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IFE: nº 4.161 - 29 de agosto de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL comenta entrevista com Moreira Franco: “Crédito a concessão não terá subsídios”
2 Acordo vai permitir que Argentina receba energia firme do Brasil
3 ONS: nova modalidade contratual aponta para uma integração mais efetiva dos sistemas elétricos
4 Aneel mantém bandeira verde em setembro
5 Diretor do ONS prevê bandeira verde na conta de luz até o fim do ano
6 Aneel libera UHE Salto Apiacás para dar início à operação em teste
7 Aneel inabilita térmica à biomassa do leilão A-3 de 2015
8 MCSD movimenta R$ 141 milhões na CCEE
9 MME enquadra eólicas na Bahia no Reidi
10 Pará concede isenção de ICMS para microgeração

Empresas
1 Setor elétrico pode ganhar peso no Ibovespa
2 Empresas contratam mais energia a futuro
3 Energisa não descarta interesse nas privatizações, revela Coinvalores
4 AES Eletropaulo alcança economia de 40,2 GWh/ano com eficiência em hospitais
5 CPFL Piratininga moderniza iluminação em delegacia da PF em Santos
6 Itaquaquecetuba lidera em perda de energia em fraudes na rede elétrica

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 Seca ameaça reservatórios do Nordeste, alerta ONS
3 Mercado regulado tem queda de 3,6% no consumo em agosto

4 Faltam linhas de transmissão para escoar energia de Belo Monte

5 PLD sobe para R$ 140,71/MWh no Sudeste, Nordeste e Norte

Energias Renováveis
1 Departamento de Fontes Alternativas do BNDES se divide em dois

Gás e Termelétricas
1 Obras do gasoduto Penedo-Arapiraca avançam

Grandes Consumidores
1 Termelétrica da CSA instala sistema para abater gases do efeito estufa

Economia Brasileira
1 Mercado projeta expansão maior do PIB e inflação mais alta em 2017
2 Expectativa do consumidor cresce 0,8% em agosto, aponta CNI

3 Confiança do brasileiro retoma estabilidade no trimestre, diz pesquisa
4 FGV: Confiança da indústria cai em agosto e freia série de cinco altas
5 Confiança de serviços atinge maior nível desde fevereiro de 2015
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Demanda global de energia deve atingir pico em 2050
2 Bolívia: Morales assinará contrato para hidrelétrica Ivirizu por US$ 550 mi
3 Paraguai: Menos biomassa, mas ainda é importante
4 Produção de gás de xisto perto do recorde nos EUA


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL comenta entrevista com Moreira Franco: “Crédito a concessão não terá subsídios”

Entrevista de Moreira Franco no Valor merece análise e reflexão por indicar mudanças profundas, destacando-se: (i) a prioridade é investir a custos financeiros sem subsídios tentando trazer o bancos privados e públicos: as tarifas irão refletir a Selic de 14,5%; (ii) evidencia uma contradição de ação em relação às agencias reguladoras: quer fortalecê-las, mas retirar delas a formulação dos editais e elaboração dos contratos. Aqui há a possibilidade de gerar conflitos legais, criando novo marco regulatório a partir dos editais e novos contratos. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 29.08.2016)

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2 Acordo vai permitir que Argentina receba energia firme do Brasil

A Argentina está mais perto de fechar um contrato firme de fornecimento de energia com o Brasil, numa nova modalidade de comercialização transnacional ainda não experimentada pelos dois países. O diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, contou que provavelmente na próxima semana seja anunciado acordo que prevê o fornecimento de até 480 MW de geração térmica da usina Cuiabá, hoje pertencente ao grupo JBS. A duração do contrato é até março do ano que vem. A usina, que no passado pertenceu à Petrobras e estava arrendada à petroleira, é abastecida pelo gás que vem da Bolívia via Gasbol, mas não está incluída no “deck” de termelétricas que são chamadas a despachar energia mediante ordem do ONS. Com isso, a Argentina fechou contrato firme de energia, ou seja, ela fica dedicada ao atendimento ao sistema elétrico daquele país, que vem dependendo de importações de energia ano após ano para atender à demanda elétrica no inverno. O contrato deve prever a interrupção do fornecimento apenas em dois momentos: quando não houver entrega do gás natural pela Bolívia ou quando a termelétrica precisa parar de gerar por momentos específicos, como manutenção, por exemplo. O Brasil tinha um modelo de exportação no qual ele “empresta” energia para a Argentina, com devolução pelo país vizinho – que arca com o ônus comercial da operação. Atualmente, os dois países firmaram um acordo que usa um modelo 100% interruptível, ou seja, o fornecimento é baseado no preço da energia no Brasil. Caso a Argentina precise de geração, e o preço esteja dentro do que o país pretenda pagar, as térmicas despacháveis que não estão sendo demandadas pelo sistema elétrico nacional são acionadas. Os custos de transmissão também são arcados pelo país vizinho. (Agência Brasil Energia – 26.08.2016)

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3 ONS: nova modalidade contratual aponta para uma integração mais efetiva dos sistemas elétricos

Para o diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, a nova modalidade contratual de comercialização transnacional com a Argentina pode abrir espaço para uma integração mais efetiva dos sistemas elétricos, criando realmente um mercado regional de energia. Atualmente, o país possui conexões com a Argentina por meio da estação conversora de Garabi (2 mil MW), além da térmica AES Uruguaiana. O país possui ainda interligação com a Venezuela, que fornece parte da energia de Roraima; com o Uruguai, por meio das estações Rivera e Melo, e com o Paraguai, via Itaipu Binacional. Com a Bolívia, o acordo energético envolve apenas o gás natural, via Gasoduto Brasil-Bolívia, mas existem planos de construção de uma hidrelétrica na fronteira entre os dois países, no Rio Madeira. (Agência Brasil Energia – 26.08.2016)

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4 Aneel mantém bandeira verde em setembro

