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IFE: nº 4.181 - 27 de setembro de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Reunião aberta do Grupo de Conjuntura do IE/UFRJ
2 MME cria GT para acompanhar distribuidoras que não renovaram as concessões
3 Cotas do Proinfa das transmissoras para novembro somam R$ 24,7 mi
4 Redução na CDE pode elevar PIB médio para 1,1% a.a., diz consultoria
5 Mudanças institucionais poderiam trazer maior aderência entre planejamento e operação
6 Artigo de Márcio Santilli e Maurício Guetta: “Ignorância ou má-fé a serviço do setor elétrico”

Empresas
1 Copel vai investir R$ 500 mi para tentar reduzir interrupções
2 Distribuidora de energia de Roraima tem concessão extinta
3 Consumidores da Eletrobras Alagoas terão tarifa reduzida a partir do dia 29
4 Venda da CPFL pode alcançar R$ 25 bi
5 Grupo de trabalho vai monitorar distribuidoras que não renovaram concessão
6 Copel inicia obra de linha de transmissão entre São Paulo e Paraná
7 S&P reafirma ratings de distribuidoras da EDP
8 Tradener investirá R$ 110 milhões em PCH contratada no LER

9 Light abre processo de negociação para renovar concessão

10 Exportações de equipamentos de GTD caem 27,3% em agosto

Leilões
1 AbraPCH: Resultado do leilão de reserva está aquém das expectativas, mas é positivo pelo sinal
2 Aneel define hoje nova data para leilão de transmissão

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 Apesar da seca no NE, conta de luz deve manter bandeira verde
3 Itaipu atinge volume de energia garantida ainda em setembro

4 PLD bate R$ 155,22/MWh em todo o país

Energias Renováveis
1 São Martinho fará aporte em uma de suas unidades em SP
2 CPFL Renováveis inicia operação de novos 6,3 MW eólicos
3 Micro e minigeração alcança 5 mil conexões

4 Aneel libera início dos testes na EOL Ventos do Santo Dimas

Gás e Termelétricas
1 Petrobras inicia processo de abertura do setor de gás natural no Brasil
2 Governo do Ceará busca solução para substituir terminal de GNL da Petrobras em Pecém
3 Consumo de gás tem segundo pior resultado do ano

Grandes Consumidores
1 CSN pode vender 25% da Congonhas Minérios para chineses

Economia Brasileira
1 BNDES diz que financiamentos investigados na Lava Jato estão sendo revistos
2 Balança comercial tem superávit de US$ 3 bi na parcial de setembro

3 Gasto do brasileiro no exterior sobe com câmbio e confiança, diz BC
4 Intenção de consumo das famílias sobe pelo 3º mês, nota FecomercioSP
5 Moody’s: Economia brasileira está melhorando, mas retomada será árdua
6 Estimativa do mercado para o IPCA de 2016 tem nova queda
7 Preços ao produtor recuam 0,26% em agosto, segundo IBGE
8 BC prevê inflação de 7,3% em 2016 e de 4,4% em 2017
9 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Uruguai exportará excedente de energia eólica para Argentina
2 UTE prepara emissão para parque eólico Valentines
3 Especialista argumenta que Bolívia deve exportar energia de El Bala a preços baixos
4 EDP Renováveis fecha acordo de financiamento de 300 milhões nos EUA
5 GM se compromete a usar apenas energia renovável até 2050

Biblioteca Virtual do SEE
1 SANTILLI, Márcio; GUETTA, Maurício. “Ignorância ou má-fé a serviço do setor elétrico”. Valor Econômico. São Paulo, 27 de setembro de 2016.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Reunião aberta do Grupo de Conjuntura do IE/UFRJ

No próximo dia 5 de outubro, quarta-feira, às 16:30 horas acontece a próxima reunião aberta do Grupo de Conjuntura do IE/UFRJ, na sala 227 do Instituto de Economia (Campus da Praia Vermelha da UFRJ). Os temas discutidos serão: Destaques da conjuntura internacional; Expectativas, indicadores financeiros e o ciclo econômico brasileiro; A questão fiscal brasileira; A política monetária: o que sugerem os documentos, anúncios e decisões recentes do Banco Central; Competitividade e outros desafios para a retomada do crescimento. (GESEL-IE-UFRJ – 27.09.2016)

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2 MME cria GT para acompanhar distribuidoras que não renovaram as concessões

A Secretaria de Energia Elétrica do MME publicou a portaria 4/2016 em 26 de setembro, criando o Grupo de Trabalho para monitoramento da Prestação de Serviço Público de Distribuição de Energia Elétrica nas áreas cuja concessão não tenha sido renovada. O GT será composto por representantes da Secretaria-Executiva, da Secretaria de Energia, da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético e da Assessoria Econômica do MME, além de representante da CCEE e da Eletrobras. A portaria vale até 31 de dezembro de 2017, podendo ser prorrogada caso haja necessidade. O GT vai monitorar as atividades das distribuidoras Eletrobras-AL, Eletrobras-PI, Eletrobras-AC, Eletrobras-RR, Eletrobras-RO e Amazonas Energia, todas sob controle da Eletrobras, além da CEA (AP) e da CERR (RR). De acordo com a portaria, o apoio técnico-administrativo necessário para a realização das atividades do Grupo de Trabalho será prestado pela Secretaria de Energia Elétrica, que vai coordenar o GT e vai poder convidar outros participantes quando julgar necessário. Eventuais despesas dos integrantes do GT vão correr às custas dos seus órgãos de origem. A extinção da concessão da CERR também foi publicada no DOU de 26 de setembro. A extinção se dará a partir de 1º de janeiro de 2017, quando a prestação do serviço será assumida pela Eletrobras-RR. (Agência CanalEnergia – 26.09.2016)

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3 Cotas do Proinfa das transmissoras para novembro somam R$ 24,7 mi

A Aneel fixou as cotas de custeio referentes ao Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica das transmissoras para o mês de novembro de 2016. De um total de R$ 24.709.422,61, a Eletronorte vai desembolsar o maior valor de R$ 8.241.897,94. A Chesf vem em seguida com uma cota de R$ 5.184.073,37. A Coqueiros vai recolher apenas R$ 251,21. As cotas deverão ser recolhidas para a Eletrobras até o dia 10 de outubro de 2016. A Aneel também definiu as cotas da CDE ao mês de julho de 2016 para as transmissoras que atendam consumidor livre ou autoprodutor com unidade de consumo conectada às instalações da Rede Básica. As cotas somam R$ 7.405.358,29. A Copel vai recolher R$ 1.962.596,21 e a CEEE R$ 1.074.844,69. A Coqueiros ficou com a menor cota de R$ 964,14. Os valores deverão ser recolhidos até o dia 30 de setembro de 2016. (Agência CanalEnergia – 26.09.2016)

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4 Redução na CDE pode elevar PIB médio para 1,1% a.a., diz consultoria

A alteração na forma de cobrança da CDE pode elevar o crescimento médio do PIBde 0,9% para 1,1% ao ano até 2025, segundo estudo feito pela consultoria Ex-Ante para a Abrace. O maior impacto seria sentido até 2020, quando ocorreria grande parte da redução dos custos da energia para a indústria. O estudo avalia que pelas regras atuais de reajuste de tarifas, que distribuem o peso do encargo de acordo com o consumo de cada segmento, haveria uma redução real de custo entre 5% e 10% da CDE até 2025 para as atividades industriais mais impactadas pelo insumo. Com a realocação de encargos e a cobrança da CDE de acordo com a tarifa fio, a redução para a indústria ficaria entre 10% e 20%. Em cerca de uma década, afirma a consultoria, o PIB brasileiro aumentaria R$ 69,2 bi em relação aos resultados previstos com a manutenção da política de preços da energia elétrica atual. O levantamento da Ex-Ante destaca o processo gradativo de aumento da energia entre 2000 e 2016, que elevou de forma significativa os custos industriais, especialmente das atividades eletrointensivas. O acumulado no período chegou a 982,5%, para uma inflação medida pelo INP no Atacado de 188,8%. O aumento em dólares do custo unitário da energia na indústria brasileira ficou em 372,5%. “No caso do Brasil, a relação custo-preço para alguns setores industriais caminhou de tal forma que houve desinvestimento, com o fechamento de fábricas”, conclui o documento. Esse movimento desacelerou o crescimento industrial e reduziu a produção da indústria em 2,3% nos últimos cinco anos. A soma dos bens produzidos na economia como um todo atingiu 0,9% ao ano no mesmo período. (Canal Energia – 25.09.2016)

