l

IFE: nº 4.165 - 02 de setembro de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Liminares mantêm R$ 1 bi parado no mercado à vista
2 Indenização a empresas de transmissão de energia custará R$ 52 bi ao consumidor
3 Governo vai debater ampliação do mercado livre de energia
4 Desafio do avanço
5 Polêmica Portaria nº 455 pode ser revogada em breve, diz MME
6 Aneel divulga lista de empresas interessadas em executar Projeto sobre armazenamento de energia
7 Aneel comenta sobre novas tecnologias no setor elétrico
8 BNDES quer maior participação dos bancos comerciais nos financiamentos de longo prazo
9 MME discute revisão de modelos computacionais utilizados pelo setor

Empresas
1 Mercado espera 'arrumação' no setor elétrico
2 GESEL: BNDES terá de reduzir o volume de empréstimos e aumentar as taxas de juros, obrigando os empreendedores a buscar fontes no mercado
3 Chineses podem investir mais de R$ 15 bi
4 Brasil e China assinam acordos de investimentos estimados em R$ 10 bi
5 Agência americana aplicará R$ 4,2 milhões em projetos na Cemig
6 Calote das distribuidoras preocupa CCEE
7 Caducidade de linhas da Abengoa em construção é quase certa
8 Copel é eleita a melhor distribuidora da América Latina

9 Cemar estuda emissão de R$ 200 milhões em debêntures

10 Furnas investirá R$ 621 milhões na transmissão de Itaipu

11 Cemig tem mudança na diretoria executiva

12 RME avança no processo de incorporação da Redendor

13 CTG olha Santo Antonio

Leilões
1 Leilão de transmissão já atrai mais interessados
2 Aneel: leilão de LTs poderá contar com novos players e regresso de investidores que estavam ausentes

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS descarta falta de energia no Nordeste, apesar da pouca chuva na região
2 No Sudeste, preço para contratos de energia tem queda de 20%
3 Geração hidráulica cresce 6,8% em agosto

4 Consumo nacional de energia volta a crescer 1% em 2016, diz CCEE

5 Brasil não corre risco de falta de energia em 2016

Meio Ambiente
1 Justiça Federal suspende operação de Belo Monte

Energias Renováveis
1 Mercado eólico pede dolarização de contratos
2 AES estuda possibilidades de aquisições no setor eólico
3 GE inaugura três centros de operação e manutenção de parques eólicos

4 EDP Renováveis começa a construir mais uma eólica no RN este mês

5 Fabricantes de aerogeradores querem demanda anual de 3 GW

6 Odebrecht Agro quer exportar mais bioeletricidade

7 Aneel autoriza operação de eólica da Omega Energia

8 EDP Renováveis não vê bom momento para investir em solar

9 F&S Bioenergia prevê inaugurar em junho usina de etanol de milho

Gás e Termelétricas
1 AES negocia produção da usina de Uruguaiana com a Argentina
2 Bolognesi viabiliza parcerias para tirar térmicas do papel

Grandes Consumidores
1 Sabesp vai gerar energia com lodo e biogás da ETE Barueri

Economia Brasileira
1 Meirelles diz a investidores que Brasil soma projetos de US$ 269 bi
2 Produção industrial sobe 0,1% em julho, mas recua 9,6% em 12 meses

3 Moody’s: Impeachment remove incerteza política, mas faltam reformas
4 Utilização da capacidade instalada cai em julho, aponta CNI
5 IPC-Fipe termina agosto com inflação de 0,11%
6 IPC-S perde força em agosto, mas acumula alta de 8,48% em 12 meses
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Portugal: Mercado livre de eletricidade já tem 4,58 mi de clientes
2 Espanha: Repsol e La Caixa negociam a venda de 20% da Gas Natural por 4 bi
3 Cuba busca investimento em energia


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Liminares mantêm R$ 1 bi parado no mercado à vista

Passado mais de um ano da publicação da Medida Provisória 688, que foi concebida para resolver a crise do risco hidrológico, o mercado de curto prazo de energia ainda tem o montante de R$ 1,14 bi protegido por liminares judiciais e não há uma previsão de normalização. Em julho, o STJ suspendeu uma dessas liminares, criando a expectativa dentro da Aneel e da CCEE de um "efeito dominó" nas outras liminares. A ideia do governo era replicar a decisão da ministra Laurita Vaz, vice-presidente do STJ. A liminar que foi derrubada limitava os efeitos do GSF nas empresas da Abragel. No entanto, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, suspendeu a decisão do STJ e a liminar da Abragel voltou a ser válida. As autoridades têm realizado reuniões com as principais empresas afetadas. Até agora, porém, não há uma proposta concreta na mesa para os geradores com contratos no mercado livre. Até a liquidação de junho, realizada no início de agosto, haviam sido quitados R$ 2,66 bi em valores do GSF que foram repactuados de acordo com as regras da MP 688. O montante representa 87% de todos os valores que aderiram à proposta. O recebimento dos créditos ainda não foi integral, pois alguns agentes pediram o parcelamento do que era devido. Até agora, 39 agentes já quitaram o valor repactuado, e outros 17 pagam em parcelas. A liquidação das operações do mercado de curto prazo de julho acontecerá na terça-feira. Como as liminares referentes aos contratos do mercado livre estão mantidas, a operação deve manter um montante em aberto de mais de R$ 1 bi. (Valor Econômico – 02.09.2016)

<topo>

2 Indenização a empresas de transmissão de energia custará R$ 52 bi ao consumidor

O pagamento das indenizações às transmissoras de energia por investimentos não amortizados em ativos antigos que tiveram a concessão renovada, aprovado este ano pelo MME, terá custo ao consumidor de R$ 52 bi pelos próximos oito anos, com impacto tarifário de 5%, projeta a Abrace. Segundo a gerente de energia da instituição, Camila Schoti, o percentual é mais que o dobro do inicialmente estimado pela Aneel, de aumento tarifário de apenas 2%. De acordo com a Abrace, o salto do custo se deve à portaria 120, de abril. A Lei 12.783/2013 indicou que o valor de indenização a ser pago em 2012 (estimado em R$ 24,3 bi) seria atualizado pelo IPCA. A portaria, porém, determinou, além da atualização, a "remuneração" dos valores. Com isso, o montante seria reajustado à taxa média de 18,6% ao ano até junho de 2017, quando começarão os pagamentos. Essa mudança significa custo financeiro adicional de R$ 28 bi, totalizando os cerca de R$ 52 bi previstos. Nessa linha, a entidade estima que a RAP das transmissoras cobrada do consumidor sairá do valor de R$ 3,4 bi atuais para quase R$ 14 bi no próximo ano. A estratégia da Abrace é contestar a mudança durante o processo de audiência pública que será aberto pela Aneel para regulamentar o modelo de remuneração das indenizações. A Abrace ainda está calculando o valor de pagamento mais adequado e que será apresentado à Aneel. O principal contemplado com o pagamento das indenizações será o grupo Eletrobras, que tem cerca de R$ 20 bi a receber. Ao reconhecer o valor, a estatal reportou lucro líquido de R$ 12,7 bi no segundo trimestre. As outras empresas contempladas são Celg-GT, Copel, Cemig-GT, CTEEP e CEEE-GT. O ministério informou que não compete à pasta indicar os valores da remuneração. Na prática, a portaria define a incorporação de ativos não indenizados à tarifa dos consumidores de energia. A remuneração, porém, não se dará por meio de indenizações propriamente ditas, mas por reincorporação da remuneração dos ativos, pois a remuneração será pela conta de luz. A Abrace também questiona a falta de isonomia no tratamento dado aos consumidores e às geradoras, que também se beneficiaram com custo mais baixo das transmissoras cujas concessões foram renovadas. (Valor Econômico – 02.09.2016)

<topo>

3 Governo vai debater ampliação do mercado livre de energia

O governo abriu um debate para avaliar a viabilidade de migração maciça dos consumidores de energia elétrica no país para o mercado livre, conforme O GLOBO antecipou no mês passado. Os integrantes do CMSE deverão avaliar propostas nesse sentido nos próximos dez dias e, depois disso, apresentarão uma consulta pública à sociedade sobre o tema. O mercado livre de energia é aquele no qual o consumidor escolhe de quem compra e pode negociar o preço e a duração do contrato. Atualmente, apenas consumidores de grande porte — com contratos de 500 kW a 3 mil kW, uma fatura de R$ 60 mil a R$ 300 mil mensais—, como indústrias e shopping centers, podem optar pelo seu fornecedor de energia elétrica e por contratos que assegurem preços no longo prazo. Os demais consumidores, inclusive residenciais, são obrigados a contratar da única distribuidora que tenha a concessão de sua região e a pagar a tarifa definida pela Aneel. O ministério vê com bons olhos a expansão do mercado livre, mas há dúvidas técnicas quanto às suas implicações para o sistema elétrico se isso ocorrer de forma maciça, uma vez que isso poderia comprometer o modelo de expansão das unidades geradoras e colocar em xeque a situação financeira das distribuidoras. Por isso, a decisão de ouvir a sociedade, inclusive os lobbies favoráveis e contra a tese. (O Globo – 01.09.2016)

<topo>

4 Desafio do avanço

No dia 01 de setembro, durante reunião do CMSE em Brasília, integrantes do ministério apresentaram ao grupo, que reúne também agência reguladora e demais entidades do setor, questões preliminares para a expansão do mercado livre, “de maneira a gerar os almejados benefícios para o setor elétrico e, principalmente, para a sociedade brasileira, como um veículo de empoderamento dos consumidores e de estímulo à eficiência e à inovação”. Como desafios para o avanço do mercado livre, o MME apontou, segundo nota oficial a respeito dos temas tratados na reunião do CMSE, o modo como esclarecer o consumidor sobre o funcionamento do mercado livre, seus benefícios e os riscos envolvidos; e como promover um crescimento do mercado livre que contribua com a redução de subsídios. A consulta pública vai envolver também o aperfeiçoamento da governança dos modelos computacionais do setor. A reunião também tornou oficial a nova previsão do governo para expansão do consumo de energia elétrica de 2016 a 2020, em 4% ao ano. A avaliação foi feita a partir dos resultados dos últimos dois anos. Não há nenhuma previsão de déficit de energia no país neste ano. (O Globo – 01.09.2016)