A Aneel decidiu, no dia 26, manter a bandeira verde nas contas de luz no mês de setembro. Será o sexto mês seguido em que não haverá cobrança extra nas tarifas. A bandeira verde é acionada quando o CMO, indicador que demonstra o custo de geração da usina mais cara em operação em todo o País, fica abaixo dos R$ 211,28 por MWh em todas as regiões. Havia uma expectativa no mercado de que fosse necessário acionar a bandeira amarela em razão da piora das condições de geração de energia no Nordeste, devido à seca, mas isso não se efetivou neste mês. A bandeira amarela, que adiciona R$ 1,50 a cada 100 killowatt-hora de consumo na conta de luz, vigorou em março deste ano. Desde abril, a bandeira é verde. De acordo com a Aneel, os principais fatores que contribuíram para a manutenção da bandeira verde foram a evolução positiva do período úmido neste ano, que recompõe os reservatórios das hidrelétricas, as sobras de energia, em razão da redução da demanda, e a entrada em operação de novas usinas no sistema elétrico brasileiro. De janeiro de 2015 a fevereiro de 2016 vigorou a bandeira vermelha, que sinaliza piores condições de geração de energia. Atualmente, a bandeira vermelha adiciona uma cobrança de R$ 3,00 ou R$ 4,50 a cada 100 kWh de consumo, dependendo do custo e da quantidade de térmicas ligadas. (O Estado de São Paulo – 26.08.2016)

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5 Diretor do ONS prevê bandeira verde na conta de luz até o fim do ano

O diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, prevê que a bandeira tarifária deverá permanecer na cor verde até o fim do ano, quando começa o período chuvoso. “Acho que vamos ficar com a bandeira verde até o fim do ano”, disse Barata, em entrevista a jornalistas, em comemoração aos 18 anos do NOS no dia 26. “No fim de outubro e início de novembro, começa a chuva novamente”, completou. Com relação especificamente ao mês de setembro, Barata confirmou que a bandeira será verde, principalmente porque o CMO para a primeira semana de setembro, que será divulgado hoje à tarde, será da ordem de R$ 130 por MWh. O CMO baliza o cálculo do PLD, que também será divulgado no início da tarde. Somente se o PLD atingir ou se aproximar de R$ 211/MWh é que há possibilidade de a autarquia mudar a cor da bandeira. O diretor geral do ONS lembrou que os reservatórios das hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o principal do país, estão com 46,9% da capacidade de armazenamento. A estimativa, segundo ele, é que os lagos dessas usinas cheguem a novembro, quando termina o período úmido, com 30% de estoque. (Valor Econômico – 26.08.2016)

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6 Aneel libera UHE Salto Apiacás para dar início à operação em teste

A Aneel liberou a UHE Salto Apiacás, localizada no município de Alta Floresta, no Mato Grosso, para dar início à operação em teste a partir de 26 de agosto. O benefício foi para UG2, de 15 MW de capacidade instalada. Outra que também poderá dar início as operações em teste é a PCH Da Fazenda, localizada nos municípios de Alta Floresta e Nova Monte Verde, no Mato Grosso. A unidade liberada foi a de número 1, com 15,5 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 26.08.2016)

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7 Aneel inabilita térmica à biomassa do leilão A-3 de 2015

A Aneel decidiu pela inabilitação da Clealco Açúcar e Álcool do leilão A-3, de agosto de 2015. Segundo despacho de 26 de agosto, a empresa não atendeu aos requisitos estabelecidos em edital. A companhia negociou a termelétrica à biomassa Clealco Queiroz (28,5 MW – SP). A concorrência como um todo negociou 314,3 MW médios, de 29 usinas que somam 669,5 MW, ao preço médio de R$ 188,87/MWh e deságio de 2,27%. (Agência Brasil Energia – 26.08.2016)

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8 MCSD movimenta R$ 141 milhões na CCEE

A negociação de contratos entre distribuidoras – com sobras e déficits – relativas ao mês de julho movimentou R$ 141.182 mi na CCEE. A operação não teve inadimplência e contou com a participação de 71 distribuidoras, dos quais 36 tinham contratado um volume acima do que seus consumidores demandariam e 35 precisavam comprar mais energia para suprir seus mercados. O Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits (MCSD) permite que as distribuidoras ajustem as diferenças nos contratos de comercialização de energia do mercado cativo. As concessionárias podem recorrer à operação em três situações: perda de grandes consumidores, quando estes passam a ser livres; acréscimo aos contratos celebrados antes de 16 de março de 2004; ou por outros desvios de mercado. Para realizar as transações, as distribuidoras assinam termos de cessão dos contratos. A CCEE centraliza a apuração e liquidação destas operações. (Agência Brasil Energia – 26.08.2016)

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9 MME enquadra eólicas na Bahia no Reidi

O MME aprovou o enquadramento ao Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura de três eólicas na Bahia. As EOLs Serra da Babilônia X (26 MW), Serra da Babilônia IX (26 MW) e Serra da Babilônia VIII (26 MW), são localizadas no município de Morro do Chapéu, na Bahia. O período de execução das obras ficará entre 1 de março de 2017 até 1 de outubro de 2018, e será investido, sem a incidência de impostos, um valor de R$ 117,1 mi em cada uma delas. O MME também enquadrou no Reidi o projeto de reforços na subestação Itapaci, localizada no município de Itapaci, em Goiás. As obras serão executadas durante 27 de maio de 2013 até 30 de janeiro de 2017, e será gasto, sem a incidência de impostos, um total de R$ 5,1 mi. Outro projeto que também foi enquadrado no Reidi foi o de reforços na subestação Peixe 2, no município de Peixe, no Tocantins. O período das obras será compreendido de 27 de junho de 2016 até 31 de dezembro de 2017, e será investido, sem a incidência de impostos, um valor de R$ 104 mi. (Agência CanalEnergia – 26.08.2016)


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10 Pará concede isenção de ICMS para microgeração

O Pará aderiu ao convênio ICMS 16/15, que autoriza os estados a conceder isenção do tributo para a circulação da energia produzida em sistemas de microgeração. A adesão foi publicada na edição de 26 de agosto do DOU. O estado ainda precisa publicar um decreto oficializando o incentivo. Agora aproximadamente 85% da população brasileira pode gerar a própria energia sem ser taxada por isso. De acordo com a Absolar, a competitividade de sistemas de microgeração sobe em média 30% nos 21 estados que não cobram o imposto. Ainda não aderiram ao convênio os estados Amazonas, Amapá, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. “Os estado que ainda não aderiram estão perdendo em competitividade para os demais, deixando de atrais negócios e empregos”, diz o presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia. (Agência Brasil Energia – 26.08.2016)

