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IFE: nº 4.180 - 26 de setembro de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Turma da disciplina de pós-graduação ministrada pelo GESEL fará visita acadêmica ao ONS
2 MME: CPAMP vai analisar mudanças em modelos de operação e cálculo do PLD
3 Belo Monte recebe conceito A em guia da Aneel

Empresas
1 Previ decide sair da CPFL e vende ações à State Grid
2 CPFL Geração aprova emissão de R$ 50 mi em debêntures
3 CPFL Leste Paulista investe R$ 4,5 milhões no primeiro semestre de 2016
4 Omega pretende investir R$ 2 bi em geração
5 Light Energia vai emitir debêntures para recompor capital de giro
6 Tradener marca entrada no negócio de geração de energia
7 Comerc Esco calcula o custo de não investir em eficiência energética
8 Gustavo Ayala vai fazer a gestão da Bolt Comercializadora

9 Celpe consegue reduzir para R$ 3,7 milhões multa por falhas nas condições do fornecimento

Leilões
1 EPE: Leilão de energia foi bem-sucedido, apesar da baixa contratação
2 Contratação do leilão de reserva decepciona setor de PCHs

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 Consumo no mercado livre mantém alta em setembro
3 Previsão da carga para setembro é de queda de 1,3%

4 Consumo de energia no Estado de São Paulo cai 1,3% em 2015

5 Reservatórios atingem pior nível registrado no DF

6 Consumo de energia elétrica em Sergipe aumentou 3,6%, em agosto

7 PLD médio sobe 7% e fica em R$ 155,22/MWh

Meio Ambiente
1 Famílias atingidas pela UHE Tucuruí começam a receber indenização
2 Iate solar para poucos

Energias Renováveis
1 Salta a quantidade de brasileiros que geram sua própria energia

Gás e Termelétricas
1 Petrobras enfrenta problemas em térmica e terminal GNL colocados à venda
2 Conselho da Petrobras aprova venda da NTS por US$ 5,2 bi
3 Venda da NTS abre caminho para ampliação da malha

Economia Brasileira
1 Déficit na conta corrente do Brasil fica abaixo do previsto pelo BC
2 Brasil fecha 651.288 vagas até agosto, pior resultado desde 2002

3 Empresários da construção civil permanecem pessimistas, aponta CNI
4 Indústria volta a contratar após 17 meses negativos, mostra Caged
5 Inflação prevista pelo consumidor segue em 9,8% em setembro, nota FGV
6 Mercado projeta inflação menor em 2016 e 2017, traz Focus
7 IPC-S desacelera em cinco capitais na terceira prévia do mês
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina se prepara para novo leilão de energia
2 Argentina: Estado passa a controlar 50% da Transener
3 Paraguai: Dos "oito meses históricos" de Itaipu aproveitamos apenas 10,5%
4 Armazenamento atinge alta eficiência em estudo na Suíça


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Turma da disciplina de pós-graduação ministrada pelo GESEL fará visita acadêmica ao ONS

Na próxima sexta-feira (30/09), às 9h30, a turma da disciplina “Economia do Setor Elétrico Brasileiro I” (oferecida no âmbito do Programa de Pós Graduação em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento – PPED e ministrada pelo Prof. Nivalde de Castro, coordenador do GESEL) fará uma visita acadêmica ao Operador Nacional do Sistema (ONS). Os alunos terão a oportunidade de conhecer o trabalho da instituição e entender melhor alguns dos atuais desafios do Setor Elétrico Brasileiro. (GESEL-IE-UFRJ – 26.09.2016)

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2 MME: CPAMP vai analisar mudanças em modelos de operação e cálculo do PLD

A Comissão Permanente Para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico (CPAMP), em reunião realizada em 22 de setembro, definiu o calendário indicativo de alterações estruturais nos modelos computacionais de operação e de cálculo do PLD. No que diz respeito à representação da aversão ao risco, a CPAMP decidiu que deverão ser adotados novos parâmetros do CVaR com aplicação para o planejamento da operação e formação de preços a partir de maio do de 2017. A Comissão vai propor ainda a unificação entre os critérios de planejamento e operação, igualando as funções de custos do déficit com a utilização de um único patamar a partir de janeiro de 2017. Esses aprimoramentos serão submetidos em consulta pública ainda no mês de outubro. Para o próximo ano, o compromisso da Comissão é concluir os trabalhos sobre a implantação da Superfície de Aversão a Risco e a revisão da função do custo do déficit, com aplicação a partir de 2018. A divulgação desse calendário indicativo se alinha à abertura, prevista para a última semana deste mês, da consulta pública que discutirá a governança dos modelos computacionais, definindo as competências para alterações estruturais no âmbito da CPAMP e para alterações nos dados de entrada conforme regulação da Aneel. O material a ser submetido em consulta reforça o compromisso das instituições do setor participantes do CPAMP, como o ONS, a Aneel, CCEE, a EPE e o MME, de ampliar a transparência e o debate com a sociedade sobre os fundamentos da formação de preço da energia e da política operativa. (Agência CanalEnergia – 23.09.2016)

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3 Belo Monte recebe conceito A em guia da Aneel

A Usina Hidrelétrica de Belo Monte e a Norte Energia conquistaram o conceito "A" entre 22 hidrelétricas avaliadas pela Aneel no "Escalada", primeiro guia criado pela Aneel para analisar a entrega de Relatório de Acompanhamento de Empreendimentos de Geração de Energia Elétrica (Rapeel). O conceito "A" significa que o empreendimento e a empresa responsável por ele alcançaram a maior nota (3,75 pontos) ou ficaram acima dela. Entre os critérios para as análises estatísticas estão, como responsabilidade do empreendedor, o progresso do cronograma de implantação; o licenciamento ambiental; as condições de financiamento; a contratação de serviços de obras civis; a compra de equipamentos; a montagem eletromecânica; a contratação de combustível; tratativas para conexão a rede elétrica; principais atividades realizadas e relatório fotográfico que demonstra o progresso das obras. Belo Monte e a Norte Energia tiveram seu alto padrão de conformidade de prazo e de forma nas informações enviadas à Aneel e foram analisados dentro do padrão do Ambiente de Contratação e a Periodicidade de entrega do Rapeel, que no caso de Belo Monte e da Norte Energia, entre outras, sobre informações mensais, onde estão analisados todos os empreendimentos de fonte hídrica ou que comercializaram no Ambiente de Contratação Regulada que estejam com obras em andamento e o Tipo de Geração, no caso de usinas hidrelétricas, que exigem informações reais e detalhadas. Com o cumprimento de critérios e padrões de relatório para a Aneel, Belo Monte e Norte Energia contribuem para manutenção dos prazos, da confiabilidade do setor hidrelétrico e de seus indicadores, assim como para o planejamento da operação e expansão do setor. (Agência CanalEnergia – 23.09.2016)

