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IFE: nº 4.162 - 30 de agosto de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Investidor aguarda definições da Aneel
2 Aneel divulga lista de empresas interessadas em executar Projeto de P&D sobre sistemas de armazenamento de energia
3 Avião sem piloto vai vigiar linhas de transmissão de energia
4 Lista indica interessados em financiar P&D Estratégico de armazenamento
5 Aneel estende prazo para entrega dos estudos da UHE Santa Isabel
6 MME enquadra eólicas da Bahia no Reidi

Empresas
1 Copel alcança 4,5 milhões de clientes
2 Cade aprova participação do Safra em subsidiária da CPFL Renováveis
3 CPFL Renováveis opera novas capacidades no Rio Grande do Norte
4 Impostos pagos com Belo Monte chegam a quase R$ 1 bi
5 Aneel mantém multas a Petrobras, CPFL e Light
6 Teslights entra no mercado brasileiro de LEDs

Leilões
1 Leilão de usinas eólicas e solares considerará linhas de transmissão

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 CCEE: projeção do GSF médio do ano piora e fica em 89,8%
3 CCEE: projeção do PLD

Meio Ambiente
1 Solução sustentável para poupar energia
2 Avanço do carro elétrico é mais rápido do que se imaginava
3 Concorrência entre veículos elétricos e híbridos será acirrada

Energias Renováveis
1 Yaskawa inicia fabricação de inversores solares no Brasil

Gás e Termelétricas
1 Atraso na ampliação de térmica vira multa de R$ 994,6 mil para Furnas

Economia Brasileira
1 Projeção do PIB para 2017 sobe no Focus
2 Anbima revisa projeção para queda do PIB em 2016

3 Queda no movimento do comércio perde fôlego em julho, diz Boa Vista
4 Desemprego vai a 11,6% no trimestre até julho, a maior taxa desde 2012
5 IGP-M volta a perder força em agosto, aponta FGV
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Colômbia: Haveria apenas reservas de gás para os próximos 9 anos
2 Texas, capital do petróleo nos EUA, aposta em energia eólica e solar
3 Texas é dos poucos Estados liderados pelo Partido Republicano a ter crescimento das energias renováveis
4 Queda nos custos das tecnologias eólica e solar incentiva adoção de fontes renováveis nos EUA


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Investidor aguarda definições da Aneel

Os investidores do setor de transmissão querem que a Aneel acelere a aprovação de uma resolução para definir a forma de pagamento das indenizações sobre investimentos em ativos antigos do segmento que tiveram a concessão renovada. A medida, segundo Mário Miranda, presidente da Abrate, melhora as condições para obtenção dos financiamentos para a participação nos próximos leilões. Hoje, a diretoria da Aneel discutirá a nova data para o próximo leilão de linhas de transmissão, que estava agendado para dia 2 de setembro e tem investimentos previstos de R$ 12,6 bi. Segundo o diretor -geral da autarquia, Romeu Rufino, o adiamento atende ao pleito do setor, já que mais empresas demonstraram interesse e pediram prazo extra para estudar os projetos. Rufino também reconheceu que o ambiente político institucional, impactado pela semana de votação do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, poderia prejudicar a licitação, caso a data fosse mantida. Comenta-se ainda que a Aneel pode aproveitar o adiamento para fazer ajustes no edital, tornando a concorrência mais atrativa para os investidores. Segundo Miranda, o adiamento do leilão não tem relação direta com a necessidade de publicação de resolução relativa ao pagamento das indenizações. Na prática, a Aneel pode realizar a licitação antes da definição sobre o tema. Com relação às indenizações, juntas, Eletrobras, Cteep, Copel e Cemig têm a receber mais de R$ 25 bi. Pela portaria 120, os recursos deverão ser pagos em oito anos, a partir de julho de 2017. Miranda contou ainda que a associação ofereceu à agência um estudo contratado junto a uma consultoria sobre cálculos da taxa de remuneração dos ativos de transmissão. (Valor Econômico – 30.08.2016)

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2 Aneel divulga lista de empresas interessadas em executar Projeto de P&D sobre sistemas de armazenamento de energia

Cerca de 90 empresas demonstraram interesse em financiar/executar o Projeto Estratégico de P&D nº 21/2016 - "Arranjos Técnicos e Comerciais para a Inserção de Sistemas de Armazenamento de Energia no Setor Elétrico Brasileiro". Entre as interessadas estão empresas como a Guascor do Brasil, EDF Norte Fluminense, Companhia Paulista de Força e Luz S.A, AES Eletropaulo, entre outras. As instituições podem enviar proposta de projeto até 22 de dezembro e a Aneel deve divulgar o resultado da avaliação inicial da proposta até 20/2/17. O prazo para execução do projeto é de 48 meses. A Chamada de Projeto Estratégico de P&D visa a proposição de sistemas de armazenamento de energia de forma integrada e sustentável, buscando criar condições para o desenvolvimento de base tecnológica e infraestrutura de produção nacional. Segundo a Agência, apesar das vantagens de fontes como a solar e a eólica, elas são intermitentes e menos previsíveis. Diante disso, existe a necessidade de desenvolver tecnologias e sistemas de armazenamento, que inclusive estão entre as principais fontes de inovação no setor elétrico, com diversos projetos em vários países. Além disso, não há projetos pilotos ou experiências nacionais similares ao que se verifica no exterior e faltam estímulos ao desenvolvimento da cadeia produtiva de componentes e tecnologias de armazenamento. A participação da indústria permitirá a aplicação dos resultados da inovação, o que incrementará a competitividade e o progresso econômico. A avaliação das propostas, o acompanhamento da execução e a avaliação dos resultados serão realizados pela Aneel e contarão com participação de outras entidades intervenientes como o MME, a EPE, o ONS, o MCTIC, o MDIC, a ABDI, o BNDES, a Finep, a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) e universidades britânicas como Birmingham, Oxford, Imperial College, Manchester e Warwick, apoiadas pela embaixada britânica. (Aneel – 29.08.2016)

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3 Avião sem piloto vai vigiar linhas de transmissão de energia

