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IFE: nº 4.178 - 22 de setembro de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL disponibiliza áudios do Seminário Internacional “Integração e Segurança Elétrica na América Latina”, realizado com a EKLA-KAS
2 Nova edição do Boletim de Informações Gerenciais é divulgada pela Aneel
3 Ministro planeja viagem à Bolívia para discutir compra de gás
4 Governo e empresas definem dez prioridades da nova política para gás natural
5 Governo pode recriar grupo de trabalho para política nuclear
6 Procurador da Aneel é indicado sob ressalvas
7 Fapesp e órgão de pesquisa da Noruega assinam acordo para financiar projetos de energia
8 Projeto de reforços na subestação Curral Novo do Piauí é enquadrado no Reidi pelo MME
9 Aneel libera operação comercial em unidades da EOL Vila Pará II

Empresas
1 Governo vai debater privatização da Celg na sede do BNDES
2 Cade aprova compra da CPFL pela State Grid
3 Aneel autoriza registro em agosto de acordo entre ESBR e Eletrobras-AL
4 Aneel revoga punição à Energisa PB por atraso no Luz para Todos
5 Escritório Europeu de Patentes visita instalações de Furnas e Itaipu
6 BDMG financia expansão de PCHs em Minas Gerais

Leilões
1 Aneel realiza 1º Leilão de Energia de Reserva de 2016 na próxima sexta-feira (23/9)

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 Preço de referência para energia cai 22,8% no mês

Meio Ambiente
1 CPFL Renováveis assina posicionamento sobre precificação do carbono no Brasil
2 Brasil entrega à ONU documento de ratificação do Acordo de Paris
3 Estudo mostra que renováveis já são mais baratas que fósseis na média mundial

Energias Renováveis
1 Solar Group planeja ser líder de mercado nos próximos meses
2 Microturbinas geram energia dentro de tubulações de água

Gás e Termelétricas
1 INB prepara segunda fase de enriquecimento de urânio no Brasil
2 Governo deve decidir sobre retomada de Angra 3 até dezembro

Grandes Consumidores
1 Brookfield pode fechar aquisição da companhia de saneamento Odebrecht Ambiental

Economia Brasileira
1 Para Ibre, expansão forte da economia em 2017 depende da aprovação de medidas
2 Confiança da indústria avança em setembro, mostra prévia da FGV

3 Empresário do comércio ficou mais confiante em setembro, aponta CNC
4 IPCA-15 desacelera para 0,23% em setembro
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 O sistema energético argentino é o 34º entre 130 países em 2015
2 Novo recorde mundial em energia fotovoltaica: Jinko Solar oferece 21,68 euros por MWh em Abu Dhabi
3 ABB vende negócio global de cabos para NKT Cables


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL disponibiliza áudios do Seminário Internacional “Integração e Segurança Elétrica na América Latina”, realizado com a EKLA-KAS

O GESEL está disponibilizando áudios da íntegra do Seminário Internacional “Integração e Segurança Elétrica na América Latina”. O evento foi realizado em parceria com a EKLA-KAS - Programa Regional Segurança Energética e Mudanças Climáticas na América Latina da Fundação Konrad Adenauer -, nos dias 25 e 26 de agosto. Estiveram presentes importantes nomes do setor, do Brasil e do exterior, discutindo integração elétrica na América Latina, baseada em fontes renováveis, ao longo de 6 painéis. Para ver a programação completa, clique aqui. Para ter acesso aos áudios, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 21.09.2016)

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2 Nova edição do Boletim de Informações Gerenciais é divulgada pela Aneel

Está disponível no site da Aneel a nova edição do Boletim de Informações Gerenciais, que oferece um panorama das atividades da Agência em diversas áreas, apresentadas de forma sintética em tabelas para proporcionar o acesso rápido às informações. Nesta 2ª edição do ano, a publicação apresenta dados consolidados de geração, transmissão, ouvidoria, fiscalização, compensação financeira e mercado de energia elétrica, entre outros. As informações do boletim destinam-se a empresas, especialistas, técnicos de setores públicos ou privados, professores, estudantes e à sociedade em geral. A atualização dos dados é trimestral. (Aneel – 21.09.2016)

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3 Ministro planeja viagem à Bolívia para discutir compra de gás

O ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, sinalizou que planeja uma viagem à Bolívia para tratar das negociações acerca da renovação do acordo de importação de gás natural, cujo contrato vence em dezembro de 2019. O ministro manifestou a intenção em reunião fechada do Conselho de Energia da Firjan, realizada na última quinta-feira (15/9), de acordo com fontes que participaram do evento. Ainda não há data prevista para o encontro. Outro tópico discutido foi a posição do Brasil na negociação. Coelho teria sinalizado que o MME pretende focar no aumento da importação de GNL, incentivando investidores privados a ampliar o parque de regaseificação do país. Isso, por si só, deixaria a Bolívia em uma posição mais frágil na negociação, e o Brasil teria mais vantagem para negociar um novo contrato de compra de gás a preços mais baixos. O país vizinho já vinha sinalizando que pretende renovar o acordo em outras bases. A conversa sobre questões de preço e oferta pode ocorrer sob tensões diplomáticas, diante do descontentamento do governo boliviano com o impeachment de Dilma Rousseff. No episódio mais recente, durante Assembleia Geral da ONU realizada na última terça-feira (21/9) em Nova York, o chefe da delegação boliviana saiu do plenário onde aconteciam as apresentações e não voltou até que o presidente Michel Temer terminasse seu discurso. Esse, no entanto, foi considerado um protesto mais brando. Outros países membros da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba) adotaram ações mais severas, como foi o caso de Equador, Venezuela e Nicarágua, que retiraram toda a delegação da sala assim que o presidente brasileiro foi anunciado. A relação entre os dois países foi acertada como uma das dez diretrizes do setor de gás natural brasileiro em reunião realizada nesta quarta-feira (21/9) na sede do MME, em Brasília, o que indica que a importação de gás natural boliviano deve continuar a ser uma prioridade no novo governo. No segundo encontro do programa Gás para Crescer, foram definidos os temas que vão guiar o desenvolvimento do mercado de gás após a saída da Petrobras. Os pontos ainda serão discutidos e detalhados, e, em dezembro, serão alvo de uma nova resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). (Agência Brasil Energia – 21.09.2016)