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Empresas

1 Setor elétrico pode ganhar peso no Ibovespa

Em um momento de definições políticas e da expectativa positiva para a esperada retomada do crescimento econômico, analistas começam a antever setores que podem aumentar sua participação na composição do Ibovespa, o principal índice da bolsa de valores. Uma das maiores apostas está na área de energia elétrica. A perspectiva de um aumento das fusões e aquisições das empresas do setor de energia elétrica nos próximos meses é o principal fator que coloca a área entre as preferidas dos analistas. As ações dessas empresas já têm sido destaque neste ano, estando entre as maiores valorizações acumuladas no pregão. Os papéis ordinários da Eletrobras, por exemplo, já subiram 222% neste ano, enquanto o Ibovespa tem alta de 33% no período. Se essa percepção for confirmada, o setor de energia vai retomar o peso que já teve no Ibovespa há alguns anos. O setor de energia elétrica já foi um dos de maior participação no Ibovespa. Em 2000, época das privatizações, a área representava 19,78% do Ibovespa. Mas acabou por perder seu brilho: hoje representa apenas 5,34% do índice acionário que reúne as mais negociadas ações brasileiras. A composição do Ibovespa passou por diversas mudanças nos últimos anos, acompanhando os ciclos econômicos. Atualmente, a maior parte das empresas que fazem parte do índice são uma representação da economia real, o que é positivo para o investimento estratégico em ações. Os setores com a maior participação no Ibovespa são os de consumo e financeiro. Juntos, esses dois segmentos representam 60% do índice acionário. As duas áreas são computadas juntas porque o sistema financeiro se beneficia de um crescimento do consumo, por meio da concessão de crédito e de financiamentos. A atual composição do índice também torna os investimentos mais previsíveis. Se o investidor projeta crescimento do PIB, consequentemente as ações desses setores também devem ter um desempenho positivo. Há dois anos, a BM&FBovespa mudou o modelo de composição do Ibovespa. Além da liquidez, o valor de mercado das empresas também passou a ser considerado. O cálculo do índice considera um terço da participação no número de negócios e dois terços do volume financeiro da bolsa. Antes, o que prevalecia era o critério de liquidez, o que fez com que empresas com baixo valor de ações, como a OGX, pudessem figurar entre as de maior peso no índice. A mudança ocorreu para tornar o índice menos suscetível a oscilações bruscas de alguns papéis. (Valor Econômico – 29.08.2016)

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2 Empresas contratam mais energia a futuro

Os dados recentes sobre o comportamento da economia e a confiança de que a recuperação terá continuidade já estão levando muitas empresas a tomar decisões preparando-se para o futuro. No caso da energia, essa disposição é comprovada pelo aumento dos preços no Mercado Livre, pelo qual os consumidores, especialmente industriais, contratam diretamente das geradoras ou comercializadoras o volume de eletricidade de que vão necessitar em prazos mais longos. Empurrados pela demanda de empresas industriais, os preços nesse mercado deram um salto de mais de 30% em relação ao começo do ano. O contrato de energia convencional para entrega entre 2017 e 2020, que vinha sendo negociado a R$ 121,00 por MW/h em fevereiro, subiu para R$ 158,22 por MW/h em meados de agosto, de acordo com a Dcide, empresa especializada em análises do setor elétrico. Já no mercado à vista, o PLD, que estava em R$ 83,43 em julho, subiu para R$ 100, em média, em agosto. As geradoras estão animadas com a maior liquidez no mercado, o que levou a AES Brasil a rever suas projeções para o futuro. A expectativa anterior era de que os preços variariam numa faixa de R$ 120 a R$ 150 por MW/h em 2018. Agora, prevê-se que os preços poderão ficar entre R$ 140 e R$ 170 daqui a dois anos. Segundo o diretor da Dcide, Henrique Leme Felizatti, os preços hoje praticados no Mercado Livre de energia estão ainda levemente abaixo da média histórica, em termos reais, e a alta que se observa foi influenciada por projeções do ONS, que prevê crescimento do consumo de eletricidade a uma taxa anual média de 3,7% entre 2016 e 2020, sinalizando uma recuperação mais nítida a partir do próximo ano, ganhando força em 2018. Os preços no Mercado Livre podem variar em razão de condições hidrológicas decorrentes do fenômeno La Niña ou de fatores excepcionais, mas se espera que não haja mais intervenções do governo no setor elétrico, que acabam se refletindo no mercado, como ocorreu na gestão Dilma Rousseff, e de maneira desastrosa para o setor. Muitos grandes consumidores decidiram fechar logo contratos a futuro de compra de energia, para assegurar os preços mais baixos possíveis e, assim, reduzir seus custos ao longo do tempo. (O Estado de São Paulo – 27.08.2016)

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3 Energisa não descarta interesse nas privatizações, revela Coinvalores

Os analistas da Coinvalores estiveram reunidos com o gerente corporativo de Relações com Investidores da Energia, Eduardo Laudares, iniciando o acompanhamento das operações de uma das maiores empresas do setor de distribuição de energia elétrica. Segundo o documento, foi relatado que a companhia não descarta o interesse nas privatizações que devem ocorrer nos próximos meses, apenas de a empresa entender que as atuais taxas de juros dificultam a realização de novas aquisições. A Energisa está em áreas de potencial expansão da base de ativos regulatórias e com perspectiva de crescimento de consumo acima da média do país. O Grupo atende a mais de 16 milhões de habitantes e controlando 13 concessões, distribuídas entre os estados da Paraíba, Sergipe, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, São Paulo e Paraná. A companhia, relatam os analistas, continua trabalhando para extrair valor da aquisição do Grupo Rede, realizada no segundo trimestre de 2014, por meio de uma série de iniciativas, como redução de custos e investimentos (Capex), que visam igualar a eficiência operacional e financeira das concessões adquiridas ao desempenho das distribuidoras pioneiras do grupo. Importante destacar que pouco mais da metade do valor estimado para tal aquisição já foi extraído até o segundo trimestre de 2016, sendo que a perspectiva é captar o restante desse valor até o final de 2018. Segundo a empresa, diz o relatório, as distribuidoras do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins são as que contam com maior potencial de crescimento, tanto por conta da expansão da rede de distribuição quanto pelo próprio consumo, que tende a crescer acima da média nacional, de acordo com projeções da EPE. A empresa voltou a afirmar que a recente captação de R$ 1,36 bi por meio de uma oferta pública de novas ações teve como principal objetivo a redução da alavancagem da companhia. Com essa entrada de capital, o índice dívida líquida/ebitda deve cair dos 4,2x registrados no segundo trimestre de 2012 para algo em torno de 3,4x vezes. Em termos de objetivo, a companhia entende que um indicador próximo a 3,0x seria razoável dentro das condições vigentes. Já a elevada despesa financeira registrada no segundo trimestre deste ano, diz o relatório, originou-se por conta do câmbio e da política de hedge, segundo a própria Energisa. Esse é um aspecto importante a ser acompanhado nos próximos resultados. (Agência CanalEnergia – 26.08.2016)

