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IFE: nº 4.163 - 31 de agosto de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL: elevação das receitas e das taxas de retorno deve ser necessária para atrair os empreendedores para a disputa do leilão de transmissão
2 MME: adiamento do leilão aconteceu exatamente pela questão da competitividade
3 Projetos de geração 'parados' devem ser revistos
4 Governo vai criar PDEs para eficiência energética
5 Apenas seis estados ainda não aderiram ao convênio Confaz sobre ICMS de GD
6 Distribuidoras vão repassar R$ 510,9 mil para conta-bandeira de julho
7 Aneel libera eólicas no Rio Grande do Norte para dar início as operações comerciais
8 Ressarcimento por dano elétrico deve ser informado na conta de luz
9 Processos da Aneel terão sistema de notificação eletrônica
10 CPqD: Sistema elétrico está vulnerável a ataques cibernéticos

Empresas
1 AES Eletropaulo tenta suspender multa R$ 143 mi aplicada pela Aneel
2 Aneel determina devolução pela CGTEE de R$5,3 mi à CDE
3 Aneel recomenda ao MME fim de concessão da Transmissora Maranhense
4 Aneel prorroga tarifas de cooperativas de eletrificação rural
5 Norte Energia promove novo leilão de energia

Leilões
1 MME: leilões híbridos podem sair no começo do ano que vem

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Fornecimento de energia cai parcialmente nesta terça-feira no NO e NE
2 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
3 ANA: Vazão de Três Marias vai para 430 m³/s em setembro

Meio Ambiente
1 Negado pedido para Samarco adiar limpeza de hidrelétrica

Energias Renováveis
1 BNDES: Financiamento de energia renovável é prioridade
2 Abeeólica: Fonte eólica atinge 10 mil MW de capacidade instalada no Brasil
3 Consolidada no país, cadeia eólica pode exportar para América Latina

4 Geração eólica sobe 77% em 2015, indica EPE

5 Honda amplia fornecimento do parque eólico Xangri-Lá

6 Em 2016, energia eólica no Brasil passou a ter condições de produzir 10 GW

7 Sistema de energia solar reduz conta de consumidor em 98,5%

8 Empresa vende placa solar e garante redução de 90% na conta de luz no AC

9 Etanol tem nova desvalorização no mercado spot

Gás e Termelétricas
1 Consumo de gás recua 25% no primeiro semestre

Grandes Consumidores
1 Resultado de mineradoras ainda recua no 1º semestre

Economia Brasileira
1 PIB do Brasil recua 0,6% no segundo trimestre e 3,8% ante um ano antes
2 IBGE revê recuo da economia brasileira no 1º trimestre para 0,4%

3 Consumo das famílias contribuiu para PIB continuar retraído, nota IBGE
4 Dívida bruta do setor público vai a 69,5% do PIB e marca novo recorde
5 Setor público tem déficit primário de R$ 12,816 bilhões em julho
6 IGP-M perde força e deve fechar o ano abaixo de 10%, projeta FGV
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Cuba e Espanha assinaram uma aliança estratégica para o desenvolvimento da energia fotovoltaica
2 Peru: investimentos no Gasoduto Sul Peruano serão acelerados


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL: elevação das receitas e das taxas de retorno deve ser necessária para atrair os empreendedores para a disputa do leilão de transmissão

O segundo leilão de transmissão de energia do ano, que foi remarcado ontem para 28 de outubro, deve trazer uma taxa de retorno mais elevada para os investidores, a fim de atrair os empreendedores mesmo com a situação ainda delicada da economia do país. A Aneel determinou ontem a nova data para a disputa, que aconteceria sexta-feira. A publicação do novo edital, que vai revelar as regras atualizadas da disputa, deve ocorrer no dia 27 de setembro. O teto da receita anual permitida (RAP) determinada para os projetos deve ser revisto, afirmou ontem o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Eduardo Azevedo, após participar da abertura do Brazil Wind Power, evento sobre energia eólica, no Rio de Janeiro. Segundo o professor Nivalde Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da UFRJ, uma elevação das receitas e das taxas de retorno deve ser necessária para atrair os empreendedores para a disputa. "Como temos uma economia com uma certa instabilidade, uma maneira de se atrair investimentos é aumentar a taxa de retorno e estimular a entrada de novos empreendedores, para aumentar a competição", disse o professor. (Valor Econômico – 31.08.2016)

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2 MME: adiamento do leilão aconteceu exatamente pela questão da competitividade

O adiamento do leilão aconteceu exatamente pela questão da competitividade, disse o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Eduardo Azevedo. "Se colocarmos uma grande quantidade de lotes para serem licitados e há poucos empreendedores no mercado, o mercado vai escolher, e não o governo vai escolher. Dentro do planejamento, estamos refazendo esse rol de projetos que vão para o leilão e estamos criando uma maneira de torna¬-los mais competitivos. Estamos mexendo na RAP, dentro da metodologia aprovada por todos os órgãos de controle e regulação e estamos colocando no mercado", afirmou o secretário. A taxa de retorno do primeiro leilão de transmissão do ano, realizado em abril, foi considerada atrativa pelo mercado. Mesmo assim, a disputa só teve 58% de sucesso. Para Carlos Ribeiro, presidente do conselho da Associação Brasileira de Concessionárias de Energia (ABCE), é importante que essa atratividade seja mantida no segundo leilão do ano. "Considerando todas as situações e riscos que temos, é importante que o investimento tenha a devida rentabilidade", disse Ribeiro. Segundo ele, sem isso, o governo voltaria para a situação de leilões vazios, o que seria "péssimo" para o país. (Valor Econômico – 31.08.2016)

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3 Projetos de geração 'parados' devem ser revistos

O governo está refazendo os estudos de planejamento do setor elétrico para identificar os projetos de geração e transmissão contratados em leilões anteriores e que não deverão sair do papel. Com base nesses números, o MME terá uma ideia melhor do volume que poderá ser contratado nos LER deste ano. "Estamos refazendo o planejamento. Tem muita energia de papel que não necessariamente vai virar energia real. Estamos avaliando que empreendimentos são esses e identificar qual a real necessidade de mercado", disse ontem o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Eduardo Azevedo. Questionado por jornalistas sobre a expectativa de demanda do LER marcado para 16 de dezembro, que contratará energia de fonte eólica e solar, Azevedo disse não poder informar o número para não interferir na competitividade do leilão. O setor eólico pleiteia a contratação de 2 GW de capacidade instalada de novos projetos por ano, para dar sustentabilidade à cadeia de fornecedores do segmento. No ano passado, porém, foram contratados apenas 1,1 GW. E, neste ano, não foi comercializado nenhum megawatt eólico até o momento. "O LER é um mecanismo de política. E ele tem que ser usado no momento de necessidade, que é agora. Acabamos de construir uma cadeia produtiva. E precisamos manter o sinal de investimentos. Estamos com 80% de nacionalização [de equipamentos]", disse a presidente da Abeeólica, Elbia Gannoum. O presidente no Brasil da Vestas, Rogério Zampronha, estima que seja contratado um volume entre 1 GW e 2 GW no leilão de dezembro. Estudo recente feito pela consultoria PSR, da qual o atual presidente da EPE, Luiz Barroso, indica que do volume estimado de sobra contratual no sistema elétrico atual de 12,4 GW, apenas 3,4 GW são reais. (Valor Econômico – 31.08.2016)

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4 Governo vai criar PDEs para eficiência energética

