidade ressalta que o indicador ainda permanece em nível inferior a 100 pontos, ou seja, em área negativa. Na semana passada, após os maus resultados do varejo em agosto, informados pelo IBGE, a CNC revisou a estimativa de queda no volume de vendas no conceito restrito de queda de 5,2% para recuo 5,4% em 2016. No varejo ampliado, que inclui os setores de automóveis e materiais de construção, a estimativa foi de queda de 9,4% para recuo de 9,5%. Em outubro, sete dos tópicos usados para cálculo do ICF mostraram melhora ante setembro. No entanto, na comparação com outubro do ano passado, quatro ainda mostram piora. As mais intensas quedas, nesta comparação com igual mês do ano passado, foram observadas em nível de consumo atual (17,6%) compra a prazo (¬11,7%) e momento para duráveis (¬10,2%). Para cálculo do ICF, 18.000 consumidores foram entrevistados, em todas as unidades da federação. Para a confederação, embora haja percepção de que a crise vem lentamente perdendo força, influenciada pela retomada gradual da confiança de consumidores e de empresários, dificilmente o varejo deixará de registrar seus piores resultados históricos este ano. (Valor Econômico – 26.10.2016)

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2 Confiança do consumidor alcança maior nível desde fim de 2014, diz FGV

A confiança do consumidor voltou a subir em outubro, com melhora tanto nas avaliações sobre a situação atual quanto nas expectativas. A sondagem mensal realizada pela FGV também indica um maior grau de satisfação com a situação financeira e da disposição do brasileiro em consumir bens duráveis. O ICC subiu 1,8 ponto em outubro, atingindo 82,4 pontos. Após seis altas consecutivas, o índice registrou o maior nível desde dezembro de 2014, quando alcançou 86,6 pontos. Na comparação com outubro de 2015, o indicador subiu 15,8 pontos. “A recuperação da confiança dos consumidores continua a ser comandada pelas expectativas. Apesar da tendência ainda declinante do mercado de trabalho, as perspectivas de desaceleração da inflação e de queda das taxas de juros parecem contribuir para previsões menos pessimistas em relação à evolução das finanças familiares e para as perspectivas de compras de duráveis no curto prazo“, afirma Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor. Em outubro, houve ligeiro aumento da satisfação dos consumidores em relação à situação presente e o sexto avanço consecutivo dos indicadores que medem expectativas para os meses seguintes. O ISA avançou 0,8 ponto, para 69 pontos. Já o Índice IE subiu 2,5 pontos, marcando 92,6 pontos, o maior desde outubro de 2014 (94,6). Comparando os resultados por faixas de renda, houve recuperação da confiança de todos os níveis. O aumento mais expressivo ocorreu no caso dos consumidores com menor poder aquisitivo, com renda até R$ 2.100 mensais, que registraram variação de 4,6 pontos no ICC de outubro. A edição de outubro de 2016 coletou informações de 2.045 domicílios entre os dias 1 e 22 de outubro. (Valor Econômico – 26.10.2016)

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3 IBGE: Câmbio, seca e mercado internacional afetaram preços ao produtor

O IPP subiu 0,47% em setembro influenciado principalmente pelo mercado internacional, que puxou para cima os preços do minério de ferro e de óleos brutos de petróleo, segundo o IBGE. Esses dois itens pressionaram os preços da indústria extrativa, que avançou 8,19% ante agosto e foi a principal influência no IPP do mês. Mas não foi apenas o mercado internacional de commodities que elevou o índice. A alta de 1,5% do dólar em setembro também aumentou a inflação da indústria no período. Bens de capital, com alta de 0,89%, refletiu a desvalorização cambial. Há ainda a influência da seca, que está prejudicando a criação de gado e reduzindo o número de animais para corte, e comportamento de alta da cana-¬de¬-açúcar, que joga para cima o preço do açúcar. Foi principalmente por causa disso que a média dos preços dos alimentos subiu 0,94% e foi o segundo maior impacto sobre o IPP. A fabricação de produtos alimentícios responde por cerca de 22% do IPP. Em setembro, 14 das 24 atividades pesquisadas pelo IBGE tiveram variações positivas nos preços — em agosto apenas 11 apresentaram avanço nos custos. O IPP mede a variação dos preços dos produtos na porta de fábrica, sem impostos e fretes, na indústria de transformação e extrativa. Em setembro do ano passado a taxa foi de 2,99%, batendo recorde do levantamento, iniciado em 2012. Segundo o analista do IPP Manuel Campos de Souza Neto, a escalada da moeda americana, de alta de 68% ante igual mês de 2014, foi a principal causa desse salto em 2015. (Valor Econômico – 26.10.2016)