<topo>

5 Polêmica Portaria nº 455 pode ser revogada em breve, diz MME

A Portaria nº 455/2012 pode ser revogada em breve, informou, em 1º de setembro, o CMSE, em nota divulgada após reunião do colegiado, presidida pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. A portaria sempre foi criticada por muitos agentes, mas principalmente pelas comercializadoras. Eles questionam o fato de que as alterações se quer foram previamente discutidas com o mercado. Para os agentes, as alterações só aumentavam a burocracia e os riscos do negócio. O resultado foi a judicialização da Portaria, que agora o governo do presidente Michel Temer procura cancelar. Outra medida controversa que o governo pretende revogar é a Resolução do CNPE n° 3/2013. Também alvo de ações judicias por parte dos agentes, a Resolução CNPE n° 3/2013 estabelece novas diretrizes para a internalização de mecanismos de aversão a risco nos programas computacionais para estudos energéticos e formação de preço. A parte polêmica, porém, foi a inclusão de um artigo que determinada a divisão do custo adicional com a geração térmica acionada por segurança energética. O rateiro do ESS-SE “entre todos os agentes” gerou uma ação inicial da Abrace, depois seguida por outras entidades de classe. Os associados se recusavam a assumir um custo, que até então era pago pelos consumidores do mercado cativo. A revogação da resolução, porém, não depende do MME, mas sim do CNPE. Em entrevistas recentes, o secretário-executivo do MME, Paulo Pedrosa, que também foi presidente da Abrace por muitos anos, já havia sinalizado que essas duas medidas seriam alvo de reavaliação por parte do governo. O objetivo é desjudicializar o setor elétrico. (Agência CanalEnergia – 01.09.2016)

<topo>

6 Aneel divulga lista de empresas interessadas em executar Projeto sobre armazenamento de energia

Cerca de 100 empresas do setor elétrico demonstraram interesse em financiar e executar projetos na Chamada de Projetos de P&D Estratégico nº 21/2016 - "Arranjos Técnicos e Comerciais para a Inserção de Sistemas de Armazenamento de Energia no Setor Elétrico Brasileiro". Essas empresas, individual ou cooperativamente, tem até o dia 22 de dezembro para enviar à Aneel suas propostas de projeto. Entidades executoras interessadas, a exemplo de Universidades, Institutos de Ciência e Tecnologia, fabricantes de equipamentos e empresas de consultoria, bem como outras empresas que têm a obrigação legal de investir em projetos de P&D regulados pela ANEEL e que ainda não se manifestaram perante a Agência, deverão entrar em contato com as empresas relacionadas na lista para firmar parcerias e propostas de pesquisa. A Chamada de Projeto Estratégico de P&D visa a proposição de sistemas de armazenamento de energia de forma integrada e sustentável, buscando criar condições para o desenvolvimento de base tecnológica e infraestrutura de produção nacional. (Aneel – 01.09.2016)

<topo>

7 Aneel comenta sobre novas tecnologias no setor elétrico

O diretor da Aneel, Tiago de Barros, comentou sobre as novas tecnologias que provocarão grandes mudanças no setor elétrico: geração distribuída, smart grid, veículos elétricos e armazenamento de energia. A Aneel, segundo ele, deu passos em todas as frentes. Com o armazenamento, existe a chamada de P&D estratégico e no caso dos veículos elétricos uma consulta pública foi aberta. Os demais temas já foram objeto de discussões na agência. No caso dos veículos elétricos, Barros afirma que essa será uma tecnologia que vai entrar nos mercados e que a regulamentação precisa acompanhar. A Aneel ainda não tem um estudo sobre qual será o impacto na rede causado pelos veículos elétricos, mas a Superintendência de Regulação da Distribuição deverá fazer essa análise para colocar o tema em audiência pública. "Eu diria que 99% dos carros em 2040 serão elétricos. Eles são mais simples de fazer e montar, mas o custo da bateria ainda é alto. No entanto, ele vem caindo cerca de 25% ao ano", apontou. Lilian Alves, chefe para a América Latina da Bloomberg New Energy Finance, é um pouco mais conservadora. Ela acredita que 35% de todos os veículos serão elétricos até 2040, o que já corresponderia a cerca de 40 milhões de veículos. Entretanto, o diretor da Aneel alerta que além de uma mudança na regulamentação, é preciso uma alteração legal, pois hoje não é permitida a comercialização de energia elétrica para abastecimento automotivo. "Posso abastecer na minha casa, no trabalho, mas não pode ter uma rede de abastecimento", comenta. (Agência CanalEnergia – 01.09.2016)

<topo>

8 BNDES quer maior participação dos bancos comerciais nos financiamentos de longo prazo

O BNDES passa um momento de transição. O banco, segundo Lígia Chagas, chefe do Departamento de Energias Alternativas do BNDES, está revendo suas políticas operacionais como um todo, tentando atrair mais capital privado para financiar os projetos de longo prazo. Ela explica que o BNDES seria o âncora, enquanto os outros bancos seriam co-financiadores. Atualmente, os bancos comerciais já tem uma participação importante nas operações de crédito, principalmente através dos empréstimos-pontes e na prestação das garantias financeiras exigidas pelo BNDES na fase de construção e nos primeiros anos de operação dos projetos. "O que está acontecendo nas discussões agora é como os bancos conseguem participar do financiamento de longo prazo", comentou Edson Ogawa, chefe de Energia da Divisão de Project Finance do Santander. Segundo ele, é possível os bancos participarem dessa operação, mas isso precisa ser feito de uma forma planejada é organizada. Hoje, no Brasil, existem cerca de 4 ou 5 bancos que poderiam fazer esse repasse junto ao BNDES, mas o custo do financiamento seria acima do que é praticado hoje pelo banco de fomento. Por isso, as regras tem que ser colocadas para o empreendedor antes dos leilões, para que isso seja precificado na tarifa. "Isso altera o custo do financiamento independente da participação dos recursos do BNDES, porque nosso custo vai ser superior que os do BNDES. Isso tem impacto para o empreendedor, que já está arcando com um custo de financiamento maior por conta do empréstimo-ponte mais caro, e TJLP mais alta, que passou de 5% para 7,5%", declarou o executivo. Lígia, do BNDES, afirma, no entanto, que mesmo com as mudanças no banco, as condições estabelecidas para os leilões que já aconteceram seriam mantidas. Marcelo Girão, chefe da Divisão de Project Finance do Itaú BBA, avalia que existe espaço para os bancos darem esse apoio ao BNDES, mas será necessário ser mais rígido nas operações devido ao momento de incerteza pelo qual passa o mercado brasileiro. Para Carla Cardilo, superintendente Financeira da CPFL Renováveis, a entrada dos bancos comerciais vai encarecer a dívida. "Então, tem que ter um ajuste ou melhora nos preços dos leilões", analisou a executiva. (Agência CanalEnergia – 01.09.2016)


<topo>

9 MME discute revisão de modelos computacionais utilizados pelo setor

Nos próximos dias, o MME deve abrir uma consulta pública para recebimento de contribuições para o aperfeiçoamento da governança dos modelos computacionais do setor. A decisão foi comunicada em 1º de setembro, após reunião ordinária do CMSE, presidida pelo ministro Fernando Coelho. "O MME relatou sobre o andamento dos trabalhos do Grupo de Trabalho 'Governança dos Modelos Computacionais', no âmbito da CPAMP. Informou que deve ser aberta consulta pública nos próximos dias para o recebimento de contribuições para aperfeiçoamento da minuta de Resolução CNPE relativa à definição de critérios e ritos para alteração dos dados de entrada, parâmetros e metodologias da cadeia de modelos de otimização energética e de formação de preço no setor de energia elétrica", segundo nota do CMSE emitida após a reunião. (Agência CanalEnergia – 01.09.2016)

<topo>

 

Empresas

1 Mercado espera 'arrumação' no setor elétrico

Com a definição do processo de impeachment, o mercado de energia elétrica espera agora que o novo governo do presidente Temer faça uma "arrumação" no setor, que até hoje tenta se recuperar da forte intervenção estatal, caracterizada principalmente pela MP 579, da Renovação da Concessões. Virada a página política, empresários e especialistas esperam que o governo eleve a remuneração e busque novas alternativas de financiamento para as concessões que serão leiloadas a partir de agora. Apenas para este ano estão previstos três leilões, sendo um de transmissão e dois de geração. "Definido o governo, com certeza vai melhorar muito a atratividade de vendas de concessões e privatizações que provavelmente vão acontecer no final deste ano ou no ano que vem", avalia Tiago Figueiró, advogado especialista em energia do escritório Veirano Advogados. "Eles [governo] precisam tornar os leilões atrativos", completou. Segundo o executivo de uma empresa de geração, que pediu para não ser identificado, a interferência do governo no setor elétrico tende a diminuir. "O novo ministro está muito preocupado em criar um ambiente pró-mercado, sanando as empresas públicas e trazendo mais investidores. Os 'players' privados devem assumir um papel importante." Para o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales, é preciso que o governo aumente a receita e a taxa de remuneração dos projetos leiloados. Segundo ele, em relação ao edital do leilão de transmissão que foi adiado recentemente, a relação entre o teto da RAP e o investimento previsto era menor do que a do leilão anterior. Na avaliação de Britaldo Soares, ex-presidente do grupo AES Brasil, o fator principal será garantir um marco regulatório estável para o setor. Além disso, o governo terá que balancear a qualidade do serviço com os investimentos necessários na geração de energia, para ampliar a capacidade do país quando a economia tiver uma retomada. "Para isso, será preciso trabalhar as fontes de financiamento do setor", diz. Os investidores no setor elétrico vão precisar de fontes de financiamento adicionais ao BNDES, diz Soares. "Outro ponto que precisa ser pensado é como viabilizar financiamento de longo prazo que não seja o BNDES", afirma. (Valor Econômico – 02.09.2016)

