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IFE: nº 4.164 - 01 de setembro de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
1 GESEL oferece disciplina no âmbito do PPED/UFRJ
2 Governo quer atrair "investidores de qualidade" para mercado elétrico
3 Aneel vê custos de armazenamento em queda
4 Novo parâmetro de risco no PLD deve entrar em vigor em 2017
5 SAR poderá ser adiantada e entrar em vigor já em 2017
6 Revisão das garantias físicas sairá em breve, afirma EPE
7 Setor pode ter contratos interruptíveis para eólica
8 Governo do Espírito Santo estuda migrar para o mercado livre
9 Artigo de Alexandre Street: “A bem-vinda revisão do método de cálculo da energia elétrica”
Empresas
1
Aneel prevê analisar pedido da Light em setembro
2 Coelba prepara emissão de notas promissórias no valor de R$ 150 mi
3 Venda da CPFL
4 Brix aposta em negociação de contratos financeiros
5 Justiça Federal suspende licença da usina de Belo Monte
6 Tabocas fecha novo contrato com a State Grid
7 Taesa autoriza alienação de ações pertencentes a Cemig
8 CEEE investe R$ 1,8 milhão na região Carbonífera do Rio Grande do Sul
Leilões
1
EPE quer melhorar processo de habilitação dos leilões
2 Governo convoca geradores eólicos para participar de leilões de transmissão
3 ONS comenta definição das regras para os próximos leilões
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Pane corta 37% da carga de energia do Rio de Janeiro
2 Climatempo quer mais análises sobre medições de ventos
Meio
Ambiente
1
COP 21: fonte eólica será importante no cumprimento das metas do setor elétrico
Energias Renováveis
1
Gargalos em rede de transmissão preocupam eólicas
2 Desafios da expansão eólica podem trazer ICGs de volta
3 ABEEólica, Abragel, Instituto Totum e CCEE assinam acordo de cooperação
4 Empresas pioneiras recebem certificado de energia renovável
5 GE introduz novas tecnologias para aumentar competitividade no mercado eólico
6 Vestas dobra turno em fábrica de geradores no CE
7 Grupo USJ sai de prejuízo para lucro de R$ 55,5 milhões no 1º trimestre
Gás e
Termelétricas
1 Produção média de petróleo e gás natural atinge 3,21 milhões de barris
Economia Brasileira
1 PIB deve voltar ao campo positivo no quarto trimestre, indica BofA
2 Produto per capita cai mais que durante 'década perdida'
3 Déficit do setor público em julho chega a R$ 12,8 bi, pior resultado desde 2011
4 Dólar ontem e hoje
Internacional
1 Chile planeja 4,1 GWh/ano para próximo leilão
Biblioteca Virtual do SEE
1 STREET, Alexandre. “A bem-vinda revisão do método de cálculo da energia elétrica”. Valor Econômico. São Paulo, 1º de setembro de 2016.
Regulação e Reestruturação do Setor
1 GESEL oferece disciplina no âmbito do PPED/UFRJ
O GESEL está oferecendo, neste início de semestre, a disciplina “Economia do Setor Elétrico Brasileiro I”, no âmbito do Programa de Pós Graduação em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (PPED) do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE-UFRJ). O objetivo central da disciplina é analisar os elementos necessários ao entendimento da dinâmica evolutiva do setor elétrico no Brasil. O foco analítico e metodológico estará centrado nos elementos e conceitos - técnicos, históricos e da política pública que explicam a importância e contribuição deste setor para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Para tanto, parte-se do estudo das características técnicas e econômicas da indústria elétrica. Em seguida estudam-se as fases da evolução histórica do SE no Brasil até a crise de racionamento do setor em 2001-2002. (GESEL-IE-UFRJ – 01.09.2016)
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2 Governo quer atrair "investidores de qualidade" para mercado elétrico
O governo brasileiro quer atrair “investidores de qualidade” para o mercado brasileiro de energia, afirmou nesta quarta-feira (31/8) o presidente da EPE, Luiz Barroso, durante o Brasil WindPower, realizado no Rio de Janeiro (RJ). Segundo Barroso, ainda não há um roadshow com data marcada, mas a empresa está se planejando para criar encontros com investidores nacionais e internacionais, o que inclui também o mercado financeiro. “Vamos trabalhar para ter a maior transparência possível com o mercado. Nesse ponto, vamos explicar como as regras funcionam e quais são os benefícios do mercado brasileiro”, explicou o executivo, que também citou a necessidade de “pensar fora da caixa” nessa indústria. Um desses pensamentos inclui, por exemplo, estudar a entrada de contratos precificados em dólar nos leilões de energia brasileiros. “Tem muito dinheiro barato em fundos de investimento na Espanha, Europa… Esse dinheiro migra para países que oferecem PPA em dólar, como Chile, Peru e Panamá, o que tem justificado seus excelentes preços de geração. O Brasil tem ficado de fora desse mercado”, de acordo com Barroso. O executivo, contudo, lembrou que essa é uma ideia discutida de forma descentralizada pela indústria, que ainda precisa ser aprofundada para garantir sua viabilidade no mercado brasileiro. Sobre a revisão dos valores de garantia física para o próximo ano, o executivo afirmou que a EPE trabalha para divulgar o percentual, que pode variar em até 5% negativos de um ano para o outro, o mais breve possível. “Há uma equipe nova no comando [da EPE] que está investindo muito tempo em entender os estudos que já foram feitos. Até o final do ano [a revisão] tem que sair, porque os geradores precisam fazer a sazonalização de suas garantias físicas para o ano seguinte”. Mas a ideia, segundo Barroso, é que a revisão saia o quanto antes, para que possa ser considerada na demanda do leilão de energia reserva, marcado para 16 de dezembro desse ano. (Agência Brasil Energia – 31.08.2016)
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3 Aneel vê custos de armazenamento em queda
A Aneel já enxerga o armazenamento de energia como um componente relevante do sistema elétrico brasileiro, como forma de estabilizar a injeção de energia eólica num sistema de transmissão no limite e que enfrenta atrasos na implantação. Os custos para investimento das baterias têm caído em média 16% por ano e já figura em patamares mais favoráveis de preço, na avaliação de Tiago de Barros Correia, diretor da Aneel. Segundo ele, há dois anos, quando começaram as primeiras discussões a respeito, seria um "absurdo" apostar na implantação de projetos de armazenamento, mas hoje já é possível encontrar projetos em algo na casa dos US$ 140/MWh. Essa faixa de preços ainda é tida como cara, mas diante do custo do déficit de energia, cujo patamar o Brasil já conviveu há pouco tempo é algo que já não está fora de cogitação. A Aneel está com uma chamada pública de pesquisa e desenvolvimento estratégico para armazenamento de energia. A questão surgiu porque o diretor acredita que o planejamento da transmissão terá que ser reavaliada diante dos atrasos nas obras, já corriqueiros. Para ele, que participou do segundo dia do Brazil WindPower, no Rio de Janeiro, a geração que entrar agora, especialmente eólicas, terão que depender menos de elos que ainda não estão prontos. O maior potencial eólico em exploração no momento está no Nordeste, que ainda não possui uma malha consolidada, capaz de garantir escoamento. (Agência Brasil Energia – 31.08.2016)
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4 Novo parâmetro de risco no PLD deve entrar em vigor em 2017
O diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, espera que os novos parâmetros de aversão ao risco hidrológico embutidos no PLD entrem em vigor já em janeiro. O operador deve discutir a revisão do modelo de cálculo do indicador do risco, o CVaR, com o mercado em outubro. "Em novembro, o parâmetro já deve entrar em audiência pública na Aneel para ser implementado, então, em 2017", afirmou Barata, durante o Brazil Windpower, nesta quarta-feira (31/8). As revisões no modelo de cálculo foram iniciadas recentemente pelo governo, com o objetivo de criar uma nova metodologia para acionamento antecipado das termelétricas, em relação ao que é feito atualmente. O presidente da CCEE, Rui Altieri, também indicou como um dos principais avanços necessários para aprimorar o atual modelo de precificação a incorporação da variação das fontes intermitentes na formação dos preços. Barata indicou ainda a necessidade de aprimoramentos nos modelos computacionais de previsão da operação, especialmente em função da grande inserção de fontes intermitentes no sistema. Atualmente, o órgão possui 30% de erro nas previsões diárias de operação. "Os modelos computacionais atuais precisam dar um salto para refletir a realidade", manifestou o diretor. A expectativa do operador é avançar tecnologicamente nos sistemas para ficar na faixa entre 20% e 25% de erro, indicado por Barata como a média de operadores de sistemas internacionais. (Agência Brasil Energia – 31.08.2016)
