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IFE: nº 4.160 - 26 de agosto de 2016
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Após leilão fracassado, governo reafirma: quer privatizar Celg em 2016
2 Especialistas preveem bandeira verde e conta de luz sem aumento em setembro
3 Advogado do escritório L.O. BaptistaSVMFA fala sobre as bandeiras tarifárias
4 Especialista em energia da CGI Brasil fala sobre as bandeiras tarifárias
5 Artigo de José Goldemberg: “Energia elétrica no Brasil”

Empresas
1 Dívida de curto prazo das elétricas soma R$ 32,5 bi, aponta Economática
2 Eletrobras pode ter dividendos em 2017
3 Eletrobras: discussão da dívida com a Petrobras está voltada agora para os prazos do pagamento
4 Eletrobras nega que Eletrosul negocia troca de ativos com Copel
5 Novo preço para a Celg-D deverá ser definido ainda esta semana, diz Eletrobras
6 Eletrobras está confiante em reverter suspensão de ações em Nova Iorque
7 Suíça Landis vê forte potencial para mercado de redes inteligentes no Brasil
8 Receita da Energisa recua 4,9% até julho

9 Fitch afirma ratings da ISA Capital e melhora ratings da Cteep

10 Cemig testa aeronave não tripulada para inspeção de linhas de transmissão

11 Light recebe mais R$ 15,6 mil da CDE para obras olímpicas

12 Energisa investe mais de R$ 1,3 milhão em Hospital no Mato Grosso

13 Belo Monte: Norte Energia vai realizar leilão dia 26 de agosto

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 ONS prevê chuvas 11% acima da média histórica para setembro no SE e CO
3 ONS pede rapidez em estudos para alterar vazões da bacia do São Francisco já em 2016

4 Armazenamento pode chegar a US$ 160/kWh em 2025

Meio Ambiente
1 Ibama realiza AP para discutir o licenciamento do Complexo Paulo Afonso

Energias Renováveis
1 Indústria solar quer retomar debate sobre conteúdo local com BNDES
2 Equipamento de geração solar já pode ser comprado em consórcio
3 Engie investe em complexo eólico na Bahia

Grandes Consumidores
1 Vale diz que é a mais lucrativa de minério de ferro no 1º semestre

Economia Brasileira
1 Indústria se recupera e Ibre projeta queda menor do PIB
2 Brasil fecha mais de 94 mil vagas formais de trabalho em julho

3 IPC-Fipe mostra leve deflação na terceira leitura de agosto
4 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Abengoa obterá US$ 315 mi pela venda de sua área de bioenergia nos EUA
2 Expansão da eólica se mantém apesar de políticas negativas no Reino Unido e Polônia, aponta a Make

Biblioteca Virtual do SEE
1 GOLDEMBERG, José. “Energia elétrica no Brasil”. Valor Econômico. São Paulo, 26 de agosto de 2016.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Após leilão fracassado, governo reafirma: quer privatizar Celg em 2016

O MME anunciou, em 25 de agosto, a retomada do processo de privatização da Celg, companhia elétrica de Goiás controlada por União e governo goiano. Segundo nota do MME, ao lado de BNDES e Eletrobras, em reunião hoje reafirmou-se o “compromisso com a realização do leilão de venda da companhia ainda em 2016”. A venda da primeira das distribuidoras ligadas à Eletrobras estava prevista para o dia 19, mas não teve sucesso, porque nenhum interessado se registrou até a data limite para realização do leilão. Na ocasião, o governo afirmou que a venda seria reavaliada. Na nota desta quinta-feira, o MME disse que, em reunião em Brasília hoje entre os envolvidos, foi abordada “a necessidade de reavaliação do ativo e dos riscos associados à venda da empresa, além do atendimento aos trâmites e prazos legais para a adequada condução do processo”. Entre as críticas do mercado ao processo anterior estava a supervalorização dos ativos da Celg que foram colocados à venda, diante da piora do cenário macroeconômico recente. No edital de venda, publicado em maio, o governo fixara em R$ 2,8 bilhões o valor mínimo da Celg. Espera-se, agora, uma redução desse valor. A data do leilão, ainda a ser anunciada, ficará, provavelmente, depois do fim do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, o que, segundo autoridades do governo interino, pode expurgar riscos percebidos pelos potenciais compradores. (O Globo – 25.08.2016)

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2 Especialistas preveem bandeira verde e conta de luz sem aumento em setembro

A Aneel divulga hoje a cor da bandeira tarifária que será adotada para setembro. A maioria dos especialistas acredita que a bandeira permanecerá na cor verde. Alguns, porém, acreditam que há espaço para a mudança para a cor amarela. Caso a autarquia mude a cor da bandeira, refletindo um aumento de custos com geração térmica, haverá um impacto estimado em 2% sobre as contas de luz dos consumidores. "O setor foi salvo pela chuva do último fim de semana. Veio mais água do que esperávamos para o fim de setembro", afirma Marcelo Parodi, diretor da comercializadora Compass Energia. Segundo ele, a previsão de chuvas para o início de setembro também está acima do esperado. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê um volume de chuvas 11% acima da média histórica para setembro no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que concentra 70% da capacidade de armazenamento de água para geração de energia do país. O órgão também estima um volume de chuvas 24% superior ao histórico para o mês no Sul. Com relação ao Norte e Nordeste, no entanto, o operador prevê mais um mês de pouca chuva. Para o Norte, a projeção do órgão é um volume de chuvas equivalente a 46% da média histórica para o período. Para o Nordeste, a expectativa é de um volume de chuvas de apenas 39% da média. Em reunião com agentes do setor ontem, no Rio, técnicos do ONS ressaltaram que, desde abril, o volume de chuvas mensal registrado no Nordeste é o pior da série histórica. Hoje pela manhã, equipe do ONS deverá apresentar as projeções oficiais de volume de chuvas e de armazenamento nos reservatórios no fim de setembro. À tarde, com base nos dados do ONS, a Aneel divulgará a nova bandeira. (Valor Econômico – 26.08.2016)

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3 Advogado do escritório L.O. BaptistaSVMFA fala sobre as bandeiras tarifárias

"Ainda não vejo essa necessidade [de mudar a bandeira para cor amarela], mas vamos ver o que vai acontecer. É um cálculo matemático", afirmou Guilherme Schmidt, especialista em energia do escritório de advocacia L.O.BaptistaSVMFA. Para ele, apesar dos níveis dos reservatórios não estarem tão baixos como chegaram no passado, o governo pode adotar a estratégia de guardar volume nas hidrelétricas e despachar térmicas no lugar. "Talvez, pela experiência do passado, pela situação que aconteceu, eles queiram fazer essa utilização já agora de mais termelétricas", completou. (Valor Econômico – 26.08.2016)