A Cemig está testando um avião não tripulado para fazer manutenção preventiva de linhas de transmissão e de redes de distribuição, além de outros serviços hoje realizados por helicópteros. O veículo aéreo não tripulado deverá reduzir riscos e custos, explica o engenheiro de tecnologia e normalização da Cemig, Maurício de Souza Abreu. Nas inspeções tripuladas, os helicópteros voam bem próximos às linhas, o que aumenta o risco de acidentes e impede a realização do trabalho à noite. Segundo o engenheiro, o novo equipamento poderia fazer inspeções noturnas, mas ainda depende de aval da Anac para operar em definitivo. A tecnologia foi desenvolvida pela Cemig em parceria com a (FITec, com recursos advindos do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel. O modelo foi feito usando materiais como fibra de vidro e fibra de carbono, tendo como medidas 3,8 metros de envergadura e 1,7 metro de comprimento. A velocidade pode chegar 140 km/h, com autonomia de voo de duas horas. (O Estado de São Paulo – 30.08.2016)

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4 Lista indica interessados em financiar P&D Estratégico de armazenamento

A Aneel divulgou a lista das empresas interessadas em financiar o projeto de P&D Estratégico para sistemas de armazenamento de energia. A lista possui cerca de 90 empresas, entre elas EDF Norte Fluminense, CPFL Brasil e AES Eletropaulo. As instituições poderão enviar as propostas até 22/12, enquanto a divulgação do resultado da avaliação inicial dos documentos acontecerá até fevereiro do ano que vem. Já o prazo de execução dos projetos é de 48 meses, ou seja, até maio de 2021. A chamada foi aprovada pela Aneel no final de julho e busca criar condições para o desenvolvimento de base tecnológica e infraestrutura do setor de armazenamento, considerado defasado no país pela agência. (Agência Brasil Energia – 29.08.2016)

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5 Aneel estende prazo para entrega dos estudos da UHE Santa Isabel

A Eletronorte terá até o dia 31 de dezembro de 2018 para apresentar a revisão dos estudos de viabilidade da hidrelétrica Santa Isabel, com potência estimada de 1.087 MW, localizada no rio Araguaia, integrante da sub-bacia 28, nos municípios de Palestina do Pará e Ananás, nos estados do Pará e do Tocantins. A prorrogação do prazo foi autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica, conforme despacho 1.720/16, publicado na edição desta segunda-feira, 29 de agosto, do Diário Oficial da União. (Agência CanalEnergia – 29.08.2016)

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6 MME enquadra eólicas da Bahia no Reidi

O MME aprovou o enquadramento ao Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura de quatro eólicas de titularidade da Central Eólica Babilônia. Receberam o benefício as EOLs Ventos de Santa Aurora (28 MW), Ventos do São Gabriel (28 MW), Ventos da Santa Beatriz (28 MW) e a Ventos da Santa Emília (28 MW). As EOLs Ventos da Santa Aurora, Ventos do São Gabriel e a Ventos da Santa Emília, são localizadas no município de Várzea Nova, no Estado da Bahia. Já a EOL Ventos da Santa Beatriz, se localiza no município de Ourolândia, também no Estado da Bahia. Em todas as elas o período de execução das obras será de 1º de março de 2017 até 1º de outubro de 2018, e será investido, sem a incidência de impostos, um total de R$ 154,2 mi em cada uma delas. (Agência CanalEnergia – 29.08.2016)

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Empresas

1 Copel alcança 4,5 milhões de clientes

A Copel informou em comunicado ao mercado na última sexta-feira, 29 de agosto, que atingiu a marca de 4,5 milhões de consumidores atendidos. De acordo com a empresa, o número representa um novo patamar para a companhia, pois apenas quatro distribuidoras no país ultrapassaram essa quantidade de clientes. O comunicado diz que este ano já foram conectados 81.938 consumidores à rede da Copel- D, o que significa um aumento de 1,8% na comparação com dezembro de 2015. Ainda de acordo com a empresa, a marca se ampara no programa de investimento da empresa, que consolidou o acesso à energia no estado do Paraná. A Copel atende a 99,9% do estado. A concessionária recebeu pela terceira vez consecutiva e a quinta vez nos últimos 6 anos o título de melhor distribuidora na principal premiação nacional do setor, promovida pela Abrade. No segundo trimestre de 2016, a Copel apresentou lucro de R$ 996,6 mi, 230% maior que o do mesmo período do ano passado. Já no semestre, o seu lucro líquido chegou a R$ 1,13 bi, crescendo 46,7% em relação ao primeiro semestre de 2015. (Agência CanalEnergia – 29.08.2016)

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2 Cade aprova participação do Safra em subsidiária da CPFL Renováveis

A superintendência-geral do Cade aprovou sem restrições a aquisição de fatia, pelo banco Safra, no capital social da CHF, subsidiária da CPFL Renováveis. Despacho autorizando a operação foi publicado nesta segunda-feira no “Diário Oficial da União”. A CHF opera a PCH Figueirópolis, cujo propósito é explorar o potencial hidráulico do Rio Jauru por meio de barragem instalada entre os municípios de Figueirópolis D’Oeste e Indiavaí, no Mato Grosso do Sul. Suas atividades compreendem a geração e venda de energia elétrica. Por meio da operação autorizada pelo Cade, o Safra se tornará acionista da CHF por meio da subscrição de ações preferenciais a serem emitidas pela companhia. Esses papéis são atualmente detidos integralmente pela CPFL Renováveis. No fechamento da operação, o Safra deterá ações preferenciais representativas de aproximadamente 39,41% do capital total da companhia, segundo dados do processo no órgão antitruste. O Safra já havia investido anteriormente no setor elétrico, ao adquirir participação na SPE Plano Alto Energia e SPE Alto Irani, em Santa Catarina, que antes da operação eram subsidiárias integrais da CPFL Renováveis. (Valor Econômico – 29.08.2016)

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3 CPFL Renováveis opera novas capacidades no Rio Grande do Norte

A Aneel liberou para operação comercial 6,3 MW do parque eólico São Domingos (25,2 MW – RN), situado em São Miguel do Gostoso. Foram três unidades geradoras, de 2,1 MW cada, autorizadas nesta segunda-feira (29/8). A usina é da CPFL Renováveis e está prevista para entrar em pleno funcionamento em novembro deste ano. A agência liberou capacidade também de outra eólica da empresa, a Ventos de São Benedito (29,4 MW - RN). Foram 2,1 MW a partir de um aerogerador. Os projetos possuem 12 unidades geradoras cada, todas conectadas à subestação João Câmara III (138 kV), e iniciaram as obras no ano passado. (Agência Brasil Energia – 29.08.2016)

