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IFE: nº 4.199 - 24 de outubro de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
1 Agências começam a retomar autonomia
2 Aneel libera o início dos testes na EOL Porto do Delta
3 Aneel nega efeito suspensivo de decisão sobre devolução de recursos à RGR
4 Aneel mantém lista de usinas que serão excluídas do MRE em janeiro
5 Compass entra na justiça contra internalização de vazão menor do São Francisco no modelo
Empresas
1
Eletrobras não participará do leilão de transmissão, diz Wilson Ferreira Jr
2 Eletrobras vai licitar ativos imobiliários para fazer caixa no curto prazo
3 Eletrobras é a empresa estatal que mais recuperou valor de mercado no ano
4 Leilão da Celg terá mecanismo contra risco financeiro
5 Após recuperação, Eneva e Rede tentam se reerguer
6 Eletropaulo diz que está reconstruindo rede após forte chuva em SP
7 Enterrar fiação dobraria conta de luz, diz Eletropaulo
8 Aneel começa a preparar licitação de ativos da Abengoa
9 Incerteza sobre obrigação da Duke Energy persiste mesmo após venda à CTG
10 Copel chega a acordo judicial sobre obras da PCH Derivação do Rio Jordão
11 CEB conclui reconstrução da rede de distribuição de energia em Samambaia
Leilões
1
Interesse pelo leilão de transmissão gera otimismo na Aneel
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Número dos reservatórios pelo Brasil
2 Consumo de energia tem queda de 4,6% em outubro, segundo CCEE
3 Outubro deverá terminar com vazões abaixo da média em todo o país, projeta ONS
4 PLD recua 14% em todos os submercados, aponta CCEE
5 Preço médio da energia para 2017 será de R$ 204,84/MWh
Energias Renováveis
1
Itaipu apoia estudo sobre geração de energia solar no meio rural
Gás e
Termoelétricas
1 Produção de gás natural atinge novo recorde de produção em agosto, segundo MME
2 Petrobras e Total acertam aliança em exploração, produção, gás e energia
3 Vendas de gás em Santa Catarina sobem 4%
Grandes
Consumidores
1 Intercement vai usar capim como combustível em forno
Economia Brasileira
1 Investimentos da União continuam em queda e atingem 0,5% do PIB em 2016
2 Indústria apresenta queda em setembro
3 Confiança da indústria recua em outubro, aponta prévia da FGV
4 Expectativas da indústria pioram em outubro, diz CNI
5 Mercado prevê inflação abaixo de 7% e recuo maior do PIB em 2016
6 IPCA-15 desacelera a 0,19% em outubro e sobe 8,27% em 12 meses
7 Inflação pelo IPC-S acelera na terceira prévia de outubro
8 Dólar ontem e hoje
Internacional
1 Argentina: Barrick levaria energia do Chile para a Argentina
2 Argentina: Segue exportação ilegal de energia de Yacyretá
3 Enel México fecha acordo de fornecimento de energia com HBSC por 10 anos
Regulação e Reestruturação do Setor
1 Agências começam a retomar autonomia
Nos próximos dias, o presidente Michel Temer deverá assinar um decreto que faz duas alterações no dia a dia das agências reguladoras. Primeiro, vai permitir que os funcionários possam viajar a serviço sem depender de autorização do ministro da área. O texto vai garantir ainda às agências autonomia para firmar contratos na área administrativa, como os de limpeza e serviços terceirizados. A mudança dará mais fluidez para o funcionamento desses órgãos. Segundo fontes, as agências operavam assim antes, mas foram alvo de um progressivo aumento de controle a partir do primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff. O texto, cujo resultado principal seria a transferência de poderes das agências para os ministérios setoriais, ficou anos parado. Após idas e vindas, o projeto foi bastante modificado. A versão que aguarda votação no Senado antes de seguir para a Câmara dos Deputados, ajustado aos objetivos do atual governo, mantém as atribuições regulatórias das agências, procura profissionalizar sua gestão e lhes garante maior autonomia. O decreto que está em elaboração no Planalto, que trata de viagens e contratos, apenas antecipa alguns pontos dessa maior liberdade. Segurança. Com a nova lei, o governo espera garantir um ambiente mais seguro para as concessões em infraestrutura, negócios que envolvem investimentos elevados e contratos de longo prazo. A instabilidade de regras e a debilidade das agências são queixas recorrentes dos empreendedores no setor privado. Além do funcionamento das agências, o atual governo elimina, das concessões rodoviárias que pretende leiloar, itens que foram marcas do PIL, uma vitrine do primeiro governo de Dilma. As concessões do PIL privilegiavam a menor tarifa possível e exigiam elevados investimentos. A conta era, teoricamente, equilibrada com financiamentos generosos do BNDES. No setor de óleo e gás, está em fase de desmonte a atual política de conteúdo nacional, criada em 2005, que exigia que as petroleiras utilizassem uma elevada quantidade de bens e serviços produzidos no Brasil. A nova versão vai dar maior flexibilidade para comprar produtos no exterior. Por outro lado, dará bônus caso as operadoras adquiram equipamentos aqui para usar em suas áreas de exploração em outros países. (O Estado de São Paulo – 22.10.2016)
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2 Aneel libera o início dos testes na EOL Porto do Delta
A Aneel liberou a EOL Porto do Delta, localizada no município de Parnaíba, no Piauí, para começar a operar em teste, a partir de21 de outubro. O benefício foi para UG5 a UG9, de 2,2 MW cada, totalizando 11 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 21.10.2016)
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3 Aneel nega efeito suspensivo de decisão sobre devolução de recursos à RGR
A Aneel negou pedido de efeito suspensivo do Despacho 2.585, que determinou a devolução pela Eletrobras de R$1,9 bi em valores históricos, referente à amortização de financiamentos da RGR. A decisão também prevê o ressarcimento ao fundo setorial de R$113,6 mi, relativos a encargos financeiros da RGR (juros de mora, multas e comissão de reserva de crédito) apurados no mesmo período e apropriados pela empresa. Os valores finais ainda serão corrigidos. No despacho publicado em setembro, a Aneel havia atendido parcialmente recurso apresentado pela Eletrobras contra decisão anterior (o Despacho 1.208, de maio desse ano), e determinado que tanto o pagamento dos empréstimos da RGR quando a devolução dos encargos financeiros seriam feitos de acordo com os critérios de correção dos valores estabelecidos pela Lei 13.299, de 2016. A legislação substituiu a atualização monetária com base na taxa do Fundo Extramercado Exclusivo 5 – FIF 5, vinculado ao Banco do Brasil, por um índice de correção de 5% ao ano. Também foi permitido o pagamento do débito em parcelas mensais, a partir de janeiro de 2017. Ao analisar o novo pedido de reconsideração da empresa, o diretor-geral, Romeu Rufino, concluiu que não havia razão para suspender a decisão. (Agência CanalEnergia – 21.10.2016)
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4 Aneel mantém lista de usinas que serão excluídas do MRE em janeiro
O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, negou pedido de suspensão do Despacho 2.618/2016, que traz a relação das 38 centrais hidrelétricas que deverão ser excluídas do Mecanismo de Realocação de Energia a partir de 1º de janeiro de 2017. O recurso foi apresentado pela Abragel, que representa usinas hidráulicas de pequeno porte – as PCHs e as CGHs. Está prevista a exclusão pela CCEE das usinas Alegre (ES), Americana (SP), Bonfante (MG), Buritis (SP), Diamante (Antiga Camargo Corrêa) (MT), Andorinhas (RS), Costa Rica (MS), Lençóis (SP), Lobo (SP), Miguel Pereira (MG), Mogi-Guaçu (SP), Monjolinho (SP), Roça Grande (MG), Sobrado (TO), Ervália (MG), Eloy Chaves (SP), Jaguari (SP), Salto Grande (SP), Benjamim Mário Baptista (Antiga Nova Sinceridade (MG), Dianópolis (TO), Santana (SP), Caquende (MG), São Gonçalo (Antiga Santa Bárbara) (MG), Cocais Grande (MG), Santa Cecília (MG), Riachão (Antiga Santa Edwiges I) (GO), Tudelândia (RJ), Flor do Sertão (SC), Cachoeira da Lixa (BA), Santo Expedito (PR), Feixos (SP), Coqueiral (SC), Ninho da Águia (MG), Corrente Grande (MG), Barra da Paciência (MG), São Joaquim (SP), Ponte Queimada - Usina II (MG) e São José (SP). A decisão de Rufino foi publicada no DOU de 21 de outubro. (Agência CanalEnergia – 21.10.2016)