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Empresas

1 Previ decide sair da CPFL e vende ações à State Grid

Como esperado, a venda do controle societário da maior distribuidora privada de energia do país, a CPFL, para o grupo chinês State Grid, praticamente se consumou na sexta-feira. A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, informou que seu conselho deliberativo aprovou a adesão à proposta feita pelos chineses ao grupo Camargo Corrêa, que havia vendido sua participação de 23,6% em 02 de julho. Amanhã, o fundo Energia SP e a controlada Bonaire, deverão também oficializar a negociação de sua fatia de 15,1%. A fundação ligada ao BB, por fazer parte do bloco de controle da CPFL, exerceu o direito que está expresso no acordo de acionistas da elétrica, conhecido como 'tag along'), de aderir ao negócio na mesma base de preço ofertada à Camargo Corrêa: R$ 25,00 por ação. A Previ estima receber por seu pacote de ações - 29,4% do capital - em torno de R$ 7,5 bi. A Previ, segundo apurou o Valor, realizará a venda de suas ações à State Grid em duas tranches. A primeira, envolvendo as ações que compõem o acordo de acionistas - 19,3% - neste momento. A segunda tranche, de pouco mais de 10%, será vendida na oferta pública de compra de ações (OPA) que será feita pela companhia chinesa aos acionistas minoritários da CPFL. Todo o negócio (100% das ações) pode passar de R$ 25 bi. Considerando a dívida da elétrica, e também a OPA pelas ações dos minoritários da controlada CPFL Renováveis, estima-se que a operação de compra da distribuidora, geradora e também comercializadora de energia vai superar a marca de R$ 40 bi. Em nota em seu site, a fundação Previ informou que o negócio vai gerar um ganho total de R$ 2,9 bi ao se comparar ao valor das ações lançado em seu balanço anual. Assim, afirma, esse ganho vai contribuir para redução do déficit da fundação. "Movimentos como esse deverão se intensificar nos próximos anos, a depender obviamente de oportunidades adequadas", ressaltou. A CPFL é um braço da Cesp que foi privatizado em 1998, tendo como arrematadores o consórcio VBC (Votorantim, Camargo Corrêa e Bradesco), a Previ e a Bonaire. Há vários anos Votorantim e Bradesco deixaram o bloco. A gigante chinesa State Grid entrou no Brasil anos atrás, adquirindo um grande pacote de linhas de transmissão de energia. (Valor Econômico – 26.09.2016)

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2 CPFL Geração aprova emissão de R$ 50 mi em debêntures

A CPFL Geração aprovou em reunião do seu conselho de administração realizada nesta sexta-feira, 23 de setembro, a realização da nona emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, em série única, no valor total de R$ 50 mi. De acordo com a empresa, cada debênture de espécie quirografária vai ter o valor unitário de R$1.000,00, totalizando 50 mil debêntures. A emissão será no próximo dia 17 de outubro e as debêntures terão prazo de vencimento de cinco anos a contar da data da emissão. (Agência CanalEnergia – 23.09.2016)

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3 CPFL Leste Paulista investe R$ 4,5 milhões no primeiro semestre de 2016

A CPFL Leste Paulista investiu R$ 4,5 mi no primeiro semestre do ano. Os recursos foram usados na ampliação, reforço e manutenção do sistema elétrico, proporcionando um serviço de melhor qualidade e mais bem-estar para os 57,9 mil clientes atendidos pela companhia. Os investimentos na rede elétrica são compostos de obras de pequeno, médio e grande porte e são realizados ao longo de meses, com objetivo de ampliar a qualidade do fornecimento de energia e oferecer infraestrutura para o crescimento e desenvolvimento socioeconômico dos municípios. Os projetos realizados pela concessionária preparam o sistema para o aumento futuro da demanda por energia tanto do parque industrial quanto das classes comercial e residencial. Do montante investido pela CPFL Leste Paulista, em torno de R$ 2,2 mi foram destinados à execução dos projetos voltados ao atendimento aos clientes e à expansão do consumo de energia. Deste montante, R$ 1,985 mi foi aplicado na instalação de novas redes elétricas e a instalação de medidores, visando a ligação de novos consumidores. Outros R$ 220 mil foram investidos no reforço da capacidade de subestações e linhas de transmissão da energia. A distribuidora também destinou R$ 1,92 mi na manutenção, melhoria e modernização das linhas de distribuição de energia, além das ações de recuperação das perdas comerciais. Melhorias na rede primária e secundária da concessionária consumiram R$ 1,1 mi em investimentos, enquanto que as ações de manutenção receberam R$ 794 mil. "O setor elétrico é uma atividade que requer investimentos de longo prazo, e a missão da CPFL Leste Paulista é investir na busca contínua da melhoria da qualidade do serviço para levar crescimento e desenvolvimento socioeconômico para todos os municípios da sua área de concessão", destaca o diretor presidente da CPFL Leste Paulista, Marco Antônio Villela de Abreu. (Agência CanalEnergia – 23.09.2016)

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4 Omega pretende investir R$ 2 bi em geração

A geradora brasileira de energias renováveis Omega Energia prevê alcançar 500 MW de capacidade instalada de parques eólicos e PCHs em operação no primeiro semestre de 2017. A companhia, que espera concluir nos próximos 18 meses um ciclo de investimentos de R$ 2 bilhões, já possui hoje quatro PCHs e sete eólicas em funcionamento. A Omega também avalia participar do próximo leilão de energia de reserva, em dezembro, voltado apenas para usinas eólicas e solares. "Temos sempre projetos cadastrados nos leilões. Depende das taxas de retorno e das condições de atração de recursos para novos investimentos para nossa empresa. Sempre participamos, mas de forma muito criteriosa, para garantir nossa empresa saudável e crescendo com estabilidade", afirmou o diretor-presidente da Omega Energia, Antonio Bastos, ao Valor. A companhia também aguarda a definição da nova política de financiamento do BNDES para projetos eólicos. A expectativa da Omega é que a mudança passe a valer para os projetos dos próximos leilões, sem alterar as regras para empreendimentos licitados anteriormente. "Qualquer tipo de mudança, do ponto de vista do que foi estabelecido como regra regulatória no passado e que seja alterado no meio do caminho pode trazer algum tipo de reação dos investidores ou uma receptividade não muito positiva do mercado como um todo. Mas tenho uma percepção que não será esse o caso", afirmou. No último mês, a chefe do departamento de energias alternativas do BNDES, Ligia Chagas, sinalizou que as mudanças na política de financiamento não seriam retroativas aos projetos vencedores dos últimos leilões. Questionado sobre qual seria o melhor modelo de financiamento para o setor, Bastos defendeu que haja uma mudança suave e gradual, para evitar um impacto brusco para os investidores em geração eólica. "A transição ideal é ir fazendo revisão em novos modelos", disse o executivo, defendendo que a mudança seja feita em diálogo com o mercado. A Omega Energia é controlada pela gestora de recursos brasileira Tarpon Investimentos com participação do fundo de investimento americano Warburg Pincus. (Valor Econômico – 26.09.2016)

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5 Light Energia vai emitir debêntures para recompor capital de giro

O conselho de administração da Light orientou voto favorável na reunião do conselho da subsidiária Light Energia sobre a emissão de debêntures com empréstimo ponte pelo Banco Original no valor de R$ 50 mi, com custo de CDI mais 4%. A captação de recursos tem por objetivo a recomposição de capital de giro da Light Energia, braço de geração do grupo. (Valor Econômico – 23.09.2016)

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6 Tradener marca entrada no negócio de geração de energia

Uma das mais antigas comercializadoras de energia do país, que participou do primeiro contrato do mercado livre, a Tradener marcou a entrada no negócio de geração de energia com a contratação de uma PCH no leilão de energia de reserva realizado nesta sexta-feira (23/9). A comercializadora vendeu 6,68 MW médios de uma garantia física total de 7,42 MW da PCH Tamboril, localizada em Goiás, a um preço de venda de R$ 232,50/MWh. A usina tem 15,8 MW de potência. A empresa pretende construir outras três PCHs, estas destinadas para o mercado livre e não descarta investir nos segmentos de energia solar, biomassa e eólica, informou o presidente da Tradener, Walfrido Ávila, em comunicado. O portfólio da comercializadora é de 800 MW. O leilão de reserva contratou energia de 30 PCHs e CGHs (usinas com potência de até 3 MW), que somam capacidade instalada de 180,3 MW, a um preço médio de R$ 227,02/MWh – deságio de 8,46%. (Agência Brasil Energia – 23.09.2016)