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5 SAR poderá ser adiantada e entrar em vigor já em 2017
No caminho em busca da realidade entre a operação e os preços de energia o governo poderá antecipar a introdução da Superfície de Aversão ao Risco já para janeiro de 2017. De acordo com o diretor geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, a pesquisa, que é conduzida pelo Cepel, mostra que esse mecanismo já poderia entrar em operação no inicio do ano que vem, portanto, pelo menos um ano antes do que se esperava. “As informações mais recentes do Cepel, que é o responsável pelo estudo da aplicação da aversão ao risco no modelo, já dizem que dá para usar e por isso poderemos começar a aplicar já esse mecanismo em janeiro de 2017. Se estivermos convictos de que poderemos aplicar a SAR, será esta a opção adotada no inicio do próximo ano”, comentou o executivo do ONS após sua participação no painel de abertura do segundo dia do Brazil Windpower, maior evento sobre a energia eólica na América Latina e que ocorre até o dia 1º de setembro no Rio de Janeiro. No cronograma que deverá ser levado ao longo de 2016, a expectativa é de que em outubro seja iniciada a discussão da aversão a risco com os agentes. Depois dessa etapa o tema será levado à Aneel que deverá abrir uma audiência pública, em novembro, para, a partir da virada do ano, ser colocado em vigor. As críticas ao descolamento entre a realidade de operação do sistema e os preços do mercado spot ganharam mais força esse ano. O PLD ficou uma grande parte do primeiro semestre do ano no piso regulatório, na casa de R$ 30/MWh nos dois maiores submercados do país, o Sudeste/ Centro-Oeste e Sul, e ao mesmo tempo, havia geração termelétrica despachada fora da ordem de mérito e que vinha acumulando Encargos sobre Serviços do Sistema que, segundo estimativas mais recentes da CCEE, deverá alcançar R$ 2,9 bi em 2016. A maior parte desse volume, ou R$ 1,7 bilhão, por segurança energética. (Agência CanalEnergia – 31.08.2016)
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6 Revisão das garantias físicas sairá em breve, afirma EPE
A Empresa de Pesquisa Energética está trabalhando para que a revisão da garantia física saia o mais breve possível. Segundo Luiz Barroso, presidente da EPE, a ideia é considerar os novos valores de garantia física já no próximo leilão de Reserva. O primeiro certame do tipo está marcado para o dia 23 de setembro e o segundo acontecerá no dia 16 de dezembro. "Ela [a revisão] tem que sair este ano, porque os geradores tem que fazer até o final do ano a sazonalização das suas garantias físicas para o ano que vem. Então, até o final desse ano é necessário sair uma portaria que defina qual é a garantia física desses geradores para o ano que vem. A ideia é que seja feito um comunicado o mais rápido possível para que seja considerado ainda no leilão de Reserva", declarou Barroso. A revisão tem como objetivo representar o mais fidedignamente a realidade do sistema. De acordo com Barroso, o direito financeiro em uma revisão pode vir a ser afetado - visto que a revisão pode reduzir a garantia físico do empreendimento -, mas ele é preservado pelos limites que a revisão pode impor ao agente. "A garantia física pode variar 5% ao máximo a cada ano, 10% na concessão, então, o agente, por sua vez, sabe qual é a variação que ele pode ter e qual é a ameaça que ele pode ter", analisou. Barroso explicou que já existe um trabalho sobre o tema feito pela gestão anterior e que agora a nova equipe tem investido tempo em entender os estudos que foram feitos. "Queremos compreender melhor o que foi considerado, quais foram as restrições e esse é um problema complexo, cheio de restrições legais, regulatórias e de caráter multi institucional", disse Barroso. Quanto ao cálculo da margem de escoamento determinada pela portaria do MME nº 444, Barroso comentou que os trabalho serão feitos em conjunto com o ONS e que estão começando agora. "A base de escoamento é criada para justamente mitigar o risco da transmissão para o empreendedor. Então, se a margem de escoamento for muito baixa, se não houver essa margem de escoamento, o empreendedor estaria correndo um risco muito alto", explicou. Segundo ele, a margem de escoamento é determinada em função da oferta que está planejada em construção para os próximos anos e em função da transmissão que está planejada em construção para os próximos anos. "Se há um atraso dessa oferta e há uma atraso dessa transmissão, esses dois aspectos afetam essa margem de escoamento", afirmou. (Agência CanalEnergia – 31.08.2016)
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7 Setor pode ter contratos interruptíveis para eólica
O setor elétrico estuda a criação de uma nova figura de contratação de energia no país, os acordos interruptíveis para energia eólica. Essa figura seria aplicada apenas ao mercado livre para ajudar na viabilização da expansão da fonte e serviria para flexibilizar os critérios de escoamento da fonte. A adoção desses contratos ajudariam na operação do sistema em casos de contingências que levassem à necessidade de o ONS a cortar a carga da fonte eólica por algum motivo. Essa ideia, comentou o diretor geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, ainda precisaria ser levada à Aneel porque ainda não há essa possibilidade no arcabouço regulatório nacional. E esses contratos teriam mais viabilidade de serem fechados junto a consumidores no ambiente livre de contratação, que estariam mais dispostos a assinar acordos com cláusulas de interrupção do que as distribuidoras, que atuam no mercado regulado. “Quem for ao leilão já vai com a concordância de ter a interrupção do fornecimento. Para o ACR é mais difícil, mas para o ACL é possível que quem esteja comprando aceite a energia ser interrompida. A ideia é de maturar esse tema e levar para a Aneel. Seria uma espécie de contrato interruptível e vemos no ACL mais possibilidade do que no regulado”, explicou Barata, após sua participação no painel de abertura do segundo dia do Brazil Windpower 2016, maior evento da fonte eólica na América Latina e que está sendo realizado até 1º de setembro no Rio de Janeiro. (Agência CanalEnergia – 31.08.2016)
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8 Governo do Espírito Santo estuda migrar para o mercado livre
A Secretaria de Gestão e Recursos Humanos (Seger), do Estado do Espírito Santo, está realizando uma consulta pública sobre a contratação de empresa especializada na prestação de serviços de assessoria para elaboração de documentação técnica e licitatória para a migração ao mercado livre de energia elétrica e para a gestão de energia elétrica das unidades consumidoras do Poder Executivo Estadual. A minuta com o termo de referência do serviço foi publicada no portal www.compras.es.gov.br, menu “Licitações, “Consulta Pública Mercado Livre”, para que as empresas atuantes nesse ramo a consultem e deem suas contribuições. O documento ficará disponível no site até o dia 12 de setembro. Dentre os objetivos da consulta estão a verificação da existência de empresas interessadas na licitação, melhoria das especificações técnicas do termo de referência, avaliação da exequibilidade dos critérios de capacidade técnica e faturamento e a definição da melhor forma de contratação do serviço. (Agência CanalEnergia – 31.08.2016)
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9 Artigo de Alexandre Street: “A bem-vinda revisão do método de cálculo da energia elétrica”
