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IFE: nº 4.173 - 15 de setembro de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
1 MME defende modernização da legislação ambiental
2 Aneel nega pedido de antecipação do aumento da cota de Santo Antônio
3 BNDES ratifica prioridade para energia renovável
4 Programas de P&D e de Eficiência Energética têm novas logomarcas
5 Artigo de Adair Turner (Institute for New Economic Thinking): “Quem tem lugar para energias renováveis?”
Empresas
1
Fundo disponibilizará R$ 213 mi mensais a distribuidoras da Eletrobras
2 Leilão da Celg D está previsto para novembro
3 Redução do preço da Celg D agrada, mas mercado ainda avalia premissas
4 Governo acredita que a revisão do preço de venda da Celg-D deve facilitar desfecho positivo
5 Venda da CPFL gera R$ 1 bilhão para o governo
6 CPFL prepara emissão de debêntures
7 ESBR antecipa expansão de Jirau
8 Cemig com chances de manter concessões de três usinas
9 Light recebe décima parcela da CDE para obras olímpicas
10 Elektro aumenta confiabilidade de automação no Guarujá
11 RGE investe R$ 1 mi em cidade do Rio Grande do Sul no primeiro semestre de 2016
12 CPFL Santa Cruz investe R$ 11,4 milhões no primeiro semestre de 2016
Leilões
1
Novo valor mínimo de venda da Celg D cai 35,7%, para R$ 1,792 bi
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 Sobradinho está perto de entrar no volume morto
3 Preço de referência para energia sobe 1,64% na semana
4 Carga fica estável em agosto
Meio
Ambiente
1
Ibama multa e determina suspensão da termelétrica de Candiota (RS)
2 Candiota embargada pelo Ibama
Energias Renováveis
1
Geração eólica proporcionalmente menor em 2015
2 Fitch analisa abordagem para análise de crédito dos projetos eólicos
3 Enel Green Power dá largada na construção de usina solar de 103 MW na Bahia
4 Casa dos Ventos inaugura complexo eólico de 130 MW no Ceará
Gás e
Termelétricas
1 Eletrobrás diz que foi 'surpreendida' por embargo à térmica no RS
2 Térmicas equilibram oferta no NE, mas não é melhor solução, admite ministro
Grandes
Consumidores
1 Setor de mineração deve abrir nova fronteira de investimentos
2 Gerdau começa a disputar o mercado de chapa grossa
Economia Brasileira
1 Custos industriais têm primeira queda desde 3º trimestre de 2014
2 Serasa Experian: Demanda do consumidor por crédito sobe 7,4% em agosto
3 IGP-10 muda de direção e tem avanço de 0,36% em setembro
4 Dólar ontem e hoje
Internacional
1 AIE: investimentos em energia caem 8% em 2015
2 Argentina: Aranguren pediu aos empresários que “mostrem o caminho” com investimentos de US$ 20 bi
Biblioteca Virtual do SEE
1 TURNER, Adair. “Quem tem lugar para energias renováveis?”. Valor Econômico. São Paulo, 15 de setembro de 2016.
Regulação e Reestruturação do Setor
1 MME defende modernização da legislação ambiental
No dia 13 de setembro autoridades do MME debateram sobre a modernização das leis que regem os processos de licenciamento ambiental para obras públicas e privadas, conciliando aspectos ecológicos, econômicos e sociais envolvidos nos empreendimentos, durante o seminário promovido pela Câmara dos Deputados. Representando o MME, Fernando Coelho Filho, participaram do evento o secretário-executivo-adjunto do MME, Edvaldo Risso; o secretário de Geologia e Mineração, Vicente Lôbo; e o secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Márcio Félix. Na avaliação deles, o momento do debate é oportuno e pode trazer avanços significativos para o País. "Precisamos buscar um ambiente regulatório estável, ágil, previsível econômico, direcionado para a produção, mas sem perder o foco da conservação. Não se trata de afrouxar a legislação ambiental brasileira, mas de promover ajustes que reduzam as dificuldades e os prazos de licenciamento", defendeu Risso. Para o secretário Márcio Félix, a iniciativa do debate é fundamental para pensar no futuro do país, e as tratativas da modernização da legislação deve envolver parlamentares, populações tradicionais, empreendedores e todas as partes interessadas. "Talvez o Brasil viva hoje uma janela de oportunidade para termos uma nova legislação ambiental", avaliou. Avaliação semelhante foi compartilhada pelo secretário Vicente Lôbo. Ele defendeu a ampliação do debate atual e sustentou que o processo de licenciamento ambiental é uma parte importante para a competitividade do país e um fator decisivo para atrair investimentos. (Agência CanalEnergia – 14.09.2016)
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2 Aneel nega pedido de antecipação do aumento da cota de Santo Antônio
A Aneel negou pedido da S.A. Energia de antecipação das obras de elevação do nível do reservatório da hidrelétrica Santo Antônio de 70,5m para 71,3 m. O pleito tinha como finalidade o aproveitamento do bloco adicional de energia obtido a partir da ampliação da usina em 2015 e 2016. A empresa informou que seriam necessários investimentos adicionais. Por isso, a antecipação do cronograma só seria viável economicamente se ela fosse autorizada a usar a energia obtida com a ampliação no periodo e não sofresse quaisquer penalidades por uma eventual frustração no andamento da obra. A Aneel apontou, porém, “vício de origem” no pedido, pois a Saesa teria estimado os ganhos energéticos da usina de maio de 2015 a julho de 2016, sem considerar os impactos da elevação do nível do canal de fuga sobre a produção da UHE Jirau. A usina está localizada acima da UHE Santo Antônio. Estudos feitos pela Aneel mostram que os impactos sobre Jirau seriam significativos, dada a diferença nos cronogramas de motorização das duas usinas. Haveria também reflexos da antecipação da energia na capacidade de transmissão do sistema associado ao Complexo do Rio Madeira, devido a limitações de escoamento. A alteração do projeto básico de Santo Antônio para o aumento da cota do reservatório foi aprovado pela Aneel em junho de 2013. A mudança vai ampliar a capacidade instalada da usina em 420 MW. Até agora, a concessionária não obteve a retificação da licença de operação emitida em 2011 pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis para contemplar a mudança na cota original do reservatório. Para a agência, esse fato “desautoriza qualquer avanço quanto ao mérito do pleito apresentado pelo agente.” O pedido de elevação do nível do reservatório foi apresentado ao Ibama em janeiro de 2012, antes da decisão da agencia reguladora. (Agência CanalEnergia – 14.09.2016)
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3 BNDES ratifica prioridade para energia renovável
A diretora de Infraestrutura e Sustentabilidade do BNDES, Marilene Ramos, ratificou nesta quarta-feira (14/9) que o BNDES vai manter as condições de financiamento para projetos de energia renovável, que são, juros pela TJLP mais spread e limite máximo de 70% do valor total do investimento. Segundo Marilene, que participou do Fórum Nacional, realizado na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, os projetos de energia eólica, solar, biomassa e resíduos sólidos, além de iluminação pública e eficiência energética, vão ter olhar prioritário do banco, que está deixando de lado financiamentos em grandes projetos de infraestrutura. Além da geração renovável, o BNDES vai manter as condições para projetos de saneamento e mobilidade sobre trilhos, como metrô. (Agência Brasil Energia – 14.09.2016)
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4 Programas de P&D e de Eficiência Energética têm novas logomarcas
A Aneel divulgou novas logomarcas oficiais dos Programas de PEE. As logomarcas devem ser utilizadas de acordo com as regras e orientações dos regulamentos vigentes. O produto resultado de projeto de P&D regulado pela ANEEL deverá ter a logomarca padrão do “P&D Aneel” e fazer menção ao Programa, no período de desenvolvimento do projeto, de comercialização do produto e permanência no mercado. A logomarca do PEE deverá ser usada em todos os documentos, divulgação de projetos, eventos e demais ações com apresentação de imagens envolvendo projetos desenvolvidos no âmbito do Programa. A menção aos Programas regulados pela Aneel deve ser feita também em toda publicação relacionada à capacitação profissional e/ou tecnológica obtida como resultado de projetos de P&D e de Eficiência Energética, assim como em toda apresentação em evento, nacional ou internacional, de artigo resultante de projetos de P&D e do PEE. (Aneel – 14.09.2016)
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5 Artigo de Adair Turner (Institute for New Economic Thinking): “Quem tem lugar para energias renováveis?”