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4 Impostos pagos com Belo Monte chegam a quase R$ 1 bi

A construção da UHE Belo Monte, no Pará, já resultou no pagamento de mais de R$ 963,1 mi em encargos e impostos, conforme relatório da Norte Energia com o acumulado de 2011 até julho de 2016. O maior volume de contribuição é para impostos municipais, que beneficiaram com mais de R$ 585,6 mi as cidades do Xingu, Belém e Brasília. Com a hidrelétrica, o Estado também arrecadou R$ 162,2 mi em Imposto sobre ICMS. Os municípios da Área de Influência Direta de Belo Monte são os que mais arrecadaram com o ISS. A Vitória do Xingu, onde o empreendimento está em construção, foram pagos R$ 455,8 mi. Já Altamira, o município mais populoso da região, recebeu mais de R$ 115,5 mi. No total de impostos pagos, a Norte Energia, responsável pela hidrelétrica, pagou também mais de R$ 24,6 mi em encargos, incluindo a CFURH, os "royalties" pelo uso da água do Rio Xingu para gerar energia. A circulação desse montante de tributos pagos com a construção de Belo Monte por meio de impostos além de reforçar os cofres de administração pública municipal, principalmente, também contribui para o desenvolvimento econômico e social de toda a região. Com as obrigações fiscais cumpridas, o empreendimento também aplicou cerca de R$ 4,2 bi, entre 2011 e 2016, em ações socioambientais com o Projeto Básico Ambiental (PBA) da hidrelétrica. Até 2045, a receita anual extra para a prefeitura de Altamira será de aproximadamente R$ 66 mi por ano, em valores de hoje, com a CFURH. Do início das obras até janeiro de 2016, Altamira recebeu da Norte Energia mais de R$ 1 bi apenas em ações socioambientais do projeto Básico Ambiental (PBA) da UHE Belo Monte. A título de comparação, este valor corresponde a quatro vezes o valor do orçamento de 2015 da prefeitura do município, de R$ 237 mi, aprovado pela Câmara de Vereadores. (Agência CanalEnergia – 29.08.2016)

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5 Aneel mantém multas a Petrobras, CPFL e Light

A Aneel manteve multas aplicadas à Petrobras, à CPFL e à Light, em recursos administrativos apresentados pelas empresas para contestar autos de infração. Em relação à Petrobras, a agência manteve a multa de R$ 1,8 mi aplicada em agosto de 2015. A CPFL teve mantida multa de R$ 789 mil. A multa da Light também foi reiterada em R$ 1,2 mi. As decisões constam de despachos da diretoria-geral da Aneel, publicados no dia 29, no DOU. A publicação informa detalhes sobre os procedimentos. (Valor Econômico – 29.08.2016)

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6 Teslights entra no mercado brasileiro de LEDs

A Teslights inicia operação no Brasil com a inauguração de uma fábrica de lâmpadas LED inteligentes em Jundiaí, no estado de São Paulo. O projeto custou US$ 5 mi. A Teslights já tem contratos com grandes empresas brasileiras e a previsão é que a fábrica inicie a produção já na próxima quinta-feira (1º/9). Na avaliação da empresa, o mercado de eficiência energética global deve alcançar US$ 425 bi nos próximos 10 anos. A Teslights tem 12 escritórios e 13 fábricas em países de quatro continentes, incluindo Estados Unidos, Espanha, México e Argentina. (Agência Brasil Energia – 29.08.2016)

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Leilões

1 Leilão de usinas eólicas e solares considerará linhas de transmissão

O leilão de geração de fontes alternativas, como energia eólica e solar, previsto para dezembro deste ano, levará em conta, no seu resultado, a existência ou instalação iminente de linhas de transmissão para escoar a eletricidade nova, informou nesta segunda-feira o MME. Segundo o ministério, a medida foi tomada “com o objetivo de reduzir os riscos de atrasos no escoamento da eletricidade por descasamentos entre as obras de geração e transmissão” — caso de muitas eólicas. As diretrizes gerais para essa nova política constam da Portaria 444 do MME, publicada nesta segunda-feira no “Diário Oficial da União”. A medida visa a evitar casos que foram frequentes no país nos últimos anos em que usinas eólicas do Nordeste ficaram prontas, mas não havia linhas de transmissão para elas se conectarem ao sistema interligado. Com isso, os brasileiros passaram a pagar por essa energia, mesmo que ela não fosse efetivamente usada. “O objetivo das novas diretrizes é: coordenar a contratação de geração com a conexão a instalações de transmissão existentes e com entrada em operação comercial no horizonte de início de suprimento do leilão; mitigar riscos referentes ao atraso de entrada em operação de instalações de transmissão; e dotar de maior transparência o processo para definição da Capacidade Remanescente, definindo prazos e os principais responsáveis em cada etapa”, informou o MME por nota. (O Globo – 29.08.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Nordeste não esperaram o mês de setembro chegar e já estão operando abaixo da casa dos 20%. De acordo com dados do NOS referentes ao último dia 28 de agosto, o volume é de 19,7%. A energia armazenada na região é de 10.2501 MW/mês e a ENA é de 1.180 MWm, que corresponde a 35% da MLT armazenável no mês até o dia. A hidrelétrica de Sobradinho está com 15,1%. No submercado Norte, o recuo chegou a 0,2%, deixando os reservatórios com 47,8% da sua capacidade. A energia armazenada é de 7.191 MW/mês e a ENA é de 1.096 MWm, que é o mesmo que 46% da MLT. A usina de Tucuruí está com 75,77% da capacidade. No submercado SE/CO, os níveis continuaram com o volume de 46,6% do dia anterior. A energia armazenada é de 94.478 MW/mês e a ENA é de 22.329 MWm, que equivale a 99% da MLT. A usina de Furnas está com 66,07% e a de Emborcação, com 41,77%. A região Sul foi a única que apresentou crescimento, subido 0,2% na comparação com o dia anterior, chegando a 90,8%. A energia armazenada é de 18.120 MW/mês e a ENA é de 13.236 MWm, que corresponde a 101% da MLT. A usina de Passo Real está com 79,52% da sua capacidade. (Agência CanalEnergia – 29.08.2016)