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4 Especialista em energia da CGI Brasil fala sobre as bandeiras tarifárias

Para Marco Afonso, especialista em energia da consultoria em serviços em utilities CGI Brasil, a combinação do aumento da demanda previsto para os últimos quatro meses do ano com os níveis dos reservatórios das usinas, que continuam baixos, devem motivar o acionamento das térmicas com custo acima de R$ 211 por megawatt-hora (MWh), justificando a bandeira amarela. "A decisão deve ser técnica. Temos que começar gradativamente a ligar mais térmicas, principalmente a gás, para preservar os níveis dos reservatórios", disse Afonso. Para que os reservatórios, principalmente do Nordeste, não cheguem a um nível ainda mais crítico, afirmou o especialista, o ONS e a Aneel devem acionar a bandeira amarela, avaliou ele. "Vão preservar os níveis dos reservatórios ligando as térmicas." Tecnicamente, o que vai determinar a cor da bandeira será o CMO valor que será divulgado pelo ONS no fim da manhã de hoje. O número, que é obtido após um cálculo matemático feito a partir de simulações e com condições incluídas pelo operador, indica quais térmicas deverão operar. Se o valor ficar abaixo de R$ 211/MWh, apenas as térmicas com custo operacional menor que esse patamar serão despachadas e, logo, não será necessário mudar a cor da bandeira. No mercado, estima-se que o preço de liquidação de diferenças (PLD), preço do mercado de curto prazo baseado no CMO, para a próxima semana está em R$ 135/ MWh, o que indicaria não ser necessário acionar térmicas mais caras, nem alterar a cor da bandeira. (Valor Econômico – 26.08.2016)

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5 Artigo de José Goldemberg: “Energia elétrica no Brasil”

Em um artigo publicado pelo Valor Econômico, José Goldemberg, ex-presidente da Cesp e atual presidente da FAPESP trata do cenário atual do Setor Elétrico Brasileiro. Segundo o autor, a recessão econômica do país teve uma consequência positiva, pois “o consumo de energia elétrica diminuiu, e isso evitou uma séria crise que se avizinhava, com a ocorrência de blecautes e a necessidade de racionamentos.” Ele conclui que é necessário a reorganização do setor, pautado em “um planejamento sério do que o país vai necessitar em termos de infraestrutura usando recursos públicos”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 26.08.2016)

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Empresas

1 Dívida de curto prazo das elétricas soma R$ 32,5 bi, aponta Economática

As 33 empresas do setor elétrico que possuem capital aberto no país possuem dívidas totais que somadas alcançam R$ 173 bi. Esse é o segundo maior acúmulo de débitos em um grupo de 22 setores que concentra 213 empresas. Acima aparece apenas o segmento de petróleo e gás, cujo endividamento soma R$ 402 bi, ou 32,7% do total de R$ 1,2 tri que as companhias possuem de estoque de dívida. O levantamento foi divulgado pela Economática. De acordo com a consultoria o estoque de dívida de curto prazo das empresas alcançou R$ 32,5 bi, é o terceiro maior volume do ranking, que é liderado pelas empresas de telecomunicações que apesar de serem apenas três companhias, acumulam R$ 49,1 bi de débitos a serem pagos, seguidos por petróleo e gás (quatro empresas) com R$ 37,5 bi. Percentualmente o setor elétrico figura no meio da tabela quando o assunto é a relação da dívida de curto prazo sobre o valor total devido. O segmento apresenta 18,74% dos valores para serem pagos nesse período, sendo a maior parte no longo prazo. A média dos 22 setores é de 20,76%. Em termos de empresas, as três mais endividadas do setor elétrico são a Eletrobras, Cemig e CPFL Energia, com totais de R$ 46,5 bi, R$ 15,4 bi e R$ 20 bi, respectivamente. No curto prazo os valores são de R$ 5,2 bi, R$ 4,6 bi e R$ 3,3 bi. E dentre as 20 mais endividadas no curto prazo estão em 7º, 9º e 11º lugares. A Oi, do setor de telecomunicações lidera esses dois rankings, sendo que sua dívida total de R$ 46,6 bi é toda de curto prazo. A consultoria destacou que o volume de endividamento total das empresas analisadas recuou do pico de R$ 1,4 tri em setembro de 2015 em função da retração da cotação do dólar. Contudo, a dívida total de curto prazo vem aumentando e no somatório das 213 empresas alcançou o maior patamar, com R$ 255 bi. (Agência CanalEnergia – 25.08.2016)

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2 Eletrobras pode ter dividendos em 2017

A Eletrobras pode distribuir dividendos no ano que vem se terminar 2016 com lucro líquido, ainda que seja reflexo da contabilização das indenizações por ativos antigos de transmissão, devido ao seu estatuto social. Para cumprir a regra, a Eletrobras pode distribuir em 2017 cerca de R$ 360 mi em dividendos aos preferencialistas, afirmou o diretor financeiro e de relações com investidores da Eletrobras, Armando Casado, em conversa com a imprensa ontem, depois de um evento promovido pela Apimec. No primeiro semestre, a Eletrobras acumulou lucro de cerca de R$ 8,9 bi, refletindo a contabilização das indenizações por ativos de transmissão anteriores a maio de 2000, que tiveram as concessões renovadas antecipadamente nos termos da MP 579 em 2012. O recebimento das indenizações, porém, acontecerá a partir de 2017, por meio de reajustes tarifários em oito anos. Segundo Casado, como o lucro é sem efeito caixa, a companhia não é obrigada pela lei a distribuir proventos, podendo formar uma reserva de lucros não realizados e distribuir os dividendos quando as indenizações entrarem no caixa. No entanto, o estatuto da empresa determina a distribuição de 6% do capital social aos preferencialistas, se for apurado lucro. Considerando o capital social de R$ 31,3 bilhões e a proporção de 19,6% dos acionistas preferencialistas, o montante a ser distribuído em dividendos soma R$ 360 milhões, calculou Casado. Isso se a companhia terminar o ano com lucro. Se a Eletrobras optar por distribuir JCP, o montante precisa incluir os impostos e sobe para R$ 424 mi, disse ele. Se o cenário do lucro se concretizar, a Eletrobras deve utilizar o fluxo de caixa gerado no ano para pagar os dividendos. Não deve haver impacto significativo nas contas da empresa, uma vez que o valor é considerado pequeno, explicou Casado. (Valor Econômico – 26.08.2016)