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5 Compass entra na justiça contra internalização de vazão menor do São Francisco no modelo
A internalização da vazão menor do rio São Francisco em Sobradinho, de 800 m³/s, e em Três Marias, de 480 m³/s, no modelo Newave para melhor refletir a realidade da operação foi judicializada. A Compass entrou com uma ação na justiça federal, pedindo a revisão da metodologia e, por antecipação de tutela, a republicação do PLD das três primeiras semanas de julho de 2016. A ação judicial ainda está correndo, sem definição da justiça. Mas tem potencial de mexer com PLD além dessas três semanas, já que a medida está sendo usada para todo este ano e foi estendida até 2017. No entendimento da Compass, a internalização da vazão menor deveria ser feita apenas no Decomp, que é de curto prazo, e não no Newave, que projeta o planejamento da operação no longo prazo. Segundo Paulo Mayon, sócio-diretor da comercializadora, a medida levou a um reajuste de 65% no preço do PLD de uma semana para outra. Mayon explicou que entrou com recursos na esfera administrativa, mas foram negados, restando apenas a justiça para tentar rever a decisão da Aneel. Uma carta da CCEE anexada ao processo mostra que a CCEE tem um alinhamento com esse pensamento. Para a Câmara, a representação deveria ser apenas nos dois primeiros meses da projeção do Newave, período igual ao usado no Decomp. A Câmara fez simulações mostrando que o PLD ficaria R$ 20,00 menor, principalmente, nos submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul se fosse calculado da forma que defendeu. Procurada pela reportagem, a CCEE preferiu não se manifestar sobre a ação judicial, pois ainda não tinha tomado conhecimento. Mas confirmou o conteúdo da carta enviada à Aneel. O ONS disse, através da assessoria de imprensa, que pediu para colocar a redução da vazão nos modelos, pois acredita que ela não deve retornar tão cedo ao normal, de 1.300 m³/s. O ONS afirmou ainda que a medida permite refletir melhor a realidade. Sobre a ação, disse que aguarda definição da justiça para avaliar possíveis impactos da decisão tomada. Paulo Mayon chamou atenção para o fato da medida da Aneel vir ao mesmo tempo que o Ministério de Minas e Energia realiza consultas públicas sobre a questão da formação do preço e representação da operação no modelo. Ele disse que há um alinhamento de pensamento entre os agentes sobre a questão, destoando a interpretação da Aneel. Procurada pela reportagem a Aneel não respondeu até o fechamento da edição. (Agência CanalEnergia – 21.10.2016)
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Empresas
1 Eletrobras não participará do leilão de transmissão, diz Wilson Ferreira Jr
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, disse que a companhia não tem condições financeiras para se comprometer com novos projetos e, por isso, a empresa não deverá participar do próximo leilão de transmissão, que será realizado na sexta-feira, 28 de outubro. "Antes de pensar em leilões novos, vamos tentar resolver os problemas que nós temos em casa", disse a jornalistas nesta sexta-feira, 21, durante evento sobre infraestrutura em São Paulo. Segundo Ferreira Jr, o sistema Eletrobras iniciou o ano com 109 obras de transmissão em atraso. Nove foram concluídas e 22 devem ficar prontas até o final de dezembro. Contudo, há ainda 78 empreendimentos que precisam de equacionamento financeiro. Ele sinalizou que a empresa precisará desenhar uma estratégia diferente das convencionais para captar recursos para esses projetos. "Temos nosso limite de BNDES totalmente ocupados.” “Meu desafio agora é endereçar esse tema, para que todos os projetos de investimento da companhia estejam andando, para que a gente possa recuperar o tempo perdido. Temos muitas obras atrasadas", reconheceu. Ele destacou que a empresa fez um grande trabalho nos últimos dois meses no sentido de recuperar sua adimplência junto aos grandes projetos de geração. "Isso está praticamente alinhado." Também houve um esforço concentrado para resolver o problema de inadimplência das distribuidoras. "Resolvemos esse problema integralmente e agora estamos nos debruçando no tema da transmissão." Questionado sobre a participação da empresa no leilão de transmissão, Ferreira respondeu: "Nossa situação financeira não é uma situação que permita fazer movimentos grandes. Tenho falado isso dentro da companhia, quanto mais rápido a gente endereçar os temas de eficiência[operacional] e de dívida, mas rápido a gente volta." Ferreira admitiu que a Chesf está em uma situação mais crítica. A subsidiária tem buscado se capitalizar, por meio de empréstimos, enquanto aguarda o pagamento das indenizações da RBSE. "Ela [Chesf] está realmente com dificuldade." (Agência CanalEnergia – 21.10.2016)
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2 Eletrobras vai licitar ativos imobiliários para fazer caixa no curto prazo
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, determinou as subsidiárias que identifiquem ativos imobiliários que não estão sendo utilizados ou que não são mais necessários, com objetivo de colocá-los à venda rapidamente para gerar recursos e melhorar a situação de caixa da maior empresa do setor elétrico brasileiro. O tema é considerado prioritário, uma vez que a captação de recursos por meio da venda de participações de energia precisará ser avaliada com mais cautela, para evitar que os empreendimentos sejam vendidos na "baixa". O plano de venda, que deverá envolver imóveis e terrenos de propriedade do grupo, será levado para discussão do Conselho de Administração da Eletrobras em 9 de novembro. "Nós determinamos a todas as controladas a identificação desses imóveis. Esses são prioritários", disse o executivo jornalistas nesta sexta-feira, 21, durante evento sobre infraestrutura em São Paulo promovido pela Abdib e Amcham Brasil. Para dar uma dimensão do potencial de captação de recursos, ele citou um terreno no Estado no Rio de Janeiro que foi comprado no passado por R$ 100 milhões e deverá ser vendido. A venda desses ativos será feita por meio de leilão. Já a venda dos ativos operacionais de energia será avaliada "com mais critério". "Não queremos vender na baixa. Temos a possiblidade de fazer melhorias operacionais [nos ativos]", disse Ferreira, destacando que o grupo Eletrobras tem participação em 178 empreendimentos. "Nosso objetivo é minimizar uma perda de resultado econômico. Então temos que ser rigoroso em eventual seleção no que deverá ser vendido no melhor preço." Sobre a licitação da distribuidora goiana Celg, a Eletrobras convocou assembleia para próxima segunda-feira, 24 de outubro, para deliberar sobre a aprovação da operação. A expectativa é que o edital do leilão seja publicado na próxima semana. Ferreira acredita que haverá disputa pela aquisição da Celg. A Eletrobras espera captar ao menos R$ 1 bilhão com a venda da distribuidora. "Eu acredito que vai ter competição." (Agência CanalEnergia – 21.10.2016)
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3 Eletrobras é a empresa estatal que mais recuperou valor de mercado no ano