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4 Governo e empresas definem dez prioridades da nova política para gás natural

O governo vai criar de gestão independente integrada para acompanhar a abertura do mercado de gás natural, que será formada por membros do MME, da ANP e da EPE. As discussões sobre novas políticas do gás foram tema de reunião de 21 de setembro, em Brasília, onde foram acertadas as dez diretrizes prioritárias para elaboração de novas políticas para o setor de gás. O trabalho ocorre no contexto do programa Gás para Crescer, do Governo Federal, em vistas da abertura do mercado do gás, promovida com a saída da Petrobras de diversos segmentos do mercado. O próximo passo será a publicação, no dia 3 de outubro, de uma minuta de resolução, seguida de novas rodadas de discussão até redação de um texto definitivo, que seguirá para a análise do CNPE, na reunião de dezembro. As dez diretrizes definidas hoje são resultado de um consenso entre governo e indústria, destacou o secretário executivo de Petróleo e Gás do MME, Márcio Félix. Ao todo, cerca de 150 executivos, de petroleiras até distribuidoras de energia, participaram do encontro. Os dez temas prioritários são: Comercialização de gás natural na esfera da união; Tarifação por entradas e saídas; Compartilhamento de infraestruturas essenciais; Estímulo à harmonização entre as regulações estaduais e federais; Incentivo ao desenvolvimento da demanda por gás natural; Harmonização entre os setores elétricos e de gás natural; Operação independente da malha de gasodutos de transporte e instalações de estocagem; Política de comercialização do gás da partilha; Desafios tributários; Apoio às negociações para contratação do gás boliviano. (Agência Brasil Energia – 21.09.2016)

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5 Governo pode recriar grupo de trabalho para política nuclear

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab, recebeu da CNEN a proposta de recriar um grupo de trabalho para redefinir a política nuclear do país, especialmente para a geração de energia, paralisada por uma série de fatores. Um dos temas que podem entrar na pauta é a definição de usinas que poderão ser feitas nos próximos anos. Segundo Rogério Felipe Barbosa, assessor do MCTIC, Kassab recebeu um ofício da CNEN em que pede a recriação de um colegiado para discutir a política nacional para o tema. A criação do comitê já é prevista em lei e a mais recente iniciativa ocorreu em 2008. O grupo de trabalho é de formação interministerial e prevê a participação de integrantes dos ministérios de Minas e Energia, Saúde, Relações Exteriores, Casa Civil, Integração Nacional, Planejamento, Educação, Indústria e Comércio, Gabinete de Segurança Institucional, além do próprio MCTIC. Na nova política, segundo Barbosa, um dos eixos estruturantes está baseado numa estratégia que priorize a comunicação social, de aproximação com a sociedade. A iniciativa tem como objetivo destravar o mercado nuclear, especialmente na geração de energia, que tem atividades relacionadas que dependem da decisão, como a produção de combustível nuclear e o aproveitamento das reservas de urânio no país. O Brasil possui a quinta maior reserva do mineral do mundo. Há um plano de construção de quatro novas centrais nucleares no Brasil até 2030. (Agência Brasil Energia – 21.09.2016)

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6 Procurador da Aneel é indicado sob ressalvas

Um dos personagens da MP 579 está de volta. O advogado Ricardo Brandão deverá reassumir a procuradoria-geral da Aneel. O retorno de Brandão, que saiu da Aneel no ano passado para fazer um mestrado na Universidade de Stanford, é visto com ressalvas pelo mercado e provocou um racha na diretoria colegiada da agência. Sua indicação foi levada pelo diretor-geral, Romeu Rufino, ao MME. Pelo menos três dos cinco integrantes do colegiado, no entanto, ficaram contrariados com a atitude de Rufino. Segundo fontes do governo, o ministério aceitou a indicação e não quis criar um conflito em torno do assunto, mesmo ciente das ressalvas ao nome de Brandão. O comando da pasta quis preservar a autonomia da Aneel. Cabe ao diretor-geral levar sua indicação formal ao ministério, que leva o tema à AGU. Compete ao chefe da Casa Civil dar sua assinatura final para a nomeação e é apenas isso o que falta acontecer. A publicação da MP 579 foi muito criticada por não ter ouvido o setor e ter sido feita "a portas fechadas", sendo apontada ainda como principal responsável pelos desequilíbrios sofridos nos anos seguintes e pela intensa judicialização no setor. O receio é que a nomeação de Brandão para o cargo possa indicar um retorno da Aneel para essa postura do passado, em um momento em que o ministério tenta aumentar a transparência nas suas ações para conquistar definitivamente a confiança dos investidores. O fato de a nomeação não ter sido aprovada por todos os diretores da Aneel agrava essas incertezas no mercado. Brandão era tido como braço-direito do diretor-geral da Aneel na época da publicação da 579, Nelson Huber. Desde que Brandão deixou o cargo, o subprocurador-geral da Aneel, Marcelo Escalante, passou a ocupar a posição de forma interina. A maioria dos diretores é a favor de sua efetivação. A situação pode causar desconforto entre os principais críticos da MP 579, convertida na Lei 12.783. A principal finalidade da medida era conseguir a redução da tarifa de energia, pela renovação das concessões de geração e transmissão que venceriam nos próximos anos sem precisar participar de nova licitação, mas com redução das receitas em cerca de 70%. Um dos problemas foi que algumas empresas, como Cesp, Cemig e Copel, rejeitaram as novas condições. A estatal mineira briga até hoje na Justiça pela renovação das concessões de três hidrelétricas nos termos dos contratos antigos. Sem as renovações dessas concessões, as distribuidoras ficaram subcontratadas, o que, combinada à seca dos últimos anos, deixou o setor elétrico em uma crise constante. (Valor Econômico – 22.09.2016)

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7 Fapesp e órgão de pesquisa da Noruega assinam acordo para financiar projetos de energia