Em um artigo publicado pelo Valor Econômico, Adair Turner, presidente do Institute for New Economic Thinking, trata do tema energias renováveis. Segundo o autor, temos certeza de que dentro de 20 anos muitos países poderão obter a maior parte de sua eletricidade de fontes renováveis a um preço facilmente razoável. Ele conclui que o, progresso substancial em eletricidade renovável é um evento muito positivo, mas os benefícios serão mais facilmente apropriados pelos países desenvolvidos e com densidade populacional relativamente baixa. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.(GESEL-IE-UFRJ 15.09.2016)
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Empresas
1 Fundo disponibilizará R$ 213 mi mensais a distribuidoras da Eletrobras
A Aneel publicou, em 14 de setembro, as condições para as seis distribuidoras da Eletrobras, que atendem aos Estados do Norte e Nordeste, tenham acesso a recurso de fundos setoriais e possam resolver a situação financeira e operacional até serem colocadas à venda no final de 2017. Hoje, a Aneel abriu a audiência pública para discutir as novas regras que terão efeito imediato, sem a necessidade de aguardar o término do período de discussão com o setor para entrarem em vigor. Isso porque o governo tem pressa para dar início à reestruturação das distribuidoras que tiveram as concessões devolvidas pela Eletrobras. A definição da Aneel afeta as distribuidoras Ceal (AL), Cepisa (PI), Eletroacre (AC), Ceron (RO), Boa Vista Energia (RR) e Amazonas Energia (AM). A própria Eletrobras foi designada pelo governo para permanecer à frente do negócio, em caráter temporário, até que seja concluído o plano de privatização. Relatório do diretor da Aneel Reive Barros, aprovado ontem em reunião da diretoria, garantiu o acesso das distribuidoras ao montante mensal de R$ 213 mi do fundo RGR. Os recursos da RGR serão tomados na forma de empréstimo, com prazo de amortização de até 48 meses. As companhias terão 12 meses de carência, restando 36 meses para concluir o pagamento do saldo principal e dos juros. A taxa de juros é correspondente a 111% do CDI. Além de regulamentar o repasse de recursos dos fundos setoriais, as regras da Aneel possibilitam cobertura de gastos — inclusive com a amortização de empréstimos — pelos processos de reajuste e revisão das tarifas. Com essa estratégia, o governo espera garantir a geração da caixa necessária para distribuidoras realizarem os investimentos e tornarem-se atrativas ao investidor privado. Ontem, ao anunciar o primeiro pacote de concessões do PPI, o governo informou que a maior parte destas distribuidoras terá o edital publicado e o leilão realizado até o fim segundo semestre de 2017. O aviso de abertura da audiência pública para discutir as condições de operação temporária das distribuidoras foi publicado na edição de 14 de setembro do DOU. (Valor Econômico – 15.09.2016)
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2 Leilão da Celg D está previsto para novembro
O governo federal pretende realizar em novembro a segunda tentativa de leilão de privatização da distribuidora de energia Celg D. A expectativa é lançar o edital em outubro. Para essa licitação, já conhecida pelo mercado, não haverá o prazo de 100 dias entre os dois procedimentos — prática estabelecida para os projetos de infraestrutura incluídos no PPI. O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse nesta manhã que a revisão para baixo do preço de venda da Celg D deve facilitar um desfecho positivo do processo. “Todos os interessados sempre colocavam a questão do preço”, afirmou o ministro, em café com jornalistas. Em agosto, nenhuma empresa depositou as garantias pedidas para o leilão da distribuidora goiana, configurando um fracasso no certame — cujos critérios haviam sido definidos ainda pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff. De acordo com o ministro, esse valor já estava fixado pelo governo de Goiás, pelo BNDES e pelo TCU. “A nova gestão [governo Temer] revisar para baixo teria muito questionamento”, afirmou Coelho Filho. Para ele, um sinal de que o valor estava inflado foi a compra da distribuidora gaúcha AES Sul pelo grupo CPFL Energia, que gastou R$ 1,7 bi em junho na transação. Os dados de rentabilidade da AES Sul são bem mais saudáveis do que os da Celg. De acordo com Coelho Filho, com um preço mais realista no leilão, a expectativa do governo é ter pelo menos os quatro interessados que haviam acessado o data room com informações da Celg na primeira tentativa de privatização da empresa — em agosto deste ano. (Valor Econômico – 14.09.2016)
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3 Redução do preço da Celg D agrada, mas mercado ainda avalia premissas
Após o fracasso na primeira tentativa de leiloar a Celg D, no mês passado, o governo reduziu em 35,7%, de R$ 2,8 bi para R$ 1,792 bi, o preço mínimo exigido para a distribuidora goiana, controlada pela Eletrobras (51%) e o governo de Goiás, por meio da Celgpar (49%). Em um primeiro momento, o mercado avaliou positivamente a redução do valor, porém investidores, analistas e especialistas afirmam que é ainda preciso avaliar as novas condições do leilão para determinar a atratividade da elétrica. "Temos que olhar dentro do modelo para saber como se chegou a esse número", disse o executivo de uma das potenciais interessadas em participar do leilão. Já para o valor total do empreendimento, a redução foi menor. Considerando as dívidas e obrigações de R$ 2,656 bi que a companhia tinha em junho, o valor de mercado aprovado para a Celg D é de R$ 4,5 bi, 18% inferior aos R$ 5,5 bi da avaliação anterior. Segundo outro executivo do setor de distribuição de energia, o preço proposto indica uma precificação adequada para uma empresa "top de linha", o que não é o caso da Celg D, ou para um comprador que possa obter sinergias significativas com a operação. No caso de investidores estrangeiros com baixo custo de capital, o negócio também pode ser considerado atrativo. No mercado, porém, ainda não há um consenso sobre o novo preço da Celg D. Analistas e agentes do setor afirmam que as condições estão melhores, mas o valor estabelecido ainda é alto quando consideradas dívida e necessidade de caixa no curto prazo. "O valor da empresa foi para uma realidade na base contábil, mas talvez o preço mínimo devesse ser mais baixo levando em conta a necessidade de adequação de investimentos", disse Ricardo Savoia, diretor da consultoria Thymos Energia. Para Savoia, o preço mínimo estabelecido antes para o leilão, de R$ 2,8 bi, "estava mais para máximo que para mínimo". Esse valor tinha sido fixado pelo governo de Goiás, pelo BNDES e pelo TCU no ano passado, quando teve início o processo de privatização. "A nova gestão revisar para baixo teria muito questionamento", disse o ministro de ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. (Valor Econômico – 15.09.2016)
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4 Governo acredita que a revisão do preço de venda da Celg-D deve facilitar desfecho positivo