Em artigo publicado no jornal Valor Econômico, o professor do Departamento de Energia Elétrica (DEE) da PUC-Rio, Alexandre Street, elogia o sinal dado pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), apontando para a necessidade de se rever as metodologias de despacho e formação de preço: a revisão sinalizada pelo governo é bem-vinda e, se bem feita, será benéfica ao mercado. Segundo o autor, aumentar a aderência dos modelos à realidade eleva a transparência e a credibilidade das entidades do setor, minimizando pleitos judiciais e aumentando a previsibilidade dos preços de energia no curto e longo prazo. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL_IE-UFRJ 01.09.2016)
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Empresas
1 Aneel prevê analisar pedido da Light em setembro
A diretoria da Aneel deverá decidir em setembro sobre o pedido de revisão tarifária extraordinária (RTE) da Light. Segundo o diretor Tiago Barros, relator do processo na autarquia, caso não haja impedimentos, o processo poderá ser apreciado já na primeira quinzena do mês. "O processo da RTE está na instrução final. E vou conseguir levar para deliberação da diretoria ainda no mês de setembro, provavelmente nos próximos 15 dias, a não ser que aconteça algum problema. Tem uma última reunião que farei com a área técnica [da Aneel], no começo da semana que vem, e depois já poderá ir para a pauta", disse Barros, no Brazil Wind Power, evento sobre energia eólica, no Rio. Questionado se a Aneel tende a aceitar o pleito da Light, Barros disse não saber. "Preciso fazer a reunião [com área técnica] para ver". Perguntado se o pleito da Light era mais consistente do que o de outras distribuidoras que solicitaram revisão extraordinária este ano e tiveram pedidos negados, Barros disse que não iria compará-los Para embasar seu pedido, a Light argumenta estar em quadro de desequilíbrio econômico -financeiro, causado por fatores alheios a sua gestão como a antecipação de investimentos associados à Olimpíada Rio-2016, de R$ 432 mi, e custos com compra de energia para revenda e encargos setoriais. Pelo cronograma da Aneel, a revisão tarifária regular da Light está prevista apenas para 2018. Em nota, a Light informou que esses itens "apesar de não serem gerenciáveis pela concessionária, impactam diretamente na tarifa e no resultado da empresa". Paralelamente ao pedido, a Light estuda a possibilidade de aderir ao termo aditivo de contrato de concessão, cujo modelo foi aprovado este mês pela Aneel. O principal benefício da medida é a antecipação da revisão tarifária regular de 2018 para este ano. Por outro lado, a empresa terá que se comprometer com novas metas de qualidade do serviço exigidas pela autarquia. Perguntado se o processo de RTE tem impacto sobre o termo aditivo de contrato de concessão, o diretor da Aneel explicou que, em tese, um processo não interfere no outro. "Com base nessa resposta [do pleito de RTE], a Light pode decidir o que for melhor para ela. Mas uma coisa em tese não suspende a outra", completou ele. (Valor Econômico – 01.09.2016)
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2 Coelba prepara emissão de notas promissórias no valor de R$ 150 mi
A concessionária baiana Coelba, do grupo Neoenergia, vai emitir 15 notas promissórias em uma operação de captação de recursos que totalizará R$ 150 milhões, conforme informações do documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários na última terça-feira, 30 de agosto. Segundo a companhia, os recursos a serem captados serão "integralmente utilizados para reforço de capital de giro". A emissão será realizada em séria única e cada nota comercial terá o valor nominal de R$ 10 milhões. Sobre o Valor Nominal Unitário das Notas Comerciais incidirão juros remuneratórios correspondentes a 110% da variação acumulada das taxas médias diárias dos DI – Depósitos Interfinanceiros de um dia. O Conselho de Admiração da Coelba autorizou que os diretores da companhia praticassem todos os atos necessários à realização da emissão, promovendo a contratação de instituições financeiras para intermediar e coordenar a oferta. (Agência CanalEnergia – 31.08.2016)
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3 Venda da CPFL
O acordo definitivo de venda da fatia de 23,6% que a Camargo Corrêa tem na CPFL Energia à chinesa State Grid será assinado na sexta-feira. O Valor apurou que a conclusão acontecerá no Seminário Econômico Brasil-China, em Xangai. A chinesa ofereceu R$ 25 por ação da CPFL Energia, somando R$ 5,85 bilhões pela fatia. Em seguida, a State Grid vai fazer uma oferta nos mesmos termos aos demais membros do bloco de controle da elétrica, podendo levar a operação a R$ 29 bilhões. (Valor Econômico – 01.09.2016)
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4 Brix aposta em negociação de contratos financeiros
O mercado financeiro de energia tem potencial de geração de receita adicional para corretoras de valores de R$ 600 milhões a R$ 1 bilhão, de acordo com estimativas da Brix, desenvolvedora de plataforma eletrônica de compra e venda de energia. A projeção considera corretagem média de R$ 0,30 por MWh comercializado. O mercado financeiro é a grande aposta da Brix, que prevê lançar entre outubro e novembro uma plataforma que permitirá a negociação de contratos de energia físicos e financeiros. A negociação de contratos "non deliverable forward" [sem a entrega física] de energia é permitida desde dezembro do ano passado. E, em fevereiro, a companhia recebeu aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para negociar energia em balcão organizado. Criada há pouco mais de cinco anos, com a participação de Eike Batista entre seus fundadores, a Brix sofreu com os problemas do setor elétrico desde 2012. A elevação do custo de energia, o risco de racionamento e a questão do déficit de geração hídrica (GSF, na sigla em inglês) foram alguns dos problemas que afetaram o mercado elétrico nos últimos anos. Hoje, sem o empresário entre os acionistas, a Brix aposta no novo humor do mercado financeiro, com a troca no governo. "O mercado, de forma geral, redescobriu o setor elétrico", diz o novo presidente da Brix, Marcos Severine. A escolha do novo executivo também demonstra a nova fase da companhia. Ex-analista de energia do banco americano J.P. Morgan, Severine é uma referência entre especialistas do setor elétrico no mercado de capitais. "O interesse das corretoras [no mercado de energia] vai ajudar a fomentar a liquidez desses contratos financeiros. À medida que há novos entrantes e, portanto, mais liquidez, haverá mais transparência e uma melhor formação de preços. Isso é uma coisa que o setor [elétrico] demanda muito", disse. Segundo o executivo, o mercado livre de energia do Brasil é da ordem de 15 gigawatts (GW) médios. Considerando o mercado de balcão físico e financeiro, é possível que esse número alcance 60 GW médios. Com a instituição de uma bolsa de energia, principal objetivo futuro da Brix, esse volume pode alcançar 120 GW médios, nas contas de Severine. "No mercado americano, a relação entre [o volume negociado em] contrato financeiro e contrato físico é de aproximadamente oito vezes", disse o presidente da Brix. Hoje, a Brix é controlada pela Intercontinental Exchange (ICE), e os empresários Josué Gomes da Silva, dono da Coteminas, e Marcelo Parodi, sócio-diretor da Compass Energia. Roberto Teixeira da Costa, ex-presidente da CVM, também tem participação. Outra empresa do setor, o Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE) também está desenvolvimento novos produtos para sua plataforma eletrônica, que poderão ser lançados ainda este ano. Segundo o presidente da BBCE, Victor Kodja, o sistema será multiprodutos, ampliando as opções para contratos físicos e financeiros. "Também estamos começando a acompanhar o desenvolvimento do mercado de gás", disse. (Valor Econômico – 01.09.2016)
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5 Justiça Federal suspende licença da usina de Belo Monte