O valor de mercado das empresas estatais de capital aberto cresceu R$ 198 bilhões no ano até o dia 20 de outubro. O levantamento foi divulgado pela Economática. Entre as três empresas que formam esse grupo, a Eletrobras foi a que apresentou maior crescimento com uma valorização de 240,6%, ou R$ 21,73 bilhões. No final do ano passado a elétrica tinha um valor de mercado de apenas R$ 9 bilhões contra os R$ 30,77 bilhões apurados este mês. As outras duas empresas analisadas são a Petrobras e o Banco do Brasil, com valores de R$ 240,5 bilhões e de R$ 78,2 bilhões, respectivamente. Ou seja, apesar do avanço da Eletrobras ainda é a menor das três. A variação em volume financeiro da Petrobras ficou em R$ 139,2 bilhões em 10 meses e do Banco do Brasil ficou em R$ 37,1 bilhões. Somadas as três empresas têm valor de mercado de quase R$ 350 bilhões. O pico desse indicador foi visto em 22 de maio de 2005 quando alcançou R$ 614 bilhões. A rentabilidade nominal das ações das estatais esse ano foi de mais de 100% à exceção do Banco do Brasil. As ações ON da Eletrobras tiveram rentabilidade de 281,94% sendo que descontada a inflação esse indicador é de 262,01%. A segunda maior rentabilidade ficou com os papeis PN da petroleira com ganhos reais de 150,96%. (Agência CanalEnergia – 21.10.2016)
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4 Leilão da Celg terá mecanismo contra risco financeiro
Depois de reduzir em R$ 1 bi o valor mínimo de venda da Celg-D, os governos federal e daquele estado, que dividem o controle da empresa, resolveram agir em outras frentes para promover o leilão em novembro. Em agosto, a Celg foi levada a mercado, mas não houve interessados. Ao propor um novo leilão, o governo reduziu o valor mínimo de R$ 2,8 bi para R$ 1,79 bi. Agora, o edital, que deve sair até o fim deste mês, vai prever a criação de um mecanismo que permitirá uma compensação de créditos tributários de ICMS para funcionar como blindagem do concessionário em relação a riscos financeiros do governo goiano. “A grande novidade na Celg é a mudança na percepção de risco. O governo de Goiás tem avançado em mecanismos de segurança adicional ao fundo que dá proteção ao investidor em riscos associados à concessão”, Paulo Pedrosa, secretário-executivo do MME. Ana Carla Abrão, secretária da Fazenda de Goiás, explica que já havia sido criado esse fundo estadual para cobrir passivos existentes com a Celg, como trabalhistas ou judiciais em geral, modelo adotado em privatizações anteriores no estado. Hoje, esse passivo da distribuidora está em cerca de R$ 650 mi, conforme balanço da empresa, exigindo desembolsos ao redor de R$ 10 mi por ano. Contudo, mesmo já existindo dotação orçamentária estadual para quitar esses recursos este ano, diante da situação financeira crítica dos estados, os potenciais investidores começaram a se preocupar com a capacidade do fundo destinado a fazer esses pagamentos. Daí a ação do governo goiano de permitir o uso de créditos de ICMS, se houver eventual falta de orçamento no fundo. “Criamos uma possibilidade de os passivos com a Celg serem pagos com ICMS que a empresa tem a recolher para o estado. Isso dá uma garantia adicional ao investidor de que o crédito vai ser pago e fortalece institucionalmente a empresa“, explicou Ana Carla, ressaltando que, de toda forma, o dinheiro vai sair do caixa do Tesouro estadual. Os governos e o BNDES, responsável pelo processo de privatização, já apresentaram essa proposta a alguns potenciais investidores, que viram a medida positivamente. (O Globo – 22.10.2016)
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5 Após recuperação, Eneva e Rede tentam se reerguer
A Eneva e o Grupo Rede são um ponto fora da curva. As duas empresas de energia fazem parte de um pequeno grupo de companhias que entrou em recuperação judicial e conseguiu sair, sem decretar falência. No Brasil, os indicadores apontam que apenas 7% das companhias conseguem cumprir o prazo de dois anos – estabelecido por lei – e sair do processo judicial. A maioria das recuperações se arrasta por anos, enquanto outra parte significativa dos negócios quebra no meio do caminho. Em prazos diferentes, as duas empresas conseguiram cumprir as obrigações previstas no plano de recuperação e ganharam o carimbo do juiz para seguir em frente. Com as dívidas equacionadas, traçam agora novas estratégias para crescer. Embora pertençam a um mesmo setor, as duas elétricas têm histórias diferentes. O Grupo Rede, que passou por uma intervenção do Estado e depois foi comprado pela Energisa, administra oito distribuidoras de energia. Apesar de ter a obrigação de investir na expansão e melhoria dos serviços, tem um fluxo de caixa mais controlável – fator que contribui bastante num processo de recuperação judicial. Já a Eneva é uma geradora de energia, com usinas em operação e outras em construção, o que demanda altos investimentos o sem geração de caixa por um período. “O grande risco de um gerador é não entregar o projeto no prazo previsto, o que resulta em uma série de multas e punições pelo descumprimento do contrato”, diz o presidente da consultoria Thymos Energia, João Carlos Mello. Foi o que ocorreu com a Eneva. Apesar de ter bons projetos, houve problemas na implementação das usinas, o que resultou em um série de custos e prejuízos, levando a companhia do céu ao inferno. Mergulhada numa dívida de R$ 2,4 bi, com caixa debilitado e sem acordo para pagamento com os credores, restou à empresa o pedido de recuperação judicial. Mas o processo foi bem-sucedido e, antes dos dois anos do prazo regulamentar, a companhia anunciou sua saída do processo de recuperação judicial. A dívida caiu para cerca de R$ 1 bi e foi alongada. (O Estado de São Paulo – 23.10.2016)
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6 Eletropaulo diz que está reconstruindo rede após forte chuva em SP
A Eletropaulo informou nesta sexta-feira que está reconstruindo 18 alimentadores (circuitos elétricos de média tensão) que foram destruídos em função de quedas de árvores após as fortes chuvas que atingiram a Grande São Paulo ontem. “Não se trata de um atendimento pontual e sim de uma reconstrução de rede”, disse o gerente de operações Marcelo Puertas, em arquivo de áudio divulgado nesta tarde no site da empresa. Segundo ele, estão sendo reinstalados postes, transformadores e condutores. Puertas informou também que há um número elevado de ocorrências nas regiões Norte e Sul de São Paulo, enquanto as áreas Leste e Oeste, além do ABC, já estariam estabilizadas. A empresa ainda informa que está com cerca de 1.200 pessoas em campo para restabelecer o fornecimento de energia, além do contar com 100% da capacidade do call center e da central de operações. Questionada sobre os possíveis impactos nos indicadores de qualidade, se há intenção de antecipar investimentos para melhoria no serviço e se há plano previsto para o período chuvoso, a empresa disse que não se manifestaria por estar em “período de silêncio”. (Valor Econômico – 21.10.2016)
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7 Enterrar fiação dobraria conta de luz, diz Eletropaulo
A AES Eletropaulo reiterou nesta sexta-feira, 21, ser “favorável” ao enterramento da fiação elétrica da cidade. “A conhecida Lei Municipal 14.023, que determina o enterramento de 250 km lineares de fios por ano, está sendo discutida em âmbito jurídico, exatamente por interferir na regulamentação federal, uma vez que onera a tarifa e cria uma injustiça tarifária, na medida em que outros consumidores da mesma concessão da distribuidora, porém, fora do Município de São Paulo, teriam de pagar os custos de enterramento da capital”, disse a companhia. De acordo com a AES Eletropaulo, enterrar os fios custaria R$ 100 bi - e 33 anos de obras. A companhia diz que, de acordo com a regulamentação da Aneel, os custos de implementação devem ser repassados para as contas de luz. “Isso acarretaria um aumento progressivo na tarifa de energia, podendo ficar 2,2 vezes mais cara”, informou a empresa. Em números, a distribuidora tem 44 mil km de rede elétrica em toda a sua área de concessão. Desse total, 41 mil km são de rede aérea e 3 mil km, de circuitos subterrâneos. De acordo com Sérgio Brazolin, especialista em arborização urbana do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), nas cidades não planejadas, sempre há conflitos entre as árvores e a rede elétrica aérea, mas ele afirma que enterrar os cabos não é a única solução possível. “Não acho que a concessionária precise enterrar todos os fios. Já seria um grande avanço substituir a rede convencional, que usa três fios paralelos bem espaçados, ocupa muito espaço e entra em conflito com as árvores”, diz. Segundo ele, as alternativas seriam a rede compacta, na qual os fios ficam concentrados por presilhas, ou a rede isolada, que consiste em um só cabo. “Haveria muito menos necessidade de intervenções de poda”, afirma. (O Estado de São Paulo – 22.10.2016)