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4 AES Eletropaulo alcança economia de 40,2 GWh/ano com eficiência em hospitais

A AES Eletropaulo alcançou redução de 40,2 GWh/ano no consumo de energia elétrica de instituições de saúde a partir de ações de eficiência energética desde 2006. No período, foram atendidos 72 hospitais e pronto-socorros em diferentes regiões de São Paulo (SP). Os investimentos somaram R$ 33,6 milhões. As iniciativas contemplaram a modernização e automatização dos sistemas de ar condicionado, manutenções e substituições de aparelhos antigos por novos modelos, como bombas e torres de resfriamento. O último prédio atendido foi o da A.C. Camargo Cancer Center, hospital oncológico localizado no bairro da Liberdade. Grande parte das instituições atendidas está na zona Sul (28%), seguida das zonas Leste (22%), Oeste (20%), Norte (18%), Centro (11%) e região do ABC (1%). As ações fazem parte do Programa de Eficiência Energética da empresa, regulamentado pela Aneel. Além do segmento de saúde, o programa contempla prédios públicos das áreas de educação, indústria, comércio e serviços. (Agência Brasil Energia – 26.08.2016)

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5 CPFL Piratininga moderniza iluminação em delegacia da PF em Santos

A CPFL Piratininga instalou 635 novas luminárias com tecnologia LED na Delegacia da Polícia Federal, em Santos (SP). O projeto, que custou R$ 35 mil, faz parte do programa de eficiência energética da distribuidora paulista. A expectativa é de que o novo sistema de iluminação traga uma economia de 38 MWh/ano para a delegacia, volume suficiente para abastecer, durante um ano, 16 residências com um consumo mensal de 200 KWh. (Agência Brasil Energia – 26.08.2016)

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6 Itaquaquecetuba lidera em perda de energia em fraudes na rede elétrica

Para combater as fraudes de energia elétrica, a distribuidora que atua em oito das 10 cidades do Alto Tietê já realizou 17.961 inspeções no primeiro semestre desse ano. Isso resultou na recuperação de 13.385 MWh na região. Segundo a EDP, o número equivale ao abastecimento de uma cidade de 73 mil clientes por um mês. Itaquaquecetuba foi o municípío da região com o maior quantidade de energia recuperada. De acordo com os dados da distribuidora, na cidade foram recuperados 6.910 MWh nas 5.022 inspeções realizadas. Em segundo lugar está Mogi das Cruzes com a recuperação de 2.115 MWh em 5.116 inspeções. Suzano é o terceiro lugar com 1.829 Mwh em 2.798 inspeções. Em Ferraz de Vasconcelos foram 2.103 inspeções que recuperaram 1.531 Mwh. Guararema foi a cidade com o menor número de recuperação. Em 421 inspeções foram recuperados 90 Mwh. As atividades em campo são realizadas por equipes técnicas da EDP com treinamento específico para identificar irregularidades no medidor, ou qualquer anormalidade na rede. “As fraudes também trazem prejuízos financeiros e não apenas para a concessionária. Os próprios clientes são lesados, já que a tarifa do consumidor abrange parte das perdas elétricas da distribuidora e o custo da energia usada irregularmente é parcialmente repassado a todos os usuários regulares da rede”, explica o Relações Institucionais da EDP, Marcos Scarpa. A distribuidora atua rigorosamente em duas frentes para combater as fraudes. Uma parte das inspeções é direcionada por modelos estatísticos computacionais, que têm como foco identificar irregularidades no sistema de medição de energia. Já a outra é a retirada de ligações irregulares - feitas diretamente a partir da rede de distribuição - que ficam visíveis às equipes de campo da distribuidora. A concessionária destaca que a fraude é um crime previsto no artigo 155 do Código Penal Brasileiro. Outro alerta da distribuidora é que a ação ilegal pode provocar sobrecarga na rede elétrica, com prejuízo para a população, que sofre com a interrupção ou oscilação do fornecimento para sua residência e nas vias públicas. As ligações irregulares trazem ainda risco de acidentes mais sérios, como a morte do infrator ou de terceiros, pois os cabos da rede elétrica sempre estão energizados. (G1 – 26.08.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Nordeste registram volume de 20%, evidenciando a difícil situação hidrológica que o submercado vem enfrentando nos últimos anos. Dados do ONS referentes ao último dia 25 de agosto mostram uma queda de 0,2%. A energia armazenada é de 10.384 MW/mês e a ENA chega a 1.181 MWm, que corresponde a 35% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Sobradinho está com 15,44%. No Sul, o volume está em 90,2%. Houve recuo de 0,5% em relação ao dia anterior. A energia armazenada é de 17.999 MW/mês e a ENA é de 18.380 MWm, que corresponde a 98% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Barra Grande está com volume de 79,97%. No submercado SE/CO, os níveis estão em 46,9%, caindo 0,2%. A hidrelétrica de Furnas está com 66,68% da sua capacidade e a de Itumbiara, com 43,29%. Na região Norte, o recuo nos níveis chegou a 0,3%, deixando os reservatórios da região com 48,4%. A energia armazenada é de 7.286 MW/mês e a ENA chegou a 1.097 MWm, que equivale a 46% da MLT. A usina de Tucuruí está com volume de 76,5%. (Agência CanalEnergia – 26.08.2016)

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2 Seca ameaça reservatórios do Nordeste, alerta ONS

O ONS prevê chuvas acima da média histórica em setembro nos subsistemas Sudeste e Sul, mas fortemente abaixo dos valores históricos no Norte e Nordeste. Conforme a entidade, a ENA ficará em 111% da MLT de setembro no Sudeste, que concentra boa parte das usinas hidrelétricas do País. Apesar das chuvas acima da média histórica, pelas projeções do ONS, ao fim do próximo mês o nível dos reservatórios da região estará mais baixo, em 40,0%, ante os 46,88% anotados nesta sexta-feira, 26, seguindo a trajetória de queda típica do período de estiagem. A região Sul, por sua vez, deve registrar ENA de 124% da média histórica de agosto, levando o nível dos reservatórios a 96,5%, acima dos 90,19% anotados nesta sexta-feira, 26. Já para o Nordeste, região que tem sido fortemente afetada pela seca nos últimos anos, a ENA prevista é de apenas 39% da média histórica e o nível de reservatório deve chegar a 14,7% no final do mês que vem, abaixo dos 20,04% registrados nesta quinta-feira. Para evitar crises de abastecimento, o ONS já alertou a ANA, a Chesf e o Ibama sobre a necessidade de poupar água do Rio São Francisco no reservatório da hidrelétrica de Sobradinho. A ideia é reduzir a vazão do rio de 800 m³ /s para 700 m³/s, o que permitiria elevar o reservatório da usina. Para o Norte, a previsão é de uma ENA de 46% da MLT, levando o nível dos reservatórios da região aos 40,1%, abaixo dos atuais 48,44%. O ONS também divulgou sua previsão de carga para o próximo mês, com uma estimativa de 66.226 MWm, o que corresponde a uma alta de 1% em relação ao volume registrado em setembro de 2015 e expansão de 3,2% frente a agosto de 2016. O aumento da carga frente igual etapa do ano passado deve ser observado nas regiões Sul (+2,6%), Nordeste (2,1%) e Norte (+1,5%). Já o submercado no SE/CO, principal centro de carga , apresentará estabilidade. (O Estado de São Paulo – 27.08.2016)