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7 Comerc Esco calcula o custo de não investir em eficiência energética

Deixar de investir em eficiência energética pode sair caro, como aponta novo estudo da Comerc Esco. A empresa calculou o custo-benefício da implantação de medidas de eficiência energética em empresas de setores variados. Os cálculos consideram o investimento necessário para implementar as ações e a economia obtida com a redução no consumo. No caso de um shopping center com consumo de energia elétrica de R$ 1 milhão/mês, por exemplo, o custo mensal do “não investimento” em eficiência ficaria em R$ 315 mil, considerando economias de 14% e 18% obtidas nos sistemas de climatização e iluminação, respectivamente. Já em outro exemplo, para edifícios comerciais, como hotéis, com fatura mensal de energia de R$ 130 mil, o custo poderia chegar a R$ 38 mil/mês, considerando economias de 14% e 16% nos mesmos sistemas. Em indústrias de médio porte com custos mensais de R$ 800 mil com energia, deixar de investir em eficiência poderia significar menos R$ 157 mil/mês de redução nos sistemas de ar comprimido e motores elétricos. (Agência Brasil Energia – 23.09.2016)

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8 Gustavo Ayala vai fazer a gestão da Bolt Comercializadora

Gustavo Ayala é o novo gestor da Bolt Comercializadora de Energia. Ele será responsável pela negociação de contratos em todos os segmentos do mercado de energia e desenvolvimento de produtos estruturados para seus clientes. Com passagens pela Eneva e MPX, possui mais de dez anos de experiência no mercado e desde 2007 é professor do Departamento de Engenharia Elétrica da PUC-Rio. O executivo é engenheiro eletricista pela PUC-Rio, mestre em Economia Matemática pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada e Doutor em Pesquisa Operacional. Também concluiu curso de Educação Executiva, na Harvard Business School, com ênfase em negociação e tomada de decisão competitiva. (Agência CanalEnergia – 23.09.2016)

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9 Celpe consegue reduzir para R$ 3,7 milhões multa por falhas nas condições do fornecimento

A Aneel aceitou parcialmente o recurso interposto pela Celpe e reduziu para R$ 3.707.706,89 a multa de R$ 7.154.689,50 aplicada em dezembro de 2012 pela Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Pernambuco após fiscalização das condições gerais do fornecimento de energia elétrica. O auto de infração apontou 18 não conformidades, sendo as principais irregularidades a inadequação na segurança da prestação do serviço, o que ocasionou acidentes com vítimas entre 2010 e 2011 e a avaliação como improcedentes de reclamações sobre corte indevido, quando os fatos comprovavam o contrário. Houve ainda o descumprimento de prazos para início de obras para o fornecimento, descumprimento no prazo para ressarcimento de danos e não creditar indenizações no prazo estabelecido. A Celpe recorreu em janeiro de 2013 ainda à própria Arpe, o que levou a redução da multa para R$ 3,71 mi. Quando o processo chegou na Aneel, a agência manteve o auto de infração, porém determinou que duas não conformidades fossem aglutinadas e tivessem a sua dosimetria revista. Ela também determinou que outras não conformidades fossem reenquadradas com base em resoluções da agência e também tivessem a sua dosimetria revista, o que culminou com a redução da multa e a um valor de RR$ 3,07 mi. As não conformidades estavam caracterizadas, segundo a Aneel, que as manteve. Quanto a que falava de segurança, a Celpe alegou que planejava e mantinha sistema de Gestão de Saúde, Segurança e Qualidade de Vida, para garantir a integridade física e a saúde de toda a sua força de trabalho e de seus clientes. Em 2011 ela teria investido R$ 1,3 mi em várias ações ligadas às áreas de saúde, segurança e qualidade de vida. Porém a Aneel, em concordância com a avaliação da Arpe, ressaltou que a distribuidora violou as regras do tema e que as ocorrências com fios e cabos energizados ao solo foram uma das causas que mais impactaram nos casos de acidentes com vítimas fatais em 2011. (Agência CanalEnergia – 23.09.2016)

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Leilões

1 EPE: Leilão de energia foi bem-sucedido, apesar da baixa contratação

A EPE classificou o 10º LER, realizado nesta quinta-feira pela manhã, como bem-sucedido. Na opinião de Luiz Barroso, presidente da entidade, o certame foi importante por trazer de volta as PCHs e introduzir as CGHs aos leilões. Barroso classificou o momento como uma “transição” para a retomada de investimentos. Apesar de ver com bons olhos o resultado do LER, ele admitiu que a energia de fato contratada tenha ficado “bem inferior” ao total da oferta habilitada previamente para o processo. “Para o planejamento, o trabalho não termina aqui, pois agora precisamos assegurar a implantação dos projetos dentro dos prazos e as obrigações definidas no produto licitado”, declarou o presidente da EPE, em nota. A concessão será de 30 anos, com início de fornecimento em 1º de março de 2020. O leilão contratou 30 projetos com potência de 180,3 MW e geração efetiva de 95,4 MWm. Os empreendimentos, segundo a EPE, vão demandar R$ 1,07 bi em investimentos. Foram contratadas 19 PCHs e 11 CGHs no processo. O preço médio da energia foi de R$ 227,02/MWh, deságio de 8,5% ante o valor inicial. (Valor Econômico – 23.09.2016)

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2 Contratação do leilão de reserva decepciona setor de PCHs

Para a associação que representa as pequenas usinas hídricas, Abrapch, o resultado foi "decepcionante". Segundo Paulo Arbex, presidente da entidade, o volume ficou muito abaixo do que é necessário para se manter a cadeia produtiva operando no Brasil. "Nossos fornecedores estão em clima de velório", declarou. Apesar do desapontamento, Arbex reconheceu que o governo tem se esforçado para atender aos pleitos do segmento de PCHs e CGHs. A expectativa é que haja uma nova oportunidade de participação da fonte em um Leilão do tipo A-5 no início de 2017 e que a contratação atinja os 500 MW anuais pleiteados pelo setor. "Vamos esperar que governo faça um A-5 o mais urgente possível", disse Arbex. Na avaliação de Leonardo Sant' Anna, que assumiu recentemente a presidência da Abragel, o preço de R$ 248/MWh foi o que impediu uma maior participação dos projetos. O setor de pequenas centrais tem 2,5 GW em carteira, mas só habilitou 641 MW, sendo que a participação real foi ainda menor, como sinalizou a EPE. "Antes de mais nada, temos que reconhecer o esforço do governo. É o primeiro leilão que está se contratando PCHs e CGHs. Na nossa visão, isso é o reconhecimento da importância das PCHs nesse portfólio de fontes renováveis... Sobre o resultado, o que gente tem a dizer é que existia uma expectativa de um preço teto maior para atrair uma quantidade maior de participantes. A gente viu que foi contratado 30% dos projetos habilitados e acreditamos que não se conseguiu chegar a uma potência maior porque o preço não chegou aonde os investidores esperavam", declarou Sant'Anna. Para ele, o governo também não deve ter calibrado o leilão para uma grande contratação, deixando para fazê-la em maior volume no segundo leilão de reserva, previsto para 16 de dezembro, o qual terá forte competição das fontes eólicas e solar fotovoltaica. Para Thaís Prandini, diretora da Thymos Energia, a baixa contratação neste certame não deve se repedir no segundo leilão de reserva do ano. Ela aposta em uma contratação entre 600 e 800 MWm, o que também não é muito positivo quando comparado com certames anteriores em que o governo contratava volumes na casa dos gigawatts. Segundo o MME a contratação de empreendimentos hidrelétricos de pequeno porte vem crescendo e se consolidando nos leilões. Desde 2013, já foram contratadas 92 usinas que somam cerca de 1,2 GW de potência instalada. Nesta sexta-feira, foram contratadas 19 PCHs, com 164,4 MW de potência, e 11 CGHs, que somam outros 15,9 MW de potência. Esta foi a primeira participação de CGH em leilões regulados após os aprimoramentos previstos na Portaria MME n° 102, de 2016.. (Agência CanalEnergia – 23.09.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do submercado SE/CO estão operando com volume de 42,1%, apresentando uma queda de 0,2% em relação ao dia anterior. Os dados são do ONS e são referentes ao último dia 22 de setembro. A energia armazenada é de 85.396 MW/mês e a ENA é 16.147 MWm, que é referente a 97% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Furnas opera com 60,41% do volume, e a de Nova Ponte, com 28,36%. No Nordeste houve recuo de 0,1%, que deixou os níveis em 15,9%. A energia armazenada é de 8.215 MW mês e a ENA é 936 MWm, o que é 33% da MLT. A usina de Sobradinho está operando com 11,65% da capacidade. No Sul, os reservatórios estão operando com 88,3%, recuando 1% em relação ao dia anterior. A energia armazenada é de 17.627 MW/mês e a ENA é de 6.345 MWm, que equivale a 79% da MLT. Na região Norte, houve uma queda de 0,3% em relação ao dia anterior, o que deixou os reservatórios com volume 42%. A energia armazenada é de 6.315 MW/mês e a ENA é 927 MWm, que é o mesmo que 52% da MLT. (Agência CanalEnergia – 23.09.2016)