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3 Eletrobras: discussão da dívida com a Petrobras está voltada agora para os prazos do pagamento

O diretor financeiro e de relações com investidores da Eletrobras, Armando Casado, falou sobre a questão da dívida que as distribuidoras do grupo Eletrobras têm com a Petrobras. Segundo Casado, a discussão da dívida de R$ 5,4 bi está voltada agora para os prazos do pagamento, para que as parcelas possam ser comportadas no fluxo de caixa das distribuidoras. As duas estatais negociam atualmente a repactuação dessa dívida, que foi contraída pelas distribuidoras de energia controladas pela estatal referente às compras de gás e combustíveis da Petrobras e da BR Distribuidora feitas desde dezembro de 2014 até hoje. Segundo Casado, o que está sendo feito hoje é avaliar qual a condição adequada para parcelamento. Parte da dívida será garantida com recebíveis do fundo setorial CDE. Para que o prazo do pagamento seja estabelecido, as parcelas correspondentes à recebíveis da CDE precisam caber no orçamento do fundo setorial, que é feito pela Aneel todos os anos. A Eletrobras tem uma outra dívida de R$ 10,2 bi sendo parcelada com a Petrobras. (Valor Econômico – 26.08.2016)

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4 Eletrobras nega que Eletrosul negocia troca de ativos com Copel

O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobras, Armando Casado de Araújo, disse nessa quinta-feira, 25 de agosto, que a venda de ativos da Eletrobras ainda está em estudo e que de definição há somente a meta da empresa em se desfazer das concessionárias de distribuição, a começar pela Celg-D. Não há nenhuma definição sobre qualquer outro negócio a ser realizado pela empresa ou suas subsidiárias em vista. Com isso, ele negou a informação revelada ontem pelo diretor de Relações com Investidores da Copel, Luiz Eduardo Sebastiani, de que uma troca de ativos de transmissão com a Eletrosul estaria próxima de ser fechada. “O que foi decidido é que a Celg e outras distribuidoras [seriam vendidas], e nunca deixamos de estudar qualquer tipo de negócios com ativos, mas não tem nada, por enquanto não foi avaliado em nível de diretoria executiva, e tudo que for decidido tem que passar pela holding”, comentou ele. Aliás, dos ativos que estão no alvo de venda, há distribuidoras que constam como inadimplentes junto à CCEE. Casado comentou que a empresa vem fazendo reuniões para tratar dessa questão. Entre as ideias que foram levantadas para tirar as concessionárias dessa situação está a de pagar os credores diretamente com o recurso da CDE que essas distribuidoras tem direito e assim liberar o caminho para a retirada dessa lista. Mas, comentou Casado, essa medida depende ainda de análise da Aneel para permitir esse repasse da conta CDE para os credores diretamente. “Estamos tratando disso com a maior diligência possível para reverter esse quadro e depende de análise da Aneel em permitir essa questão. Em 15 dias deveremos ter a decisão”, projetou ele. Outra negociação que está no foco da empresa é quanto à energia livre da UHE Belo Monte (PA, 11.233 MW) para que a Norte Energia possa obter empréstimo de R$ 2 bi com o BNDES. Segundo Casado os sócios estão em negociação quanto ao preço do PPA para essa energia e assim garantir o acesso da concessionária ao crédito do banco federal. A ideia é de que cada um entre com uma parcela de aquisição equivalente ao seu capital social na usina. No caso da Eletrobras estão envolvidos 15% da Chesf, 15% da holding e mais 19,9% da Eletronorte. (Agência CanalEnergia – 25.08.2016)

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5 Novo preço para a Celg-D deverá ser definido ainda esta semana, diz Eletrobras

A Eletrobras projeta encerrar ainda essa semana as discussões acerca das novas condições para o leilão da Celg-D. A concessionária goiana deveria ter sido colocada à venda em 19 de agosto, mas o leilão foi adiado por falta de interessados no ativo. Essa será a primeira de uma série de sete empresas que a estatal do setor elétrico já decidiu se desfazer. De acordo com o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobras, Armando Casado de Araújo, já houve reuniões sobre o tema e que até o final desta semana deverá se ter a decisão sobre o tema que deve se restringir apenas à reavaliação do valor pretendido pelo governo que era de pelo menos R$ 2,8 bi. O futuro concessionário deveria, além de pagar esse valor, assumir a dívida que está em cerca de R$ 2,3 bi. O atual presidente executivo da holding, Wilson Ferreira Júnior, já havia se manifestado contra esse valor de venda pretendido, dizendo que era claro que a concessionária estava superestimada. À época ele ainda estava à frente da CPFL Energia, uma potencial compradora para a Celg-D. “A definição sai esta semana para o leilão sair ainda este ano”, comentou Casado a jornalistas antes da reunião da empresa com analistas e investidores promovida pela Apimec-SP. “Será uma atualização dos valores, estamos utilizando a mesma consultoria contratada pelo BNDES, a IFC. A informação básica foi o preço e será basicamente a reavaliação do preço de venda”, confirmou ele. O cronograma para o leilão já está definido será feita a revisão das premissas. E é independente da empresa feito pelo BNDES. Havia uma premissa baseada em uma lei de Goiás que permitiu uma avaliação com passivos que seriam assumidos pelo governo estadual, e assim foi feita a avaliação da distribuidora. Segundo Casado, o que foi identificado é que poderia existir um risco assumido caso o governo local não assumisse esse passivo. (Agência CanalEnergia – 25.08.2016)

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6 Eletrobras está confiante em reverter suspensão de ações em Nova Iorque

A Eletrobras trabalha com a meta de atender ao prazo de 13 de outubro para apresentar o formulário 20-F à SEC e assim não perder a listagem na bolsa de valores de Nova Iorque. A companhia afirmou que está confiante em terminar o trabalho no prazo, ter a suspensão da medida, mas não deverá apresentar nenhum arquivamento antes dessa data. De acordo com o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobras, Armando Casado de Araújo, o trabalho para identificar e ajustar os valores está em andamento. E o prazo oficial é de que em 13 de outubro o documento seja apresentado e assim a empresa não perca a listagem na Nyse. A expectativa é de que entre o final de agosto e mês de setembro, os relatórios referentes às investigações conduzidas pelo escritório Hogan Lovells e as outras partes que estão no processo – Foresinc Account, Comissão de Investigação e Auditoria Independente - sejam apresentados ao Conselho de Administração, Conselho Fiscal e acionistas da empresa. Segundo a equipe de Relações com Investidores da Eletrobras, será em meados de outubro que o mercado saberá se houve perdas identificadas com corrupção decorrentes da Operação Lava Jato e – se identificada – quanto é esse valor. “Tendo ou não estará tratada no balanço para a baixa da ressalva da KPMG item básico para que o formulário seja arquivado na SEC”, disse Casado.As dificuldades da empresa no sentido de acessar informações das Sociedades de Propósito Específico, reportadas no mês passado, notadamente na concessionária da UHE Santo Antônio (RO, 3.568 MW) foram superadas. Segundo o executivo, a estrutura de investigação montada organizada foi suficiente para que se superasse essas barreiras. Foram avaliados nove projetos da Eletrobras, mas ele não revelou quais e em quantos foram encontrados problemas de acesso. “O obstáculo dentro das SPEs foi mitigado. Foram avaliados nove projetos escolhidos por metodologia definida entre a Hogan Lovells e a KPMG e dentre esses, tivemos algumas dificuldades. Onde não tivemos autorização para entrar fomos ao limite da participação societária da empresa e foi o suficiente para a KPMG”, declarou Casado. (Agência CanalEnergia – 25.08.2016)