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3 Mercado regulado tem queda de 3,6% no consumo em agosto

O consumo de energia elétrica no mercado regulado teve queda de 3,6% entre os dias 1º e 23 de agosto, na comparação com o mesmo período de 2015, para 42.967 MWm. Na contramão, o mercado livre subiu 11,6%, para 15.993 MWm no período. Os dados são preliminares, divulgados pela CCCE nesta quinta-feira (26/8). Em todo o sistema, o consumo ficou estável, com leve variação de 0,1% na base anual, para 58.960 MWm. Entre os consumidores livres, a maior variação positiva ficou com o comércio (49,4%, seguido de serviços (35,4%), enquanto as únicas quedas ficaram com os setores de extração de minerais metálicos (-17,4%) e transporte (-1,9%). Já a geração também ficou estável, com volume de 61.142 MWm. As eólicas subiram 22%, para 4.263 MWm, enquanto as térmicas tiveram retração de 19,5%, para 13.758 MWm, na mesma comparação. A produção hidrelétrica verificou volume de 43.122 MWm, crescimento de 6,4%. Segundo estimativas da CCEE, as usinas integrantes do MRE devem gerar 88,3% (43.722 MWm) das suas garantias físicas até a quarta semana operativa de agosto. (Agência Brasil Energia – 26.08.2016)

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4 Faltam linhas de transmissão para escoar energia de Belo Monte

O diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, disse nesta sexta-feira estar preocupado com um possível "gargalo" no sistema de transmissão de energia do país, nos próximos anos, devido a atrasos na construção de várias linhas importantes. Um dos casos mais preocupantes é o da espanhola Abengoa. A companhia é responsável por importantes linhas de transmissão, como a que vai conectar a usina hidrelétrica de Belo Monte ao SIN. Mas, com dificuldades financeiras, abandonou alguns projetos, e Aneel terá que realizar um novo leilão. “A usina de Belo Monte vai escoar sua energia, só que haverá um descompasso entre a transmissão e a geração por causa do atraso da Abengoa. Pode acontecer de nós não termos condições de transportar toda energia que poderia ser gerada em Belo Monte. É possível que no final do período úmido de 2018 (abril), nós não consigamos escoar toda energia de Belo Monte”, afirmou Barata, ao garantir, contudo, que não há nenhum risco do ponto de vista do abastecimento de energia para o país. (O Globo – 26.08.2016)

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5 PLD sobe para R$ 140,71/MWh no Sudeste, Nordeste e Norte

O PLD teve um aumento de 49% no SE/CO na semana de 27 de agosto a 2 de setembro, passando de R$ 94,51/MWh para R$ 140,71/MWh. No Sul, o preço subiu 29%, para R$ 122,17/MWh, de acordo com a CCEE. Já nas regiões Nordeste e do Norte o valor se igualou ao do SE/CO na semana, de R$ 140,71/MWh, o que representa um aumento de 26% na comparação semanal. A previsão de afluências para agosto foi de 97% em relação à média histórica (MLT), fechando acima da média no Sudeste (104%) e no Sul (116%). No Nordeste e no Norte os índices ficaram em 35% e 45%, respectivamente. Para setembro, a expectativa é que as afluências superem a média histórica do SIN, ficando em 105%. “Com a expectativa de altas afluências no Sul, há um aumento no envio de energia ao Sudeste, fazendo com que o limite de intercâmbio seja atingido e o preço desse submercado fique diferente dos demais. Os limites de intercâmbio entre Sudeste/Nordeste/Norte, por sua vez, não devem ser atingidos, e seus preços ficam equalizados”, segundo a CCEE. Os níveis dos reservatórios do sistema registraram alta de 4.200 MWm, volume puxado por Sudeste e Sul, que tiveram incrementos de 2.600 MWm e 1.600 MWm. Houve queda no volume de energia no Norte, de 70 MWm, enquanto os níveis do Nordeste ficaram estáveis. A carga prevista para o SIN na primeira semana de setembro está aproximadamente 600 MWm mais elevada em relação ao previsto na semana anterior, com elevação registrada principalmente no Sudeste (400 MWm). O fator de ajuste do MRE para agosto foi estimado em 86,2%, e a previsão para setembro é de 89,1%. Os encargos de serviços do sistema são esperados em R$ 301 mi em agosto, sendo R$ 79 mi referentes à segurança energética. Para o próximo mês, o valor previsto é de R$ 60 mi, sendo R$ 43 mi para segurança energética. A média do CMO, utilizado no cálculo do PLD, ficou em R$ 128,02/MWh nos subsistemas SE/CO, Nordeste e Norte. Já no Sul, o valor ficou em R$ 107,86/MWh na semana de 27 de agosto a 2 de setembro, de acordo com o ONS. (Agência Brasil Energia – 26.08.2016)