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2 Consumo no mercado livre mantém alta em setembro

O consumo no mercado livre manteve a curva de crescimento verificada desde a primeira até a terceira semana de setembro. Entre os dias 1º e 20, o volume subiu 12,4%, na comparação com o mesmo período do ano passado, para 15.723 MWm. Na contramão, o consumo no ambiente regulado retraiu 3,8%, para 43.378 MWm. Já o volume em todo o SIN ficou estável no período, em 59.108 MWm. Os dados são do boletim semanal da CCEE, divulgado na quinta-feira. Entre os consumidores livres, apenas o segmento de extração de minerais metálicos teve queda (-19,5%) de 15 setores industriais analisados. Como na semana anterior, as maiores altas permaneceram com o comércio (59%), serviços (45,1%) e telecomunicações (31,3%). A produção nacional de energia, por sua vez, também permaneceu estável, em 61.113 MWm. A geração eólica cresceu 68,9%, para 5.239 MWm. Já as térmicas recuaram 18,9%, para 14.113 MWm. As hidrelétricas aumentaram a produção em 2,9% e fecharam o período com 41.741 MWm. Segundo projeções da CCEE, as usinas integrantes do MRE devem gerar 43.984 MW (86,4%) das suas garantias físicas até a quarta semana operativa do mês. (Agência Brasil Energia – 23.09.2016)

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3 Previsão da carga para setembro é de queda de 1,3%

A última revisão semanal do PMO do mês de setembro rebaixou mais ainda a projeção de carga para o mês. O novo indicador, de queda de 1,3%, representa uma retração de 2,3% ante a previsão do PMO do início do mês que era de crescimento de 1% ante o mesmo período de 2015. O maior impacto vem da queda prevista no SE/CO de 2,1% nessa base de comparação. À exceção do Sul, cuja previsão é de aumento de demanda em 0,9%, as demais regiões também apresentam perspectiva de queda, sendo o Nordeste com 0,2% de variação negativa e o Norte com 1,5%. Já em termos de afluências a previsão de ENA esperada até o final do mês no SE/CO, voltou a variar para baixo, passando de 98% da MLT para 96%. Já no Sul também caiu de 86% para 77% da média. No Nordeste, a projeção voltou a ser de 33%, 1 ponto porcentual acima do projetado na semana anterior. No Norte caiu de 53% para 51% da média histórica. A projeção de armazenamento máximo no país seguiu a mesma tendência. No SE/CO houve novo recuo passou de 39,7% para 39,5% do nível operativo. No Sul, nova retração, de 83,2%, para 80,7%. No Nordeste houve leve aumento para 14,6% e no Norte mesma tendência, projeção de aumento de 40,1% calculados na semana passada, para 40,2%. O CMO médio está equacionado em dois patamares, em R$ 140,68/MWh no SE/CO e Sul. Nesses submercados a carga pesada ficou em R$ 146,94/MWh, a média em 145,09/MWh e a leve em R$ 132,41/MWh. Já no NE e no Norte, o CMO médio ficou em R$ 167,93/MWh, sendo a carga pesada e média em R$ 188,18/MWh, enquanto a leve está no mesmo valor que nos outros submercados, a R$ 132,41/MWh. (Agência CanalEnergia – 23.09.2016)

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4 Consumo de energia no Estado de São Paulo cai 1,3% em 2015

A gasolina e a energia elétrica puxaram pra baixo o consumo paulista de energia em 2015. É o que mostra o Balanço Energético do Estado de São Paulo, publicado nesta sexta-feira, 23 de setembro, pela Secretaria de Energia e Mineração. Segundo o relatório, a soma de todas as energias consumidas no Estado no ano passado registrou uma redução de 1,3% em relação ao ano anterior. Foram consumidos 72 milhões de toe (tonelada de óleo equivalente) em 2015, contra 72,9 milhões de toe no ano anterior. A eletricidade, que representa 17% do total de energia consumida no Estado, teve uma retração de 5.617 GWh de 2014 para 2015. O total de eletricidade utilizada em 2015 foi de 145.106 GWh. A maior queda foi a da gasolina, que recuou de 8,1 milhões de m³ consumidos em 2014 para 7,1 milhões em 2015. Apenas o etanol e o bagaço de cana, que juntos representam 33% do consumo de energéticos do Estado, foram os únicos que registraram aumento em 2015, totalizando 14,4% e 9%, respectivamente. Para o secretário de Energia e Mineração do Estado de São Paulo, João Carlos Meirelles, esses números são resultado da desaceleração da economia nacional. "A crise econômica que o Brasil vive nos últimos dois anos se traduz diretamente no consumo dos energéticos. São as empresas reduzindo a produção, o transporte movimentando menos carga e as pessoas economizando na energia elétrica, no gás e no combustível. Em 2016, ainda teremos um consumo próximo ao do ano passado e apenas a partir do segundo semestre de 2017 deveremos ter uma produção econômica que impacte no aumento do consumo de energéticos", explica. (Agência CanalEnergia – 23.09.2016)

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5 Reservatórios atingem pior nível registrado no DF

A ausência de chuvas fortes, o calor e o aumento do consumo fazem com que Brasília enfrente a pior crise hídrica da história. O principal reservatório de abastecimento da região, a Barragem do Rio Descoberto, atingiu na quinta-feira 37,2% da capacidade, o menor porcentual até hoje registrado. O ideal é que o nível da água seja superior a 60%. No reservatório de Santa Maria, a situação também é preocupante. O nível está em 48,7% de sua capacidade. A Adasa declarou na semana passada estado de alerta e, na quarta-feira, racionamento no DF. O governo distrital mandou os órgãos públicos reduzirem 10% o consumo. Desde a primeira quinzena de setembro, a interrupção do fornecimento de água é feita em forma de rodízio pelas regiões do DF que, juntas, abrigam 2,8 milhões de pessoas. Cinco cidades (São Sebastião, Planaltina, Vale do Amanhecer, Jardim Botânico e Sobradinho) e a Asa Norte, no Plano Piloto, foram afetadas. Nos últimos três dias, Brasília registrou chuvas esparsas. O volume de águas dos dois reservatórios é suficiente para abastecer a região por 65 dias. Uma das medidas estudadas para redução do consumo é cobrar tarifa extra. Além da redução do nível das barragens, a vazão de rios caiu de forma drástica. “Brasília vive um período de seca nesta época do ano. Mas em 2016 a seca começou mais cedo”, diz o diretor da Caesb, Marcelo Teixeira. O ciclo de chuvas na região da Barragem do Rio Descoberto, que abastece 65% do DF, é o quarto menor desde 1979. Por enquanto, Teixeira diz que a Caesb está fazendo “manobras operacionais” com “interrupção temporária de fornecimento”. “Caso não seja suficiente, será preciso fazer o racionamento.” (O Estado de São Paulo – 26.09.2016)