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7 Suíça Landis vê forte potencial para mercado de redes inteligentes no Brasil

A multinacional de origem suíça fabricante de medidores eletrônicos e sistemas de redes inteligentes de energia Landis+Gyr avalia que há um potencial de crescimento de 15% ao ano em volume de negócios para o segmento no Brasil nos próximos anos. Para a empresa, porém, o ritmo do desenvolvimento de novos projetos dependerá principalmente dos efeitos da crise econômica do país. "Há a questão do momento econômico, mas existe a perspectiva de que os negócios voltados para a medição inteligente e redes inteligentes tenham potencial de crescimento em torno de 15% ao ano para os próximos anos, se a gente tiver a retomada de investimentos e a economia voltar a crescer", diz o presidente da Landis+Gyr no Brasil, Marcelo Machado. A companhia assinou este mês contrato com a Celpa, distribuidora da Equatorial Energia, para o fornecimento e instalação de 25 mil medidores eletrônicos e um sistema de rede inteligente, com capacidade para 45 mil consumidores, na região central de Belém. O valor do contrato não foi revelado. A previsão da empresa é concluir a instalação dos equipamentos e do sistema ainda este ano. O principal objetivo do projeto é reduzir o índice de perdas comerciais. O nível de perdas comerciais da Celpa sobre o mercado de baixa tensão, nos últimos 12 meses terminados em junho, foi de 38,6%. O valor está acima do limite regulatório estipulado pela Aneel para a distribuidora, de 34%. Este é o segundo principal contrato do tipo da Landis+Gyr no Brasil. A empresa também é responsável por um projeto de rede de comunicação inteligente, com a instalação de 1 milhão de medidores, para a Light, no Rio. O contrato com a distribuidora fluminense é da ordem de R$ 750 mi. "Vemos uma expectativa, sim, de novos projetos. A dúvida é quão rápida vai ser a definição desses projetos, em função da crise. Vemos que nossos clientes estão procurando desenvolver projetos nessa área. O que complica um pouco, com relação à crise, são as variáveis que dizem respeito ao retorno do investimento", diz Machado. Adquirida pela japonesa Toshiba em 2011, a Landis+Gyr tem vendas globais anuais de cerca de US$ 1,5 bi, com projetos em 30 países, e um total de 5 mil funcionários. (Valor Econômico – 26.08.2016)

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8 Receita da Energisa recua 4,9% até julho

A Energisa informou em seu boletim mensal de Relações com Investidores que a receita operacional líquida nos sete primeiros meses de 2016 somou R$ 5,617 bilhões, deduzidas as receitas de construção. Esse volume representa uma queda de 4,9% em comparação com o mesmo período de 2015. No sentido inverso apareceu a venda total de energia nesse mesmo horizonte de tempo, que subiu 4,7%, para 19.751 GWh. O incremento do volume de energia, explicou a empresa, decorre do desempenho da comercialização de energia no ACL e de suprimento a outras concessionárias. Os índices apurados foram de aumentos de 6,8% e de 95,9%, respectivamente. Já as vendas para o mercado cativo somadas a energia aos consumidores livres (TUSD) reduziram em 1,2%. Destaque foi para a queda de 16,1% na demanda industrial no ACR e de 4,1% no caso dos consumidores livres. Considerando apenas o mês de julho, as vendas totais do grupo aumentaram 10,5% na comparação com o mesmo período de 2015. No ACR e aos consumidores livres apresentaram queda de 1% para 2.265 GWh, sendo 1.933 GWh no mercado regulado, que caiu 2,3% ante o reportado em 2015. Já a demanda para os grandes consumidores aumentou para 323 GWh, alta de 5,9%. As vendas da subsidiária de comercialização de energia no ACL cresceram 14,1% para 213,4 GWh. (Agência CanalEnergia – 25.08.2016)

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9 Fitch afirma ratings da ISA Capital e melhora ratings da Cteep

A agência de classificação de risco Fitch Ratings afirmou na última terça-feira, 23 de agosto, em ‘BB+’ os Ratings de Probabilidade de Inadimplência do Emissor de Longo Prazo em Moedas Estrangeira e Local da ISA Capital do Brasil e seu Rating Nacional de Longo Prazo 'AA+ (bra)'. A Fitch também afirmou em ‘BBB-’ o rating dos US$ 31,6 mi em notas seniores com garantias, em circulação, da empresa. A Perspectiva do IDR em moeda estrangeira é negativa e a do IDR em moeda local, bem como a do Rating Nacional de Longo Prazo, estável. A Fitch também elevou o rating nacional de longo prazo da Cteep para 'AAA (bra)', com perspectiva estável. A ação de rating também se aplica às suas primeira e quarta emissões de debêntures, com vencimento em 2017 e 2021, respectivamente. De acordo com a agência, a elevação da Cteep reflete a opinião de que ela vai fortalecer seu perfil financeiro nos próximos anos, devido ao recebimento de indenização em torno de R$ 5 bi, relativa à renovação de concessões de transmissão. Uma ação negativa de rating da ISA pode ocorrer em caso de rebaixamento de ratings da Cteep, de dificuldade em cumprir obrigações por reduções nos dividendos ou ainda fracasso nos potenciais fluxos de entrada de caixa alternativos. Já uma ação positiva é improvável a médio prazo. Caso a Perspectiva do rating soberano seja revisada para estável, a Perspectiva do IDR em Moeda Estrangeira da companhia deverá seguir o mesmo movimento. (Agência CanalEnergia – 25.08.2016)

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10 Cemig testa aeronave não tripulada para inspeção de linhas de transmissão