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8 Aneel começa a preparar licitação de ativos da Abengoa
A Aneel já está estruturando a licitação dos ativos de transmissão em construção da Abengoa Concessões, que está em recuperação judicial no Brasil desde o início do ano. Segundo o diretor-geral Romeu Rufino, o leilão deverá ser realizado no início de 2017, embora ele não descarte interromper o processo caso uma solução de mercado seja encontrada no meio do caminho pela empresa espanhola. Rufino mostrou desconforto com algumas propostas incluídas na MP 735 que flexibilizam regras para agentes de geração e transmissão que descumprirem cláusulas contratuais. Segundo Rufino, desde o começo do processo a Aneel incentivou uma alternativa de mercado para a Abengoa. Ele revelou que a Abengoa procurou a Aneel pedindo a flexibilização de algumas regras. A agência estava disposta a dilatar prazos, “mas não poderíamos mexer na RAP teto, que foi objeto de um leilão e não poderíamos dispensar a execução de garantias... porque nós temos as nossas limitações como poder público." "O fato é que a Abengoa não conseguiu resolver nesse ambiente de mercado que nós gostaríamos. Foi para uma recuperação judicial das controladoras, que evidente impacta essa solução de mercado. Aí buscaram uma expectativa de que a Aneel pudesse, ao caducar a concessão, indenizar o investimento já feito. Isso claramente nós não faremos, porque esse não é um ativo que está a serviço da concessão, é um investimento feito em uma concessão que não foi concluída", revelou o diretor da Aneel. Os projetos em construção pela Abengoa no Brasil estão paralisados desde novembro de 2015 e a Aneel já iniciou o processo de caducidade dessas concessões no final de junho. Por outro lado, os ativos em operação despertam o interesse de investidores estrangeiros, como já declarado pela State Grid Brazil. Rufino disse que os ativos operacionais são uma preocupação. Contudo, a agência não descarta realizar um processo de intervenção nesses ativos caso esse impasse apresente algum risco para a segurança do sistema. Rufino acredita que os ativos operacionais são fáceis de serem vendidos. Sobre o linhão envolvendo Belo Monte, a usina não será penalizada em uma eventual impossibilidade de escoamento da energia por conta do atraso no sistema de transmissão de terceiros. (Agência CanalEnergia – 21.10.2016)
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9 Incerteza sobre obrigação da Duke Energy persiste mesmo após venda à CTG
Compromissada por ocasião da privatização das hidrelétricas do rio Paranapanema, que pertenciam à Cesp no final dos anos 1990, a expansão em 15% da capacidade instalada nessa bacia (340 MW de 2.274 MW), prevista no edital de venda, é assunto que nem a Duke Energy e nem a China Three Gorges (CTG) aceitam comentar diretamente. Questionada, a Duke Energy Brasil informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a venda dos ativos no país está sendo tratada diretamente pela matriz nos Estados Unidos e que, por isso, não há o que comentar a respeito dessa pendência, cuja solução deveria ter sido resolvida ainda por volta de 2006, mas veio sendo postergada em sucessivas negociações com o governo paulista. Já a CTG explicou, também por meio de nota, que está aguardando “as aprovações de praxe” para iniciar a transição de comando, quando então esse e outros temas deverão ser avaliados. “Vale salientar que a CTG Brasil cumpre com todas as leis dos países nos quais opera, buscando o desenvolvimento das regiões onde atua”, assinala o texto. O Palácio dos Bandeirantes também não se manifesta sobre o tema porque, segundo a Procuradoria Geral do Estado (PGE), o assunto segue em sigilo de Justiça. A exigência de expansão de geração dentro do território paulista foi uma regra imposta exclusivamente pelo governo do estado, já que nem Aneel e nem o MME estabeleceram tal condição à Duke Energy. A mesma pendência também pesa sobre a AES Tietê. O investimento da americana no Brasil, diferentemente da atuação de outras estrangeiras - como a Tractebel (atual Engie), Enel (sucessora da Endesa) e Iberdrola –, em pouco mais de uma década e meia, se resumiu, além de modernização e reforma dos ativos existentes, à construção de duas PCHs (Retiro e Palmeiras) que somam algo em torno de 33 MW instalados. A AES Tietê também seguiu estratégia semelhante, quanto à manutenção de usinas, mas nada acrescentou ao sistema por enquanto. (Agência Brasil Energia – 21.10.2016)
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10 Copel chega a acordo judicial sobre obras da PCH Derivação do Rio Jordão
A Copel chegou a acordo judicial com a empresa Ivaí Engenharia de Obras, relativo à construção da PCH Derivação do Rio Jordão, ainda nos anos 1990. Segundo comunicado na úlima quinta-feira (20/10), as discussões judiciais eram pelo reconhecimento do direito de reequilíbrio econômico-financeiro e valores correspondentes decorrentes do contrato firmado entre as partes. A concessionária registrou o valor de R$ 658,2 milhões classificado como perda possível e o valor de R$ 148,6 milhões provisionado como perda provável, sendo esse último a base para o acordo. A Copel terá de pagar esse último valor à construtora em 15 parcelas mensais e sucessivas, corrigidas por 50% do IPCA mensal divulgado até a data de vencimento de cada parcela. A usina possui 6,5 MW de capacidade e está no município de Reserva do Iguaçu (PR). As obras da PCH começaram em 1994 e foram concluídas no final de 1996, com operação comercial iniciada em dezembro de 1997. (Agência Brasil Energia – 21.10.2016)
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11 CEB conclui reconstrução da rede de distribuição de energia em Samambaia
A CEB Distribuição concluiu, no dia 21, a reconstrução da rede de distribuição de energia de Samambaia. A empresa deslocou para o local mais de 40 equipes de emergência e manutenção para reestabelecer a energia das quadras afetadas o mais rápido possível. No entanto, a situação crítica encontrada dificultou muito o trabalho dos eletricistas e engenheiros da CEB. No dia 19, um forte temporal provocou o desligamento de energia em 21.551 unidades consumidoras. Na localidade mais crítica, cinco postes foram abalroados pela força dos ventos. Também houve registros de rompimentos de cabos de alta e baixa tensão em outras localidades da cidade. A maior parte das ocorrências esteve concentrada nas QR's ímpares de 100 a 600. (Agência CanalEnergia – 21.10.2016)
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Leilões
1 Interesse pelo leilão de transmissão gera otimismo na Aneel