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6 Consumo de energia elétrica em Sergipe aumentou 3,6%, em agosto

Uma análise realizada pelo Boletim Sergipe Econômico, parceria do Núcleo de Informações Econômicas (NIE) da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES) e do Departamento de Economia da UFS, com base nos dados da Energisa, constatou que o consumo total de energia elétrica no estado chegou a 189,9 Gwh, em agosto deste ano. Em termos relativos, o consumo total de energia elétrica foi 3,6% maior do que o consumido em agosto de 2015. Em relação ao mês anterior, julho do ano corrente, houve alta de 1,8%. Nos primeiros oito meses do ano, o consumo de energia elétrica no estado situou-se 1,9% abaixo do volume consumido no mesmo período do ano passado. Em Agosto o consumo nas residências da área atendida pela Energisa chegou a 78,2 Gwh, registrando alta de 6,4% em relação a agosto do ano passado. Porém, em relação ao mês imediatamente anterior, julho último, houve retração de 2,2%. De janeiro a agosto deste ano, o consumo subiu 1,3%. Na indústria, o consumo (incluindo mercado cativo e livre) totalizou 69,6 Gwh, marcando retração de 9,7%, quando comparado ao consumo registrado em agosto de 2015. No entanto, quando comparado com julho último, manteve-se praticamente inalterado, com leve alta de 0,1%. Nos oito primeiros meses do ano, o consumo industrial de energia elétrica recuou 15,7%. Para o comércio, o consumo no mercado cativo ficou em 39,6 Gwh, recuando 0,4% em relação ao mesmo mês de 2015. Porém, quando comparado com o mês imediatamente anterior, verificou-se alta de 3%. De janeiro a agosto, o consumo caiu 3,9%. No campo foram consumidos 8,1 Gwh, em agosto do ano corrente, sendo 36,8% maior que em agosto de 2015. Quando comparado com o sétimo mês do ano corrente, também notou-se elevação, com alta de 39,5%. (G1 – 25.09.2016)

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7 PLD médio sobe 7% e fica em R$ 155,22/MWh

O PLD médio para o período entre 24 e 30 de setembro subiu 7% em todos os submercados ao passar de R$ 145,50/MWh para R$ 155,22/MWh. O preço permanece equalizado em função dos limites de intercâmbio entre os submercados não serem atingidos. A previsão de afluências para o sistema, em setembro, caiu de 86% para 82% da Média de Longo Termo, permanecendo abaixo da média em todos os submercados: Sudeste, com 96%; Sul, com 77%; Nordeste, com 33% e Norte, com 51%. Já os níveis dos reservatórios do SIN estão aproximadamente 450 MWm acima da previsão anterior com elevação observada em todos os submercados, exceto no Norte, com recuo de 20 MWm. As elevações foram de 200 MWm no Sudeste, 120 MWm no Sul e 150 MWm no Nordeste. A carga prevista para o sistema na quinta semana de setembro está aproximadamente 250 MWm mais baixa quando comparada à expectativa da semana anterior, com redução esperada no Sudeste, que é de 280 MWm e no Norte, de 170 MWm. Houve elevação apenas na carga prevista para o Nordeste, de 200 MWm, ficando estável no Sul. O fator de ajuste do MRE previsto para setembro foi revisado de 84,4% para 83,6%. Os Encargos de Serviços do Sistema são esperados em R$ 233 mi para o período, sendo R$ 106 mi referentes à segurança energética. (Agência CanalEnergia – 23.09.2016)

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Meio Ambiente

1 Famílias atingidas pela UHE Tucuruí começam a receber indenização

As famílias atingidas pela construção da Usina Hidrelétrica de Tucuruí (UHE Tucuruí) começaram a receber as indenizações, desde 20 de setembro. O acordo entre a Associação das Populações Organizadas Vítimas das Obras no Tio Tocantins e Adjacências (APOVO) e a Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. (Eletronorte) foi oficializado durante audiência no dia 11 de agosto, em Tucuruí, sudeste do Pará. Cada uma das 2.343 famílias recebem R$ 5.088,00. A entrega dos alvarás de liberação do valor acordado e a habilitação das famílias que receberão a indenização segue até dezembro deste ano. O valor total do acordo é de R$ 12.123.314,60. Em 30 de novembro de 2004, a Eletronorte criou o Programa Social para os Expropriados de Tucuruí (PROSET), que surgiu em atendimento às recorrentes reivindicações que ocorreram no início da década de 1980, feitas pelos expropriados da 1ª etapa da UHE Tucuruí, oriundos das cidades de Novo Repartimento, Tucuruí, Breu Branco, Goianésia do Pará, Jacundá, Itupiranga e Nova Ipixuna. O programa destinava o montante de R$ 39.900.000,00 a sua execução, mas a Eletronorte gatou R$ 23.046.021,10. Assim, deixaram de ser investidos R$ 16.853.978,90 do valor inicialmente previsto para o PROSET, sem que fossem apresentadas justificativas plausíveis para tal ato. (G1 – 23.09.2016)

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2 Iate solar para poucos

O escritório de design e arquitetura Duffy London desenvolveu um iate movido a energia solar, que permite o passeio marinho sem ruídos ou custo de combustível. O iate, batizado de Solaris Global Cruiser, não é para poucos, entretanto: custa 25 milhões de libras, o equivalente a aproximadamente R$ 106 mi. A embarcação britânica possui dois decks com vistas panorâmicas e tem espaço para 17 pessoas - 10 passageiros e sete tripulantes. O barco pode ter as baterias recarregadas quando atracado. Os seis motores elétricos possuem potência de 5.200 CV (3.878 kW). O iate solar alcança velocidade máxima de 45 nós (aproximadamente 83 km/h) e possui comprimento de 44 m. (Agência Brasil Energia – 23.09.2016)