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5 Mudanças institucionais poderiam trazer maior aderência entre planejamento e operação

A atual percepção de que o modelo computacional do setor elétrico está afastado da realidade operativa no país poderia ser revertida com algumas medidas que não seriam demasiadas complexas. Um dos pontos que proporcionam a desvinculação entre o mundo real e os resultados considerados otimistas é a inserção de dados e, principalmente, o reconhecimento de restrições. Com mudanças institucionais o modelo poderia ser modificado de forma a viabilizar uma aderência maior entre esses dois mundos. Segundo o professor Alexandre Street, do Departamento de Engenharia Elétrica do CTC/PUC-Rio, esse descolamento que temos visto não tem como culpados nem o Cepel tampouco o ONS. Ele considera que a estrutura institucional desses órgãos, que andam em paralelo, é um dos pontos que dificultam a correta modelagem e assim a correção de rumo nos resultados. O acadêmico cita que há diversas alternativas para que se possa reposicionar essa aderência do mundo físico do setor elétrico ao virtual que é dado no Newave. Uma delas seria a possibilidade de que o Cepel pudesse abrir o código-fonte do sistema, e assim, poder receber contribuições de diversos lados, seja de universidades, outros operadores de sistemas e até mesmo do ONS, que poderia passar a atuar de forma a incorporar mudanças que só quem está na operação diária conhece. Atualmente, o modelo apresenta um descompasso entre o planejamento e a operação em decorrência de algumas falhas na introdução de dados. Nesse sentido, as restrições de transmissão e o atraso das obras. Com isso, o futuro indicado no modelo, explicou, aparece de forma mais otimista do que a realidade pode chegar nesse futuro. E, quando vê que a situação fica mais pressionada do que o que era planejado, que o sistema está mais estressado que o previsto, temos uma reação mais pessimista e isto eleva os valores do PLD a um patamar acima do que se projetava anteriormente. Para ele, a perspectiva de que o operador passe a adotar a Superfície de Aversão a Risco (SAR) é um passo positivo, pois a aversão ao risco seria indicada de forma mais direta. Contudo, alerta que os dados precisam ser mais realistas. Em sua avaliação deveria haver alguma alteração na estrutura organizacional que colocasse o Cepel e o ONS em uma posição onde esses dois órgãos pudessem se comunicar mais e assim com essa interação adotar medidas que trouxessem a realidade do dia a dia para o modelo computacional. Além disso, Street ainda defende que entre as formas de mudar esse cenário estaria a que permitiria ao ONS escolher o seu próprio sistema onde poderia ter mais liberdade em planejar e operar o modelo de uma maneira mais próxima do que se espera e com isso, eliminar os picos de PLD e os consequentes custos extra para o sistema elétrico nacional. (Agência CanalEnergia – 26.09.2016)

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6 Artigo de Márcio Santilli e Maurício Guetta: “Ignorância ou má-fé a serviço do setor elétrico”

Em artigo publicado no jornal Valor Econômico, Márcio Santilli, sócio fundador do Instituto Socioambiental (ISA) e Maurício Guetta, advogado do Instituto Socioambiental e professor de Direito Socioambiental tratam do arquivamento do projeto da usina de São Luiz do Tapajós (PA). Segundo os autores, “a inviabilidade socioambiental do empreendimento, justificada pela vedação constitucional de remoção dos índios de suas terras, foi um dos elementos considerados pelo Poder Público para determinar o arquivamento do licenciamento da usina”. Eles concluem que, “devemos seguir o exemplo de nações que já acordaram para a energia do futuro, investindo em geração e, principalmente, autogeração de energia limpa”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 27.09.2016)

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Empresas

1 Copel vai investir R$ 500 mi para tentar reduzir interrupções

A Copel espera obter uma redução de até 30% do tempo médio de interrupção do serviço de fornecimento de energia em sua área de atendimento até 2018. O salto de melhoria de qualidade está previsto com a instalação, a partir de janeiro, de 1,4 mil religadores automatizados na rede elétrica rural da companhia. "Só esse projeto já reduziria algo de 20% a 30%. Mas vamos fazer outras obras de melhoria. Queremos chegar a 2020 com uma redução de mais de 30% do nosso DEC [duração equivalente de interrupção por unidade consumidora]", afirmou ao Valor o diretor de distribuição da Copel, Antonio Guetter A instalação dos equipamentos faz parte do programa "Mais Clic Rural", iniciado em 2015 pela elétrica paranaense e que prevê R$ 500 mi em investimentos na rede elétrica rural da companhia até 2018. A iniciativa prevê ainda a construção de 3 mil quilômetros de linhas de transmissão e 30 novas subestações. Os religadores serão fornecidos pela alemã Siemens, a americana SEC e a irlandesa Eaton, pelo valor de R$ 70 mi. O pacote de 1,4 mil religadores faz parte da primeira etapa do programa. Ao todo, serão 4 mil religadores. Por serem automatizados, esses equipamentos conseguem consertar automaticamente 80% dos problemas na rede, sem necessitar o envio de uma equipe técnica da companhia. Com isso, os aparelhos reduzem o tempo de interrupção de energia e o custo operacional da distribuidora. "Isso traz inteligência para a rede. Essa é a grande tendência. Estamos apostando muito na questão da tecnologia. Estamos investindo muito nisso, porque acreditamos que a rede de distribuição, num futuro próximo, vai ser uma rede de inteligência. Ela vai transportar informações, não só energia", explicou Guetter. Segundo o executivo, a redução do índice de interrupção do serviço de fornecimento de energia, 13,67 horas em 2015, apesar de estar dentro do patamar exigido pela Aneel, é importante para tornar o agronegócio paranaense mais competitivo. "Apesar de estarmos dentro dos indicadores da Aneel, o nosso Estado, por uma questão de ter atuação no agronegócio, talvez exija uma qualidade um pouco maior. Queremos melhorar a qualidade da rede rural, trazendo¬a próxima a qualidade que temos na rede urbana", explicou. Em 2015, o segmento rural consumiu 2.256 GWh, o equivalente a quase 10% do mercado de energia total da distribuidora paranaense. A empresa possui hoje 363,6 mil clientes do segmento rural. A Copel investe cerca de R$ 850 mi por ano na rede de distribuição de energia da companhia. (Valor Econômico – 27.09.2016)

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2 Distribuidora de energia de Roraima tem concessão extinta

A CERR, controlada pelo governo estadual, terá a concessão extinta a partir de 1° de janeiro de 2017, quando suas operações serão assumidas pela Boa Vista Energia, controlada pela estatal federal Eletrobras, que também atua em Roraima. A decisão consta de despacho do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, no Diário Oficial desta segunda-feira, e segue uma decisão da Aneel após constatação pelo regulador de que a companhia estadual não tinha mais condições de prestar adequadamente os serviços de fornecimento de eletricidade para a região. (O Globo – 26.09.2016)

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3 Consumidores da Eletrobras Alagoas terão tarifa reduzida a partir do dia 29

A partir desta quinta-feira (29) os consumidores da Eletrobras Alagoas terão a tarifa de energia reduzida. A medida foi aprovada pela Aneel e atinge mais de um milhão de clientes da Distribuidora. De acordo com o gerente de faturamento da Eletrobras, Marcos Lamenha, os clientes vão sentir a redução de forma progressiva. “O reajuste estará plenamente aplicado no dia 29 de outubro. Até lá, a redução será proporcional, de acordo com a data de leitura de cada unidade consumidora”, explicou Lamenha. Em média, os consumidores residenciais terão uma redução de -1,42% na tarifa de energia elétrica. Já os clientes atendidos em baixa tensão, de outras classes de consumo como o comércio, poder público e serviço público, sentirão uma diminuição média de -1,37% e os consumidores ligados em alta tensão terão um reajuste de -1,13. Para calcular o reajuste, a Aneel considera a variação de custos associados à prestação do serviço, como a aquisição e a transmissão de energia elétrica e os encargos setoriais. Em Alagoas, a redução da tarifa em todas as classes de consumo pode ser justificada pela baixa utilização da energia oriunda das termoelétricas, com o aumento do nível dos reservatórios das hidrelétricas, e pela aplicação das bandeiras tarifárias, em vigor desde 2015. (G1 – 26.09.2016)

