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IFE: nº 4.174 - 16 de setembro de 2016
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Agências reguladoras não vão mais elaborar editais de concessão
2 Professor da UnB fala sobre reguladoras não participarem mais na elaboração editais de concessão
3 Presidente da Aneinfra Sindical fala sobre reguladoras não participarem mais na elaboração editais de concessão
4 Aneel libera início dos testes em usinas do Consórcio Novo Horizonte
5 Aneel divulga guia de indicadores para agentes de geração
6 Aneel estabelece CVU para térmicas do complexo Norte Fluminense
7 MME aprovou o enquadramento no Reidi de quatro UFVs do complexo Juazeiro Solar

Empresas
1 MME pode negociar usinas com Cemig
2 Cemig vai aportar R$ 28,6 mi em aumento de capital de Belo Monte
3 MME: CPFL, Iberdrola, Equatorial e Enel tinham interesse na Celg-D
4 CPFL Energia ainda avalia novo preço de venda da Celg D
5 CPFL projeta crescimento da carga em 2017
6 Sinalização de preços ainda é incerta para 2017, avalia CPFL Energia
7 RGE investe R$ 1,9 milhão em município gaúcho no primeiro semestre de 2016
8 Albras lidera ranking de consumo no mercado livre em julho

9 Chesf energisa subestação no Ceará

10 Joel de Jesus de Lima Souza é o novo diretor administrativo da Chesf

11 USP prevê maior demanda por automação e redes inteligentes

12 Multa da CGTEE é reduzida de R$ 2,5 mi para R$ 1,4 mi pela Aneel

13 Cosern recebe projetos para eficiência energética

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 Siemens enxerga alta repentina na demanda por armazamento de energia na Alemanha
3 Geração aumenta 0,7% e consumo 0,6% até 13 de setembro

Meio Ambiente
1 Novo Plano de Recursos Hídricos do Rio São Francisco aponta que energia deve ser gerada sem prejudicar demais usos
2 Justiça cassa liminar que suspendia licença de operação de Belo Monte

Energias Renováveis
1 Nordeste recebe duas novas fábricas de painéis solares
2 Casa dos Ventos coloca em operação Complexo Ventos de Tianguá

Gás e Termelétricas
1 Copel planeja terminal de GNL no Paraná
2 Compagas fecha seis contratos de fornecimento de gás
3 Compagas fecha seis contratos de fornecimento de gás
4 Futuro de Angra 3 será decidido após investigações da PF

Economia Brasileira
1 Banco Central é autorizado a adquirir papel moeda de outro país
2 Mercado prevê déficit do governo central em 2017 acima da meta

3 Atividade econômica começou terceiro trimestre em queda, diz Serasa
4 Indústria paulista fecha 11 mil vagas em agosto, aponta Fiesp
5 Volume de serviços sobe 0,7% em julho, mas recua 4,5% ante 2015
6 IPCA deve recuar 1,5 ponto em 4 meses, projeta IPEA
7 FGV vê IPC mais comportado
8 IPC-S desacelera a 0,27% na segunda prévia de setembro
9 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina: Aranguren: a tarifa de gás dos que menos consomem será $ 107 mensais
2 Bolívia: primeira usina hidrelétrica de Santa Cruz gerará 600 MW
3 Portugal: Amorim já vendeu 5% da Galp por 485 mi
4 Portugal: Recorde da produção nas centrais a gás mostra importância de investir – REN
5 Investimentos em energia renovável pelo mundo

6 Gamesa passa a controlar integralmente Adwen

7 Vestas é fabricante com maior volume de pedidos no mercado eólico global


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Agências reguladoras não vão mais elaborar editais de concessão

Os próximos editais para a concessão de projetos de infraestrutura à iniciativa privada que serão lançados pelo governo não deverão ser elaborados exclusivamente pelas agências reguladoras. A ideia do governo é que os ministérios de cada área, de acordo com o projeto que será concedido, sejam os responsáveis tanto pela elaboração dos editais como pela assinatura dos contratos com os vencedores do leilão. Deverá haver um período de transição para a mudança, ou seja, nos próximos leilões as agências ainda vão ajudar na elaboração dos editais. Segundo a assessoria do PPI, mesmo depois de passar a atribuição para os ministérios, as agências reguladoras deverão continuar com o papel técnico de subsidiar a elaboração dos editais. As mudanças no papel das agências reguladoras foram anunciadas no dia 13 de setembro. O secretário executivo do PPI, Moreira Franco, diz que o objetivo é devolver às agências reguladoras seu sentido efetivo de órgão de estado. (Agência Brasil – 15.09.2016)

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2 Professor da UnB fala sobre reguladoras não participarem mais na elaboração editais de concessão

Para o professor de administração pública da Universidade de Brasília (UnB) José Matias-Pereira, além de passar para os ministérios funções que hoje são feitas pelas agências reguladoras, é preciso rever o funcionamento das agências. “O fundamental nesse processo é que tem que escolher pessoas que tenham competência para desenvolver as atividades nas agências reguladoras e que essas pessoas não estejam sob o jugo político, de grupos econômicos e de interesses menores. E isso implica em dizer que o governo vai ter que dar autonomia de verdade para esses dirigentes dessas agências”. Na avaliação do professor, as agências reguladoras foram sendo descaracterizadas nos últimos anos de forma preocupante. “O papel das agências reguladoras é fazer a defesa dos interesses difusos da sociedade. Na medida em que as agências foram sendo aparelhadas politicamente, elas chegaram em um ponto em que os interesses se confundiram, ou seja, colocaram a raposa para tomar conta do galinheiro”. (Agência Brasil – 15.09.2016)

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3 Presidente da Aneinfra Sindical fala sobre reguladoras não participarem mais na elaboração editais de concessão

Na avaliação do presidente do Sindicato Nacional dos Analistas e Especialistas em Infraestrutura (Aneinfra Sindical), Rodolpho Salomão, as mudanças anunciadas para as agências reguladoras são esperadas há muito tempo. “Havia uma certa confusão em relação ao papel das agências reguladoras. O que a gente começa a ver é o governo querendo organizar isso, que nasceu desorganizado na década de 1990. Ou seja, a agência reguladora acabava tendo uma atribuição além do seu papel natural de regular e fiscalizar”, diz Salomão. (Agência Brasil – 15.09.2016)

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4 Aneel libera início dos testes em usinas do Consórcio Novo Horizonte

A Aneel o início da operação em teste nas seguintes usinas de titularidade do Consórcio Novo Horizonte Geração de Energia: Na CNH Buritis foram liberadas 18 UGs de 1 MW cada, totalizando 18 MW de capacidade instalada. Na CNH Cujubim, o benefício foi para 12 UGs de 1 MW cada, totalizando 12 MW. Na CNH Izidolândia foram liberadas 2 UGs de 0,44 MW cada, totalizando 0,88 MW de capacidade instalada. Na CNH Machadinho, o benefício foi para 15 UGs de 1 MW cada, totalizando 15 MW de capacidade instalada e na CNH Urucumacuã, foram liberadas 2 UGs de 0,44 MW cada, totalizando 0,88 MW de capacidade instalada. A Aneel também liberou o início das operações em teste na EOL Testa Branca I. O benefício foi para UG10, de 2,7 MW de capacidade instalada. Na EOL Vila Pará III o benefício foi para UG5, UG6 e UG7, de 3 MW cada, totalizando 9 MW de capacidade instalada. A CGH Wiggers também recebeu a liberação. A unidade liberada foi a de número 1, com 0,6 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 15.06.2016)

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5 Aneel divulga guia de indicadores para agentes de geração

A Aneel publicou o ESCALADA - Guia de Indicadores de Entrega do Rapeel que apresenta o resultado do acompanhamento da fiscalização da Agência quanto à entrega do Rapeel, preenchido pelas empresas que possuem outorga para ampliar ou implantar novos empreendimentos de geração. O guia estabelece um conceito aplicado ao comportamento do agente no período de quatro meses, chamado período fiscalizado, que contribui para redução da inadimplência no envio das informações ao Rappel, e permite selecionar as usinas que deverão ser foco de ação de fiscalização. A primeira edição do Escalada terá uma função educativa, com a divulgação do monitoramento do recebimento do Rapeel. Ressalta-se que nesta edição não serão contempladas as usinas dos Sistemas Isolados. Nesta campanha todas as usinas classificadas com Conceito Rapeel C ou D terão até janeiro de 2017 para regularizar a situação, corrigindo o Conceito Rapeel para A ou B. (Agência CanalEnergia – 15.06.2016)