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2 CCEE: projeção do GSF médio do ano piora e fica em 89,8%

A projeção mais atualizada para o GSF no ano ficou em 89,8%, uma piora de 0,2 ponto percentual em comparação ao que era esperado para a conclusão de 2016 no mês passado, em 90%. Esses são os mesmos indicadores ao se considerar a geração flat para fins de repactuação de risco. Os dados foram divulgados pela CCEE em sua apresentação mensal InfoPLD. A perspectiva para o mês de setembro apenas é de 89,1%. Na avaliação da pior série histórica de energia natural afluente, o indicador do GSF poderia chegar a 87,6%. A perspectiva é de que o indicador até o final do ano volte a se elevar e assim reduza o déficit de geração. Além do volume esperado para setembro, indicou a CCEE, no último trimestre de 2016 os indicadores deverão ficar em 93,4% em outubro, 96,1% em novembro e 99,2% em dezembro. A projeção de ESS para o ano aumentou. Enquanto, a previsão no mês passado era de R$ 2,743 bi para o encerramento de 2016 esse montante subiu para R$ 2,984 bi. A projeção da CCEE para o volume de energia armazenada no SIN é de 38% ao final de setembro. O pico previsto para o nível máximo de armazenamento está no trimestre de março-abril-maio com 46% chegando a setembro de 2017 a 27%. Em termos de submercados, o Nordeste aparece ao final desse ano com 14%, mas o ano de 2017 promete, segundo as projeções da CCEE, mais desafiador. Já no Sudeste/Centro Oeste a previsão é de volumes semelhantes a 2016, assim como no Norte. Já no Sul, a previsão é de queda nos níveis de armazenamento quando comparado ao ano de 2016. Já em termos de energia natural afluente, a previsão nos próximos 14 meses é de proximidade e até ultrapassagem da média histórica até janeiro, recuo à casa de 70% da MLT e depois, a partir de julho, retornam as condições de afluências próximas à média histórica. (Agência CanalEnergia – 29.08.2016)

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3 CCEE: projeção do PLD

A projeção do PLD divulgada pela CCEE sem os cenários de sensibilidade apontam para uma curva de preços equalizada em todos os submercados, sendo que apenas no Nordeste há variação nos meses de novembro e dezembro. E no Norte, no mês de fevereiro de 2017. No restante do período projetado a tendência é de PLD no pico de R$ 154/MWh em setembro, recuando até dezembro a R$ 64/MWh. No ano d 2017 recomeça a curva ascendente em janeiro para R$ 94/MWh, até abril a R$ 209/MWh como projeção mais elevada, mas mesmo recuando um pouco em maio se mantém acima de R$ 150/MWh e volta à casa de R$ 200/MWh até que em setembro e outubro de 2017 possam chegar a R$ 144/MWh. O PLD médio de 2017 é de cerca de R$ 165/MWh no SE/CO, Sul e no NE. Já no Norte é de R$ 157,06/MWh. A CCEE considerou como PLD máximo em 2017 o valor de R$ 532,78/MWh, sendo que representa CVU da UTE Mário Lago reajustado, e o PLD mínimo de R$ 30,25/MWh. (Agência CanalEnergia – 29.08.2016)

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Meio Ambiente

1 Solução sustentável para poupar energia

Os datacenters foram projetados para manter a segurança física e lógica dos dados e seguem a tendência global de gerar menor impacto no meio ambiente. Como os custos com energia elétrica são muito elevados, os esforços são concentrados na eficiência energética que representa 52% do consumo global, enquanto 38% é associado à climatização e os outros 10% a equipamentos de armazenamento, virtualização e redes, segundo estudo da Emerson Network Power. Parte do consumo é desperdiçado na forma de energia térmica, com o aquecimento dos componentes. O projeto de um datacenter leva em conta o baixo consumo de energia elétrica, a sustentabilidade e destinação adequada de seus rejeitos tecnológicos, além da utilização dos gases refrigerantes e dos sistemas de combate a incêndio. Quanto mais antigo um datacenter, mais antigos os equipamentos e a inteligência dos controles da energia. A energia consumida está bastante vinculada a eficiência energética de seus equipamentos e, como consequência, seu resfriamento é outro ponto crucial para a eficiência do sistema. Um dos caminhos para o uso eficiente da energia elétrica é a geração local desta energia através de fontes renováveis, sobretudo a solar fotovoltaica. Ela ajuda a minimizar riscos de racionamento em períodos de pouca chuva, além de reduzir o consumo de fontes poluentes e caras como as termelétricas, evitando emissões de gases de efeito estufa. Para manter a eficiência energética, uma das estratégias é unificar sistemas e equipamentos de fornecedores diferentes para monitorar o consumo de energia de forma planejada. Em um datacenter típico, 30% a 40% dos sistemas são de armazenamento. De acordo com Wagner Tadeu, diretor geral da Pure Storage no Brasil, uma das soluções para economizar é a troca do sistema de armazenamento tradicional, ou disco rígido por unidades totalmente flash, sem peças móveis, que reduz em até dez vezes o espaço físico destinado ao storage. (Valor Econômico – 30.08.2016)

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2 Avanço do carro elétrico é mais rápido do que se imaginava