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4 Venda da CPFL pode alcançar R$ 25 bi

O Energia SP, fundo controlado por vários fundos de pensão e que compõe o bloco de controle da CPFL Energia, deve decidir nesta terça-feira, 27, se vai acompanhar os sócios Camargo Corrêa e Previ na venda para a chinesa State Grid de sua participação na elétrica. A expectativa do mercado é de que o fundo também realizará o desinvestimento. Se o Energia SP sair da companhia, será acionada a opção de tag along, pela qual os acionistas minoritários terão a oportunidade de também vender suas participações na CPFL aos chineses pelo mesmo valor ofertado aos demais sócios. Com isso, a transação pode a superar R$ 25 bilhões em valor total e tornar a State Grid a única acionista da companhia. O Energia SP é controlado pelos fundos de pensão Fundação Cesp (Funcesp), Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros), Fundação Sistel de Seguridade Social (Sistel) e Fundação Sabesp de Seguridade Social (Sabesprev) e, por sua vez, detém o controle da Bonaire, que na sexta-feira anunciou a transferência de suas ações vinculadas ao acordo de acionistas da CPFL para sua controladora. Com isso, o fundo passou a deter 150.146.050 de ações ON da CPFL, ou 15,1%, das quais 112.196.990 de ações (11%) estão vinculadas ao acordo de acionistas. A declaração do Energia SP FIA ocorre em um momento em que se aproxima o prazo final para que o fundo avalie se exercerá o direito de venda conjunta. No início de setembro, a Camargo Corrêa se comprometeu a vender aos chineses sua da participação de 23,6% na CPFL pelo valor de R$ 25 por ação, ou R$ 5,85 bi. Na última sexta-feira foi a vez da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, decidir para a State Grid toda a sua participação na CPFL, de 29,4%, por cerca de R$ 7,3 bi. Na semana passada, a CPFL informou que o Cade aprovou sem restrições a venda das ações detidas pela Camargo Corrêa à State Grid e também autorizou potencial aquisição das ações detidas pelos demais acionistas signatários do acordo de acionistas, na hipótese de exercício do tag along. Na análise do processo, o Cade afirmou que os mercados de atuação da CPFL – geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia – “estão sujeitos à intensa regulação por parte da Aneel, reduzindo a probabilidade de um comportamento anticompetitivo’ após a transação. Apesar do aval do Cade, a conclusão da operação para entrada da State Grid na CPFL depende ainda de aprovação da Aneel. Maior companhia elétrica do mundo, a State Grid entrou no mercado brasileiro em 2010, quando fechou a aquisição de ativos de transmissão de energia por quase US$ 1 bi. Desde então, o grupo chinês já arrematou concessões para construir no Brasil projetos de grande porte na área de transmissão, como as linhas de transmissão que escoarão a energia da hidrelétrica de Belo Monte do Nordeste para o Sudeste. (O Estado de São Paulo – 26.09.2016)

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5 Grupo de trabalho vai monitorar distribuidoras que não renovaram concessão

O MME criou nesta segunda-feira (26/9) novo grupo de trabalho voltado ao monitoramento da prestação de serviço das distribuidoras cuja concessão não tenha sido renovada. O grupo terá vigência até 31 de dezembro de 2017, podendo ser prorrogado. O grupo será formado por representantes da CCEE e Eletrobras, além de representantes da secretaria-executiva, assessoria Econômica e das secretarias de Energia Elétrica e de Planejamento e Desenvolvimento Energético do ministério. Entre empresas que não renovaram as outorgas, estão as concessionárias da Eletrobras Cepisa, Eletroacre, Ceal, Ceron, Boa Vista Energia e Amazonas Energia. O governo optou também por não prorrogar as concessões da CEA e CERR. O ministério estabeleceu também nesta segunda-feira (26/9) a eficácia da extinção da concessão da CERR, que atende o estado de Roraima, a partir do dia 1º de janeiro de 2017, quando o serviço será transferido para a Boa Vista Energia. (Agência Brasil Energia – 26.09.2016)

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6 Copel inicia obra de linha de transmissão entre São Paulo e Paraná

A Copel iniciou o lançamento de cabos das torres da nova linha de transmissão que está em construção entre Assis, em São Paulo, e Londrina, no Paraná. A obra é determinante para reforçar a integração do sistema elétrico entre as regiões Sul e Sudeste do Brasil e vai beneficiar a população da região Norte do Paraná quando entrar em operação, em setembro de 2017. Com investimentos de R$ 150 mi, o empreendimento aumenta o número de linhas no sistema e, consequentemente, as fontes de fornecimento de energia. Com 123 km de extensão, a rede vai operar em 500 Kv e passará por sete municípios paranaenses: Londrina, Assaí, Jataizinho, Uraí, Cornélio Procópio, Leópolis e Santa Mariana, e pelos municípios paulistas de Cândido Mota e Assis. "Estamos trabalhando ininterruptamente na construção desta nova linha. Ela faz parte do projeto de expansão da nossa área de transmissão e contribui não apenas para a qualidade do setor elétrico do Estado, mas de todo o Brasil", ressalta o presidente da Copel, Luiz Fernando Leone Vianna. (Agência CanalEnergia – 26.09.2016)

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7 S&P reafirma ratings de distribuidoras da EDP

A Standard & Poor's Global Ratings reafirmou na última sexta-feira, 23 de setembro, a classificação 'BB' atribuídos na escala global e 'brAA-' na Escala Nacional Brasil da EDP Escelsa. A S&P também reafirmou o rating 'brAA-' da EDP Bandeirante, empresa-irmã da Escelsa. A perspectiva de ambos os rantings continua negativa. De acordo com a agência a perspectiva negativa dos ratings de ambas empresas reflete aquela do rating do Brasil, indicando que rebaixará os ratings da Bandeirante e da Escelsa se realizar a mesma ação nos dos Brasil. (Agência CanalEnergia – 26.09.2016)

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8 Tradener investirá R$ 110 milhões em PCH contratada no LER

A Tradener participou do Leilão de Reserva, que aconteceu na última sexta-feira, 23 de setembro, e viabilizou uma PCH de 15,8 MW de potência. A PCH Tamboril, em Goiás, segundo Walfrido Ávila, presidente da comercializadora, receberá investimentos de R$ 110 mi. A energia da usina foi comercializada a um preço médio de R$ 232,50/MWh. "Era hora da Tradener ter alguma geração própria, porque o mercado está olhando para nós e pede que a gente tenha um pouco de energia própria para dar mais garantia aos contratos", explicou Ávila. De acordo com ele, a usina será construída com recursos próprios e começará a fornecer energia em março de 2020, em um contrato de 30 anos. "Esse leilão foi de grande importância para a Tradener, pois além de ampliar nosso portfólio de 800 MW comercializados, também é o início de um grande investimento da companhia na geração de energia renovável, que contempla também projetos voltados à energia solar, biomassa e eólica", comentou o executivo. Ele contou que a empresa já tem projetos eólicos inscritos para o próximo Leilão de Reserva e também projetos de PCHs voltados para o mercado livre. "Vamos colocar no mercado livre, assim que as condições de financiamento estiverem mais claras no Brasil", apontou. O primeiro Leilão de Reserva do ano teve uma oferta de 641 MW, mas apenas 180,3 MW foram contratados a um preço médio de R$ 227,02/MWh. (Agência CanalEnergia – 26.09.2016)

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9 Light abre processo de negociação para renovar concessão

A Light informou nesta segunda-feira, 26 de setembro, que pediu a suspensão do requerimento de revisão tarifária extraordinária, em razão de ter entrado com pedido de início formal do processo de negociação com a Aneel para a renovação da concessão da área de distribuição. A negociação é baseado no despacho 2.194, publicado em agosto deste ano, que aprovou "minuta de termo aditivo ao contrato de concessão de distribuição de energia elétrica, de caráter opcional, para as concessionárias que não tiveram os contratos prorrogados nos termos da lei 12.783/2013". A Light ressaltou ainda que a suspensão do requerimento não prejudicará eventual análise posterior pela Aneel, caso o processo negocial não logre êxito entre as partes. O pedido de RTE foi realizado em fevereiro deste ano, e pedia uma revisão completa com adesão às regras vigentes no novo ciclo de revisão tarifária, incorporando inclusive investimentos realizados relacionados às obras olímpicas. (Agência CanalEnergia – 26.09.2016)