A Cemig está realizando testes com Veículo Aéreo Remotamente Pilotado - também conhecido como Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant) - que deverá ser utilizado no monitoramento e nas inspeções aéreas preventivas das suas linhas de transmissão e de distribuição, assim como de outros ativos da empresa. A tecnologia vem sendo desenvolvida pela Cemig em parceria com a Fundação para Inovações Tecnológicas (FITec), e conta com recursos do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica. De acordo com o engenheiro de tecnologia e normalização Maurício de Souza Abreu, da Cemig, a futura utilização dessas aeronaves não tripuladas deverá contribuir para a redução dos custos e dos riscos associados aos procedimentos de monitoramento e inspeção aérea da empresa, além de contribuir para uma maior eficiência operacional e confiabilidade no fornecimento de energia. "Atualmente as inspeções são realizadas com a utilização de helicópteros tripulados que voam bem próximos às linhas. A utilização do Vant poderá contribuir, além da redução dos custos e riscos, com a ampliação da inspeção aérea das linhas e com a redução da periodicidade desse procedimento. Ainda poderá contribuir - caso seja autorizado futuramente pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) - com a realização de inspeções noturnas, o que é inviável atualmente com a utilização dos helicópteros tripulados", afirmou o engenheiro. A entrada em operação do Vant depende de alguns ajustes finais nos testes e da entrada em vigor da regulamentação para a utilização dessas aeronaves, que está em fase de aprovação pela ANAC. Atualmente, apenas estão autorizadas a voar os Vants utilizados para fins de pesquisa e desenvolvimento, que possuam o Certificado de Autorização de Voo Experimental (CAVE), emitido pela ANAC para cada aeronave e somente voos até a linha visada. (Agência CanalEnergia – 25.08.2016)

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11 Light recebe mais R$ 15,6 mil da CDE para obras olímpicas

A Aneel liberou mais R$ 15,6 mi da CDE para a Light. O valor é direcionado às obras de fornecimento temporário de energia aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. Do total, R$ 14,8 mi são referentes à 6ª parcela das obras do cluster Barra da Tijuca, enquanto os R$ 750,9 mil restantes correspondem à 9ª parcela para as obras do International Broadcast Centre (IBC). A liberação foi autorizada nesta quinta-feira (25/8). Os Jogos Olímpicos aconteceram entre 5 e 21 de agosto e os Paralímpicos serão realizados entre 7 e 18 de setembro, no Rio de Janeiro. (Agência Brasil Energia – 25.08.2016)

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12 Energisa investe mais de R$ 1,3 milhão em Hospital no Mato Grosso

O Hospital Regional de Cáceres, no Estado do Mato Grosso, receberá nos próximos meses mais de R$ 1,3 mi em investimentos para a redução do consumo de energia, por meio do projeto Economia em Foco, da Energisa. Serão trocadas quase 2,8 mil lâmpadas de diversas potências por LED, além de todo o sistema da lavanderia. A previsão é que as substituições sejam feitas até dezembro de 2016. O projeto do hospital foi selecionado no ano passado e o termo para o início das ações de substituição foi assinado na última sexta-feira, 19 de agosto. A Energisa vai adquirir um sistema de lavanderia novo e mais moderno, importado da Europa. A expectativa é de que ocorra uma redução de 25% no consumo de energia do hospital. MarjorieTeruel, gerente dos projetos de Eficiência Energética da Energisa Mato Grosso, explica que a Aneel, determina que as distribuidoras invistam em eficiência energética. Quando os novos equipamentos são instalados no local beneficiado, a Energisa recolhe os antigos e faz o descarte ecologicamente correto. O projeto Economia em Foco faz parte do programa Energia Eficiente, da Energisa, atendendo todos os critérios previstos pela Aneel no programa de Eficiência Energética. (Agência CanalEnergia – 25.08.2016)

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13 Belo Monte: Norte Energia vai realizar leilão dia 26 de agosto

A Norte Energia vai realizar na próxima sexta-feira, 26 de agosto, leilão eletrônico para venda de energia elétrica convencional. Serão ofertados dois produtos para o período de suprimento de agosto de 2016 para os submercados Norte e SE/CO. As adesões para habilitação no leilão poderão ser realizadas até esta quinta-feira, dia 25 de agosto, às 17h. O edital e os anexos estão disponíveis no site da empresa e na plataforma Leilão Digital. (Agência CanalEnergia – 25.08.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Nordeste registraram mais uma queda de 0,1% e estão operando com volume de 20,2%. De acordo com dados do ONS referentes ao último dia 24 de agosto, a energia armazenada é de 10.443 MW/mês e a ENA é de 1.201 MWm, que equivale a 35% da MLT armazenável no mês até o dia. A hidrelétrica de Sobradinho opera com 15,55%. O volume no submercado SE/CO é de 47,1%. Também houve recuo de 0,1% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 95.472 MW/mês e a ENA é de 28.827 MWm, que equivale a 97% da MLT. A usina de Furnas está com volume de 67,02% e a de Nova Ponte, com 32,57%. No Norte, os níveis estão em 48,7%, após queda de 0,2% em relação ao dia anterior. A energia armazenada é de 7.319 MW/mês e a ENA chega a 1.045 MWm, que equivale a 46% da MLT. A usina de Tucuruí opera com 76,7% da capacidade. Na região Sul, os níveis estão em 89,7%, caindo 0,9% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada está em 17.908 MW/mês e a ENA é de 7.319 MWm, que é o mesmo que 46% da MLT. A usina de Tucuruí registra volume de 76,7%. (Agência CanalEnergia – 25.08.2016)

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2 ONS prevê chuvas 11% acima da média histórica para setembro no SE e CO

O ONS prevê um volume de chuvas em setembro 11% acima da média histórica para o período no subsistema SE/CO, que concentra 70% da capacidade de armazenamento de água para geração de energia do país. O órgão também estima um volume de chuvas 24% superior ao histórico para setembro no Sul, segundo dados divulgados nesta quinta-feira. Segundo Marcelo Parodi, sócio-diretor da comercializadora Compass Energia, o volume de chuvas para o início de setembro está acima do que era esperado anteriormente. Com isso, a expectativa é que a bandeira tarifária fique na cor verde para o mês. A cor da bandeira será divulgada amanhã pela Aneel. Por outro lado, o ONS continua prevendo fraco volume de chuvas no Norte e Nordeste. Para o Norte, o operador espera um volume de chuvas de 46% da média histórica para setembro. E, com relação ao Nordeste, o órgão trabalha com um volume de chuvas de apenas 39% do histórico para o mês na região. Em reunião realizada hoje com agentes do setor, técnicos do ONS destacaram que desde abril os volumes de chuva mensais no Nordeste são os piores da série histórica. (Valor Econômico – 25.08.2016)