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6 Aneel estabelece CVU para térmicas do complexo Norte Fluminense

A Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou os valores de CVU das UTEs Norte Fluminense 1, 2 e 3 referente ao período de dezembro de 2015 até agosto de 2016. Os valores serão aplicados pelo ONS a partir da primeira revisão do PMO. (Agência CanalEnergia – 15.06.2016)

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7 MME aprovou o enquadramento no Reidi de quatro UFVs do complexo Juazeiro Solar

O MME aprovou o enquadramento ao REIDI das UFVs Juazeiro Solar I, Juzeiro Solar II, Juazeiro Solar III e Juazeiro Solar IV, localizadas no município de Juazeiro, na Bahia. O período de execução das obras está previsto para 1º de agosto de 2017 até 1º de agosto de 2018, e será gasto, sem a incidência de impostos, um total de R$ 165,6 mi em cada uma delas. O MME também aprovou o enquadramento no Reidi do Projeto de Transmissão de Energia Elétrica o empreendimento relativo ao Lote A do Leilão nº 05/2015, de titularidade da empresa Mantiqueira Transmissora de Energia S.A. O projeto cruza diversos municípios do Estado de Minas Gerais. As obras serão executadas no período de 3 de junho de 2016 até 4 de março de 2021, e será investido, sem a incidência de impostos, um total de R$ 2,6 bilhões. (Agência CanalEnergia – 15.06.2016)

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Empresas

1 MME pode negociar usinas com Cemig

O governo federal pode negociar diretamente com a Cemig a renovação do contrato de três hidrelétricas da estatal mineira cuja concessão venceu ou está próxima do vencimento. A proposta partiu da própria companhia, mas só ocorrerá se houver respaldo na lei. A legislação atual não permite a renovação direta da concessão depois de vencido o prazo para o concessionário manifestar o interesse em prorrogar o contrato. Nesse caso, o governo precisa leiloar novamente a concessão. A expectativa do governo, segundo Coelho Filho, é arrecadar cerca de R$ 10 bi com a outorga da concessão das três hidrelétricas. São Simão, localizada entre Minas Gerais e Goiás, de 1,7 mil megawatts (MW) de capacidade instalada, já teve a concessão vencida em 2015. Já Miranda (MG), de 408 MW, e Volta Grande (MG), de 380 MW, têm contrato com vencimento em dezembro de 2016 e fevereiro de 2017, respectivamente. Com relação ao leilão da Celg D, Coelho Filho contou que os quatro grupos que haviam comprado o edital do primeiro leilão, previsto para agosto e que não ocorreu por falta de ofertas, foram CPFL, Iberdrola, Equatorial e Enel. Segundo ele, todas as quatro empresas haviam criticado o preço mínimo elevado da elétrica na ocasião, de R$ 2,8 bi. Com a redução do preço mínimo da Celg D, para R$ 1,792 bi, definido esta semana pelo conselho do PPI, o ministro do MME, Fernando Bezerra Coelho, disse que "a expectativa é que [o leilão] dê certo". Segundo o ministro, o edital do novo leilão da distribuidora goiana deve ser publicado nos últimos dez dias de setembro. "E a nossa expectativa é realizar o leilão no final do mês de novembro". (Valor Econômico – 16.09.2016)

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2 Cemig vai aportar R$ 28,6 mi em aumento de capital de Belo Monte

Os sócios da Norte Energia, concessionária da hidrelétrica de Belo Monte, devem fazer novo aporte de R$ 245 mi na companhia no dia 19 de setembro, afirmou a Cemig, em esclarecimento prestado à CVM. O aporte foi proposto pelo conselho de administração da Norte Energia e será deliberado pelos acionistas em assembleia a ser realizada até amanhã. Segundo a Cemig, a parcela do aporte que corresponde à companhia soma R$ 28,637 mi. A parcela de R$ 17,8 mi corresponde à participação que a Cemig tem (74,5%) na Amazônia Energia, que, por sua vez, tem 9,77% de participação na Norte Energia. Outros R$ 10,8 mi são referentes à participação de 49% que a estatal mineira tem na Aliança Norte, que tem 9% do capital da concessionária de Belo Monte. (Valor Econômico – 15.09.2016)

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3 MME: CPFL, Iberdrola, Equatorial e Enel tinham interesse na Celg-D

O Ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que a CPFL Energia, a Iberdrola, a Equatorial Energia e a Enel chegaram a comprar o edital do leilão da Celg-D e acessaram o data room no primeiro processo de venda da companhia. No entanto, o preço de R$ 2,8 bilhões foi considerado alto por todas as empresas e o leilão acabou sendo deserto. "Todas elas conversaram conosco e batiam nessa tecla [do preço]", declarou o ministro. Agora, após a revisão do valor de venda da companhia, que caiu mais de R$ 1 bilhão, passando para R$ 1,79 bi, é possível que essas empresas voltem a ter interesse no ativo. "Eu acho que a gente vai voltar a ter aí não só esses quatro, mas outros interessados", afirmou Coelho. A expectativa do ministério é que a audiência pública seja feita nos últimos 10 dias do mês de setembro, para que o edital saia ainda no fim deste mês ou início de setembro e o leilão ocorra no final de novembro. Coelho explicou que a redução do preço de venda da distribuidora foi feita ouvindo tanto o governo do Estado de Goiás, quando o BNDES e o governo Federal. Ele lembrou ainda que a data do primeiro leilão de venda da companhia coincidiu com o processo final de impeachment e que hoje o momento político é menos conturbado e o preço está mais próximo da realidade. "A expectativa é que dê certo", afirmou. (Agência CanalEnergia – 15.06.2016)

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4 CPFL Energia ainda avalia novo preço de venda da Celg D

O novo preço líquido mínimo estabelecido pelo governo para a privatização da Celg D, de cerca de R$ 1,8 bi, foi um avanço em comparação com o valor estabelecido anteriormente, de R$ 2,8 bi, mas a CPFL Energia ainda está atualizando suas projeções para avaliar uma eventual participação no leilão, disse ontem André Dorf, presidente da elétrica, em evento promovido pela Apimec. "Estamos atualizando nossas projeções não só em função de preço, mas também de realidade e custo de capital. O preço nos parece mais realista", disse Dorf. Segundo ele, a companhia compara e atualiza atualmente as suas projeções relacionadas à sinergias e custos de financiamento. "Como foi ontem, ainda não temos posição sobre o novo preço", disse Dorf. A mudança em curso no bloco de controle da CPFL não impede uma eventual aquisição, disse o executivo. A Camargo Corrêa assinou o contrato de venda de sua fatia de 23,6% na companhia para a chinesa State Grid em 2 de setembro, e, desde então, os demais sócios do bloco de controle têm 30 dias para acompanhar a empreiteira no negócio. "A vida segue na companhia. No que diz respeito a leilões e oportunidades de M&A, cada projeto que tiver mérito será submetido aos órgãos da companhia para deliberação. Não estamos parados sobre oportunidades de crescimento que gerem valor", afirmou Dorf. Segundo ele, o processo de aquisição do controle pelos chineses segue normalmente e os credores da CPFL Energia não devem ter interesse na aceleração de dívidas da companhia como resultado da mudança no bloco de controle. Os contratos de dívidas da CPFL Energia têm cláusulas restritivas ("covenants") que preveem a antecipação do vencimento no caso de mudanças no bloco e controle. Segundo Dorf, as cláusulas ainda não foram ativadas com a assinatura do acordo de aquisição da participação da Camargo. "Acho que os credores, conhecendo o perfil de crédito atual e futuro da companhia, também não deverão ter interesse em acelerar [as dívidas] ou rejeitar qualquer tipo de negociação para permanência das dívidas. Mas isso está previsto na maioria dos contratos e o comprador está atento a isso", disse Dorf. Segundo ele, a área financeira da companhia está em contato constante com os credores avaliando essas questões. (Valor Econômico – 16.09.2016)