A Justiça Federal no Pará, subseção de Altamira, decidiu liminarmente pela suspensão da licença de operação da usina hidrelétrica de Belo Monte. De acordo com o Ministério Público Federal no Pará (MPF-PA), a licença foi suspensa em virtude do não cumprimento das obras de saneamento básico no município Altamira, uma condição de viabilidade para a operação da usina. O MPF-PA explica que a licença foi concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) mesmo sem o fim das obras de saneamento básico. Existia, no entanto, a condição de concluir essas obras até agosto, o que, segundo o Ministério Público, não ocorreu, motivando a suspensão da licença. O Ibama informou que recebeu nesta quarta-feira a notificação e que, após análise da decisão, irá recorrer da decisão. A usina de Belo Monte foi leiloada em 2010, a um custo de R$ 25,8 bilhões. Segundo a Norte Energia, empresa responsável pela implantação, construção, operação e manutenção da hidrelétrica, aproximadamente 14% do total do orçamento de Belo Monte foram empregados em ações de mitigação dos impactos do empreendimento nos 12 municípios da área de influência da usina. A Norte Energia informou que ainda não foi notificada sobre a decisão judicial. (Valor Econômico – 31.08.2016)
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6 Tabocas fecha novo contrato com a State Grid
A empresa brasileira de engenharia Tabocas, especializada em linhas de transmissão e subestações de energia elétrica acima de 230 kV, assinou nesta semana um novo contrato com a chinesa State Grid, dessa vez para construir 755 km de redes de transmissão (equivalente a três trechos de um total de 2.300 km) do segundo bipolo que vai escoar parte da produção da hidrelétrica de Belo Monte (PA-11.233 MW). O valor do contrato não foi revelado. O sistema em 800 kV CC (Corrente Contínua) vai partir do Xingu, no Pará, para o Terminal Rio, no Rio de Janeiro, trazendo energia da região Norte para o Sudeste do país. A expectativa da Tabocas é que no pico da obra sejam empregados 2.400 funcionários. A conclusão do empreendimento está prevista para fevereiro de 2019. No ano passado, a Tabocas assinou um outro contrato com o consórcio Belo Monte Transmissora de Energia, formado pela State Grid, Furnas e Eletronorte. A empresa ficou responsável por construir 520 km de um total de 2.300 km do primeiro bipolo de Belo Monte. Essa obra deverá estar pronta em outubro de 2017 e será o primeiro sistema em ultra-alta tensão a entrar em operação na América Latina. De acordo com Caio Barra, diretor presidente da Tabocas, o novo contratos demonstra a confiança dos chineses na empresa, conquistada ainda durante a construção de 700 km de um trecho do linhão de Teles Pires, empreendimento no qual a State Grid é responsável em parceira com a Copel. "Isso nos deu uma credibilidade junto aos chineses", disse o executivo. "A Tabocas é a única empresa puramente nacional trabalhando para a State Grid nesse segundo bipolo, e com 1/3 do empreendimento, demonstrando a nossa capacidade e a confiança deles na gente", completou. A Tabocas foi destaque em uma premiação da Revista o Empreiteiro, que premia as 500 maiores empresas de engenharia do Brasil. Na categoria variação de receita, a empresa ocupava a 12ª posição em 2014 ao apresentar um crescimento de receita de 10% em relação a 2013. Em 2015, essa variação ampliou para 19%, colocando a empresa no Top Five do ranking. "Com isso a gente pode ver que, mesmo em um momento de crise, a gente conseguiu consolidar a empresa com um crescimento significativo", comemorou o executivo. (Agência CanalEnergia – 31.08.2016)
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7 Taesa autoriza alienação de ações pertencentes a Cemig
O Conselho de Administração da Taesa autorizou nesta quarta-feira, 31 de agosto, a monetização de até 40.702.230 de units, correspondentes a 40.702.230 ações ordinárias e 81.404.460 ações preferenciais de propriedade da Cemig. A Cemig havia informado no início de agosto sua intenção de alienar suas ações na Taesa, com o objetivo de monetizar a companhia. "A Cemig manterá os seus acionistas e o mercado devidamente informados sobre atualizações relacionadas ao tema acima." A Cemig já havia declarado que tem como meta buscar desinvestimentos para reduzir seu endividamento. Entre outras medidas da empresa estaria a venda de ativos considerados não estratégicos. (Agência CanalEnergia – 31.08.2016)
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8 CEEE investe R$ 1,8 milhão na região Carbonífera do Rio Grande do Sul
A CEEE Distribuição intensificou as ações de expansão e manutenção preventiva no sistema energético na Região Carbonífera do Rio Grande do Sul, para qualificar o fornecimento de energia elétrica a uma população estimada de aproximadamente 100 mil pessoas. Nos municípios de Arroio dos Ratos, Butiá, Charqueadas, Minas do Leão e São Jerônimo a empresa possui um mercado de 41,2 mil unidades consumidoras ligadas. Segundo o gerente regional metropolitano, Jeferson de Oliveira Gonçalves, nos primeiros seis meses deste ano, a companhia investiu R$ 1,8 milhão em obras de melhoria junto às redes de baixa e média tensão na região. Gonçalves diz que os projetos inclusos no programa de manutenção preventiva da companhia atingem de forma geral todos os bairros dos municípios e seguem as prioridades definidas pela área de engenharia, que analisa indicadores técnicos e de continuidade dos serviços, carregamento de equipamentos e crescimento das regiões. Ele destaca que atualmente a empresa vem fazendo multirões de serviços na região, onde em um mesmo dia são realizadas diversas melhorias, parte delas com equipes de linha viva, isto é, sem interrupção do fornecimento aos clientes. Além dessas ações junto às zonas urbanas e rurais, a empresa vem reforçando também a disponibilidade de energia à região com reforço de subestações e linhas de transmissão. Além da nova subestação de São Jerônimo, que aumentou a disponibilidade da energia desde o último verão, a companhia executa de forma sistemática outras melhorias nas redes de transmissão e em outras subestações da região, entre elas a Subestação Charqueadas. (Agência CanalEnergia – 31.08.2016)
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Leilões
1 EPE quer melhorar processo de habilitação dos leilões
A EPE quer melhorar o processo de habilitação nos leilões, seja de geração, seja de transmissão de energia. Luiz Barroso, presidente da EPE, avalia que o processo deve ser capaz de trazer o investidor com qualidade para o sistema elétrico brasileiro. Em paralelo a isso, a EPE pretende dar maior transparência à informação e comunicação com o mercado. "A EPE vai criar um encontro da EPE com investidores, com o mercado financeiro. Vamos trabalhar e fazer workshops prévios aos leilões para disseminar a informação", declarou o executivo, que participou nesta quarta-feira 31 de agosto, do Brazil Windpower, que acontece no Rio de Janeiro. A ideia, comentou, é explicar aos investidores como as regras funcionam e os benefícios de se investir no mercado brasileiro. Além de precisar de mais investidores, principalmente no segmento de transmissão, o país precisa ainda aumentar suas formas de financiamento. Barroso afirma que uma ideia seria ter PPAs em dólar. Segundo o executivo, existe muito dinheiro barato disponível em fundos de investimento europeus. "Esse dinheiro migra para países que oferecem recebíveis em dólar, porque o risco cambial de longo prazo é muito difícil e o Brasil tem ficado de fora desse mercado", aponta. No entanto, ele frisa que essa não é uma ideia que está sendo estudada pelo governo, mas apenas uma ideia "fora da caixa". (Agência CanalEnergia – 31.08.2016)
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2 Governo convoca geradores eólicos para participar de leilões de transmissão
