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IFE: nº 4.193 - 14 de outubro de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
1 GESEL: uso intensivo de solar pode onerar as distribuidoras
2 Panorama da difusão de projetos de GD
3 Energisa: quando o equilíbrio será rompido em um cenário de difusão de projetos de GD muito elevado?
4 Grupo Safira: potencial impacto da GD nas redes de distribuição, se houver, será apenas no longo prazo
5 Decreto regula aprovação de projetos prioritários de investimento
6 Valor de referência para contratos de energia tem nova alta de 5%
7 Aneel liberou o início da operação em teste na PCH Tigre
8 MME aprovou o enquadramento no Reidi do projeto de reforços na subestação Itutinga
Empresas
1
Ações da Eletrobras disparam mais de 260% em NY após 5 meses sem pregão
2 CPFL Energia recorre a debêntures para pagar compra da AES Sul
3 Aneel atribui à Energisa MT a responsabilidade por custos de conexão de usinas da Enel
4 Engie inaugura centro de operação remota de usinas em Florianópolis
5 MCTI vem desenvolvendo estudos para novas fontes para o setor elétrico
Leilões
1
Leilão A-1 será em 9 de dezembro
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 Consumo cai 1,4% em agosto, aponta CCEE
3 Prévia indica queda de 3,9% do consumo nas primeiras semanas de outubro
4 Armazenamento de energia pode trazer estabilidade e flexibilidade ao SIN
5 Armazenamento é alvo de missão diplomática que envolve o setor elétrico
Meio
Ambiente
1
BlueSol se prepara para oferecer armazenamento e recarga de carros elétricos
Gás e
Termoelétricas
1 Transporte de gás exigirá US$ 10 bi investimentos para dobrar malha até 2030
Economia Brasileira
1 Déficit primário do governo central atingirá R$ 159,9 bi no ano, prevê mercado
2 Com valorização do câmbio, indústria perde 15,3% de rentabilidade em agosto
3 Prazo de vigência do teto de gasto divide economistas
4 Falta trabalho para mais de 22 milhões de pessoas no Brasil, nota IBGE
5 Dólar ontem e hoje
Internacional
1 Uruguai: há 50 mil clientes da UTE que podem diminuir sua conta em até 70%
2 Uruguai: até o final de setembro, cerca de 20.000 casas já tinham optado pela mudança para o Plano 230
3 Uruguai: “Campanha personalizada” da UTE - maneira inovadora de divulgação
4 Peru: Entrevista com Michel Gantois (Engie): “O sistema de Ilo estará resolvido antes de dezembro”
5 Porto Rico: Artigo de Joanisabel González: “Complicado el panorama de la construcción bajo PROMESA”
Biblioteca Virtual do SEE
1 SALDARRIAGA, Juan. “Entrevista com Michel Gantois (Engie): ‘O sistema de Ilo estará resolvido antes de dezembro’”. El Comércio. Lima (Peru), outubro de 2016.
2 GONZÁLEZ, Joanisabel. “Complicado el panorama de la construcción bajo PROMESA”. Guaynabo (Porto Rioco), 6 de outubro de 2016.
Regulação e Reestruturação do Setor
1 GESEL: uso intensivo de solar pode onerar as distribuidoras
Limpa e econômica, a micro e minigeração distribuída (GD) a partir de fonte solar fotovoltaica também pode causar efeito perverso para o sistema de distribuição de energia. O uso intensivo dessa tecnologia, cujo número de projetos instalados cresceu mais de 300% em menos de um ano no país, pode penalizar as distribuidoras de energia e os que permanecerem na base de clientes dessas empresas. Segundo diagnóstico da Energisa e do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da UFRJ, o problema pode ocorrer porque, com o uso maior de projetos de GD, as distribuidoras precisam ampliar os investimentos em sofisticação da rede. O custo desses aportes, porém, são repassados apenas aos consumidores das distribuidoras e não aos donos dos painéis. Assim, em tese, a tendência é que ocorra o que especialistas chamam de "espiral da morte": a tarifa vai se tornando mais cara e, consequentemente, mais pessoas passam a usar sistemas solares fotovoltaicos, reduzindo a base de clientes das distribuidoras, responsáveis pelo pagamento da tarifa ¬ cujo preço vai subindo cada vez mais. Segundo o coordenador do Gesel/UFRJ, professor Nivalde de Castro, a difusão da GD no Brasil, no modelo regulatório atual pode criar um subsídio cruzado perverso. "Considerando que somos uma sociedade muito heterogênea e se essa difusão for muito rápida, teremos um subsidio cruzado perverso. Porque os consumidores com maior renda e que podem construir e colocar sua GD vão acabar pagando menos tarifa e os sem¬teto [sem espaço para instalar esse tipo de projeto] vão acabar pagando mais tarifas, que é uma coisa que não acontece no Havaí, Austrália e Alemanha, porque a estrutura de renda nesses lugares é muito mais equilibrada", explicou. Para o especialista, a solução mais indicada para o caso brasileiro é uma inovação regulatória por meio de mudança na tarifa de energia. Uma das alternativas estudadas é a criação de um encargo de uso do sistema da distribuidora para os donos de projetos de GD. Consumidores livres, por exemplo, pagam para distribuidoras a tarifa de uso do sistema de distribuição (tusd). (Valor Econômico – 14.10.2016)
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2 Panorama da difusão de projetos de GD
De acordo com informações da a Aneel, até agosto deste ano, foram registradas 5.040 conexões de GD no Brasil, totalizando potência de 47,9 MW instalados. O número de projetos é mais de 300% superior ao observado em setembro do ano passado: 1.148 ligações. A previsão do governo é que até 2030 o Brasil alcance 2,7 milhões de conexões de GD instaladas em residências, a grande maioria de fonte solar, totalizando 23,5 mil MW, o equivalente a 15,5% da capacidade instalada atual do país, de 150 mil MW. No Havaí (Estados Unidos) esse percentual já é de 16%. E, na Austrália, é de 14%.