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou ontem que a revisão para baixo do preço de venda da Celg-D deve facilitar um desfecho positivo do processo. "Todos os interessados sempre colocavam a questão do preço", afirmou o ministro, em café com jornalistas. Em agosto, nenhuma empresa depositou as garantias pedidas para o leilão da distribuidora goiana, configurando um fracasso no certame - cujos critérios haviam sido definidos ainda pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Um sinal de que o valor estabelecido antes estava inflado foi a compra da AES Sul pelo grupo CPFL Energia em junho, por R$ 1,7 bi, lembrou o ministro Coelho Filho. Os indicadores de qualidade da AES Sul são significativamente melhores do que os da Celg D. Com o preço dito mais realista no leilão, a expectativa do governo é ter pelo menos os quatro interessados que haviam acessado o data room com informações da Celg na primeira tentativa de privatização da empresa, disse o ministro. A presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos, também disse que o novo preço estipulado para a Celg D é uma adequação à realidade do cenário econômico atual. O banco de fomento solicitou ao International Finance Corporation (IFC), contratado para estruturar a desestatização da Celg D, a atualização dos serviços de avaliação econômico-financeira da empresa. A definição do cronograma do leilão de privatização da Celg D deve sair entre hoje e a próxima semana, disse a secretária da Fazenda do Estado de Goiás, Ana Carla Abrão Costa. Segundo ela, a definição do valor pelo Conselho do PPI já garante que a venda acontecerá ainda em 2016. Segundo ela, a deterioração financeira que a empresa apresentou entre junho de 2015 e junho de 2016 foi capturada na nova avaliação, que teve como data base a dívida da companhia no fim do primeiro semestre deste ano. De acordo com a secretária, o TCU vem acompanhando todo o processo de reavaliação do preço. O próximo passo será a abertura de uma audiência pública para que todos possam se manifestar sobre as condições do leilão. Após isso, será publicado o edital, possivelmente no início de outubro. (Valor Econômico – 15.09.2016)
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5 Venda da CPFL gera R$ 1 bilhão para o governo
A venda da fatia da Camargo Corrêa na CPFL Energia para a State Grid Corp deve reforçar em, no mínimo, R$ 1 bi os cofres do governo, que já conta com o resultado dessa operação para ajudar o resultado fiscal de 2016 ou de 2017. Em julho, a gigante chinesa aceitou comprar a participação de 23,6% da Camargo Corrêa na CPFL Energia por R$ 5,85 bi. O reforço de R$ 1 bi no caixa do governo se deve aos impostos que devem ser pagos pela empreiteira na operação, segundo fontes. A chinesa foi obrigada a estender a proposta aos demais acionistas do bloco de controle. A Previ deve também exercer sua opção de venda da participação de 29,4% na CPFL Energia, por algo em torno de R$ 7,5 bi, disse o presidente da fundação, Gueitiro Matsuo Genso. No entanto, a fundação não é tributada na operação. Além da Previ, a Bonaire Participações também detém 15,1% da CPFL. No prazo de um mês, os acionistas deverão decidir se exercerão o direito de preferência ou de venda conjunta – o chamado “tag along”, no jargão do mercado. Caso um acionista aceite, o mecanismo de tag along será acionado e a proposta deverá ser novamente estendida, desta vez aos acionistas minoritários por meio de oferta pública de aquisição de ações (OPA), o que na prática poderá levar ao fechamento de capital da CPFL. A venda ainda depende de sinal verde do Cade. Como a State Grid tem os negócios concentrados em transmissão e a CPFL atua em distribuição e geração, a operação não deve enfrentar resistências no conselho antitruste. A Previ está inclinada a vender a fatia de 29,4% que detém na CPFL Energia, disse o presidente da fundação, Gueitiro Matsuo Genso. A fundação tem até meados de outubro para aceitar a oferta da chinesa State Grid. “As discussões internas estão em curso e há uma inclinação para vender”, afirma o presidente da Previ, salientando que esse poderá não ser o único desinvestimento a ser realizado pela fundação. “Mas iremos analisar com calma esses movimentos.” A Previ tem mais de R$ 70 bi aplicados em renda variável. (O Estado de São Paulo – 15.09.2016)
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6 CPFL prepara emissão de debêntures
A CPFL Energias Renováveis prepara uma emissão de debêntures de até R$ 400 mi em duas séries. Os papéis, que serão distribuídos com esforços restritos, terão prazo de cinco anos e remuneração estimada correspondente a 126% do CDI. Os recursos serão utilizados para capital de giro, entre outras necessidades. A emissão contará com garantia adicional na forma de fiança, a ser prestada pela CPFL Energia. (Valor Econômico – 15.09.2016)
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7 ESBR antecipa expansão de Jirau
A Aneel deve autorizar nos próximos dias o início de operação da 45ª turbina da hidrelétrica de Jirau, localizada no rio Madeira (RO). A máquina será a primeira unidade da etapa de expansão da usina a entrar em operação, com três meses de antecedência em relação ao cronograma original. A ESBR, consórcio responsável pela construção e operação da usina, planeja colocar em operação ainda este ano as outras cinco turbinas da expansão da hidrelétrica. Com isso, Jirau atingirá a capacidade instalada plena, de 3.750 MW ainda em 2016. As seis máquinas da expansão da usina, que totalizam 450 MW, agregarão 209,3 megawatts médios de energia firme (volume que pode ser comercializado) à hidrelétrica. A ESBR, porém, pode ter um volume adicional de energia para comercializar de 56,9 MW médios proveniente dessas seis máquinas. Isso ocorre, de acordo com entendimento da agência, se a última turbina de Jirau entrar em operação e a cota do reservatório da hidrelétrica de Santo Antônio, localizada após Jirau no mesmo rio, permanecer em 70,5 m. A Santo Antônio Energia (SAE) havia solicitado à agência elétrica a elevação da cota do reservatório da usina, de 70,5 metros para 71,3 m. Com a mudança, a usina teria um ganho de energia firme, também a partir de sua expansão, de 206,9 MW médios. O problema, contudo, é que, até o momento o Ibama não autorizou a elevação do nível do reservatório da usina. Se a cota do lago de Santo Antônio permanecer no patamar de 70,5 metros, a SAE terá um volume adicional de apenas 66,9 MW médios. A ESBR pertence à Engie (antiga GDF-Suez, com 40%), Chesf (20%), Eletrosul (20%) e Mistui (20%). (Valor Econômico – 15.09.2016)
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8 Cemig com chances de manter concessões de três usinas
A Cemig ainda tem chances de manter para si as concessões de três hidrelétricas que tiveram a concessão vencida. Segundo o secretário de Coordenação de Projetos da Secretaria do PPI, Tarcísio Gomes de Freitas, o governo negocia com a estatal mineira o valor da outorga a ser paga pelas usinas, o que pode evitar a venda desses empreendimentos. Os empreendimentos foram incluídos no PPI, do governo federal, mas a presença desses ativos no programa, explicou Freitas, não significa necessariamente que essas usinas serão negociadas, mas sim que elas são "prioritárias" para o governo. Como a Cemig tem interesse em manter as concessões, os governos estão negociando a melhor composição para os ativos, e caso tenha sucesso, as concessões serão renovadas. Freitas sinalizou que a ideia é evitar a judicialização e obter os recursos das outorgas. Além das usinas da Cemig, outras duas estão previstas pelo PPI: as hidrelétricas de Pery e Agro Trafo (14 MW). As cinco usinas podem gerar recursos da ordem de R$ 11 bilhões. Pery é uma hidrelétrica de 30 MW, pertencente à Celesc, enquanto Agro Trafo pertence à Socibe Energia e tem a concessão encerrada em julho do ano que vem. As usinas de São Simão (1.710 MW), Jaguara (424 MW) e Miranda (408 MW) tiveram a concessão vencida em 2015, mas o entendimento da Cemig, na ocasião da entrada em vigor da MP 579, é de que as hidrelétricas ainda poderiam ter o contrato prorrogado por mais 20 anos, conforme as regras anteriores à medida, e recorreu à Justiça. A estatal perdeu no STJ os casos de São Simão e Miranda, mas o processo relativo a Jaguara está sendo analisado pelo STF, que vê a possibilidade de acordo. Como aconteceu com outras hidrelétricas, na relicitação a ideia do governo anterior era de vender as usinas pelo menor preço, combinando com o pagamento de um bônus de outorga. Na reunião do PPI, o recado era que o critério das concessões seria o maior valor pago pelas empresas – sob a promessa de que as taxas de retorno dos empreendimentos seria realista. O presidente da Cemig, Mauro Borges, disse em entrevistas que existia a possibilidade de negociação com o governo para que a estatal não perdesse a concessão. A Cemig enfrenta alto endividamento, enquanto o governo federal aposta nas concessões como forma de gerar caixa e reduzir o déficit fiscal. (Agência Brasil Energia – 14.09.2016)