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Energias Renováveis

1 Departamento de Fontes Alternativas do BNDES se divide em dois

O Departamento de Fontes Alternativas do BNDES está sendo desmembrado em dois: o de Eólica e o de Solar. Segundo a assessoria de imprensa do banco, o processo está sendo concluído. A instituição, que domina os empréstimos para o setor de infraestrutura, passa por mudanças estruturais, com a nova gestão, e estratégicas, com uma postura mais conservadora. Apesar de sinalizar que deve rever as condições de empréstimos e de vir gradualmente diminuindo participação nos projetos, o BNDES sustenta que energias renováveis continuam sendo uma área prioritária. O Departamento de Eólica será comandado por Lígia Chagas, que já era chefe do Departamento de Fontes Alternativas; enquanto o de solar será liderado por Haroldo Prates, que foi chefe de departamento de Indústria Metalmecânica e Mobilidade do banco. O BNDES não deu mais detalhes sobre a divisão do atual departamento de fontes alternativas até o fechamento da matéria. A mudança ocorre em um momento em que ambos os setores, eólico e solar, são afetados pelas políticas adotadas pelo banco. No caso do setor fotovoltaico, em um estágio mais inicial de desenvolvimento, as expectativas se concentram principalmente na política de conteúdo local do banco para os equipamentos usados nos projetos. Embora o número de fabricantes no Brasil venha crescendo, muitas empresas têm optado por importar os painéis por preços mais competitivos, abrindo mão do apoio do banco. Até o momento, o BNDES não apoiou nenhuma usina de geração solar negociada em leilão. Já para as eólicas, empresas que venderam energia em leilões recentes enfrentam dificuldades para entregar projetos, que foram planejados considerando condições mais amigáveis de empréstimos por parte do banco. Com isso, as companhias que pretendem negociar novos projetos estão estudando fontes alternativas de financiamento, para complementar os empréstimos do BNDES. O próprio BNDES tem se engajado nessa busca por desenvolver novas formas de financiamento. Desde o ano passado incentiva, por exemplo, a emissão de debêntures para complementar o endividamento dos projetos. Mais recentemente, no início de agosto, o banco assinou um memorando de entendimento com o BID para desenvolver parcerias em investimentos sustentáveis, incluindo energias renováveis. Os bancos de desenvolvimento e de apoio a exportação internacionais, por sinal, estão sendo bastante estudados por empreendedores, embora ainda sejam uma opção mais cara que o BNDES, considerando que os empréstimos dessas instituições são contratados em dólar e a proteção cambial aumenta custos da operação. (Agência Brasil Energia – 26.08.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Obras do gasoduto Penedo-Arapiraca avançam

A distribuidora alagoana Algás fechou termo de cessão de terreno com a prefeitura de Arapiraca (AL) para dar início à próxima etapa da construção do gasoduto Penedo—Arapiraca, de 66 km. Em uma das áreas negociadas, de 225 m², será instalada a principal Estação de Regulagem e Pressão (ERP) do gasoduto. “A estação de regulagem é nosso principal mecanismo de regulação da pressão do gás natural canalizado. A definição desse ponto comprova o status de adiantamento do cronograma desse projeto”, afirmou o diretor Técnico e Comercial da Algás, Flávio Barros. Outro terreno de 28 mil m² será utilizado para armazenar 33 mil metros de dutos de polietileno (pead), que serão utilizados no projeto. A previsão é que a segunda etapa da construção seja concluída até o início de 2017. O gasoduto Penedo—Arapiraca deve entrar em operação comercial em 2018. Quando concluído, o empreendimento terá 66 km de extensão, partindo da estação em Penedo, passando pelos municípios de Igreja Nova e São Sebastião e chegando à ERP da Algás em Arapiraca. O projeto todo deve custar R$ 41 mi. (Agência Brasil Energia – 26.08.2016)

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Grandes Consumidores

1 Termelétrica da CSA instala sistema para abater gases do efeito estufa

A usina termelétrica da siderúrgica Thyssen-Krupp CSA, no porto de Sepetiba, no Rio, comçou a implantar um protótipo de uma tecnologia de pirólise nacional para transformar os gases do efeito estufa (GEE) emitidos pela usina em oxigênio e outros gases inertes. Com dinheiro do BNDES (R$ 8,3 mi), e obras que devem durar 36 meses, a tecnologia patenteada por pesquisador da Unicamp se baseia no aquecimento por microondas e filtragem por cerâmica especial dos gases emitidos. O dispositivo, já em construção, ficará instalado na chaminé e substitui os filtros atualmente empregados na termelétrica. Segundo o inventor da tecnologia, o bioquímico Marcos Aurélio Machado, é a primeira vez que se utiliza a tecnologia de aquecimento por microondas para quebra dos gases, desenvolvida pela própria instituição. Conforme diz, a cerâmica tem ainda vida útil ilimitada, o balanço energético da operação é positivo, os custos são baixos e a eficiência é grande: quase 100% de oxigênio podem ser devolvidos para a atmosfera, além de outros gases inertes, de acordo com os ensaios em escala de laboratório. O pesquisador ressalta que, além do uso de microondas e da cerâmica especial, a forma de recolher e aproveitar as partículas de carbono e enxofre resultantes da pirólise também é inovadora. O sistema prevê a transformação dessas substâncias em produto comercial de alto valor agregado. O dispositivo funciona da seguinte forma: a cerâmica é “iluminada” por microondas, que convertem a energia eletromagnética em calor, usando pouca energia para manter altíssimas temperaturas. O calor gerado pelo aquecimento (cerca de 1.200°C) quebra as ligações químicas dos GEE – entre eles hidrocarbonetos e óxidos de carbono – e os transformam em gases inertes liberados para a atmosfera, como oxigênio e nitrogênio, além de carbono sólido. Além do uso em termelétricas, a tecnologia poderá ser usada em indústrias consideradas poluentes. A usina termelétrica da ThyssenKrupp aproveita gases dos altos-fornos em duas turbinas a gás (180 MW) e vapores gerados pela queima de gases da coqueria em caldeiras de recuperação para alimentar uma turbina a vapor de 310 MW, totalizando 490 MW de potência instalada. (Agência Brasil Energia – 26.08.2016)

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Economia Brasileira

1 Mercado projeta expansão maior do PIB e inflação mais alta em 2017

As projeções dos analistas consultados pelo BC no Boletim Focus para o desempenho da economia em 2017 voltaram a melhorar, embora também tenha ocorrido uma revisão para cima da previsão de inflação para o período. De acordo com o documento, a previsão para o avanço do PIB em 2017 saiu de 1,20% para 1,23% enquanto a estimativa para a alta do IPCA do mesmo período passou de 5,12% para 5,14%. Ajuste semelhante foi feito nas projeções para este ano. Para o resultado do PIB, a mediana das cerca de 100 instituições consultadas pelo BC é de queda de 3,16% em 2016, contra 3,20% estimados anteriormente. Para o IPCA, a projeção passou de 7,31% para 7,34% de aumento. Para a inflação projetada para os próximos 12 meses, o mercado ajustou seu prognóstico de 5,34% para 5,32% de avanço, nona revisão para baixo seguida. A projeção do grupo Top 5, que mais acerta as previsões, na mediana de médio prazo, é de alta do IPCA em 7,45% em 2016. A previsão anterior era de avanço de 7,51%. Para 2017, a estimativa se mantém em 5,25% neste grupo. (Valor Econômico – 29.08.2016)