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3 Energisa: quando o equilíbrio será rompido em um cenário de difusão de projetos de GD muito elevado?
Preocupado com o impacto da intensificação de projetos de GD sobre o sistema elétrico das distribuidoras, o Grupo Energisa iniciou este ano um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D), em parceria com o Gesel/UFRJ, para estudar o assunto. O projeto, orçado em R$ 2,2 milhões, está previsto para ser concluído em março de 2018, quando deverá ser entregue um relatório com propostas de aprimoramento do marco regulatório para a Aneel. "Lá fora também a discussão está recente. A primeira vista é que a energia solar só tinha benefício. Não somos contra a energia solar distribuída. Achamos que é importante elemento na matriz energética. O que queremos discutir, e a maioria das distribuidoras do mundo também querem, é quando esse equilíbrio, por conta de um cenário de difusão muito elevado, será rompido para demais consumidores e distribuidoras", afirma o presidente do grupo Energisa, Ricardo Botelho "A estrutura tarifária vai ter que ser repensada. O marco regulatório terá que ser adaptado para isso", completou o executivo. (Valor Econômico – 14.10.2016)
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4 Grupo Safira: potencial impacto da GD nas redes de distribuição, se houver, será apenas no longo prazo
Segundo o diretor-¬executivo do Grupo Safira, Mikio Kawai Jr, porém, o potencial impacto da GD nas redes de distribuição, se houver, será apenas no longo prazo, em questão de décadas. "Com relação à GD, estamos engatinhando ainda. Os números são bastante tímidos ainda", afirmou o executivo. "Esse tipo de preocupação é pertinente, mas não é para este ano ou para o ano que vem. É uma preocupação para daqui a 30 anos", completou. De acordo com estudo recentemente concluído pela Safira sobre o tema, em Minas Gerais, área de concessão da Cemig e Estado onde houve o maior número de instalações de sistemas de GD, existem apenas 800 conexões. Na área de concessão da Copel, no Paraná, há 300 ligações. "Na área da Light, são 180 [sistemas de GD]. E a Light possui 4 milhões de unidades consumidoras", acrescentou Kawai. (Valor Econômico – 14.10.2016)
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5 Decreto regula aprovação de projetos prioritários de investimento
O presidente Michel Temer editou o Decreto 8.874, que regulamenta as condições para aprovação dos projetos de investimento considerados prioritários na área de infraestrutura ou de produção econômica intensiva em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Segundo o texto, são considerados prioritários os seguintes projetos: que sejam objeto de processo de concessão, permissão, arrendamento, autorização ou parceria público¬privada, e que integrem o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) ou o programa que venha a sucedê¬lo; ou os projetos aprovados pelo ministério setorial responsável e realizados por concessionária, permissionária, autorizatária, arrendatária ou Sociedade de Propósito Específico. O decreto também estipula que “os projetos de investimento devem visar à implantação, ampliação, manutenção, recuperação, adequação ou modernização de empreendimentos em infraestrutura, entre outros, dos seguintes setores: logística e transporte; mobilidade urbana; energia; telecomunicações; radiodifusão; saneamento básico; e irrigação.” (Valor Econômico – 13.10.2016)
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6 Valor de referência para contratos de energia tem nova alta de 5%
O preço de referência para contratos de energia elétrica do submercado Sudeste/Centro-Oeste subiu para R$ 168,16/MWh, o que representa um aumento de 5,36% na semana. O índice, referente ao trimestre de novembro de 2016 a janeiro de 2017, foi divulgado no Boletim Semanal da Curva Forward, elaborado pela consultoria Dcide. Na comparação mensal, a elevação foi bem maior, de 19,78%. Já na base anual, houve queda de 4,02%. Já com relação ao preço de longo prazo, referente ao intervalo de 2018 a 2021, o índice ficou praticamente estável, com leve baixa de 0,14% na semana, passando para R$ 152,76/MWh. Em relação ao mês e ao ano anterior, a consultoria registrou retração de 1,55% e 4,5%, respectivamente. O documento é elaborado a partir de dados de 48 agentes do mercado livre, entre os mais comercialmente ativos, apurados semanalmente pela consultoria. As curvas de preço são validadas por modelo matemático, que elimina distorções, e por comitê. (Agência Brasil Energia – 13.10.2016)
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7 Aneel liberou o início da operação em teste na PCH Tigre
A Agência Nacional de Energia Elétrica liberou o início da operação em teste na PCH Tigre, localizada no município de Mangueirinha, no Paraná, a partir do dia 11 de outubro. O benefício foi para UG1 e UG2, de 4,5 MW cada, totalizando 9 MW de capacidade instalada. A Aneel também liberou o início da operação comercial na EOL Vila Pará III, localizada no município de Serra do Mel, no Rio Grande do Norte. A liberação foi para UG6 a UG8, de 3 MW cada, totalizando 9 MW de capacidade instalada. A EOL Testa Branca também poderá dar início as operações comerciais. O benefício foi para UG1 a UG3, de 2,2 MW cada, totalizando 6,6 MW de capacidade instalada. Outra que também recebeu a liberação foi a EOL Ventos de Santo Dimas, localizada no município de São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte. O benefício foi para UG1 a UG6, de 2,1 MW cada, totalizando 12,6 MW de capacidade instalada. A EOL Santa Mônica I também poderá dar início as operações comerciais. As unidades liberadas foram UG5 a UG7, de 2,7 MW cada, totalizando 8,1 MW. (Agência CanalEnergia – 13.10.2016)
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8 MME aprovou o enquadramento no Reidi do projeto de reforços na subestação Itutinga