O governo vê nas geradoras de energia eólica um meio de mitigar os efeitos dos atrasos em projetos de transmissão. Tanto é que convocaram abertamente durante o Brazil Windpower 2016 que as empresas do setor participem do certame de transmissão que está agendado para o dia 28 de outubro. A ideia é de que esses investidores geradores entrem em projetos específicos e pontuais, nos lotes que estejam diretamente ligados à capacidade de escoamento da geração. Essa necessidade, comentou o diretor geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, é temporária e direcionada para projetos específicos para atender a potência instalada da fonte. “O setor eólico tem capacidade de nos ajudar a colocar e andamento os projetos de transmissão, é uma questão de curto prazo no setor elétrico”, afirmou ele. Segundo o diretor da Aneel, Tiago Barros, a agência não tem conseguido encontrar os investidores em volume necessário para atender a demanda de projetos previstos. “Dos R$ 30 bilhões projetados para serem colocados leilão, apenas R$ 15 bilhões podem sair, e isso traz um problema para o operador porque todos os lotes são importantes e trariam segurança de fornecimento ao país”, afirmou o representante da agência reguladora. Barata afirmou que desde que participava diretamente do governo, como secretário executivo do MME, havia a identificação dessa necessidade de investimentos por parte dos geradores. Tanto que as conversas sobre essa entrada data de meses. No primeiro leilão de transmissão do ano foram lotes que levariam a aportes de R$ 12 bilhões mas foram concedidos apenas R$ 6 bilhões, nesse certame adiado para outubro seriam mais R$ 12 bilhões, além de cerca de R$ 10 bilhões por parte dos projetos da Abengoa deixados pela companhia espanhola. “Se tivesse tudo a situação estaria muito melhor a situação da transmissão. Se o segmento eólico que sabe onde precisa colocar os projetos e têm recursos, porque não aparecem como investidores também?”, questionou. (Agência CanalEnergia – 31.08.2016)
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3 ONS comenta definição das regras para os próximos leilões
Ainda sobre a expansão da transmissão, o diretor geral do ONS, Luiz Eduardo Barata,comentou que a definição das regras para os próximos leilões de energia com base na capacidade de escoamento existente está sendo preparado com base nos dados já existentes. O executivo não quis indicar qual deverá ser essa capacidade remanescente da qual trata a portaria do MME, mas indicou que deverá levar a um volume muito maior que 2,5 GW, a questão é a localização dessa transmissão, já que para a eólica os melhores locais em termos de ventos estão bastante explorados e que margem deve ser mais baixa a não ser que se tenha ampliação da capacidade nesses locais. (Agência CanalEnergia – 31.08.2016)
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Oferta e Demanda de Energia
Elétrica
1 Pane corta 37% da carga de energia do Rio de Janeiro
Uma falha em duas linhas de transmissão nesta quarta-feira, 31 de agosto, provocou a interrupção de cerca 2.300 MW da carga do Rio de Janeiro, o que representou 37% da carga total estado naquele momento, de 6.100 MW. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico, a restabelecimento da carga do Rio de Janeiro está em andamento, já tendo alcançado 5.500 MW às 16h30. Em nota, o ONS informou que às 14h54 ocorreu o desligamento automático das linhas Adrianópolis – São José e Angra dos Reis – São José, em 500 kV, de propriedade de Furnas. Em sequência, ocorreram desligamentos em diversos circuitos da rede de operação em 138kV, pertencentes às distribuidoras Light e Ampla. Segundo informações preliminares, foram atingidos consumidores da região dos Lagos, Norte e Noroeste Fluminense e alguns bairros da capital carioca. A partir das 15h11 foi iniciada a recomposição das linhas de 500 KV. O ONS disse que se reunirá com os agentes envolvidos para analisar a ocorrência. Por meio de uma rede social, a Light havia informado que alguns trechos da Baixada Fluminense e Zona Norte estavam sem energia por causa de uma anormalidade no sistema de Furnas, que afetou a distribuição de energia. Furnas informou, em nota, que as linhas de transmissão alimentavam a Subestação São José. As referidas linhas foram desligadas automaticamente pela atuação correta do sistema de proteção de falhas e foram reenergizadas às 15h11 e 15h16, respectivamente. A equipe técnica da empresa apura as causas da ocorrência neste momento. (Agência CanalEnergia – 31.08.2016)
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2 Climatempo quer mais análises sobre medições de ventos
Com os estudos das séries hidrológicos já consolidados pela forte presença das hidrelétricas na matriz, o momento agora é de se estudar as medições dos ventos na busca de um resultado ótimo para a operação. De acordo com Gilca Palma, diretora de P&D da Climatempo, a análise do vento e da chuva permite um melhor aproveitamento da fonte. "Se começa a analisar o vento e a chuva, dá para entender o comportamento do vento", explica ela, que participou nesta quarta-feira, 31 de agosto, de painel no Brazil Windpower, no Rio de Janeiro (RJ). Ela conta que quanto mais dados sobre e medição do vento existirem, maior será o controle sobre ela. As séries dos dados de vento são muito curtas, não maiores que cinco anos, o que representa bem pouco e assuntos de clima. "Quanto mais os dados forem compartilhados, mais vamos entender as incertezas e poder modelar o vento", avisa. Ainda não é possível prever os impactos das mudanças climáticas sobre os ventos, já que isso ainda está em análise. Estudos indicam que o vento pode aumentar no Nordeste, mas ainda são simulações. Mudanças climáticas são alterações no comportamento. “Se continuarmos passando por esse padrão de mudança pode haver alteração de vento também”, observa. A analista do Climatempo acredita que os ventos do Nordeste devem se manter, mas também quer mais estudos para um diagnóstico. A região Nordeste vai sofrer o fenômeno La Niña, que pode trazer mais chuva para a região em setembro. Por lá, as chuvas devem manter a normalidade até o fim do ano. Esse fenômeno La Niña pode trazer ligeira diminuição dos ventos. O Climatempo vem estabelecendo convênios com os players eólicos no último ano a fim de ter mais informações para efetuar modelagem de eólicas. Houve a troca de conhecimento por dados. "Entendemos a dúvida do setor, o que eles estão buscando e o que já tinham. Conseguimos melhorar a modelagem de vento", aponta. O modelo foi desenvolvido pelo Climatempo para o setor. (Agência CanalEnergia – 31.08.2016)
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Meio
Ambiente
1 COP 21: fonte eólica será importante no cumprimento das metas do setor elétrico
A fonte eólica deve auxiliar os países a cumprirem as metas estipuladas na COP 21, em Paris. Em debate realizado nesta quarta-feira, 31 de agosto, na sétima edição do Brazil Windpower, que está sendo realizado no Rio de Janeiro, o secretário-geral do Global Wind Energy Council, Steve Sawyer, mostrou que a fonte teve um crescimento inesperado de 22% em 2015, principalmente puxado por resultados de países como China, Estados Unidos e Alemanha. De acordo com ele, houve uma proliferação de mercados na América Latina, Ásia e África e hoje mais de 26 mercados no mundo já tem mais de 1.000 MW e oito tem mais de 10.000 MW. A fonte eólica foi responsável por aproximadamente 4% do suprimento em 2015 e deve chegar a 8% em 2020, sendo que em 2030 esse percentual deve chegar a até 20%. Em 2050, a fonte deve ser um terço do suprimento, caso os desafios do clima sejam domados. Segundo Sawyer, o avanço tecnológico registrado no setor eólico veio por meio das eólicas offshore, que estão com o seu preço em tendência de queda. Os custos das eólicas vêm caindo e ela já é a fonte mais barata para adicionar capacidade em mercados em crescimento, como os da África e América Latina, assim como em algumas regiões dos Estados Unidos e Canadá. No Brasil, a expectativa é que o cumprimento da meta seja alcançado, embora de acordo com o diretor da Empresa de Pesquisa Energética, Amílcar Guerreiro, as mudanças climáticas podem se transformar em um desafio. Nos últimos anos, houve um grande despacho térmico ocasionado por sucessivas hidrologias ruins. Ainda segundo Guerreiro, o desafio brasileiro também é diferenciado, uma vez que ele não vai ter que aumentar de modo expressivo a inserção de fontes renováveis na nossa matriz energética e sim, mantê-las nas contratações. Ele conta que a temática preço-acesso à energia ainda está presente. (Agência CanalEnergia – 31.08.2016)