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Energias Renováveis

1 Salta a quantidade de brasileiros que geram sua própria energia

Com a queda de barreiras normativas e tributárias dos últimos meses, está em crescimento exponencial o número de lares e empresas que trazem diretamente do céu a energia usada em suas casas e que a compartilham no sistema elétrico. Segundo dados da Aneel, o número de mini e microgeradores saltou de mil há um ano para 5.040 em agosto. O total de unidades instaladas já gera até 48 MW. A projeção da agência é que esse seja apenas o início de uma escalada que, no cenário mais otimista, poderá, em 2024, envolver 1,23 milhão de consumidores e gerar 4,5 mil MW. Quatro em cada cinco unidades consumidoras gerando energia hoje são residências. A maioria delas está nas regiões Sul e Sudeste, e 98% usam energia solar. Light e Ampla, que atuam no Rio, estão entre as sete distribuidoras com mais conexões desse tipo. No total, são 543 microgeradores só no Rio. Essa solução não só é sustentável como rentável a longo prazo, uma vez que reduz o consumo de energia mensal junto às distribuidoras, explica Rodrigo Sauaia, presidente da Absolar. Ajudou na expansão do sistema, também, um acordo entre as secretarias de Fazenda, que já levou 20 estados brasileiros e o Distrito Federal a isentarem de ICMS a energia gerada nas unidades consumidoras, o que evita a dupla tributação e torna o sistema viável. Segundo Arilds Martins Gomes, sócio-proprietário da Infra Energia Solar, o aumento do custo da energia elétrica também colaborou com a maior procura nos últimos meses. Outro indicador relevante é o câmbio. Por esse motivo, o investimento atraiu também empresas. Carlos Mattar, superintendente de distribuição da Aneel, observa que os custos iniciais tendem a cair com a massificação do uso do sistema. Quem instala placas solares e passa a trocar energia com a rede acaba pagando até 80% menos na sua conta de luz . Dessa redução vem a recuperação do investimento a longo prazo. Para o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, a expansão da geração distribuída implica apenas benefícios, entre os quais destaca: socioambientais, com geração de energia limpa e menos emissões; para o sistema elétrico, porque descentraliza a geração e leva-a para o local de consumo, poupando o uso de fios; evita a necessidade de construção de novas usinas; e educa o consumidor quanto aos seus gastos, por exigir um acompanhamento maior das contas. Atualmente, existe apenas a linha FNE Sol, do Banco do Nordeste, dedicada exclusivamente ao segmento e com juros atraentes. Mas ela atendeu a apenas 41 pessoas jurídicas, com investimento de R$ 8,2 mi, em dois meses e meio de operação. (O Globo – 24.09.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Petrobras enfrenta problemas em térmica e terminal GNL colocados à venda

A estatal Petrobras tem enfrentado problemas com um terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) e uma termelétrica instalados no Ceará, que fazem parte de um pacote de ativos colocado à venda em junho deste ano, em meio ao bilionário plano de desinvestimentos da companhia. Documento da petroleira visto pela Reuters aponta que a Secretaria de Infraestrutura do Ceará pretende utilizar para outros fins a área atualmente ocupada pelo terminal de GNL da Petrobras no Porto de Pecém, o que a companhia entende que "pode resultar em desmobilização" da unidade. A Petrobras também afirma no documento que tem enfrentado "inúmeros problemas" na operação de uma termelétrica abastecida pelo terminal, a UTE TermoCeará, atribuídos a "vícios ocultos no projeto das turbinas" da usina. A companhia estima no documento que as falhas na térmica, que incluem "danos catastróficos" em três turbinas, já levaram a uma indisponibilidade acumulada das máquinas que exigiu a compra de 273 milhões de reais em energia no mercado para compensar o que deixou de ser produzido. A TermoCeará pertencia originalmente à MPX, empresa de energia do empresário Eike Batista, e foi comprada pela Petrobras em 2005 por 137 milhões de dólares. No documento visto pela Reuters, a estatal afirma que investiu cerca de 31,7 milhões de reais entre 2010 e 2015 na usina, incluindo para manutenção e substituição de equipamentos, mas aponta que ainda assim "as dificuldades vêm sendo grandes" e podem levar à "inviabilidade comercial" da planta. A TermoCeará possui 220 megawatts de potência, o que representa 3,5 por cento do parque gerador da Petrobras, que soma 6,2 GW. Já o terminal de regaseificação de GNL da Petrobras no Ceará conta com capacidade de transferir até 7 milhões de m³/dia de gás natural para o Gasoduto Guamaré- Pecém (Gasfor). A unidade é uma das duas de GNL da companhia, e soma-se a um terminal no Rio de Janeiro com capacidade para escoar até 14 milhões de m³/dia. Na documentação, a Petrobras afirma que a intenção do governo do Ceará de utilizar a área ocupada pelo terminal GNL em Pecém decorre de exigência do Ministério Público Federal de que sejam encerradas atividades de tancagem de derivados de petróleo atualmente exercidas no Porto de Mucuripe, que precisariam ser transferidas. "Como o compartilhamento das duas atividades no mesmo terminal é inviável, a intenção da Seinfra-CE/Ceará Portos pode resultar em desmobilização do terminal de GNL... há um grande risco da UTE TermoCeará perder o suprimento de GNL", afirmou a Petrobras. (Reuters – 23.09.2016)

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2 Conselho da Petrobras aprova venda da NTS por US$ 5,2 bi

O conselho de administração da Petrobras aprovou a venda de 90% das ações da Nova Transportadora do Sudeste (NTS) para a Brookfield Infrastructure Partners (BIP) e suas afiliadas por US$ 5,19 bi. A primeira parcela, que corresponde a 84% do total (US$ 4,34 bi), será paga no fechamento da operação, e o restante (US$ 850 mi), em cinco anos. A operação foi feita por meio de um FIP (fundo de investimento em participações), que, além da Brookfield, tem a British Columbia Investment Management Corporation (BCIMC), CIC Capital Corporation (subsidiária da China Investment Corporation) e GIC como cotistas. A conclusão da transação ainda está sujeita à aprovação da Assembleia Geral da Petrobras e, em seguida, dos órgãos reguladores competentes. A venda da NTS faz parte do plano de desinvestimentos da Petrobras para o período de 2015-2016, e corresponde a 35% da meta total, de US$15,1 bi. Em fato relevante divulgado ao mercado, a Petrobras afirmou que a venda da NTS foi conduzida através de processo competitivo e que o valor da transação foi avaliado por quatro instituições financeiras, "por meio de três opiniões de valor justo (fairness opinion) e um relatório de avaliação (valuation report)”. Ainda de acordo com a petroleira, a operação abre oportunidades para que parcerias com outras empresas com experiência e condições de investimento contribuam para o desenvolvimento da indústria de gás natural no Brasil. “Fomenta, ainda, novos investimentos na ampliação da infraestrutura de transporte de gás, com o objetivo de criar um modelo de desverticalização da cadeia de gás, desejada pela ANP”, segundo a nota. A NTS foi criada a partir de um termo de compromisso assinado com a ANP, no qual a Petrobras se comprometeu a reestruturar a Transportadora Associada de Gás (TAG) e suas subsidiárias integrais. Assim, foram criadas duas carregadoras de gás natural, uma para a região Sudeste (NTS), e outra para Norte e Nordeste (TAG). A Brookfield é uma das maiores gestoras de ativos do mundo, com mais de US$ 200 bilhões sob administração e experiência em ativos de infraestrutura e energia, cujo portfólio inclui empresas com mais de 14 mil km de gasodutos nos EUA, Canadá e Austrália. (Agência Brasil Energia – 23.09.2016)

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3 Venda da NTS abre caminho para ampliação da malha

A venda de 90% da Nova Transportadora do Sudeste (NTS) pela Petrobras à Brookfield Infrastructure Partners (BIP), anunciada nesta sexta-feira (23/9), abre caminho para a ampliação de gasodutos e expansão do mercado de gás natural, de acordo com o gerente executivo de Gás Natural da estatal brasileira, Rodrigo Costa Lima. “A operação está alinhada com o novo plano de negócios (da Petrobras), com a regulação vigente do mercado de gás e com a iniciativa do MME para criar um ambiente de competitividade da indústria de gás no país”, disse Lima, em teleconferência com jornalistas na manhã de hoje. Ele pontuou, contudo, que novos investimentos na malha de gasodutos dependem da realização de licitações pela ANP. Em um primeiro momento, a rede da NTS será utilizada exclusivamente pela Petrobras. “Temos barreiras. É preciso aperfeiçoamento da regulação para a entrada de novos players”, assinalou. A venda da NTS foi fechada US$ 5,19 bi. A primeira parcela, que corresponde a 84% do total (US$ 4,34 bi), será paga no fechamento da operação, e o restante (US$ 850 mi), em cinco anos. A expectativa é receber o montante inicial ainda em 2016. A Transpetro será administradora da malha durante a transição, gerenciando as atividades de manutenção e operação dos gasodutos. Lima ressaltou que a Petrobras não tem contrato de exclusividade com a Brooksfield – antes todos os contratos da NTS estavam vinculados com a Petrobras. “Temos apenas o gas transportation agreement”. O primeiro vencimento do conjunto de contratos está previsto para 2025 e o último, 2031. A NTS possui uma malha composta por aproximadamente 2,5 mil km de gasodutos, 44 pontos de entrega, nove de recebimento e seis de compressão. A Brooksfield conta com mais de 14 mil km de gasodutos em países como Canadá e Austrália. (Agência Brasil Energia – 23.09.2016)