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o Conselho de Pesquisa da Noruega (RCN, na sigla em inglês) assinaram um memorando de entendimento que vai permitir o financiamento conjunto de projetos de pesquisa desenvolvidos em cooperação entre pesquisadores em São Paulo e na Noruega pelos próximos cinco anos. O acordo foi assinado durante a abertura do seminário Energia para o Futuro, ocorrido na sede da Fapesp, localizada na capital paulista, e reuniu pesquisadores de ambos os países para discutir a produção, armazenamento, distribuição e uso de energia renovável. O presidente da Fapesp, José Goldemberg, e o diretor do RCN, Arvid Hallén, assinaram o documento. “Identificar os pontos de interesse comum na área de energia e expandir a colaboração científica entre os dois países é o propósito deste encontro. Ambos temos a hidroeletricidade como principal fonte de energia, por exemplo,” disse Goldemberg. O memorando abre possibilidade para financiamento de projetos em todas as áreas do conhecimento, no entanto, o diretor do RCN mencionou temas com maior potencial de colaboração, como energia renovável, mudanças climáticas, meio ambiente, bioeconomia e produção de alimentos. (Agência Brasil Energia – 21.09.2016)

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8 Projeto de reforços na subestação Curral Novo do Piauí é enquadrado no Reidi pelo MME

O MME aprovou o enquadramento no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura do projeto de reforços na Subestação Curral Novo do Piauí II, localizada no município de Curral Novo do Piauí, no Estado do Piauí. As obras serão executadas no período de 1º de janeiro de 2017 até 31 de dezembro de 2017, e será investido, sem a incidência de impostos, um total de R$ 22,8 mi. (Agência CanalEnergia – 21.09.2016)


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9 Aneel libera operação comercial em unidades da EOL Vila Pará II

A Aneel liberou o início da operação comercial na EOL Vila Pará II, localizada no município de Serra do Mel, no Estado do Rio Grande do Norte, a partir do dia 21 de setembro. O benefício foi para UG5 a UG8, de 3 MW cada, totalizando 12 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 21.09.2016)

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Empresas

1 Governo vai debater privatização da Celg na sede do BNDES

O MME enviou, no dia 20 de setembro, a potenciais investidores e adidos econômicos de embaixadas, convite para um debate sobre a privatização da concessionária Celg, que atua em Goiás. O "road show" ocorrerá no próximo dia 28, na sede do BNDES, no Rio. O objetivo é apresentar a oportunidade e tirar dúvidas de potenciais investidores, nacionais e estrangeiros. Na semana passada, o governo divulgou o novo preço mínimo da Celg, de R$ 1,79 b, que é cerca de R$ 1 bi menor do que piso ofertado em agosto, quando não surgiram interessados em arrematar a empresa controlada por Eletrobras e governo de Goiás. O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, prevê a publicação do edital de concessão para outubro e o leilão para novembro. No evento da próxima semana no BNDES, deverão estar presentes autoridades do MME, do governo goiano e da Celg, em painéis que serão abertos a questionamentos dos interessados. Depois do evento, deverá ocorrer uma entrevista coletiva. (O Globo – 21.09.2016)

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2 Cade aprova compra da CPFL pela State Grid

A superintendência-geral do Cade aprovou, sem restrições, a compra, pela chinesa State Grid, de uma fatia da CPFL Energia. Despacho autorizando a operação foi publicado nesta quinta-feira, 22, no “Diário Oficial da União” (DOU). A compra envolve 23% do capital social da CPFL detido pela ESC Energia, veículo de investimento detido direta ou indiretamente pela Camargo Corrêa, e aproximadamente 0,58% do capital social da CPFL diretamente detido pela Camargo Corrêa. O negócio também abrange, possivelmente, as ações remanescentes do capital social da CPFL, segundo informações do processo no Cade. (Valor Econômico – 22.09.2016)

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3 Aneel autoriza registro em agosto de acordo entre ESBR e Eletrobras-AL

A Aneel autorizou o registro, a partir de agosto, do acordo bilateral de redução temporária do fornecimento de energia elétrica firmado entre a ESBR e a Eletrobras Distribuição Alagoas. A antecipação da vigência do acordo assinado no inicio do mês passado vai reduzir a inadimplência da distribuidora com o pagamento da energia da hidrelétrica de Jirau, além de evitar custos tributários com a inadimplência, que já soma R$ 5,4 mi, segundo a ESBR. A Aneel também determinou que na contabilização referente aos meses de agosto e de setembro de 2016 não seja considerado o prazo previsto na Resolução Normativa 711 - que permite a repactuação dos contratos regulados -, para possibilitar o registro de acordos bilaterais por todos os agentes interessados. A CCEE vai reabrir por dez dias o prazo de registro desses acordos para a contabilização dos dois meses. A decisão não se aplica às cessões ou reduções contratuais realizadas dentro do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits entre distribuidoras e geradores. (Agência CanalEnergia – 21.09.2016)

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4 Aneel revoga punição à Energisa PB por atraso no Luz para Todos

A Aneel revogou a penalidade de redução na tarifa da Energisa Paraíba pelo não cumprimento das metas dos Programas de Universalização e Luz para Todos em 2009 e 2010. A decisão da Agência de Regulação do Estado da Paraíba seria aplicada na próxima revisão tarifária da distribuidora. A Aneel reconheceu que mesmo com o atraso nas metas do Luz para Todos, a empresa executou 7.592 ligações até dezembro de 2011 e foi além da meta prevista. As razões do atraso foram a falta de contrapartida de recursos do governo do estado para o programa e a incorporação de ativos de seis cooperativas de eletrificação, que ampliaram em 1.694 domicílios a meta de atendimento. Por causa disso, o MME prorrogou o programa na área de concessão da empresa para dezembro de 2011. (Agência CanalEnergia – 21.09.2016)

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5 Escritório Europeu de Patentes visita instalações de Furnas e Itaipu