Faz parte dos planos do MME criar no médio PDEf, com revisão anual, caráter indicativo, objetivo e pragmático, análogos ao PDE. O anúncio oficial foi realizado hoje no 13º Cobee, em São Paulo, por meio de leitura, na abertura do evento, de discurso enviado pelo próprio ministro, Fernando Bezerra Coelho Filho, que não pode comparecer ao congresso mas fez questão de anunciar a novidade para os participantes. Segundo informações do mercado, o ministro ficou em Brasília, assim como toda a equipe do governo interino de Michel Temer, para acompanhar os desdobramentos do impeachement da presidente afastada Dilma Rousseff, no Senado Federal. Segundo o pronunciamento de Coelho, atualmente as equipes do ministério, incluindo da EPE, estão revisitando o modelo e os objetivos do PNEf, de modo a torná-lo um plano estratégico e dinâmico, de longo prazo, nos mesmos moldes do PNE. Além disso, o MME também pretende, no futuro próximo, unificar os programas estatais de eficiência, o Procel, gerido pela Eletrobras, com o Conpet (Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e Gás Natural), gerido pela Petrobras, para “trazer sinergia e grandes ganhos para a eficiência energética global do país, e não apenas para a eficiência na energia elétrica”. Em paralelo, a EPE também está criando novos indicadores de eficiência energética para monitorar os principais setores consumidores de energia, nos moldes dos empregados pela União Europeia. Além disso, a empresa criar as chamadas curvas de custos marginais de conservação de energia, que identificam potenciais e valores para priorizar medidas de eficiência em setores industriais de alto consumo. (Agência Brasil Energia – 30.08.2016)

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5 Apenas seis estados ainda não aderiram ao convênio Confaz sobre ICMS de GD

Com a adesão do governo paraense ao convênio Confaz 016/2015, restam apenas seis estados do país a conceder a isenção do ICMS no volume de energia excedente gerado por sistemas de geração distribuída. Apesar dessa medida já alcançar região onde moram cerca de 174 mi de habitantes e restar apenas 15% da população a Absolar quer manter o trabalho junto aos estados que ainda não aderiram para aumentar a abrangência a todo o território brasileiro. De acordo com o presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, ainda estão fora do convênio os estados do Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. Ele não estabeleceu metas ou indicou quando serão feitas reuniões com representantes desses governos, mas comentou que a intenção é a de chegar a todo o país da mesma forma que a entidade tem atuado. Sauaia explicou que o trabalho que a Absolar realiza consiste em promover reuniões com os governos estaduais e a realização de workshops para explicar com detalhadamente sobre as características da fonte e seu potencial no estado. Bem como as oportunidades de desenvolvimento com a geração de empregos em série de reuniões e debates para que os tomadores de decisão tenham subsídios para a tomada de decisão sobre o tema. O presidente executivo da entidade se mostrou otimista com as perspectivas de adesões dos estados que ainda não aderiram ao convênio do Confaz. Em sua avaliação a receptividade tem sido boa e o objetivo é de que nenhum estado da federação deixe de tomar a medida. Até porque, disse, não existe benefício em ficar de fora do convênio uma vez que abre mão de uma receita direta para incentivar as energias renováveis e ao mesmo tempo ganhar com a aceleração da atividade econômica em sua região em função da atratividade e aumento de investimentos locais. (Agência CanalEnergia – 30.08.2016)

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6 Distribuidoras vão repassar R$ 510,9 mil para conta-bandeira de julho

A Aneel anexou nesta terça-feira, 30 de agosto, os valores da Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias para a Liquidação das operações do mercado de curto prazo. Os valores são referentes ao mês de julho de 2016. De um total de R$ 510.913,66, a Coelba (BA) vai repassar a maior cota, de R$ 194.949,84, com a Celpe (PE) em seguida, repassando R$ 69.414,02. Os valores deverão ser repassados para a conta pelas distribuidoras até o próximo dia 1º de setembro. A Conta-bandeiras também vai repassar aos agentes credores pelo mês de julho R$ 530.119,86 das quais a AES Eletropaulo (SP) vai receber R$ 146.251,68 e a Elektro (SP) 131.650,79. O montante deverá ser repassado para as concessionárias até o dia 5 de setembro. (Agência CanalEnergia – 30.08.2016)

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7 Aneel libera eólicas no Rio Grande do Norte para dar início as operações comerciais

A Aneel liberou o início da operação comercial na EOL Ventos de São Benedito, localizada no município de São Miguel do Gostoso, no Estado do Rio Grande do Norte, a partir do dia 27 de agosto. O benefício foi para UG12, de 2,1 MW de capacidade instalada. A EOL São Domingos, também localizada no município de São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte, também recebeu a liberação. As unidades liberadas foram 6, 9 e 12, com 2,1 MW cada, totalizando 6,3 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 30.08.2016)

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8 Ressarcimento por dano elétrico deve ser informado na conta de luz

As concessionárias responsáveis pela energia elétrica do Estado do Rio serão obrigadas a divulgar, nas contas de luz, o direito de ressarcimento por danos a equipamentos causados por problemas no fornecimento, conforme determina a Lei 7.377/16, de autoria do deputado André Ceciliano (PT). A norma foi publicada no dia 15 de julho deste ano, após a derrubada do veto do governador pela Alerj. As empresas também devem ter canais para recebimento de solicitações de reparo, que devem ser respondidas em até 15 dias, além de manter assistências técnicas credenciadas. O parlamentar explica que o direito de ter o equipamento reparado ou até mesmo trocado pela concessionária, estabelecido pela resolução nº 214 da Aneel, ainda é pouco respeitado. O texto determina que a concessionária receba a comunicação do dano por via postal, eletrônica e através de atendimento presencial. Nele, o consumidor deve relatar data e hora prováveis da ocorrência do dano. Caso o ressarcimento seja negado, a concessionária deverá enviar justificativa com relatório sobre os indicadores de qualidade da rede elétrica da região no momento do problema. As empresas também não podem condicionar o reparo à apresentação de documentos que comprovem a posse do equipamento. O deputado alega que os consumidores perdem equipamentos em apagões, como televisões e geladeiras e não conseguem o ressarcimento, por conta da demora no atendimento ou da burocracia que as concessionárias determinam. Caso as regras sejam descumpridas, a empresa poderá ser multada em até dez vezes o valor do produto danificado. Em, nota, a Ampla esclarece que as concessionárias de energia elétrica são regulamentadas pela União e que existem leis federais e regulamentos da Aneel que contemplam os modos e prazos para tratamento dos pedidos de ressarcimento pelas distribuidoras. Procurada, a Light informou que não vai se pronunciar sobre o assunto. (O Globo – 30.08.2016)


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9 Processos da Aneel terão sistema de notificação eletrônica

A Aneel pretende adotar um sistema de notificação eletrônica de empresas e demais interessados nos processos em andamento na autarquia. Ele vai ser ancorado em um cadastro completo com informações de agentes setoriais, o que inclui pessoas físicas, empresas de todos os segmentos e instituições do setor. Desde maio de 2015 está em operação o protocolo digital da Aneel, que permite aos agentes registrar documentos assinados eletronicamente. E a partir de janeiro deste ano, por meio do programa denominado Aneel sem Papel, os processos passaram a ser instruídos de forma totalmente eletrônica. O próximo passo da modernização do sistema processual da agência ficará em audiência pública de 1º a 14 de setembro para o recebimento de contribuições dos interessados. O novo sistema vai demandar a contratação de uma entidade certificadora. Para o relator da proposta que institui a notificação eletrônica, André Pepitone, é oportuno trazer o cadastro de agentes e empresas contratadas para o bojo da discussão, pois o banco de dados servirá tanto para notificar os agentes quanto para armazenar informações dos agentes do setor. (Agência CanalEnergia – 30.08.2016)

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10 CPqD: Sistema elétrico está vulnerável a ataques cibernéticos