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9 Light recebe décima parcela da CDE para obras olímpicas
A Aneel aprovou a liberação de R$ 750,9 mil da CDE para a Light. O valor corresponde à décima parcela, referente a julho, para fornecimento temporário de energia aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. A parcela é direcionada às obras do International Broadcast Centre (IBC), cujo orçamento foi aprovado em resolução de janeiro deste ano. O pagamento foi autorizado em despacho. Os Jogos Olímpicos aconteceram entre 5 e 21 de agosto, enquanto os Paralímpicos vão de 7 e 18 de setembro, ambos na cidade do Rio de Janeiro. (Agência Brasil Energia – 14.09.2016)
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10 Elektro aumenta confiabilidade de automação no Guarujá
O novo sistema de telecomunicação usado pela Elektro para interligar o seu centro de operação, localizado na sede da empresa, em Campinas, à rede de distribuição do Guarujá (SP), aprimorou a confiabilidade de resposta dos equipamentos de autorestabelecimento(self healing) instalados na cidade litorânea. A empresa dependia antes de serviço contratado junto a operadoras de celular para acesso remoto aos religadores, num total de 43 equipamentos, o que resultava numa disponibilidade de telecomunicação da ordem de 77%. Com o uso de nova tecnologia, desenvolvida pela Furukawa, a disponibilidade foi ampliada para 95%. Em vez de fornecer fibra ótica para a montagem do sistema, somando cerca de 80 km de extensão, o fabricante ofereceu dispositivos, conhecidos como “switches”, que fazem a interface dos religadores com a telecomunicação. A novidade faz diferença principalmente nos períodos chuvosos, porque diminui as chances de ter que deslocar equipes para acionar fisicamente os religadores. Em período de temporada turística, essa movimentação pode demorar até uma hora ou mais. “É uma tecnologia bastante simples e de custo acessível, comparativamente a dispositivos similares encontrados no mercado”, explica Felipe Rover, engenheiro de Automação da Elektro. Segundo ele, mesmo levando em conta desconto concedido pela Furukawa, pelo interesse em difundir a novidade, os custos de implantação apresentam viabilidade favorável para expansão a outros municípios. O projeto do Guarujá, segundo Rover, custou cerca de R$ 1 mi e a empresa já está orçando a implantação em mais dois municípios da área concessão, para 2017. A seleção será feita mediante verificação dos indicadores de qualidade. Locais que apresentam números piores são candidatos preferenciais a receber a tecnologia. No caso de municípios em que as áreas rurais são muito extensas, a Elektro estuda adotar um arranjo híbrido para reduzir o impacto do custo da fibra ótica. Nesses casos, poderá combinar com tecnologia de rádio, mediante frequências licenciadas, que correm risco bem menor de interferência. (Agência Brasil Energia – 14.09.2016)
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11 RGE investe R$ 1 mi em cidade do Rio Grande do Sul no primeiro semestre de 2016
A RGE investiu R$ 1 mi nos seis primeiros meses de 2016 para fortalecer e modernizar a rede elétrica em Cachoeirinha, no Rio Grande do Sul. O aporte faz parte do plano estratégico da companhia para manter os melhores índices de fornecimento de energia em uma das principais cidades da região Metropolitana de Porto Alegre. Entre janeiro e junho deste ano, a RGE executou obras orçadas em R$ 308 mil na modernização e ampliação da rede elétrica. Um dos projetos ocorreu no bairro de Granja Esperança. O local recebeu investimentos de R$ 118 mil na construção de um novo alimentador e a substituição e instalação de outros dois alimentadores, que garantem ainda mais qualidade aos 51.526 mil clientes da cidade. Segundo o presidente da RGE, José Carlos Tadiello, a execução de obras pontuais em cidades estratégicas da área de concessão contribuem para todo o sistema elétrico da RGE no Estado. "A RGE tem como principal compromisso prover energia elétrica com excelente qualidade para viabilizar o crescimento e o desenvolvimento socioeconômico das suas comunidades e consumidores", destaca Tadiello. No primeiro semestre de 2016, a RGE investiu R$ 129,6 mi em toda sua área de concessão, em linha com o valor aportado em 2015 no mesmo período. Esse montante foi aplicado exclusivamente na expansão, modernização e manutenção da rede elétrica da companhia nos 255 municípios onde está presente. (Agência CanalEnergia – 14.09.2016)
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12 CPFL Santa Cruz investe R$ 11,4 milhões no primeiro semestre de 2016
A CPFL Santa Cruz, distribuidora do Grupo CPFL Energia, investiu R$ 11,4 mi no primeiro semestre de 2016 para reforçar o sistema elétrico dos 24 municípios de sua área de concessão no Estado de São Paulo e de três cidades ao norte do Paraná. Os recursos foram aplicados na expansão, modernização e manutenção do sistema elétrico, proporcionando um serviço de melhor qualidade para os 208,3 mil clientes atendidos pela concessionária. A empresa aplicou R$ 4,6 mi nos projetos voltados ao atendimento do cliente e suporte ao crescimento do mercado. Parte dos recursos foram destinados à expansão das redes elétricas, visando a ligação de novos clientes. Entre janeiro e junho de 2016, foram conectadas 2.151 novos consumidores à rede da companhia. Outros R$ 5,2 mi foram investidos pela CPFL Santa Cruz na manutenção, na melhoria e na modernização do seu sistema de distribuição. Os investimentos prepararam o sistema elétrico das cidades para o aumento futuro tanto da demanda por energia do parque industrial quanto do consumo nas classes comercial e residencial, além de tornar a rede mais resistente aos fatores climáticos. No total, o Grupo CPFL Energia investiu R$ 429 mi em suas áreas de concessões no Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná, e Minas Gerais no segmento de distribuição no primeiro semestre de 2016, crescimento de 2% na comparação com o mesmo período de 2015. (Agência CanalEnergia – 14.09.2016)
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Leilões
1 Novo valor mínimo de venda da Celg D cai 35,7%, para R$ 1,792 bi
O conselho do PPI aprovou as novas condições mínimas e o novo preço para privatização da Celg D, distribuidora da Eletrobras no Estado de Goiás. O novo preço é de R$ 1,792 bi, 35,7% inferior aos R$ 2,8 bi do leilão anterior, quando não houve interessados. Em comunicado, a Eletrobras diz que o novo valor de mercado aprovado pelo PPI para a Celg D é de R$ 4,448 bi. Entretanto, considerando as dívidas e outras obrigações no montante de R$ 2,656 bi, segundo dados de junho de 2016, o valor líquido da totalidade das ações da Celg D agora é de R$ 1,792 bi. No processo de desestatização, a Eletrobras pretende vender a totalidade de sua participação na distribuidora, equivalente a 50,93% do capital social. O governo de Goiás também deve vender sua participação de 49% na empresa. No processo anterior de venda, a projeção de endividamento da Celg D era de R$ 2,45 bi. Somadas dívida e preço mínimo, os valores afastaram os interessados. (Valor Econômico – 14.09.2016)
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Oferta e Demanda de Energia
Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
Em um dia de queda em todas as regiões, os reservatórios da região Norte estão operando com volume de 44,3%, de acordo com dados do ONS referentes ao último dia 13 de setembro. Houve recuo de 0,3% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 6.604 MW/mês e a ENA é de 1.028 MWm, que é 54% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Tucuruí está com 71,84% da capacidade. No SE/CO, houve recuo de 0,2%, que deixou os reservatórios com 44,2% de volume. A energia armazenada é de 89.581 MW/mês e a ENA é de 19.966 MWm, que é 106% da MLT. A usina de Furnas está com 62,45% da sua capacidade e a de Nova Ponte, com 30,05%. No Nordeste, os níveis estão em 17,2%, caindo 0,1% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 8.895 MW/mês e a ENA é de 1.062 MWm, que é o mesmo que 34% da MLT. A usina de Sobradinho está com volume de 12,76%. No Sul, os níveis estão em 93,1%, caindo 0,4% em relação ao dia anterior. A energia armazenada é de 18.586 MW/mês e a ENA é de 8.842 MWm, que equivale a 94% da MLT. A usina de Barra Grande opera com 88,27%. (Agência CanalEnergia – 14.09.2016)