O leilão de transmissão que acontecerá na próxima sexta-feira, primeira grande disputa do governo de Michel Temer, é objetivo de otimismo no MME e nos órgãos de planejamento e regulamentação do setor elétrico. A disputa já tem interessados por todos os 24 lotes ofertados, de acordo com Romeu Rufino, diretor-geral da Aneel. De acordo com o diretor da Aneel, há a sinalização de inscritos em todos os lotes, inclusive com a possibilidade de disputas de vários investidores para alguns deles, o que garantiria um deságio maior em relação ao preço máximo determinado. Ao todo, a disputa reúne 6,8 mil km de linhas de transmissão. O valor total do investimento é de R$ 12,6 bi. A RAP, de R$ 2,6 bilhões, foi elevada pela Aneel em setembro, na tentativa de atrair novos empreendedores. Se o cenário de 100% de sucesso do leilão se concretizar, será a primeira vez desde 2012. Desde então, o governo tem enfrentado dificuldades em atrair investidores para as disputas, devido às taxas de retorno que vinham sendo pagas, consideradas baixas quando comparadas com os riscos do negócio, que incluem dificuldades na obtenção de licenciamento ambiental e na desapropriação de terrenos, por exemplo. Também pode ser o primeiro leilão desde a MP 579, publicada em 2012, a ter a participação da Cteep. Isso porque finalmente foram definidas as condições de pagamento das indenizações por ativos de transmissão antigos não amortizados, que tiveram as concessões renovadas nos termos estabelecidos pela MP. "Voltamos a ter condições financeiras para participar, e participar de leilões é estratégico", disse na sexta-feira o presidente da Cteep, Reynaldo Passanezi. No entanto, ainda não há uma decisão tomada sobre isso, completou. Já a Eletrobras, que tradicionalmente garantia o sucesso dos leilões no passado, mesmo quando as condições não eram atrativas, deve ficar de fora dessa vez. "Antes de pensar em leilões novos, vamos tentar resolver os problemas que temos em casa", disse na sexta-feira o presidente da estatal, Wilson Ferreira Junior, que também participou do evento de infraestrutura. Segundo ele, a decisão sobre a participação da empresa em leilões depende de sua capacidade financeira, mas o foco da companhia no segmento de transmissão hoje é regularizar as obras que estão atrasadas. (Valor Econômico – 24.10.2016)
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Oferta e Demanda de Energia
Elétrica
1 Número dos reservatórios pelo Brasil
Os reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste estão operando com volume de 36%, recuando 0,3% em relação ao dia anterior. Os dados são do Operador Nacional do Sistema Elétrico referentes ao dia 20 de outubro. A energia armazenada na região é de 73.091 MW mês e a energia natural afluente é 21.097 MW med, que é equivalente a 75% da média de longo termo armazenável. A usina de Furnas está operando com volume de 52,32% e a de Nova Ponte com 24,04%. Na região Nordeste, houve um recuo de 0,2%, o que deixou os reservatórios com volume de 12,3%. A energia armazenada é 6.390 MW mês e a ENA é 1.512 MW med, que é o mesmo que 35% da MLT. A usina de Sobradinho está operando com 8,6% da sua capacidade. Na região Norte, os reservatórios estão operando com 33% do volume, recuando 0,6% em comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 4.959 MW mês e a ENA é 901 MW med, que é equivalente a 54% da MLT. A usina de Tucuruí está operando com volume de 54,83%. No Sul, os reservatórios estão operando com volume de 77,3%, aumentando os níveis em 3,1%. A energia armazenada na região é de 15.419 MW mês e a ENA é 35.833 MW med, que é o mesmo que 59% da MLT. A usina de Barra Grande está operando com volume de 82,12%. (Agência CanalEnergia – 21.10.2016)
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2 Consumo de energia tem queda de 4,6% em outubro, segundo CCEE
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 18 de outubro indicam queda de 4,9% na geração e de 4,6% no consumo de energia elétrica no país, na comparação com o mesmos dias da semana (3 à 20) de 2015. As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que traz dados de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais. A análise indica que o consumo de energia no Sistema Interligado Nacional alcançou 58.166 MW médios com queda de 9,3% no mercado cativo, impactado pela migração de clientes cativos para o mercado livre. Já no Ambiente de Contratação Livre, houve aumento de 10,8% no consumo, índice também influenciado pelo movimento de consumidores vindos do mercado cativo. Eliminando o impacto da chegada destas novas cargas, há uma redução de 2,4%. Dentre os ramos da indústria monitorados pela CCEE, incluindo autoprodutores, consumidores livres e especiais, os maiores índices de consumo em outubro foram os registrados nos setores de comércio (69,1%); serviços (41,3%); e telecomunicações (37,5%). O crescimento destes segmentos está vinculado à migração dos consumidores para o mercado livre. Já o consumo nos setores de extração de minerais metálicos (-19%) e de transportes (-2,1%) apresentou queda. Expurgando os efeitos de migração, os segmentos de saneamento (+7%), madeira, papel e celulose (+5,3%) e metalurgia e produtos de metal (5%) apresentam crescimento. Em relação à geração de energia, houve a entrega de 60.323 MW médios ao SIN em outubro com destaque para o incremento da produção eólica (+32,7%). A geração hidráulica, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas, caiu 5% em relação ao desempenho registrado no mesmo período do ano passado e a representatividade da fonte foi de 68,9% sobre toda energia gerada no país. O índice é praticamente o mesmo registrado em outubro de 2015, quando a fonte representou 69% de toda geração do SIN. Houve ainda queda de 12,8% na produção das usinas térmicas, impactada pelo desempenho das usinas bicombustíveis (-78,8%) e a óleo diesel (-50,7%). O InfoMercado Semanal também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia gerem em outubro, o equivalente a 86,5% de suas garantias físicas, ou 43.277 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, este percentual foi de 83%. (Agência CanalEnergia – 21.10.2016)
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3 Outubro deverá terminar com vazões abaixo da média em todo o país, projeta ONS
Na mais recente revisão de projeções do Programa Mensal de Operação do mês de outubro, divulgada nessa sexta-feira, 21 de outubro, o Operador Nacional do Sistema revelou que a perspectiva é de que a Energia Natural Afluente (ENA) para o final desse período deverá ficar abaixo da média histórica em todos os submercados. São esperados 86% da média de longo termo no Sudeste/Centro Oeste, 88% no Sul, 38% no Nordeste e 52% no Norte. Esses volumes estão melhores do que o projetado na semana passada para os dois primeiros submercados e piores nos outros dois. Esperava-se índices de 79%, 68%, 41% e 59%, respectivamente. A previsão de armazenamento máximo esperado para o mês no SE/CO passou para 34,2%, no Sul está em 84%, já no NE há a perspectiva de finalizar outubro com 11,2% e o Norte com 26,2%. A previsão de carga aliviou um pouco a situação ao apresentar uma perspectiva de recuo ante o mesmo mês de 2015 na ordem de 1,7%, para 65.942 MW médios. Esse índice influenciado diretamente pela previsão de queda de 3,2% no SE/CO, submercado que tem a maior carga do país. Enquanto isso, no Sul a previsão é de retração de 0,6%, no Nordeste é aumento de 1,7% e no Norte praticamente estabilidade com leve variação negativa de 0,1%. Para a semana operativa que se inicia no sábado, 22, o CMO médio equalizado em todo o país em R$ 152,66/MWh. Os valores para o patamar de carga pesado e médio estão em R$ 155,47/MWh e o leve em R$ 147,72/MWh. Quanto a geração térmica, estão previsto 7.714 MW médios. Desse montante, 7.034 MW médios por ordem de mérito, 367 MW médios por inflexibilidade e 314 MW médios por restrição elétrica. Quanto à previsão climática espera-se chuva nas bacias hidrográficas do Sul e no Sudeste/Centro-Oeste. Já na bacia do Tocantins devem ocorrer pancadas de chuva em pontos isolados ao longo da semana. (Agência CanalEnergia – 21.10.2016)
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4 PLD recua 14% em todos os submercados, aponta CCEE