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4 IPC¬Fipe aumenta para 0,18% na terceira medição de outubro

O IPC¬Fipe acelerou de 0,02% para 0,18% da segunda para a terceira medição de outubro. Das sete classes de despesas avaliadas, Alimentação saiu de queda de 0,88% para recuo de 0,52% entre um levantamento e outro. (Valor Econômico – 26.10.2016)

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5 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 10h03, o dólar comercial apresentava alta de 0,38%, saindo a R$ 3,1178. Na terça-feira, o dólar comercial caiu 0,42% e encerrou a R$ 3,1066. (Valor Econômico – 26.10.2016 e 25.10.2016)

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Internacional

1 Argentina busca reviver seis projetos de represas no país

Ainda não chegou o calor, mas quando o sol esquente o termômetro voltará o debate sobre os cortes de eletricidade e as obras que o governo realiza para começar a superar a crise energética mais profunda da Argentina moderna. Atualmente, há seis grandes projetos hídricos que tomam formam e concentram a atenção dos planejadores do governo. Com diferentes graus de avanço, alguns projetos começarão a ser notícias nos próximos meses. E claro, serão foco de atenção nas regiões que serão feitos. “Estamos trabalhando em um conjunto de obras de infraestrutura chave para o desenvolvimento do país e suas regiões. Muitas dessas obras foram adiadas por anos e algumas já estão em licitação”, disse Pablo Bereciartua, um engenheiro que estava na Universidade de Yale, Estados Unidos, e que desde dezembro é Subsecretário de Recursos Hídricos da Nação. As grandes represas estão divididas em dois grandes ministérios. As que são puramente energéticas, como as do sul Néstor Kirchner y Jorge Cepernic, estão na órbita de Juan José Aranguren e seu Ministério de Energia. As que têm algum tipo de aproveitamento de água, seja para irrigação ou para conter inundações, por exemplo, estarão sob comando de Bereciartua do Ministério do Interior e Obras Públicas. “A Argentina está investindo esse ano aproximadamente 2% do PIB e essa proporção crescerá a 2,4%. Porém, para conseguir a infraestrutura necessária que reduza a pobreza, garanta os objetivos de qualidade de vida e competitividade das economias regionais e do país, há que chegar ao investimento de 5% o 6% do PIB” disse Bereciartua. Para esse objetivo, o governo conta com a participação do investimento privado e para tal buscará passar uma lei no legislativo que fixará regras para as parcerias publico-privadas no setor de infraestrutura. Os projetos que avançarão primeiro são seis, todos eles localizados em bacias hídricas importantes. (La Nación – Argentina – 25.10.2016)

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2 Colômbia não vê necessidade de novas plantas de energia

Após o forte fenômeno El Niño, o que obrigou os usuários a diminuir o seu consumo a fim de evitar um racionamento programado de energia, os clientes industriais representados no Andi e Asoenergía, foram contra a decisão anunciada na semana passada pela Comissão Reguladora de Energia e Gás (CREG) de não realizar um leilão para a construção de novas usinas de geração de energia, pagas em parte, com o chamado em custo de confiança. Durante a 22ª edição do Congresso de Mercado Atacadista de Energia (MEM), María Luisa Chiappe, presidente da Asoenergía - grêmio que reúne grandes consumidores do setor industrial-, ela disse que, como em qualquer mercado, as plantas que não produzem a preços competitivos devem sair do mercado, já que o modelo, além de levar em conta a confiabilidade deve considerar a competitividade. "Houve oferta na crise, mas a que custo?" perguntou a líder sindical ao dizer que os consumidores industriais estão dispostos a pagar um valor para a energia que lhes permita competir, razão pela qual algumas empresas decidiram se instalar em outros países. (El Tiempo – Colômbia- 24.10.2016)