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2 Sobradinho está perto de entrar no volume morto
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou ontem que o reservatório de Sobradinho, o segundo maior do País em quantidade de água, deverá atingir seu volume morto até dezembro, por causa da grave situação hídrica que atinge a região Nordeste. “Estamos com dificuldade muito grande nos reservatórios do Nordeste. Isso é fato. Sobradinho deve zerar de fato neste ano e vai para o volume morto em dezembro”, disse. Há três anos, Sobradinho, localizado nos municípios de Sobradinho e Casa Nova, na Bahia, sofre com escassez de água que afeta todo o Rio São Francisco. Em novembro do ano passado, no fim do período seco, o reservatório chegou à sua situação mais crítica, com volume de água correspondente a apenas 1,11% de sua capacidade total, situação que só passou a melhorar em dezembro, com o início do período chuvoso. Ontem, dados do ONS apontavam que o reservatório, principal caixa d’água do Nordeste, registrava 12% de sua capacidade plena. No início de setembro, o ONS informou avaliar a possibilidade de reduzir a vazão de Sobradinho, de 800 para 700 m³/s. Nos cálculos do órgão, se for mantida a vazão atual de 800 m³/s, já muito abaixo e fora dos padrões de 1.100 m³ exigidos pelo Ibama, Sobradinho pode chegar a um resultado negativo de 15% de seu volume morto no fim do ano que vem. O assunto está em análise pelo Ibama e pela ANA. “Usaram os reservatórios mais do que o recomendável, na expectativa de chover, em 2013 e 2014”, comentou Coelho Filho. O ministro disse que está avaliando a possibilidade de contratar uma obra para retenção da água do mar que entra no Rio São Francisco, a partir de sua foz, na divisa de Sergipe com Alagoas, situação que tem se agravado por conta do baixo volume de água do rio. A falta de água no Nordeste também está comprometendo as operações de usinas térmicas a carvão instaladas no porto de Pecém, no Ceará, porque são unidades que usam muita água para resfriar suas turbinas. Há estudos em andamento para que essas unidades passem a usar água do mar. O governo do Ceará já admitiu a necessidade de ter de cortar o abastecimento dessas unidades ou aumentar o preço da água fornecida para as termoelétricas. (O Estado de São Paulo – 15.09.2016)
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3 Preço de referência para energia sobe 1,64% na semana
O preço de referência para contratos de energia elétrica subiu 1,64% na semana, passando para R$ 142,69/MWh. O índice do submercado Sudeste/Centro-Oeste é referente ao trimestre que vai de outubro a dezembro de 2016. Na comparação com o mês passado, houve forte queda de 23,07%, e, em relação ao mesmo período do ano passado, o preço ficou 30,77% menor, de acordo com o Boletim Semanal da Curva Forward, elaborado pela consultoria Dcide. Já o preço de longo prazo, referente ao intervalo de 2018 a 2021, não teve alteração significativa na semana, com leve recuo de 0,03%, para R$ 155,16/MWh. Na base mensal, o índice registrou elevação de 0,62%. Na base anual, por sua vez, houve baixa de 4,42%. O documento é elaborado a partir de dados de 48 agentes do mercado livre, entre os mais comercialmente ativos, apurados semanalmente pela consultoria. As curvas de preço são validadas por modelo matemático, que elimina distorções, e por comitê. (Agência Brasil Energia – 14.09.2016)
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4 Carga fica estável em agosto
A carga de energia no SIN ficou praticamente estável em agosto, com elevação de 0,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. O volume ficou em 63.756 MWm. Os dados são do boletim de carga mensal do ONS, divulgado nesta quarta-feira. Entre os submercados, as maiores variações foram verificadas no Norte e Nordeste, com altas de 3,8% e 3,6%, respectivamente, para 5.586 MWm e 10.178 MWm. Já os subsistemas SE/CO e Sul retraíram respectivos 0,3% e 0,9%, para 37.434 MWm e 10.558 MWm. Segundo o operador, “apesar da ocorrência de maior número de dias úteis, relativamente ao mesmo mês do ano anterior, o que contribuiria para o aumento da carga, a ocorrência de temperaturas inferiores às ocorridas em agosto de 2015 nos subsistemas Sul e SE/CO e o forte impacto da conjuntura adversa amenizaram esse efeito”. Na comparação mensal, com julho, a carga em todo o SIN subiu 1,7%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o sistema teve redução de 0,4%, em relação ao mesmo período anterior. (Agência Brasil Energia – 14.09.2016)
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Meio
Ambiente
1 Ibama multa e determina suspensão da termelétrica de Candiota (RS)
O Ibama multou em R$ 75 mi e determinou a suspensão das operações da termelétrica de Candiota (RS), maior usina movida a carvão no país. O complexo tem três usinas e o órgão ambiental determinou o fechamento das duas mais antigas, capazes de gerar 446 MW (potência). De acordo com o órgão ambiental, a usina, que pertence à CGTEE, estatal ligada ao grupo Eletrobras, estava descumprindo acordos feitos com o órgão ambiental para reduzir o lançamento de gases e óleo no ambiente, que estavam acima do limite estabelecido por lei. Para voltar a operar, a estatal terá que cumprir as determinações de redução de poluentes. As usinas a carvão do país produziram em 2015 cerca de 3% da energia elétrica consumida no país. Apesar do percentual pequeno, elas são importantes porque podem gerar energia a qualquer momento, o que alivia o uso da água estocada em reservatórios de hidrelétricas. No entanto, o custo desse tipo de geração é mais elevado, além de ambientalmente mais poluente. A reportagem não conseguiu contato com a CGTEE. (Valor Econômico – 14.09.2016)
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2 Candiota embargada pelo Ibama
O Ibama embargou a operação do complexo termelétrico Candiota, no Rio Grande do Sul, e aplicou quatro multas que totalizam R$ 75,1 mi. Segundo o Ibama, fiscalização identificou que totalizam de R$ 75,1 mi, após identificar violações dos limites máximos de vazão de efluentes e das taxas de óleos e graxas, entre outras irregularidades. O complexo, cujo nome oficial é complexo Presidente Médici, pertence à CGTEE, é o mais antigo empreendimento a carvão mineral em operação no país. Duas usinas (fase A e B) estão, agora, com as atividades suspensas, enquanto uma terceira (a fase C) já estava sem operação devido a problemas operacionais. "O embargo às atividades do complexo de Candiota, a mais antiga usina a carvão do país, será mantido até que seja comprovada a regularização dos sistemas de armazenamento e distribuição de óleo combustível pesado e dos dispositivos de controle ambiental associados", disse o Ibama em comunicado. Em nota, de acordo com a Agência Brasil, a CGTEE disse que foi "surpreendida pelo embargo aplicado pelo Ibama (...) especialmente com a extrema penalidade aplicada" e garantiu que todas as determinações dos órgãos ambientais vêm sendo rigorosamente atendidas nos prazos negociados com o órgão ambiental desde janeiro. A CGTEE disse também que está adotando todas as providencias necessárias para a suspensão do embargo e o retorno imediato da operação normal do Complexo Termelétrico de Candiota, que tem capacidade instalada de 796 MW. (Agência Brasil Energia – 14.09.2016)
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Energias Renováveis
1 Geração eólica proporcionalmente menor em 2015