<topo>

2 GESEL: BNDES terá de reduzir o volume de empréstimos e aumentar as taxas de juros, obrigando os empreendedores a buscar fontes no mercado

A opinião [de que investidores no setor elétrico vão precisar de fontes de financiamento adicionais ao BNDES] é compartilhada por Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da UFRJ. "Em função das decisões do Ministério da Fazenda, o BNDES terá de reduzir o volume de empréstimos e aumentar as taxas de juros, obrigando os empreendedores a buscar fontes no mercado de capitais e no mercado financeiro, aumentando assim os custos do financiamento", diz o especialista. Apesar de concordar com essa perspectiva, o presidente no Brasil da Vestas, Rogério Zampronha, ressalta que é preciso haver um mecanismo de transição do modelo de financiamento quase exclusivo do BNDES para um sistema em que os projetos serão financiados pelo mercado financeiro. (Valor Econômico – 02.09.2016)

<topo>

3 Chineses podem investir mais de R$ 15 bi

Nove contratos de investimentos de empresas chinesas no Brasil, que superam o equivalente a R$ 15 bi, serão assinados hoje, em Xangai, no encerramento de seminário econômico que terá a participação do presidente Michel Temer. Segundo fontes próximas das discussões, os contratos envolvem os setores siderúrgico, elétrico e logística do agronegócio. Um desses investimentos é um contrato de serviços entre o governo do Maranhão e a CBSTEEL, no valor de US$ 3 bi. O plano é avançar em investimentos no Estado em setores como energia e siderurgia. Além disso, o banco Haitong anunciará a criação de um fundo voltado para a logística do agronegócio no Brasil, no valor de US$ 1 bi. A Embraer, por sua vez, fechou a encomenda de mais quatro aviões, além da confirmação formal do governo chinês da compra de 18 aeronaves. Estava prevista a assinatura de alguns contratos já anunciados, como a compra de 23% das ações da CPFL pela State Grid . O negócio, quando foi anunciado este ano, foi estimado em R$ 5,85 bi. Também está programada a assinatura de um acordo para investimentos no porto de São Luís, no Maranhão, entre a CCCC e o grupo WTorre. Os chineses entram com participação no Terminal de Uso Privado de São Luís, projeto da WPR. O tamanho do interesse dos chineses na infraestrutura brasileira ficou mais claro no ano passado. Em novembro de 2015, por exemplo, a CTG arrematou as usinas Ilha Solteira e Jupiá. Com as duas usinas o governo arrecadou R$ 13 bi dentro do total de R$ 17 bi em bonificações de outorga de todo o leilão. Os dados da Rede Nacional de Informações sobre o Investimento (Renai), órgão ligado ao Mdic), também mostram o interesse da China na infraestrutura de energia. Segundo os dados do órgão, em 2015 os investimentos totais anunciados pelos chineses somaram US$ 2,08 bi, o que significa elevação de 8,3% em relação divulgado no ano anterior. Dentre os investimentos anunciados no segundo semestre do ano passado e levantados pela Renai, o de maior destaque fica por conta dos US$ 854,7 mi relacionados a um projeto em conjunto da gaúcha Ouro Negro Energia com a Power China Sepco, relativo a uma usina termelétrica em Pedras Altas, no Rio Grande do Sul, projeto que deve ser concluído em 2020. (Valor Econômico – 02.09.2016)

<topo>

4 Brasil e China assinam acordos de investimentos estimados em R$ 10 bi

Acordos de investimentos da China no Brasil foram assinados em Xangai nesta sexta-feira, na presença do presidente Michel Temer ao final de seminário empresarial em Xangai. Foi assinado um contrato de serviços no valor de US$ 3 bi, entre o governo do Brasil e a empresa CBSteel, para a construção de projetos siderúrgicos no municipio de Bacabeira (MA). A iniciativa poderá gerar até cinco mil empregos e, na primeira fase de sua operação, deverá produzir três milhões de toneladas de aço. Também foi assinado acordo entre a China Communication and Construction Company Internacional (CCCC) e o grupo WPR, para investimento no terminal multicargas de uso privado em São Luis (MA). O investimento total na primeira fase será de R$ 1,5 bi. O terminal terá capacidade instalada de 14 milhões de toneladas/ano para grãos, 3 milhões de toneladas/ano para celulose, 3,5 milhões de toneladas/ano para fertilizantes e 3,6 milhões de toneladas/ano para líquidos. Foi ratificada também a proposta da State Grid de aquisição de participação de 23% na CPFL, distribuidor de energia do Brasil, controlada pela Camargo Correa. O valor do negócio é estimado em R$ 5,85 bi. Um acordo de parceria entre o Banco Modal e a CCCC, por sua vez, estabelece que o banco brasileiro será o assessor exclusivo da companhia chinesa envolvendo projetos e investimentos em infraestrutura no Brasil. A aquisição de 50,1% da Rio Bravo Investimentos pelo grupo Fosun tambem foi assinada. Nove contratos de investimentos de empresas chinesas no Brasil, superando os R$ 10 bi, deverão ser assinados nesta sexta-feira em Xangai, segundo fontes diplomáticas, dos quais uma parte parece ser de negócios já anunciados. Em todo caso, os investimentos a serem formalizados no seminário econômico, que deve ser encerrado pelo presidente Michel Temer, ilustram como uma parte central na agenda futura Brasil-China será ocupada por negócios na área de infraestrutura. Temer deve reiterar nesta sexta-feira junto ao presidente Xi Jinping o interesse pela participação chinesa nas concessões. Fontes brasileiras falam de uma “nova janela” de investimentos, com novos protagonistas privados buscando parcerias com empresas no Brasil. “As relações bilaterais ganham novos galhos onde antes havia apenas o tronco”, diz um negociador . (Valor Econômico – 02.09.2016)

<topo>

5 Agência americana aplicará R$ 4,2 milhões em projetos na Cemig

A Cemig firmou parceria com a agência de comércio e desenvolvimento do governo dos Estados Unidos, para o investimento de R$ 4,2 mi em projetos de energia renováveis e de telecomunicação. O primeiro projeto envolve estudos que auxiliarão no fluxo de energia renovável e de outros recursos de geração distribuída na rede da Cemig. O outro prevê a elaboração de um plano para expansão dos sistemas de telecomunicação operativas que atendem às subsidiárias Cemig Distribuição e Cemig Geração e Transmissão. A Cemig será beneficiada com os produtos dos projetos e fará a análise e aprovação dos resultados apresentados pelas empresas responsáveis. As pesquisas sob geração distribuída serão conduzidas pela empresa nova-iorquina Virinda. A companhia responsável pelo plano de telecomunicações será definida por meio de processo licitatório nos Estados Unidos. (Valor Econômico – 01.09.2016)

<topo>

6 Calote das distribuidoras preocupa CCEE

A inadimplência de algumas distribuidoras de energia em relação aos montantes liquidados nas operações do mercado de curto prazo é outra preocupação relevante para a CCEE. "A inadimplência das distribuidoras está num volume bem significativo", disse Rui Altieri, presidente do conselho da câmara. Na liquidação das operações de junho, ficou um montante aberto de R$ 430 mi. Grande parte dele reflete os créditos não pagos pelas empresas. Segundo Altieri, o principal ponto de atuação nesse sentido é tentar chegar a uma solução com os controladores das distribuidoras e com a Aneel. Os dados mais recentes disponíveis no site da CCEE mostram que estão inadimplentes as distribuidoras Amazonas Energia, Cepisa e Eletroacre, subsidiárias da Eletrobras, além da estadual do Amapá CEA. Já as empresas Ceron, Ceal ambas também do Grupo Eletrobras - e Ampla estão "em monitoramento". Fora da alçada da CCEE, algumas das empresas estão inadimplentes também em contratos bilaterais, referentes aos leilões. Muitas dessas empresas têm créditos a receber de fundos setoriais como a CDE. No entanto, por estarem inadimplentes, deixam de receber as quantias a que teriam direito, que usariam para quitar as dívidas. "Estamos tentando construir uma alternativa que de um conforto legal para destravar os créditos", disse Altieri. (Valor Econômico – 02.09.2016)

<topo>

7 Caducidade de linhas da Abengoa em construção é quase certa

A situação das linhas de transmissão da Abengoa não deve ter reversão no horizonte, de modo que a caducidade é considerada inevitável, segundo fontes a par do assunto. A caducidade das concessões das linhas em implantação da espanhola em dificuldades é tida como certa. Na Aneel, o processo já teve início. Nos bastidores do mercado, ainda havia uma esperança de que os ativos fossem vendidos - chineses como a State Grid eram tidos como os principais candidatos. A Abengoa tem aproximadamente 4 mil quilômetros de linhas de transmissão já construídas - essas devem ser vendidas sem problemas - e outros 6 mil km que ainda estão em processo de implantação, entre as quais a que conecta a hidrelétrica de Belo Monte ao Nordeste brasileiro. Um dos impasses ainda sobre a mesa é a questão da indenização dos investimentos já realizados. A avaliação é que o processo de caducidade deve parar na Justiça. (Agência Brasil Energia – 01.09.2016)

<topo>

8 Copel é eleita a melhor distribuidora da América Latina

A Copel foi eleita a melhor distribuidora de energia da América Latina na opinião dos clientes, em premiação promovida pela Cier. Esta é a quarta vez nos últimos seis anos que a companhia é congratulada com o primeiro lugar (2011, 2012, 2014 e 2016). Além disso, a empresa também ocupou lugar de destaque em 2013 e 2015, ficando em terceiro e segundo lugares, respectivamente. A Copel também foi reconhecida pelo cliente como benchmark em honestidade, condições de trabalho e referência em levar energia às regiões que atende. "Com esse prêmio, a companhia - que já havia sido eleita a melhor distribuidora do Brasil na opinião dos clientes em evento promovido pela Abradee - confirma que o engajamento em melhorar a qualidade do atendimento e do fornecimento de energia, tem proporcionado um ótimo resultado aos consumidores do Paraná", destaca a empresa. (Agência CanalEnergia – 01.09.2016)