O MME aprovou o enquadramento no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura do projeto de reforços na Subestação Itutinga, localizada no município de Itutinga, em Minas Gerais. O período de execução das obras será de 22 de julho de 2016 até 22 de janeiro de 2019 e será gasto, sem a incidência de impostos, um total de R$ 20,5 mi. (Agência CanalEnergia – 13.10.2016)
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Empresas
1 Ações da Eletrobras disparam mais de 260% em NY após 5 meses sem pregão
Após cinco meses fora dos pregões da Nyse, os recibos de ações da Eletrobras voltaram a ser negociados nesta quinta-feira com uma disparada de até 261%. No meio da tarde, a ADR da estatal subia 237%, cotado a US$ 6,62. No último pregão em que fora negociado, em 18 de maio, ele havia fechado cotado a US$ 1,96. — É uma realinhamento de preço. Como o papel ficou muito tempo sem ser negociar, ele abriu um “gap” muito grande em relação à cotação no Brasil — afirmou Rogério Freitas, da gestora Teórica. No Brasil, o papel preferencial da estatal saltou 111% durante o tempo em que as ADRs deixaram de ser renegociadas. Os papeis da elétrica brasileira voltam a ser negociados no pregão americano após a companhia entregar documentos financeiros atrasados de 2014 e 2015. A negociação das ADRs estava suspensa desde maio, devido ao atraso na entrega dos documentos, em meio a investigações internas que apontaram irregularidades em pelo menos quatro empreendimentos da companhia. Nos documentos enviados à SEC, a estatal estimou impactos financeiros de cerca de R$ 300 milhões devido às irregularidades, que teriam incluído propinas de entre 1% e 6% do valor de alguns contratos. (O Globo – 13.10.2016)
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2 CPFL Energia recorre a debêntures para pagar compra da AES Sul
A CPFL Energia vai recorrer às debêntures para levantar parte dos recursos para pagamento da AES Sul, cuja aquisição foi anunciada em junho pela companhia. Segundo a companhia, a operação pretende captar R$ 620 mi. A quinta emissão de debêntures simples, em série única, será realizada no dia 20/10 e terão prazo de 48 meses, com taxa de 114,5% do CDI ao ano over. A CPFL Energia comprou a distribuidora gaúcha da AES por R$ 1,7 bi, com assunção de dívida e prevê aumento de capital de quase R$ 300 mi. (Agência Brasil Energia – 13.10.2016)
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3 Aneel atribui à Energisa MT a responsabilidade por custos de conexão de usinas da Enel
A Energisa Mato Grosso será responsável pelos custos de implantação da subestação seccionadora Salto Paraíso, que vai permitir a conexão das pequenas centrais hidrelétricas Cabeça de Boi e Da Fazenda, além da usina hidrelétrica Salto Apiacás, da Enel Green Power. A decisão foi tomada pela Agência Nacional de Energia Elétrica, após analisar questionamento apresentado pela distribuidora quanto ao ressarcimento de custos às centrais geradoras. Um acordo anterior à aquisição da antiga Cemat pela Energisa previa que a Enel executaria as obras de implantação da subestação e seria ressarcida com a transferência das instalações para a distribuidora. As usinas ficariam conectadas originalmente ao barramento de 138 kV da subestação Sinop, mas o ponto de conexão foi alterado para Salto Paraíso, após recomendação da Empresa de Pesquisa Energética. O acesso ocorreria a partir do seccionamento da Linha de Transmissão 138 kV Nova Monte Verde – Alta Floresta, da Energisa MT. Para a EPE, a solução resolveria simultaneamente os problemas de atendimento às cargas da empresa na região de Alta Floresta, Mato Grosso, e o escoamento da energia das usinas do rio Apiacás. A Energisa argumentou que o ponto de suprimento destinado a atender a carga da distribuidora tem operação prevista em cinco anos. Até lá, a SE Salto Paraíso vai atender exclusivamente as centrais geradoras. Em razão disso, a proposta era de que o ressarcimento à Enel considerasse o valor depreciado dos ativos durante esse período. Para a Aneel, o valor deve ser calculado de acordo as regras em vigor e o que foi definido no Termo de Compromisso assinado pelas empresas em 2013. (Agência CanalEnergia – 13.10.2016)
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4 Engie inaugura centro de operação remota de usinas em Florianópolis
A Engie Brasil Energia inaugurou na terça¬-feira, em Florianópolis, o centro de operação da geração (COG), unidade que permite operar usinas da companhia a distância. O empreendimento contou com investimentos de R$ 4 mi. Neste primeiro momento, três usinas — a hidrelétrica Ponte de Pedra (MT/MS), e as PCHs José Gelázio da Rocha e Rondonópolis (ambas em MT) — passam a ser comandadas remotamente a partir do COG. Em 2017, mais três hidrelétricas entrarão no sistema: Cana Brava (GO), São Salvador (TO) e Passo Fundo (RS). Segundo o diretor-¬presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini, o novo centro faz parte da estratégia da companhia de buscar maior automação nos processos internos, com foco na inovação e redução de custos. (Valor Econômico – 13.10.2016)
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5 MCTI vem desenvolvendo estudos para novas fontes para o setor elétrico