Em 2015, somente cerca de um em cada 150 carros vendidos nos Estados Unidos tinha uma tomada e uma bateria. Mas a adoção em massa dos veículos elétricos está a caminho e vai chegar muito antes do que as pessoas imaginam. O motivo, em parte, é que veículos elétricos são dispositivos e mudanças tecnológicas em dispositivos são rápidas. Um grande salto está nas baterias. Um veículo elétrico típico hoje custa US$ 30 mil nos EUA e tem uma autonomia de, no máximo, 160 quilômetros por carga. Dentro de um ano, os veículos vão poder percorrer o dobro desta distância e custar apenas um pouco mais. A montadora Tesla Motors Inc. é a porta-estandarte, prometendo o Model 3, um veículo concebido para atrair as massas a um preço de US$ 35 mil, sem incentivos, e uma autonomia de mais de 320 km. Em comparação, o preço de um carro novo típico nos EUA hoje gira em torno de US$ 33 mil. A concorrência entre veículos elétricos e híbridos será acirrada e acabará derrubando os preços finais Mas a Tesla está longe de ser a única. No fim do ano, a Chevrolet lança o Bolt EV por US$ 37.500. Ele também terá autonomia de mais de 320 km. Pasquale Romano, diretor-presidente da ChargePoint Inc., diz que trabalha e conversa com a maioria das montadoras. No curto prazo, muitos desses carros serão híbridos "plug-in", com motores movidos a eletricidade e a gasolina. Faz sentido juntá-los, já que a maioria dos novos modelos tem autonomia suficiente para a distância média percorrida pelo americano para chegar ao trabalho e voltar sem usar gasolina. Steve Majoros, diretor de marketing da unidade Chevrolet, diz que 90% das viagens feitas com o híbrido elétrico Volt usaram só a eletricidade. Em km rodados, a proporção é de 65%. O Volt pode percorrer 85 km com uma carga. Todo carro híbrido elétrico é, basicamente, um carro elétrico que carrega um "ampliador de alcance" por segurança. Eles ajudarão a eletrificar uma grande fatia dos quilômetros rodados por carros americanos. Também vão facilitar a adoção de carros elétricos pelos consumidores. (Valor Econômico – 30.08.2016)

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3 Concorrência entre veículos elétricos e híbridos será acirrada

A concorrência entre veículos elétricos e híbridos será acirrada e derrubará preços. A Volkswagen AG prometeu transformar todos os seus modelos em híbridos plug-in até 2025. A BMW AG fez a mesma promessa. Já a Hyundai Motor Co. prometeu oito modelos híbridos até 2020, mais dois modelos totalmente elétricos. O Prius reformulado da Toyota Motor Corp., que dobrou seu alcance, chegará ao mercado ainda neste ano. Outra tendência vai ajudar: a proliferação de estações de recarga. A ChargePoint informou, no domingo, que sua rede possui 30 mil estações onde os proprietários de carros elétricos podem recarregar as baterias. Em comparação, há cerca de 90 mil postos de gasolina acessíveis ao público nos EUA, diz Mike Fox, diretor executivo das Concessionárias de Gasolina e Serviços Automotivos da América. O número de estações de recarga comerciais está crescendo rapidamente e uma das razões é que eles são relativamente baratos - custando entre US$ 3 mil e US$ 7,5 mil por ponto de carga, dependendo se é uma nova construção ou uma instalação adaptada. Quando ligadas a um negócio, as estações podem atrair consumidores e incentivá-los a passar um tempo maior e gastar mais no local. A Hy-Vee Inc., rede de 241 supermercados que atende oito Estados na região do Meio-Oeste americano, instalou estações de recarga em todas as suas lojas novas, possuindo agora quatro carregadores em todas as 42 lojas. O tempo de recarga para os carros elétricos varia bastante, dependendo da estação e do fabricante do carro, mas normalmente demora entre meia hora e uma hora para se obter uma carga razoável. Convenientemente, este é mais ou menos o tempo que se leva para fazer uma refeição, diz John Brehm, diretor de planejamento de lojas da Hy-Vee. Instalar estações de recarga em locais de trabalho, onde os carros passam grande parte do tempo, também será importante. Os veículos elétricos estão há muito tempo a caminho, mas hoje eles representam uma ameaça tão real e imediata ao motor a gasolina que Fox, da associação de postos de gasolina, agora recomenda que seus membros assinem contratos de longo prazo para combustível que incluam uma opção de renegociação caso mais de 10% da frota estadual migre para a eletricidade. (Valor Econômico – 30.08.2016)

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Energias Renováveis

1 Yaskawa inicia fabricação de inversores solares no Brasil

A Yaskawa iniciou a fabricação no país de inversores solares com foco na geração centralizada. A ideia é fazer do país um ponto focal para o mercado latino, disse a gerente de Negócios Internacionais para a América Latina da Yaskawa, Mercedes Pereyra Boue. A empresa tem atualmente capacidade de produzir 100 MW mensais em uma unidade produtiva em Diadema (SP), e existe espaço para ampliação para até 500 MW, caso a demanda assim exija, de acordo com a executiva, que conversou com a reportagem durante o Intersolar, na semana passada. A entrada da Yaskawa no mercado fotovoltaico brasileiro é parte de um processo global iniciado em 2014, com a aquisição da americana Solectria, um grande fornecedor deste equipamento no mercado americano, com pés nos mercados mexicano e asiático, entre outros. Mas a companhia já está no país há mais de 40 anos, atuando em áreas como automação e robótica. Segundo Mercedes, o foco inicialmente recai em usinas centralizadas, onde a empresa enxerga maior valor agregado. Mas a companhia não descarta a geração distribuída e possivelmente a partir do ano que vem a empresa deve ampliar atuação no fornecimento para projetos de geração distribuída de maior porte, voltados para segmentos como o comercial. A fabricante possui inversores para usinas com capacidade de 0,75 MW, 1 MW e 2 MW. A atenção está no leilão de reserva de dezembro. Na avaliação da executiva, o cenário econômico brasileiro está mais estável, com condições macroeconômicas mais previsíveis, como câmbio, o que favorece a uma possível avaliação da companhia de exportar equipamentos para a América Latina. Ainda de acordo com ela, a questão cambial é mais importante mesmo do que uma eventual mudança de rumo da política de conteúdo local, a partir de uma sinalização de que o banco poderia reduzir ou mudar a estratégia de nacionalização diante das novas prioridades para financiamento. Essa sinalização, ainda que não tão clara, não mudaria os planos da Yaskawa, uma vez que a empresa já possui unidades industriais no Brasil. O que talvez exista, na visão dela, é que o BNDES ainda está com recursos represados para financiamento para solar - nenhum parque solar ainda não conta com projetos. (Agência Brasil Energia – 29.08.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Atraso na ampliação de térmica vira multa de R$ 994,6 mil para Furnas