<topo>

9 Cemar estuda emissão de R$ 200 milhões em debêntures

A concessionária maranhense Cemar, do grupo Equatorial, submeteu à Anbima pedido de análise prévia para registro de oferta pública, inicialmente, de 200 mil debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em até duas séries, com valor unitário de R$ 1 mil cada, perfazendo o montante inicial de R$ 200 mi. Dependendo da demanda, debêntures adicionais poderão ser emitidas. A companhia informou que manterá o mercado e seus acionistas informados sobre o desenvolvimento da oferta, segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários na última quarta-feira, 31 de agosto. (Agência CanalEnergia – 01.09.2016)

<topo>

10 Furnas investirá R$ 621 milhões na transmissão de Itaipu

Furnas informou que irá investir R$ 621 mi, até 2019, no sistema de transmissão da hidrelétrica de Itaipu (14.000 MW), no Paraná. Segundo a companhia, este valor corresponde a 30% dos R$ 2 bi que a empresa destina ao Plano Geral de Empreendimentos de Transmissão em Instalações em Operação (PGET), criado para a condução simultânea e integrada de reforços e melhorias em suas instalações em operação. De acordo com o superintendente do Escritório de Projetos de Furnas, Luiz Antônio Buonomo de Pinho, o alto investimento no sistema de Itaipu se justifica, dada sua importância estratégica no abastecimento do Brasil. “As instalações de transmissão de Furnas são responsáveis por injetar até 14 mil MW de potência produzidos pela usina de Itaipu no SIN, transmitidos através de três circuitos em 765 kV, em corrente alternada, e de dois circuitos de 600 kV, em corrente contínua”, diz ele. As subestações de Foz do Iguaçu e Ivaiporã, no Paraná; e Itaberá, Tijuco Preto e Ibiúna, em São Paulo, vão receber 212 novos equipamentos, entre transformadores (11), disjuntores (26), chaves seccionadoras (76), transformadores de instrumentos (27) e para-raios (59), aperfeiçoando, ainda mais, o sistema de transmissão de Itaipu. (Agência CanalEnergia – 01.09.2016)

<topo>

11 Cemig tem mudança na diretoria executiva

O Conselho de Administração da Cemig aprovou na última quarta-feira, 31 de agosto, mudanças na diretoria-executiva da companhia. Com a renúncia de Luís Fernando Paroli Santos ao cargo interino de diretor de Gestão Empresarial e a destituição do diretor vice-presidente, Mateus de Moura Lima Gomes, e do diretor de Distribuição e Comercialização, Ricardo José Charbel, houve o remanejamento do executivo Evandro Vasconcelos da diretoria Comercial para a diretoria de Distribuição e Comercialização. Além disso, foram eleitos Dimas Costa para diretor Comercial e Paulo Roberto Castellari Porchia para a vice-presidência. A Cemig informou que o diretor de Gestão Empresarial será eleito oportunamente. Sendo assim, a diretoria executiva da Cemig ficou assim constituída: diretor-presidente: Mauro Borges Lemos; diretor vice-presidente: Paulo Roberto Castellari Porchia; diretor Comercial: Dimas Costa; diretor de Desenvolvimento de Negócios: César Vaz de Melo Fernandes; diretor de Distribuição e Comercialização: Evandro Leite Vasconcelos; Diretor de Finanças e Relações com Investidores: Fabiano Maia Pereira; diretor de Geração e Transmissão: Franklin Moreira Gonçalves; diretor de Gestão Empresarial: vago; diretor de Relações e Recursos Humanos: Márcio Lúcio Serrano; diretor de Relações Institucionais e Comunicação: Luís Fernando Paroli Santos; e diretor Jurídico: Raul Lycurgo Leite. As informações constam em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários. (Agência CanalEnergia – 01.09.2016)

<topo>

12 RME avança no processo de incorporação da Redendor

A Rio Minas e Energia aprovou na última quarta-feira, 31 de agosto, a incorporação da Redendor Energia. Segundo o comunicado enviado à CVM, o próximo passo é realizar os procedimentos para o arquivamento e a publicação do ato de incorporação, visando a extinção da Redentor para todos os fins de direito. A empresa informa que manterá os seus acionistas e o mercado devidamente informados sobre atualizações relacionadas ao tema. RME é acionista da Light e controlada pela Redentor Energia. (Agência CanalEnergia – 01.09.2016)

<topo>

13 CTG olha Santo Antonio

A CTG e a Brookfield apresentaram ofertas para comprar o controle da Santo Antonio Energia, apurou a Bloomberg. Segundo fontes, o acordo pode chegar a até R$ 10 bi, dependendo da fatia a ser vendida. A usina tem como acionistas Furnas (39%), Cemig (10%), Andrade Gutierrez (12,4%), Odebrecht (18,6%) e Caixa FIP Amazonia Energia (20%). Esta última tem como acionistas a Odebrecht, com 50,1%, e o FGTS, com 49,9%. (Valor Econômico – 02.09.2016)

<topo>

 

Leilões

1 Leilão de transmissão já atrai mais interessados

O segundo leilão de transmissão deste ano deve atrair pelo menos quatro investidores a mais do que a quantidade de inscritos antes do adiamento da concorrência, segundo fontes a par do assunto. As condições do leilão foram revistas para elevar a atratividade do investimento - de uma taxa interna de retorno de 5% para 9,3% - o que já despertou respostas de empresas interessadas. O êxito do leilão é visto como crucial para o setor, que enfrenta sérios gargalos de escoamento de energia, após uma série de concorrências frustradas no ano passado e de um primeiro leilão que vendeu metade dos lotes ofertados neste ano. O governo vinha negociando, em média, 50% das obras ofertadas e a expectativa é de que com as novas condições consiga licitar cerca de 80% dos lotes. (Agência Brasil Energia – 01.09.2016)

<topo>

2 Aneel: leilão de LTs poderá contar com novos players e regresso de investidores que estavam ausentes

O diretor da Aneel, Tiago de Barros, está otimista com o resultado do próximo leilão de transmissão, que foi adiado para o dia 28 de outubro. Ele contou que o adiamento deve ser entendido como um tempo adicional para que mais agentes entrem na disputa. "Acredito que players que estavam ausentes em outros leilões vão regressar e talvez já seja possível a entrada de um ou dois players novos no Brasil", comentou o diretor. Segundo Barros, deve haver uma melhora nas condições de proposta e o volume contratado deverá ser muito acima do que tem sido nos últimos anos. "As condições em relação a 2015 já são muito melhores em termos de prazo e de remuneração. Vão ficar melhores um pouquinho. Mas não adianta melhorar e não dar tempo para que os interessados estudem os projetos, avaliem os riscos e realizem as propostas. Por isso que esse leilão acabou sendo estendido um pouco mais. A gente identificou que haveria novos entrantes com interesse, mas que eles precisavam de alguns dias a mais. Um mês a mais não tem problema", declarou o diretor da Aneel. (Agência CanalEnergia – 01.09.2016)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS descarta falta de energia no Nordeste, apesar da pouca chuva na região

O ONS informou hoje (1º), em reunião do CMSE, que não há risco de faltar energia no Nordeste, mesmo com os baixos níveis de armazenamento na Bacia do Rio São Francisco, problema causado pela falta de chuvas na região. Segundo o ONS, as demais alternativas oferecidas pelo SIN garantem o suprimento de energia na região. Mesmo assim, o comitê informou que a Chesf já pediu a redução do volume de água que sai da Usina Hidrelétrica de Sobradinho, na Bahia, em direção ao rio. O pedido para reduzir a vazão dos atuais 800 m³/s para 700 m³/s foi feito à ANA e ao Ibama, que estão avaliando a questão. O MME também encaminhou o tema análise na Casa Civil “dado seu caráter interministerial”. A redução é necessária para que o volume de água na barragem não chegue a 0, o que prejudicaria a geração de energia na região. No entanto, a redução pode prejudicar a captação de água para a população, além de outras questões como a irrigação e a navegabilidade do rio. “Apesar de não haver riscos para o abastecimento energético, o setor elétrico vem utilizando seu arcabouço técnico sobre a hidrologia para sugerir aos órgãos competentes ações de gestão dos recursos hídricos armazenados nas usinas hidrelétricas, devido ao impacto que a situação pode causar no abastecimento de água”, explicou o CMSE, em nota, após reunião realizada em Brasília. Atualmente, o reservatório de Sobradinho está em 14,6% de sua capacidade máxima de armazenamento, mas a expectativa do ONS é que o nível chegue a 4,5% no fim de novembro. Durante a reunião, o MME apresentou os resultados da operação do sistema elétrico durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. “As medidas operativas e de segurança no fornecimento de energia foram exitosas, não havendo ocorrência no sistema elétrico que afetasse as competições e o fornecimento de energia às instalações olímpicas”, diz a nota do comitê. A EPE apresentou a expectativa de crescimento do consumo total de eletricidade para o período entre 2016 e 2020, que está estimada em 4% ao ano. (Agência Brasil – 01.09.2016)

<topo>

2 No Sudeste, preço para contratos de energia tem queda de 20%

O preço de referência para contratos de energia elétrica despencou 20,36% nesta semana, passando de R$ 176,21/MWh para R$ 140,34/MWh. O índice trimestral, para o período de setembro a novembro, é referente ao submercado SE/CO e segue em linha com o valor do PLD. Na comparação com o mês passado, o valor subiu 14,36%, aumento mais tímido do que aquele registrado na semana anterior, e, em relação ao mesmo período do ano passado, houve queda de 28,15%. Os dados são da consultoria Dcide, divulgados na quarta-feira (31/8) no Boletim Semanal da Curva Forward. Já para o indicador de longo prazo, que compreende o período de 2017 a 2020, houve redução do preço semanal, de 0,83%, para R$ 158,37/MWh. Já na base mensal, o índice teve alta de 6,55%. Na base anual, por sua vez, houve baixa de 7,24%. O documento é elaborado a partir de dados de 48 agentes do mercado livre, entre os mais comercialmente ativos, apurados semanalmente pela consultoria. As curvas de preço são validadas por modelo matemático, que elimina distorções, e por comitê. (Agência Brasil Energia – 01.09.2016)