Uma comitiva formada por sete estrangeiros visitou as instalações mais restritas de Furnas: a Casa de Controle da Subestação Foz do Iguaçu, no Paraná. Os funcionários precisam estar atentos para realizar "manobras" complexas na rede elétrica caso necessário, sob o risco de deixar boa parte do país no escuro se errarem. A exceção foi aberta em razão da relevância dos visitantes, que vieram da Holanda, Alemanha, Grécia, Tunísia, Hungria, Bélgica e México. Eles fazem parte de uma comitiva de examinadores do Escritório Europeu de Patente, uma das instituições mais importantes no mundo na área de propriedade industrial (PI), que está no Brasil para visitar empresas do setor de energia. Os especialistas vieram conhecer, in loco, como funciona o pioneiro sistema de transmissão de ultra alta tensão em corrente contínua (HVDC/+- 600 kV). Na tela do computador foi possível ver que naquele momento eram transmitidos quase 11 mil MW da produção da UHE de Itaipu. A limpeza e organização do lugar impressionam tanto quanto a dimensão dos transformadores, conversores, cabos e das torres que chegam a 30 metros de altura no topo. Aliás, para sustentar os 820 km de cabos que ligam a SE Foz do Iguaçu à SE Ibiúna, foram necessárias 1.909 torres. O sistema de transmissão que escoa a eletricidade da maior usina em produção de energia do mundo também conta com três linhas em corrente alternada em 765 kV ligando a SE Foz do Iguaçu à SE Itaberá (SP). Esse sistema complementar foi inaugurado em janeiro de 1987. “Essa visita trará subsídios aos especialistas europeus para avaliar melhor as patentes em transformadores, conversores, cabos e geradores. Em contrapartida, tivemos a chance de trocar conhecimento com examinadores que são referências mundiais nessas áreas. Furnas cada vez mais tem se envolvido com propriedade intelectual e essa foi uma oportunidade ímpar de aprendizado e estabelecimento de contatos para intercâmbios futuros”, destacou o engenheiro de Furnas Alexandre Pinhel. (Agência CanalEnergia – 21.09.2016)

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6 BDMG financia expansão de PCHs em Minas Gerais

O BDMG aprovou financiamento de R$ 5 mi para a Hy Brazil, que opera 24 usinas, entre PCHs e CGHs. Os recursos foram direcionados à expansão de quatro projetos, o que elevou a capacidade de geração total da empresa para 100 MW. O financiamento cobriu aquisição de turbinas, geradores, painéis e transformadores, para ampliação da capacidade instalada das usinas Vermelho Velho, Durandé, Simonésia e São Cristóvão, todas em Minas Gerais. Das 24 usinas que a Hy Brazil opera, 20 estão localizadas no estado e todas têm energia comercializada em contratos no mercado livre. A expectativa da companhia é implantar 15 novas usinas nos próximos cinco anos. (Agência Brasil Energia – 21.09.2016)

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Leilões

1 Aneel realiza 1º Leilão de Energia de Reserva de 2016 na próxima sexta-feira (23/9)

A Aneel realizará na próxima sexta-feira (23/9), na sede da CCEE em São Paulo, o Leilão nº 03/2016-ANEEL, denominado 1º LER de 2016. O certame é destinado à contratação de energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração a partir de fonte hidrelétrica, com início de suprimento em 1º de março de 2020. Poderão participar do leilão CGHs e PCHs. Serão negociados CER na modalidade por quantidade de energia, com prazo de suprimento de 30 anos. A EPE habilitou 64 projetos para o leilão, sendo 47 PCHs e 17 CGHs. O preço inicial para a fonte hidrelétrica é de R$ 248,00/MWh. (Aneel – 21.09.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Nordeste estão operando com volume de 16,1%, recuando 0,2% em relação ao dia anterior. De acordo com dados do ONS referentes ao último dia 20 de setembro, a energia armazenada na região é de 8.351 MW/mês e a ENA é de 956 MWm, que equivale a 33% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Sobradinho opera com 11,86% da sua capacidade. No submercado SE/CO, os níveis estão em 42,6%, 0,2% abaixo do dia anterior. A energia armazenada é de 86.340 MW/mês e a ENA é de 16.667 MWm, o que é 99% da MLT. A usina de Furnas está com volume de 60,87% e a de Nova Ponte com 28,67%. No Norte, os níveis caíram 0,3% em comparação ao dia anterior, o que deixou os reservatórios com 42,6% da capacidade. A energia armazenada é de 6.412 MW/mês e a ENA é de 1.016 MWm, o que representa 53% da MLT. A usina de Tucuruí opera com 69,73% de sua capacidade. Na Região Sul, houve uma queda de 0,7%, deixando os níveis em 90,1%. A energia armazenada é de 17.979 MW/mês e a ENA é 7.516 MWm, o que equivale a 82% da MLT. A usina de Passo Real está com volume de 80,95%. (Agência CanalEnergia – 21.09.2016)

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2 Preço de referência para energia cai 22,8% no mês

O preço de referência para contratos de energia elétrica manteve-se praticamente estável na comparação semanal, com leve recuo de 0,03%, mas registrou queda expressiva de 22,79% em relação ao mês anterior. O índice, referente ao trimestre que vai de outubro a dezembro de 2016, ficou em R$ 142,65/MWh no submercado SE/CO. Houve ainda retração de R$ 22,36% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Boletim Semanal da Curva Forward, elaborado pela consultoria Dcide e divulgado nesta quarta-feira (21/9). Já para o preço de longo prazo, referente ao intervalo de 2018 a 2021, a alteração também não foi significativa nessa semana, com baixa de 0,67%, para R$ 154,07/MWh. Na base mensal, o índice registrou redução de 2,62% e, na base anual, de 4,49%. O documento é elaborado a partir de dados de 48 agentes do mercado livre, entre os mais comercialmente ativos, apurados semanalmente pela consultoria. As curvas de preço são validadas por modelo matemático, que elimina distorções, e por comitê. (Agência Brasil Energia – 21.09.2016)