O regime de ventos no ano passado não foi tão generoso para a geração eólica no Brasil quanto em anos anteriores. Pelo menos não para as 64 usinas ou conjuntos eólicos (3.536 MW de potência e 1.454 MW de garantia física) analisados pela agência de classificação de riscos Fitch Ratings, no relatório “Eólicas no Brasil: Menor Geração, Maior Volatilidade”, publicado nesta quarta-feira. O documento mostra que, em termos proporcionais, a geração das usinas em 2015 ficou abaixo dos níveis observados em 2014 e 2013. Em média, os projetos geraram 93,6%, 99,5% e 95,4% de suas garantias físicas em 2015, 2014 e 2013, respectivamente. A amostra usada pela Fitch, entretanto, é limitada, já que os dados usados foram extraídos dos boletins mensais de geração eólica do ONS, que detalham as informações de geração apenas para usina do tipo I e conjuntos de usinas. A agência tomou o cuidado de analisar apenas as usinas que já estavam gerando energia desde janeiro de 2015, ou seja, que operaram ao longo de todo o ano passado. Em janeiro, haviam 5.675 MW de capacidade em operação no país. A Fitch analisou dados de parques que correspondem a 62% dessa capacidade. Por esse motivo, “podem não refletir a realidade do setor eólico como um todo no Brasil ao longo do período analisado”, reconhece a agência. Feita a ressalva, as características apontadas no relatório não deixam de ser interessantes para se pensar os riscos dos projetos eólicos no Brasil. As usinas são autorizadas a vender uma quantidade determinada de energia, dada pela garantia física, e assumem o compromisso de entregar em média 90% dessa quantidade, critério conhecido como P90. (Agência Brasil Energia – 14.09.2016)
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2 Fitch analisa abordagem para análise de crédito dos projetos eólicos
Para a agência de classificação de riscos Fitch Ratings, o histórico de dados dos parques eólicos brasileiros sugere uma abordagem para análise de crédito dos projetos que reconheça: a volatilidade de regimes de ventos; potenciais desvios dos volumes estimados pelas certificadoras; e uma análise financeira baseada em projeções conservadoras de geração de energia. Conforme a Fitch apurou, as usinas têm mantido sua geração acima de 90% da garantia física, na média. Mas muitas desviam desse padrão: enquanto 48,4% das usinas entregaram energia acima de sua garantia física (mais de 100%), 44% das usinas entregaram menos de 90% desse volume. Quando se olha para as faixas de desvio da garantia física, a maior parte dos projetos da amostra (25%), gerou entre 0% e 10% acima da garantia física. Mas 21% dos projetos entregou entre 20% e 30% abaixo da garantia. Há extremos como geração 60% abaixo da garantia (1,6% da amostra) e 40% acima (3,1% da amostra). A disparidade mostra como o desempenho dos projetos não depende apenas do regime de ventos, mas também de outras variáveis como a disponibilidade de máquinas e a medição mais ou menos acurada do potencial eólico nos sites (que serve de base para o cálculo da garantia física). (Agência Brasil Energia – 14.09.2016)
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3 Enel Green Power dá largada na construção de usina solar de 103 MW na Bahia
A Enel Green Power iniciou a construção da planta solar Horizonte, que está localizada em Tabocas do Brejo Velho, na Bahia. A nova planta terá uma capacidade instalada de 103 MW e, quando concluída, será capaz de gerar mais de 220 GWh por ano, o suficiente para atender às necessidades de consumo de mais de 108 mil lares brasileiros, evitando a emissão de cerca de 129 mil toneladas de CO2 na atmosfera. De acordo com Carlo Zorzoli, Country Manager da Enel no Brasil, com o início da construção de Horizonte, o grupo atinge mais um marco significativo na implementação do seu plano de crescimento no Brasil. Segundo ele, mais uma vez a EGP se posiciona como um player de energia confiável no mercado brasileiro, construindo usinas sustentáveis de geração de energia a partir da capacidade conquistada nos leilões. A UFV Horizonte deverá entrar em operação no segundo semestre de 2017. A Enel investirá cerca de US$ 110 mi na construção da planta, por meio de recursos próprios do Grupo Enel. O projeto foi concedido juntamente com os 158 MW do parque solar Lapa e os 292 MW de Nova Olinda, durante o LER de agosto de 2015, que tornou o Grupo o principal player na indústria solar brasileira em termos de capacidade instalada e portfólio de projetos. O Grupo Enel também está construindo outras duas usinas solares na Bahia: Ituverava (254 MW) e Lapa (158 MW). Horizonte ficará localizado ao lado de Ituverava, o que significa que a EGP será capaz de otimizar recursos na construção e na operação dos dois projetos, que compartilharão a mesma infraestrutura de conexão. A EGP possui atualmente uma capacidade instalada total de 546 MW no Brasil, dos quais 401 MW são de energia eólica, 12 MW de energia solar fotovoltaica e 133 MW de energia hídrica. Além disso, a empresa tem 442 MW de projetos de energia eólica, 102 MW de hidrelétrica e 807 MW de energia solar em execução. (Agência CanalEnergia – 14.09.2016)
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4 Casa dos Ventos inaugura complexo eólico de 130 MW no Ceará
A Casa dos Ventos inaugurou nesta quarta-feira (14/9), o Complexo Eólico Ventos de Tianguá, de 130 MW. O projeto demandou R$ 800 mi de investimentos e está localizado na Serra da Ibiapaba, no Ceará. A energia do complexo foi vendida pela empresa no leilão de fontes alternativas de 2010. Além da implantação dos parques, a companhia também ficou responsável pela construção de uma linha de transmissão até a subestação Ibiapina II, por onde a energia gerada pelo empreendimento será conectada ao SIN. De acordo com o diretor de Novos Negócios da Casa dos Ventos, Lucas Araripe, contando com o complexo de Tianguá, a companhia entregou 750 MW de parques eólicos nos últimos 12 meses. A empresa ainda está construindo outro complexo eólico, o Ventos do Araripe III, situado na divisa entre Piauí e Pernambuco. O projeto terá potência instalada de 359 MW e deve entrar em operação comercial em fevereiro de 2017. (Agência Brasil Energia – 14.09.2016)
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Gás
e Termoelétricas
1 Eletrobrás diz que foi 'surpreendida' por embargo à térmica no RS
A Eletrobrás CGTEE declarou, que foi surpreendida pela decisão do Ibama, que determinou a paralisação imediata de seu complexo termelétrico em Candiota, no Rio Grande do Sul, e multou a empresa em mais de R$ 75 mi, devido a diversas infrações ao meio ambiente. Por meio de nota, a estatal informou que "todas as determinações emanadas pelos órgãos ambientais vem sendo rigorosamente atendidas pela Eletrobras CGTEE, nos prazos negociados com o Ibama". "A Eletrobras CGTEE foi surpreendida pelo embargo aplicado pelo Ibama, que determinou a paralização da operação de geração de energia no Complexo Termelétrico de Candiota", informou a companhia, por meio de nota. Os motivos apresentados pelo Ibama para determinar o embargo, segundo a empresa, já vem sendo atendidos pela Eletrobras CGTEE desde janeiro, com conhecimento e acompanhamento do Ibama, "o que justifica nossa surpresa, especialmente com a extrema penalidade aplicada". "A direção da Eletrobras CGTEE está adotando todas as providencias necessárias para a suspensão do embargo e o retorno imediato do complexo termelétrico de Candiota à operação normal, visando restabelecer o fornecimento de energia de forma confiável à população do Rio Grande do Sul", declarou a companhia. Questionado sobre o assunto, o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, admitiu que a usina térmica terá que passar por uma atualização de seu maquinário, para atender exigências ambientais. Além do lançamento de materiais tóxicos no meio ambiente acima do limite estabelecido, o Ibama registrou índices de emissões atmosféricas fora dos padrões estabelecidos e falta de apresentação de relatórios de monitoramento obrigatórios. Na avaliação do órgão de fiscalização ambiental, a empresa descumpriu uma série de obrigações que tinha assumido em recente termo de ajustamento de conduta. "A Eletrobrás deve ter que acelerar uma solução. Queremos estar respeitando as normas legais e ambientais. Queremos um tempo para poder se adequar." A ordem de embargo dada pelo Ibama atinge o maior projeto de geração a carvão da Eletrobrás CGTEE, a usina termoelétrica Presidente Médici (Candiota II). Ao todo, a usina recebeu quatro multas do órgão ambiental. Com capacidade de 446 megawatts (MW), é a segunda maior usina movida a carvão do País, só inferior à térmica Porto do Pecém I (antiga MPX), que tem capacidade de 720 MW. (O Estado de São Paulo – 14.09.2016)