A iniciativa de desenvolver novos projetos e tecnologias para o setor elétrico por meio de armazenamento de energia é apenas um dentre uma gama de ações que o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação tem em seu foco de atuação. Entre as iniciativas está a de estimular a capacitação de mão de obra por meio do Ciência sem Fronteiras, o desenvolvimento de projetos solar na modalidade CSP e até mesmo um laboratório de testes para certificação de equipamentos eólicos dentro do país. Segundo o coordenador geral de tecnologias setoriais do MCTI, Eduardo Soriano, o ministério atua em projetos em que as tecnologias ainda não são utilizadas. A referente ao armazenamento exemplificou ele, na realidade começou com os primeiros movimentos há cerca de seis ou sete anos. O ministério trabalha no atual momento para desenvolver outras ações no setor. Entre elas, destacou Soriano, está a solar concentrada cujo projeto piloto de 1 MW em Pernambuco e que é desenvolvido em parceria com o Cepel, Chesf e UFPE. Mas, Soriano se mostra otimista já que mesmo com o atual status da CSP houve sua participação no mais recente leilão da Aneel para a fonte solar. Outras possibilidades que o país possui ainda passam pelo uso do potencial de marés ao utilizar o nível das marés, principalmente no Nordeste, onde a diferença entre a alta e a baixa pode alcançar até oito metros. E ainda, o desenvolvimento da cana-de-açúcar por meio de um modelo transgênico que pode dobrar a produção de etanol e de biomassa. Nessa última, em específico, a biomassa pode transformar o que restou da cana em outros produtos de alto valor. Atualmente a produção por hectare está em cerca de 120 toneladas no Sudeste, com o novo tipo poderia aumentar para até 300 toneladas. Os estudos do MCTI já conseguiram alcançar o volume de 200 toneladas. Agora, o que vem preocupando Soriano é a questão da regulação diante de tantas tecnologias que estão surgindo. Inclusive, ele citou que esse aspecto regulatório não é visto como uma barreira somente por aqui. Na Europa existem essas indicações de que a regulação pode limitar o desenvolvimento dessas fontes mais inovadoras. Mas, disse ele, os recursos são escassos para tocar todas as iniciativas. Uma dessas que precisaria de mais investimentos se trata de um centro de testes para a fonte eólica. O projeto existe mas o custo é de algo ente R$ 400 mi a R$ 500 mi. Seria um laboratório ao modelo do que já existe nos Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha que realizaria as certificações dos equipamentos nacionais nas condições de ventos brasileiros. (Agência CanalEnergia – 13.10.2016)
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Leilões
1 Leilão A-1 será em 9 de dezembro
O MME marcou para 9/12 o leilão A-1, em portaria publicada nesta quinta-feira (13/10). O prazo de suprimento dos contratos está definido entre 1º de janeiro de 2017 e 31 de dezembro de 2018. As distribuidoras deverão apresentar as Declarações de Necessidade até o próximo dia 31/10. As diretrizes da concorrência ainda serão publicadas pela secretaria-executiva do ministério, enquanto o edital será elaborado pela Aneel. (Agência Brasil Energia – 13.10.2016)
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Oferta e Demanda de Energia
Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
Na região Nordeste, os reservatórios registraram queda de 0,1%, o que deixou os níveis em 13,4%. Os dados são do ONS referentes ao dia 12 de outubro. A energia armazenada na região é de 6.926 MW/mês e a ENA é 1.197 MWm, que equivale a 33% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Sobradinho está operando com volume de 9,44%. No submercado Sudeste/Centro-Oeste os reservatórios estão operando com volume de 37,7%, caindo 0,2% em relação ao dia anterior. A energia armazenada na região é 76.558 MW/mês e a ENA é 17.896 MWm, que é o mesmo que 67% da MLT. A usina de Furnas está operando com 54,63% da capacidade e a de Nova Ponte com 25,32%. No Norte, houve um recuo de 0,2% em comparação com o dia anterior, o que deixou os reservatórios com volume de 36,2%. A energia armazenada é 5.439 MW/mês e a ENA é 1.086 MWm, que equivale a 58% da MLT. A usina de Tucuruí opera com volume de 60,04%. No Sul, os reservatórios estão operando com volume de 71,7%, caindo 0,2% em relação ao dia anterior. A energia armazenada na região é de 14.301 MW/mês e a ENA é 4.712 MWm, que é o mesmo que 32% da MLT. A usina de Barra Grande está operando com 61,72% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 13.10.2016)
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2 Consumo cai 1,4% em agosto, aponta CCEE
O consumo nacional de energia elétrica subiu 1,4% em agosto, na base anual, com volume de 60.309 MWm. O resultado foi puxado pelo mercado livre, que cresceu 11,5%, para 16.352 MWm, enquanto o regulado caiu 2,3%, para 43.957 MWm. Segundo boletim mensal da CCEE, divulgado nesta quinta-feira, dos 15 segmentos industriais, apenas os de extração de minerais metálicos e transporte tiveram retração, de 12,9% e 1,4%, respectivamente. A maior alta ficou com comércio (56%), seguido de serviços (39,2%) e alimentícios (35,8%). Em relação à geração de energia no mês, os números também cresceram 1,4%, para 60.350 MWm. A produção eólica ficou em 4.472 MWm, aumento de 31,1%. Já as térmicas tiveram volume de 13.456 MWm, retração de 19,5%. As hidrelétricas, por sua vez, fecharam o mês em 42.422 MWm, crescimento de 7,8%. Na análise de representatividade, a fonte foi responsável por 70% da geração total, enquanto a térmica e eólica, por 22% e 8%, respectivamente. (Agência Brasil Energia – 13.10.2016)
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3 Prévia indica queda de 3,9% do consumo nas primeiras semanas de outubro
A CCEE indicou nesta quinta-feira, em medição preliminar, queda de 3,9% no consumo nacional de energia elétrica nas primeiras duas semanas de outubro. O volume ficou em 56.972 MW, frente os 59.279 MWm verificados no mesmo período de 2015. O ambiente regulado teve retração expressiva, de 8,7%, de 45.376 MWm para 41.437 MWm, enquanto o mercado livre mantém a alta observada desde os primeiros dias de outubro. Nas semanas, o volume chegou a 15.536 MWm, o que representa aumento de 11,7% no período. Entre os consumidores industriais, a maior alta foi observada no comércio (63,6%), seguido dos segmentos de manufaturados diversos (38,1%), serviços (37,8%) e alimentícios (36,2%). Dos 15 setores analisados pela câmara, apenas o de extração de minerais metálicos teve queda, de 18,3%. Já em relação à geração de energia no mesmo período, o resultado ficou em 59.305 MWm, decréscimo de 3,8%. As fontes térmica e hidrelétrica pressionaram os números, com quedas respectivas de 9,6% e 3,7%, para 14.686 MWm e 40.502 MWm. A produção eólica, por sua vez, cresceu 3,8%, para 4.116 MWm. Segundo projeções da CCEE, as usinas integrantes do MRE deverão gerar o equivalente a 88% (44.047 MWm) das suas garantias físicas em outubro. (Agência Brasil Energia – 13.10.2016)