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10 Exportações de equipamentos de GTD caem 27,3% em agosto

As exportações de equipamentos de geração, transmissão e distribuição de energia apresentaram queda de 27,3% em agosto na comparação com o mesmo mês no ano passado, segundo dados da Abinee, entidade que representa a indústria eletroeletrônica. As vendas externas caíram de US$ 60,2 mi para US$ 43,7 mi. O destaque negativo foi a queda de 82% na exportação de geradores, que passaram de US$ 26,6 mi em agosto de 2015 para apenas US$ 5,0 mi no mês passado. Enquanto os dados da Abinee mostram piora na comparação anual, na análise mês a mês o quadro é um pouco melhor, com alta de 18,2% frente a julho, quando foram vendidos para o exterior o equivalente a US$ 37,0 mi. No acumulado do ano, o segmento de GTD apresentou ligeira alta de vendas, encerrando o período com US$ 360,0 mi, alta de 0,6% em relação aos primeiros oito meses de 2015, quando foram vendidos US$ 357,8 mi. Já o fluxo inverso, de importações, registrou elevação de 58,9% no segmento de GTD, ante a agosto do ano passado. Foram comprados do exterior o equivalente a US$ 108,1 mi, contra US$ 68 mi, respectivamente. Em relação a julho, a alta foi de 74,4% – no mês anterior, foram importados o equivalente a US$ 62 mi. No acumulado do ano até agosto, as importações cresceram 7,0% ante igual período do ano passado, para US$ 719,0 mi, contra US$ 672,2 mi. (Agência Brasil Energia – 26.09.2016)

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Leilões

1 AbraPCH: Resultado do leilão de reserva está aquém das expectativas, mas é positivo pelo sinal

A AbraPCH avalia que o resultado do leilão de reserva realizado na semana passada é positivo por entender que o governo reconhece o papel das pequenas usinas hídricas na matriz energética, embora o volume contratado seja considerado aquém do considerado como ideal para a manutenção da cadeia produtiva. O setor considera um patamar mínimo de contratação da ordem de 500 MW por ano, enquanto que o leilão de reserva apresentou compra de 180 MW de capacidade instalada – 95 MW de garantia física – de 30 usinas. Em carta divulgada nesta segunda-feira, a associação disse que, diante do resultado, os esforços serão direcionados para a realização "urgente" de um leilão A-5 no primeiro trimestre do próximo ano, como forma de dar ao setor "o fôlego necessário para sobreviver". (Agência Brasil Energia – 26.09.2016)

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2 Aneel define hoje nova data para leilão de transmissão

Uma nova data para o leilão de linhas de transmissão de energia elétrica deve ser aprovada nesta terça-feira pela diretoria da Aneel. O certame estava programado para ocorrer no dia 2 de setembro, mas teve sua realização suspensa para melhorar as condições de oferta dos projetos. O governo e a Aneel trabalham juntos para encerrar o ciclo de leilões com empreendimentos de transmissão com baixa rentabilidade e elevado risco na execução das obras. O momento anterior era marcado pela participação predominante da Eletrobras nos consórcios de empresas que disputavam e arrematavam os lotes. A perda de fôlego da estatal, após as mudanças no setor promovidas pela polêmica MP 579/2012, não permitiu que o grupo continuasse a assumir os projetos de transmissão com remuneração apertada e desafios para conclusão no prazo acordado. Com a saída de cena da Eletrobras e as incertezas da economia, os leilões passaram a registrar lotes "vazios" ¬ projetos sem interesse dos investidores. Para voltar a atrair as empresas, a estratégia de formulação dos editais de transmissão teve que ser revista. Com o aval do governo, a Aneel elevou a taxa de retorno das linhas de transmissão e ampliou o prazo de execução das obras ¬ de 36 a 40 meses para 60 meses. A decisão veio também para acomodar as mudanças no modelo de concessão de empréstimos pelo BNDES. O banco reduziu o percentual de financiamento dos projetos, com juros subsidiados, do patamar de 70% para 50% sobre o valor total do investimento. O leilão deve ser reagendado para o fim de outubro. Trata¬se da segunda etapa do maior certame de transmissão realizado pela agência Aneel ¬ a primeira ocorreu em abril. Cada fase reúne mais de R$ 12 bi em investimentos. Em agosto, a agência decidiu levar a licitação para depois do julgamento do impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Na ocasião, o diretor-geral do órgão regulador, Romeu Rufino, chegou a admitir que havia um "ambiente político institucional" que poderia prejudicar a decisão dos investidores em entrar na disputa. (Valor Econômico – 27.09.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os níveis dos reservatórios da região Nordeste continuam em queda. Houve um recuo de 0,1% em relação ao dia anterior, o que deixou os reservatórios com 15,4%. Os dados são do NOS e são referentes ao último dia 25 de setembro. A energia armazenada é de 7.980 MW/mês e a ENA é 921 MWm, que é equivalente a 33% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Sobradinho está operando com volume de 11,23%. Na região SE/CO os reservatórios estão operando com volume de 41,5%, recuando 0,1% em relação ao dia anterior. A energia armazenada é de 84.222 MW/mês e a ENA é 14.253 MWm, o que é 94% da MLT. A usina de Furnas está operando com 59,62% da sua capacidade e a de Nova Ponte, com 28,02%. Na região Norte, os níveis dos reservatórios estão em 41,1%, caindo 0,3% em comparação ao dia anterior. A energia armazenada é de 6.188 MW/mês e a ENA é 868 MWm, que é equivalente a 51% da MLT. A usina de Tucuruí opera com volume de 67,72%. No Sul, houve uma queda de 0,4% em relação ao dia anterior, o que deixou os reservatórios com volume de 86%. A energia armazenada é de 17.167 MW/mês e a ENA é 5.030 MWm, que é 75% da MLT. A usina de Barra Grande está operando com 81,31% da sua capacidade. (Agência CanalEnergia – 26.09.2016)

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2 Apesar da seca no NE, conta de luz deve manter bandeira verde

Com o cenário confortável de abastecimento de energia no país, apesar da escassez de chuvas principalmente no Nordeste, especialistas esperam que a Aneel mantenha a cor verde da bandeira tarifária para outubro, em decisão que será anunciada na sexta-feira. Segundo eles, a determinação dependerá das condições que serão apresentadas pelo ONS, em reunião com os agentes na quinta e sexta-feira, sobre a operação do sistema no mês que vem. De acordo com Pedro Machado, da consultoria GV Energy, são poucas as chances de o PLD ¬ preço de curto prazo de energia ¬ ficar acima de R$ 211/MWh, que indicaria a necessidade de mudança de bandeira. "Provavelmente iremos ficar entre R$ 180/MWh e R$ 195/MWh." Para um executivo do setor, que pediu anonimato, com os dados disponíveis até o momento, a tendência é que a bandeira permaneça na cor verde. O PLD médio esta semana está em R$ 155,22/MWh, em todo o país. A maior preocupação no setor elétrico é em relação ao Nordeste, onde os reservatórios hidrelétricos marcam apenas 15,4% de armazenamento. O volume é ligeiramente superior ao observado em igual período do ano passado, de 14,5%. Apesar da escassez de chuvas na região, especialistas não acreditam que possa haver impacto no fornecimento de energia para o país. A baixa produção hidrelétrica no Nordeste está sendo compensada pela geração eólica na região e o intercâmbio energético do Sudeste e do Norte. "O cenário hidrelétrico do Nordeste chegou no piso. Mas não há risco de racionamento. Há risco de desabastecimento de água, mas não de energia", afirmou Machado, da GV Energy. Na última reunião do CMSE, no início do mês, foi discutida a possibilidade de reduzir a defluência mínima da hidrelétrica de Sobradinho, na Bahia, de 800 m³/s para 700 m3/ s. O objetivo é reter um volume maior de água no reservatório da usina, principalmente para ampliar as condições de abastecimento de água para a região no próximo ano, caso o período úmido seja novamente fraco. Se houver a mudança na defluência mínima, a expectativa é que Sobradinho chegue ao fim de novembro, quando termina o período seco, com 4,5% de armazenamento. Caso não haja, mudança, esse número deve ser de 2,7%, estima o ONS. Apesar do cenário crítico de oferta de água no Nordeste, o CMSE avaliou que não há risco de qualquer déficit de energia no Nordeste neste ano. A próxima reunião do comitê ocorrerá na semana que vem. (Valor Econômico – 27.09.2016)