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5 CPFL projeta crescimento da carga em 2017

A CPFL Energia projeta queda de demanda nesse ano entre 1% e 1,5% na comparação com ano passado. Apesar do aumento da carga no segmento residencial de 4,2% no segundo trimestre de 2016, a tendência é de que entre julho e outubro a demanda nessa classe recue em função das menores temperaturas registradas nesse período que, associados à retração de consumo industrial, mantenha a carga em queda. Para 2017 a expectativa da empresa é de reversão com aumento de consumo em cerca de 1%. “Trabalhamos com um cenário de recuperação da economia ainda tímida em 2017, algo entre 1% e 1,5% e, obviamente leva a uma retomada de consumo de energia, mesmo que de forma mais lenta. Quando se olha para a indústria, ainda há estoques então a retomada da produção e do consumo pode demorar um pouco mais para aparecer. No segmento residencial é uma questão mais lenta e está atrelada à recuperação da massa de renda e de emprego”, avaliou o diretor financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Gustavo Estrella. O presidente da empresa, André Dorf, indicou que a empresa ainda não sentiu a retomada em função da demanda industrial. Somente no segundo trimestre a retração foi de 9,3% na comparação com o mesmo período de 2015, um ano que já não tinha sido bom. Apesar da expectativa, Dorf comentou que já é possível ver a retomada da confiança no setor. Mesmo assim reforça que essa reversão ainda não gerou investimentos, empregos e a retomada da produção. “Para que a retomada da demanda ocorra, a gente tem, provavelmente, como primeiro passo, o preenchimento de turnos nas fábricas, mas ainda não sentimos isso. Depois vem a absorção do desemprego e retomada do consumo na ponta, esse sim, deve demorar mais”, corroborou o presidente da CPFL Energia. Um assunto que ainda preocupa a empresa é a inadimplência, que vem apresentando elevação de seus indicadores. Segundo os resultados mais recentes divulgados pela empresa, referentes ao segundo trimestre, o indicador de contas em aberto alcançou 1,04% do total, para se ter uma ideia, em janeiro de 2015 esse indicador estava em cerca de 0,5%. Dorf destacou que a CPFL vem investindo no combate a essas perdas com 637 mil cortes no semestre, e ainda outras ferramentas como a comunicação com os clientes além do aumento de 11% nos pedidos de negativação de clientes. Dorf afirmou que a migração de clientes para o mercado livre e a redução da demanda por conta desse movimento é uma tendência do setor. E essa perspectiva é reforçada ainda mais com a equipe que hoje está à frente do ministério. Além disso, destacou o anúncio da tarifa branca e as discussões acerca da portabilidade da conta como formas de reforçar o mercado livre e favorecer as relações bilaterais. (Agência CanalEnergia – 15.06.2016)

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6 Sinalização de preços ainda é incerta para 2017, avalia CPFL Energia

A CPFL Energia adotou uma posição mais defensiva em relação aos preços de energia para o ano que vem em decorrência das incertezas regulatórias referentes ao método de aversão ao risco que será adotado a partir de 2017. Segundo avaliação da empresa, ainda não se saber se será utilizado o CVaR ou SAR e a depender do cenário, pode mudar o sinal de preços para o mercado no ano que vem. “Já se fala de entrada parcial de métodos de aversão ao risco... fica difícil avaliar a formação de preços para o ano que vem, por isso decidimos por zerar nossa exposição ao preço no mercado spot em função das incertezas que existem atualmente”, comentou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da CPFL Energia, Gustavo Estrella. A expectativa de mercado era de que o preço pudesse chegar já neste ano a R$ 200/MWh e que elevasse o sinal para a bandeira amarela, fato que não deverá ocorrer, mesmo com a revisão de carga. Mas, o cenário de chuvas até pouco acima da média histórica no Sul e no Sudeste ajudou a reduzir essas projeções, mesmo com a situação mais preocupante vista no Norte e Nordeste do país. (Agência CanalEnergia – 15.06.2016)

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7 RGE investe R$ 1,9 milhão em município gaúcho no primeiro semestre de 2016

A Rio Grande Energia investiu R$ 1,9 mi no primeiro semestre de 2016 na rede elétrica do município de Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul. O investimento no município da Região das Missões foi 11,7% maior na comparação do que o aplicado pela concessionária em igual período de 2015, o que reforça o seu compromisso em continuamente melhorar o serviço prestado às comunidades onde a companhia está inserida. A maior parte do valor investido entre janeiro e junho passado foi empregada em novas ligações de energia elétrica na área urbana e rural da cidade. Nestes projetos para ampliar a oferta e atender com qualidade a demanda dos consumidores, foram investidos R$ 631 mil pela RGE, uma média de R$ 105 mil por mês. A concessionária ainda investiu R$ 226 mil para execução de obras de manutenção programada e as emergenciais, originadas em danos causados por intempéries e pelo desgaste dos equipamentos, além de queimadas e acidentes de trânsito. Outro importante investimento realizado, de R$ 273 mil, ocorreu na troca de postes de madeira por postes de concreto no perímetro urbano e na zona rural da cidade. Conforme o presidente da RGE, José Carlos Saciloto Tadiello, o crescimento do volume de investimento na cidade mostra a preocupação da distribuidora com a modernização da rede para o fortalecimento de todo o seu sistema elétrico. "O investimento é realizado de forma planejada e sempre objetiva a busca contínua pela melhoria da qualidade no fornecimento de energia aos nossos consumidores, contribuindo para o desenvolvimento das nossas comunidades", destaca. (Agência CanalEnergia – 15.06.2016)

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8 Albras lidera ranking de consumo no mercado livre em julho

A Albras liderou o ranking do consumo de energia por consumidores livres e especiais de energia em julho, segundo dados da CCEE. A produtora de alumínio registrou um consumo de 812,1 MW médios ao longo do mês de julho, seguida pela Braskem, que obteve 402 MW médios. Entre os consumidores especiais, aqueles que podem migrar para o mercado livre mediante consumo acima de 0,5 MW e energia gerada por fontes renováveis, a Telefônica foi a primeira colocada, com 39,66 MW médios, seguida pela rede de supermercados Carrefour, com 36,58 MW médios. Em julho, a demanda ficou em 59.072 MW médios, 1,6% acima do verificado no mesmo período do ano passado. No mercado regulado, a queda foi de 2,8%, compensada pela alta de 13,1% no mercado livre, puxada pela movimentação de empresas entre ambientes de contratação. (Agência BrasilEnergia – 15.09.2016)

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9 Chesf energisa subestação no Ceará

A Chesf energizou no último dia 11/9 a subestação Ibiapina II, no Ceará, conectada em 230/69 KV e capacidade de transformação de 200 MVA, embora inicialmente coloque em operação imediata capacidade de 100 MVA. A subestação vai atender a 290 MW de usinas eólicas que serão instaladas no estado, de acordo com a companhia. Junto com a subestação foram construídos 11 km de linhas de transmissão, em 230MVA, circuito duplo, de modo a seccionar a antiga linha Piripiri/Sobral II. A nova linha e a nova subestação resultou na formação das linhas Piripiri/Ibiapina II e Ibiapina II/Sobral II. (Agência BrasilEnergia – 15.09.2016)

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10 Joel de Jesus de Lima Souza é o novo diretor administrativo da Chesf

O conselho de administração da Chesf elegeu na semana passada o engenheiro eletricista Joel de Jesus de Lima Sousa para exercer o cargo de diretor administrativo da companhia, informou a companhia em comunicado. O novo executivo trabalhou na companhia entre os anos de 1976 e 2013, exercendo cargos de chefia de Serviço, Divisão e Assessoria da Gerência Regional de Operação de Paulo Afonso (GRP). Sousa é graduado em engenharia elétrica pela UFPE e possui mestrado em engenharia elétrica, também pela UFPE. (Agência BrasilEnergia – 15.09.2016)

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11 USP prevê maior demanda por automação e redes inteligentes