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica informou nesta sexta-feira, 21 de outubro, que o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) para a quarta semana de outubro caiu 14% em todos os submercados. O valor foi fixado em R$ 165,81/MWh e permanece equalizado uma vez que os limites de intercâmbio entre as regiões não são atingidos. Segundo a CCEE, a melhora na previsão de afluências para outubro (de 81% da Média de Longo Termo) e a perspectiva de redução de carga em 120 MW médios ante os que se esperava na semana passadas para o Sul e a elevação de 1.300 MW médios nos niveis de armazenamento do SIN são os principais responsáveis pela variação. As afluências previstas para o final do mês ficaram em 86% para o Sudeste/Centro-Oeste, 88% no Sul, Nordeste com 38% e Norte com 52% a MLT. A carga recuou apenas no Sul, conforme indicado, sendo que nas demais regiões continua a mesma da semana passada. As elevações do reservatórios foram observados no SE/CO com 610 MW médios, 520 MW médios no Sul e de 175 MW médios no Norte. O fator de ajuste do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) estimado para outubro foi revisto para 86,8%. Já os Encargos de Serviços do Sistema (ESS) são esperados em R$ 194 milhões para o período, sendo R$ 161 milhões referentes à segurança energética. Confira os valores: Sudeste/ Centro-Oeste: R$ 168,70/ MWh (Pesada), R$ 168,70/MWh (Média) e R$ 160,74/MWh (leve); Sul: R$ 168,70/ MWh (Pesada), R$ 168,70/MWh (Média) e R$ 160,74/MWh (leve); Norte: R$ 168,70/ MWh (Pesada), R$ 168,70/MWh (Média) e R$ 160,74/MWh (leve); Nordeste: R$ 168,70/ MWh (Pesada), R$ 168,70/MWh (Média) e R$ 160,74/MWh (leve). (Agência CanalEnergia – 21.10.2016)
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5 Preço médio da energia para 2017 será de R$ 204,84/MWh
A Aneel resolveu fixar o valor do custo médio da energia e potência comercializadas pelos agentes de distribuição no ACR em R$ 204,84/MWh para o ano de 2017. Esse valor consta de despacho da Superintendência de Gestão Tarifária, publicada na edição desta sexta-feira, 21 de outubro, do Diário Oficial da União e faz parte do processo que definirá a cota da CDE para o próximo ano e que deverá ter até o final deste mês dados definidos para a elaboração do processo que será colocado em audiência pública. (Agência CanalEnergia – 21.10.2016)
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Energias Renováveis
1 Itaipu apoia estudo sobre geração de energia solar no meio rural
A utilização da geração solar fotovoltaica no meio rural será objetivo de um estudo inédito a ser desenvolvido no Oeste do Paraná. A iniciativa é objeto de um convênio assinado na última quarta-feira, 19 de outubro, entre Itaipu, Programa Oeste em Desenvolvimento, Sistema Ocepar - Organização das Cooperativas do Paraná, Sebrae e Fundação Parque Tecnológico Itaipu. O objetivo é analisar a viabilidade técnica e econômica da geração de energia, com a expectativa de que os resultados sirvam de base para elaboração de políticas públicas de incentivo à nova tecnologia. A experiência será desenvolvida em três propriedades rurais, que ganharão módulos fotovoltaicos e serão escolhidas por três cooperativas diferentes. Cada uma das três propriedades-piloto receberão uma cobertura de 180 m² de módulos fotovoltaicos, o correspondente a uma produção de 20 kW ou 2 MWh ao mês. A pesquisa será feita por quatro doutores do Centro de Energia Solar da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), que tem 20 anos de pesquisa em energia solar e a experiência de ter fabricado os próprios painéis fotovoltaicos. O projeto tem previsão de conclusão em três anos. Sua coordenação ficará a cargo do superintendente de Energias Renováveis de Itaipu, Herlon Goelzer de Almeida. Com os resultados, será elaborado um estudo de caso real, com análise de viabilidade econômica e o manual de recomendações técnicas. (Agência CanalEnergia – 21.10.2016)
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Gás
e Termoelétricas
1 Produção de gás natural atinge novo recorde de produção em agosto, segundo MME
A produção nacional de gás natural no Brasil atingiu novo recorde histórico com a produção de 108,8 milhões de m³/dia. O número é 9,6% maior quando comparado ao mesmo período de 2015, quando foram produzidos 99,23 milhões de m³/dia. Já a reinjeção apresentou queda de 10,5% em relação ao mês de julho de 2016, resultando em 31,5 milhões de m³/dia. Os dados são do Boletim Mensal de Acompanhamento da Indústria de Gás Natural elaborado do MME. O mês de agosto também registrou alta na oferta nacional de gás com crescimento de 6,9% quando comparado ao mês de julho de 2016, fechando com 54,1 milhões de m³/dia. A oferta de gás importado aumentou de 1,6% em comparação com o mês anterior. Com relação à demanda, o setor ultrapassa 80,6 milhões de m³/dia, com aumento de 8,0% em relação ao mês de julho de 2016. (Agência CanalEnergia – 21.10.2016)
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2 Petrobras e Total acertam aliança em exploração, produção, gás e energia
A Petrobras e petroleira francesa Total informaram nesta segunda-feira que os seus respectivos presidentes, Pedro Parente e Patrick Pouyanné, assinarão no Rio de Janeiro um memorando de entendimento para consolidação de uma aliança estratégica nos segmentos de Exploração e Produção (E&P) e Gás e Energia (G&E). No acordo a ser assinado nesta segunda-feira, as empresas se comprometem a avaliar conjuntamente oportunidades no Brasil e no exterior em áreas chaves de interesse mútuo, “beneficiando-se de suas reconhecidas experiências em todos os segmentos da cadeia de óleo e gás”. (O Globo – 24.10.2016)
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3 Vendas de gás em Santa Catarina sobem 4%
A distribuidora SCGÁS vendeu 53,5 milhões de m³ de gás natural em setembro, volume quase 4% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado. A média de consumo no mercado de Santa Catarina foi de 1,78 milhão de m³/dia de gás, com pico de 1,94 milhão de m³/d no dia 26 de setembro, segundo a concessionária. A receita com a venda de gás natural somou R$ 63,6 mi no mês e o lucro operacional chegou a R$ 7,5 mi. De janeiro a setembro de 2016, o lucro operacional totalizou R$ 109,9 mi, o maior da história da empresa. Dois novos condomínios residenciais foram conectados à rede de distribuição de gás natural de Santa Catarina em setembro, o que fez com que a SCGÁS chegasse a 10 mil unidades consumidoras na sua área de concessão. Um novo cliente industrial também foi conectado: a fábrica da Schlösser Tecidos, em Brusque. (Agência Brasil Energia – 21.10.2016)
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Grandes Consumidores
1 Intercement vai usar capim como combustível em forno
A cimenteira Intercement, do grupo Camargo Corrêa, vai começar a usar em seus fornos biomassa produzida a partir de três espécies de capim: o capim elefante, o Mombaça e o Brachiaria. A alternativa renovável que substitui parte do coque de petróleo usado como combustível térmico de fornos de clínquer foi desenvolvida em projeto com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O projeto passou por experiência piloto neste ano na unidade da Intercement em Cezarina, Goiás, onde foram plantadas e colhidas 105 toneladas das espécies (gramíneas forrageiras tropicais) que, secadas naturalmente e misturadas a blends de resíduos também empregados como substitutos do coque, se mostraram viáveis para serem adotadas em escala real em 2017. Segundo o diretor de inovação e sustentabilidade da Intercement, Adriano Nunes, no próximo ano foi definido que produtores rurais da região de Cezarina passarão a plantar as gramíneas, que levam de oito a nove meses para serem colhidas, para que a unidade comece a usar de modo contínuo a biomassa de capim. “Queremos chegar a um nível razoável de uso já no próximo ano”, revela. No início do projeto com a Embrapa, há quatro anos, foi também pesquisada outras alternativas de biomassas, mas a opção pelo capim se mostrou mais favorável por ter mais segurança de abastecimento e por seu custo de frete mais baixo. “Ela é no mínimo 15% mais barata do que o coque de petróleo, que por sua vez agora está com um preço baixo”, diz. Além da biomassa, a Intercement já usa resíduos industriais e pneus nos fornos para substituir coque, que são misturados para chegar a um poder calorífico adequado. Em média, 20% da demanda atual de combustível térmico do grupo (em nove unidades no Brasil e as outras 11 no Exterior) tem essa origem. (Agência Brasil Energia – 21.10.2016)