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Energias Renováveis
1 Gargalos em rede de transmissão preocupam eólicas
As restrições físicas do sistema de transmissão de energia brasileiro são o principal obstáculo para a expansão da energia eólica no país, de acordo com a avaliação da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Para a entidade, é preciso que o governo busque formas para viabilizar o escoamento da energia dos futuros parques, que serão contratados nos próximos leilões. "Não adianta serem contratados 4 gigawatts de energia eólica no leilão, porque não temos margem de escoamento. Chegamos em 2015 e 2016 no limite do escoamento [de energia]. A transmissão no Brasil está com um problema estrutural. Ele [o setor de transmissão] foi afetado com margens apertadas de modo que os investidores ficaram concentrados em estatais que aceitavam baixas taxas de retorno e alguns outros players corajosos", disse Elbia Gannoum, presidente da Abeeólica, no Brazil Wind Power, principal evento da indústria eólica do país. A entidade defende que a margem de escoamento do sistema de transmissão reservada aos projetos de geração que não saíram do papel seja liberada para os empreendimentos que disputarão o leilão de energia de reserva (LER) marcado para 16 de dezembro. "Estamos extremamente preocupados com a margem de escoamento para os projetos que irão a leilão", afirmou Elbia. A liberação da margem de escoamento na rede de transmissão depende do estudo em curso pela EPE e pelo ONS de rever os projetos de geração contratados e que não entrarão em operação. "Existe uma quantidade de projetos que potencialmente não se materializarão", disse o presidente da EPE, Luiz Barroso. Segundo Rogério Zampronha, presidente no Brasil da fabricante dinamarquesa de equipamentos eólicos Vestas, o potencial de margem de escoamento na rede de transmissão que poderá ser liberado para os projetos eólicos no LER é de até 4 GW. De acordo com Tiago Barros, diretor da Aneel, dos R$ 30 bilhões previstos em projetos de transmissão de energia que estavam previstos para serem leiloados este ano, apenas R$ 15 bilhões serão cumpridos, porque quase 50% dos projetos ofertados no último leilão de transmissão não foram negociados. "Nossas simulações indicam que precisaremos de reserva de intercâmbio [de energia] para o Nordeste em grande quantidade. E não conseguimos contratar isso na forma esperada", afirmou Barros. (Valor Econômico – 01.09.2016)
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2 Desafios da expansão eólica podem trazer ICGs de volta
Os desafios da expansão da fonte eólica podem trazer novamente ao cenário as Instalações de Interesse Exclusivo de Centrais de Geração para Conexão Compartilhada. A volta das ICGs também pode vir da dificuldade encontrada nos últimos leilões de transmissão. O diretor da Aneel, Tiago Correia, classificou a ICG como uma ótima alternativa, porém muito dependente da velocidade das decisões da agência por ser um contrato regulado. "Temos que rever a governança da ICG. Questões de processos para alterações e disputas dependem da Aneel e ela não tem a habilidade de uma empresa privada", afirmou. Segundo o diretor, já existe um pleito da Associação Brasileira de Energia Eólica para que o assunto seja revisitado. Atualmente as ICGs não tem mais sido colocadas em leilões, porque para que um projeto participe, ele já deve ter a conexão ao sistema programada, o que não acontecia antes. "Primeiro se fazia o leilão, depois se resolvia a conexão", relembra. Com o fracasso desse modelo, devido ao atraso em muitas linhas que ficavam prontas muito tempo depois das usinas eólicas, ele foi abandonado, embora ainda esteja na legislação. Ainda de acordo com Correia, a intenção é que nada impeça que os empreendedores eólicos com projetos próximos se unam e dividam o investimento na transmissão, o que além de ser mais barato e menos complexo, não teria a sua implantação regulada pelo órgão. "Seria uma ICG sem a interveniência do regulador", explica. Élbia Gannoum, presidente executiva da ABEEólica, confirma o interesse dos investidores eólicos em aportarem recursos na transmissão, mas desde que haja rentabilidade. Já para o consultor Mario Veiga, o ocaso da ICG veio devido à má gestão de uma estatal sobre os projetos. (Agência CanalEnergia – 31.08.2016)
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3 ABEEólica, Abragel, Instituto Totum e CCEE assinam acordo de cooperação
A Associação Brasileira de Energia Eólica, a Associação Brasileira de Energia Limpa, o Instituto Totum e a CCEE celebram um acordo de cooperação, visando dar maior robustez ao Certificado e Selo de Energia Renovável. A assinatura aconteceu durante o Brazil Windpower 2016 que está sendo realizado no Rio de Janeiro. De acordo com este compromisso assumido entre as partes, a CCEE passará a apoiar o processo de certificação sempre que for necessária a verificação dos dados de geração de energia proveniente de fontes renováveis. A confirmação e a certificação digital dos dados de fonte independente estão de acordo com as melhores práticas adotadas pelos certificadores internacionais. Importante mencionar, ainda, que esta credibilidade é fundamental e cumpre requisitos do acordo também assinado nesta quarta-feira com a plataforma mundial de comercialização do IREC. “A CCEE apoia iniciativas voltadas ao futuro sustentável do mercado de energia elétrica no Brasil. Por isso, acreditamos que o Certificado e o Selo de Energia Renovável incentivam os consumidores a valorizarem este aspecto, agregando valor tanto para o gerador como para o comprador da energia de fontes renováveis”, comenta o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri. “Um dos pilares do Sistema de Certificação de Energia Renovável é a confiabilidade dos dados de geração de energia e a cooperação com a CCEE garante ainda mais credibilidade aos RECs emitidos no Brasil”, explica Fernando Giachini Lopes, Diretor do Instituto Totum. “O Certificado e o Selo de Energia Renovável certamente ganham muito com esse acordo de cooperação, que cumpre ainda diretrizes do IREC para comercialização em sua plataforma, mundialmente utilizada”, explica Elbia Gannoum, presidente executiva da ABEEólica. A presença da CCEE nesse acordo corrobora os dados referentes ao potencial das fontes renováveis no atendimento ao mercado de energia de forma sustentável. Entendemos essa iniciativa como sendo um importante passo na consolidação das fontes de energia limpa, como um pilar do desenvolvimento da sociedade para o futuro, explica Thiago Abreu, gerente executivo da Abragel. (Agência CanalEnergia – 31.08.2016)
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4 Empresas pioneiras recebem certificado de energia renovável
Quatro empresas receberam nesta quarta-feira, 31 de agosto, durante o Brazil Windpower, certificados de energia renovável por projetos que já haviam sido aprovados pelas instituições responsáveis. As empresas foram a Atiaia Energia, pela PCH Porto das Pedras; a CPFL Renováveis, com a PCH Ninho e a solar Tanquinho; a Honda Energy do Brasil, com o parque eólico de Shangri-la; e a Statkraft Brasil, com o parque eólico Macaúbas. A partir dessa certificação, segundo o diretor do Instituto Tótum, Fernando Lopes, as empresas poderão emitir certificado de energia renovável para os consumidores interessados em declarar ao mercado que utilizam energia renovável em seus produtos, através de um selo verde. "O consumidor pode ter um PPA com essas empresas comprando só a energia ou pode adquirir um certificado de energia renovável para declarar que utiliza essa energia renovável em seu produto. É um valor extra que é pago, inclusive", explicou Lopes. Ele contou que os consumidores procuram o instituto para saber como comprar esses certificados. Até o momento empresas como o Citibank, a EY, a Renner, a Nívea, a P&G, entre outras já adquiriram os certificados. "Essa é uma possibilidade de criar um produto diferenciado com valor agregado", comentou Elbia Gannoum, presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica. Atualmente, uma PCH e oito eólicas estão em processo de certificação. Com a finalidade de garantir que a energia consumida pelas empresas é mesmo renovável, a ABEEólica, a Abragel, o Instituto Tótum e a CCEE, assinaram nesta quarta-feira, 31, um acordo de cooperação. Pelo acordo, a CCEE, fará sempre que necessária, uma verificação de dados de geração de energia proveniente de fontes renováveis, assegurando a utilização dessas fontes. (Agência CanalEnergia – 31.08.2016)