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3 Itaipu atinge volume de energia garantida ainda em setembro

A geração de energia de Itaipu Binacional atingiu a marca de 75 milhões de MWh na última sexta-feira. O montante corresponde à energia garantida em contrato pela empresa. A remuneração da energia ocorre por rateio em cotas, que são pagas por todos os consumidores de energia. De acordo com a estatal, essa marca só ocorre entre outubro e o início de novembro, por isso, o fato é considerado um recorde pela companhia. "É a primeira vez na história que a usina cumpre toda a geração contratual já no mês de setembro", informou a empresa em comunicado. (Agência Brasil Energia – 26.09.2016)

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4 PLD bate R$ 155,22/MWh em todo o país

O PLD subiu 7% em todos os submercados, passando para R$ 155,22/MWh na semana de 24 a 30 setembro. De acordo com a CCEE, o preço ficou equalizado porque os limites de intercâmbio entre as regiões não foram atingidos. A previsão de afluências para o SIN, em setembro, caiu de 86% para 82% da MLT, permanecendo abaixo da média em todos os submercados: Sudeste (96%), Sul (77%), Nordeste (33%) e Norte (51%). Já os níveis dos reservatórios do SIN ficaram aproximadamente 450 MWm acima da previsão anterior e houve elevação em todos os submercados, exceto no Norte (20 MWm). As regiões Sudeste, Sul e Nordeste tiveram aumentos de 200 MWm, 120 MWm e 150 MWm, respectivamente. A carga de energia prevista para o SIN na última semana de setembro caiu 250 MWm, com quedas no Sudeste (280 MWm) e no Norte (170 MWm). Houve elevação apenas na carga prevista para o Nordeste, de 200 MWm de energia, ficando estável no Sul. O fator de ajuste das hidrelétricas integrantes do MRE previsto para esse mês foi revisado de 84,4% para 83,6%. A expectativa em relação aos ESS é de R$ 233 mi, sendo R$ 106 mi referentes à segurança energética. O CMO, utilizado na base de cálculo do PLD, teve alta de quase 10% nos submercados SE/CO e Sul, subindo de R$ 128,25/MWh para R$ 140,68/MWh. Já no Norte e no Nordeste, o aumento chegou a 30% na semana, para R$ 167,93/MWh, de acordo com o ONS. (Agência Brasil Energia – 26.09.2016)

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Energias Renováveis

1 São Martinho fará aporte em uma de suas unidades em SP

A São Martinho, uma das maiores produtoras de açúcar e etanol do Brasil, informou ontem que investirá R$ 44 mi na expansão da capacidade de moagem da Usina Santa Cruz, situada em Américo Brasiliense, na região de Araraquara (SP). Em comunicado à CVM, a empresa disse que o aporte foi autorizado por seu conselho de administração. A capacidade de processamento de cana-¬de-¬açúcar da unidade será ampliada em 7,7%, dos atuais 5,2 milhões para 5,6 milhões de toneladas. A empresa detalhou que os investimentos vão contemplar também o aumento no mix de açúcar já na próxima safra. Com a moagem maior, a São Martinho estima uma produção de 434 mil toneladas de açúcar, ante as 353 mil toneladas na capacidade atual. Com isso, a produção de etanol deve passar de 200 mil para 185 mil metros cúbicos, e a cogeração de energia, de 258 mil MWh para 247 mil MWh. Em teleconferência com analistas no início de agosto, Felipe Vicchiato, diretor financeiro da São Martinho, já havia sinalizado que a empresa pretendia investir no aumento da produção de açúcar e avaliava que a Santa Cruz era a unidade "mais viável" para que isso acontecesse. Além dessa usina, o grupo tem outras três unidades em operação ¬ duas em São Paulo e uma em Goiás. (Valor Econômico – 27.09.2016)

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2 CPFL Renováveis inicia operação de novos 6,3 MW eólicos

A CPFL Renováveis iniciou a operação comercial de duas unidades geradoras da eólica Ventos de São Benedito (29,4 MW – RN). Cada aerogerador possui 2,1 MW. A operação foi liberada pela Aneel nesta segunda-feira (26/9). Outros 2,1 MW do parque São Domingos (25,2 MW – RN) também entraram em operação. Ambas as usinas estão previstas para entrar em pleno funcionamento em novembro. Elas estão situadas no município de São Miguel do Gostoso. Os projetos possuem 12 unidades geradoras cada, todas conectadas à subestação João Câmara III (138 kV), e iniciaram as obras no ano passado. (Agência Brasil Energia – 26.09.2016)

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3 Micro e minigeração alcança 5 mil conexões

O número de conexões de micro e minigeradores de energia superou a marca de 5 mil unidades no país, informou a Aneel nesta segunda-feira (26/9). A fonte solar fotovoltaica apresenta o maior número de ligações, segundo a agência reguladora. A potência instalada total é de 47,9 MW. No mês passado, foram contabilizadas 5.040 ligações, sendo 4.955 equipamentos da fonte solar. Desse montante, o estado de Minas Gerais é o que apresenta o maior número, com 1.226 conexões. São classificados como microgeração empreendimentos com potência instalada de até 75 kW, enquanto minigeradores são classificados como de capacidade instalada entre 75 kW e 5 MW. (Agência Brasil Energia – 26.09.2016)

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4 Aneel libera início dos testes na EOL Ventos do Santo Dimas

A Aneel liberou o início da operação em teste na EOL Ventos de Santo Dimas, localizada no município de São Miguel do Gostoso, no Estado do Rio Grande do Norte, a partir do dia 23 de setembro. O benefício foi para UG9 a UG14, de 2,1 MW cada, totalizando 12,6 MW de capacidade instalada. A EOL Testa Branca I também obteve a liberação para as unidades 4 a 6, de 2,2 MW cada, totalizando 6,6 MW. A Aneel também liberou o início da operação comercial na EOL Testa Branca I, localizada no município de Ilha Grande, no Piauí. As unidades liberadas foram as de número 7 a 10, de 2,2 MW cada, totalizando 8,8 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 26.09.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Petrobras inicia processo de abertura do setor de gás natural no Brasil

A Petrobras reafirmou nesta segunda-feira, 26 de setembro, seu compromisso com a desverticalização o negócio de distribuição de gás natural no Brasil. Hoje o segmento é monopolizado pela petroleira. A companhia, porém, sinalizou que não pretende deixar o mercado de gás natural, que na sua visão, será o combustível de transição para uma matriz energética mais limpa. "Temos uma estratégia específica para a área de gás", disse diretor executivo de Refino e Gás Natural da Petrobras, Jorge Celestino, durante apresentação do Plano Estratégico de Negócios e Gestão 2017-2021 da companhia, na sede da Fiesp. "A Petrobras tem uma elevada concentração no negócio de gás. É o único supridor de gás, detém a infraestrutura logística e todo cliente de gás é suprido pela Petrobras. Nosso movimento é claramente de desverticalizar essa operação, trazendo novos parceiros... Já começamos a fazer. Na última semana anunciamos um negócio com um novo sócio na malha Sudeste." Celestino se refere à venda de 90% das ações da Nova Transportadora do Sudeste (NTS) para a Brookfield Infraestructure Partners (BIP), em uma operação de US$ 5,19 bi. A primeira parcela, correspondente a 84% do valor (US$ 4,34 bi), será paga no fechamento da operação e o restante (US$ 850 mi), em cinco anos. "Vamos verticalizar. Estamos tratando com o Governo a forma de fazer isso. Temos o desafio regulatório, fiscal e tributário para fazer isso, mas é algo que a gente está fazendo. Obviamente seremos um player relevante nesse segmento de mercado, por entendermos que esse é um combustível de transição", completou o executivo. Sem dar muitos detalhes, Celestino também disse que a Petrobras vai "reestruturar o negócio de energia", colocando todos os ativos debaixo de uma mesma empresa e "buscando maximizar o valor desse negócio". Hoje a petroleira é o sexto maior produtor de energia elétrica do Brasil, com capacidade instalada de 6.239 MW, atrás de Itaipu (7.000 MW, lado Brasil), Engie (7.323 MW), Eletronorte (9.922 MW), Furnas (9.411 MW) e Chesf (10.613 MW). "Reestruturação do negócio de energia é algo que a gente vai fazer. Colocando todos os ativos de energia debaixo de uma mesma empresa e buscando maximizar o valor desse negócio." (Agência CanalEnergia – 26.09.2016)