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3 Colômbia: dados da empresa de planejamento colombiana apontam que demanda não superará oferta

Por sua vez, Alejandro Lucio, diretor-executivo da Associação de Energia Renovável (SER Colômbia), disse que a crise deste ano merece uma revisão da política pública da matriz energética em termos de confiabilidade e competitividade. "Nesse mercado, a tecnologia avança muito rapidamente. As não convencionais com incentivos conseguem preços competitivos”, disse ele. No entanto, na semana passada, a CREG concluiu que, com base na análise de oferta e demanda em um cenário de alta demanda projetada pela Unidade de Planejamento Mineiro e Energético (UPME), tanto por balanço energético como por análise de confiabilidade, de dezembro de 2019 a novembro de 2020, a oferta existente e em construção serão suficientes. De acordo com o documento, para esse período, enquanto a demanda projetada é de cerca de 80.000 gigawatt-hora, a energia firme (comprometida) superará 89.000 GWh, incluindo Hidroituango, que será a maior usina do país. (El Tiempo – Colômbia- 24.10.2016)

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4 Colômbia: novas usinas entrarão em operação em 2019 e 2020

O diretor do Creg, Germán Castro, explicou que a primeira coisa é olhar para a projeção da demanda, porque, embora eles estejam pedindo mais plantas, a questão é quem paga. Ele acrescentou que existem plantas com folga e que outras entrarão em operação em 2019 e 2020. E enquanto um novo El Niño é uma incerteza, a CREG revisará, antes de 2017, o quanto de energia adicional tem algumas plantas de geração. Para a presidente da Associação de Geradores de Energia (Acolgen), Angela Montoya, não é possível que as plantas gerem menos, e apesar de existirem plantas antigas, todos eles fazem a manutenção preventiva, que em muitos casos a deixam novas. "Geração também é uma indústria e requer estabilidade nas regras do jogo e normas", disse ela. (El Tiempo – Colômbia- 24.10.2016)

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5 Energia renovável supera fósseis em novas instalações

Cerca de 500 mil painéis solares foram instalados diariamente no ano passado, e esse crescimento recorde da energia verde levou os renováveis a superar o carvão como maior fonte de capacidade energética do mundo. Duas turbinas eólicas foram erguidas a cada hora em países como a China, segundo a AIE. "Estamos testemunhando uma transformação nos mercados globais de energia, liderada pelos renováveis", disse Fatih Birol, diretor-executivo da AIE. Parte do crescimento foi causado pela queda no custo de geração da energia solar e eólica em terra firme. Embora o carvão e outros combustíveis fósseis continuem sendo a maior fonte de geração de eletricidade, muitas usinas convencionais de geração e grupos de energia têm sido surpreendidas pela velocidade de crescimento dos renováveis e a rápida queda nos custos para essas tecnologias. Estima-¬se que o custo médio global de geração para fazendas eólicas em terra firme tenha caído 30% entre 2010 e 2015, enquanto para as grandes fazendas solares essa queda foi ainda mais acentuado, de 66%, segundo relatório da AIE. A agência acredita que os custos vão cair ainda mais nos próximos cinco anos, em média 15% para a geração de energia eólica e 25% para a energia solar. O relatório diz ainda que inéditos 153 GW de capacidade de geração de energia verde foram instalados no ano passado, a maior parte projetos eólico e solar. O volume de energia que uma usina na verdade gera varia de acordo com o quanto ela produz em um determinado período de tempo. Como uma usina eólica ou solar não consegue gerar energia constantemente, como uma usina termoelétrica, ela produzirá menos energia em um ano, embora possa ter o mesmo nível de capacidade. Mas a agência acredita que a participação da energia renovável na geração vai aumentar para 28% até 2021. A agência reviu suas projeções quinquenais para mostrar a capacidade da energia renovável de crescer 13% mais do que o estimado no ano passado, principalmente em virtude do forte apoio política nos EUA, China, Índia e México. Paolo Frankl, da divisão de energias renováveis da AIE, alertou que esse crescimento depende das políticas públicas que estão mudando em muitos países. Tais fontes têm de ser mais utilizadas para aquecimento e transporte para as metas globais de clima serem cumpridas, disse. (Valor Econômico – 26.10.2016)