Reproduzir em condições reais partes de redes de distribuição complexas, como as da AES Eletropaulo, para simular a interação de equipamentos e sistemas, é uma das diversas funcionalidades que o Laboratório de Redes Inteligentes da Escola Politécnica da USP vem oferecendo a fabricantes e companhias do setor elétrico. A expectativa é que a procura por serviços aumente ainda mais devido aos investimentos crescentes das empresas em medição inteligente e automação. Entre os clientes frequentes, além do Grupo AES, estão EDP e Neoenergia, que trazem projetos bancados com recursos de P&D da Aneel. Nos últimos anos, o volume acumulado de aportes soma algo em torno de R$ 10 mi. O interesse crescente por automação, qualidade e pela implementação de redes inteligentes vem demandando cada vez mais atenção da equipe de 40 técnicos, segundo informa o professor Nelson Kagan, do Centro de Estudos em Regulação e Qualidade de Energia, criado em 2004, com recursos da ordem de R$ 5 mi, aportados pela Finep e pelo MCT. O especialista, que participou nesta quinta-feira, em São Paulo, do Latin American Utility Week, explica que o sistema de emulação de redes elétricas, que permite reproduzir a configuração de qualquer COD – alimentado com os seus respectivos softwares (SCADA) –, foi todo desenvolvido internamente, condição que permite alto grau de customização dos experimentos, incluindo até – em breve – o treinamento de operadores. Kagan identifica que a próxima demanda maior deve vir justamente da área de geração distribuída, justamente pelo alto impacto que a autoprodução de energia pelos consumidores deverá ter sobre as redes das empresas de energia. Da mesma maneira, ele lembra que há uma indústria de equipamentos se instalando no Brasil para atendimento do mercado solar fotovoltaico. A contratação dos serviços, segundo o professor, se dá por meio das diversas fundações existentes na USP e que possibilitam a entrada de recursos privados para o desenvolvimento de P&D. (Agência BrasilEnergia – 15.09.2016)

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12 Multa da CGTEE é reduzida de R$ 2,5 mi para R$ 1,4 mi pela Aneel

A Aneel reduziu de R$ 2,5 mi para R$ 1,4 mi o valor de multa aplicada à CGTEE por problemas de operação e manutenção das usinas termelétricas Presidente Médici e Candiota III, no Rio Grande do Sul. A agência descartou, porém, a análise do pedido de assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta, porque a resolução que previa a aplicação de TAC a empresas do setor elétrico foi revogada pela Aneel. A multa foi aplicada em abril de 2015, quando a fiscalização da agência apontou problemas de desempenho das usinas, ambas com geração abaixo da garantia física; índice de disponibilidade inadequado e condições insatisfatórias de segurança e de conservação dos equipamentos. As térmicas usam carvão mineral como combustível. Em maio, a CGTEE recorreu e propôs a assinatura do termo de compromisso. A versão do TAC apresentada em outubro do ano passado foi rejeitada pela área técnica da Aneel, por não atender requisitos como a apresentação de cronograma de obras; programação financeira de investimentos e previsão de melhora no indicador que mede a taxa de indisponibilidade apurada. Quando o assunto chegou à diretoria para avaliação em ultima instância, a Resolução 333, que instituiu a figura do TAC, já havia sido extinta. (Agência CanalEnergia – 15.06.2016)

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13 Cosern recebe projetos para eficiência energética

A Cosern abriu chamada pública para selecionar projetos de eficiência energética para os segmentos industrial, comercial, serviços, poder público, serviços públicos e residencial, especialmente voltada para condomínios. A distribuidora receberá as propostas a partir da próxima sexta-feira (16/9), tendo como prazo limite o dia 5/12. Interessados em participar devem se inscrever até 29/9 pelo e-mail eficiencia@neoenergia.com. Haverá ainda uma apresentação sobre o mecanismo da chamada pública, que acontecerá no dia 30/9, na sede da companhia. (Agência BrasilEnergia – 15.09.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do submercado SE/CO estão operando com volume de 43,9%, apresentando uma queda de 0,3% na comparação com o dia anterior. Os dados são do ONS e são referentes ao último dia 14 de setembro. A energia armazenada é de 89.048 MW/mês e a ENA é de 18.719 MWm, que é o mesmo que 105% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Furnas está com volume de 62,05% e a de Nova Ponte, com 29,75%. No Nordeste, houve recuo em 0,2% em relação ao dia anterior, o que deixou os reservatórios com 17%. A energia armazenada é de 8.802 MW/mês e a ENA é de 1.035 MWm, que é 34% da MLT. A usina de Sobradinho está com volume de 12,6%. Na região Sul, os níveis estão em 92,8%, caindo 0,3% em relação ao dia anterior. A energia armazenada é de 18.520 MW/mês e a ENA é de 8.512 MWm, que equivale a 92% da MLT. A usina de Barra Grande opera com 88,23%. No Norte, os reservatórios estão operando com volume de 44,1%, recuando 0,2% em comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 6.629 MW/mês e a ENA é 1.023 MWm, que é 53% da MLT. A usina de Tucuruí está com 71,58% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 15.06.2016)

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2 Siemens enxerga alta repentina na demanda por armazamento de energia na Alemanha

A Siemens está se preparando para um aumento repentino na demanda por armazenamento de energia na Alemanha a fim de ajudar no equilíbrio da rede elétrica no país, subitamente exigida pela elevação da geração renovável, informou a agência de notícias Bloomberg. Segundo a notícia, o rápido crescimento da energia eólica e solar na rede, pelo fato de serem energias intermitentes, tem forçado as empresas de energia a investir em baterias para ajudar na gestão dos novos padrões de geração e consumo. A expectativa da Siemens é que a demanda por sistemas de armazenamento de energia cresça em patamares da ordem de 5% ao ano. (Agência BrasilEnergia – 15.09.2016)

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3 Geração aumenta 0,7% e consumo 0,6% até 13 de setembro

A CCEE divulgou nesta quinta-feira, 15 de setembro, dados preliminares de medição coletados até a última terça-feira, 13. Nesse peródo foi reportado um aumento de 0,7% na geração e de 0,6% no consumo de energia elétrica no país ante o mesmo período de 2015. Foram gerados 59.771 MWm de energia ao SIN. O consumo de energia no SIN, por sua vez, alcançou 57.765 MWm com queda de 2,8% no mercado cativo e aumento de 11,4% no Ambiente de Contratação Livre. De acordo com o boletim da CCEE, houve aumento de 86,3% na produção das usinas eólicas, enquanto a geração térmica caiu 21,8% nesse mesmo período. As usinas hidráulicas, incluindo as PCHs, registraram incremento de 4,2% na produção de energia com representatividade de 68,5% da fonte. O índice é 2,3 pontos porcentuais superior ao registrado em setembro de 2015. A migração de empresas para o mercado livre impactou no aumento de 8% no consumo de energia entre os consumidores livres e de 62,6% entre os consumidores especiais, mas sem a contabilização destas novas unidades consumidoras, há um crescimento de 1,7% no consumo entre os livres e redução de 2,5% entre os especiais. Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, consumidores livres e especiais, os setores de comércio (60,8%), serviços (44,5%) e saneamento (30,8%) registraram crescimento com influência dessa migração. Apenas o setor de extração de minerais metálicos apresentou redução, de 17,9%, mesmo considerando a migração para o ACL. O InfoMercado Semanal apresentou estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do MRE gerem, até a terceira semana de setembro, o equivalente a 85,6% de suas garantias físicas, ou 43.608 MWm em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, este percentual foi de 83,5%. (Agência CanalEnergia – 15.06.2016)