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4 Armazenamento de energia pode trazer estabilidade e flexibilidade ao SIN
O avanço das fontes intermitentes de geração no Brasil, notadamente, a eólica e a solar traz à tona a necessidade de que o país adote a tecnologia de armazenamento de energia. Somente no dia 26 de julho deste ano, em um período de pouco menos de duas horas, a geração por meio de parques eólicos aumentou em 825 MWm. Da mesma forma que essa produção avançou, pode recuar e por questões críticas como essa é que a adição de baterias pode trazer a estabilidade e flexibilidade para uma melhor operação do SIN. Na avaliação do presidente da Abradee, Nelson Fonseca Leite, o avanço dessas fontes é o principal motivador para o uso do conceito de armazenamento no SIN. Um dos pontos que reforça essa necessidade é a redução da quantidade de armazenamento de água em reservatórios no país. “O Brasil tem diversidade de realidades muito grande que trazem oportunidades de armazenamento de energia das mais diversas como os sistemas isolados, a ilha de Fernando de Noronha onde há geração a diesel, fotovoltaica e eólica... com o armazenamento conseguiríamos tirar a necessidade da geração diesel por lá”, exemplificou. Além disso, o executivo que participa da missão diplomática britânica para armazenamento de energia, organizada em parceria com o MCTI e o Instituto Abradee, lembrou que ainda há outras características do setor elétrico nacional que devem favorecer a implantação dessa tecnologia no país, como atribuir mais confiabilidade à rede, bem como reduzir a emissão de geração térmica no NE quando para de ventar na região NE. Essa, comentou, é uma necessidade, pois apesar de o país contar com UHEs que atuam como baterias virtuais, temos cada vez menos feito usinas com reservatórios e que por isso precisamos de novas alternativas. (Agência CanalEnergia – 13.10.2016)
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5 Armazenamento é alvo de missão diplomática que envolve o setor elétrico
Um grupo de cerca de 30 representantes de distribuidoras de todos os portes e de todas as regiões do país está no Reino Unido como uma das atividades para fomentar o conhecimento e a capacitação do país na implementação dessa tecnologia no país que está em andamento por meio da chamada pública nº 21 da Aneel. De acordo com o coordenador geral de tecnologias setoriais do MCTI, Eduardo Soriano, esse é o primeiro passo para essa tecnologia no país. Contudo, disse, uma coisa que preocupa no setor é a questão da regulação para que esta não impeça a expansão dos avanços tecnológicos. Esse fator atrai a atenção em todos os países por onde a implantação do energy storage está em andamento, como na Alemanha e no Reino Unido, onde ainda há discussões sobre a regulação. A meta da missão é a de encontrar parcerias e atrair empresas deste segmento para o Brasil e apresentar respostas para esses desafios técnicos e regulatórios para estimular os negócios com essa tecnologia que ainda está em fase de gestação no país com apenas um projeto em andamento, da AES Tietê Energia. Segundo a especialista da Aneel, Carmen Sanches, a expectativa da agência reguladora com a chamada pública, entre outras, é a de desenvolver projetos básicos e executivos de plantas piloto, desenvolver estudos que permitam dotar a agência de dados consistentes sobre o ciclo de vida dos equipamentos e sua performance, bem como a viabilidade econômica. E isso, sem deixar de lado uma proposta para o desenvolvimento de um ambiente legal e regulatório. (Agência CanalEnergia – 13.10.2016)
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Meio
Ambiente
1 BlueSol se prepara para oferecer armazenamento e recarga de carros elétricos
A BlueSol, das mais antigas integradoras de sistemas solares de geração distribuída, quer se posicionar cedo no mercado brasileiro para oferecer outros serviços, análogos ao da geração fotovoltaica em pequenas centrais nas unidades consumidoras. A ideia, de acordo com o presidente da empresa, Nelson Colaferro, é oferecer a instalação de sistemas de armazenamento e de carregamento de baterias de veículos elétricos, no médio prazo. “O problema [para fazer agora] é o custo. Imaginamos que em 2018 essas tecnologias estejam mais viáveis”, comenta o executivo. Atualmente, a companhia desenvolve um documentário sobre a viabilidade da integração das tecnologias no Brasil, abastecendo um veículo elétrico (BMW i3) em unidades onde já instalou sistemas de geração solar. “A instalação dos carregadores de veículos elétricos vem com um novo segmento de negócio, mas totalmente integrado à geração distribuída. Parte desse processo de alimentação é também o sistema de armazenamento”, explica Colaferro. O executivo explica que, da mesma forma que a BlueSol se posicionou cedo no Brasil para oferecer a geração solar distribuída, a intenção é entrar no início do processo desses outros segmentos. A companhia, criada em 2009 – três anos antes de a Aneel regulamentar a microgeração distribuída, pela Resolução Normativa 482/2012 –, tem uma participação de quase 10% do mercado brasileiro, no qual compete com cerca de outras 1000 empresas instaladoras, de acordo com estimativas do mercado. São cerca de 500 sistemas comercializados (alguns ainda não instalados), de um total de 5.040 conexões do tipo no Brasil até agosto. Até o final do ano, a expectativa da companhia é chegar a 650 sistemas instalados, aproximadamente. (Agência Brasil Energia – 13.10.2016)