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6 Argentina: Elétricas propõem duplicar o investimento em redes de distribuição

Edenor e Edesur, as maiores distribuidoras de energia elétrica na Argentina (que cobrem 40% do mercado), defenderão na próxima sexta-feira o plano de investimentos para melhorar a qualidade do serviço elétrico em médio prazo. De acordo com informações publicadas pelo regulador do setor (ENRE), Edenor propôs investir $ 2,5 bi nos próximos cinco anos, enquanto o número total de investimentos orçados para Edesur é de $14 bi. No caso de Edenor, a proposta seria duplicar o investimento feito este ano, uma vez que terminará investindo cerca de $ 2,5 bi. Inicialmente, a companhia da Pampa Energia teve um orçamento de $ 3 bi, porém o processo judicial do aumento de tarifas, que freou os aumentos durante alguns meses afetou o nível de renda da empresa, e por isso desembolsará um pouco menos. Do outro lado, o investimento proposto de $ 14 bi da Edesur se dividirá em um orçamento de $ 2,457 bi para 2017, alcançara um pico de $ 3,272 bi em 2019 e fechará com um valor de $ 2,772 bi em 2021. Fontes do setor elétrico consultadas não entendem o porquê da diferença orçamental entre as companhias. (El Inversor – Argentina – 25.10.2016)

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7 Lucro avança e receita cai na espanhola Iberdrola

A Iberdrola, que no Brasil controla a Elektro e possui participação na Neoenergia, informou avanço de 6,4% no lucro líquido no acumulado de janeiro a setembro, para 2,04 bilhões de euros, em relação ao mesmo período de 2015. A receita somou 21,5 bilhões de euros nos primeiros nove meses de 2016, uma queda de 9,1% na comparação anual. A companhia informou que a receita foi prejudicada principalmente pelos efeitos negativos do real e da libra, que não foram completamente compensados pelos ganhos com o dólar. Já a última linha do balanço foi beneficiada por ganhos com eficiência operacional e por queda nas despesas financeiras. O Ebitda subiu 4,2% no período, para 5,73 bilhões de euros. Com relação aos negócios no Brasil, a companhia informou avanço na energia distribuída, com alta de 1,2% na demanda, principalmente por conta do desempenho positivo da Neoenergia, que foi parcialmente afetado pelo recuo de 0,6% na demanda da Elektro. A companhia informou que a receita de nove meses da Elektro caiu 23,5%, para 1,05 bilhão de euros. (Valor Econômico – 26.10.2016)

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8 Espanha: Gamesa aprova fusão com Siemes e vislumbra gigante eólica

A assembleia geral extraordinária de acionistas da Gamesa deu luz verde, com 99,7% dos votos, a criação da nova empresa, uma gigante eólica que nasce da fusão dos ativos da empresa com os da Siemens Wind Holdco. A empresa, que culminará o processo no primeiro semestre de 2017, quando a Competência autorizar a operação e a CNMV exonerar a alemã de fazer uma oferta de aquisição de 100% da Gamesa, com valores de quase 10 bi de euros, uma carteira de pedidos de mais de 20 bilhões e 22 mil empregados. O CEO da Gamesa, Ignacio Martin, disse membros do conselho antes de votar sobre a fusão que o grupo resultante "será uma só empresa, com uma estratégia única de negócio e gestão, com um alcance global nos principais mercados eólicos, presença industrial em todos os continentes e com um acionário de referência, como já mencionado acima, incluindo a Siemens e a Iberdrola”. Em sua opinião, esta "oportunidade única" para converter o grupo em um gigante global do setor eólico, tanto nos negócios eólicos terrestres como nos marítimos. (El País – Espanha – 25.10.2016)

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9 Portugal: EDP vende 100 milhões de euros do déficit tarifário

A EDP acordou a venda de 100 mi de euros do déficit tarifário de 2016, relativo a sobrecustos com a produção em regime especial, segundo divulgado hoje. em comunicado enviado à CMVM: "a EDP Serviço Universal, S.A. ("EDP SU"), comercializador de último recurso do sistema elétrico português, detido em 100% pelo Grupo EDP, acordou a venda de 100 mi de euros do déficit tarifário de 2016, relativo a sobrecustos com a produção em regime especial". O déficit tarifário de 2016 resultou do diferimento por cinco anos da recuperação do sobrecusto de 2016 relacionado com a aquisição de energia aos produtores em regime especial, isto é, por um preço superior ao praticado no mercado, que é suportado pelos consumidores finais, na fatura da eletricidade. (Correio da Manhã – Portugal – 25.10.2016)