A Aneel não aceitou o recurso interposto por Furnas e manteve a multa de R$ 994.663,2 por descumprimento do cronograma de implantação estabelecido para a UTE Santa Cruz. A térmica tem 1.000 MW e fica no Rio de Janeiro (RJ). Em 2002, Furnas foi autorizada a ampliar a usina, mediante a instalação de duas turbinas a gás de 200 MW cada, em ciclo combinado com dois geradores a vapor existentes de 82 MW cada, usando gás natural como combustível principal e óleo diesel como alternativo, totalizando a capacidade final instalada de 1.000 MW, agregando mais duas turbinas a vapor existentes de 218 MW cada, e utilizando como combustível óleo diesel. Em duas oportunidades, Furnas adiou o início da operação comercial das turbinas, o que acabou gerando a multa. Em reposta a questionamento da agência, ela alegou que a nova estratégia previa que a finalização do processo de ampliação se daria com a contratação na modalidade “empreitada integral” e que sua estimativa preliminar previa que a conclusão da ampliação da usina ocorreria em abril de 2019. Ela também disse que buscaria um parceiro privado para a instalação de 150 MW a gás na usina durante o prazo necessário para fechamento do ciclo combinado das unidades existentes. Na reposta, Furnas não informou um cronograma definitivo, já que ainda elaborava o projeto para a contratação dos serviços para a ampliação em ciclo combinado. A Aneel concluiu que as justificativas pelo atraso se mostraram frágeis e não configuravam situações que se caracterizem como excludente de responsabilidade, o que não motivaria uma reforma na aplicação da penalidade. (Agência CanalEnergia – 29.08.2016)

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Economia Brasileira

1 Projeção do PIB para 2017 sobe no Focus

As projeções para a recuperação da economia em 2017 voltaram a melhorar na última semana, embora o mercado também tenha aumentado a previsão de inflação para o período. De acordo com o boletim Focus, divulgado pelo BC, a previsão para o avanço do PIB em 2017 subiu ligeiramente de 1,20% para 1,23% enquanto a estimativa para o IPCA do mesmo período passou de 5,12% para 5,14%. Ajuste semelhante foi feito nas projeções para este ano. Para o PIB, a mediana das cerca de 100 instituições consultadas estima queda de 3,16% em 2016. Na semana anterior, a projeção era de queda de 3,20%. Para o IPCA, a estimativa passou de 7,31% para 7,34%. As estimativas refletem as declarações recentes do governo, que passou a projetar crescimento do PIB para o último trimestre deste ano, com retomada dos investimentos. O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Carlos Hamilton, chegou a mencionar que alguns analistas já esperam alta do PIB no terceiro trimestre - destacando que este não é o cenário base do governo. Para a inflação projetada para os próximos 12 meses, o mercado ajustou o número de 5,34% para 5,32%, nona revisão para baixo seguida. A projeção do grupo Top 5, na mediana de médio prazo, aponta a alta do IPCA em 7,45% em 2016. A previsão anterior era de avanço de 7,51%. Para 2017, a estimativa se mantém em 5,25% neste grupo. O mercado elevou a estimativa para a taxa básica de juros (Selic) em 2017 de 11% para 11,25%, sugerindo um afrouxamento menor por parte do BC para o próximo ano. De acordo com o boletim Focus, a projeção para 2016 para o juro foi mantida em 13,75%, pelo segundo mês consecutivo. Para a decisão que será tomada amanhã pelo Copom, a projeção mediana do mercado segue inalterada, pela oitava semana seguida, em 14,25%, patamar atual da Selic. O grupo de instituições que compõem o Top 5 do Focus voltou a estimar a Selic em 13,75% para este ano, após elevar a projeção para 14,25% no levantamento anterior. Para 2017, o grupo mantém a projeção da Selic em 11,25%, em linha com o restante do mercado. Para o câmbio em 2016, o mercado ajustou a projeção de R$ 3,30 para R$ 3,29. Para 2017, a taxa prevista segue em R$ 3,45. (Valor Econômico – 30.08.2016)

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2 Anbima revisa projeção para queda do PIB em 2016

O comitê de acompanhamento macroeconômico da Anbima melhorou suas estimativas para o PIB deste e do próximo ano. Para 2016, a expectativa de queda, que vem cedendo desde abril, passou de -3,2% para -3,1%. A alta projetada para o período seguinte, por sua vez, cresceu de 1,1% para 1,46%. A mediana de estimativas para 2016, ressalta a instituição em seu mais recente relatório macro, chegou a -3,83%. Na última coleta, em julho, havia projeções de retração da atividade já abaixo de 3%. Para o PIB trimestral, as medianas para o dado que será divulgado nesta quarta-feira pelo IBGE, referente ao período de abril a junho, apontam recuo de 0,50%. Para os trimestres seguintes, as projeções estão em 0,0% e 0,20%, nessa ordem. A melhora nas perspectivas de crescimento teve contribuição da mudança no cenário externo em relação ao início do ano, com melhora nos preços do petróleo e menor incerteza em relação ao crescimento da economia mundial. Os analistas ressaltam que os indicativos de recuperação da atividade brasileira estão baseados nas perspectivas futuras do cenário econômico. Caso não haja sinais concretos de mudança na direção de um crescimento sustentável, portanto, a melhora da confiança observada nos últimos meses “pode não se sustentar”. Entre as principais dúvidas sobre o ritmo de recuperação estão as condições políticas do governo para aprovar reformas estruturais, as possibilidades para que as exportações sejam o vetor de crescimento da economia em um cenário externo de baixo dinamismo e os efeitos dos ajustes recessivos no segmento de serviços, que ainda não terminaram e que podem acentuar os impactos contracionistas na economia. (Valor Econômico – 30.08.2016)

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3 Queda no movimento do comércio perde fôlego em julho, diz Boa Vista

A retração no movimento do comércio perdeu fôlego em julho, embora ainda se mantenha com desempenho negativo. O setor acumulou retração de 5,1% nos doze meses encerrados em julho, segundo dados levantados pela Boa Vista/SCPC. Na mesma comparação até junho a retração foi de 5,3%. Em nota, a Boa Vista destaca que os dados de julho repetiram o desempenho dos últimos dois meses, com quedas mais amenas e sinalizam um momento mais favorável ao setor. “Caso o cenário mais benigno apontado pelas projeções de mercado se consolide, o atual movimento inflexão da tendência deverá ser mantido de modo consistente, recuperando gradativamente as vendas do setor para um patamar positivo já no primeiro trimestre de 2017.” Em julho, o movimento do comércio caiu 1,5% em relação a junho, na série com ajuste sazonal. Na comparação com julho de 2015 houve queda de 1,7%, acumulando no ano 4,9% de recuo. O indicador Movimento do Comércio é elaborado a partir da quantidade de consultas à base de dados da Boa Vista, por empresas do setor varejista. (Valor Econômico – 29.08.2016)