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2 Térmicas equilibram oferta no NE, mas não é melhor solução, admite ministro
As usinas térmicas têm ajudado a manter o equilíbrio ao compensar as variações na oferta de energia no Nordeste, mas essa ainda não é a melhor solução, na opinião do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho. “No fundo, no fundo, a gente vai precisar de uns dois invernos (período chuvoso) melhores para ter um certo grau de margem de segurança nos reservatórios e voltar a ter um mix mais favorável na composição do preço no Nordeste”, avaliou Coelho nesta quarta-feira, 14 de setembro. O intercâmbio de energia de Tucuruí e do Sudeste tem alternado com a energia eólica o papel de principal fonte de suprimento de energia elétrica no Nordeste. Em seguida vem as termelétricas e a geração hídrica, que deixou há algum tempo de ser a fonte mais importante de energia, em razão da seca prolongada na região, informou o ministro. A região está no quinto ou sexto ano consecutivo de seca, dependendo do estado. A previsão do Operador Nacional do Sistema Elétrico é de que, mantida a vazão atual, Sobradinho chegue ao fim do período seco com a capacidade de armazenamento “zerada” e atinja o chamado volume morto. Existem negociações em andamento para a redução da vazão do rio para 700 m³/seg, o que pode contribuir para a recuperação do maior reservatório da região, com fim do atual ciclo de seca. “Todo mundo vai se esquecer, mas certamente, daqui a sete, oito anos, vamos ter de novo problemas”, disse Coelho. No Ceará, onde a redução drástica do reservatório do Castanhão levou o governo local a considerar o corte no fornecimento de água para resfriamento de termelétricas, a preocupação maior do MME são as três usinas a carvão localizadas em Pecém. Segundo o ministro, elas gastam 600 litros de água por segundo, mas são importantes porque têm o custo de produção de energia mais baixo do Nordeste. “Elas saindo da operação vou ter que acionar térmicas mais caras”, disse. O ministério chegou a sugerir aplicação de uma tarifa de água maior para que as empresas reduzam o consumo e o governo cearense ficou de estudar essa alternativa. Já existe um projeto da Eneva de captação de água do mar para uso nas térmicas. A EDP também estaria estudando solução semelhante. O fornecimento de água do Castanhão ao porto do Pecém equivale a quase a metade do volume consumido na capital Fortaleza. (Agência CanalEnergia – 14.09.2016)
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Grandes Consumidores
1 Setor de mineração deve abrir nova fronteira de investimentos
Novata nos grandes pacotes de concessão, a mineração pode abrir novas frentes de investimento privado no Brasil, segundo avaliação de governo e especialistas ouvidos pelo GLOBO. Até o fim de 2017, o governo destacou como prioridade a concessão de quatro áreas que serão apresentadas a potenciais investidores para o desenvolvimento de pesquisas de solo ao longo de cerca de três anos. Há detalhes ainda a serem fechados, mas a ideia em curso é entregar essas áreas a quem prometer o maior volume de investimentos em pesquisa, como forma de fomentar empregos e estudos no setor. São quatro áreas que serão oferecidas inicialmente — fosfato em Miriri (PE-PB), cobre, chumbo, zinco em Palmeirópolis (TO), carvão em Candiota (RS) e cobre em Bom Jardim de Goiás (GO). Essas escolhas estão relacionadas às necessidades do país. Caso do fosfato, insumo para agricultura, que é quase todo importado hoje, e do carvão mineral, usado para gerar energia elétrica em usinas termelétricas na Região Sul. Já o zinco e o cobre foram apontados por empresas de pesquisa mineral como os minérios de maior interesse comercial. — Não faz sentido o CPRM (Serviço Geológico do Brasil, órgão estatal) estar com esses ativos. Identificamos essas áreas, sem problemas ambientais, mais avançadas, para fazer um primeiro teste (de mercado) — disse Fernando Coelho Filho, ministro de Minas e Energia. (O Globo – 14.09.2016)
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2 Gerdau começa a disputar o mercado de chapa grossa
Buscando ocupar espaço em um mercado no qual é novata no Brasil, a Gerdau inaugurou ontem oficialmente seu laminador de chapas grossas, em sua siderúrgica de Ouro Branco (MG). O equipamento, que já produz comercialmente desde julho e está sendo apresentado agora em um evento de três dias para clientes e imprensa, deve fazer 100 mil toneladas neste ano, prevê a companhia. A maior parte, vendida no mercado interno. O investimento, que foi planejado antes da pior crise da história da siderurgia brasileira, vai permitir à Gerdau se beneficiar dos primeiros passos da recuperação da demanda, com foco em construção civil, máquinas e equipamentos, energia eólica e indústria naval. Com uma estratégia agressiva de preços e bom relacionamento com clientes do setor longos e da distribuidora Comercial Gerdau, a empresa já se acotovela para entrar no mercado, encolhido no momento. Até agora, foram produzidas quase 20 mil toneladas de chapas grossas. A própria Gerdau vê a demanda interna atingindo de 600 mil a 800 mil toneladas em 2016, volume que pode ter viés de baixa. A Usiminas, líder absoluta em chapas grossas, vendeu apenas 254 mil toneladas do produto no primeiro semestre, enquanto as importações somaram 23,4 mil toneladas. Agentes do setor acreditam em nível de 500 mil toneladas. Em entrevista, Rodrigo Belloc, diretor industrial de siderurgia no Brasil, disse que a capacidade nominal de 1,1 milhão de toneladas do laminador deve ser atingida em três ou quatro anos. O outro laminador de Ouro Branco, de bobinas a quente, já chegou perto da capacidade de 800 mil toneladas. Juntas, as duas máquinas tiveram investimento de US$ 1,5 bi. A empresa gaúcha prevê uma parcela residual de exportações em 2016, com aumento gradual no ano que vem. Já foram enviados lotes de teste para clientes na Alemanha e na Inglaterra e há chance de oportunidades da Ásia, por exemplo, como benefício da parceria com a japonesa JFE Steel na implantação do novo equipamento. O contrato entre elas vai até 2019. (Valor Econômico – 15.09.2016)
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Economia Brasileira
1 Custos industriais têm primeira queda desde 3º trimestre de 2014
Os custos industriais caíram 1,1% no segundo trimestre em relação aos primeiros três meses deste ano. Trata-se da primeira queda no Indicador de Custos Industriais, desde o terceiro trimestre de 2014, informou nesta quarta-feira a CNI. A redução foi puxada pela queda dos custos com capital de giro e com bens intermediários importados. No segundo trimestre, o custo com capital de giro caiu 7,7% e o custo com bens intermediários recuou 11,2% na comparação com o período imediatamente anterior, especialmente por causa da recente valorização do real diante do dólar. Segundo a CNI, embora tenha impacto positivo sobre os custos, a mudança no câmbio prejudicou a competitividade da indústria brasileira nos mercados interno e externo. "A redução de 12,1% no preço dos manufaturados importados, em reais, foi maior que a queda de 1,1% nos custos industriais", observa a CNI. Com isso, os produtos estrangeiros têm mais chances de competir com os brasileiros no mercado interno. Além disso, os preços em reais dos produtos industrializados nos Estados Unidos, um dos principais destinos das exportações do Brasil, tiveram uma queda de 8,9%, muito superior à redução de 1,1% registrada nos custos industriais brasileiros. Na avaliação da CNI, isso indica a perda de competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional. No entanto, a queda dos custos industriais associada ao aumento de 1,1% os preços dos produtos industrializados no mercado brasileiro permitiram a recomposição dos lucros das empresas. "É o terceiro trimestre consecutivo em que o aumento dos preços supera o aumento dos custos industriais, o que indica um período de descompressão das margens de lucro", acrescentou a entidade. O Indicador de Custos Industriais é formado pelos Índices de Custos de Produção, de Capital de Giro e de Custo Tributário. O Índice de Custos de Produção, que teve uma queda de 0,8% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre, é composto pelos indicadores de custos com pessoal, com bens intermediários nacionais e importados e com o custo de energia. (Valor Econômico – 14.09.2016)