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2 Expectativa do consumidor cresce 0,8% em agosto, aponta CNI

A CNI informou nesta sexta-feira que o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) aumentou 0,8% em agosto na comparação com julho e alcançou 102 pontos, puxado pela melhora das expectativas em relação à inflação, ao emprego e à renda pessoal. Mesmo com o resultado, a CNI destaca que o indicador continua 6,3% abaixo da média histórica, de 109 pontos. Pelos dados de agosto, os índices mostram que os consumidores acreditam que a situação financeira melhorou nos últimos três meses. Em agosto, o indicador de expectativa de inflação aumentou 2,7%, o de desemprego subiu 1,4% e o de renda pessoal cresceu 2,5% na comparação com julho. Quanto maior o indicador, maior é o número de pessoas que esperam a queda da inflação e do desemprego e o aumento da renda pessoal. O indicador de situação financeira aumentou 1,1% em relação a julho. Mesmo assim, avalia a CNI, os brasileiros ainda estão cautelosos com as compras de bens de maior valor, como automóveis e imóveis. O indicador de expectativa de compras de maior valor caiu 1,3% em relação a julho e foi o único componente do Inec que registrou queda na comparação mensal, informou a confederação. Segundo a CNI, o Inec é importante porque antecipa tendências de consumo. A confederação destaca que consumidores confiantes, com perspectivas positivas em relação ao emprego e à situação financeira, tendem a comprar mais, o que aquece a atividade econômica. (Valor Econômico – 29.08.2016)

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3 Confiança do brasileiro retoma estabilidade no trimestre, diz pesquisa

O índice de confiança do consumidor no Brasil ficou estável em 74 pontos no segundo trimestre do ano, mesmo nível alcançado no primeiro trimestre de 2016, indica a pesquisa global de confiança do consumidor da Nielsen. É a primeira vez que o nível de confiança dos brasileiros fica estável, após seis trimestres consecutivos de queda. O indicador mede a percepção de perspectivas de emprego, finanças pessoais e intenções imediatas de gastos dos consumidores. De acordo com a pesquisa, 95% dos entrevistados acreditam que o Brasil está em recessão econômica neste momento e 51% consideram que a situação permanecerá assim nos próximos 12 meses. No país, 44% dos brasileiros acreditam que suas finanças pessoais estarão boas nos próximos meses. Do total, 87% dos entrevistados alegaram que mudaram os gastos nos últimos 12 meses para economizar nas despesas domésticas. Com base nesse comportamento, 44% acreditam que não é um momento tão bom para comprar coisas que querem ou necessitam. A pesquisa também indicou que 39% dos consumidores pretendem usar o dinheiro que sobra do orçamento familiar para pagar dívidas, cartões de crédito e empréstimos. Do total de brasileiros, 38% vão gastar o excedente em entretenimento fora do lar e 26% vão comprar itens de vestuário. À medida que houver melhora nas condições econômicas, 50% dos consumidores pretendem continuar economizando em gás e energia elétrica; 28% pretendem cortar despesas com telefonia e 26% pretendem comprar menos roupa. Em relação às preocupações nos próximos meses, 37% dos brasileiros se preocupam com a evolução da economia; 22% se preocupam com a estabilidade política e 19% se preocupam com a saúde. Na América Latina, o índice de confiança também ficou estável em relação ao primeiro trimestre, em 78 pontos. No mundo, o índice de confiança ficou estável em 98 pontos. A pesquisa da Nielsen ouve 30 mil respondentes com acesso à internet em 63 países. Níveis abaixo de 100 pontos indicam pessimismo em relação ao futuro; acima de 100 pontos, o indicador aponta otimismo dos consumidores. (Valor Econômico – 29.08.2016)

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4 FGV: Confiança da indústria cai em agosto e freia série de cinco altas

A confiança dos empresários da indústria recuou em agosto e interrompeu uma sequência de cinco altas mensais consecutivas, apontou pesquisa da FGV. O ICI caiu 1 ponto entre julho e agosto, para 86,1 pontos. A sequência de avanços entre março e julho levou a indústria a acumular alta de 12,4 pontos. A FGV destaca, no entanto, que o recuo em agosto não altera a tendência para o setor. “A queda do ICI em agosto pode ser interpretada como uma acomodação após uma sequência de altas expressivas, sem alterar a tendência de alta do índice no ano. A combinação de resultados mostra continuidade da tendência de ajuste de estoques associada a uma calibragem para baixo do nível de atividade”, diz, em nota, o superintendente de estatísticas públicas da FGV/Ibre, Aloísio Campelo. Além de não alterar a tendência observada atualmente, de lenta recuperação, o resultado de agosto é atenuado pelo fato de ter sido relativamente pouco disseminado entre os setores. O ICI recuou em nove dos 19 segmentos pesquisados. Segundo a FGV, a queda da confiança no mês foi determinada pela piora das expectativas em relação aos meses seguintes. O recuo de 1,7 ponto, para 87,3 pontos, do IE sugere também uma acomodação após alta acumulada de 17 pontos nos quatro meses anteriores. O ISA manteve-se estável, em 85,2 pontos, maior patamar desde fevereiro de 2015 (86,0 pontos). O Nuci recuou 0,5 ponto percentual em agosto, em relação ao mês anterior, para 73,8%, ficando idêntico ao de maio passado. (Valor Econômico – 29.08.2016)

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5 Confiança de serviços atinge maior nível desde fevereiro de 2015

A confiança no setor de serviços subiu novamente em agosto e, após o sexto avanço consecutivo, chegou ao maior nível desde fevereiro de 2015. De acordo com a FGV, o ICS subiu 2,8 pontos para 78,8 entre julho e agosto. Segundo a FGV, “as expectativas em relação à evolução dos negócios nos meses seguintes continuam melhorando para as empresas do setor de Serviços. A avaliação mais favorável atinge a maioria dos segmentos pesquisados e influencia positivamente a intenção de contratações para os próximos meses”, analisou, em nota, Silvio Sales, consultor da FGV/Ibre. A FGV, no entanto, ressalta que, após seis meses de alta da confiança, permanece a dúvida sobre a sustentabilidade desta reação, uma vez que ela está apoiada, sobretudo, nas expectativas, sem alterar significativamente a visão do setor a respeito do cenário atual. Em agosto, 9 das 13 atividades pesquisadas registraram alta da confiança. A evolução do índice geral foi determinada por avanços nas expectativas para os próximos meses, enquanto a percepção do momento apresentou leve retração. O ISA- caiu 0,2 ponto, para 70,9 pontos, enquanto o IE- avançou 5,7 pontos, alcançando 87,1 pontos. O Nuci do setor ficou em 82,6% em agosto, 0,3 ponto percentual abaixo do resultado de julho. (Valor Econômico – 29.08.2016)