<topo>

3 Geração hidráulica cresce 6,8% em agosto

A CCEE informou que dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 30 de agosto apontam aumento de 6,8% na produção das usinas hidráulicas, incluindo as pequenas centrais hidrelétricas. Os 43.161 MWm entregues ao SIN pela fonte representam 70,5% do total gerado no período (61.202 MWm), índice 4.4 pontos percentuais superior ao registrado em 2015. Segundo a CCEE, a geração eólica registrou 29% de incremento com 4.499 MWm produzidos frente aos 3.482 MWm entregues no ano anterior. Já as térmicas tiveram queda de 21,5% no desempenho na comparação com agosto de 2015. A retração ocorre, explicou a CCEE, devido à menor produção das usinas a óleo (-75,5%), a gás (-32,7%) e a carvão mineral (-13%). Ao todo, a geração teve aumento de 0,1% frente ao mesmo período do ano passado. O CCEE também apresentou estimativa de que as hidrelétricas integrantes do MRE gerem, até a quinta semana de agosto, o equivalente a 86,2% de suas garantias físicas, ou 42.953 MWm em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, este percentual foi de 82,4%. (Agência CanalEnergia – 01.09.2016)

<topo>

4 Consumo nacional de energia volta a crescer 1% em 2016, diz CCEE

O consumo de energia elétrica no Brasil cresceu 1% nos primeiros seis meses do ano quando comparado ao mesmo período de 2015. De janeiro a junho, o consumo somou 62.291 MWm, incremento de 546 MWm. O desempenho de 2016 recoloca o consumo de energia no mesmo patamar de 2014, quando foram consumidos 62.369 MWm nos primeiros seis meses, ou seja, apenas 0,1% acima do alcançado este ano. Quando comparado com o primeiro semestre de 2013 é diagnosticado um aumento significativo. Na ocasião, foram 60.044 MWm consumidos, ou seja, 3,7% a menos do montante atual. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 1º de setembro, pela CCEE. A análise mostra ainda a variação nos primeiros semestres no ACR. Em 2016 houve aumento de 1,1% no consumo em relação ao ano anterior e ficou 1,4% superior quando comparado com 2014. Em relação a 2013, os dados da CCEE apontam aumento de 7,4% no consumo de energia. Já no ACL, os números indicam estabilidade no consumo frente ao passado. O montante de energia consumido no primeiro semestre de 2016 foi de 14.949 MWm frente aos 14.929 MWm dos seis primeiros meses do ano passado, ou seja, recuperação de apenas 0,13%. Este total sofre influencia da migração dos consumidores cativos do ACR para o ACL. A análise entre 2014 e 2015 reflete a retração econômica no período com queda de 5% no consumo dos consumidores livres, que passou de 15.696 MWm para 14.929 MWm entre os semestres analisados. (Agência CanalEnergia – 01.09.2016)

<topo>

5 Brasil não corre risco de falta de energia em 2016

O risco de qualquer déficit de energia no Brasil em 2016 é igual a 0,0% para as regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, mesmo com o país enfrentando as piores hidrologias por três anos seguidos. A informação foi divulgada pelo CMSE, que esteve reunido em 1º de setembro, com o objetivo de analisar as condições de atendimento ao sistema elétrico brasileiro. Durante a reunião, o ONS informou que, ao final do mês de agosto, foi verificada EAR de 46,0%, 90,2%, 19,2% e 47,1% nos reservatórios equivalentes dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente. Atendendo a uma deliberação do CMSE, o ONS apresentou análise das séries de vazões das principais bacias hidrográficas do país, do ponto de vista da geração de energia hidrelétrica. Nos três últimos anos verificou-se que a área de redução de vazões abrangeu a maior parte da região Sudeste e de todo o subsistema Nordeste, regiões cuja capacidade de armazenamento somadas correspondem a 86% do total do SIN, e que este triênio foi o mais seco do histórico. Em relação à expansão da geração de energia elétrica no mês de agosto, entraram em operação comercial 1.514 MW de potência, além da ampliação em 300 MVA da capacidade de transformação na Rede Básica. Em 2016, até a data desta reunião, a expansão do sistema totalizou 6.970 MW de capacidade instalada de geração, 3.027 km de linhas de transmissão e conexões de usinas e 8.347 MVA de transformação na Rede Básica. Destaca-se a entrada em operação comercial das três últimas unidades geradoras da UHE Teles Pires, que totalizam 1.092 MW. Com isso, a referida UHE passa a ser a 9ª maior usina hidrelétrica brasileira em termos de capacidade instalada, com um total de 1.820 MW. (Agência CanalEnergia – 01.09.2016)

<topo>

 

Meio Ambiente

1 Justiça Federal suspende operação de Belo Monte

A Justiça Federal atendeu ao pedido do MPF/PA e suspendeu a licença ambiental de operação da hidrelétrica Belo Monte. A decisão, em caráter liminar, foi motivada pelo descumprimento da Norte Energia às condições do licenciamento, que previam que a empresa deveria ter concluído as obras do esgotamento sanitário e abastecimento de água de Altamira em julho de 2014, o que até hoje não fez. A Norte Energia alega que a conexão do sistema de esgotamento sanitário com as residências da cidade deveria ser responsabilidade da prefeitura de Altamira, o que não foi aceito pelo órgão: “o cumprimento da condicionante estava a cargo do empreendedor”, segundo a juíza Maria Carolina Valente do Carmo. Para o procurador da República, Higor Rezende Pessoa, "até o momento, a Norte Energia e o Poder Público ficaram inertes quanto a situação caótica do saneamento básico em Altamira, deixando de adotar as medidas apropriadas para o devido cumprimento da condicionante ambiental". A licença agora fica suspensa até que a implantação do saneamento básico seja totalmente concluída, o que inclui a limpeza e desativação das fossas rudimentares e poços de água, com fornecimento de água potável encanada para todo perímetro urbano da cidade. Em 20 dias, a Norte Energia precisa apresentar o plano emergencial de abastecimento de água potável e o plano técnico operacional com cronograma das obras do sistema de esgoto, sob pena de multa de R$ 20 mil por dia de atraso. O prazo final para conclusão das obras é 30 de setembro. A Norte Energia e a Prefeitura de Altamira também terão que pagar multas se não iniciarem, em 40 dias, uma campanha de educação ambiental com abrangência em toda a cidade, custeada pela dona da hidrelétrica. (Agência Brasil Energia – 01.09.2016)

<topo>

 

Energias Renováveis

1 Mercado eólico pede dolarização de contratos

Encarando um cenário de crédito restrito e caro no mercado interno, agentes do setor de energia eólica flertam com financiamento incentivado externo para estruturar seus projetos. Para viabilizar o acesso a esses empréstimos de forma competitiva, seria necessário precificar ao menos parte dos contratos de venda de energia em dólar, indicam bancos, desenvolvedores e até fabricantes nacionais. A ideia é fugir dos custos altos de operações de proteção cambial. "Se as operações estiverem em reais, há um desafio de hedge. E os custos de financiamento vão para os níveis que já conhecemos no Brasil. Saímos de juros de 5% a 6% ao ano de uma dívida em dólar para 17% em reais. Então, não se consegue aproveitar de fato os ganhos que poderíamos ter com os financiadores lá de fora", avalia o chefe de Energia da área de Project Finance do Santander, Edson Ogawa. A percepção dos agentes é de que há um grande interesse - particularmente em relação às renováveis - por parte de agências de exportação e bancos estrangeiros, que poderiam ser uma fonte alternativa de financiamento. "Temos simpatia pela dolarizaçao da tarifa, que pode atrair mais bancos estrangeiros", afirma o diretor de desenvolvimento de novos negócios da Enel Green Power, Marcio Trannin. A companhia ganhou uma série de contratos em dólar nos leilões mais recentes do México e Chile. No entanto, seria necessário testar a ideia, estabelecendo parcelas dos contratos em dólar e mantendo o restante indexado ao IPCA, por exemplo. "PPA em dólar não é algo de outro mundo. Porém, sim, há riscos... Em situações de alta volatilidade, pode haver impactos sociais e até políticos, então teria que ser um processo suavizado", apontou o chefe de Project Finance para o setor do Itaú BBA, Marcelo Girão, que ressaltou ainda outras alternativas para diversificar o financiamento no país, como fundos de pensão. Para o CEO da Rio Energy, Marcos Meireles, a dolarização poderia ser testada de maneira gradativa. Na avaliação do executivo, isso não afetaria a indústria nacional. (Agência Brasil Energia – 01.09.2016)

<topo>

2 AES estuda possibilidades de aquisições no setor eólico

O grupo AES estuda possibilidade de aquisições no setor eólico. Segundo o presidente da AES Uruguaiana, Ítalo Freitas, a empresa pode negociar tanto a compra de ativos, quanto de empresas. Segundo ele, porém, o valor dos ativos no mercado ainda está acima do que ele acredita ser o preço adequado para fechar negócio. Além dos projetos eólicos e solar fotovoltaicos, Freitas contou que a AES Tietê possui "na prateleira" três projetos de geração termelétrica para incluir em leilões. Cada empreendimento possui cerca de 500 MW de capacidade. Devido à situação de sobreoferta de energia no país hoje, no entanto, o executivo avalia que não haverá espaço para novas termelétricas pelos próximos três ou quatro anos. Questionado se haveria interesse nas térmicas e terminais de regaseificação de GNL ofertados pela Petrobras, o executivo disse não estar olhando para esses ativos. Segundo o diretor de Desenvolvimento de Novas Tecnologias da AES Brasil, Rodrigo D'Elia, há um potencial para o desenvolvimento de projetos de armazenamento de energia no Brasil, a partir de baterias, de 1,5 mil MW até 2020. A AES avalia que entre as diversas funcionalidades da bateria para o Brasil estão o atendimento de ponta da demanda, o escoamento de energia no sistema de transmissão, o atendimento a sistemas isolados e regularização da geração em grande escala de usinas eólicas e solares, cuja produção é intermitente. A ideia da AES é integrar as soluções de armazenamento de energia ao portfólio atual de produtos, por meio de projetos de energia solar fotovoltaica. Segundo Freitas, a empresa pode fornecer um desses produtos até um pacote completo para clientes industriais e comerciais. (Valor Econômico – 02.09.2016)