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3 ONS pede rapidez em estudos para alterar vazões da bacia do São Francisco já em 2016

A péssima hidrologia que a região Nordeste vem apresentando nos últimos anos deve fazer com que o ONS recomende estudos para avaliação de impactos para que se reduza as vazões defluentes nas usinas da bacia do São Francisco. A ideia é que as UHEs Sobradinho e Xingó tenham vazão de 700m³/s já no início de setembro de 2016. O objetivo é fazer com que as usinas não cheguem com nível crítico ao fim do período seco. Em reunião do PMO transmitida pela internet nesta quinta-feira, foi apresentado estudo técnico do ONS mostrando que desde 2012 a bacia do rio São Francisco vem sofrendo com baixas nos seus níveis. A região tem três grandes reservatórios de acumulação, os das usinas de Três Marias, Sobradinho e Itaparica. Sobradinho e Três Marias representam dois terços do volume útil armazenável da bacia. A apresentação mostrou ainda que Três Marias têm ficado constantemente abaixo da MLT armazenável. Em 2015, o segundo pior dezembro/ janeiro para Três Marias e o pior para Sobradinho e este ano, desde abril deste ano, o panorama não tem melhorado. Um eventual atraso no começo do período chuvoso e caso ele seja pouco favorável seria ruim para esses reservatórios. Simulações feitas pelo ONS com afluências críticas mostraram que os reservatórios das usinas chegariam aos níveis mínimos. Sobradinho poderia até mesmo chegar ao volume morto. Os estudos para a redução deveriam ser feitos de modo imediato e envolveriam agentes como a Chesf, o IBAMA e a ANA. As simulações não são consideradas como previsões, apenas estudos exploratórios. A reunião também mostrou que no início do mês de setembro, o volume de chuvas no Sul será pequeno, já que o mês terá menos chuvas ainda que agosto, que foi um mês pouco chuvoso, fazendo com que se exija mais dos reservatórios. A hidrelétrica de Tucuruí terá sua geração limitada a 1.500 MW, antes ela estava em 2.250 MW, para preservar o seu reservatório, o que poderá impactar no PLD. As linhas de transmissão da Abengoa foram retiradas dos estudos. Quanto à carga no SIN, houve um aumento de 0,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado. A previsão para setembro é que ela fique em 66.226 MWm e em outubro, de 67.899 MWm. As temperaturas impactaram. A segunda revisão quadrimestral de 2016 apontou um crescimento de 1% na carga para 2016 e em 2020, ele vai chegar a 4,5% ao ano. (Agência CanalEnergia – 25.08.2016)

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4 Armazenamento pode chegar a US$ 160/kWh em 2025

Ainda considerada uma tecnologia incipiente, o armazenamento de energia tem um grande potencial no curto prazo, avalia a consultoria internacional Mckinsey & Co. A projeção da empresa é que os preços da “fonte” de energia cheguem a US$ 200/kWh em 2020 e a US$ 160/kWh ou menos em 2025. Além disso, a consultoria vê que a identificação dos melhores projetos do ponto de vista econômico e dos consumidores potenciais da tecnologia vem se tornando uma prioridade cada vez maior para empresas como geradores, operadores de rede, fabricantes de baterias, integradores e desenvolvedores fotovoltaicos e de serviços. O potencial de negócios é grande, segundo a consultoria. Mesmo com a queda dos custos, o armazenamento de energia deve movimentar em torno de US$ 2,5 bi em 2020 só nos EUA, crescendo seis vezes em relação aos volumes de 2015. Conforme essa tecnologia se desenvolva, a demanda pela tecnologia pode atingir até 1.000 GW nos próximos dez anos. A identificação do potencial para esse negócio passa pela avaliação dos usos da eletricidade, o quanto ela custa e o preço do armazenamento em cada região. A Mckinsey fez um levantamento de dados, públicos e privados, de mais de mil diferentes perfis de carga (geração e consumo), de diferentes tecnologias de baterias (lítio, chumbo, sódio e célula de fluxo) e de diferentes tabelas de preço da eletricidade. De acordo com as conclusões, 58% dos prédios considerados “lucrativos” representam 71% da demanda total. O tamanho “ótimo” de uma bateria é, em média, de 31 kWh. Os resultados da análise mostram que há projetos rentáveis nas quatro principais áreas de aplicação do armazenamento de energia: o gerenciamento da carga; redução da intermitência de renováveis em larga escala; complemento de pequenas centrais solares (a depender do quadro regulatório); e regulação de frequência. As baterias de lítio dominam o mercado de armazenamento de energia, correspondendo a 95% dos sistemas adicionados em 2015. A tecnologia se provou útil tanto em aplicações que requerem muita energia em pouco tempo quanto naquelas que requerem menor volume de energia em maior período de tempo. Entretanto, a aplicabilidade da tecnologia pode variar. (Agência Brasil Energia – 25.08.2016)

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Meio Ambiente

1 Ibama realiza AP para discutir o licenciamento do Complexo Paulo Afonso

No próximo dia 1º de setembro, o Ibama realizará reunião pública em Paulo Afonso, na Bahia, para apresentar e discutir o processo de licenciamento do Complexo de Paulo Afonso, conjunto de usinas hidrelétricas da Chesf, localizado nos municípios de Paulo Afonso (BA), Glória (BA), Delmiro Gouveia (AL) e Jatobá (PE). O objetivo é debater com a população as medidas de mitigação e compensação adotadas pela Chesf no processo de licenciamento ambiental do empreendimento e ouvir sugestões para a definição de novas diretrizes a serem estabelecidas para a emissão da Licença de Operação. Participarão das reuniões públicas técnicos dos Núcleos de Licenciamento Ambiental do Ibama de Recife, Aracaju e Maceió, e da Coordenação de Energia Hidrelétrica, de Brasília. Foram convidados representantes dos órgãos ambientais dos estados envolvidos, do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, da ANA, das prefeituras de municípios vizinhos e dos Ministérios Públicos Federal e dos Estados. (Agência CanalEnergia – 25.08.2016)