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Gás
e Termoelétricas
1 Transporte de gás exigirá US$ 10 bi investimentos para dobrar malha até 2030
Dentre todos os elos da cadeia de gás natural, aquele que mais precisa de investimento é o transporte. Um estudo elaborado pela consultoria Strategy& a pedido da Abegás indicou que o Brasil terá que dobrar sua malha de gasodutos de transporte até 2030, adicionando por volta de 7 mil km de rede dutoviária. A empreitada pode custar US$ 10 bi em investimentos, maior volume do setor, excluindo gastos com exploração e produção. A estimativa de investimento total nas atividades de midstream e downstream é de US$ 27 bi, o que deve gerar de 15 a 20 mil empregos por ano até 2030. A análise da Strategy& aponta os principais entraves para o desenvolvimento da indústria de gás natural no Brasil, ligados principalmente à precariedade do marco regulatório. A ideia da Abegás é contribuir com o programa Gás para Crescer, que estuda diretrizes para a abertura do mercado de gás. Não só o transporte, mas também os gasodutos de escoamento, que conectam os campos produtores às unidades onshore de tratamento e processamento de gás (UPGNs), devem demandar grandes aportes nos próximos anos. Somente na área da Bacia de Santos, o escoamento do gás produzido deve ultrapassar 40 milhões m³/dia já em 2026, o que justifica investimentos de US$ 7 bi a 8 bi no Rota 3 e em outros dutos adicionais. A rede de distribuição de gás natural deve exigir o terceiro maior volume de investimentos no período, que pode chegar a US$ 5,5 bi até 2030. Para esse cenário, a Strategy& considerou o aporte histórico das distribuidoras brasileiras, que gastaram, em média, US$ 1,5 bi na construção de 2,3 mil km de gasodutos entre 2013 e 2014. Há ainda a possibilidade de investir em outras atividades complementares para a cadeia de gás natural, como a estocagem subterrânea. Segundo a consultoria, será preciso alocar US$ 2 bi para garantir um volume de gás equivalente a duas semanas de consumo nacional armazenado em bacias sedimentares. Além disso, a construção de novas UPGNs, que hoje estão concentradas no portfólio da Petrobras, deve exigir US$ 1,5 bi nas próximas décadas. Esse valor abarca somente o escoamento do gás natural produzido no pré-sal da Bacia de Santos. (Agência Brasil Energia – 13.10.2016)
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Economia Brasileira
1 Déficit primário do governo central atingirá R$ 159,9 bi no ano, prevê mercado
O governo central deve registrar déficit primário de R$ 159,883 bi em 2016 e de R$ 145,387 bi em 2017, de acordo com estimativas de instituições financeiras consultadas pelo Ministério da Fazenda em setembro. A expectativa é que a dívida bruta chegue a 73,5% do PIB em 2016 e a 78,2% em 2017. As previsões constam do relatório Prisma Fiscal, sistema de coleta de expectativas do mercado financeiro realizado pela Secretaria de Política Econômica, da Fazenda. O objetivo do relatório é acompanhar as principais variáveis fiscais para aprimorar os estudos fiscais. No relatório anterior, referente a agosto, foi estimado um déficit maior para o governo central em 2016. A projeção era de resultado primário negativo em R$ 160,378 bi em 2016. Para 2017, a previsão era de saldo negativo de R$ 140,157 bi, ou seja, menor que o estimado no novo relatório. No caso da dívida bruta, a projeção era de 73,5% do PIB para 2016 e 78,4% do para 2017. No Ploa encaminhado ao Congresso em 31 de agosto, o Executivo projetou déficit primário de R$ 139 bi, 2,04% do PIB, para o governo central em 2017. Para 2016, pela LDO, o governo central deve encerrar o ano com resultado negativo de R$ 170,5 bi. No caso da dívida bruta, que fechou o ano de 2015 em 66,5% do PIB, o governo projeta 72,5% do PIB em 2016 e 74,8% em 2017. Na proposta orçamentária enviada ao Congresso, o governo detalhou como obterá R$ 55,4 bi adicionais para que o déficit primário do governo central não supere os R$ 139 bi em 2017. Haverá uma arrecadação extra de R$ 26 bi em 2017 devido à melhora na previsão de crescimento ¬e 1,2% para 1,6%. Outros R$ 18,4 bi deverão entrar como resultado de concessões e permissões. (Valor Econômico – 14.10.2016)
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2 Com valorização do câmbio, indústria perde 15,3% de rentabilidade em agosto
A valorização do real frente ao dólar fez despencar a margem de exportação da indústria de transformação. Com a apreciação cambial nominal de 8,7% em agosto, a rentabilidade da indústria caiu 15,3% em relação a igual mês de 2015, recuo considerável na comparação com a queda de 4,2% no acumulado até agosto. O efeito do câmbio sobre a margem de ganho do exportador de manufaturados também fica claro num dos componentes da rentabilidade. Quando o câmbio está mais desvalorizado, o exportador reduz o preço da exportação em dólar na tentativa de ficar mais competitivo e também por pressão do comprador externo. A apreciação do real nos últimos meses, porém, tirou do exportador a capacidade de baixar preços para ganhar mercado. Em agosto, a redução de preços médios foi de apenas 1,2% contra 10,6% no acumulado do ano. Os dados são da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex). A rentabilidade e os preços são altamente sensíveis à cotação do dólar, principalmente para bens industrializados de alto valor agregado, diz José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). O câmbio é no curto prazo o principal elemento dinamizador dos embarques de manufaturados e deve deixar de jogar tanto a favor do exportador como foi no primeiro semestre, diz Rafael Cagnin, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). (Valor Econômico – 14.10.2016)
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3 Prazo de vigência do teto de gasto divide economistas