<topo>

3 GE inaugura três centros de operação e manutenção de parques eólicos

A GE iniciou neste ano as atividades de dois centros de operação e manutenção (O&M) de parques eólicos, no Rio Grande do Sul e em Pernambuco, e vai inaugurar em breve um outro centro, no Piauí. A companhia, que já possuía duas bases do tipo na Bahia e Rio Grande do Norte, ainda pretende construir uma unidade semelhante no Maranhão, em 2017. “Os centros de operação e manutenção sempre seguem o volume [de entregas de pedidos de aerogeradores]. Onde vendemos um cluster novo, eventualmente colocamos um centro de O&M”, afirmou o diretor de vendas da GE Renewable Energy no Brasil, Sergio Souza. A empresa também possui duas fábricas na Bahia, sendo uma de hubs e naceles. A companhia americana, que concluiu no ano passado a aquisição da divisão de energia da francesa Alstom, alcançou em 2016 a marca de 2 mil turbinas eólicas instaladas no Brasil. O país é o terceiro maior mercado de geradores eólicos da GE no mundo, atrás apenas de Estados Unidos e China. “O Brasil responde por cerca de 10% a 15% da demanda mundial [na área de energia eólica] da GE”, explicou Souza. No segundo trimestre, as vendas globais da área de “Renewable” da GE, na qual estão inseridas as turbinas eólicas, alcançaram US$ 2,094 bi, com alta de 28%, em relação a igual período do ano anterior. Quanto ao LER que negociará contratos de fonte eólica, Souza disse que a demanda ideal, para garantir a sustentabilidade da cadeia de fornecedores do setor, seria de 3 GW. No mercado, porém, estima-se que o volume a ser contratado seja bem menor. Questionado sobre o cenário político-econômico do país, Souza explicou que, com a conclusão do processo de impeachment, o mercado deve se acalmar e haverá uma perspectiva favorável de investimento e de retomada do crescimento. “Só o fato de tirar a instabilidade da mesa, já vai dar uma perspectiva de melhora”, completou. (Valor Econômico – 01.09.2016)

<topo>

4 EDP Renováveis começa a construir mais uma eólica no RN este mês

A EDP Renováveis vai iniciar este mês as obras do complexo eólico Jaú (90 MW), no Rio Grande do Norte e em até três meses, começa a construção de Aventura (30 MW). No ano que vem deve começar a implantação de Babilônia (140 MW), na Bahia. Ainda este ano, ela deve participar do leilão de reserva, embora não revele com qual projeto. Sem estabelecer uma meta de capacidade a ser alcançada no país, Renato Volponi, gerente regional da empresa, ressalta que apesar da atuação dela no país ainda ser considerada pequena na comparação com outros mercados em que atua, o ímpeto de crescimento é grande. O executivo não considera a meta de contratação de 3 GW por ano ousada. Segundo Volponi, o valor parece alto devido ao momento do país, já que quando ele estava em franco crescimento, a contratação necessária era de 10 GW por ano. Já com usinas solares em outros países, a EDP Renováveis vislumbra viabilizar projetos dessa fonte no país, mas ainda espera o melhor momento. Volponi compreende as dificuldades que os investidores solares estão enfrentando, devido ao pioneirismo e pelo momento de crise que passa o país. "No momento está complicado para investir em solar", diz. Em março deste ano, a EDP Renováveis colocou em operação o complexo eólico Baixa do Feijão (RN - 120 MW). Ela já possui usinas eólicas em operação na região Sul do país, nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A Gamesa vai fornecer as turbinas para o parque Babilônia e a Wobben será a fornecedora de Aventura e Jaú. Volponi elogiou a volta do Banco do Nordeste do Brasil ao financiamento de usinas eólicas, mas a empresa ainda não formalizou ao banco nenhuma proposta. (Agência CanalEnergia – 01.09.2016)

<topo>

5 Fabricantes de aerogeradores querem demanda anual de 3 GW

Os fabricantes de aerogeradores querem uma contratação anual de 3 GW para a fonte eólica nos próximos leilões. Dos 3 GW pleiteados, cada fabricante ficaria com 500 MW, uma vez que atualmente o país conta com seis fabricantes: Gamesa, Acciona Nordex, GE, Wobben, Vestas e WEG. De acordo com Edgard Corrochano, presidente da Gamesa no Brasil, a meta é necessária para que a produção não sofra interrupções. A Gamesa tem 2 GW em operação e mais 1 GW que serão entregue em até 15 meses. Ainda de acordo com o executivo da Gamesa, o alcance dessa meta aliado a uma melhora na conjuntura seria fundamental para que as fabricantes conseguissem se viabilizar como exportadoras de equipamentos. Países vizinhos como a Argentina, Peru e México vem realizando contratações e os aerogeradores feitos no Brasil não estão conseguindo êxito, em razão dos seus custos. Para Rosana Santos, líder de marketing e produtos da GE Wind, a chegada ao amadurecimento da cadeia, sem qualquer tipo de interrupção nesse processo, vai torná-la apta a exportar os aerogeradores a partir do Brasil. A GE estuda exportar para a Argentina, mas ainda não concluiu os estudos sobre a possibilidade. A GE é uma das líderes do mercado e vem ampliando mais ainda a sua presença no mercado brasileiro desde que adquiriu a parte de equipamentos para energia da francesa Alstom. Reafirmando a aposta no mercado brasileiro, investidores e fabricantes pedem certeza de demanda, por meio da realização de leilões. Para Robert Klein, presidente da Voltalia, não há porque a fonte não ser contratada no país, já que os seus preços praticados vêm sendo competitivos. "O que vamos fazer dos projetos se não houver leilão", indaga. Admitindo que aconteceram melhorias no setor nos últimos anos, ele defende os investimentos no setor, lembrando que isso viabilizou equipamentos mais modernos como as turbinas de 3 MW. Outros aspectos ainda permanecem no radar de desafios do setor, como o financiamento de projetos e a transmissão da energia. Para Marcio Trannin, diretor de desenvolvimento da Enel Green Power, lembra que a região Nordeste ainda tem problemas de conexão e que fatos como a falência da transmissora espanhola Abengoa são possíveis de acontecer, mas não podem acabar impactando nos agentes de geração. (Agência CanalEnergia – 01.09.2016)

<topo>

6 Odebrecht Agro quer exportar mais bioeletricidade

O braço sucroenergético do Grupo Odebrecht prevê exportar 2.240 GWh para o SIN, no período compreendido entre abril deste ano a março de 2017, contra 2.121 GWh cogerados na safra passada (2015/2016). Isso vai ser possível, segundo a empresa, também por conta do aumento do montante de cana moída que deve passar de 29,3 milhões de toneladas para 31 milhões de toneladas na safra 2016/2017. A capacidade total é de 36 milhões de toneladas de cana, sendo que a cogeração alcança 3,1 mil GWh, com parcela da autoprodução consumida nos próprios processos industriais. O ganho de desempenho planejado para as nove usinas da companhia, distribuídas entre quatro polos localizados em São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, é menor do que o obtido entre as safras de 2014/2015 e 2015/2016, quando a produção saltou de 1.523 GWh para 2.121 GWh. O volume de bioeletricidade entregue no período 2015/2016, seja em contratos ao mercado regulado e no mercado livre, foi suficiente para atendimento dos compromissos firmados, com retorno financeiro significativo – embora não revelado – do aproveitamento dos preços spot, ainda elevados em 2015, devido à estiagem no Sudeste/Centro-Oeste que prejudicou a geração nas hidrelétricas. (Agência Brasil Energia – 01.09.2016)

<topo>

7 Aneel autoriza operação de eólica da Omega Energia

A Aneel autorizou a operação comercial da unidade geradora número cinco da usina eólica Testa Branca III, da Omega Energia, localizada no município de Ilha Grande, no Piauí. A agência também permitiu o comissionamento de duas máquinas da térmica Agrapéu, totalizando 21,6 MW, no município de Pompéu, em Minas Gerais. As informações são do Diário Oficial da União desta quarta-feira, 31 de agosto. (Agência CanalEnergia – 01.09.2016)

<topo>

8 EDP Renováveis não vê bom momento para investir em solar

O diretor presidente da EDP Renováveis, Renato Volponi, apontou que a empresa não planeja desenvolver projetos de geração solar no momento, no Brasil. Na visão do executivo, os preços ainda não se mostram atrativos para investimentos pela empresa na geração centralizada da fonte. "Não é o nosso tempo de investir, mas é claro que tudo indica que alguma hora vamos olhar para a fonte. O que falta é acreditarmos que é uma fonte rentável com os preços praticados aqui", declarou Volponi. A empresa possui atualmente em portfólio apenas usinas eólicas, com cerca de 300 MW em operação, entre as quais Baixa do Feijão (120 MW - RN), que entrou em operação recentemente. Entre os projetos previstos, estão Jaú (90 MW - RN) e Aventura (26 MW - RN). (Agência Brasil Energia – 01.09.2016)