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6 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 10h04, o dólar subia 0,32%, para R$ 3,2801. Na sexta-feira, a subiu 1,23%, a R$ 3,2696, maior patamar de encerramento desde 1º de agosto (R$ 3,2705). Na semana, o dólar subiu 1,98%, valorização mais forte para o período desde o fim de maio. (Valor Econômico – 29.08.2016 e 26.08.2016)

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Internacional

1 Demanda global de energia deve atingir pico em 2050

A demanda mundial de energia vem crescendo a um ritmo vertiginoso desde o século 19. Isso mudará em cerca de 40 anos, segundo a Sanford C. Bernstein & Co. A demanda atingirá o pico na década de 2050 e depois começará a perder força com a queda do consumo de energia por unidade de produto interno bruto, disseram analistas da Bernstein, incluindo Neil Beveridge, em nota de 26 de agosto. O crescimento da demanda já está diminuindo como resultado da desaceleração do crescimento populacional, da expansão econômica fraca e da mudança do crescimento liderado pela indústria para o crescimento liderado pelos serviços, disseram. “Escolher vencedores a longo prazo no futuro da energia nunca é simples, mas é fácil ver quem sairá perdendo. Não há lugar para produtores de energia com custos altos e grandes emissores de carbono no mundo que está por vir”. O consumo de carvão provavelmente atingirá o pico em torno de 2020 e o mesmo ocorrerá com o petróleo na década de 2030, disseram os analistas. A transição para o gás natural e as energias renováveis continuará, mas a transição para as energias solar e eólica levará décadas. A pressão para frear as emissões de dióxido de carbono está se intensificando, especialmente após o Acordo de Paris, o tratado global fechado em dezembro para combater as mudanças climáticas. Já existem sinais de estagnação do crescimento da demanda energética. O consumo energético per capita pode ter chegado ao pico, afirma a Bernstein. Contudo, a demanda global ainda poderá crescer mais 30 por cento nos próximos 40 anos antes de chegar ao pico, disseram os analistas. “O obituário do fim da demanda energética parece prematuro”, disseram os analistas. “Ainda precisamos que a energia cresça”. (O Globo – 26.08.2016)

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2 Bolívia: Morales assinará contrato para hidrelétrica Ivirizu por US$ 550 mi

O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse no sábado que vai assinar contrato para a construção da usina hidrelétrica de Ivirizú com um investimento de US$ 550 mi no próximo mês, durante um evento em Cochabamba. "Está prevista a assinatura de um investimento de US$ 550 mi para a nova usina hidrelétrica no departamento de Cochabamba, Ivirizú", disse ele em entrevista coletiva. A decisão foi tomada em uma reunião com Morales, o governador de Cochabamba, vários ministros e membros da Coordinadora Departamental para el Cambio (Codecam) a fim de preparar a agenda de entrega de obras a serem executadas durante o novo evento regional. Ele disse que a construção da obra será apoiada por um estudo técnico recentemente concluído. (La Razón – Bolívia – 27.08.2016)

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3 Paraguai: Menos biomassa, mas ainda é importante

"A biomassa desempenha um papel importante no consumo energético do Paraguai, principalmente com base em lenha, carvão (como derivado de biomassa) e resíduos de culturas (bagaço de cana, casca de sementes de cereais, etc.)", destaca o Relatório Nacional de Monitoramento da Eficiência Energética da Republica do Paraguai, 2016, que revelou recentemente o Vice-ministro de Minas e Energia. O relatório acrescenta que em 2011 os produtos primários de biomassa representaram 47% do consumo final de energia no mercado interno e que o peso destes produtos na estrutura do consumo final "explica os altos valores da intensidade energética. e, comparação com outros países da região". Em 2011, observa, 44% da oferta de energia chegou ao setor de consumo final, 41% foi para exportação e os 15% restantes foram perdidos nos centros de processamento, nas redes de transmissão e distribuição elétrica ou é consumida pelo próprio sector elétrico. Contudo, aponta que as tendências quanto a composição do consumo final de energia mostram uma redução progressiva da participação dos produtos primários e secundários de biomassa. (ABC – Paraguai – 28.08.2016)

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4 Produção de gás de xisto perto do recorde nos EUA

A principal região dos Estados Unidos em produção de gás de xisto está contrariando a depressão por que passa o mercado de produtos energéticos. Sua produção deste mês se aproximou de novo nível recorde. A extração de gás natural dos depósitos de arenito betuminoso de Marcellus e Utica, no nordeste dos Estados Unidos, alcançou, em média, 22,63 bilhões de pés cúbicos/dia (641 milhões de metros cúbicos) em agosto, segundo a consultoria Platts Analytics. O volume é 2% superior ao de julho e representa o patamar mais elevado desde o maior recorde de todos os tempos, de 22,78 bilhões de pés cúbicos/dia (646 milhões de metros cúbicos), alcançado em fevereiro. A reviravolta está contrariando as expectativas de um recuo persistente da produção, num momento em que a queda vertical do valor das commodities obriga as empresas de produtos energéticos a reduzir a prospecção. O nordeste dos EUA despontou nos últimos anos como "a principal propulsora de crescimento" da produção americana de gás, nas palavras do Credit Suisse. Seu desempenho contribui para colocar o país no mapa mundial de produtos energéticos como exportador de gás. Embora o número de sondas de prospecção tenha caído, a nova produção por sonda cresceu 18% "No momento temos, de fato, uma produção maior que a dos últimos meses", disse Eric Brooks, analista de energia da Platts Analytics, uma divisão da S&P Global Platts. "Foi o exato oposto do que todos previam." O governo americano tinha projetado que a produção total de gás das duas áreas, situadas no subsolo dos Estados americanos de Ohio, Pensilvânia e Virgínia Ocidental, cairia pelo menos até setembro. Mas as produtoras conseguiram manter os volumes ao recorrer a estoques contidos em poços já prospectados, mas com extração incompleta, e escavando poços de maior comprimento e profundidade, que produzem mais. Embora o número de sondas de prospecção tenha caído, a nova produção por sonda alcança agora cerca de 11,4 milhões de pés cúbicos de gás, em média, no depósito de Marcellus, o que representa um aumento de 18% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Agência de Informações sobre Energia do Departamento de Energia dos EUA. (Valor Econômico – 29.08.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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