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2 Governo do Ceará busca solução para substituir terminal de GNL da Petrobras em Pecém

A entrada de investidores privados no Ceará pode levar a Petrobras a desativar seu terminal flutuante de regaseificação de GNL (FSRU, na sigla em inglês) do Porto de Pecém. O governo estadual busca interessados em construir e operar uma planta terrestre de regás que possa substituir o fornecimento atual, liberando o berço ocupado hoje pelo FSRU Golar Spirit. Já foi assinado um memorando de entendimento com as empresas Kogas e Posco, ambas sul-coreanas, para estudar a viabilidade de um terminal equipado para 12 milhões de m³/dia de capacidade de regaseificação. O governo cearense ainda conversa com outros interessados no exterior. O plano do governo é ampliar a capacidade de desembarque de combustíveis líquidos em Pecém e, para isso, precisa do espaço ocupado hoje pelo FSRU. A mudança chegou a ser discutida com a petroleira, que não demonstrou interesse em fazer novos investimentos, levando, então, a busca de novos investidores, informaram fontes próximas à negociação. A Petrobras tem plano de reduzir sua exposição em diversos segmentos, vendendo ativos ou encontrando novos sócios para as operações. No caso do GNL, a empresa, que tem outros dois terminais em Salvador e no Rio de Janeiro, cogita também o compartilhamento de capacidade. Além de atrair capital novo para Pecém, o governo do estado também precisa tratar do fornecimento de gás para as térmicas Ceará e Fortaleza, instaladas na região, e que hoje são abastecidas pelo terminal da Petrobras, em contratos vigentes até 2023. É nesse contexto que o governo espera atrair investimentos para um novo terminal, que crie a capacidade de importação de gás necessária para a Petrobras deixar o negócio de GNL em Pecém, sem colocar em risco o abastecimento das térmicas. A ideia é que a nova planta entre em operação em quatro anos, entre 2020 e 2021. (Agência Brasil Energia – 26.09.2016)

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3 Consumo de gás tem segundo pior resultado do ano

Com o segundo pior resultado do ano, o consumo de gás natural caiu 22,5% em julho, passando para 56,2 milhões de m³/dia, de acordo com levantamento da Abegás. Em julho de 2015, a demanda do país chegou a 72,5 milhões de m³/dia de gás, devido, em grande parte, ao despacho termelétrico, que à época demandava 28,6 milhões de m³/dia. Hoje, o consumo das usinas é menos da metade, de 12,4 milhões de m³/dia. Também houve baixa relevante no setor industrial, no qual foram consumidos 26,2 milhões de m³/dia do energético, volume 9,8% inferior ao registrado no mesmo mês do ano passado. O uso do gás para cogeração de energia e como matéria-prima também diminuiu 7,4% e 11,5%, respectivamente. Por outro lado, os pequenos consumidores têm dado resultados positivos para as distribuidoras de gás natural brasileiras. Em julho de 2016, o segmento residencial demandou 1,4 milhão de m³/dia, o que representa aumento de 25% na comparação anual. Enquanto, no comercial, houve elevação de 9,6%, para 910 mil m³/dia. O setor automotivo também teve crescimento no consumo de gás natural, que nos carros é utilizado como GNV. Em relação a julho do ano passado, o aumento foi de 3,68% e o volume demandado chegou a 4,9 milhões de m³/dia de gás. Segundo o presidente da Abegás, Augusto Salomon, o Brasil precisa de um projeto de desenvolvimento para o setor de gás natural, “[como esse] que vem sendo delineado no programa Gás para Crescer, que mostra o interesse do governo federal em criar políticas de estímulo ao setor”. Salomon afirmou ainda que as distribuidoras precisam contribuir com propostas para destravar investimentos. (Agência Brasil Energia – 26.09.2016)

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Grandes Consumidores

1 CSN pode vender 25% da Congonhas Minérios para chineses

A CSN está considerando vender parte de sua participação na Congonhas Minérios, segunda maior produtora de minério de ferro do Brasil, para a China Brazil Xinnenghuan International Investment (CBSteel), afirmaram duas fontes com conhecimento do assunto nesta segunda-feira. Segundo as fontes, a CBSteel está interessada em comprar cerca de 25% da Congonhas Minérios diretamente da CSN. O grupo brasileiro de siderurgia, que detém 88% da Congonhas Minérios, seguiria no controle da mineradora, disseram as fontes, acrescentando que as negociações estão lentas e podem não render necessariamente em um acordo. A primeira fonte afirmou que qualquer acordo avaliando a Congonhas Minérios como valendo cerca de US$ 20 bi tem mais chance de ser bem-sucedida. No início do mês, o ministro de Relações Exteriores, José Serra, afirmou que a CBSteel estava avaliando investimento na construção de uma usina siderúrgica no Maranhão, com capacidade inicial para 3 milhões de toneladas de aço por ano. Um porta-voz da CSN não comentou o assunto. Não foi possível contatar representantes da CBSteel no Brasil. Segundo a primeira fonte, a venda da participação é importante para ajudar a CSN a reduzir a dívida que atualmente é de cerca de R$ 26 bilhões. As seis companhias asiáticas que têm uma fatia de 12% na Congonhas Minérios vão manter suas posições, afirmaram as fontes. As empresas são as japonesas Itochu Corp, Nisshin Steel, JFE Steel e Kobe Steel, a sul-coreana Posco e a taiwanesa China Steel. A Congonhas Minérios foi criada no final de 2014, por meio da fusão da mina Casa de Pedra com a mineradora Namisa. (O Globo – 26.09.2016)

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Economia Brasileira

1 BNDES diz que financiamentos investigados na Lava Jato estão sendo revistos

O BNDES divulgou uma nota, em 26 de fevereiro, informando que os financiamentos contratados pelo BNDES com Angola, e que estão sob investigação na Operação Lava Jato, estão em fase final de revisão e que o banco estuda a definição de novos critérios e procedimentos para futuras operações. A instituição também disse que está colaborando com o TCU. Segundo a nota, as operações feitas com Angola “derivam de diversos protocolos que os dois países têm celebrado desde a década de 1990”. Os protocolos envolvem o apoio às exportações para projetos em diversos setores, como construção de rodovias, obras de saneamento, abastecimento de água, geração e distribuição de energia elétrica e habitação, além de exportação de equipamentos para corpo de bombeiros. (Agência Brasil – 26.09.2016)

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2 Balança comercial tem superávit de US$ 3 bi na parcial de setembro

A uma semana do fechamento do mês, a balança comercial brasileira registrou, até a última sexta-feira, um superávit de US$ 3,05 bi em setembro. As exportações somaram US$ 12,5 bi e as importações totalizaram US$ 9,4 bi. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pelo Mdic. Em todo este ano, o Brasil já registra um saldo comercial recorde de US$ 35,4 bi — no mesmo período do ano passado, o saldo estava positivo em US$ 9,9 bi. O resultado comercial brasileiro deste ano já é maior que o superávit registrado em todo ano passado (US$ 19,69 bi). Na parcial de 2016, as vendas para o exterior somaram US$ 136,1 bi, uma queda de 4,4% sobre o mesmo período do ano passado. As importações, por sua vez, somam US$ 100,6 bi, recuo de 24%. Em setembro, nas quatro semanas iniciais, as vendas para o exterior aumentaram 1,8%, pelo critério da média diária. Na comparação com o mesmo período do ano passado, subiram as vendas de produtos semimanufaturados e caíram as vendas de produtos básicos e manufaturados. As importações caíram 5,8%, considerando a média diária. Resultado puxado pela queda na compra de siderúrgicos, equipamentos mecânicos, adubos e fertilizantes e combustíveis e lubrificantes. (O Globo – 26.09.2016)