<topo>

9 F&S Bioenergia prevê inaugurar em junho usina de etanol de milho

A F&S Bioenergia espera concluir em junho de 2017 a construção de sua primeira fábrica de etanol produzido exclusivamente a partir de milho com um aporte de R$ 450 milhões. A unidade está sendo construída em Lucas do Rio Verde (MT). A companhia foi criada em 2014 para a construção da fábrica, que inicialmente terá capacidade de produzir 220 milhões de litros do biocombustível. A planta, porém, foi desenhada para que possa ser duplicada “se o mercado permitir”, afirmou Rafael Abud, diretor da F&S Bioenergia, ao Valor. A fábrica terá capacidade de voltar toda sua produção para o etanol anidro como para o hidratado. O objetivo, segundo Abud, é abastecer a demanda por etanol hidratado de Mato Grosso e a demanda por etanol anidro das regiões Norte e Nordeste, que depende da produção do Centro-Sul e eventualmente dos Estados Unidos. “Devemos colocar o etanol de forma competitiva no Nordeste”, avaliou o executivo. A aposta na construção de uma planta de etanol exclusivamente a partir do milho se deve à oferta elevada do grão em Mato Grosso. “Há excesso de produção e os preços do milho ficam sempre depreciados. É uma oportunidade de comparar a preços baixos”, justificou Abud. A planta também terá capacidade de produzir anualmente até 180 mil toneladas de farelo de milho — das quais 120 mil toneladas serão de farelo com alto teor de fibra e 60 mil toneladas de farelo com alto teor de proteína —, além de 6 mil toneladas de óleo de milho. Também serão instaladas caldeiras que permitirão gerar energia elétrica a partir de biomassa. A capacidade de cogeração será de 16 MWh por ano, mas como o processo deve consumir 7 MWh, a capacidade de vender energia ao sistema integrado nacional ficará em 9 MWh, segundo Abreu. A companhia deve utilizar um “mix” de biomassas para produzir energia e está avaliando a utilização de cavaco de madeira, eucalipto, bagaço de cana-de-açúcar, capim e palha de milho. (Valor Econômico – 01.09.2016)

<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 AES negocia produção da usina de Uruguaiana com a Argentina

O grupo AES negocia com a Argentina a possibilidade de fornecer a energia gerada na usina térmica de Uruguaiana, na cidade de mesmo nome no Rio Grande do Sul, ao país vizinho. "Estamos conversando com a Argentina para colocar a térmica para fornecer [energia] para lá", afirmou Ítalo Freitas, presidente da AES Uruguaiana. Segundo Freitas, a ideia é que a usina seja operada com gás natural fornecido pela rede de dutos da Argentina. A energia seria colocada no SIN, que possui conexão com o sistema elétrico argentino, pela estação de Garabi, no Rio Grande do Sul. Ainda não há, porém, previsão para a conclusão do negócio. Na última semana, o diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, contou que o grupo JBS negocia contrato de fornecimento de energia para Argentina, por meio da termelétrica de Cuiabá. Segundo Barata, esse tipo de negociação é importante para aperfeiçoar o modelo de comercialização e a integração entre os países da região. Também presidente da AES Tietê, Freitas disse que a AES Tietê estuda a possibilidade de incluir projetos de fonte eólica e solar no LER que contratará energia das duas tecnologias, no fim do ano. Segundo o executivo, a empresa também avalia oportunidades de fusões e aquisições nos dois segmentos. O objetivo da geradora, segundo ele, é diversificar o risco hidrológico e do mercado livre para a companhia. Todo o parque gerador da AES Tietê é formado por hidrelétricas, que totalizam 2,3 mil MW, e estão contratadas no mercado livre. A ideia é, portanto, buscar outras fontes de energia e, ao mesmo tempo, fechar contratos de compra e venda de energia de longo prazo. (Valor Econômico – 02.09.2016)

<topo>

2 Bolognesi viabiliza parcerias para tirar térmicas do papel

A Bolognesi Energia já desenvolveu parcerias para tirar do papel as duas usinas termelétricas de Rio Grande (RS) e Novo Tempo (PE), negociadas no leilão A-5 de 2014, segundo fonte próxima à empresa. As duas usinas, que juntas totalizam 2,5 GW de capacidade, terão parceiros diferentes, mas devem seguir o mesmo cronograma de obras. O novo cronograma prevê o início da construção das usinas em novembro de 2017 e a entrada em operação em janeiro de 2021. Para isso, a Bolognesi renegociou com as distribuidoras a data prevista para iniciar o fornecimento de energia. Das 38 distribuidoras que contrataram energia dos empreendimentos no leilão, 36 já aceitaram prorrogar a data de janeiro de 2019 para janeiro de 2021. Apenas um detalhe separa os cronogramas das duas usinas: a entrega de GNL. A Shell, fornecedora de GNL da usina, vai antecipar a entrega do energético no terminal de regaseificação de Rio Grande, cuja implantação será concluída em dezembro de 2019. O objetivo nesse caso é atender ao mercado local de gás natural. Na região Sul do país, onde ficará a usina de Rio Grande, três concessionárias atendem ao consumo de gás natural — Compagas (PR), SCGás (SC) e Sulgás (RS). As empresas são atendidas exclusivamente pelo gás boliviano e sofrem com a capacidade limitada do Gasbol. A oferta hoje é um gargalo para a expansão dos mercados de gás natural sulistas, o que pode mudar com a entrada do GNL. A data para início de fornecimento de GNL no terminal, inclusive, coincide com o final do contrato de importação de gás natural entre Petrobras e YPFB, estatal boliviana. Na última semana de agosto, a Bolognesi recebeu um termo de intimação da Aneel para cassação da outorga das duas usinas. O processo está em caráter de instrução na agência, que tem até novembro desse ano para dar prosseguimento à pauta em reunião pública. A Bolognesi acredita que o processo será arquivado em função do direito do empreendedor de continuar o desenvolvimento do projeto. “O adiamento é um direito das distribuidoras e do gerador garantido pela Resolução Aneel nº 711/2016”, afirmou a empresa em nota. (Agência Brasil Energia – 01.09.2016)

<topo>

 

Grandes Consumidores

1 Sabesp vai gerar energia com lodo e biogás da ETE Barueri

A Sabesp publicou edital de chamada pública, iniciado em 12 de julho e que termina agora dia 2 de setembro, para que interessados apresentem propostas para implantação e operação da WTE na ETE Barueri. O projeto da usina visa aproveitar o lodo e o biogás gerados pela maior estação de tratamento de esgotos da região metropolitana de São Paulo, que trata o esgoto de 4,4 milhões de habitantes, 55% do total da região, para gerar energia no local. O edital faz parte de concorrência internacional. Segundo o superintendente da unidade de negócio de tratamento, Nivaldo Rodrigues da Costa Jr, o planejamento é até o quinto ano do contrato de 30 anos, que será gerido por SPE, gerar 5 MW médios e a partir daí dobrar para 10 MW médios. Isso significa atender de 50% a 60% da demanda de energia da estação. Além da geração de energia, a motivação primeira é deixar de destinar em aterros as 500 toneladas por dia de lodo gerado por conta do tratamento de esgoto. Além disso, os biodigestores da estação também fornecerão 50 mil Nm³/dia de biogás até o quinto ano e 100 mil Nm³/dia a partir do sexto ano. Hoje o biogás é queimado. Há a expectativa de que a implantação da usina leve 2,5 anos. Encerrado o recebimento das propostas, o processo entra em audiência pública e até o final do ano a licitação deve ser concluída, para as obras começarem em 2017. Trata-se do primeiro projeto do gênero no Brasil. O sistema atualmente instalado na ETE Barueri trata 9,5 m³/s de esgotos domésticos e industriais, com a ampliação em curso na estação e nas redes coletoras no curto prazo a ETE tratará 11 m³/s. O superintendente não revela o valor estimado para a obra da usina e também não especifica a tecnologia WTE, já que as empresas interessadas em participar da SPE que definirão qual será a melhor rota para aproveitar o poder calorífico do lodo e do biogás. (Agência Brasil Energia – 01.09.2016)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 Meirelles diz a investidores que Brasil soma projetos de US$ 269 bi

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta¬feira a investidores que o Brasil tem projetos de infraestrutura de US$ 269 bilhões em quatro anos, o que chamou de mapa de oportunidades. O ministro participa da comitiva à China que acompanha o presidente Michel Temer em sua primeira viagem após ser confirmado no cargo. "Não é um compromisso de que o governo vai fazê¬los, e sim um mapa de oportunidades, com concessões, outorgas, privatizações", explicou Meirelles. Segundo ele, o ministro Moreira Franco vai detalhar os projetos neste mês. Somente na área de petróleo, o potencial de projetos para investidores chegaria a US$ 90 bilhões até 2019. Meirelles observou que, no meio da crise política, investidores estrangeiros "frearam" planos em relação ao Brasil. Mas que, pelas conversas na China, deu para perceber a volta do interesse pelo país. Meirelles afirmou que a confiança do mercado está cada vez maior e voltou a dizer que acredita que a proposta que limita o crescimento dos gastos à inflação (PEC 241) deve ser aprovada ainda este ano. “Vemos uma janela de oportunidade única”, disse. O ministro afirmou ainda que a proposta requer urgência em sua aprovação, para se evitar uma crise cada vez maior. Ressaltou, no entanto, que mesmo sem a aprovação do texto constitucional, o Orçamento para 2017 — apresentado na quarta¬feira — já terá o mecanismo de controle das despesas pela inflação anterior. (Valor Econômico – 02.09.2016)

<topo>

2 Produção industrial sobe 0,1% em julho, mas recua 9,6% em 12 meses

A produção da indústria nacional aumentou 0,1% em julho, na comparação com um mês antes, quando houve alta de 1,3% (dado revisado), feitos os ajustes sazonais, informou o IBGE. Foi o quinto mês seguido que a indústria apresentou resultado positivo no confronto com o mês imediatamente anterior. A média estimada por 23 analistas consultados pelo Valor Data era queda de 0,1% no período. O intervalo das estimativas ia de aumento de queda de 0,9% a avanço de 1,1%. Na passagem de junho para julho de 2016, 11 dos 24 ramos pesquisados registraram taxas positivas, com destaque para o avanço de 2% registrado por produtos alimentícios, que interrompeu dois meses consecutivos de queda na produção, uma perda acumulada de 6,4% nesse período, informou o IBGE. Registraram ainda crescimento indústrias extrativas (1,6%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (5,8%), metalurgia (1,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,4%) e produtos de borracha e de material plástico (1,3%). Na comparação com julho de 2015, a produção industrial brasileira caiu 6,6%, a 29ª taxa negativa consecutiva nesse confronto, ainda mostrando perfil disseminado de baixa. Economistas ouvidos pelo Valor Data esperavam decréscimo de 7%. No ano, a produção industrial acumulou baixa de 8,7%, com 24 dos 26 ramos e 74,3% dos 805 produtos pesquisados verificando decréscimo. Em 12 meses, a indústria recuou 9,6%. Em julho, a produção de bens de capital diminuiu 2,7%, após seis altas seguidas. A produção de bens intermediários, por sua vez, subiu 1,6%, depois de avançar 0,8%, a de bens duráveis teve alta de 3,3% em julho. Já a produção de bens semi e não duráveis recuou 1,9%, revertendo o sinal positivo de junho. (Valor Econômico – 02.09.2016)