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Economia Brasileira

1 Déficit na conta corrente do Brasil fica abaixo do previsto pelo BC

O Brasil registrou em agosto um déficit de US$ 579 mi nas suas transações correntes. O resultado ficou abaixo daquele projetado pelo BC para o período, de déficit de US$ 800 mi. Para o ano, a projeção é de um déficit de US$ 18 bi, em vez de US$ 15 bi. Em 2015, o déficit foi de US$ 58,9 bi. Em proporção do PIB, o déficit deve encerrar o ano correspondendo a 1%. Se confirmada essa previsão, será o melhor resultado desde 2007. No acumulado de 2016, o déficit em conta corrente somou US$ 13,119 bi, menor do que aquele apurado em mesmo intervalo do ano anterior, quando o resultado foi negativo em US$ 46,164 bi. Medido em 12 meses, a diferença entre o que país gastou e o que recebeu nas transações internacionais relativas a comércio, serviços, rendas e transferências unilaterais correspondeu a um saldo negativo de US$ 25,838 bi, o equivalente a 1,46% do PIB estimado pela autoridade monetária. Nos 12 meses encerrados em julho, o déficit foi de 1,57% do PIB. Para dar uma dimensão do ajuste externo, nos 12 meses findos em agosto de 2015, o déficit era de 4,24% do PIB. (Valor Econômico – 26.09.2016)

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2 Brasil fecha 651.288 vagas até agosto, pior resultado desde 2002

O mercado de trabalho brasileiro registrou em agosto deste ano o fechamento de 33.953 vagas com carteira assinada. No mesmo mês de 2015, foi contabilizada demissão líquida de 86.543. Em julho, as demissões somaram 91.032. Os dados são do Caged e estão sem ajuste — não consideram as informações entregues pelas empresas fora do prazo. Em agosto, foram registradas 1,253 milhão de admissões ante 1,287 milhão de desligamentos. No acumulado do ano, foram fechados 651.288 postos de trabalho, o pior resultado desde 2002. Em 12 meses, são 1,656 milhão de vagas perdidas. Setores O setor que liderou as demissões em agosto foi o da construção civil (22.113), seguido por agricultura (15.436) e serviços (3.014). Por outro lado, a indústria da transformação teve 6.294 contratações líquidas. Já o comércio fechou agosto com 888 admissões líquidas. (Valor Econômico – 23.09.2016)

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3 Empresários da construção civil permanecem pessimistas, aponta CNI

Ao contrário do que ocorre na indústria de transformação, a confiança dos empresários da construção civil ainda não reagiu e permanece em patamar pessimista. De acordo com a Sondagem da Indústria da Construção, divulgada nesta sexta-feira pela CNI, as expectativas dos executivos do setor em setembro para o nível de atividade subiram de 46,1 pontos para 46,9 pontos — oscilação dentro da margem de erro da pesquisa. A perspectiva para a realização de novos negócios também subiu de 44,8 pontos para 45,5 pontos neste mês. Para estes indicadores, no entanto, números abaixo de 50 pontos representam pessimismo dos empresários. A mesma variação dentro da margem de erro foi observada na expectativa para compra de insumos e matérias-primas (de 44,3 para 45 pontos) e no número de empregados (de 43,5 para 44,1 pontos). O indicador de intenção de investimento ficou praticamente estável, em 26,9 pontos, em setembro. CNI destaca que a construção civil segue em um nível de atividade abaixo da usual, com tendência de queda no emprego, desde meados de 2012, mas pondera que há sinais de alguma diminuição no cenário desolador. Embora permaneça abaixo de 50 pontos, a queda é menor do que a observada ao longo de 2015 e do primeiro semestre de 2016. Neste ano, o indicador de atividade acumula uma recuperação de 8,5 pontos, em relação aos 33,3 pontos registrados em janeiro. Em consonância com a atividade fraca, o emprego ficou praticamente estável em 39,6 pontos em agosto, com a situação mais precária nas grandes empresas, onde o nível de empregados chega a 38,2 pontos. De acordo com a CNI, o setor opera com um nível de atividade abaixo da usual para o mês também desde meados de 2012. Em agosto este indicador chegou a 27,7 pontos, 1,1 ponto abaixo do observado em julho. A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) caiu a 56%, o menor nível da série histórica do indicador. (Valor Econômico – 23.09.2016)

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4 Indústria volta a contratar após 17 meses negativos, mostra Caged

A indústria de transformação gerou 6.294 empregos com carteira assinada em agosto, o primeiro saldo positivo após 17 meses consecutivos de demissões líquidas registradas pelo Caged. No período, seis dos 12 segmentos acompanhados contrataram mais do que demitiram. As fabricantes de alimentos foram as que mais admitiram, com 8.687 novos postos. As calçadistas e as têxteis vieram na sequência, com 2.684 e 2.158 vagas, nessa ordem. A indústria química gerou 1.949 empregos, a de materiais elétricos, 252, e a de papelão, 236. No acumulado do ano, conforme os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho, três ramos estão positivos. O resultado mais expressivo é o das fabricantes de calçados, com saldo positivo de 19.553 empregos com carteira assinada entre janeiro e agosto. (Valor Econômico – 23.09.2016)

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5 Inflação prevista pelo consumidor segue em 9,8% em setembro, nota FGV

A expectativa dos consumidores para a inflação nos próximos 12 meses ficou estável em setembro em 9,8%, informou a FGV, que destacou ser a primeira vez desde julho de 2015 que o indicador fica dois meses seguidos abaixo de 10%. Apesar da estabilidade, a economista da FGV Viviane Seda afirmou que a percepção dos consumidores ainda mostra resistência, quando comparada com a de especialistas. “Tanto as expectativas dos especialistas quanto dos consumidores iniciaram movimento de queda em março desse ano. Mas a desaceleração medida em pontos nesse período mostra um impacto relativo mais intenso entre especialistas que entre consumidores”, diz em nota. A relutância nas projeções dos consumidores pode, segundo a economista, estar atrelada a uma persistência da alta dos preços dos alimentos até o mês passado, embora existam sinais de acomodação ao longo de setembro. (Valor Econômico – 26.09.2016)

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6 Mercado projeta inflação menor em 2016 e 2017, traz Focus