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Meio Ambiente

1 Novo Plano de Recursos Hídricos do Rio São Francisco aponta que energia deve ser gerada sem prejudicar demais usos

O CBHSF aprovou, em 15 de setembro, o novo Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, durante a 30ª reunião plenária do grupo, em Belo Horizonte. O documento, que tem validade por dez anos, estima em R$ 30 bi os investimentos necessários para sua revitalização e apresenta uma série de informações e apontamentos para a gestão da bacia. O plano é constituído de seis eixos e 22 metas de ação. Segundo o presidente do CBHSF, Arivaldo Miranda, o documento traz uma plataforma de ação e um caderno de investimentos, mas sua implementação depende da ação conjunta entre governo federal, estados, municípios, empresas e a sociedade civil. De acordo com o novo plano, a estiagem é um dos fatores que leva à necessidade de diversificação da matriz energética, para reduzir a demanda sobre o rio. O documento aponta que o Rio São Francisco pode continuar gerando energia, mas dentro de uma lógica que não prejudique seus demais usos. Também propõe a incorporação de outras matrizes, sobretudo de energia mais limpa, como eólica e solar. Para Arivaldo Miranda, isso é possível. Outro meta proposta pelo plano é o lançamento de esgoto zero no Rio São Francisco. Embora o novo plano tenha validade até 2025, a estimativa de R$ 30 bi em investimentos não se restringe a esse período. Trata-se do investimento necessário para toda a revitalização, considerando as condições atuais da bacia, um processo que pode levar 10, 20 ou 30 anos, e que precisa contar com recursos dos três níveis do Poder Público e também da iniciativa privada. O valor envolve obras e ações de gestão. O documento enfatiza a necessidade de monitoramento constante, com estações hidrometeorológicas em funcionamento, pesquisas sobre a qualidade da água e sistemas de outorga confiáveis. O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, participou da reunião do comitê e disse que a revitalização do Rio São Francisco é uma das prioridades do atual governo. (Agência Brasil – 15.09.2016)

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2 Justiça cassa liminar que suspendia licença de operação de Belo Monte

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) cassou nesta semana liminar que determinava a suspensão da licença de operação da hidrelétrica de Belo Monte, informou nesta sexta-feira a Norte Energia, com 11.233 MW de capacidade. De acordo com a geradora, a decisão do TRF-1 acatou as argumentações apresentadas pela AGU, do Ibama e da Aneel. No fim de agosto, a Subseção Judiciária da Justiça Federal em Altamira (PA) havia concedido liminar, a pedido do Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA), suspendendo a licença de operação da hidrelétrica. A decisão havia se baseado no não cumprimento, pela Norte Energia, de obras de saneamento básico em Altamira, uma das condições exigidas para a operação da usina. Os acionistas de Belo Monte são Eletrobras, Eletronorte, Chesf, Petros, Funcef, Neoenergia, Cemig, Light, Vale, Sinobras e J. Malucelli Energia. (Valor Econômico – 16.09.2016)

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Energias Renováveis

1 Nordeste recebe duas novas fábricas de painéis solares

O Nordeste terá pelo menos duas novas fábricas de painéis solares, atraindo investimentos de R$ 325 mi. Já credenciada pelo BNDES para fornecer os equipamentos com conteúdo nacional de sua unidade produtiva em Valinhos, a Globo Brasil levará uma linha para Camaçari, na Bahia, com investimentos de R$ 245 mi. A companhia assinou o protocolo de intenções com o governo do estado. A empresa pretende iniciar a operação da nova fábrica em 15 meses. O entendimento é de que instalar uma unidade na Bahia, que concentra a maior parte dos projetos solares contratados em leilões, pode ser estratégico. Já Pernambuco, estado onde nasceu o mercado brasileiro de energia solar centralizada, receberá uma fábrica da S4 Solar, empresa que inicialmente tinha planos de levar uma fábrica de painéis para Goiás. O investimento da S4 é de R$ 80 mi, para colocar em operação uma linha de 200 MW ao ano, a partir de fevereiro. A intenção é que, em julho, essa capacidade seja aumentada. A linha de produção será instalada em um galpão da Cone S.A. A ideia da companhia era de atrair um fornecedor de painéis para seu projeto, de 23 MWp. Isto porque, apesar de ter entrado no negócio da geração solar, a companhia tinha como core business o aluguel de espaços no complexo industrial de Suape. Os anúncios das novas fábricas chegam em um momento em que as regras de nacionalização do BNDES estão sendo discutidas. Além disso, para empresas que venderam energia solar nos leilões de reserva de 2014 e primeiro de 2015, que precisam entregar seus projetos no ano que vem, o aumento da oferta de painéis financiáveis pelo banco é positivo. Ainda são aguardadas no Brasil as unidades produtivas da Canadian Solar, que terá capacidade produtiva de 350 MW ao ano e da BYD, de 200 MW ao ano. Ambas iniciam operação a pleno vapor em 2017. Atualmente, estão credenciadas para fornecer painéis com financiamento do BNDES, a própria Globo Brasil, e as empresas Tecnometal DYA; Minas Sol; e Sunew, embora as última tenham capacidades menores e foquem no fornecimento para projetos de geração distribuída. (Agência BrasilEnergia – 15.09.2016)

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2 Casa dos Ventos coloca em operação Complexo Ventos de Tianguá

Foi inaugurado na última quarta-feira, 14 de setembro, o Complexo Eólico Ventos de Tianguá, de propriedade da Casa dos Ventos, localizado na Serra da Ibiapaba, no Ceará. O projeto demandou investimentos de aproximadamente R$ 800 mi e é formado por cinco usinas eólicas e 77 aerogeradores que, juntos, tem capacidade de gerar 130 MW de energia, o equivalente ao necessário para abastecer aproximadamente 150 mil residências. De acordo com Lucas Araripe, diretor de Novos Negócios da Casa dos Ventos, essa inauguração coloca a empresa em uma situação de ponta e privilegiada no mercado, já que em um ano ela colocou em operação quatro grandes complexos eólicos, que somam cerca de 740 MW. "Prova que nós dominamos todo o processo. Levantamento de recursos, gerenciamento de obra, até a operação comercial", explica. Em setembro de 2015, a companhia iniciou a operação de Ventos de Santa Brígida e Ventos do Araripe, em Pernambuco e Piauí, respectivamente, totalizando juntos 392 MW. Com sete meses de antecedência ao cronograma regulatório, inaugurou no primeiro semestre deste ano Ventos de São Clemente, o maior parque eólico de Pernambuco. Ainda segundo Araripe, os ventos de Tianguá, que fica localizado na Serra da Ibiapina - uma área de preservação ambiental - se caracterizam por uma velocidade média alta e uma constância de direção e velocidade interessantes. "Os ventos sempre sopram na mesma direção e as máquinas não precisam ficar muito tempo procurando a direção correta", observa. Além da implantação dos parques, a Casa dos Ventos também investiu na construção de uma linha de transmissão até a subestação Ibiapina II, por onde a energia gerada pelo empreendimento será conectada ao Sistema Interligado Nacional. A implantação de Tianguá gerou aproximadamente 800 empregos diretos, em que a mão de obra local foi priorizada. A Casa dos Ventos e as empresas contratadas utilizaram os recursos do Sistema Nacional de Emprego da cidade de Tianguá, incorporando as comunidades no entorno do empreendimento na execução das obras. (Agência CanalEnergia – 15.09.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Copel planeja terminal de GNL no Paraná

A Copel está estudando a possibilidade de instalar um terminal de regaseificação de GNL, conhecido pela sigla em inglês FSRU, no porto Pontal do Paraná, que fica no município de mesmo nome, a pouco mais de 80 km de Curitiba. O terminal faz parte de um plano estratégico de suprimento de gás natural para o mercado paranaense, atendido pela Compagas – cujo acionista majoritário é a estatal. O plano estratégico também prevê a construção de um gasoduto de 120 km de extensão para conectar o terminal de regaseificação à cidade de Araucária, no interior do estado. Assim que fechar uma proposta firme de fornecimento de GNL, a Copel vai buscar a licença ambiental prévia para o terminal e o gasoduto. Em seguida, a Copel vai ofertar três usinas termelétricas em leilões da Aneel: UTE Litoral, UEGA 2 e e UTE Sul, cada uma podendo chegar a 500 MW de capacidade instalada. A previsão é cumprir todas essas etapas em até dez anos. No relatório, a Copel aponta que o Paraná hoje não tem soluções consistentes de oferta de gás natural para o médio prazo. A exploração de áreas do pré-sal, dos blocos da Bacia do Paraná, e a importação de gás da Bolívia não dariam a garantia que a Compagas precisa para expandir o mercado. “As melhores opções passam pela importação de GNL”, segundo a Copel, que detém 51% da Compagas. A Petrobras (24,5%) e a Mitsui (24,5%) também fazem parte da estrutura acionária da distribuidora de gás natural paranaense. A Copel enviou nesta quinta-feira (15/9) o relatório à Antaq, junto a um documento no qual solicitava informações sobre o porto Pontal do Paraná. Algumas das informações solicitadas incluem as condições de navegabilidade da região; estudos topográficos; avaliação de dados offshore, como hidrografia, meteorologia e oceanografia, entre outros dados. (Agência BrasilEnergia – 15.09.2016)