<topo>

3 Moody’s: Impeachment remove incerteza política, mas faltam reformas

A confirmação do impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo Senado retira do cenário brasileiro um elemento de incerteza política que vinha afetando a economia brasileira nos últimos meses, afirma, em relatório, a agência de classificação de riscos Moody's. Ontem, o Senado aprovou a cassação do mandato de Dilma por 61 votos contra 20. O documento da Moody's alerta, no entanto, que a mudança no governo não é garantia de sucesso na aprovação das reformas no país, necessárias para melhorar a nota de crédito do Brasil. Segundo a agência, o presidente Michel Temer ainda encontra obstáculos “significativos” à implementação dessas medidas e a obtenção do apoio para a aprovação delas no Congresso será um fator- chave na definição das perspectivas de crédito do país nos próximos anos. A Moody's lembra que, quando Dilma foi substituída de forma interina por Temer, em maio, a nova equipe econômica apresentou uma agenda constituída por reformas estruturais para restaurar as contas públicas e a credibilidade do país perante o mercado. No entanto, segundo a agência, é preciso que as melhorias aconteçam. “Embora as propostas tenham tido um impacto positivo na confiança nos negócios, uma melhora tangível nas contas fiscais do Brasil ainda precisa se materializar”, diz o texto. No relatório, a vice- presidente da Moody’s, Samar Maziad, afirma que o governo aprovou algumas medidas no Congresso, mas ainda precisa avançar em pontos- chave. “Mais do que isso, a aprovação das propostas no Congresso vai exigir consenso político, o que está longe de ser garantido”, disse ela no documento. Uma das questões cruciais é a aprovação da lei que estabelece um teto para os gastos públicos. Porém, alerta a agência, cumprir essa proposta sem fazer uma reforma previdenciária seria “extremamente difícil”, já que a Previdência responde por cerca de 40% das despesas federais. (Valor Econômico – 01.09.2016)

<topo>

4 Utilização da capacidade instalada cai em julho, aponta CNI

O Nuci da indústria brasileira caiu 0,3 ponto percentual entre junho e julho, com ajuste sazonal, chegando a 76,9%. Os números são da pesquisa “Indicadores Industriais”, divulgada nesta quinta-feira pela CNI. Na comparação com julho de 2015, quando o uso da capacidade foi de 78,6%, na série com ajuste sazonal, o Nuci da indústria caiu 1,7 ponto percentual. Sem ajuste, o índice de julho ficou em 77,2%. Esse resultado, segundo a CNI, mostra que “a atividade industrial segue em retração no início do segundo semestre. Todos os indicadores registraram queda entre junho e julho, após o ajuste sazonal”. As horas trabalhadas seguiram a mesma trajetória do Nuci, com queda ante junho e frente ao mesmo mês de 2015. Esse indicador, na série dessazonalizada, recuou 0,2% frente a junho e caiu 7,6% ante o sétimo mês de 2015. O nível de emprego também decresceu 0,4% entre junho e julho. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o indicador recuou 7,7%. O faturamento real do setor, por sua vez, caiu 4,3% em julho ante junho. Na comparação com julho de 2015, ele recuou 15%. Os indicadores de renda na indústria também caíram em julho. A massa salarial real recuou 0,9% entre junho e julho e caiu 8,4% ante o mesmo mês de 2015. O rendimento médio decresceu 0,3% entre o sexto e o sétimo mês deste ano e retrocedeu 0,8% entre os meses de julho de 2015 e 2016. Ambos os indicadores são deflacionados pelo INPC. (Valor Econômico – 01.09.2016)

<topo>

5 IPC-Fipe termina agosto com inflação de 0,11%

A inflação medida pelo IPCFipe encerrou agosto em 0,11%. De acordo com a Fipe, a taxa é inferior àquela registrada no fechamento de julho, de 0,35%. As despesas com habitação e transportes — com forte participação na formação do IPC-Fipe — puxaram a desaceleração no mês. O primeiro grupo deixou uma alta de 0,20% em julho para registrar queda de 0,57% em agosto. Os preços com transportes passaram de elevação de 0,04% em julho para recuo de 0,02% um mês depois. A desaceleração do IPC-Fipe só não foi maior no mês por conta dos preços de alimentos. O grupo alimentação rivaliza em importância com os dois anteriores na composição do indicador e subiu 0,74% em agosto, seguindo avanço de 0,78% um mês antes. Na comparação mensal, também contribuíram para o resultado de agosto. Despesas pessoais, que passaram de aumento de 0,26% em julho para 0,05% um mês depois, Saúde (1,46% para 1,41%) e Educação (0,88% para -0,05%). Vestuário, em contrapartida, registrou incremento de 0,21%, após queda de 0,98% em julho. (Valor Econômico – 02.09.2016)

<topo>

6 IPC-S perde força em agosto, mas acumula alta de 8,48% em 12 meses

A inflação medida pelo IPC-S desacelerou no encerramento de agosto para 0,32%. A taxa ficou abaixo da registrada na terceira quadrissemana do mês passado, 0,39%, e também foi inferior à do fechamento de julho — 0,37%. De acordo com a FGV, o indicador acumula alta de 5,22% no ano e de 8,48% em 12 meses. Na comparação semanal, sete das oito classes de despesa que compõem o IPC-S contribuíram para suavizar o índice. O destaque ficou com o grupo educação, leitura e recreação, que passou de 1,11% para 0,50%. (Valor Econômico – 01.09.2016)

<topo>

7 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 10h15, o dólar caía 0,22% para R$ 3,2427. Na quinta-feira, o dólar comercial fechou em alta de 0,59% a R$ 3,2495. (Valor Econômico – 02.09.2016 e 01.09.2016)


<topo>

 

Internacional

1 Portugal: Mercado livre de eletricidade já tem 4,58 mi de clientes

O número de clientes do mercado livre de eletricidade chegou aos 4,58 milhões em Junho, representando 75% dos clientes e 90,6% de todo o consumo em Portugal, de acordo com dados publicados nesta quinta-feira pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). O mercado liberalizado teve um crescimento líquido de cerda de 37 mil clientes em relação ao mês anterior (descontando já os clientes que terminaram contrato sem terem celebrado outro, cerca de 11 mil casos). Os 4,58 milhões de clientes no mercado liberalizado representam um aumento de 0,8% frente a Maio e um crescimento de 12% desde Junho do ano passado, “a uma taxa média mensal de 0,9%”. Segundo a ERSE, “em Junho entraram 48.331 clientes no mercado livre, tendo 27.432 transitado do mercado regulado e 20.899 entrado diretamente para as carteiras de comercializadores em regime de mercado”. Houve ainda cerca de 42,9 mil mudanças de carteira entre comercializadores presentes no mercado livre. Ainda que quase todos os “consumos de grandes consumidores” já tenham deixado o mercado regulado, onde se aplicam as tarifas definidas pela ERSE, ainda há uma “parcela significativa de clientes com maior consumo” que permanece no regulado. Em atividade há 21 comercializadores, tendo entrado no mercado um novo concorrente, a Rolear. A EDP Comercial continua a ser o principal operador, com uma quota de 85% de clientes e cerca de 45% dos fornecimentos de energia; a sua posição manteve-se estável face a Maio quanto aos clientes e “aumentou ligeiramente em consumo”. (Público – Portugal – 01.09.2016)

<topo>

2 Espanha: Repsol e La Caixa negociam a venda de 20% da Gas Natural por 4 bi

Repsol e Criteria, holding de investimentos industriais de propriedade de La Caixa, iniciaram negociações para a venda de 20% das ações da Gas Natural. Ambas as empresas, principais acionistas da gasista que somam 64,4% dos títulos, reconheceram ao regulador de valores mobiliários que mantêm contatos com investidores. A operação, estimada em cerca de 4 bi de euros, negocia principalmente com o fundo Global Infrastructure Partners (GIP), segundo fontes do setor. A reorganização do conselho da Gas Natural, se entra o novo acionista, pode incluir a nomeação de Isidro Fainé como presidente. As duas empresas confirmaram quinta-feira que "mantêm contato com vários investidores" para a venda de 10% das ações de cada uma, mas não revelou os nomes e não há ainda "nenhuma decisão". Além da GIP, com quem estão há semanas negociando, segundo fontes do setor, também têm mostrado algum interesse em conhecer as condições da venda ao fundo KKR. O mercado recebeu a notícia com subida nas ações da Gas Natural de 3%, até 19,07 euros. A capitalização total da empresa é de 19.083 bi de euros. Na negociação com GIP, o valor da venda dos 20% se aproxima, de acordo com a Bloomberg, de 4 bi de euros, em acordo com o preço de mercado. (El País – Espanha – 01.09.2016)

<topo>

3 Cuba busca investimento em energia

Quase dois anos após os presidentes Barack Obama e Raúl Castro anunciarem o estreitamento das relações, o governo comunista de Cuba quer recorrer a investidores estrangeiros para ampliar a produção de energia renovável após reduções nas importações de petróleo barato da Venezuela. O governo cubano quer elevar a parcela de eletricidade gerada por fontes renováveis de 4% para 24% até 2030. A meta de aumentar em 2,1 gigawatts a capacidade das usinas de biomassa, parques eólicos, projetos solares e geradores hidrelétricos custará cerca de US$ 3,5 bilhões, segundo estimativas oficiais. Cuba tem uma forte dependência dos combustíveis fósseis, que geram ao redor de 95% da eletricidade do país. (Valor Econômico – 02.09.2016)

<topo>


Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO
Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails,  Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing.


Copyright UFRJ