Se o Brasil começasse a trabalhar hoje num marco regulatório de proteção ao sistema elétrico contra ataques cibernéticos, concentrando recursos e especialistas preparados nessa área, o resultado adequado surgiria em seis anos. A atenção nessa área, segundo Sérgio Vieira, pesquisador do CPqD, não vem avançando no mesmo ritmo dos investimentos que se verificam na expansão de redes inteligentes, mesmo que estes ainda ocorram aquém do ideal. Desde 2015, lembra o especialista, os Estados Unidos e a União Europeia desenvolveram, de acordo com as especificidades de seus sistemas, conjuntos de conceitos e regras sobre como lidar com a escalada de ataques às centrais de comando de redes elétricas. Esse esforço veio em resposta a uma percepção de risco cada vez maior. Nos últimos quatro anos, só nos EUA, foram registradas 1.131 investidas de hackers, das quais 159 resultaram em invasões, com 53 registros de comprometimentos. O especialista cita como exemplo dois casos: na Coreia do Sul, três reatores nucleares foram desativados remotamente à revelia dos seus controladores, que se apressaram numa operação de emergência para isolá-los do sistema elétrico do país. Já na Ucrânia, milhões de pessoas ficaram sem energia após o desligamento de várias redes elétricas afetando inclusive o acesso dos consumidores aos serviços de atendimento, impedindo a comunicação de problemas, e inutilizando mecanismos de reabilitação automática que permitiriam o restabelecimento mais rápido. Vieira reconhece os esforços de P&D da Aneel e de algumas companhias e do Inmetro, que é rigoroso nos testes com softwares de medidores inteligentes, mas entende que falta um projeto de iniciativa mais ampla que congregue todos os agentes. (Agência Brasil Energia – 30.08.2016)

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Empresas

1 AES Eletropaulo tenta suspender multa R$ 143 mi aplicada pela Aneel

Com uma dívida milionária suspensa pela Justiça por contabilizar investimentos na implantação de 246 quilômetros de cabos de alumínio que não existiam, a AES Eletropaulo tenta agora suspender outra punição imposta pela Agência Nacional de Energia Elétrica no mesmo processo. A distribuidora foi multada em R$ 143,3 mi por não ter feito o registro contábil do valor que, eventualmente, poderá ser obrigada a devolver ao consumidor. A penalidade foi aplicada pela fiscalização da Aneel, que determinou, em dezembro de 2014, o provisionamento no balanço da distribuidora do valor histórico de R$ 626 mi e suas atualizações. A agência havia determinado o ressarcimento ao consumidor desse valor, que teria sido incluído de forma irregular na base de remuneração de ativos da empresa. O pagamento continua suspenso, mas a empresa teve que recorrer do processo punitivo. A diretoria da Aneel adiou o julgamento do recurso, suspenso por um pedido de vistas na reunião semanal de 30 de agosto. Nele, a AES Eletropaulo pede o cancelamento da multa, com o argumento de que não descumpriu a regra do Manual de Contabilidade do Setor Elétrico que trata das hipóteses de provisionamento. A Eletropaulo entende que o risco de ter que devolver o valor questionado judicialmente ao consumidor é baixo, e há necessidade de incluí-lo como uma eventual perda no balanço. Não há consenso entre os diretores e a Procuradoria da Aneel quanto à obrigação da empresa de cumprir a determinação. A posição da Procuradoria e do diretor Tiago Correia, relator do processo, é favorável ao cancelamento da penalidade. Correia revelou dúvidas quanto ao procedimento usado pela fiscalização. Outros diretores preferiram, porém, analisar melhor o processo. (Agência CanalEnergia – 30.08.2016)

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2 Aneel determina devolução pela CGTEE de R$5,3 mi à CDE

A Aneel negou autorização para a transferência e a cobertura dos custos de transporte do combustível não utilizado pelas termelétricas São Jerônimo e Nutepa para outras usinas. A Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica terá de devolver à CDE R$ 5,3 mi destinados à cobertura do óleo e do carvão das usinas, que foram desativadas. Após o pagamento do débito, a CGTEE poderá dar a destinação que desejar ao combustível. Em dezembro de 2013, a estatal do grupo Eletrobras solicitou autorização para transferir 10.270 toneladas de carvão mineral de São Jerônimo e 1.600 toneladas de óleo combustível da UTE Nutepa. A Aneel avaliou que o combustível poderia ser usado por outras usinas beneficiárias da CDE e pediu uma estimativa do custo do transporte para as térmicas dos complexos Presidente Médici e Jorge Lacerda e para a UTE Charqueadas. Um parecer da procuradoria da agência concluiu, no entanto, que os recursos da conta setorial não poderiam ser liberados para a cobertura dessa despesa. (Agência CanalEnergia – 30.08.2016)

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3 Aneel recomenda ao MME fim de concessão da Transmissora Maranhense

A Aneel vai recomendar ao governo a revogação da concessão BR Transmissora Maranhense de Energia. A empresa descumpriu o cronograma de implantação de obras destinadas a solucionar dificuldades de suprimento de energia no interior do Maranhão. Antes mesmo da cassação, a Aneel vai executar as garantias de fiel cumprimento do contrato, depositadas pela empresa. A Transmissaora Maranhense é responsável pela concessão de projetos de transmissão leiloados em 2013. O contrato inclui as linhas de transmissão Imperatriz – Porto Franco, em 230 kV, com extensão aproximada de 113 km; Coelho Neto – Chapadinha II, em 230kV, com aproximadamente 74 km; Miranda II – Chapadinha II, em 230kV, com cerca de 129 km; e a subestação Chapadinha II. Os empreendimento têm prazo de conclusão de 36 meses. (Agência CanalEnergia – 30.08.2016)

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4 Aneel prorroga tarifas de cooperativas de eletrificação rural

A Aneel prorrogou o prazo de vigência das tarifas de 24 das 29 cooperativas de eletrificação rural que tiveram as datas de reajuste anual e de revisão tarifária periódica alteradas em contrato. Todas aderiram à cláusula contratual que estabelecia novas datas de aniversário para as permissionárias de distribuição de energia, mas cinco delas - Ceral Dis, Ceriluz, Cermissões, Certel e Coprel - já passaram por reajuste ou revisão em 2016 e já estão com as tarifas atualizadas. Existem, no total, 38 entidades enquadradas pela Aneel como permissionárias de distribuição. Sete dessas cooperativas (Cedrap, Cercos, Cerim, Ceris, Cernhe, Cerrp e Cetril) decidiram manter as datas originais e não terão suas tarifas prorrogadas. Outras duas (Certaja e Ceprag) ainda não assinaram os termos aditivos por problemas de correspondência, mas deverão se juntar às 29 que já aderiram à alteração nas datas do processo tarifário. Parte das cooperativas terá o calendário alterado por apenas alguns dias, dentro do mês definido originalmente no contrato. Confira a lista das permissionárias que tiveram as datas contratuais alteradas: (Agência CanalEnergia – 30.08.2016)

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5 Norte Energia promove novo leilão de energia

A Norte Energia vai promover às 16 horas desta terça-feira, 30 de agosto, leilão eletrônico para venda de energia elétrica convencional. Serão ofertados dois produtos para o período de suprimento em agosto de 2016. As adesões para habilitação ao leilão poderão ser realizadas até o dia 30 de agosto de 2016, às 12 horas. De acordo com a Norte Energia, as empresas que participaram do leilão realizado no dia 26 de agosto, estão automaticamente habilitadas para participação nesse leilão. (Agência CanalEnergia – 30.08.2016)