Um dos aspectos mais polêmicos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 que estabelece um teto para o crescimento da despesa primária, o prazo de vigência do Novo Regime Fiscal foi alvo de divergência entre os economistas Felipe Salto e Zeina Latif em debate online promovido ontem pelo Instituto Fernando Henrique Cardoso. Salto, que é assessor do senador Jose Aníbal (PSDB-¬SP), voltou a criticar o prazo de duração do Novo Regime Fiscal, de 20 anos, com possibilidade de revisão do método de correção da despesa apenas daqui a dez anos. Na avaliação dele, o texto aprovado em primeiro turno pela Câmara até melhorou um pouco a questão do prazo, ao estabelecer que, a partir do décimo ano, o índice de correção da despesa pode ser revisto uma vez por mandato. "Essa regra poderia valer desde agora. Talvez fosse bom rever a regra a cada três ou quatro anos", disse ele, citando o exemplo do Peru, onde existe uma regra para o aumento real da despesa, revisada a cada três anos. Zeina Latif, economista¬chefe da XP Investimentos, defendeu o prazo de duração do teto da despesa da PEC. Para ela, há poucos meses o país vivia situação de profundo desequilíbrio econômico, com temores sobre a solvência do país e a possibilidade de uma espiral inflacionária para lidar com o endividamento crescente. A situação só mudou, afirma, porque há comprometimento do governo em resolver a questão no longo prazo. "Essa questão temporal é importante para acalmar agentes econômicos. Se em 2018 ganhar um governo populista, de esquerda ou de direita, teremos um regime fiscal institucionalmente mais sólido. Essa perspectiva de longo praz é importante", afirmou Zeina. (Valor Econômico – 14.10.2016)
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4 Falta trabalho para mais de 22 milhões de pessoas no Brasil, nota IBGE
A qualidade do mercado de trabalho brasileiro está pior atualmente, conforme os novos dados apresentados pelo IBGE. O levantamento aponta ainda que o problema vai muito além do número de desempregados. A desocupação atingiu 11,6 milhões de pessoas no segundo trimestre deste ano, mas o contingente de pessoas para quem falta trabalho é maior: 16,4 milhões. Essa soma se amplia, porque parte desses 16 milhões — 4,8 milhões — está empregada, mas trabalha menos de 40 horas por semana e estava disponível no segundo trimestre para trabalhar mais. Eles são garçons ou mecânicos, por exemplo, que desejam fazer mais horas de serviço para ampliar o rendimento. O IBGE classifica esses trabalhadores como subocupados — grupo que está crescendo desde o fim de 2015. No quarto trimestre de 2015, 4,1 milhões tinham desejo e disponibilidade para trabalhar mais em busca de complemento na renda. No período entre abril e junho de 2016, esse contingente passou para 4,8 milhões, maior taxa desde o quarto trimestre de 2013, quando esse grupo somava 4,7 milhões. Um outro recorte que evidencia a piora no mercado de trabalho é o do grupo que o IBGE classifica como "força de trabalho potencial". São aqueles trabalhadores que procuraram emprego, mas não puderam assumir a vaga porque não estavam disponíveis para trabalhar naquele momento, ou que não procuraram trabalho, mas aceitariam trabalho se conseguissem. Segundo o IBGE, 6,2 milhões de pessoas se enquadram nesse grupo. Esse contingente registrado no segundo trimestre de 2016 é o maior desde igual período de 2012, quando somava 5,7 milhões de pessoas. E está em crescimento acelerado desde o quarto trimestre de 2014. Estão incluídos nesse contingente os que se encaixam no chamado desalento, que são os que desistiram do mercado de trabalho porque já não acreditam mais que poderão conseguir alguma vaga. Mas o IBGE não especificou esse dado. Somados os 11,6 milhões de desocupados, os 4,8 milhões de subocupados e os 6,2 milhões que compõem a força de trabalho potencial ¬ incluindo o desalento ¬, já são 22,7 milhões de pessoas que buscam condições melhores de trabalho. (Valor Econômico – 13.10.2016)
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5 Dólar ontem e hoje
Hoje, às 10h50, o dólar comercial recuava 0,22%, cotado a R$ 3,1745. Na quinta-feira, o dólar comercial caiu 0,54%, encerrando a R$ 3,1816. (Valor Econômico – 14.10.2016 e 13.10.2016)
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Internacional
1 Uruguai: há 50 mil clientes da UTE que podem diminuir sua conta em até 70%
Até o dia 31 de outubro, 50 mil clientes da UTE tem a chance de mudar a opção tarifária migrando para o plano 230 sem custo e obter descontos na fatura mensal de eletricidade de 20% até 70%. Em entrevista ao El Observador, o gerente de Mercado da UTE, Juan Carlos Patrone, explicou que esta campanha é direcionada para aqueles clientes residenciais com consumo básico de eletricidade (iluminação, refrigeração, aquecimento de água, rádio, televisão e computador, entre outros). Para esse grupo de clientes, a agência de energia optou por criar uma nova opção de tarifa de consumo básico que foi posteriormente chamada de Plano 230. Esse número reflete o nível de conveniência de uso desta opção tarifária, uma vez que todos os consumidores que têm um consumo mensal inferior a 230 kilowatt / hora (equivalente a cerca de $ 1800) terão "grandes economias" se hoje tem uma outra opção de tarifa contratada e optam por migrar para o Plano 230, disse o funcionário. Ele acrescentou que a "conveniência" varia de acordo com os níveis de consumo. Por exemplo, uma casa que tem 100 kilowatt / hora (kW / h) de consumo mensal pode ter reduções na sua taxa de até 70% em comparação com a taxa residencial simples. Entretanto, para um cliente que consome cerca de 200 kW / h a economia chega a 20%. (El Observador – Uruguai – 10.10.2016)
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2 Uruguai: até o final de setembro, cerca de 20.000 casas já tinham optado pela mudança para o Plano 230