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Meio Ambiente

1 CPFL Renováveis assina posicionamento sobre precificação do carbono no Brasil

A CPFL Renováveis assinou, em 21 de setembro, o Posicionamento Empresarial sobre Precificação de Carbono no Brasil. O documento foi lançado pela Iniciativa Empresarial em Clima e trata da importância de pensar estrategicamente os mecanismos e formas de precificação do carbono no Brasil com o menor custo possível à sociedade, com o esforço coletivo do setor privado, sociedade civil e governo. A assinatura foi realizada durante a Conferência Ethos 360 e coloca a CPFL Renováveis ao lado de grandes nomes da sustentabilidade no Brasil, como a Rede Brasil do Pacto Global das Nações Unidas, o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas e a Envolverde. Segundo a companhia, a assinatura do documento endossa a missão da empresa de promover um mundo mais sustentável. (Agência CanalEnergia – 21.09.2016)

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2 Brasil entrega à ONU documento de ratificação do Acordo de Paris

O presidente Michel Temer acaba de entregar ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, o documento no qual o Brasil ratifica o Acordo de Paris sobre mudança do clima. Para entrar em vigor, o acordo precisa ser ratificado por pelo menos 55 países responsáveis por 55% das emissões de carbono. Assinado pelos 197 países da UNFCCC, na sigla em inglês, o acordo foi aprovado pelo CN brasileiro em agosto deste ano. Pelo acordo, o Brasil assume oficialmente o compromisso de manter o aumento da temperatura média global em menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais e de limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima de tais níveis até 2100. Para atingir o objetivo, o tratado estabelece metas individuais de cada país. No caso do Brasil, o país se compromete a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% até 2025, na comparação com os níveis registrados em 2005; e em 43% até 2030. Também é objetivo do acordo promover o financiamento coletivo de um piso de US$ 100 bilhões a cada ano para países em desenvolvimento, considerando suas necessidades e prioridades, bem como criar um mecanismo de revisão, a cada cinco anos, dos esforços globais para frear as mudanças do clima. Na agricultura, a meta brasileira é restaurar e reflorestar uma área de 12 mi de hectares. Os planos incluem ainda a restauração de mais 15 milhões de áreas degradadas e o aumento de 5 mi de hectares no sistema de integração lavoura pecuária e floresta. No setor energético, o objetivo é elevar para 18% o uso de biocombustíveis sustentáveis. O Brasil pretende atingir 45% de energias renováveis na matriz energética, dos quais entre 28% e 33% são de fonte não hídrica, incluída a energia eólica e a solar. O país ainda pretende ter ganhos de eficiência energética no setor em torno de 10%. (Agência Brasil – 21.09.2016)

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3 Estudo mostra que renováveis já são mais baratas que fósseis na média mundial

Estudo publicado pela Carbon Tracker Initiative, de Londres, mostra que os custos de geração de energia renováveis já são, na média mundial, inferiores aos dos combustíveis fósseis e as usinas de energia limpa se tornarão ainda mais competitivas em 2020. O relatório "Fim da ocupação do carvão e do gás?" compara os custos de geração de energia a carvão de quatro usinas recém construídas: carvão, gás, eólica e de energia solar. Ele aplica uma análise de sensibilidade a um custo nivelado de eletricidade em três cenários: um cenário de referência de 2016, um cenário atualizado de 2016 e um cenário para 2020 com base no caminho para mantermos a temperatura abaixo dos 2˚C caminho, onde as decisões de investimento tenham em conta as tendências de descarbonização. A comparação mostra que taxas de ocupação reduzidas e vidas úteis mais curtas para as usinas de carvão e gás em um mundo que é descarbonizado de forma constante, prejudica a economia das usinas. De acordo com o chefe de pesquisa da Carbon Tracker, James Leaton, os decisores políticos e investidores precisam questionar suposições datadas sobre custos de tecnologia que não foram atualizadas para o processo de descarbonização deflagrado pelo Acordo de Paris. Segundo ele, planejar novas usinas de carvão e gás usando as taxas de ocupação e vida útil do cenário business-as-usual é a receita para ativos ociosos no futuro. O estudo constata também que o rumo da economia forjado pela aplicação das Contribuições Determinados a nível Nacional pós-2020 vai levar as energias renováveis, em média, a um custo ainda mais competitivo, mesmo se os preços dos combustíveis fósseis caírem e os preços do carbono permanecerem modestos em torno de US$10 / tCO2 ou abaixo disso. (Agência CanalEnergia – 21.09.2016)

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Energias Renováveis

1 Solar Group planeja ser líder de mercado nos próximos meses

A Solar Group planeja ser, em dois ou três meses, a líder de mercado na produção de estruturas de fixação para telhados. O grupo, que existe há 21 anos, entrou a menos de um no setor de energia solar fotovoltaico e é o primeiro 100% nacional na produção dessas estruturas. Nesse período, conseguiu desenvolver um produto aderente à realidade brasileira, reduzindo custos e prazo de entrega para os clientes. Ronaldo Koloszuk, diretor comercial da Solar Group, conta que as empresas de energia solar presentes no país trabalhavam com estruturas europeias e estavam com dificuldades de utilizá-las nos telhados brasileiros quando da implantação de placas solares fotovoltaicas. Segundo o diretor, essas estruturas são consideradas as melhores do mundo e são realmente excelentes para os telhados europeus. Além disso, continua, a borracha que tem nesse parafuso para vedar a telha, muitas vezes quebra a telha. Dadas as características do país, a empresa resolveu desenvolver um produto nacional mais adequado à realidade brasileira. Mas para a iniciativa dar certo, conta Koloszuk, a empresa colocou quatro premissas para o desenvolvimento do produto: reduzir o tempo de obra em cima dos telhados; reduzir os danos ao telhado; reduzir custos, sendo mais barato que o produto importado; e ter um estoque de pronta entrega. "A gente conseguiu reduzir o preço em cerca de 20% na comparação com o produto importado", comentou. No que se refere ao estoque, o diretor afirmou que os integradores precisavam desembolsar um grande capital de giro para fazer importação, porque ela é morosa. Segundo ele, a Solar Group tem um estoque e consegue entregar em cinco dias, no máximo. A empresa conseguiu ainda criar uma sistemática de entregas por obra, independente do tamanho do projeto. Com todas as premissas atendidas, Koloszuk está confiante na liderança do mercado. Ele contou ainda que a empresa tem um bom share dentro da Sices, que é a maior distribuidora de insumos para energia solar fotovoltaica do Brasil. Além disso, a empresa fornece as estruturas para outras grandes empresas que não compram com a Sices, como a Blue Sol, por exemplo. As estruturas da Solar Group ainda vem com mais um diferencial. Antes de serem colocadas no mercado - há uns 4 ou 5 meses -, a empresa alugou o túnel de ventos do Centro de Tecnologia da Aeronáutica e conseguiu homologar sua estrutura para ventos de até 150 km/h. "Isso trouxe muita credibilidade", apontou. A projeção da empresa é ter um faturamento em torno de R$ 13 milhões em 2017. (Agência CanalEnergia – 21.09.2016)