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2 Compagas fecha seis contratos de fornecimento de gás

A Compagas, distribuidora de gás natural do Paraná, fechou seis novos contratos de fornecimento de gás entre agosto e setembro deste ano, sendo três no segmento comercial e outros três no residencial. Somente com a entrada de três novos clientes do terceiro setor - o Hotel Adágio, o Lubriel Restaurante e o Ateliê do Trigo Boulangerie, todos em Curitiba -, o volume de gás natural entregue pela Compagas vai ter um aumento de 1,9 mil m³/mês. Todos os estabelecimentos devem receber o energético no início de 2018. Atualmente, a Compagas tem mais de 440 unidades consumidoras no segmento comercial que, juntas, demandam cerca de 17,7 mil m³/dia de gás natural. Já no setor residencial, os condomínios curitibanos Montclair e Terrasse D’argent vão trocar o GLP, vendido em botijão, pelo gás natural canalizado. A previsão de início de fornecimento também é de 120 dias. O outro contrato foi fechado com a Construtora Mastrom, responsável pelo Edifício Nicole, que está em construção e deve ficar pronto em julho do próximo ano. O acordo prevê que toda a rede interna de gasodutos seja instalada junto às obras do edifício. (Agência BrasilEnergia – 15.09.2016)

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3 Usina termelétrica paralisa atividades no RS por greve e embargo do Ibama

A usina termelétrica da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) de Candiota, na Região da Campanha gaúcha, está com as atividades suspensas e sem previsão de voltar a funcionar. De acordo com o Ibama foram constatadas irregularidades no processo de queima de carvão e o local teve os trabalhos embargados. Conforme o Ibama, a usina estava lançando materiais tóxicos no ambiente com a emissão de gases acima do permitido, além de não ter apresentado relatórios obrigatórios de monitoramento. Foram aplicadas quatro multas cujos valores passam de R$ 75 mi. Por conta do embargo, a usina está sem funcionar desde a terça-feira (13). Por meio de nota, a CTGEE, que pertence à Eletrobrás, informou que vem adotando as medidas impostas pelo Ibama desde janeiro, e que está tomando as providências para suspender o embargo. Junto a isso, funcionários da empresa JRP, que presta serviço à usina, entraram em greve por causa do atraso no pagamento dos salários de agosto. De acordo com o sindicato que representa a categoria este é o quarto atraso em seis meses. A empresa alega que haveria pendências no repasse de documentos entre a CGTEE e a empresa terceirizada. O proprietário da JRP não comentou as alegações alegando problemas de saúde. Já os trabalhadores prometem manter a paralisação enquanto o problema não for resolvido. O complexo termelétrico de Candiota foi inaugurado em 1961, é a segunda maior usina térmica de carvão do país, com capacidade para gerar 796 megawatts. (G1 – 16.09.2016)

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4 Futuro de Angra 3 será decidido após investigações da PF

A decisão sobre o futuro das obras da usina nuclear de Angra 3 será tomada somente após a conclusão das investigações que vêm sendo realizadas pela Justiça e pelo Ministério Público Federal a respeito do caso de corrupção envolvendo as obras, descoberto pela Polícia Federal em um desdobramento da Operação Lava-Jato. A informação foi dada nesta quinta-feira pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho, que esteve no Rio. — Vamos esperar as investigações da Justiça e do Ministério Público se encerrarem para que a gente possa fazer o nosso encaminhamento — destacou o ministro. Fernando Coelho explicou, contudo, que o futuro da usina nuclear de Angra 3 também fará parte do plano estratégico da Eletrobras que está sendo elaborado e deverá ser concluído até outubro próximo. As obras de Angra 3 foram paralisadas em setembro do ano passado em função das descobertas de irregularidades encontradas pela Polícia Federal sobre contratos de empreiteiras que desviavam recursos da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras responsável pela usina. As investigações levaram à prisão, entre outros, de Othon Luiz Pinheiro da Silva, o então presidente da Eletronuclear que era um dos mais conceituados cientistas nucleares do país. A construção de Angra 3 tinham sido retomada em 2009, depois de ter ficado parada por falta de recursos há 23 anos. (O Globo – 15.09.2016)

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Economia Brasileira

1 Banco Central é autorizado a adquirir papel moeda de outro país

O presidente Michel Temer publicou no “Diário Oficial da União” (DOU) desta sexta-feira a medida provisória nº 745, que autoriza o BC a adquirir papel moeda e moeda metálica fabricados em outro país. Segundo a MP, as aquisições obedecerão a cronograma fixado pelo BC para cada exercício financeiro, observadas as diretrizes estabelecidas pelo CMN. A medida provisória informa ainda que a inviabilidade ou fundada incerteza quanto ao atendimento, pela Casa da Moeda do Brasil, da demanda por meio circulante ou do cronograma para seu abastecimento, em cada exercício financeiro, caracteriza situação de emergência, para efeito de aquisição de papel moeda e de moeda metálica de fabricantes estrangeiros. Além do presidente Temer, assinam a MP o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente do BC, Ilan Goldfajn. (Valor Econômico – 16.09.2016)

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2 Mercado prevê déficit do governo central em 2017 acima da meta

O governo central deverá registrar um déficit primário de R$ 160,378 bi em 2016 e de R$ 140,157 bi em 2017, de acordo com estimativa de instituições financeiras consultadas pelo Ministério da Fazenda. A expectativa é também de que a dívida bruta chegue a 73,50% do PIB em 2016 e a 78,40% do PIB em 2017. As previsões foram divulgadas nesta quinta-feira e constam do relatório Prisma Fiscal, que é um sistema de coleta de expectativas do mercado financeiro realizado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda. Segundo a Fazenda, o objetivo do relatório é acompanhar as principais variáveis fiscais brasileiras, a fim de permitir o aprimoramento dos estudos fiscais no País. No relatório anterior, referente a julho, os bancos ouvidos pelo Ministério da Fazenda estimaram déficits menores. Para 2016, a previsão era de um resultado negativo de R$ 158,860 bi nas contas do governo central. Para 2017, a expectativa era de déficit de R$ 138,578 bi. No caso da dívida bruta, a projeção era de 73,50% do PIB para 2016 e de 78,20% do PIB um ano depois. No PLOA encaminhado ao Congresso Nacional no último 31 de agosto, o Executivo projetou um déficit primário de R$ 139 bi, ou 2,04% do PIB, para o governo central em 2017. Para este ano, pela LDO, o governo central deve encerrar com resultado negativo de R$ 170,5 bi. No caso da dívida bruta, que fechou 2015 em 66,5% do PIB, o governo projeta no PLOA que essa relação se situe em 72,5% do PIB em 2016 e em 74,8% do PIB em 2017. Na ocasião do envio da proposta orçamentária ao Congresso, o governo detalhou como conseguirá os R$ 55,4 bi adicionais que eram necessários nas estimativas para garantir o déficit primário do governo central de R$ 139 bi em 2017. (Valor Econômico – 15.09.2016)

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3 Atividade econômica começou terceiro trimestre em queda, diz Serasa