Os analistas consultados pelo BC no boletim Focus cortaram a previsão para a inflação neste ano de 7,34% para 7,25%. Para os próximos 12 meses, a expectativa saiu de 5,20% para 5,16% e, para o fim de 2017, foi alterada de 5,12% para 5,07%. As projeções também foram ajustadas no grupo Top 5 — instituições que mais acertam as estimativas. A projeção mediana de médio prazo para o avanço de IPCA em 2016 neste grupo saiu de 7,50% para 7,30%. Para 2017, foi mantida em 5,50%. A inflação mais comportada aumentou, na avaliação de parte do mercado, a probabilidade de o BC começar a cortar a taxa básica Selic em outubro. Para a próxima reunião do Copom, no entanto, a estimativa contemplada no Focus ainda aponta juros em 14,25% — estacionada neste patamar há quatro semanas. Para o fim deste ano, a expectativa para a Selic segue em 13,75% há seis semanas; no caso de 2017, a projeção foi mantida para 11%. O Top 5 também manteve inalterada as estimativas para a Selic em 2016 (13,75%) e 2017 (11,25%). Os analistas do mercado seguem ajustando marginalmente a projeção para o desempenho da economia neste ano e no próximo. Para 2016, a estimativa melhorou novamente, indo de uma queda de 3,15% para retração de 3,14%. Para 2017, a previsão passou de expansão de 1,36% para 1,30% — mesmo patamar em que estava há duas semanas. Para a taxa de câmbio no fim deste ano, a previsão é que o dólar termine em R$ 3,29, em vez de R$ 3,30. Para 2017, o mercado manteve a taxa de R$ 3,45. (Valor Econômico – 26.09.2016)

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7 IPC-S desacelera em cinco capitais na terceira prévia do mês

A inflação medida pelo IPC-S foi menor na terceira quadrissemana de setembro em cinco das sete capitais pesquisadas pela FGV. A maior desaceleração foi observada na capital gaúcha, onde o IPC-S passou de 0,28% para 0,10%. A perda de fôlego dos preços em Porto Alegre foi puxada pelos grupos educação, recreação e leitura (de 2,70% para 0,26%) e alimentação (de -0,14% para -0,33%). O IPC-S também ficou mais comportado em Salvador (0,25% para 0,19%), Belo Horizonte (0,16% para 0,06%), Rio de Janeiro (0,19% para 0,10%) e São Paulo (0,38% para 0,26%). Em contrapartida, o IPC-S subiu mais em Brasília (0,23% para 0,33%) e Recife (0,23% para 0,27%). O IPC-S geral, no mesmo período, desacelerou de 0,27% para 0,18%. (Valor Econômico – 26.09.2016)


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8 Dólar ontem e hoje

Hoje, às s 10h14, a moeda americana tinha queda de 0,14%, saindo a R$ 3,2399. Na sexta-feira, o dólar comercial subiu 0,61%, encerrando em R$ 3,2446. Com isso, a moeda americana encerra a semana em queda de 0,76%. (Valor Econômico – 23.09.2016 e 26.09.2016)

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Internacional

1 Argentina se prepara para novo leilão de energia

O governo argentino está se preparando para lançar um segundo leilão de energia renovável, encorajados pelos resultados de seu primeiro concurso que atraiu lances de 6.336 MW de capacidade. O presidente Mauricio Macri fez o anúncio durante uma conferência de investimento na semana passada, dizendo que uma agenda para o novo leilão será anunciada já em outubro. Durante o primeiro leilão, no qual os vencedores serão anunciados em 12 de outubro, o objetivo foi celebrar contratos de compra de energia de longo prazo para 1 GW de capacidade. Foram 49 propostas para 3.468 MW a partir de desenvolvedores do projetos eólicos e 58 propostas, resultando em 2.834 MW, de energia solar. Detalhes sobre o próximo leilao ainda não estão disponíveis, mas a mídia local diz que é esperado um tamanho similar. A Argentina tem como objetivo uma participação de 8% de energia renovável até o final de 2017 e 20% até o final de 2025. (Agência Brasil Energia – 23.09.2016)

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2 Argentina: Estado passa a controlar 50% da Transener

Poucas semanas antes da audiência pública que vai dar lugar a aumentos definitivos nos preços da energia na Argentina, uma empresa de capital público aumentará sua participação acionária na principal transportadora de energia de alta tensão da Argentina. Trata-se da Enarsa que, embora seja uma sociedade anônima, é de propriedade do Estado argentino e foi criado pelo ex-presidente Nestor Kirchner em 2004 para participar nos negócios energéticos e de hidrocarbonetos do país. O novo governo de Cambiemos não só optou por manter a empresa, como está injetando fundos para expandir sua presença. Primeiro, em março, ele nomeou o novo presidente, Hugo Balboa, um engenheiro químico com um passado na Axion Energia e Shell, onde trabalhou perto do atual Ministro da Energia e ex-chefe da companhia petrolífera holandesa, Juan José Aranguren. Também dispensou todos os diretores K, que substituiu por sua própria equipe, entre os quais estão o ex-secretário de Energia, Jorge Lapeña. Agora, Agora, basta girar US$ 27 mi para a Enarsa basicamente fazer um bom negócio através da compra de parte do capital da Transener que estava nas mãos do grupo cordobês Eletroingeniería, de laços estreitos com o kirchnerismo e atuais problemas financeiros graves. Especificamente, Enarsa fez uso de uma opção de preferência que já teria como acionista da Transener para passar de 25% do capital que hoje controla aos 50% da Citelec, a sociedade acionista maioritária da transportadora energética no qual os outros 50% é propriedade da Pampa Energía, do Marcelo Mindlin. Assim, tornou-se co-controladora da Transener, como confirmou ontem Balboa a um grupo de mídia convocado para o anuncio oficial. (El Inversor – Argentina – 23.09.2016)

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3 Paraguai: Dos "oito meses históricos" de Itaipu aproveitamos apenas 10,5%

De acordo com dados divulgados pelos porta-vozes da binacional, entre janeiro e agosto deste ano, a usina binacional produziu 69.020.000 MWh, o suficiente para atender a demanda de cinco anos do mercado paraguaio. De acordo com o Art. XIII do Tratado, 34,255,000 MWh pertencem ao Paraguai e a outra metade, 34.255.000 MWh ao Brasil, porque ... "a energia produzida pela hidrelétrica... será dividida igualmente entre os dois países”. Também foi informado que, oficialmente, nos primeiros oitro meses deste ano, o aproveitamento desses "oito meses históricos" pelo nosso sistema elétrico foi de 7.255.000 MWh (10,51%); enquanto a porção apropriada pelo nosso parceiro foi de 61.765.000 MWh (89,49%). A segunda parte do art. XIII do Tratado estabelece que se reconhece "a cada um deles o direito de comprar ... a energia que não é utilizada pelo outro país para seu próprio consumo." Aliás, sempre se soube, inclusive desde de 1973 ou 1966, que o país que teria um excedente substancial seria o Paraguai e que o "adquirente" seria o Brasil. A comparação dos números liberados pela binacional nos permitem confirmar que dos 50% que nos pertencia, entre janeiro e agosto deste ano: 34.255.000 MWh, aproveitamos 7.255.000 MWh (21,18%) e o Brasil, usufruindo do "direito de aquisição", "adquiriu" os restantes 78,82% (27.000.000 MWh). (ABC – Paraguai – 25.09.2016)

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4 Armazenamento atinge alta eficiência em estudo na Suíça

Pesquisadores suíços criaram um protótipo de sistema de armazenamento solar-químico que usa o hidrogênio com alto percentual de eficiência em relação a outros mecanismos similares. O protótipo desenvolvido pela equipe liderada por Christophe Ballif, da Escola Politécnica Federal de Lausane, mostrou-se capaz de converter a energia solar em hidrogênio a uma taxa de 14,2% e funcionou por mais de 100 horas ininterruptas no teste inicial. Segundo os pesquisadores, o protótipo é composto pela interligação de três células solares que produzem altas tensões, acopladas a um sistema de eletrólise que não depende de catalisadores compostos por metais raros mas tradicionalmente utilizados, como a platina ou o ródio. (Agência Brasil Energia – 23.09.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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