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4 Desemprego vai a 11,6% no trimestre até julho, a maior taxa desde 2012

A taxa de desemprego no país aumentou para 11,6% no trimestre encerrado em julho, de acordo com a Pnad Contínua, divulgada pelo IBGE. Trata-se da maior taxa de desocupação desde o início da pesquisa, em 2012. Em igual período de 2015, o desemprego era de 8,6% da PEA do país. No trimestre encerrado em abril deste ano, o nível de desocupação foi de 11,2%. A taxa do período maio-/julho ficou acima da média de 11,5% estimada por 21 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data. O intervalo das estimativas ia de 11,4% a 11,7%. O contingente de desempregados bateu recorde e chegou a 11,8 milhões no trimestre encerrado em julho, ante 8,6 milhões no mesmo período do ano passado e 11,4 milhões em abril. É o maior contingente de desempregados desde o início da pesquisa. Em um ano, mais de 3,2 milhões de pessoas entraram na fila do desemprego. Já a população ocupada, de 90,4 milhões de pessoas, é 1,8% menor que no mesmo período em 2015, quando o contingente de empregados era de 92,185 milhões. No trimestre encerrado em abril, 90,633 milhões estavam trabalhando. De acordo com o IBGE, houve corte de quase 1,7 milhão de vagas de trabalho no país desde julho de 2015. O nível de ocupação caiu para 54,4% no trimestre até julho. Além do aumento do desemprego, a Pnad Contínua mostrou queda nos rendimentos das pessoas ocupadas. O valor médio habitualmente recebido em todos os trabalhos, de R$ 1.985, apresentou queda real de 3% ante o mesmo período de 2015, quando era de R$ 2.048. A massa de rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimada em R$ 175,3 bi, queda de 4% em relação a um ano antes. (Valor Econômico – 30.08.2016)

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5 IGP-M volta a perder força em agosto, aponta FGV

A inflação medida pelo IGP-M perdeu força novamente em agosto e ficou em 0,15%. Em julho, o indicador já havia desacelerado para 0,18%. O resultado em agosto, divulgado nesta terça-feira pela FGV, no entanto, ficou acima do estimado por 20 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data. Este grupo previa, em média, alta de 0,11%, com projeções que iam de alta de 0,02% a 0,23%. No ano, o IGP-M acumula alta de 6,25% e em 12 meses avança 11,49%. A alta menos intensa em agosto foi influenciada por alguns itens com peso expressivo na formação do IGP-M. Entre eles, a soja em grão que registrou queda de 8,51% em agosto no atacado, após uma retração de 3,68% em julho. A batata inglesa, por sua vez, pesou menos no bolso do consumidor e recuou 15,88% neste mês. Também encolheram, em média 1,5%, os preços de tarifa de eletricidade residencial. No conjunto do atacado, o IPA- voltou a acelerar, indo de baixa de 0,01% para 0,04%. Nesta alta, os principais responsáveis foram as matérias-primas, que deixaram retração de 1,96% em julho para subir 0,34% neste mês. Os itens intermediários também passaram de queda de 0,36% para elevação de 0,28%. O IPC-M subiu 0,40% em agosto, após alta de 0,29% um mês antes. Dos oito grupos de despesas, seis tiveram acréscimos nos preços. (Valor Econômico – 30.08.2016)

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6 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 10h06, a moeda americana avançava 0,29%, para R$ 3,2428. Na segunda-feira, no fechamento, o dólar comercial caiu 1,13%, a R$ 3,2328. (Valor Econômico – 30.08.2016 e 29.08.2016)

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Internacional

1 Colômbia: Haveria apenas reservas de gás para os próximos 9 anos

O relatório mais recente do órgão governamental colombiano UPME (Unidade de Planejamento Mineiro Energética) indica que a oferta certificada por produtores e importadores abastecerá a demanda até novembro de 2023. Em um cenário otimista, até 2025. "Em um cenário de baixa oferta e demanda moderada, há um equilíbrio até novembro de 2023, e se a demanda for baixa, até setembro de 2025". diz o relatório. Imediatamente a seguir, o texto citado sublinha que a nível nacional, estima-se que a demanda em um cenário de consumo moderado "alcançará um crescimento em média anual de 2,2% entre 2015 e 2035, impulsionado pelo crescimento econômico, o aumento da população e da substituição de energia por gás natural". O principal obstáculo no setor para avançar na exploração e produção de gás natural é a queda dos preços internacionais do petróleo. Devido a isso, as empresas ficam sem recursos para fazer novos investimentos. "Deve-se estabelecer um regime que seja muito competitivo e que permita desenvolver investimentos dentro de cinco ou seis anos para as águas do Mar do Caribe colombiano, como o caso do Ora e Kronos", diz Eduardo Pizano, presidente da Naturgas. Mas, ao mesmo tempo, o presidente é otimista ao dizer que Colômbia possuiu reservas para os próximos 12 ou 13 anos nos níveis atuais de consumo, e "isso nos dá tranquilidade, porque afinal de contas, existem reservas". (Portafolio – Colômbia – 29.08.2016)

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2 Texas, capital do petróleo nos EUA, aposta em energia eólica e solar