Com retração da indústria e do setor agropecuário, a atividade econômica começou o terceiro trimestre ainda em queda. Segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica, que mede a evolução mensal do PIB, a retração em julho foi de 0,1% em relação ao mês anterior, quando a atividade havia subido 0,2%, na série com ajuste sazonal. Em relação ao mesmo período do ano passado, o PIB mensal da Serasa recuou 3,2%. Não fosse o desempenho do setor externo, com exportações em alta, a variação negativa teria sido até mais intensa, afirma a Serasa em nota. No relatório, os economistas da Serasa não descartam mais um trimestre de retração da atividade econômica, depois da queda de 0,6% do PIB entre abril e junho. “Desemprego em ascensão, inflação e juros ainda em patamares elevados continuam pesando negativamente sobre a atividade econômica”, afirmam no relatório. Do lado da oferta, o indicador da Serasa mostrou recuo tanto da indústria (-1,5%) quanto do setor agropecuário (-1,4%) em julho, na comparação mensal, feitos os ajustes sazonais. Sob essa ótica, apenas os serviços registraram desempenho positivo, com alta de 0,3%. Foi o segundo mês consecutivo de avanço desse ramo de atividade. Do lado da demanda, o consumo das famílias e os investimentos continuaram em terreno bastante negativo, com quedas de 0,7% e 2,3%, respectivamente, em relação a junho, na série com ajuste sazonal. O consumo do governo também caiu no período, mas menos (-0,3%). Apenas as exportações tiveram alta nessa comparação, de 4,9%. Como as importações caíram 6,9% entre junho e julho, o setor externo evitou desempenho ainda mais negativo do PIB mensal da Serasa nesse período. (Valor Econômico – 15.09.2016)

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4 Indústria paulista fecha 11 mil vagas em agosto, aponta Fiesp

O nível de emprego na indústria de transformação paulista caiu 0,27% em agosto, na comparação com julho, ajustada sazonalmente, informou nesta quinta-feira a FIESP. O recuo representa o fechamento de 11 mil postos de trabalho no mês. Sem o ajuste, a retração de vagas foi de 0,49%. Para o titular do Depecon da Fiesp e Ciesp, Paulo Francini, o desempenho em agosto sugere que não houve alteração em relação à oferta de empregos e indica que o emprego continuará caindo até o fim deste ano. A projeção da federação é de encerramento de 165 mil vagas na indústria de transformação este ano. “Vamos perder três estádios de futebol, destes construídos para a Copa, cheios de trabalhadores da indústria”, comparou. O número, entretanto, é melhor que os 235.500 empregos perdidos em 2015. Setores Dos 22 setores que integram a pesquisa, 16 registraram queda do nível de emprego, com destaque para produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-2.187 postos); produtos alimentícios (-1.981 postos) e produtos de borracha e de material plástico (-1.624 postos). Três setores ficaram estáveis e outros três apresentaram variação positiva no mês de agosto. Das 36 regiões consideradas no levantamento, 28 apresentaram queda no nível de emprego em agosto, quatro registraram aumento de vagas, e quatro ficaram estáveis. PIB A Fiesp melhorou a previsão do PIB brasileiro em 2016 de -3,2% (estimativa em junho) para -3%. Para 2017, a projeção passou de 0,6% para 0,9%. (Valor Econômico – 15.09.2016)

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5 Volume de serviços sobe 0,7% em julho, mas recua 4,5% ante 2015

O volume de serviços prestados no país teve alta de 0,7% em julho, após recuo de 0,2% um mês antes, de acordo com pesquisa divulgada pelo IBGE. Na comparação com julho de 2015, o volume de serviços caiu 4,5% — o pior resultado para o mês desde o início da série, em 2012, e a 16ª retração consecutiva nesta base. Nos sete primeiros meses deste ano, os serviços acumularam queda de 4,8%. Em 12 meses, houve decréscimo de 4,9%. Em julho, cresceram os serviços prestados às famílias (3,2%); outros serviços (1,9%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (0,3%). Já os serviços de informação e comunicação não variaram (0,0%) e transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio recuaram (-0,3%). O agregado especial das atividades turísticas cresceram 0,7%. O IBGE informou ainda que a receita nominal avançou 1,2% entre junho e julho, na série ajustada, acumulando alta de 0,2% no ano e de 0,1% nos últimos 12 meses. Na comparação com julho de 2015, a receita nominal do setor subiu 0,3%. (Valor Econômico – 16.09.2016)

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6 IPCA deve recuar 1,5 ponto em 4 meses, projeta IPEA

A inflação no Brasil apresenta tendência de desaceleração, beneficiada pela leve melhora no comportamento dos serviços e, sobretudo, dos preços administrados, segundo avaliação de economistas do Ipea. Segundo as projeções, nos últimos quatro meses do ano a inflação medida pelo IPCA cairá 1,5 ponto percentual no acumulado em 12 meses - quase a mesma variação verificada entre janeiro e agosto - e fechará 2016 perto de 7,5%. "É praticamente consenso que a inflação vai ficar acima do teto da meta este ano, baixando a partir de 2017", disse o diretor de estudos e políticas macroeconômicas do Ipea, Cláudio Hamilton Matos dos Santos. A meta fixada pelo BC para o IPCA é de 4,5% ao ano, com intervalo de tolerância de dois pontos. A inflação ficou em 8,97% nos 12 meses encerrados em agosto, ante uma taxa de 10,67% observada no fim de 2015. Na análise de conjuntura do Ipea, à qual o Valor teve acesso com exclusividade, os economistas concluíram que a forte alta de alimentos ainda impede uma retração mais rápida do IPCA. Nos 12 meses até agosto, a inflação de alimentos ficou em 13,92% e a de serviços, em 7,4%. "A expectativa é que a inflação caia nos últimos quatro meses do ano o mesmo que caiu nos nove primeiros meses, ou seja, 1,5 ponto percentual. No começo do ano, esperávamos uma inflação de 6,5% no fechamento de 2016, mas houve o problema da quebra de safra e o do câmbio", disse a técnica do Ipea Maria Andréia Parente Lameiras. Para o Ipea, a expectativa de desaceleração da inflação reflete fatores como o ajuste fiscal em curso no governo, o pacote de novas concessões, a valorização do real e o comprometimento do BC com o regime de metas de inflação. Santos explicou que o ajuste tem contribuído para ancorar as expectativas do mercado e avaliou positivamente o cenário para a aprovação da PEC 241, a PEC dos gastos. Pelo texto, a partir de 2017, o crescimento das despesas públicas deverá ser limitado à inflação do ano anterior medida pelo IPCA. "Há no mercado uma leitura de que o governo deve conseguir aprovar alguma versão da PEC dos gastos", disse Santos. "Por outro lado, é preciso ver o que o BC vai fazer em relação aos juros", afirmou. "A tendência é de queda da inflação. A questão é quanto ao ritmo. (Valor Econômico – 16.09.2016)

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7 FGV vê IPC mais comportado

A expectativa de um comportamento mais "tranquilo" dos alimentos nos últimos meses do ano traz a perspectiva de resultados mais amenos no IPC nos próximos meses. Para Salomão Quadros, superintendente adjunto de Inflação do Ibre/FGV, o índice acumulado do IPC em 12 meses deve ficar entre 7% e 7,5% neste ano, o que significa uma redução de até 1,5 ponto percentual frente ao índice acumulado atualmente. Ontem, o Ibre-FGV divulgou o IGP-10 de setembro, que subiu 0,36%, depois de ter registrado deflação de 0,27% em agosto. Apesar da aceleração, Quadros lembra que o efeito já era esperado e veio de uma retomada dos preços no atacado. IPA, que tem peso de 60% no IGP, subiu 0,39%, depois de recuar 0,57% em agosto. Já o IPC subiu 0,27% em setembro, depois de avançar 0,38% em agosto e Quadros acredita que ele vai continuar perdendo força. "A alimentação não deve repetir o que aconteceu no ano passado, quando houve uma alta muito forte no fim do ano devido a problemas climáticos", diz Quadros. (Valor Econômico – 16.09.2016)


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8 IPC-S desacelera a 0,27% na segunda prévia de setembro