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Leilões

1 MME: leilões híbridos podem sair no começo do ano que vem

O governo está estudando os benefícios dos parques híbridos e pretende realizar um leilão já no início do ano que vem. Segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Eduardo Azevedo, estão sendo modeladas quais são as formas de hibridização e como isso pode ser capturado para a modicidade tarifária. Ele contou que o governo está estudando o projeto de Tacaratu, primeiro parque híbrido de eólica e solar, inaugurado a cerca de um ano. O Piauí também já está se preparando para o leilão híbrido. O governador do estado, Wellington Dias (PT), revelou que já está sendo esquematizada uma política de incentivos ainda maiores que os convencionais para projetos dessa categoria. A intenção é que por meio deles, os parques eólico-solares presentes no estado fiquem mais competitivos em um leilão e tenham mais chances de contratação. De acordo com o governador, as regiões das Chapadas do Araripe e das Mangabeiras, nas fronteiras com Pernambuco e Ceará, seriam os locais com mais chances de viabilização desse tipo de projeto. Azevedo, do MME, destacou que, por enquanto, o governo é temporário, mas quando efetivado quer colocar em prática tudo o que está sendo planejado. "Temos trabalhado em termos de planejamento mais [no caminho] de restaurar a lógica econômica, fazer os empreendimentos acontecerem baseados na lógica de mercado. Acho que isso vai funcionar cada vez mais forte agora", apontou. (Agência CanalEnergia – 30.08.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Fornecimento de energia cai parcialmente nesta terça-feira no NO e NE

Queimadas de grandes proporções nas regiões Norte e Nordeste causaram o desligamento parcial no fornecimento de energia em alguns estados por cerca de 1h30, informou o ONS. No total, chegou a haver uma interrupção de cerca de 3.500 MW da carga, mas o processo de recomposição conseguiu ser encerrado às 13h40. Houve interrupção de 26% da carga do Nordeste naquele momento (2.700 MW) e 14% da carga na região Norte (800 MW). Foram afetados os Estados Amazonas, Pará, Amapá, Tocantins, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Segundo o operador, o problema começou às 12h14, houve o desligamento automático de uma linha de transmissão do Tocantins, operada pela Intesa. Meia hora depois, outros circuitos da mesma linha, operados pelas empresas Eletronorte e Taesa, também foram desligados, assim como uma outra linha da Taesa que passa por Goiás e Bahia. Com isso, os subsistemas Norte e Nordeste foram separados do SIN. Isso causou o desligamento automático de 2.300 MW de geração naquele momento, sendo 1.700 MW de energia proveniente de termelétricas e 600 MW de eólicas. Em nota, o ONS informou ainda que vai se reunir com os agentes envolvidos para analisar a ocorrência. Energisa Cerca de 860 mil consumidores na área de concessão da Energisa sofreram com o apagão, informou a companhia. Segundo ela, foram afetados 486 mil clientes na Paraíba, 15 mil no Tocantins e 360 mil no Sergipe. (Valor Econômico – 30.08.2016)

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2 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Em dia de queda para todas as regiões, os reservatórios do submercado Norte estão operando com volume de 47,6%, de acordo com dados do NOS referentes ao último dia 29 de agosto. A energia armazenada é de 7.152 MW/mês e a ENA é de 1.086 MWm, que corresponde a 45% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Tucuruí está com volume de 75,5%. No submercado SE/CO, os níveis estão em 46,3%, e queda de 0,3% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 93.955 MW/mês e a ENA é de 23.093 MWm, que equivale a 100% da MLT. A usina de Furnas está com 65,79% da sua capacidade e a usina de Nova Ponte, está com 31,96%. Na região Sul, a queda de 0,1% deixou os reservatórios da região com volume de 90,7%. A energia armazenada é de 18.095 MW/mês e a ENA é de 12.866 MWm, o mesmo que 101% da MLT. A usina de Barra Grande opera com 80,08% da capacidade. Na região Nordeste, os níveis estão em 19,5%, recuando 0,2% em relação ao dia anterior. A energia armazenada é de 10.113 MW/mês e a ENA é de 1.180 MWm, que é 35% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho está com volume de 14,94%. (Agência CanalEnergia – 30.08.2016)

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3 ANA: Vazão de Três Marias vai para 430 m³/s em setembro

A partir da próxima quinta-feira, 1º de setembro, a vazão defluente do reservatório da UHE Três Marias (MG), no rio São Francisco, vai subir para 430m³/s. Nesta segunda-feira a vazão defluente foi de 389m³/s. O novo patamar deverá ser adotado pela Cemig, que opera a usina. O aumento da vazão busca garantir a manutenção no atendimento dos usos múltiplos da água no trecho entre Três Marias e Sobradinho, na Bahia. Para a barragem de Sobradinho e Xingó (AL), a vazão mínima defluente permanece em 800m³/s, autorizada pela Resolução nº 1492/2015, da ANA e pela Autorização Especial nº 07, de 18 de dezembro de 2015, do Ibama. Esta vazão poderá ser adotada até 30 de setembro. Desde 2013, a bacia do rio São Francisco vem enfrentando condições hidrometeorológicas adversas, com vazões e precipitações abaixo da média, com consequências nos níveis de armazenamento dos reservatórios ali instalados. Desde abril de 2013, a operação dos reservatórios vem sendo feita de forma especial e com acompanhamento periódico. Durante todo o processo de implementação das reduções das vazões liberadas pelos reservatórios do rio São Francisco, a ANA tem coordenado reuniões periódicas de avaliação da situação a jusante dos reservatórios de Três Marias e Sobradinho. Também participam dessas reuniões diversas instituições, como: Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, ONS, Ibama, MME, Chesf e Cemig, entre outras instituições governamentais e representantes de setores usuários da água da bacia. (Agência CanalEnergia – 30.08.2016)

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Meio Ambiente

1 Negado pedido para Samarco adiar limpeza de hidrelétrica

O Ibama negou o pedido da Samarco, que pretendia adiar o prazo para a retirada de lama acumulada no reservatório da hidrelétrica Risoleta Neves (MG, 140 MW), popularmente conhecida como Candonga. A operação da usina está oficialmente suspensa desde maio, após longa indisponibilidade causada pelo rompimento de barragens de rejeitos da empresa, em novembro de 2015, na cidade de Mariana (MG). A data limite é 31 de dezembro, porém a mineradora tentou prolongar para junho de 2017 ou abril de 2018, em um cenário adverso. Na alegação da Samarco, os técnicos estimavam inicialmente 550 mil m³ de rejeitos no local, porém em recente avaliação o volume havia subido para 1,3 mi de m³. O instituto, porém, determinou que a dragagem emergencial seja integralmente feita este ano. Os rejeitos se estendem por 400 metros a partir da usina, trecho considerado fundamental para a segurança da barragem. O empreendimento foi o mais afetado entre os de geração por estar mais próximo às barragens. (Agência Brasil Energia – 30.08.2016)