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Energias Renováveis

1 Indústria solar quer retomar debate sobre conteúdo local com BNDES

A Absolar está se aproximando da nova equipe do BNDES para retomar o debate da nacionalização programada de equipamentos para a geração solar. A mudança da diretoria que trata do tema no banco, que se seguiu à chegada de Maria Silvia Bastos Marques à presidência do banco, desacelerou o debate interno e pode ter emitido sinais diferentes do que ocorria até então. Segundo o presidente-executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, o banco já sinalizou que pretende se engajar nesse debate, no momento em que a indústria ainda aposta na manutenção da política de conteúdo local. Os sinais mudaram a partir da retração da atividade econômica, com elevação das taxas de juros e câmbio volátil, fazendo com que o BNDES assumisse um perfil mais conservador na concessão de financiamentos de longo prazo. Muito alavancado e sem espaço fiscal para manter a política, o governo sinalizou mudanças nos aportes ao caixa do banco, que captava recursos atrelados à Taxa Selic e financiava com base na TJLP, cujos percentuais eram mais baixos. Ao chegar ao banco, Maria Silvia chegou a afirmar que o papel do BNDES na economia seria modificado, com menos atuação no financiamento da infraestrutura. Como a política de conteúdo local abria espaço exatamente para financiamentos mais baratos e exigiu a certificação de equipamentos, o novo discurso gerou percepções de que a política poderia mudar de rumo. Sauaia contou que o debate pretende ser feito de "de forma transversal", incluindo as gerações centralizada e distribuída. Outra preocupação da Absolar é com o descasamento entre os contratos de energia fechados por empreendedores solares com os de fornecimento de equipamentos, em casos nos quais a decisão é pela importação. A ideia é que os contratos de energia sejam dolarizados. Sauaia ressaltou que ainda não há nenhuma sinalização do governo sobre o tema, mas o debate começa a ganhar corpo diante dos pedidos de empreendedores que negociaram energia nos leilões de reserva de 2014 mas não conseguem tirar os projetos do papel por causa das mudanças macroeconômicas, especialmente do câmbio, que inviabilizaram as usinas, segundo eles. Há empresas, como a Enel, que optaram simplesmente por implantar suas usinas apenas com capital próprio e equipamentos importados. Outras empresas decidiram tirar o pé e avaliar o desdobramento do quadro político, como o julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado, e a manutenção do quadro econômico para decidir sobre novos projetos. Como exemplo, o leilão de reserva que permitirá a participação da solar foi programado para dezembro. (Agência Brasil Energia – 25.08.2016)

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2 Equipamento de geração solar já pode ser comprado em consórcio

A administradora de consórcios Unifisa lançou esta semana, em nível nacional, planos que permitem aos consumidores e empresas, em geral, adquirir sistemas de geração fotovoltaica com pagamento no longo prazo. As instalações podem ser montadas com capacidades que variam entre 2,12 kWp, para consumo em torno de 300 kWh/mês, a 38 kWp, para 4,7 MWh/mês. Nessa faixa de potência, o valor do investimento vai de R$ 25 mil a R$ 240 mil, e pode ser quitado em 36 a 100 parcelas. Já existem 50 empresas integradoras cadastradas para prestação do serviço de instalação, que vão trabalhar com equipamentos fornecidos pela empresa italiana Sices, distribuidora de componentes e materiais do segmento elétrico. Os inversores de corrente são fornecidos pela ABB, SMA e Fronius. Já os painéis fotovoltaicos disponíveis vem da Canadian Solar, Jinko e JA Solar. As estruturas de fixação são da alemã K2-System e possibilitam instalação dos sistemas em qualquer tipo de telhado ou superfície. O lançamento oficial da modalidade de consórcio solar foi feita esta semana pela Unifisa, durante evento destinado a integradores. Com apoio da ABB e Sices, o encontro contou com apresentações da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) e de representantes do Greenpeace. (Agência Brasil Energia – 25.08.2016)

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3 Engie investe em complexo eólico na Bahia

Nas primeiras semanas de setembro a Engie Brasil dará início as obras do Complexo Eólico Campo Largo, localizado nos municípios baianos de Umburanas e Sento Sé. Na última quarta-feira, 24 de agosto, a diretoria da Engie reuniu-se com o governador da Bahia, Rui Costa, para explicar os investimentos que fará no estado durante a implantação do Complexo Eólico. Campo Largo ocupará uma área de 44 mil hectares, equivalente a 2/3 da área da Ilha de Santa Catarina, onde se situa a cidade de Florianópolis, sede da Engie Brasil Energia. Na primeira fase do projeto, serão 326,7 MW de capacidade instalada, 121 aerogeradores e cerca de R$ 2 bi de investimento. O diretor presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini, ressaltou, no encontro com o governador, que esse é o primeiro empreendimento da companhia na Bahia e que a ambição da empresa é seguir investindo no estado. "Campo Largo prevê outras duas fases que poderão fazer esse complexo chegar a 800 MW de capacidade instalada de fonte eólica, além do nosso plano de aproveitar a energia solar no mesmo local", disse Sattamini. "Esses novos investimentos estão condicionados à realização de leilões promovidos pelo Governo Federal e ao aumento de demanda no mercado livre de energia, mas nossa estratégia de crescimento passa pela ampliação da oferta de energia eólica e solar", complementou Sattamini. Seguindo sua política de responsabilidade socioambiental, a Engie prioriza a contratação de mão de obra local com a finalidade de gerar renda próximo aos seus empreendimentos. "Neste contexto já temos iniciativas para formação de mão de obra local, em parceria com o Senai, e reiteramos que já temos contratadas empresas baianas para as diversas áreas nesse início de trabalhos", afirmou o diretor de Geração da Engie Brasil Energia, José Laydner, cuja diretoria é responsável pela implantação dos projetos da companhia. (Agência CanalEnergia – 25.08.2016)

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Grandes Consumidores

1 Vale diz que é a mais lucrativa de minério de ferro no 1º semestre

A Vale estima que tornou-se a empresa mais lucrativa do setor de minério de ferro no primeiro semestre deste ano, superando suas principais concorrentes, segundo uma apresentação publicada pela empresa nesta quinta-feira. A Vale disse que sua geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustada em minério de ferro e pelotas ficou em US$ 3,8 bi nos seis primeiros meses deste ano, ante valores que variaram entre US$ 1,9 bi e US$ 3,4 bi no mesmo período para suas três principais concorrentes, que não foram nominadas. (O Globo – 25.08.2016)