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5 GE introduz novas tecnologias para aumentar competitividade no mercado eólico
A GE, que tem um terço do mercado nacional de aerogeradores, está trazendo novas tecnologias para se tornar ainda mais competitiva no Brasil. Além de aumentar a capacidade das turbinas produzidas no país - a plataforma atual está passando de uma faixa de 2 a 2,3 MW para até 2,5 MW -, a fabricante adiciona duas alturas de torres ao seu portfólio de produtos: 87 e 118 metros, além da torre de 80 metros. A estimativa é de que o novo tamanho de turbina viabilize ganhos de até 20% na produção de energia, na comparação com a plataforma anterior. "Assim conseguimos atender a todas as condições de vento brasileiras. Com as torres mais altas, ganhamos competitvidade em estados como o Rio Grande do Norte, por exemplo", afirma a líder de Marketing e Produtos da companhia, Rosana Santos. A torre de 118 metros é uma tecnologia exclusiva para o mercado brasileiro, desenvolvida em parceria com a GRI Hybrid Towers. O componente é composto por um segmento de 36 metros de concreto pré-tensionado na base e mais três seções de aços, que completam os 118 metros. De acordo com Rosana, é possível que a tecnologia seja levada para outros mercados em que a GE atua. A companhia também busca alongar contratos de operação e manutenção de sua frota de aerogeradores em operação no país. A intenção é oferecer o serviço completo para clientes, além daqueles previstos nas garantias. Atualmente, a GE opera todas as suas turbinas instaladas no Brasil, mas tenta se posicionar de forma a não perder esses contratos. "Com a entrada de terceiros, a operação na nossa frota pode ser ameaçada", explica Rosana. De acordo com a executiva, a companhia estuda inclusive a gestão de aerogeradores de concorrentes. "A ideia, uma diretriz global da empresa, é que o serviço seja tão ou mais importante quanto a venda de aerogeradores", comenta. (Agência Brasil Energia – 31.08.2016)
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6 Vestas dobra turno em fábrica de geradores no CE
A dinamarquesa Vestas, maior fabricante de equipamentos eólicos do mundo, dobrou o turno de operação de sua fábrica de componentes em Aquiraz, no Ceará. A medida visa atender a carteira de encomendas da empresa no Brasil, que possui contratos firmes para entrega de mais de 500 megawatts (MW) de geradores eólicos. A unidade, inaugurada no início deste ano, conta com 600 funcionários. No local, são fornecidos hubs, peça responsável pela automação das pás eólicas, e naceles, caixa onde fica o gerador. Segundo o presidente da Vestas no Brasil, Rogério Zampronha, o Brasil é o quinto maior mercado em entrada de pedidos da Vestas, entre os 30 países onde a companhia atua. Além dos 500 MW em encomendas em andamento, a dinamarquesa já entregou 750 MW em geradores. No resultado da Vestas no segundo trimestre, o Brasil foi o terceiro principal país em entrada de pedidos nas Américas, com 190 MW, atrás apenas de Estados Unidos (481 MW) e Canadá (224 MW). Em termos globais, as vendas da empresa no trimestre somaram € 2,557 bilhões, com alta de 46% em relação a igual período do ano passado. Na mesma comparação, o lucro líquido mais que dobrou, para € 278 milhões. Os Estados Unidos são o líder de encomendas das Vestas. A expectativa para este ano é que a empresa negocie pedidos de 3 a 4 gigawatts (GW) naquele país. Segundo a publicação especializada "Windpower Monthly", a dinamarquesa está negociando o fornecimento de 2 GW em equipamentos com a americana MidAmerican Energy - tido como o maior contrato do tipo no mundo. Questionado sobre o assunto, Zampronha disse que não comenta o assunto. Sobre o Brasil, o executivo disse estar otimista com a demanda do leilão do leilão de energia de reserva (LER) marcado para o fim do ano. Segundo ele, entre os principais fatores para o otimismo estão a tendência de retomada do crescimento do consumo de energia no país e a possibilidade de liberação da margem de escoamento da rede de transmissão brasileira para novos projetos eólicos. (Valor Econômico – 01.09.2016)
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7 Grupo USJ sai de prejuízo para lucro de R$ 55,5 milhões no 1º trimestre
O Grupo USJ Açúcar e Álcool, dono de três usinas no Centro-Sul, obteve um lucro líquido de R$ 55,555 milhões no primeiro trimestre da safra 2016/17, encerrado em 30 de junho, após um prejuízo quase do mesmo montante no mesmo trimestre da safra passada. A recuperação reflete a melhora tanto do lado operacional como na situação financeira. A receita operacional líquida saltou 58% na comparação anual, para R$ 129,143 milhões, enquanto o resultado financeiro líquido foi positivo em R$ 135,573 milhões, após um resultado financeiro negativo de R$ 49,699 milhões no mesmo período do ano passado. Da receita, R$ 87,765 milhões foram obtidos com o negócio de açúcar e R$ 46,573 milhões com as operações de etanol, ambos superiores aos resultados do primeiro trimestre da última safra. As operações de energia elétrica, que não geraram nenhum faturamento no primeiro trimestre do ciclo passado, geraram no último trimestre uma receita de R$ 1,489 milhão. Nas notas explicativas do balanço, a companhia afirma que essa recuperação decorre de “novas políticas de gestão”, entre elas a utilização da capacidade máxima de produção tanto na área agrícola como na área industrial, o que tem diluído os custos fixos e elevado a produtividade. Houve também impacto de alienação de ativos. No lado financeiro, a companhia conseguiu reduzir as despesas financeiras em 18% para R$ 74,835 milhões. Segundo nota explicativa, a USJ conseguiu renegociar dívidas que venciam no curto prazo, o que não apenas foi responsável pela redução das despesas financeiras, como adequou os desembolsos ao fluxo de caixa. (Valor Econômico – 31.08.2016)
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Gás
e Termoelétricas
1 Produção média de petróleo e gás natural atinge 3,21 milhões de barris
A produção média de petróleo e gás natural no Brasil registrada em junho deste ano foi de 3,21 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboe/d), ultrapassando o recorde anterior obtido em agosto de 2015, quando foram produzidos 3,171 MMboe/d. Quando comparado ao mês anterior, o registro foi de 1,74% superior contra os 3,12 MMboe/d de maio. Os dados constam no Boletim de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural N° 52, divulgado pelo MME. Considerando somente o petróleo, a produção média no período foi de 2,56 milhões de barris por dia (MMbbl/d), valor 2,85% superior ao registrado no mês anterior, que foi de 2,49 MMbbl/d. A produção de petróleo superou o recorde alcançado em agosto de 2015, quando foram produzidos 2,547 MMbbl/d. Em relação ao gás natural, a produção verificada foi de 103,5 MMm³/d, superando o recorde anterior de 100,4 MMm3/d obtido em dezembro de 2015, e correspondendo a um aumento de 3,71% em relação ao mês de maio, quando foi produzido 99,8 MMm³/d. Já os campos relativos ao horizonte geológico do pré-sal foram responsáveis pelo volume médio de 999,9 mil barris por dia (Mbbl/d) de petróleo, um aumento de 7,64% em relação a maio, com o volume de 928,9 Mbbl/d. Esses campos também produziram 38,1 MMm³/d de gás natural, um aumento de 10,43% em relação a maio, com 34,5 MMm³/d. No total, foram produzidos no horizonte geológico do pré-sal 1,240 MMboe/d de petróleo e gás natural, um aumento de 8,2% em comparação com maio, com a média de 1,15 MMboe/d. Em junho, a produção total de petróleo e gás natural foi obtida a partir de 8.869 poços, sendo 773 marítimos e 8.096 terrestres. Os campos marítimos foram responsáveis por 94% do petróleo e 77,6% do gás natural produzido em todo o território nacional. (Agência CanalEnergia – 31.08.2016)