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Energias Renováveis

1 BNDES: Financiamento de energia renovável é prioridade

Em 2015, a energia eólica abasteceu mensalmente uma população equivalente a todo o Sul do país. A presidenta executiva da ABEEólica, Élbia Gannoum está confiante na abertura de financiamentos por parte do BNDES para o setor e ficou satisfeita com a declaração da presidenta do banco, Maria Sílvia Bastos, de que a energia renovável é prioridade para a instituição.“As condições de financiamento vão se manter. Eles vão fazer alguns ajustes no sentido de chamar mais os bancos comerciais. Eles querem o mercado no financiamento do setor”, disse. “Nós precisamos trabalhar com os bancos privados para tornar o setor de infraestrutura do Brasil mais robusto. Hoje temos um setor de financiamento, que quem financia é o banco de fomento, banco de desenvolvimento. O Brasil é um mercado enorme, então, temos muitas possibilidades. Só que alguém precisa ser o ator, começar este processo e a Maria Sílva está dizendo que o BNDES vai fazer isso. Acho muito bom”. De acordo com a executiva, por causa da energia limpa que produz, o Brasil é um dos poucos países que têm a capacidade de cumprir os acordos do clima de Paris, a Conferência Mundial do Clima (COP21), com tranquilidade e sem custo. “O Brasil é muito rico em recursos renováveis para produção de energia e pode fazer a opção de uma matriz limpa para o futuro, renovável, sem a necessidade de fazer subsídios, porque as fontes renováveis no Brasil são as mais competitivas”. O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Eduardo Azevedo, que estava no encontro representando o ministro Fernando Coelho Filho, e destacou a importância das energias renováveis para o Brasil cumprir as metas que assumiu na COP 21. Azevedo disse que o governo estuda as formas de leilões de fontes complementares como eólica com solar e biomassa, além de biogás e gás natural. “A forma de hibridização está sendo estudada, de forma que possa colocar isso o mais rápido possível, talvez no começo do ano que vem”. Sobre a nova data do leilão de transmissão, marcado para outubro, o secretário informou que o adiamento do certame foi porque ele precisava ter mais competitividade e estar mais aderente às necessidades do planejamento. “Se a gente coloca grande quantidade de lotes para ser licitados e tem poucos empreendedores no mercado, o mercado vai escolher e não o governo. Então, dentro do planejamento a gente está refazendo o rol de projetos que vão para o leilão e criando maneiras de tornar mais competitivo”. (Agência Brasil – 30.08.2016)

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2 Abeeólica: Fonte eólica atinge 10 mil MW de capacidade instalada no Brasil

A fonte eólica atingiu a marca de 10 mil MW de capacidade instalada nesta semana no Brasil, de acordo com a Abeeólica. A marca foi alcançada com a entrada em operação do parque Vila Pará II, do grupo francês Voltalia, em Serra do Mel (RN), com 24 MW de capacidade. “Somos hoje 7% da geração de energia do país. Estamos espalhados em todos os Estados do Nordeste. E acabamos de atingir 10 gigawatts de parques em pé”, afirmou Lauro Fiúza, presidente do conselho de administração da Abeeólica, durante discurso de abertura no Brazil Wind Power (BWP). Segundo o executivo, a cadeia de fornecedores da indústria de energia eólica conta hoje com seis grandes fabricantes de aerogeradores. Desses, uma empresa é genuinamente brasileira, a WEG. “Saímos da infância e agora estamos na puberdade”, completou Fiúza. De acordo com a Abeeólica, além dos 10 mil MW instalados, há outros 8 mil MW de projetos eólicos contratados nos leilões de energia e que deverão entrar em operação até 2020. “Muito em breve a fonte eólica será a segunda maior fonte de energia da matriz elétrica nacional”, afirmou Elbia Gannoum, presidente da Abeeólica. Segundo o conselho mundial de energia eólica, o Brasil foi o quarto país em crescimento de energia eólica no mundo em 2015, em capacidade instalada, atrás da China, Estados unidos e Alemanha. (Valor Econômico – 30.08.2016)

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3 Consolidada no país, cadeia eólica pode exportar para América Latina

Atingindo a marca de 10 GW em operação, o setor eólico começa a vislumbrar outras frentes de atuação para a sua cadeia industrial. De acordo com a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica, Élbia Gannoum, a atual cadeia atende as atuais necessidades do setor, o que faz com que comece a se olhar para o futuro. A associação estuda um plano de exportação de equipamentos para a América Latina. "Hoje nossa preocupação já é outra. A indústria está pronta para atender o Brasil", disse ela, na abertura do Brazil Windpower 2016. Segundo a executiva, há no país sete fábricas em que cada uma produz de 400 a 500 MW por ano. Avistando um limite para o mercado brasileiro, vem daí a ideia do plano de exportação. Ainda segundo ela, a consolidação da cadeia perante o BNDES veio nos anos de 2014 e 2015. As recentes operações envolvendo fabricantes de aerogeradores foram vistas como positivas para ela. Nos últimos anos, a Alstom foi vendida para a GE, a Siemens fez um acordo com a Gamesa e a Acciona fundiu-se com a Nordex. Para ela, isso faz parte da dinâmica do setor de infraestrutura, que costuma exigir altos investimentos para atender a produção. "O fato de ter fusões e aquisições é benéfico. São empresas fortes que se juntam para atender o mercado", ressalta. Com poucos players, o que lhe dá características de oligopólio, os fabricantes têm grande potencial de investimento, o que também justifica operações desse tipo no setor. Todos os fabricantes globais de aerogeradores estão instalados no país, o que demonstra a atratividade do mercado. (Agência CanalEnergia – 30.08.2016)

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4 Geração eólica sobe 77% em 2015, indica EPE

A geração eólica se destacou em 2015, com crescimento de 77,1% na comparação com o ano anterior. O volume ficou em 21.626 GWh, enquanto a capacidade instalada também teve aumento de 56%, para 7.633 MW. As informações são do Balanço Energético Nacional, divulgadas pela EPE. A produção de energia elétrica em todo o país, tanto pelas centrais geradoras quanto pela autoprodução, atingiu 581,5 TWh, queda de 1,5% na base anual. A capacidade instalada total, por sua vez, fechou o ano em 140.858 MW, alta de 5,1%. A fonte eólica representou 39,5% de participação na expansão da capacidade instalada em todo o sistema, seguida da hidrelétrica (35,4%), térmicas (25%), térmicas à biomassa (13,2%), não renováveis (11,8%) e solar (0,1%). A oferta interna de energia ficou em 615,9 TWh, retração de 1,3%, incluídas importações líquidas de 34,4 TWh. As fontes renováveis representaram 75,5% da oferta, dos quais 64% provenientes de hidrelétricas. Já o consumo final foi de 522,8 TWh, recuo de 1,8% na comparação com 2014. As industriais mantiveram a tendência de queda, com menos 5% no período, enquanto o setor residencial interrompeu a curva de crescimento e retraiu 0,7%. O documento incorporou pela primeira vez dados sobre geração distribuída, referentes a mini e micro geração. Em 2015, o volume chegou a 34,9 GWh, com potência instalada de 16,5 MW. O destaque ficou com a fonte solar, que representa 20 GWh e 13,3 MW no montante geral de produção e potência, respectivamente. No ano, a produção de etanol cresceu 6%, para 30.249 mil m³, dos quais 18.684,6 referem-se ao hidratado, com acréscimo de 14,7%, e os 11.564,6 mil m³ restantes, ao anidro, queda de 5,4%. O biodiesel B100, por sua vez, atingiu 3.937.269 m³, alta de 15,1% no biocombustível dispobilizado no mercado interno. O percentual adicionado ao diesel manteve-se em 7%. De acordo com o balanço, a média diária de produção de gás natural no país foi de 96,2 milhões de m³. Adicionado à importação de 50,4 milhões de m³/dia, a participação do gás na matriz chegou a 13,7%. A demanda industrial expandiu em 2,5% na base anual. (Agência Brasil Energia – 30.08.2016)

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5 Honda amplia fornecimento do parque eólico Xangri-Lá

A Honda está ampliando o uso de energias renováveis para suprir sua demanda no Brasil. A partir de novembro, todo o consumo do escritório da marca, no Morumbi, em São Paulo (SP), será atendido pelo parque eólico da companhia, localizado em Xangri-Lá (RS). O projeto de 27 MW de capacidade já fornece energia para o complexo de Sumaré (SP), onde estão a sede administrativa da marca na América do Sul, o centro de pesquisa e desenvolvimento da Honda na região e a fábrica de automóveis, com capacidade produtiva de 120 mil veículos ao ano. O parque entrou em operação em novembro de 2014. De acordo com a companhia, com o fornecimento da energia do parque, foi possível reduzir em 50% as emissões no Brasil. Os esforços da companhia para tornar seu consumo mais sustentável fazem parte das diretrizes globais da matriz que, em 2011, estabeleceu a meta de reduzir em 30% as emissões de CO2 de seus automóveis, motocicletas, produtos de força e também dos processos produtivos em todo o mundo. (Agência Brasil Energia – 30.08.2016)