Numa noite de ventos fortes em fevereiro, o mercado de energia elétrica do Texas atingiu um marco histórico. Cerca de metade da energia que chegava à rede elétrica vinha de turbinas eólicas, um nível inimaginável dez anos atrás num lugar mais conhecido por sua longa ligação com os combustíveis fósseis. O Estado americano ainda apoia seu setor de petróleo e gás, tendo liderado a revolução do fraturamento hidráulico, ou "fracking", uma técnica inovadora que permitiu a exploração de formações de xisto. Ainda assim, uma igualmente surpreendente bonança energética no Texas está passando quase despercebida: a ascensão das fontes renováveis. O Texas adicionou mais capacidade de geração baseada na energia eólica do que qualquer outro Estado americano, com turbinas eólicas tendo respondido por 16% da sua capacidade de geração de energia em abril. O Estado agora prevê um enorme incremento da energia solar. Num momento em que os políticos dos EUA travam um debate feroz sobre mudanças climáticas e os críticos dizem que a "energia verde" não passa de uma invenção do governo, o Texas vem seguindo uma abordagem que funciona dentro do sistema de energia do Estado, baseado no mercado livre. Autoridades locais dizem ser praticamente certo que a energia eólica e a solar vão ter um papel cada vez mais significativo no futuro do setor energético do Texas, mesmo com a diminuição dos subsídios do governo federal, nos próximos anos. "Estamos no terceiro capítulo de um livro com 50 capítulos", diz Joel Mickey, diretor de projeto e desenvolvimento de mercado da Electric Reliability Council of Texas (Ercot), operadora da rede elétrica do Estado. (Valor Econômico – 30.08.2016)

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3 Texas é dos poucos Estados liderados pelo Partido Republicano a ter crescimento das energias renováveis

Nos Estados Unidos, fora do Texas, a maior parte do crescimento das energias renováveis está ocorrendo nos Estados tradicionalmente liderados pelo partido do governo, o Democrata. A Califórnia é líder em energia solar, com mais sistemas gerando energia hoje do que o Texas espera adicionar nos próximos cinco a dez anos. Neste mês, Nova York concluiu um plano para chegar a 2030 com metade de sua energia vinda de fontes que não geram emissão de carbono, com grandes metas para turbinas eólicas em alto-mar. Parques eólicos forneceram quase 35% da energia consumida no Estado de Iowa no ano passado - o percentual mais alto entre todos os Estados americanos. O Texas continua sendo um dos poucos Estados liderados pelo Partido Republicano, de oposição, a aderir a essa tendência. Mas sua transformação não se deu sem riscos. No começo, o governo estadual cobrou bilhões de dólares em impostos dos usuários do sistema elétrico para construir as linhas de transmissão necessárias para trazer a energia gerada no oeste do Estado, onde os ventos são abundantes, para as cidades carentes de energia. Também houve uma curva de aprendizado. A energia renovável só está disponível quando há vento e o sol brilha. Ela não pode simplesmente ser enviada quando é preciso, mas apenas quando está disponível, o que significa que as autoridades responsáveis pela rede de energia tiveram que desenvolver uma obsessão por previsões meteorológicas. Ainda não existem tecnologias eficientes para armazenagem em baterias. E ainda há a questão dos subsídios. Projetos eólicos recebem generosas verbas federais quando geram eletricidade. Nos leilões, isso significa que, às vezes, eles podem pagar o Estado para que ele use a sua energia e ainda assim serem lucrativos, subvertendo o modelo de negócios dos fornecedores de energia gerada por combustíveis fósseis. Alguns críticos receiam que isso possa fazer com que companhias desativem prematuramente suas unidades que exploram combustíveis fósseis - apesar de algumas fontes, como o gás natural e o carvão, serem hoje claramente mais baratas. Como manteremos grandes operações de combustíveis fósseis funcionando se as energias eólica e solar comprometeram sua viabilidade econômica a ponto de as empresas quererem encerrá-las?, pergunta Travis Fisher, economista do Instituto para Pesquisa de Energia, centro de estudos de viés conservador. Uma pesquisa recente realizada pela Coalizão do Texas pela Energia Limpa, um grupo apartidário que apoia o crescimento do uso do gás e da energia renovável, verificou que, apesar da forte aversão às regulações ambientais federais que visam reduzir o consumo de carvão, 85% dos texanos são favoráveis à expansão das energias renováveis e 9% são contrários. (Valor Econômico – 30.08.2016)

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4 Queda nos custos das tecnologias eólica e solar incentiva adoção de fontes renováveis nos EUA

Uma questão vital que tem incentivado a adoção das fontes renováveis nos Estados Unidos é a queda nos custos das tecnologias eólica e solar. No caso da solar, os custos recuaram 48% desde 2010, sendo que no ano passado a queda foi de 6%, segundo a Associação das Indústrias de Energia Solar, um grupo setorial. Eles devem continuar diminuindo à medida que os painéis solares passarem a ser produzidos em maior escala e se tornarem mais eficientes. "[O Texas] quer ter uma diversidade de recursos porque ninguém sabe qual será o preço do gás no futuro", diz Joel Cohn, da consultoria CohnReznick, de Nova York. A Ercot estima que haverá um crescimento explosivo da energia solar. Uma análise indicou que uma recente extensão de um crédito tributário federal para incentivar a adoção desse tipo de energia pode levar à adição de até 19 mil megawatts de capacidade de energia solar dentro de 15 anos, ante 500 megawatts disponíveis hoje. O Texas está prestes a saltar da décima para a segunda posição entre os Estados americanos com mais capacidade de geração de energia solar dentro de cinco anos, atrás apenas da Califórnia, segundo a Associação das Indústrias de Energia Solar. O Estado tem hoje mais de 100 mil pessoas trabalhando no setor de energia renovável, segundo a Comissão de Força de Trabalho do Texas, entidade voltada para a criação de empregos. Em San Antonio, a concessionária municipal de energia, CPS Energy, substituiu uma usina movida a carvão por uma instalação de energia solar. "É limpa. É silenciosa. As pessoas a querem aqui", diz Randy Jenks, que desenvolve projetos de energia solar para a OCI Solar Power, que pertence à sul-coreana OCI Company. Quando todas as fases do empreendimento estiverem concluídas, o projeto Alamo deve gerar mais de 450 megawatts, uma capacidade que supera a que existia em todo o Texas há dois anos. A CPS começou a pensar em enegia solar em 2010 e, dois anos depois, contratou a OCI Solar para pôr o projeto em prática. Fontes renováveis ainda são uma pequena parcela dos negócios da CPS, mas a companhia espera que elas cresçam rapidamente. "Os custos caíram a um patamar em que as pessoas podem, de fato, ver o valor" delas, diz Cris Eugster, o diretor operacional. (Valor Econômico – 30.08.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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