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Economia Brasileira
1 PIB deve voltar ao campo positivo no quarto trimestre, indica BofA
Os dados de atividade ainda mostraram desempenho fraco no segundo trimestre, mas já há sinais de que podemos estar nos aproximando da retomada do crescimento no quarto trimestre deste ano, na avaliação de David Beker, chefe de economia e estratégia do Bank of America Merrill Lynch (BofA) para o Brasil. Segundo as Contas Nacionais Trimestrais, divulgadas nesta quarta-feira pelo IBGE, o PIB recuou 0,6% entre o primeiro e o segundo trimestre, feitos os ajustes sazonais, depois de queda de 0,4% na abertura do ano. “Embora o PIB tenha se mantido em terreno negativo na comparação anual, seu ritmo de queda está desacelerando, o que sugere que o ponto de inflexão na comparação trimestre a trimestre está próximo”, avaliam Beker e a economista Ana Madeira em relatório divulgado a clientes. Nos três meses encerrados em junho, o PIB encolheu 3,8% em relação a igual período de 2015, retração que foi de 5,4% entre janeiro e março. Essa trajetória, dizem, é consistente com a expectativa do banco de que a recuperação do PIB deve começar no quarto trimestre deste ano. Para a média de 2016, o BofA mantém a projeção de retração de 3,5%. “Os níveis de confiança melhoraram e estão mostrando sinais de estabilização na margem, e como a confiança geralmente antecede a recuperação da atividade em cerca de dois trimestres, ela está em linha com o nosso cenário de retomada”, afirmam Beker e Ana. Enquanto o consumo das famílias, que diminuiu 0,7% entre o primeiro e o segundo trimestres, deve permanecer fraco, tendo em vista que o desemprego deve atingir seu pico nos próximos meses, a reação da atividade será puxada pelo investimento, cenário corroborado pelos dados do segundo trimestre, observam os economistas. De abril a junho, a FBCF cresceu 0,4% sobre os três meses anteriores, depois de dez trimestres seguidos de queda. Para os economistas do BofA, a alta foi influenciada pela melhora da confiança, pelas perspectivas de maior estabilidade política e, também, pelo comportamento mais favorável de indicadores de atividade. (Valor Econômico – 31.08.2016)
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2 Produto per capita cai mais que durante 'década perdida'
A queda acumulada pelo PIB per capita desde o início do atual ciclo recessivo já se aproxima de dois dígitos e ultrapassa a registrada durante a "década perdida". Cálculos do economista Alberto Ramos, diretor de pesquisas econômicas para América Latina do Goldman Sachs, apontam retração de 9,7% em termos reais dessa variável, uma medida do padrão de vida do brasileiro, desde o segundo trimestre de 2014, mais do que os 7,6% registrados durante os 12 anos entre 1981 e 1992. "Os números são esses, mesmo. Apesar dos sinais de melhora atuais, houve piora muito grande na economia", afirma o pesquisador associado do Ibre-FGV e professor da UFF Claudio Considera. "Temos uma das piores recessões de todos os tempos no país, uma queda na produção econômica que vem desde 2014. A recessão tem a ver com o passado e não com o presente, com a deterioração das contas públicas que vem desde o fim do primeiro governo Dilma Rousseff", diz o pesquisador. Após recuar 0,8% em 2014, o PIB per capita diminuiu 4,6% no ano passado. Por ser usado no cálculo do Índice de IDH, junto com a escolaridade e a expectativa de vida, ele é uma medida mais próxima dos ganhos de bem -estar da sociedade. Como leva em conta a demografia, se a população avança em ritmo superior à economia, os habitantes ficam mais pobres em relação à situação anterior, independentemente de o país ter crescido. Nesse sentido, a situação atual é ainda pior, já que o número de habitantes aumenta em ritmo mais brando do que na década de 80, mas o PIB recua de forma mais expressiva. (Valor Econômico – 01.08.2016)
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3 Déficit do setor público em julho chega a R$ 12,8 bi, pior resultado desde 2011
Sem reação da atividade econômica e, consequentemente, da arrecadação de impostos, e uma limitada margem para impedir a alta real de gastos, o resultado primário do governo geral segue piorando mês a mês. Agora em julho, o déficit foi de R$ 12,816 bi, maior da série compilada pelo BC desde 2011. No ano, o resultado é negativo em R$ 36,6 bilhões, também pior da série, e em 12 meses o déficit é recorde, somando 2,54% do PIB (R$ 154 bi). Citando dados do Tesouro, o chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel, apontou que, em termos reais, as despesas cresceram 3% de janeiro a julho deste ano em comparação com igual período do ano passado, enquanto as receitas recuaram 5,2%. "Tem um descompasso, de fato, na evolução de receitas e despesas e isso já vem ocorrendo faz algum tempo e isso, claro, repercute nos resultados mensais." O que se pode esperar até o fim do ano são números ainda piores. A meta de déficit do setor público consolidado é de R$ 163,942 bi (2,64% do PIB), o que deixa margem para uma média mensal de déficits de R$ 25,4 bi. O resultado acumulado em 2016 só não é pior, porque Estados, municípios e as respectivas estatais ainda sustentam superávit de R$ 9,751 bi. Segundo Maciel, esse superávit de governos regionais é resultado do compromisso de pagamento de dívida com a União. Já o governo central, que reúne BC, Tesouro, Previdência e estatais, aponta déficit de R$ 46,343 bi. Em relação ao déficit nominal, que inclui gasto com juros, a dinâmica continua sendo de melhora, apesar de déficits primários crescentes. A explicação está no resultado das operações de swap cambial, que geram resultados positivos ao BC conforme o dólar mantém viés de baixa. Em 2016, até julho, a conta de swaps gerou ganho de R$ 67,886 bi, contra perda de R$ 57,040 bi um ano antes. Assim, a conta de juros que era de R$ 288,623 bi no acumulado de 2015, cai R$ 213,899 bi em 2016. Com isso, o déficit nominal cai de R$ 282,418 bi no ano passado para R$ 250,491 bi em 2016. (Valor Econômico – 01.08.2016)
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4 Dólar ontem e hoje
Hoje. às 9h32, a moeda americana marcava R$ 3,2342, alta de 0,11%. Na quarta-feira, a moeda americana encerrou o mês em queda de 0,38% e acumula desvalorização de 18,34% no ano. (Valor Econômico – 01.09.2016 e 31.08.2016)
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Internacional
1 Chile planeja 4,1 GWh/ano para próximo leilão
Após o leilão de energia eólica bem sucedido realizado em agosto pelo Chile, que contratou 12,5 GWh/ano para início de suprimento em 2021, o governo do país já está perto de lançar a próxima concorrência, para início de suprimento em 2023. "Ao final deste ano, vamos lançar nova licitação de 4,1 GWh/ano", informou o secretário executivo da Comissão Nacional de Energia do governo do Chile, Andrés Romero, durante o Brazil Windpower, nesta quarta-feira (31/8). O ano de homologação do processo será 2017. Romero apresentou também os planejamentos para realização de novas concorrências para os próximos quatro anos. Os volumes ficarão em torno dos 7,9 GWh/ano para o leilão de 2018, 9,7 GWh/ano para o de 2019 e 4,8 GWh/ano, em 2020. No último leilão de agosto, o preço médio ficou em US$ 47,59/MWh para contratos que vão suprir o fornecimento para cerca de 30% do mercado do Chile. Entre os destaques, a irlandesa Mainstream Renewable Power fechou contrato para construção e operação de sete parques eólicos, em um total de 986 MW de capacidade instalada, e a espanhola Acciona negociou 183 MW eólicos a partir de uma usina. Atualmente, o país possui 947 MW eólicos em operação e outros 421 em construção. (Agência Brasil Energia – 31.08.2016)
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Biblioteca Virtual do
SEE
1 STREET, Alexandre. “A bem-vinda revisão do método de cálculo da energia elétrica”. Valor Econômico. São Paulo, 1º de setembro de 2016.
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Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa:
Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.
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