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6 Em 2016, energia eólica no Brasil passou a ter condições de produzir 10 GW

O setor de energia eólica no Brasil passou a ter, em 2016, capacidade instalada de 10 GW em cerca de 400 parques com mais de 5,2 mil aerogeradores em operação. Com isso, a fonte de energia renovável, considerada moderna, representa 7% da matriz energética brasileira e registra 80% de nacionalização. A presidenta executiva da ABEEólica, Élbia Gannoum, disse que estão contratados perto de 9 GW. Pelos números do setor, em 2015, a energia eólica abasteceu mensalmente uma população equivalente a todo o Sul do país e gerou 41 mil postos de trabalho. Os investimentos feitos desde 1998 somaram R$ 60 bi. Ainda no ano passado, a energia eólica teve participação de 39,3% na expansão da matriz, enquanto a hidrelétrica ficou com 35,1% e a termelétrica 25,6%. A presidenta executiva da ABEEólica, Élbia Gannoum, disse que estão contratados perto de 9 GW em 2016 e a previsão é chegar a 2020 com 18,4 GW de capacidade instalada. “Em termos de matriz, atualmente, nós somos a fonte mais competitiva e com diferença razoável para a segunda ou terceira fonte, tendo em vista que não falamos mais em grandes projetos hidrelétricos, que são os mais competitivos. Então, hoje alcançamos o patamar da primeira fonte mais competitiva do país. Hoje, já estamos partindo para chegar em 2020 como a segunda fonte de energia do país e somos o setor da economia que mais cresce. O quarto país do mundo que mais investe, o oitavo que mais gera energia eólica e o décimo país em capacidade instalada”, disse. Para Élbia, o grande desafio será contratar os próximos 10 GW que permitirão chegar perto de 30 GW de capacidade instalada, em 2030, diante de algumas barreiras. De curtíssimo prazo, Élbia apontou o crescimento econômico que justifique uma quantidade razoável de contratação de energia. “É um desafio enorme conseguir contratar. A gente vai ter o leilão de reserva este ano. O governo sabiamente está contratando para manter o sinal de investimento na cadeia produtiva”, disse. Élbia disse que o setor de energia eólica tem condição de responder rapidamente caso a economia brasileira retome o crescimento. (Agência Brasil – 30.08.2016)

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7 Sistema de energia solar reduz conta de consumidor em 98,5%

No município de Nossa Senhora do Socorro, localizado na Grande Aracaju, o comerciante José Augusto Silva instalou um sistema fotovoltaico, na mercearia da família e reduziu a conta de energia em 98,5%. No mês de junho, o consumo gerou um pagamento de R$ 1.120,24, já na fatura que será paga no início de setembro estão sendo cobrados apenas R$ 17,30. O resultado foi atingido com a instalação de 40 placas no telhado do estabelecimento, capazes de gerar 2000 kWh/mês, que custaram no bolso do comerciante R$ 65 mil reais. No município de Nossa Senhora do Socorro, o comércio é o único estabelecimento com um sistema de energia fotovoltaica. O comerciante é um dos seis clientes cadastrados na distribuidora de energia elétrica no estado (Energisa), utilizando energia solar no sistema de compensação. Com isso, o excedente em kWh produzido é repassado para a concessionária como forma de empréstimo gratuito e compensado na conta do cliente no mês posterior. projeto foi o primeiro com essa dimensão instalado por uma empresa da capital sergipana, que há cerca de dois anos registra maior procura por este tipo de energia, mas o preço elevado do equipamento ainda é a maior barreira enfrentada pelos consumidores. O sistema mais simples funciona com seis placas capazes de gerar 1200 kWh/mês, a um custo entre R$ 10 mil e 12 mil reais. Para instalar o sistema fotovoltaico é necessário ter um projeto analisado pela distribuidora de energia, além de contratar um profissional habilitado para desenvolver o projeto elétrico dentro das normas estabelecida por ela. Para os ambientalistas, além da economia no bolso do consumidor, a energia solar é limpa, renovável e traz inúmeros benefícios como a redução na emissão de CO2. Eles também acreditam que se a energia solar fosse adotada pela maioria da população, seria desnecessário construções de usinas hidrelétricas, como a Belo Monte, no Pará, que inundou uma imensa área da floresta amazônica. (G1 – 31.08.2016)

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8 Empresa vende placa solar e garante redução de 90% na conta de luz no AC

A conta de luz no final do mês costuma tirar o sono de muita gente. Pensando em dar um pouco mais de tranquilidade no bolso do consumidor, uma empresa de engenharia em Rio Branco tem ofertado o serviço de instalação de placas solares. O empreendimento garante uma redução de até 90% no custo mensal da energia. O abatimento na conta ocorre por meio de créditos gerados através da energia produzida com o sistema de placas fotovoltaicas. O diretor administrativo da Elite Engenharia, Marco Aurélio Nobre, explica que a quantidade de placas é definida após um estudo prévio do consumo médio do imóvel. Quanto maior o sistema, mais energia é produzida. As vantagens do sistema vão além da economia para o bolso, segundo Nobre. Com as placas instaladas, o imóvel acaba tendo uma valorização de até 30%, além da questão ambiental, por se tratar de uma energia natural. O consumidor pode ainda gerenciar a tecnologia por celular ou notebook, sendo possível, por exemplo, ter acesso a gráficos com a quantidade e períodos do dia em que a produção de energia é maior. O desconto é feito de forma automática por meio de um medidor diferenciado instalado pela concessionária de energia. Nobre fala que o preço do sistema varia de acordo com a quantidade de placas e também do local onde o equipamento será instalado - se em um telhado normal, por exemplo, ou no campo. No entanto, o preço médio por kWh é de aproximadamente R$ 8. O diretor garante que o investimento tem retorno total em menos de 10 anos. (G1 – 30.08.2016)

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9 Etanol tem nova desvalorização no mercado spot

No mercado spot de etanol, os últimos dias de agosto têm sido marcados pelo aumento gradual da oferta, o que fez com que os preços caíssem, mesmo que de forma controlada. De 22 a 26 de agosto, o indicador semanal Cepea/Esalq do etanol hidratado foi de R$ 1,5473/litro, queda de 0,6% frente à semana anterior. Já para o etanol anidro, utilizado na mistura com gasolina nos postos de combustível, a cotação média da semana foi de R$ 1,7249/litro no mercado de curto prazo, o que também representa redução de 0,6% em relação ao fechamento anterior. De acordo com pesquisadores do Cepea/Esalq, as usinas ativas acabaram cedendo nos preços na semana, em parte porque tinham sobra de etanol e também porque precisavam aumentar o caixa para arcar com despesas de início de mês. (Agência Brasil Energia – 30.08.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Consumo de gás recua 25% no primeiro semestre