A inflação medida pelo IPC-S desacelerou na segunda medição de setembro, para 0,27%, após marcar 0,34% na abertura do mês, informou a FGV. Cinco das oito classes de despesa que compõem o IPC-S contribuíram com a desaceleração do indicador. A maior contribuição veio de Alimentação, ao passar de 0,76% para 0,44% de aumento. Neste grupo, o destaque foi o comportamento de laticínios, que saíram de alta de 1,99% para queda de 0,21%. Tiveram abrandamento no ritmo de alta Educação, leitura e recreação (0,92% para 0,72%) e Saúde e cuidados pessoais (0,44% para 0,39%). Comunicação mudou de rumo entre uma pesquisa e outra (0,01% para -0,01%) assim como Vestuário (-0,17% para 0,05%). Despesas diversas aprofundaram no terreno negativo (-0,10% para -0,22%) enquanto registraram aumentos mais marcados Habitação (0,11% para 0,21%) e Transportes (0,01% para 0,04%). (Valor Econômico – 16.09.2016)

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9 Dólar ontem e hoje

Hoje, em 13 minutos de atividades, o dólar comercial tinha elevação de 0,30%, saindo a R$ 3,3102. Na quinta-feira, o dólar comercial caiu 1,25% cotado a R$ 3,3003. (Valor Econômico – 16.09.2016 e 15.09.2016)

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Internacional

1 Argentina: Aranguren: a tarifa de gás dos que menos consomem será $ 107 mensais

O ministro da Energia, Juan José Aranguren, disse, na audiência pública para discutir o aumento da tarifa do gás, que o aumento será de 122 a 236 por cento em média, dependendo dos níveis de consumo. Assim, a conta iria de 107 a 953 pesos mensais, mais impostos. O ministro começou falando fará "aumentos graduais semestrais nos próximos três anos". Então, disse, "em outubro de 2019" serão eliminados os subsídios ao gás. Los subsídios, levantou, representam US$ 5.700 milhões mensais. "Para esse novo quadro tarifário temos que ter em conta uma realidade, que é o setor que parte de um valor mais baixo, de 16 centavos por milhão de BTU, e que chegará ao valor de mercado em outubro de 2022", acrescentou. O aumento proposto é de uma tarifa aos setores de menor consumo de $ 107 mensais mais impostos, disse Aranguren. Mas para os usuários médios, a conta mensal média seria de 371 pesos, e $ 953 para aqueles que consomem mais. Sempre em média, acrescentou. Assim, disse ele, haverá uma redução dos subsídios de 81 a 50 por cento. O novo quadro tarifário, disse, será implementado no próximo mês. (Clarín – Argentina – 16.09.2016)

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2 Bolívia: primeira usina hidrelétrica de Santa Cruz gerará 600 MW

A primeira usina hidrelétrica no departamento de Santa Cruz (Bolívia) será construída nos próximos meses. A ENDE e a Sociedad Accidental Rositas assinaram hoje o contrato para a execução da segunda fase do projeto, que tem um investimento garantido de US$ 1 bi irá contribuir para o SIN com 500 a 600 MW. Na cerimônia de assinatura do contrato realizado na cidade de Santa Cruz, o presidente Evo Morales recordou que este é um projeto que por quase 50 anos foi desejado pelo Santa Cruz. A Usina Hidrelétrica Rositas, como é chamado o projeto, está localizada na província de Cordillera, no município de Cabezas, e o reservatório projetado será estendido para as províncias Cordillera e Vallegrande do departamento de Santa Cruz e a província Luis Calvo de Chuquisaca. "Para chegar a cumprir essas metas foi importante a estabilidade política que garantisse a estabilidade e crescimento econômico. Foi importante recuperar os recursos naturais, depois na nacionalização agora estamos entrando na industrialização", disse Morales. "O país que tem o controle de energia é um país que tem algum poder na região", complementou o presidente, que reiterou que, com este tipo de projeto a Bolívia se prepara para ser a força motriz da América do Sul. (La Razón – Bolívia – 15.09.2016)

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3 Portugal: Amorim já vendeu 5% da Galp por 485 mi

A Amorim Energia concluiu “com sucesso” a venda de 5% do capital que detinha na Galp Energia, por 484,7 mi de euros. Num comunicado enviado ontem à noite à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a Galp adiantou que a operação, cuja intenção foi anunciada ontem ao final da tarde, já está concretizada. A venda foi feita em “oferta particular de 41.462.532 ações ordinárias” da Galp, a um preço de 11,69 euros por ação. “No seguimento da liquidação da oferta, a AEBV [Amorim Energia] continuará a deter uma participação correspondente 33,34% do capital social da Galp. Como já antes informado, a Société Générale Corporate & Investment Banking atuou como Sole Bookrunner da oferta”, lê-se no documento. A Amorim Energia, controlada pelo empresário Américo Amorim, está sediada nos Países Baixos, é controlada pela Power Oil & Gas Investments (35%) e pela Amorim Investimentos Energéticos (20%), sociedades de Américo Amorim. Os restantes 45% são detidos pela Esperaza Holding, da angolana Sonangol. Às 10h17 a Galp caiu 4,47% na Bolsa de Lisboa. (Público – Portugal – 16.09.2016)

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4 Portugal: Recorde da produção nas centrais a gás mostra importância de investir – REN

Um novo recorde na produção de eletricidade a partir de gás natural mostra que as infraestruturas têm que estar dimensionadas acima do consumo médio, para garantir abastecimento do consumo de ponta, defendeu hoje a REN. Em comunicado, a REN anunciou hoje o recorde de 3.344 MW na produção de eletricidade a partir de gás natural, com todos os grupos das centrais elétricas na rede, alcançado no dia 06, reflexo da onda de calor registrada no início de setembro, coincidente com a forte exportação de energia. A empresa liderada por Rodrigo Costa considera que "este registro demonstra o papel essencial das infraestruturas nacionais de gás natural na garantia de abastecimento dos consumos, e do setor elétrico em particular". (Correio da Manhã – Portugal – 15.09.2016)

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5 Investimentos em energia renovável pelo mundo

Os investimentos em energia renovável aceleraram em várias economias emergentes com mercados abertos e sistemas de leilão de longo prazo, como Brasil, mas estão atrasados em países mais fechados e com financiamentos menos atrativos. O balanço é da AIE, calculando que novos projetos em renováveis, como solar e eólica, somaram US$ 288 bi em 2015. (Valor Econômico – 16.09.2016)

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6 Gamesa passa a controlar integralmente Adwen

A Gamesa passará a controlar integralmente a fabricante de aerogeradores de 8 MW para parques offshore Adwen, uma joint-venture que mantém com a francesa Areva. A companhia pagará € 60 milhões pela participação de 50% da sua parceira na empresa. O acordo deve ser concluído em janeiro de 2017, segundo anunciou a Gamesa. A fabricante espanhola está sendo adquirida pela alemã Siemens. E esta transação estava demorando para ser concluída justamente porque as companhias não chegavam a um acordo sobre o que fazer com a Adwen. A particpação da Gamesa poderia ser comprada pela Areva, por exemplo, ou as parcerias poderiam vender suas parcelas na joint-venture para uma terceira empresa. O conselho diretor da companhia francesa finalmente autorizou a venda dos 50% para a sócia. A Adwen tem contratos de fornecimento que somam 1,5 GW, para projetos que serão instalados em águas francesas. (Agência BrasilEnergia – 15.09.2016)

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7 Vestas é fabricante com maior volume de pedidos no mercado eólico global

A Vestas recebeu, no primeiro semestre deste ano, o maior número de pedidos no mercado eólico global, somando 3,5 GW de capacidade instalada, para 16 países diferentes. A informação é da Navigant Research. De acordo com a empresa de pesquisa, geradoras fecharam pedidos que somam 13,5 GW durante os primeiros seis meses do ano. A Navigant Research compila pedidos anunciados publicamente pelas fabricantes. Seguindo a Vestas, estão as fornecedoras Siemens, Gamesa, GE e Suzlon. A companhia de análises não divulgou o volume de pedidos anunciado por estas fabricantes durante o segundo semestre. Apesar disso, afirmou que a indiana Suzlon triplicou o número de pedidos em comparação com o semestre anterior. A maior parte das encomendas é para projetos na Europa, que fechou acordos de fornecimento que somam 6 GW. A companhia aponta que a única região a registrar queda no volume de pedidos, influenciada pelo esfriamento do mercado brasileiro. (Agência BrasilEnergia – 15.09.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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