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3 Gasto do brasileiro no exterior sobe com câmbio e confiança, diz BC

Os gastos de brasileiros com viagens internacionais tiveram a primeira alta interanual desde janeiro de 2015.Segundo chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, aparentemente há uma retomada desses gastos, que captam o comportamento do câmbio e também a melhora da confiança do consumidor. Em agosto deste ano, os gastos somaram US$ 1,292 bi, contra US$ 1,263 bi um ano antes. Mas, segundo Maciel, o patamar segue reduzido em comparação com anos anteriores. “Estamos reagindo partindo de uma base reduzida”, disse. Os dados parciais para setembro vão no mesmo sentido, conforme mostram gastos de US$ 973 mi até dia 22. Segundo Maciel, estimando até o fim do mês os gastos ficariam 8,1% maiores do que em setembro do ano passado. O saldo líquido até o dia 22 estava em US$ 634 mi, captando receitas de US$ 339 mi no período. Em agosto, o BC apontou ainda que os viajantes estrangeiros deixaram no país US$ 602 milhões, ante US$ 493 mi um ano antes. Com isso, a rubrica viagens internacionais ficou negativa em US$ 690 mi no oitavo mês deste ano, contra US$ 827 mi em agosto de 2015. (Valor Econômico – 26.09.2016)

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4 Intenção de consumo das famílias sobe pelo 3º mês, nota FecomercioSP

O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou em setembro o terceiro mês consecutivo de alta e chegou aos 69,9 pontos, com elevação de 5,4% em relação ao mês anterior, conforme pesquisa da FecomercioSP, divulgada nesta segunda-feira. O resultado proporcionou a primeira alta anual (em relação mesmo mês do ano anterior) do indicador em 44 meses. O índice subiu 0,2% na comparação com setembro do ano passado. Apesar do desempenho, o indicador permanece abaixo dos 100 pontos (metade da escala, de 0 a 200), o que significa que a população ainda está insatisfeita com o nível de consumo. A perspectiva para famílias com renda abaixo de dez salários mínimos cresceu 5,2%, com o indicador para essa faixa de renda passando de 66,1 para 69,4 pontos de agosto para setembro. Quem tem renda maior, acima de dez mínimos, ficou ainda mais otimista. O indicador para essa faixa de renda subiu 6,4% e chegou aos 71,3 pontos no mês. Na comparação anual, a faixa inferior de renda registrou queda de 1,2%, ao passo que a superior mostrou alta de 4,4%. Para o departamento econômico da FecomercioSP, ainda é cedo pra que essa recuperação do indicador se traduza em aumento do consumo. (Valor Econômico – 26.09.2016)

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5 Moody’s: Economia brasileira está melhorando, mas retomada será árdua

As perspectivas econômicas do Brasil estão melhorando depois de uma profunda recessão, mas a recuperação será árdua e qualquer melhoria na qualidade de crédito vai levar tempo para se desenvolver, na opinião da agência de classificação de risco Moody’s. A agência espera que a economia brasileira cresça 0,5% no próximo ano, após uma contração de 3,5% em 2016. A recuperação será puxada principalmente por investimentos, seguindo o aumento da confiança e a necessidade das empresas de aumentar a produção para repor estoques esgotados. A conclusão do processo de impeachment presidencial também permitiu que a administração de Michel Temer persiga políticas de inflação críveis, bem como medidas para reforçar a disciplina fiscal, diz a Moody’s. As medidas propostas são vitais para aliviar as preocupações dos investidores e manter os fluxos de capital, bem como para aumentar a confiança, acrescenta a agência. “As condições de estabilização da economia vão ajudar a conter o estresse financeiro para as companhias brasileiras, e suportar melhoras modestas na performance das empresas”, afirma Gersan Zurita, vice-presidente sênior da Moody’s. “No entanto, condições de liquidez apertadas, altas taxas de juros e o desemprego continuarão a pesar na economia até pelo menos o fim de 2017.” A agência de classificação de risco afirma ainda que a utilização da capacidade instalada estabilizou, mas ainda permanece nas mínimas históricas, e a contribuição dos setores exportadores brasileiros para a recuperação econômica dependerá muito dos desdobramentos da taxa de câmbio. Diante desse cenário, os bancos manterão a aversão ao risco, segundo a Moody’s. No entanto, na análise da agência, se a confiança melhorar, algumas instituições financeiras terão flexibilidade para aumentar mais rapidamente suas carteiras de empréstimos. Uma recuperação econômica gradual não apenas favorecerá um aumento da demanda por crédito, mas também tende a acelerar uma melhora na qualidade dos ativos. (Valor Econômico – 27.09.2016)

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6 Estimativa do mercado para o IPCA de 2016 tem nova queda

A surpresa positiva com a prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA¬15, na semana passada, levou o mercado financeiro a reduzir novamente as projeções para a alta dos preços neste ano. Depois de o IPCA¬15 subir 0,23% em setembro, os analistas que alimentam o boletim Focus cortaram de 7,34% para 7,25% a previsão para o IPCA em 2016. Para os próximos 12 meses a expectativa caiu de 5,20% para 5,16% e, para o fim de 2017 foi cortada a 5,07%, de 5,12%. A inflação mais comportada aumentou, na avaliação de parte do mercado, a probabilidade de o Banco Central começar a cortar a taxa básica Selic em outubro. Mesmo assim, a mediana do Focus ainda aponta juro em 14,25% ¬ mesmo nível há quatro semanas. Para 2016 a estimativa do PIB melhorou novamente de uma queda de 3,15% para retração de 3,14%. Para 2017, a previsão passou de 1,36% para 1,30% ¬ mesmo patamar em que estava há duas semanas. Para a taxa de câmbio no fim do ano, a previsão passou de R$ 3,30 para R$ 3,29. (Valor Econômico – 27.09.2016)

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7 Preços ao produtor recuam 0,26% em agosto, segundo IBGE

O IPP caiu 0,26% em agosto, segundo o IBGE. Em julho, o IPP havia recuado 0,57%, taxa revisada de alta de 0,56%. O IPP mede a variação dos preços dos produtos na porta de fábrica, sem impostos e fretes, na indústria de transformação e extrativa. Em agosto de 2015, o IPP havia subido 0,96%. No ano até agosto, o índice acumula perda de 0,93% e, em 12 meses, avança 3,03%. O IPP da indústria extrativa subiu 4,15% em agosto, após baixa de 11,94% no mês anterior. Já na indústria de transformação, os preços recuaram 0,38% no mesmo período. Em agosto, 11 das 24 atividades pesquisadas pelo IBGE tiveram variações positivas nos preços. As variações positivas mais expressivas foram observadas em indústrias extrativas (4,15%) e as negativas em outros produtos químicos (¬2,54%), vestuário e acessórios (¬2,10%) e fumo (¬1,60%). Em termos de influência, nesta comparação, sobressaíram outros produtos químicos (¬0,24 p.p.), alimentos (¬0,15 p.p.), Indústrias extrativas (0,11 p.p.) e metalurgia (0,11 p.p.). O IPP também mediu a variação de preços ao produtor de bens de capital, que entre julho e agosto recuou 0,16%. A taxa de bens intermediários foi de queda de 0,44% no mês, bens de consumo duráveis cresceu 0,92% e não duráveis teve baixa de 0,26% no período. (Valor Econômico – 27.09.2016)


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8 BC prevê inflação de 7,3% em 2016 e de 4,4% em 2017