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2 Microturbinas geram energia dentro de tubulações de água

A ATME Eco Solutions, de Barueri (SP), está apresentando para companhias nacionais de saneamento uma tecnologia israelense capaz de gerar energia dentro de tubulações de água. A empresa espera em breve ser qualificada para poder vender o sistema no Brasil. da HydroSpin, a solução incorpora um conjunto de microturbinas capaz de produzir eletricidade a partir do fluxo de água dentro dos tubos. A partir de pequenas vazões, é possível gerar de 10W a 20W. “O dispositivo de controle pode ser instalado em qualquer ponto da rede hídrica”, diz o diretor da ATME, Avi Meizler. O dispositivo fornece a energia necessária para dataloggers (sensores) e controladores de válvulas redutoras de pressão (VRPs), equipamentos de automação e controle de pressão, respectivamente, utilizados em redes de abastecimento de água. Com a autogeração de energia das microturbinas, fica dispensado o uso de baterias, que têm vida útil curta e com substituição cara. Além disso, dispensa alimentação por rede externa de eletricidade, o que é uma vantagem, principalmente por proporcionar melhor controle no monitoramento de água em áreas remotas e sem acesso à eletricidade.“Para uma gestão efetiva das redes de abastecimento e controle de perdas, as concessionárias de água precisam que seus equipamentos fiquem acordados initerruptamente”, afirma Paulo Carvalho, coordenador técnico da ATME Eco Solutions. Outra vantagem do sistema HydroSpin é a manutenção, possível de ser feita com a rede em carga. O equipamento conta com sistema de algoritmos que maximiza a recarga da bateria do conversor quando a energia produzida é maior do que a demandada e ainda economiza bateria quando as vazões estão baixas, por exemplo, em períodos noturnos, quando o consumo de água cai. (Agência Brasil Energia – 21.09.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 INB prepara segunda fase de enriquecimento de urânio no Brasil

A segunda fase do enriquecimento isotópico de urânio no Brasil já começou a ser preparada pela Indústrias Nucleares do Brasil (INB), empresa vinculada à Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen). O presidente da INB, João Carlos Derzi Tupinambá, disse hoje (21) que o projeto básico e os relatórios e pedidos de autorização de licenças já foram desenvolvidos pela estatal. A primeira fase do projeto de enriquecimento de urânio será encerrada em 2019, quando serão atendidas 100% das necessidades de urânio enriquecido da Usina Nuclear Angra 1. Atualmente, a usina de enriquecimento da INB, localizada no município de Resende, centro-sul fluminense, possui seis cascatas de ultracentrífugas em operação, o que permite atender cerca de 40% das necessidades da usina. Até o fim da primeira fase, serão adicionadas mais quatro cascatas, segundo Tupinambá. “Na segunda fase, nós vamos ter um acréscimo de mais 11 módulos, que dariam conta de Angra 2 e Angra 3. Ainda sobraria alguma coisa para exportação. Para Angra 2, a gente precisa de mais cinco módulos e para Angra 3, mais seis”, disse o presidente da INB, que participou nesta quarta-feira do 7º Seminário Internacional de Energia Nuclear (SIEN), no Rio de Janeiro. Segundo Tupinambá, concluída a primeira fase em 2019, os módulos da nova fase poderão ser instalados no começo de 2022. De acordo com o presidente da INB, a produção de urânio enriquecido sempre gera algum excedente, que é exportado para atender a pedidos pontuais. Atualmente, a estatal está atendendo a um pedido da Argentina. “Mas o que a gente quer mesmo é se programar para fidelizar a Argentina como um cliente firme, que pudéssemos ser um fornecedor seguro para eles. Esse é o nosso objetivo maior.” O embarque do material nuclear para o país vizinho – quatro toneladas no total – ocorrerá até o fim deste mês. Embora seja um volume pequeno, é considerado representativo pelo presidente da INB, por causa das oportunidades que pode gerar. O contrato, de US$ 4,5 milhões, foi assinado com a empresa estatal argentina Combustibles Nucleares Argentinos (Conuar). O Brasil faz parte do rol de 11 países que dominam hoje o ciclo de enriquecimento do urânio, o que aumenta a importância dessa primeira remessa de urânio ao exterior. “Não só consolida a presença da INB, mas a nossa capacidade tecnológica e nossa presença no cenário internacional do enriquecimento de urânio para fins pacíficos”, disse Tupinambá. A tecnologia utilizada na unidade da INB em Resende foi desenvolvida pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen/Cnen). (Agência Brasil – 21.09.2016)

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2 Governo deve decidir sobre retomada de Angra 3 até dezembro

O CNPE deve tomar uma decisão sobre a retomada das obras da usina nuclear Angra 3 até dezembro e a expectativa é que a construção seja reiniciada em 2017. A tarefa foi delegada ao conselho pelo MME, segundo o assessor de Desenvolvimento de Novas Usinas Nucleares da Eletronuclear, Marcelo Gomes da Silva, também vice-presidente da Aben. O BNDES continua participando das conversas em busca da melhor solução, disse. As obras de Angra 3 estão paradas desde setembro do ano passado. Alguns contratos estão suspensos e outros estão sendo rescindidos.De acordo com o assessor, existe uma “vontade muito grande” de resolver o assunto em todas as esferas, que incluem o MME, os bancos envolvidos, entre os quais o BNDES e a própria Eletronuclear. Isso poderá ocorrer, “talvez, com a participação de algum agente privado no empreendimento”, arriscou o assessor. “Seria uma solução criativa, porque existe uma carência de recursos no Brasil para várias áreas. Estamos buscando essas definições”. Estão sendo analisados, por exemplo, os impedimentos legais para uma participação privada ou não", acrescentou. (Agência Brasil Energia – 21.09.2016)