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Economia Brasileira
1 Investimentos da União continuam em queda e atingem 0,5% do PIB em 2016
Os investimentos do governo federal recuaram, no ano passado, a 0,9% do PIB - nível registrado em 2008, início da crise econômica mundial - e continuaram em queda de janeiro e agosto deste ano em relação a igual período de 2015, segundo dados do Tesouro Nacional. Nesses oito meses, os investimentos totais do governo federal totalizaram R$ 34,269 bi, 0,54% do PIB estimado para 2016. No mesmo período do ano passado, essas despesas foram maiores - R$ 36,269 bi, 0,61% do PIB. Em 2014, os investimentos chegaram a 1,4% do PIB, ante 1,2% do PIB em 2013. No Ministério das Cidades, que comanda o programa Minha Casa, Minha Vida, os investimentos caíram de R$ 9,429 bi, no período janeiro/agosto de 2015, para R$ 5,347 bi neste ano. Proporcionalmente ao PIB, o recuo foi de 0,159% para 0,085%. No Ministério da Integração Nacional, os investimentos também apresentam queda, de R$ 2,473 bi (0,045 do PIB) para R$ 2,105 bi (0,03%) no período. No Ministério dos Transportes, houve um quadro de estagnação, em 0,11% do PIB. O economista Raul Velloso calcula que, pelo conceito de investimento utilizado pelo IBGE, que desconsidera as transferências para Estados e municípios, os investimentos da União chegaram ao pico de 1,9% do PIB nos anos 70 e foram reduzidos a 0,5% do PIB em 2015. "Os números mostram que há uma derrocada dos investimentos", disse o economista, que, embora seja favorável à PEC dos gastos, observou que, com a limitação do crescimento das despesas, os investimentos podem ser praticamente zerados, proporcionalmente ao PIB, nos próximos anos. "A taxa de crescimento potencial da economia cai. O PIB só cresce se houver investimentos por trás", afirmou Velloso. Para o economista, diante da possível queda nas despesas com investimentos, o governo federal precisa incentivar o setor privado a ampliar projetos e execução de obras. (Valor Econômico – 21.10.2016)
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2 Indústria apresenta queda em setembro
A produção industrial caiu em setembro, apontou a Sondagem Industrial, divulgada nesta sexta-feira pela CNI. O índice de evolução produção industrial passou de 50,8 pontos em agosto para 45,8 pontos um mês depois, ficando abaixo da linha divisória de 50, que sugere recuo da produção. O resultado, de acordo com a CNI, evidencia “a dificuldade que a indústria demonstra para iniciar um ciclo sustentado de recuperação”. Vale mencionar que, em agosto, o índice teve o primeiro resultado acima da linha divisória desde outubro de 2014. O levantamento mostrou ainda que o indicador de nível de emprego na indústria foi de 46,5 pontos em setembro, após os 46,3 pontos um mês antes. O Nuci se manteve em 66% no mês passado. Esse também foi o resultado apurado em setembro de 2015. O indicador relativo à utilização de capacidade efetiva-usual, que considera o UCI comum para o mês, fechou setembro em 37,1 pontos, frente a 38,3 pontos em agosto. Os estoques, por sua vez, não tiveram mudança significativa, de acordo com a CNI. O índice de evolução de mercadorias estocadas foi de 49,7 pontos em setembro. Em agosto, tinha registrado 50,4 pontos. A pesquisa da CNI foi feita com 2,457 mil empresas de todo o país entre os dias 4 e 14 de outubro. (Valor Econômico – 21.10.2016)
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3 Confiança da indústria recua em outubro, aponta prévia da FGV
A confiança da indústria de transformação voltou a cair em outubro, puxada por avaliações mais negativas sobre a situação atual e pela queda das expectativas, mostra a prévia da sondagem mensal realizada pela FGV. O Índice de ICI diminuiu 1,3 pontos, para 86,9 pontos, após subir 2,1 pontos em setembro. Na métrica de médias móveis trimestrais, o índice ficaria estável, em 87,1 pontos. A manutenção da tendência de acomodação iniciada em agosto, quando o indicador também caiu, é observada nos subíndices que separam os indicadores por horizontes temporais. O IE cedeu 1,5 pontos na prévia de outubro, para 88,3 pontos, após aumentar 2,5 pontos um mês antes. Da mesma forma, a prévia do ISA recuou 1 ponto, para 85,7 pontos, após elevação de 1,5 ponto em setembro. Na comparação com igual intervalo de 2015, o índice de confiança teve alta de 10,8 pontos, o de situação atual avançou 11,6 pontos e o de expectativas registrou acréscimo de 9,1 pontos. A sondagem mostra, ainda, que a indústria está mais ociosa em outubro. O Nuci encolheu 0,6 pontos, para 74,1%. Para a prévia de outubro de 2016 foram consultadas 780 empresas entre os dias 3 e 20 deste mês. O resultado final da pesquisa será divulgado na próxima segunda-feira, dia 31 de outubro. (Valor Econômico – 21.10.2016)
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4 Expectativas da indústria pioram em outubro, diz CNI
As expectativas da indústria pioraram em outubro, com queda em quase todos os indicadores compilados na Sondagem Industrial, da CNI, divulgada nesta sexta-feira. “Houve uma acomodação das expectativas dos empresários em outubro”, avaliou a entidade patronal. O indicador de expectativa de compra de matérias-primas caiu 2,5 pontos entre setembro e outubro, para 49,7 pontos, ficando abaixo da linha divisória dos 50 pontos, o que indica pessimismo. Já o índice de demanda recuou 2,6 pontos – a maior queda entre os itens –, mas permaneceu acima dos 50 pontos, em 52,3 pontos, frente aos 54,9 pontos em setembro. A expectativa de quantidade exportada também permaneceu positiva, apesar de sair de 52,4 pontos em setembro para 50,8 pontos em outubro. Em relação ao número de empregados, a expectativa continuou negativa, com 46 pontos em outubro, em relação aos 47,9 pontos de um mês antes. A única alta, discreta, foi observada no indicador de expectativa de investimentos, que não tem uma linha divisória. Nesse caso, quanto mais alto o número, maior a intenção de investir. O índice foi de 43,5 pontos em outubro, ante 43,4 pontos em setembro. (Valor Econômico – 21.10.2016)
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5 Mercado prevê inflação abaixo de 7% e recuo maior do PIB em 2016