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2 Serasa Experian: Demanda do consumidor por crédito sobe 7,4% em agosto
A quantidade de pessoas que buscaram crédito em agosto de 2016 cresceu 7,4% na comparação com julho, aponta a Serasa Experian. Em relação a agosto de 2015, o indicador registrou alta de 1,9% e, no acumulado dos primeiros oito meses do ano, a variação positiva é de 1,7%. De acordo com os economistas da Serasa Experian, o avanço na comparação com julho foi beneficiado pela maior quantidade de dias úteis (23 em agosto contra 21). O mesmo ocorreu na comparação com agosto do ano passado (21 dias úteis). Observada a análise por classe de renda pessoal, o mês de agosto registrou a maior alta na demanda por crédito na baixa renda (consumidores que ganham até R$ 500 mensais), de 9,7% sobre julho. Para os que ganham entre R$ 500 e R$ 1.000 por mês, o avanço foi de 9%. Para os que recebem entre R$ 1.000 e R$ 2.000 mensais, a alta em foi de 6,4%. Para os que recebem entre R$ 2.000 e R$ 5.000 por mês a elevação foi de 5,1%. Já para o grupo de consumidores cujo rendimento mensal se situa entre R$ 5.000 e R$ 10.000, a alta na demanda por crédito em agosto deste ano foi de 4,9% e de 6,5% para os consumidores com rendimentos mensais superiores a R$ 10.000 — sempre levando em conta a comparação entre agosto e julho deste ano. (Valor Econômico – 14.09.2016)
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3 IGP-10 muda de direção e tem avanço de 0,36% em setembro
O IGP-10 voltou a subir em setembro, marcando alta de 0,36%, depois de ter fechado um mês antes com deflação de 0,27%. A alta era esperada pela FGV, que não considerava a repetição do resultado negativo para o nono mês de 2016. O resultado foi puxado em boa parte pela retomada de fôlego nos preços do atacado. O IPA deixou uma queda de 0,57% em agosto para elevação de 0,39% um mês depois. Na abertura entre os estágios produtivos, pesaram mais os custos das matérias-primas brutas, que passaram de baixa de 1,31% em agosto para acréscimo de 1,65% em setembro. Esse movimento foi (-9,56% para -2,43%), do minério de ferro (-1,61% para 8,89%) e mandioca (0,88% para 13,18%). O IGP-10 de setembro foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 de agosto e 10 de setembro. No ano, acumula alta de 6,55% e, em 12 meses, de 11,23%. O IPC, segundo componente de maior peso no IGP-10 perdeu força em setembro - avançou 0,27%, seguindo aumento de 0,38% em agosto. (Valor Econômico – 15.09.2016)
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4 Dólar ontem e hoje
Hoje, em quase uma hora de negócios, a moeda americana estava a R$ 3,3326, com baixa de 0,28%. Na quarta-feira, a divisa subiu 0,80%, encerrando a R$ 3,3420. (Valor Econômico – 15.09.2016 e 14.09.2016)
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Internacional
1 AIE: investimentos em energia caem 8% em 2015
Os investimentos em energia de uma forma geral apresentaram uma queda de 8% em 2015, quando alcançaram US$ 1,8 tri, antes US$ 2 tri de 2014, de acordo com relatório da AIE. A queda se deu no segmento de óleo e gás, enquanto os investimentos em energia limpa, redes inteligentes e eficiência energética continuam a todo o vapor. Isso mostra que o sistema de energia está passando por uma reorientação dos investimentos, que estão indo em direção a energia de baixo carbono e eficiência. Mesmo assim, os investimentos em tecnologias limpas precisam aumentar para colocar a economia mundial em sintonia com o clima. "Vemos uma grande mudança com os gastos indo em direção às energias limpas, muitas vezes como resultado de políticas governamentais", disse o diretor executivo da AIE, Fatih Birol. "Nosso relatório mostra claramente que as medidas governamentais podem funcionar e são a chave para uma transição energética de sucesso", continuou. Com gastos da ordem de US$ 315 bi, a China foi novamente a maior investidora em energia no ano passado, com investimentos robustos na construção de geração de baixo carbono e em redes de eletricidade, assim como na implementação de políticas de eficiência energética. Já o investimento dos Estados Unidos caiu para US$ 280 bi em 2015 devido aos preços baixos do petróleo, entre outros. Somente em energias renováveis os investimentos totalizaram US$ 313 bi no ano passado, correspondendo a cerca de um quinto do total de gastos com energia. As inovações tecnológicas também impulsionaram os investimentos em redes inteligentes e armazenamento de energia, que devem desempenhar um papel crucial, segundo a AIE, na integração das energias eólica e solar. No caso do gás, o investimento global teve uma redução de quase 40%, enquanto em eficiência energética, subiu 6%. O documento da AIE, World Energy Investment 2016, está disponível para compra em seu site: http://www.iea.org. (Agência CanalEnergia 14.09.2016)
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2 Argentina: Aranguren pediu aos empresários que “mostrem o caminho” com investimentos de US$ 20 bi
O ministro da Energia argentino destacou o potencial das energias renováveis e responsabilizou em partes os empresários pela “distorção” do mercado devido a importação de combustíveis e os subsídios. Juan Carlos Aranguren pediu aos empresários que tenham um papel ativo no relançamento da economia com o desembolso de investimentos. Foram estimados que necessitarão de mais de US$ 20 bi nos próximos anos para desenvolver a matriz energética diversificada. “São os investimentos privados que têm que mostrar o caminho”, disse o ministro da Energia em um documento sobre energias renováveis no qual recordou que o país sul-americano decretou emergência energética até dezembro de 2017. O objetivo desse governo é instalar 10 GW nos próximos dez anos a partir de energia renovável, de maneira a diversificar sua matriz para baratear os custos. O pedido de Arangurem não veio sem críticas à comunidade empresarial, ao qual ele responsabilizou a política energética adotada no período kirchneriano. “Todos por ação ou omissão temos sido responsáveis por chegar a esta situação. Um país cheio de recursos como Argentina não pode se dar ao luxo de importar energia e subsidiar consumos”, afirmou. Ele admitiu que “o mercado está distorcido por um emaranhado de desigualdades em subsídios e gargalos em distribuição e na geração". No entanto, ele esperava que os investimentos ajudassem a criar "uma matriz energética diversificada, não só na Argentina mas no Cone Sul". (El Inversor – Argentina – 14.09.2016)
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1 TURNER, Adair. “Quem tem lugar para energias renováveis?”. Valor Econômico. São Paulo, 15 de setembro de 2016.
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Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa:
Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.
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de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
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