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Grandes Consumidores

1 Brookfield pode fechar aquisição da companhia de saneamento Odebrecht Ambiental

A Brookfield poderá fechar nos próximos dias, ou até fim do mês, a aquisição da companhia de saneamento Odebrecht Ambiental, segundo apurou o Valor com fontes próximas da operação. O negócio, pela aquisição da fatia de 70% do grupo Odebrecht na empresa, é avaliado entre R$ 5 bi e R$ 6 bi. Os demais 30% pertencem ao fundo de investimento FI-FGTS, que deve permanecer no negócio. As negociações do ativo começaram em meados do primeiro semestre, sendo que a Brookfield passou a ter tratativas exclusivas desde maio. Foi quando o fundo iniciou o processo de auditoria interna ("due diligence") dos ativos da Odebrecht Ambiental, que avançou até agosto. Conforme apurou o Valor, o fundo perdeu interesse pela Abengoa, companhia espanhola que está em recuperação judicial e que tem ativos na área de transmissão de energia. Devido aos problemas que identificou, a Brookfield decidiu suspender as avaliações da companhia espanhola. (Valor Econômico – 22.09.2016)

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Economia Brasileira

1 Para Ibre, expansão forte da economia em 2017 depende da aprovação de medidas

Um crescimento mais robusto da economia em 2017 só é possível com a aprovação em tempo hábil das medidas fiscais no Congresso, o que levaria a uma redução dos prêmios de risco, com consequente valorização do câmbio e queda maior dos juros. A avaliação é do Ibre-FGV, que ainda não vê, no entanto, a perspectiva mais favorável como a mais provável. Na edição de setembro do Boletim Macro, divulgada com exclusividade ao Valor, a equipe de conjuntura do Ibre apresenta dois cenários possíveis para a expansão do PIB no próximo ano. O otimista conta com aumento de 1,7%, enquanto o básico, que é o efetivamente considerado pela entidade, prevê alta de 0,6% no período. "Quanto mais rápido tivermos mudança na questão fiscal, mais rápido a economia vai reagir, mas esperar que tudo isso ocorra em 2017 é pedir demais", afirma Silvia Matos, coordenadora técnica do documento. O consenso de mercado, que espera avanço de cerca de 1,4% da economia no ano seguinte, embute estabilização da atividade já no terceiro trimestre, condição necessária para a melhora prevista para o ano que vem. Já o Ibre trabalha com retração de 0,3% tanto no período de julho a setembro quanto nos últimos três meses do ano. A partir dos indicadores antecedentes, o instituto calcula que a produção industrial caiu 3,2% entre julho e agosto, o que dificulta estabilidade do PIB no trimestre atual. A indústria segue em trajetória de reação, mas o movimento não é linear. O processo de recuperação, diz a economista, está sujeito a quedas nos próximos meses. Além da herança estatística ainda negativa deixada por 2016, a desinflação não tem ocorrido em ritmo rápido, outro ponto que indica crescimento mais moderado em 2017, já que pressupõe maior cautela do BC para cortar juros. "Uma recuperação cíclica só é factível com controle inflacionário e queda dos juros", afirma Silvia. Na seção de inflação do boletim, Salomão Quadros e André Braz apontam que o ritmo de descompressão do IPCA em 2016 é "decepcionante". Desde março, o IPCA em 12 meses diminuiu 0,42 ponto percentual. Se esse ritmo fosse mantido, seriam necessários 53 meses para que o centro da meta (4,5%) fosse alcançado. Daqui até o fim do ano, a expectativa é que o IPCA recue cerca de 1,5 ponto, terminando 2016 em 7,5%. Em 2017, o indicador deve ceder para 5,3%. "Não vejo a inflação chegando à meta sem ajuda do câmbio", diz Silvia, o que se concretizaria no cenário mais otimista do Ibre. (Valor Econômico – 22.09.2016)

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2 Confiança da indústria avança em setembro, mostra prévia da FGV

A confiança da indústria aumentou em setembro, apoiada na melhora das expectativas, mostrou levantamento da FGV. O índice que mede esse sentimento ficou em 87,3 pontos na prévia do mês, ante 86,1 pontos em agosto. A alta do ICI "combina piora das avaliações sobre a situação atual e melhora das expectativas em relação aos meses seguintes, indicando que o setor continua mais otimista com o futuro que satisfeito com o presente", destacou a FGV. O ISA diminuiu 0,5 ponto, para 84,7 pontos, enquanto o IE teve alta de 2,7 pontos, para 90 pontos. O Nuci aumentou 1,2 ponto percentual na prévia de setembro, para 75%, o maior desde setembro de 2015. Para a prévia de setembro de 2016 foram consultadas 780 empresas entre os dias 5 e 19 deste mês. (Valor Econômico – 22.09.2016)

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3 Empresário do comércio ficou mais confiante em setembro, aponta CNC

A CNC informou alta de 1,5% no Icec entre agosto e setembro, para 93,5 pontos. Foi a quinta elevação consecutiva, nesta comparação. Na comparação com setembro do ano passado, o aumento foi de 14,8%. Todos os tópicos usados para cálculo do indicador registraram melhora nos resultados de setembro, tanto na comparação com agosto como ante igual mês de ano passado. O destaque ficou por conta da avaliação de condições atuais, que subiu 6,3% ante agosto; com alta de 25,4% em relação a setembro de 2015, para 53,2 pontos. Mesmo com o aumento, a entidade ressaltou, no entanto, que o indicador ainda se posiciona abaixo de 100 pontos, o que sinaliza resultado desfavorável no humor do empresariado do comércio. Em nota, a economista da confederação, Izis Ferreira, informou ainda não ser possível afirmar que a recuperação do comércio ocorrerá em breve. Ela destacou que o ritmo da queda nas vendas vem diminuindo, mas ainda não indica aquecimento do varejo. “As condições do mercado de trabalho e o crédito caro ainda são um entrave para a retomada do consumo e consequentemente das vendas”, resumiu a especialista. A CNC reiterou ter revisado de queda de 5,4% para recuo de 5,2% a sua estimativa na variação de volume de vendas em 2016 ante o ano anterior para o varejo restrito. Já para o varejo ampliado, que inclui os setores de automóveis e materiais de construção, a revisão foi de queda de 9,8% para recuo de 9,4%. (Valor Econômico – 21.09.2016)