A campanha de persuasão da UTE para que um público potencial de 69 mil clientes faça uso desta opção tarifária está operando desde junho e vem apresentando um "desempenho muito satisfatório" para as expectativas que tinha o órgão, sendo que ainda faltam três semanas para chegar ao fim. Até o final de setembro, cerca de 20.000 casas já tinham optado pela mudança para o Plano 230, uma opção que até agora tem 200.000 usuários em todo o país. "Temos a expectativa de seguir avançando, pois a campanha termina no dia 31 de outubro", comentou Patrone. O principal objetivo da empresa era receber uma resposta favorável de cerca de 15 mil clientes na campanha de 2016, uma meta que já foi superada. Para migrar ao Plano 230, o cliente não pode ter uma potência contratada superior a 3,7 kilowatts. No caso de você precisar reduzir sua potência, a UTE realiza a mudança sem nenhum custo para o cliente. Não se habilita essa opção para usuário que possuem mais de um ponto de abastecimento e não é aconselhável a mudança para casas de verão e férias, por que a estabilidade no consumo é uma de suas maiores vantagens. (El Observador – Uruguai – 10.10.2016)
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3 Uruguai: “Campanha personalizada” da UTE - maneira inovadora de divulgação
Para convencer os quase 50 mil usuários que podem se beneficiar da economia no consumo mensal da conta, a UTE decidiu utilizar uma “campanha personalizada” com base nos registros históricos que mostram que esses clientes que estão com consumo inferior de 230 kW/h mensais, onde se calcula o percentual de economia por ano. Patrone explicou que a empresa apostou em canais digitais (email) e postagens na página do facebook, UTE Planes de Eficiencia. Nesse caso, a empresa utilizava um formulário personalizado com os dados baixados de cada cliente para que este pudesse estudar a tarifa e contratá-la imediatamente. “Foi uma campanha muito efetiva dirigida ao mercado potencial que não utilizou meios de comunicação de massa nessa oportunidade”, pontuou o gerente de Mercado da UTE. De qualquer maneira, a empresa também possui a disposição outras opções para acessar a mudança de tarifa como ir ao escritório comercial ou através do telefone UTE (08001930 por telefone fixo ou 1930 por celular). Como explicou Patrone, ali os funcionários do órgão realizam um estudo do seu registro histórico de consumo para ver se a mudança é conveniente. Entrando no Plano 230 antes do 31 de outubro, são dadas lâmpadas de baixo consumo para aumentar a eficiência da iluminação dos lares. Por outro lado, UTE já montou de forma automática um sinal de aviso para aqueles usuários do Plano 230 que superam os 230 kW/h mensais. Durante a primeira e segunda vez, um comunicado é enviado. Caso esse comportamento se repita pelo terceiro mês seguido, automaticamente o cliente muda para a tarifa residencial simples, que passaria a opção mais conveniente para seu nível de consumo. A tarifa de consumo básico residencial tem um custo de $ 275,2 para os primeiros 100 Kwh por mês. A faixa que vai de 101 kWh até 140 kWh paga $ 5,6 por kWh, e a que vai de 141 kWh até 350 kWh paga $ 10,36. Já, a tarifa residencial simples tem um custo fixo mensal de $ 170, além de um custo por potencial contratada de $ 53. Quanto ao consumo, para os primeiros 100 kWh há que pagar $ 4,39 por kWh; para a faixa de 101 a 600 Kwh $ 5,51 e de 601 kWh em diante $ 6,87. (El Observador – Uruguai – 10.10.2016)
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4 Peru: Entrevista com Michel Gantois (Engie): “O sistema de Ilo estará resolvido antes de dezembro”
A elétrica francesa Engie (antes Enersur) continua crescendo no Peru. Nos próximos dois anos, vai lançar três novas centrais elétricas: O Circuito de Ilo (quase US $ 400 milhões), a planta Ciclo Combinado Chilca Dos (US $ 130 milhões) e o Parque Solar Intimampa (US $ 55 milhões). A francesa espera que a demanda elétrica cresça e absorva a produção de esses projetos. Enquanto isso, estuda novas estratégias de negócio. Quais são? Miche Gantois, o CEO no Peru, responde nesta entrevista. Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui. (El Comércio Peru 10.10.2016)
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5 Porto Rico: Artigo de Joanisabel González: “Complicado el panorama de la construcción bajo PROMESA”
PROMESA (sigla em inglês para Puerto Rico Oversight, Management, and Economic Stability Act) é uma lei que o governo porto-riquenho busca aprovar para a gerência, supervisão e estabilização econômica. O governo acredita que com a aprovação dessa lei poderá começar um forte processo de investimento em infra-estrutura, em especial em energia elétrica, visto que houve um apagão nas últimas semanas. Entretanto, especialistas afirmam que o processo mão se iniciará de imediato, visto que projetos com essas características têm um prazo de meses para se obter as licenças necessárias. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (El Nuevo Dia Porto Rico 06.10.2016)
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Biblioteca Virtual do
SEE
1 SALDARRIAGA, Juan. “Entrevista com Michel Gantois (Engie): ‘O sistema de Ilo estará resolvido antes de dezembro’”. El Comércio. Lima (Peru), outubro de 2016.
Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
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2 GONZÁLEZ, Joanisabel. “Complicado el panorama de la construcción bajo PROMESA”. Guaynabo (Porto Rioco), 6 de outubro de 2016.
Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
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Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa:
Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.
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de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
de Economia da UFRJ.
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
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