As expectativas para a inflação melhoraram de forma expressiva na última semana, mas na ponta da atividade, as perspectivas para o desempenho do PIB voltaram a piorar, conforme dados do boletim Focus, do BC. As projeções para o resultado do IPCA caem após o Copom ter cortado o juro numa dose pequena (0,25 ponto percentual) e ter sinalizado que a queda da Selic pode ser mais lenta que o imaginado pelo mercado diante de fatores como a resistência da inflação de serviços. A mediana das expectativas para o avanço do IPCA de 2016 saiu de 7,01% para 6,89%, enquanto em 12 meses a projeção partiu de 5,05% para 4,95%. Para 2017, a estimativa foi de 5,04% para 5% de aumento. As projeções dos analistas Top 5 - os que mais acertam as previsões - acompanharam o mercado em geral. A mediana do ranking de médio prazo para o IPCA de 2016 passou de 7,02% para 6,89% e, para 2017, de 5,13% para 5,03%. O mercado geral e os analistas Top 5 não alteraram as apostas para a Selic. Ambos os grupos esperam que o juro termine o ano em 13,50%, dos atuais 14%. Em 2017, enquanto o mercado espera queda até 11%, o Top 5 vê taxa em 11,25%. Entre os fatores que podem ter influenciado essa revisão para o IPCA está, além de uma atitude mais conservadora no corte de juro, um câmbio mais valorizado. No Focus, a expectativa para o dólar no fim do ano caiu de R$ 3,25 para R$ 3,20. Para o fim de 2017, seguiu em R$ 3,40. A queda do preço da gasolina - anunciada pela Petrobras na semana passada - pode ajudar a conter um pouco mais a inflação, embora na primeira semana de vigência da queda de 3,2% nas refinarias, os preços tenham subido para o consumidor, na esteira do aumento dos preços do etanol. Enquanto a projeção para a inflação melhora, a da atividade volta a piorar. A mediana das estimativas dos analistas para o desempenho do PIB passou de retração de 3,19% para queda de 3,22%. A fraqueza da atividade no terceiro trimestre tem feito com que parte dos analistas postergue para o início de 2017 a expectativa de início de recuperação da economia brasileira. No Focus, a expectativa para o crescimento do PIB de 2017 foi de 1,3% para 1,23%. (Valor Econômico – 24.10.2016)
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6 IPCA-15 desacelera a 0,19% em outubro e sobe 8,27% em 12 meses
A inflação medida pelo IPCA-15 desacelerou de 0,23% em setembro para 0,19% em outubro, mostrou o IBGE. É a menor taxa para meses de outubro desde 2009, quando o índice foi 0,18%. No antepenúltimo mês de 2015, o IPCA-15 subiu 0,66%. No ano até outubro, a inflação acumula alta de 6,11%, abaixo dos 8,49% registrados no mesmo período em 2015. Em 12 meses, o índice de preços registrou aumento de 8,27%, inferior aos 8,78% dos 12 meses imediatamente anteriores. Mesmo com a desaceleração, a taxa está bem acima do teto do intervalo da meta perseguida pelo BC, de 6,5%. O IPCA-15 de outubro ficou abaixo da estimativa média de 0,21% apurada pelo Valor Data, de 0,21%, e dentro do intervalo das projeções, de 0,18% até 0,28%. Para o acumulado em 12 meses, os analistas esperavam alta de 8,3%. (Valor Econômico – 21.10.2016)
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7 Inflação pelo IPC-S acelera na terceira prévia de outubro
A inflação medida pelo IPC-S acelerou de 0,14% para 0,24% da segunda para a terceira quadrissemana de outubro, informa a FGV. Todas as oito classes de despesa componentes do índice registraram variações mais altas. A maior contribuição partiu do grupo transportes (0,31% para 0,49%), em que se destacou o comportamento da gasolina, que saiu de alta de 0,04% para 0,56%. Vale lembrar que a Petrobras reduziu o preço do combustível em 3,2% nas refinarias desde o dia 15 de outubro. A queda, contudo, não chegou ao consumidor. (Valor Econômico – 24.10.2016)
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8 Dólar ontem e hoje
Hoje, às 10h08, a moeda americana estava cotada a R$ 3,1413, recuo de 0,61%. Na sexta-feira, o dólar comercial subiu 0,77% para R$ 3,1605. Com isso, a moeda americana encerrou a semana em queda de 1,35%. (Valor Econômico – 24.10.2016 e 21.10.2016)
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Internacional
1 Argentina: Barrick levaria energia do Chile para a Argentina
No contexto da reformulação do projeto Pascua-Lama e a interligação que promove a agenda energética da Argentina, a companhia canadense Barrick Gold analisa a opção de usar a linha de transmissão já construída por seu projeto para enviar eletricidade do Chile para a Argentina. "Há vontade nos países e uma convicção de que a interligação permitirá sistemas elétricos mais robustos, flexíveis, acesso a energias limpas e a custos mais eficientes", disse Máximo Pacheco, ministro de Energia do país vizinho. Já existe uma conexão operacional desde junho de 2015 que se encontra na região de Antofagasta, o que permitiu a comercialização de eletricidade no primeiro semestre deste ano por US$ 10 milhões. Neste contexto, nascem alternativas devido a extensa fronteira de 3 mil Km, onde Pascua-Lama ganha força por já estar construída. Durante sua visita ao Chile, o ministro de Minas e Energia da Argentina, Juan José Aranguren, disse que desde que assumiu a pasta, "começamos a lançar as bases para uma maior integração, atendendo aos interesses dos respectivos paíse4s de ter uma energia mais limpa em ambos os lados da cordilheira". Executivos de Barrick se reuniram com Pacheco em junho para apresentar os "avanços no projeto de utilização da linha elétrica para o transporte de energia da SIC para a Argentina". René Muga, CEO da Barrick Chile, disse que a empresa "possui no Chile a central de geração eólica de Punta Colorada e a única linha de energia construída que une o SIC com a fronteira do país. Estamos analisando distintas maneiras para agregar valor ao investimento feito pela empresa, especialmente a possibilidade de transportar energia elétrica do chile para alimentar a mina Veladero na Argentina". Muga disse que sabe do interesse que há nos governos do Chile e da Argentina em promover a integração elétrica. "Nesse sentido, a capacidade de transmissão já construída pela empresa poderia ser considerada na execução desses planos", afirmou. (El Inversor – Argentina – 21.10.2016)
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2 Argentina: Segue exportação ilegal de energia de Yacyretá
Na última quinta-feira Sistema Argentino de Interconexão (SADI) seguiu exportando energia elétrica gerada na central de Yacyretá no Brasil, através da interconexão Rincón - Garabí de 00:00 às 24:00, com um pacote energético total de 16.800 MWh. Assim, completam seis dias consecutivos de transferências até agora este mês, com uma exportação total aproximada de 100.800 MWh em caráter de "devolução". Vale recordar que ao inicio das operações do ONS havia relatado um crédito de 275,360.87 MWh de "energia emergencial", que confirmou o número das últimas transferências, e ainda haveria mais de 175.360 MWh de diferença a favor. A operação é realizada pelos argentinos em aberta violação das disposições do Tratado de Yacyretá no artigo XIV. (ABC – Paraguai – 21.10.2016)
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3 Enel México fecha acordo de fornecimento de energia com HBSC por 10 anos
A Enel Green Power México fornecerá energia eólica por 10 anos para os escritórios locais de serviços bancários e financeiros da empresa HSBC segundo um contrato de compra de energia recém-acordado entre as empresas. A unidade de energias renováveis mexicanos da gigante italiana disse nesta quarta-feira que o contrato é para 50 GWh por ano, o que seria suficiente para cobrir cerca de 50% das necessidades de energia de escritórios corporativos e filiais do HSBC México. O fornecimento vai começar no segundo semestre de 2017. A eletricidade virá do parque eólico de 200-MW no estado de San Luis Potosi. A Enel tem atualmente 446 MW de capacidade de energia eólica operacional no México e 229 MW em construção. A empresa também está se aproximando do início da construção de 1 GW de capacidade solar em Coahuila e Guanajuato, enquanto que no mês passado garantiu um acordo de fornecimento de energia de 15 anos no último leilão de energia do México para um parque eólico de 93 MW em Tamaulipas. (Agência Brasil Energia – 21.10.2016)
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Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa:
Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.
As notícias divulgadas no IFE não refletem
necessariamente os pontos da UFRJ. As informações
que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
de Economia da UFRJ.
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
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