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10 Wärtsila encerra 3º trimestre com € 1,13 bilhão em pedidos

A Wärtsila terminou o terceiro trimestre com um aumento de 5% na carteira de pedidos, chegando a € 1,13 bi. Já as vendas líquidas registraram queda de 12%, ficando em € 1,07 bilhão. A empresa divulgou nesta terça-feira, 25 de outubro, seus resultados do trimestre. O lucro por ação ficou em € 0,43 e o resultado operacional comparável chegou a € 123 mi, ou 11,4% das vendas líquidas. De janeiro a setembro, a entrada de pedidos aumentou 2% e as vendas líquidas diminuíram 6%, ficando em € 3,242 bi. A empresa revisou as suas previsões para o ano de 2016 e agora ela espera que as suas vendas líquidas caiam em torno de 5% e a sua rentabilidade fique em 12%. Anteriormente a expectativa era de que as vendas crescessem até 5% e a rentabilidade ficasse entre 12,5% e 13%. De acordo com o CEO da empresa, Jaako Eskola, o trimestre foi desenvolvido em grande parte segundo as expectativas da empresa. Segundo ele, a Wärtsila continua com foco no aumento da eficiência e da flexibilidade. A concentração de entregas para o fim do ano resultou em vendas mais baixas, que acabaram por sobrecarregar o resultado operacional. Ainda de acordo com o executivo, a empresa permanece confiante no longo prazo. No mercado de equipamentos, a demanda na área naval foi fraca, o que reflete os desafios trazidos por capacidades ociosas e baixos rendimentos. Na área de geração de energia, Eskola tem percebido um sentimento de melhora, que tem contribuído para o crescimento das encomendas no geral. Ele nota que a área de negócios de soluções em energia continua com um sódio pipeline de projetos. (Agência CanalEnergia – 25.10.2016)

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11 Bloomberg: regulamentação de países deve evoluir para integrar renováveis

Os regimes de regulamentação precisam evoluir para integrar as energias renováveis, avalia a Bloomberg New Energy Finance. A companhia avaliou um caso recente de um apagão de quase oito horas no sul da Australia, que foi inicialmente atribuído pelo Primeiro Ministro australiano, Malcolm Turnbull, à alta penetração das fontes renováveis na matriz do país. O político teria criticado as metas recentes estabelecidas por diversos países para ampliar a geração de energia limpa, que seriam “agressivas demais e irrealistas”. Apesar disso, segundo aponta a BNEF, o próprio órgão operador do sistema australiano de energia apontou em relatório oficial que as causas do apagão foram “cinco falhas em linhas de transmissão, resultando em seis distúrbios de voltagem da rede”, que levaram ao desligamento automático de 445 MW de geração eólica. Os parques entraram em modo de proteção contra falhas, uma configuração da qual o operador não estava ciente e para a qual, portanto, não poderia ter se preparado. A avaliação é de que o conhecimento sobre o comportamento das turbinas eólicas poderia ter tornado mais fácil para o operador lidar com essa vulnerabilidade dos parques. Enquanto isso, aponta a BNEF, a Alemanha melhorou a qualidade de fornecimento de energia elétrica nos últimos dez anos, mesmo com as renováveis aumentando sua participação na matriz do país para um terço. De acordo com dados divulgados pelo governo alemão na semana passada, a duração média das interrupções de fornecimento na Alemanha caiu 41% no ano passado, para 12,7 minutos, em comparação com 2006. Neste período, o país aumentou consideravelmente a geração de fontes renováveis. (Agência Brasil Energia – 25/10/2016)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 PRADO, Cristiano. “Oportunidade de avanço da eficiência energética no Brasil”. Valor Econômico. São Paulo, 26 de outubro de 2016.

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2 HOLTZ, Abel. “Quem avisa amigo é...”. Agência CanalEnergia. Rio de Janeiro, 24 de outubro de 2016.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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