A inflação anual medida pelo IPCA deve fechar 2016 em 7,3%, recuar para 4,4% em 2017 e chegar a 3,8% no fim de 2018. Essa é a trajetória da inflação no cenário de referência do BC, que considera a taxa básica de juros em 14,25% ao ano e câmbio de R$ 3,30 ao longo do período analisado. Os dados estão contemplados no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro. Para 2017, a projeção de inflação de 4,4% está abaixo dos 4,7% apontados no relatório de junho. A queda é gradual, com inflação marcando 6,2% no primeiro trimestre do ano que vem, 5,2% no segundo e 4,5% no terceiro. Em junho, as projeções eram de 5,9%, 5,2% e 5%, respectivamente. O BC apresentou pela primeira vez projeção para o quarto trimestre de 2018, com inflação em 3,8%. Para o primeiro trimestre de 2018, a previsão saiu de 4,4% para 4,2%. Para o segundo trimestre, o prognóstico mudou de 4,2% para 4% e, para o terceiro trimestre, a estimativa é de 4%. A probabilidade de o IPCA estourar o teto da meta de 6,5% em 2016 é de 91% e essa chance em 2017 está em 12%. Para 2018, a probabilidade de a inflação ultrapassar a meta está “em torno” de 6%. Pelo regime de metas para a inflação, o BC tem de perseguir uma inflação de 4,5%, mas conta um uma banda de tolerância. Em 2016, ela é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Em 2017, a banda é menor, de 1,5 ponto percentual. (Valor Econômico – 27.09.2016)

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9 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h18, a moeda americana estava cotada a R$ 3,2313, baixa de 0,52%. Na segunda-feira, o dólar comercial subiu 0,11%, para R$ 3,2481. (Valor Econômico – 27.09.2016 e 26.09.2016)

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Internacional

1 Uruguai exportará excedente de energia eólica para Argentina

A Ministro da Indústria, Energia e Mineração do Uruguai, Carolina Cosse, autorizou como representante do Estado do seu país, pela primeira vez, uma empresa privada de energia eólica, localizada no departamento de Rocha, exportar sua eletricidade excedente para a Argentina. "Isso é relevante porque é a primeira empresa privada que exporta energia para a Argentina e é parte do que nós definimos como uma mudança na matriz energética, que o Uruguai conseguiu com tanto esforço", disse a ministra, durante o desenvolvimento do Conselho de Ministros em Rocha. Trata-se da empresa Nuevo Manantial, que possui um dos primeiros parques eólicos operacional do Uruguai, em 2008, om a instalação de 29 turbinas eólicas de capacidade de geração de 18 MW. A ministra explicou que esta é uma empresa que mão tem um contrato de intercambio de energia "empresarial" com a estatal energética (UTE), que acrescentou que a Nuevo Manantial "tem um preço variável", o qual o Estado não tem " obrigação de comprar". "Esta empresa tem feito este investimento, como há excedente de energia, solicitou autorização para exportar energia para a Argentina. Analisamos a situação e demos a autorização por um período de seis meses, mas com a condição de que o Uruguai tem a prioridade”, disse. (El Inversor – Argentina – 27.09.2016)

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2 UTE prepara emissão para parque eólico Valentines

O presidente da UTE, Gonzalo Casaravilla, informou que antes do fim do ano lançará ao mercado de ações a operação do parque eólico de Valentines, instalado na fronteira entre os departamentos de Florida e Trinta e Três. O chefe explicou que com a emissão buscará financiamento para o projeto, que tem um valor estimado em US$ 171 mi e se custeou com um empréstimo "ponte" de bancos nacionais. A operação será semelhante à que foi feita pela UTE no final de 2015 para construir o parque eólico Arias no departamento de Flores, embora neste caso irá ocorrer com o projeto construído e funcionando. "Estamos trabalhando para que as pessoas possam participar com pouco dinheiro; não podemos dar muitos detalhes, porque dependemos de autorização do Banco Central para lançar", disse Casaravilla. Será a terceira emissão da UTE para financiar projetos eólicos, esta forma também foi usada para financiar o parque Pampa localizado em Tacuarembó. (El País – Uruguai – 26.09.2016)

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3 Especialista argumenta que Bolívia deve exportar energia de El Bala a preços baixos

O pesquisador do Centro de Documentação de Informação Bolívia (CEDIB) Gustavo Villegas acredita que o principal problema da Bolívia com o projeto do El Bala é que este deve vender eletricidade ao Brasil a um preço mais baixo do que se produz, uma situação que para a central é impossível. "Terá que vender mais barato, em seguida, há o grande problema que é chegar ao Brasil com uma energia muito mais barata do que o Brasil produz e isso é um sonho, é impossível de cumprir, então não há mercado", disse ele ontem em entrevista com a rede ERBOL. Em julho, o governo assinou o contrato para a realização do projeto hidrelétrico El Bala, ao norte de La Paz, que prevê gerar 3.676 MW de energia. Algumas autoridades anunciaram que com esta represa Bolívia se tornará o coração energético da América do Sul. Para Villegas, esse discurso não tem uporte estatístico. "A Bolívia produz atualmente menos de 1% da energia na América do Sul e com El Bala aumentará 1,5% da produção de energia elétrica e esse discurso (o discurso do governo) é faltoso de seriedade porque para ser o coração, pelo menos, devemos ter 20% da produção, então este discurso para exportar eletricidade em vez de gás não tem fundamento”, não corresponde a uma política", disse ele. (Pagina Siete – Bolívia – 26.09.2016)

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4 EDP Renováveis fecha acordo de financiamento de 300 milhões nos EUA

A EDP Renováveis anunciou nesta segunda-feira que fez um acordo com duas instituições financeiras para um financiamento tax equity, com que vai encaixar US$ 342 mi (304 mi de euros). Os parques eólicos em causa são o Hidalgo, no estado do Texas, de 250 MW, e o Jericho Rise, em Nova Iorque, de 78 MW, segundo a informação comunicada à CMVM, que refere ainda que o financiamento de cerca de 304 mi de euros (à taxa de cambio atual) "terá lugar perto do início das operações de ambos os projetos, que está previsto ocorrer no quarto trimestre de 2016". O pagamento será feito "em troca de interesse económico em parques eólicos nos Estados Unidos". A EDP Renováveis tem celebrado diversos acordos tax equity, em que transfere para outras empresas créditos fiscais sobre parques eólicos. Estes acordos permitem ao investidor usar os benefícios fiscais associados ao projeto. Ainda na informação enviada ao mercado, a empresa refere que "a estrutura de parceria institucional estabelecida permite uma utilização eficiente dos benefícios fiscais gerados pelo projeto, aumentando a rentabilidade e criação de valor". (Publico – Portugal – 26.09.2016)

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5 GM se compromete a usar apenas energia renovável até 2050

A GM se comprometeu neste mês a usar globalmente apenas energia de fonte renovável até 2050. Isso significa que suas 350 unidades fabris, em 59 países, apenas terão como fonte de sua eletricidade tecnologias como eólica, solar fotovoltaica, biogás de aterro e hidroeletricidade. Já para 2020, a previsão é de superar antiga meta de chegar a uma capacidade de autogeração renovável de 125 MW. Colabora com isso dois projetos de parques eólicos que estarão em funcionamento até o final do ano no México (34 MW, para três fábricas) e nos Estados Unidos (30 MW, para uma unidade no Texas). Atualmente a capacidade instalada de energia renovável da GM é de 106,6 MW, com 22 sistemas de energia solar fotovoltaica e três com biogás de aterro. Isso equivale a 9% da sua demanda energética, que será ampliada para 12% com os parques eólicos ainda em 2016. Também sairão no curto prazo mais duas usinas solares em fábricas da GM na China (30 MW). No Brasil há uma unidade de energia solar em fábrica de Joinville (SC), que gerou em 2015 cerca de 195 MWh de energia elétrica. O consumo total da GM no Brasil em 2015 foi de 12.3 GWh. Hoje a GM economiza globalmente por ano US$ 5 mi com o uso de energia renovável. O consumo total do grupo no mundo em 2015 foi de 9 TWh para fabricar 9.689.043 veículos e para manter suas instalações administrativas. Os gastos anuais com energia total chegam a US$ 1 bi, sendo U$ 650 mil apenas com eletricidade. O plano da GM inclui também intensificar os projetos de eficiência energética. No médio prazo, até 2020 a montadora pretende chegar a um consumo específico de 1.97 MWh/veículo, incluindo aí o consumo não apenas para fabricar os carros mas aqueles gastos nas áreas não-produtivas também. Hoje esse dado, também conhecido como intensidade energética, está em 2.09 MWh por veículo. (Agência Brasil Energia – 26.09.2016)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 SANTILLI, Márcio; GUETTA, Maurício. “Ignorância ou má-fé a serviço do setor elétrico”. Valor Econômico. São Paulo, 27 de setembro de 2016.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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