O consumo de gás natural no Brasil ficou 25% menor no primeiro semestre, totalizando 60,65 milhões de m³/dia, de acordo com dados da Abegás. A demanda foi fortemente impactada pelo desligamento das termelétricas a gás — decisão tomada com a recuperação dos reservatórios das hidrelétricas e também com a retração da demanda por energia elétrica no país. Entre janeiro e junho, o volume consumido pelas termelétricas caiu quase 45%, para 19,7 milhões de m³/dia de gás. Outra variável importante na equação é a demanda industrial, que também diminuiu na comparação com o primeiro semestre de 2015, em 12%. As indústrias consumiram 26,19 milhões de m³/dia. Na contramão, o segmento residencial teve o melhor resultado do semestre, com crescimento de 11,4% (900 mil m³/dia), “reflexo do investimento contínuo das concessionárias em expansão da malha de distribuição”, segundo a Abegás. O comércio aumentou em 4,1% no período, totalizando 784 mil m³/dia, reflexo direto do maior número de consumidores, que cresceu 9,3%. Já no segmento automotivo, o crescimento de 0,9% na demanda confirmou, para a associação, o aumento de competitividade do GNV frente os combustíveis líquidos em 2016. O consumo totalizou 4,83 milhões de m³/dia no semestre. Apesar de ter registrado queda na comparação semestral, a indústria aumentou o consumo de gás natural em 6,8% em junho, na comparação com o mês anterior. Foram demandados 28,56 milhões de m³/dia de gás, em média, pelo segmento. "É o terceiro mês consecutivo de crescimento do consumo de gás natural na indústria. [...] Esperamos que haja uma mudança bastante positiva no mercado com as ações coordenadas pelo secretário de Petróleo e Gás do MME, Márcio Felix, pelo programa Gás para Crescer. Esse trabalho envolverá os setores de exploração e produção, escoamento e tratamento, transporte e distribuição", afirmou o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon. Em junho, o consumo de gás em todo o país chegou a 59,1 milhões de m³/dia, o que representa elevação de 6,7% em relação a maio, quando foram consumidos 55,4 milhões de m³/dia. Os dados fazem parte de levantamento estatístico da Abegás, feito com concessionárias de 20 estados. (Agência Brasil Energia – 30.08.2016)

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Grandes Consumidores

1 Resultado de mineradoras ainda recua no 1º semestre

O salto observado nos preços do minério de ferro durante a primeira metade deste ano impediu a contínua deterioração dos resultados das maiores mineradoras do mundo. Mesmo assim, com recuperação mais lenta ou até queda nos preços de alguns produtos, o primeiro semestre ainda trouxe um balanço fraco das companhias. Mas se o resultado atualmente é mais enxuto, o setor parece no caminho certo para se segurar mesmo no ciclo de preços mais baixos das commodities. Vendas de ativos não estratégicos para aumentar a rentabilidade média de seu portfólio de negócios, redução nos investimentos e maior eficiência parecem ter funcionado para que no médio prazo as companhias de fato sejam mais sustentáveis. O Valor compilou os resultados de Vale, Rio Tinto, BHP Billiton, Glencore, Anglo American e Fortescue Metals e o lucro líquido conjunto delas chegou a US$ 3,36 bi de janeiro a junho. Na segunda metade do ano passado, o prejuízo havia sido de US$ 24,61 bi, enquanto no primeiro semestre foram registradas perdas de US$ 6,7 bi. A melhora na última linha do balanço agregado foi possível porque a base de comparação era muito fraca. Baixas contábeis bilionárias foram realizadas em 2015 para comportar um novo cenário para as commodities metálicas, de preços baixos por um longo período. Só a Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, foi responsável por 39% do prejuízo conjunto do ano. O que se observou na primeira metade de 2016, entretanto, foi uma recuperação dos minerais. No período, a cotação do minério de ferro subiu 26%, a do cobre avançou 4%, a do alumínio, 12%, e a do níquel, 17%. Mesmo assim, a receita líquida das mineradoras chegou a US$ 126,7 bi, menor em 9,2% do que no mesmo período de 2015 e caindo 17,3% em relação aos seis últimos meses do ano passado. O que explica essa queda expressiva é a participação da Glencore na análise. Apesar de também ser grande minerador, o grupo é tradicionalmente um negociador de commodities. Em minério de ferro, por exemplo, participa praticamente só da parte de "trading" e vendeu apenas 23,6 milhões de toneladas no semestre, 17% do comercializado pela Vale, a maior do mundo. Além disso, parte dos resultados da Glencore vem de produtos agrícolas e de energia, como petróleo e carvão. (Valor Econômico – 31.08.2016)

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Economia Brasileira

1 PIB do Brasil recua 0,6% no segundo trimestre e 3,8% ante um ano antes

A economia brasileira registrou queda de 0,6% no segundo trimestre deste ano, na comparação com os três meses antecedentes, na série com ajuste sazonal. É o sexto resultado negativo consecutivo nesta base de comparação, conforme dados do Instituto IBGE. O resultado veio pior que a média apurada pelo Valor Data junto a 25 consultorias e instituições financeiras, que apontava queda de 0,5% no período. De janeiro a março, o PIB retraiu-se 0,4% em relação aos três meses anteriores (dado revisado). Em relação aos mesmos três meses de 2015, o PIB do país diminuiu 3,8%, o nono resultado negativo seguido neste tipo de confronto. No primeiro semestre deste ano, a economia encolheu 4,6% perante mesmo intervalo do calendário anterior, o mais intenso para uma primeira parte de ano desde o início da série do IBGE. Nos quatro trimestres até junho, o recuo de 4,9% na economia brasileira foi o mais expressivo em 20 anos, informou a gerente de contas trimestrais do instituto, Claudia Dionísio. (Valor Econômico – 31.08.2016)

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2 IBGE revê recuo da economia brasileira no 1º trimestre para 0,4%

A economia brasileira teve contração de 0,4% no primeiro trimestre de 2016, e não de 0,3% como informado inicialmente. A revisão foi divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE, junto com o desempenho do PIB de abril a junho, de queda de 0,6% no comparativo trimestral. Esta não foi a única revisão anunciada pelo instituto. A maioria das variações referentes aos quatro trimestres de 2015, na comparação com trimestre imediatamente anterior, foram atualizadas. Enquanto a taxa de variação do quarto trimestre de 2015 permaneceu positiva em 1,3%, a taxa do terceiro trimestre daquele calendário foi revisada de baixa de 1,6% para recuo de 1,5%; a taxa do segundo trimestre passou de decréscimo de 2% para contração de 2,3% e a do primeiro trimestre saiu de retração de 1,2% para diminuição de 1%. O IBGE também atualizou a taxa do quarto trimestre de 2014, que foi revisada de 0,2% para 0,3% de crescimento. (Valor Econômico – 31.08.2016)

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3 Consumo das famílias contribuiu para PIB continuar retraído, nota IBGE

A continuidade na trajetória de recuo do consumo das famílias foi um dos fatores que levou à permanência de taxa negativa no PIB do segundo trimestre, avaliou a coordenadora da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis. O PIB brasileiro caiu 0,6% ante os três primeiros meses de 2016 e registrou recuo de 3,8% em relação a igual trimestre do ano passado. O consumo das famílias diminuiu 0,7% e 5%, respectivamente, continuando a operar de forma negativa devido à trajetória de renda em queda, inflação em alta e crédito mais caro e restrito, explicou Rebeca. Pelo lado da demanda, o consumo das famílias representa em torno de 60% do resultado total do PIB. “Não podemos olhar isoladamente os componentes do PIB e dar o resultado”, avaliou, ressaltando que é preciso sempre olhar a economia como um todo. “Mas é uma influência importante que o consumo das famílias, que tem o maior peso, continua a puxar para baixo [o PIB]", afirmou. (Valor Econômico – 31.08.2016)

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4 Dívida bruta do setor público vai a 69,5% do PIB e marca novo recorde