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4 IPCA-15 desacelera para 0,23% em setembro

O IPCA-15 aumentou 0,23% em setembro, depois de uma alta de 0,45% um mês antes. Foi a menor taxa para meses de setembro desde 2009, informou o IBGE. "O grupo Alimentação e Bebidas foi o principal responsável pela desaceleração do IPCA-15 no mês", apontou o instituto. O grupo saiu de um aumento de 0,78% em agosto para recuo de 0,01% um mês depois. O IPCA-15 ficou abaixo do piso de 0,26% das estimativas apuradas pelo Valor Data junto a 22 consultorias e instituições financeiras. A média das projeções apontava alta de 0,34%. Em setembro de 2015, o IPCA-15 havia avançado 0,39%. Nos 12 meses até setembro, o IPCA-15 registrou elevação de 8,78%, seguindo os 8,95% dos 12 meses imediatamente anteriores. No terceiro trimestre de 2016, a inflação correspondeu a 1,22%, inferior a de um ano antes (1,42%). (Valor Econômico – 22.09.2016)

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5 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h56, a moeda americana estava a R$ 3,1903, recuo de 0,61%. Na quarta-feira, o dólar comercial fechou em queda de 1,54%, cotado a R$ 3,209. (Valor Econômico – 22.09.2016 e 21.09.2016)

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Internacional

1 O sistema energético argentino é o 34º entre 130 países em 2015

O sistema energético da Argentina mostrou progresso durante 2015 em matéria de segurança e sustentabilidade ambiental, mas recuou no patrimônio líquido, contudo, subiu 13 casas no ranking compilado pelo Conselho Mundial de Energia (CME) e está classificado como 34 entre 130 países em todo o mundo. De acordo com o Índice de Sustentabilidade Energia (ISE), a Argentina saltou da casa 60, ocupada em 2014, a 34 no ano passado. Este foi um resultado de melhorias nos indicadores de segurança energética, o maior peso para o indicador, no qual a Argentina subiu da 14º ocupada em 2014 para a nona posição no ano passado, o que a colocou entre os dez melhores países do mundo, nesse segmento. Porém, ao medir o patrimônio do sistema energético, o Conselho colocou a Argentina entre os piores do mundo, ocupando o 102 lugar e caindo seis casas em relação a 2014, como resultado da persistência de subsídios aos consumidores, sem discriminar entre setores de maior e menor poder aquisitivo. No entanto, quando se mede a sustentabilidade ambiental do sistema argentino, o ISE melhorou a posição da Argentina neste ranking, que subiu 14 posições, passando de 44 em 2014 para 30 em 2015. O Observatório da Energia, Tecnologia e Infraestrutura para o Desenvolvimento (Oetec) destacou que "a segurança energética, para o Conselho Mundial, é muito importante para avaliar o sistema de um país, por isso a Argentina melhorou significativamente sua posição no ranking ". A este respeito, eles disseram que "para o CME um país é energeticamente seguro pela gestão eficaz da oferta de energia primária a partir de fontes internas e externas, pela confiabilidade da infraestrutura de energia e pela capacidade das empresas de energia para atender à demanda presente e futuro". (El Inversor – Argentina – 21.09.2016)

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2 Novo recorde mundial em energia fotovoltaica: Jinko Solar oferece 21,68 euros por MWh em Abu Dhabi

Os preços da energia fotovoltaica não param de cair. Um consórcio formado pelo desenvolvedor chinês JinkoSolar e a japonesa Marubeni fez uma oferta incrível para o Abu Dhabi Water & Electricity Authority (ADWEA) de 2,42 centavos de dólar por kWh (2,16 centavos de euro por kWh) na licitação de uma enorme planta fotovoltaica em Abu Dhabi inicialmente prevista com uma potência de 350 MW. A planta será construída na cidade de Swaihan, no noroeste de Abu Dhabi, onde está sendo erguido um novo assentamento, que necessitará energia elétrica rápida e acessível. Com a ideia de que a energia solar pode ser a opção mais barata, o ADWEA licitou uma planta inicialmente com uma capacidade prevista de 350 MW, mas que permitisse as empresas a ofertarem usinas com maior potência. Embora o resultado do leilão não seja conhecido ainda, um alto representante da Associação da Indústria Solar Médio Oriente (Mesia) confirmou que um consórcio liderado pelo JinkoSolar, que também envolveu a Marubeni tem oferecido a um preço de 2,42 cêntimos por kWh, que é um novo recorde mundial. O recorde anterior era de 2,91 centavos de dólar por kWh (2,59 centavos de euro) e foi apresentado pela espanhola Solarpack em leilão no Chile em agosto de 2016. (El periódico de la energía – Espanha – 20.09.2016)

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3 ABB vende negócio global de cabos para NKT Cables

A ABB vendeu sua divisão de sistemas de cabos de alta tensão para a NKT Cables por € 836 mi, informou a fabricante suíça de equipamentos nesta quarta-feira (21/9) em comunicado. A divisão tem foco em projetos de longa distância, que demanda produtos para corrente contínua. Segundo a ABB, o negócio faz parte da divisão Power Grids da companhia, que atualmente passa por "revisão estratégica". A operação ainda depende de aprovação por órgãos reguladores e ao cumprimento de condições estabelecidas pelas empresas e deve ser concluída no primeiro trimestre de 2017. Além da produção de cabos, a subsidiária da ABB oferece soluções turnkey, que inclui serviços como projetos, engenharia, fornecimento, instalação, comissionamento e serviços. De acordo com a ABB, a divisão registrou receita de US$ 524 mi em 2015. A NKT Cables atua no projeto, fabricação e fornecimento de cabos de alimentação para empreendimentos em baixa, média e alta tensão, principalmente de corrente alternada. (Agência Brasil Energia – 21.09.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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