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Economia Brasileira

1 Indústria se recupera e Ibre projeta queda menor do PIB

Em função do desempenho mais forte que o previsto da indústria de abril a junho, o Ibre-FGV estima queda um pouco menor do PIB no período e também em 2016, na comparação com as previsões anteriores. A incerteza sobre quando a recessão iniciada no segundo trimestre de 2014 vai terminar, porém, permanece. Na edição de julho do Boletim Macro, a equipe de conjuntura do Ibre prevê que o PIB encolheu 0,2% entre o primeiro e o segundo trimestres, feitos os ajustes sazonais, retração mais modesta do que projetada anteriormente (0,5%). A estimativa para a média do ano também foi revista para cima (de -3,5% para - 3,2%). Segundo os economistas Regis Bonelli, Armando Castelar Pinheiro e Silvia Matos, o mercado financeiro está otimista em relação aos sinais de retomada do crescimento, que trariam benefícios fiscais, e sobre a expectativa de a inflação convergir para o centro da meta, o que abriria espaço para a redução dos juros. "Nossa leitura dos últimos resultados é menos assertiva e mais conservadora do que a da média dos analistas", dizem. Em artigo publicado pelo boletim, Paulo Picchetti conclui que ainda há " dose considerável" de incerteza sobre o momento de reversão do atual ciclo recessivo, assim como sobre a intensidade da recuperação. Responsável pelos indicadores compostos antecedente (Iace) e coincidente (ICCE), calculados pelo Ibre-FGV em parceria com o Conference Board, Picchetti afirma que o ponto de inflexão sugerido pelo Iace há alguns meses requer avaliação mais cuidadosa, devido à duração e magnitude maior da recessão. Na composição do Iace, as expectativas têm peso predominante. (Valor Econômico 26.08.2016)

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2 Brasil fecha mais de 94 mil vagas formais de trabalho em julho

O mercado de trabalho brasileiro registrou em julho deste ano o fechamento de 94.724 postos de trabalho com carteira assinada, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o que equivale a uma queda de 0,24% em relação ao mês anterior. Os dados estão sem ajuste — não consideram as informações entregues pelas empresas fora do prazo ao Ministério do Trabalho. Esse resultado reflete a admissão de 1,168 milhão de trabalhadores e desligamento de 1,262 milhão. No ano, foram perdidos 623.520 postos de trabalho e no acumulado em 12 meses foram reduzidas 1,706 milhão de vagas com carteira. Pelos dados do Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho, o setor que mais perdeu vagas foi o de serviços (40.140), seguido por construção civil (27.718), comércio (16.286) e indústria da transformação (13.298). Por outro lado, o setor de agropecuária criou 4.253 postos de trabalho no mês passado e outras 237 vagas foram criadas na administração pública. (Valor Econômico – 25.08.2016)

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3 IPC-Fipe mostra leve deflação na terceira leitura de agosto

Com queda das despesas com habitação e transportes, o IPC-Fipe registrou deflação de 0,03% na terceira quadrissemana de agosto. Na semana anterior, o indicador tinha registrado alta de 0,05%. Quatro das sete classes de despesas do IPC-Fipe registraram taxas mais baixas, com destaque de habitação, que saiu de queda de 0,37% para recuo de 0,53%. O grupo transportes registrou deflação ligeiramente menor, foi de -0,08% para -0,07%, mas ainda contribuiu para puxar o indicador para baixo. É o mesmo caso do vestuário, em que a deflação cedeu de 0,67% para 0,35%. A alta nas despesas pessoais arrefeceu de 0,41% para 0,12%; na educação, de 0,54% para 0,06%; e na saúde, de 1,81% para 1,21%. Alimentação subiu de 0,17% para 0,31%. (Valor Econômico 26.08.2016)

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4 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 10h05, o dólar cedia 0,44% para R$ 3,2157. Na quinta-feira, a cotação subiu 0,24%, a R$ 3,2300. (Valor Econômico – 26.08.2016 e 25.08.2016)

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Internacional

1 Abengoa obterá US$ 315 mi pela venda de sua área de bioenergia nos EUA

Abengoa finalmente receberá US$ 355,5 mi com a venda de cinco usinas de etanol nos EUA, dentro do plano de desinvestimento previsto no seu plano de resgate anunciado em 16 de agosto, que inclui a transferência de divisão de bioenergia tanto nos EUA quanto na Europa. A empresa norte-americana Green Plain anunciou segunda-feira a aquisição das plantas de Illinois, Indiana e Nebraska por cerca de US$ 237 mi. Abengoa confirmou esta quinta-feira a operação e anunciou a venda das outras duas usinas de etanol que tem no país por outros US$ 118 mi. Os compradores são KAAPA Ethanol, que adquiriu os ativos de Ravenna (Nebraska) por US$ 115 mi, enquanto ICM adquiriu os de Colwich (Kansas) por US$ 3,15, de acordo com um comunicado da empresa de engenharia sevilhana a Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV). (El País – Espanha – 25.08.2016)

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2 Expansão da eólica se mantém apesar de políticas negativas no Reino Unido e Polônia, aponta a Make

A consultoria Make atualizou suas projeções de crescimento da fonte eólica no mundo. Para o período de 2016 a 2018 há uma perspectiva de maior crescimento dada a nova expectativa para a Índia, que aumentou em 23% ante o que se esperava anteriormente e a 9% para o mercado alemão. No sentido contrário, há uma redução para os anos de 2019 a 2025 de 2 GW e que é atribuído a mudanças regulatórias no Reino Unido e na Polônia, mas que não deverá apresentar impacto significativo na perspectiva global de crescimento no horizonte de uma década que está mantido. De acordo com o levantamento da consultoria, na América Latina, os maiores mercados, que são o Brasil e o México, vêm enfrentando o aumento da competição com a solar, que em sua avaliação colocará pressão sobre os vencedores dos próximos leilões. Contudo, para o continente como um todo há uma variação mínima de mudanças com ajustes pontuais sobre as perspectivas para a região em termos de avanço da fonte. O maior concentrador de alterações nas previsões é a Europa justamente por conta das alterações no Reino Unido e Polônia e que ainda não leva em consideração as consequências que o Brexit poderá ter. Como destaque a Make citou que o governo central da China introduziu um mecanismo para incentivar o investimento mais racional em projetos de energia eólica. Isto tem motivado os desenvolvedores em regiões como no norte daquele país a se voltar para perseguir oportunidades no sul. Já perspectivas de crescimento na Índia continuam a ser um ponto focal para a indústria, com os últimos anúncios de políticas provocando uma atualização de 6% sobre a análise anterior. No geral as perspectivas para a Ásia Pacífico, excluindo a China foi atualizado em 3% no trimestre sobre o período de 10 anos. A entrada de pedidos firmes diminuiu 15% no segundo trimestre deste ano para quase 12GW, principalmente devido a uma pausa nas encomendas para projetos no mercado norte-americano. (Agência CanalEnergia – 25.08.2016)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 GOLDEMBERG, José. “Energia elétrica no Brasil”. Valor Econômico. São Paulo, 26 de agosto de 2016.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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