A dívida bruta do setor público não financeiro avançou de R$ 4,130 tri em junho para R$ 4,213 tri em julho, mostrou o BC. Em relação ao PIB, a dívida subiu de 68,5% para 69,5% do PIB, novo recorde na série iniciada em 2006. A previsão do BC era de alta para 69,3% do PIB. A dívida bruta fechou 2015 em 66,5% do PIB. Em julho, as operações compromissadas da autoridade monetária para regular a liquidez do sistema financeiro contribuíram para a elevação da dívida, já que foram colocados títulos no mercado. Como proporção do PIB, o saldo dessas operações saiu de 16% para 17,5%. Em valores nominais, passou de R$ 967,260 bi para R$ 1,061 tri. Já a dívida líquida do setor público passou de R$ 2,529 tri em junho, ou 42% do PIB, para R$ 2,571 tri um mês depois, ou 42,4% do PIB. A previsão do BC era de alta para 42,4% do PIB. A dívida fechou 2015 em 36,2% do PIB. Essa é a maior relação dívida PIB desde julho 2008 (42,7%). O dado leva em conta União, Estados, municípios e empresas estatais, com exceção daquelas dos grupos Petrobras e Eletrobras. Os bancos estatais também não entram na conta da dívida pública líquida, pois as estatísticas se referem ao setor público não financeiro. (Valor Econômico – 31.08.2016)

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5 Setor público tem déficit primário de R$ 12,816 bilhões em julho

O setor público consolidado encerrou julho com um déficit primário de R$ 12,816 bi. Em julho de 2015, o déficit tinha sido de R$ 10,019 bi. Os dados são do BC. No ano, o déficit primário foi de R$ 36,592 bi, contra superávit de R$ 6,205 bi um ano antes. Em 12 meses, o governo registra um déficit de R$ 154,046 bi, ou o equivalente a 2,54% do PIB, contra 2,51% do PIB em junho. O déficit fechou 2015 em 1,88% do PIB. A meta de déficit para o setor público consolidado para o ano é de R$ 163,942 bi, ou 2,64% do PIB. Para o governo central, a meta é de um déficit R$ 170,5 bi, ou 2,75% do PIB, e, para os entes subnacionais, a proposta é de superávit de R$ 6,554 bi, mas não deve ser cumprida, em função da renegociação de dívidas, nem compensada pelo governo central. A proposta inicial para o ano era de um superávit de R$ 30,5 bi, ou 0,5% do PIB, sendo R$ 24 bi do governo central. Considerando o conceito nominal, que inclui os gastos com juros, houve déficit de R$ 53,403 bi em julho. Um ano antes, o saldo tinha sido negativo em R$ 72,772 bi. O resultado do mês considera uma conta de juros de R$ 40,587 bi, além do déficit primário de R$ 12,816 bi. A conta de juros foi ampliada por uma perda com operações de swap cambial de R$ 1,777 bi. Em julho de 2015, o pagamento de juros tinha somado R$ 62,753 bi, sendo que os swaps ampliaram a conta em R$ 23,906 bi em swaps. Em 12 meses, o déficit nominal totalizou R$ 581,108 bi, ou 9,58% do PIB, recuando dos 9,96% do PIB de junho. A conta de juros foi de R$ 427,062 bi, ou 7,04% PIB, e houve um ganho com swap em 12 meses de R$ 35,270 bi. É esse ganho que explica a queda do déficit nominal apesar de déficits primários crescentes. No ano, o déficit nominal correspondeu a R$ 250,491 bi, resultado de um pagamento de juros de R$ 213,899 bi e de um déficit primário de R$ 36,592 bi. Os dados não incluem Petrobras e Eletrobras. Os bancos estatais também não entram na conta, pois as estatísticas se referem ao setor público não financeiro. (Valor Econômico – 31.08.2016)

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6 IGP-M perde força e deve fechar o ano abaixo de 10%, projeta FGV

A inflação medida pelo IGP-M deve perder força na comparação em 12 meses a partir de setembro e pode encerrar o ano abaixo da linha de dois dígitos. Até agosto, o indicador acumula alta de 11,49%. Segundo Salomão Quadros, superintendente -adjunto de índices gerais de preços do Ibre-FGV, a desaceleração deve ocorrer especialmente em função dos resultados de setembro e outubro, quando o IGP-M tende a registrar taxas bem inferiores às de 2015. "Em setembro do ano passado, tivemos índice mensal de quase 1%. Em outubro, quase 2%. Este ano, o espaço para a desaceleração em 12 meses é grande", afirmou. Para Quadros, o IGP-M não deve repetir nos próximos meses taxas mensais tão baixas quanto as registradas em julho e agosto (0,18% e 0,15%), mas mesmo uma recomposição parcial não será suficiente para superar as altas de 0,95% e 1,89% de setembro e outubro de 2015. (Valor Econômico – 31.08.2016)

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7 Dólar ontem e hoje

Hoje, em 45 minutos de operações, a moeda americana estava a R$ 3,2290, recuo de 0,29%. Na terça-feira, a moeda americana subiu 0,18%, a R$ 3,2385. Na máxima, foi a R$ 3,2637 (0,96%). (Valor Econômico – 31.08.2016 e 30.08.2016)


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Internacional

1 Cuba e Espanha assinaram uma aliança estratégica para o desenvolvimento da energia fotovoltaica

A União Espanhola Fotovoltaica (UNEF) e a Sociedade Cubana para a Promoção de Fontes Renováveis de Energia e Respeito Ambiental, Cubasolar, assinaram uma aliança estratégica para a troca de experiências e informações, bem como a cooperação em possíveis missões comerciais que fomentem o desenvolvimento da energia fotovoltaica em ambos os países. Cuba, que tem um nível de radiação solar de 5 kWh/m² dia em todo o território nacional, conta com 22MW de potência fotovoltaica instalada, divididos em 14 parques fotovoltaicos. Atualmente 4% da eletricidade vem de fontes limpas. Para Jorge Barredo, presidente da UNEF, "essas parcerias são essenciais para promover o desenvolvimento do sector fotovoltaico espanhol dentro e fora das nossas fronteiras. Compartilhar a experiência e know-how de dois atores com tanta capacidade no setor é um impulso fundamental para oportunidades de negócios e expansão do setor fotovoltaico”. Por sua parte, o presidente da Cubasolar, Luis Bérriz Pérez, disse que "agora, quando a política energética do nosso país é baseada na eficiência energética e utilização de fontes de energia renováveis, uma aliança com a União Espanhol Fotovoltaica é estratégico para alcançar o desenvolvimento sustentável”. De acordo com a Política de Fontes Renováveis e Uso Eficiente da Energia, aprovada pelo Conselho de Ministro e pela Assembleia Nacional de Cuba em 2014, juntamente com o cronograma de implementação do desenvolvimento potencial de energia renovável, o planejamento em relação aos parques solares prevê a instalação de 700 MW de nova potência elétrica para 2030. Ao cumprir com os objetivs dessa política, o país chegaria a ter 24% da produção de electricidade a partir de fontes renováveis, o que ajudaria a mitigar o impacto da mudança climáticas. (Suelo Solar – Espanha – 30.08.2016)

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2 Peru: investimentos no Gasoduto Sul Peruano serão acelerados

A entrada da estadunidense Sempra ao Gasoduto Sul Peruano (GSP), no lugar da Odebrecht, segundo anunciado pelo presidente, Pedro Pablo Kuczynski, permitirá que o investimento acelere, disse o diretor da Sociedade Nacional de Mineração, Petróleo e Energia (SNMPE), José Miguel Morales. "A mudança permitirá realizar os investimentos necessários, que devem ser levados adiante a partir do primeiro trimestre de 2017", disse ele. Além disso, o diretor do SNMPE, Carlos del Solar, disse que a empresa tem que revisar bem e avaliar detalhadamente para realizar um investimento dessa natureza (megaprojeto de gás), para que os bancos se sintam confortáveis ao financiar o projeto. Por outro lado, a gerente-geral da Câmara Nacional de Comércio, Produção e Serviços, Monica Watson, disse que a obra se tornará um fator importante para a atração de novos investimentos para o sul do país. O Gasoduto do Sul do Peru terá um gasoduto de 1.000 km, que vai transportar o gás natural do campo de Camisea até a costa sul. (El Peruano – Peru - 30.08.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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