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IFE: nº 4.152 - 11 de agosto de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Suspensão de hidrelétrica no Tapajós pode ser apenas temporária
2 GESEL: construção da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós deve ser retomada posteriormente
3 GESEL/EKLA-KAS: Seminário Internacional "Integração e Segurança Elétrica na América Latina"
4 Aneel descarta qualquer ajuda às distribuidoras da Eletrobras
5 Provável aumento na CDE
6 Aneel estuda empréstimos às distribuidoras da Eletrobras até privatização
7 Consumidor pode ter que financiar parte da operação de 6 distribuidoras
8 Financiamento do gasto extra das seis distribuidoras do Norte e do Nordeste será por Fundo RGR
9 Rio é o mais atrativo para consumidores do mercado livre
10 Aneel libera início de testes na UHE Salto Apiacás
11 Editorial do jornal O Estado de São Paulo: “Ajuste no modelo de compra de energia”

Empresas
1 Light investe R$ 444 mi para assegurar energia
2 CPFL Renováveis tem prejuízo de R$ 61,6 mi
3 Equatorial: Lucro recua 64,2% no 2º trimestre, para R$ 178,7 mi
4 Equatorial Energia poderá emitir até R$ 90 milhões em debêntures
5 Lucro da Cosan sobe 17 vezes no 2º trimestre, para R$ 281,6 mi
6 Celesc reduz parte do prejuízo causado pela exposição de energia de 2014
7 Boa Vista Energia fornece à área de concessão da CERR
8 Copel sai do grupo que estuda São Luiz do Tapajós

9 CEEE Distribuição reforça rede elétrica de regiões em Porto Alegre

10 RGE investe em programa de Eficiência Energética no RS

11 Celpe participa de mapeamento de potencial de biogás por resíduos em Pernambuco

12 Ecom Energia estrutura área para atuar em geração distribuída

13 Aneel confirma multa de R$ 2,5 mi para AES Sul por problemas no fornecimento

14 Tecnologia da Indra desenvolvida no Brasil vai ser usada na América Latina e Europa

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Números dos reservatórios pelo Brasil
2 Jose Marengo: uso das séries históricas para dimensionar estas usinas deve ser revisto

Energias Renováveis
1 Eólicas têm recorde de geração em julho

Gás e Termelétricas
1 Geração térmica cai 32% em junho
2 Comgás conecta 114 mil consumidores em um ano

Grandes Consumidores
1 Programas para química e mineração podem contemplar eficiência energética e renováveis
2 Gerdau tem queda de 30,6% no lucro do 2º tri sobre um ano antes

Economia Brasileira
1 Na União, déficit atinge R$ 38,5 bi no semestre
2 IBGE: Energia elétrica deve contribuir com desaceleração do IPCA

3 Inflação sobe mais para os que ganham menos, diz IBGE
4 Produção industrial sobe em junho em 9 entre 14 locais, aponta IBGE
5 Volume de serviços cai 0,5% entre maio e junho e recua 3,4% ante 2015
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Escócia produz energia eólica suficiente para abastecer país por 1 dia
2 Geração de energia nuclear após Fukushima completa um ano no Japão

Biblioteca Virtual do SEE
1 EDITORIAL. “Ajuste no modelo de compra de energia”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 11 de agosto de 2016.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Suspensão de hidrelétrica no Tapajós pode ser apenas temporária

Os índios mundurukus ganharam o maior presente que poderiam esperar nos últimos anos: no Dia Internacional dos Povos Indígenas, comemorado em 9 de agosto, o governo brasileiro abandonou, ao menos temporariamente, o projeto de construção da usina hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, no Pará. O projeto alagaria o território indígena e forçaria a remoção de três aldeias, contrariando a Constituição. A decisão do governo federal veio depois de o Ibama arquivar o pedido de licenciamento ambiental da obra. O órgão concordou com uma recomendação do Ministério Público Federal e acatou os pareceres da Funai e do próprio Ibama, que consideraram falhos os relatórios de impacto ambiental do projeto, previsto para ser realizado em uma área preservada da Amazônia. Líderes munduruku percorreram o mundo para alertar sobre os riscos da hidrelétrica. A organização internacional Greenpeace comemora a decisão da suspensão, mas alerta que “a luta continua”: no total, são 42 projetos de usinas a serem construídas na bacia deste rio amazônico. O diretor da Campanha Amazônia da entidade, Danicley de Aguiar, está em Londres com líderes da etnia para se encontrar com representantes da fabricante Siemens, que participaria do projeto. O objetivo é convencer a companhia a desistir definitivamente do plano. O projeto de construção da usina no Tapajós, porém, não foi enterrado. O MME ressaltou que “o potencial energético” do local foi verificado e a hidrelétrica, a maior de um vasto plano de usinas na região, ainda pode vir a ser construída no futuro. A Eletrobrás, responsável pela obra, pode pedir uma nova licença para a construção. A expectativa é de que usina de São Luiz de Tapajós geraria 8.040 Mw por ano, semelhante ao que produz Belo Monte, outro controverso projeto sob o ponto de vista ambiental. A questão, agora, é como substituir o aporte energético que viria na hidrelétrica suspensa. (Rádio França Internacional – 11.08.2016)

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2 GESEL: construção da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós deve ser retomada posteriormente

Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor de Energia Elétrica, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), não tem dúvidas de que, cedo ou tarde, a construção da usina hidrelétrica de São Luiz do Tapajós será retomada para suprir a demanda energética que vai voltar a crescer, quando o Brasil sair da recessão. “Não tem a menor dúvida de que a decisão é temporária, porque o potencial hidrelétrico está lá. No futuro, quando a economia voltar a crescer e você observar que as outras fontes vão ficar mais caras, não haverá alternativa”, explica. “O custo das eólicas tende a subir, porque já estamos aproveitando as regiões onde a energia eólica é mais eficiente. Com a solar, vai acontecer a mesma coisa.” Castro defende que o país invista cada vez mais em diversificação energética com fontes renováveis, mas avalia que nem a energia eólica nem a solar apresentam a mesma eficiência das hidrelétricas, além de não oferecerem a mesma previsibilidade. “Qualquer usina hidrelétrica, para qualquer país do mundo, é muito importante. Ela gera uma energia que, em relação às outras fontes, é a mais barata, a mais sustentável e a mais renovável de todas, afinal ela vai funcionar mais de 50 anos. O problema dela é o impacto ambiental e econômico”, constata o economista. “Por isso, é necessário considerar os custos de compensação para as populações atingidas na construção da usina.” O especialista observa que São Luiz de Tapajós atenderia cerca de 15% da demanda nacional de energia elétrica. Por enquanto, em função da crise econômica, da ampliação da oferta de outras usinas que foram concluídas e da entrada em funcionamento de Belo Monte e do parque eólico do nordeste, o país não deve ter problemas de abastecimento, na avaliação de Castro. (Rádio França Internacional – 11.08.2016)

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3 GESEL/EKLA-KAS: Seminário Internacional "Integração e Segurança Elétrica na América Latina"

Estão abertas as inscrições para o Seminário Internacional "Integração e Segurança Elétrica na América Latina", realizado pelo GESEL em parceria com o EKLA-KAS - Programa Regional Segurança Energética e Mudanças Climáticas na América Latina da Fundação Konrad Adenauer. O evento acontece nos dias 25 e 26 de agosto de 2016 e propõe uma discussão sobre a integração elétrica na América do Sul, baseada em fontes renováveis. No primeiro dia, a discussão será dividida em dois blocos temáticos: político-diplomático e econômico. No segundo dia, o enfoque será dado à integração elétrico-energética e os impactos das novas tecnologias. O Seminário será realizado no Salão Pedro Calmon - Palácio Universitário da UFRJ/Campus da Praia Vermelha (Av. Pasteur, 250 - 2º andar - Urca - Rio de Janeiro) e contará com tradução simultânea para português, inglês e espanhol. Para inscrições e programação, acesse http://seminario.gesel.ie.ufrj.br/ (GESEL-IE-UFRJ – 25.07.2016)

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4 Aneel descarta qualquer ajuda às distribuidoras da Eletrobras

As seis distribuidoras administradas pela Eletrobras, localizadas no Norte e Nordeste, não devem contar com benefício especial da Aneel até serem colocadas à venda. A informação é do diretor ¬geral da agência, Romeu Rufino. Rufino disse ontem que a retomada dos reajustes tarifários e do acesso aos recursos dos fundos setoriais não são suficientes para resolver os problemas de endividamento ou de falta de investimento. Para ele, a "solução definitiva" virá após a transferência de controle, com mudanças na governança e aportes dos novos controladores. Uma forma esperada de recompor o caixa das distribuidoras é através do processo de reajuste tarifário. Rufino assegurou, no entanto, que a ideia não é "turbinar" tarifas para garantir a cobertura despesas com ineficiência operacional. Segundo ele, serão seguidas as mesmas regras aplicas a outras distribuidoras. Rufino alertou que novas liberações de recursos de fundos para as distribuidoras contarão com "todo o rigor" das regras que vem sendo preparadas pela agência. Para a cobertura de dívidas com a compra de energia e combustível para geração, os recursos serão repassados diretamente aos credores. O rigor da agência deve valer também para o acesso ao fundo RGR ¬ criado para indenizar concessionárias por investimentos não cobertos ao longo dos contratos, mas também usado para financiar projetos de ampliação do fornecimento. No caso da RGR, o diretor ressaltou que qualquer repasse será na forma de empréstimo a ser amortizado pelo novo controlador. Segundo ele, está descartada a liberação de recursos "a fundo perdido". Segundo Rufino, até o fim do ano a agência saberá quanto de recursos as distribuidoras vão demandar e quanto poderá ser liberado. (Valor Econômico – 11.08.2016)

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5 Provável aumento na CDE

Para o próximo ano, Romeu Rufino, diretor geral da Aneel, considera "pouco provável" que o governo volte a fazer repasses. Se isso ocorrer, pode haver aumento de tarifas se a distribuidoras precisarem de um volume de recursos não disponível na RGR. A forma de repasse dessa despesa para o consumidor viria com o aumento das cotas da CDE ¬ fundo que reúne as principais receitas e despesas do setor. Para reduzir as expectativas do setor com a concessão de benesses às distribuidoras, Rufino afirmou que a atratividade das seis concessionárias de distribuição no leilão virá do "ganho potencial do investidor com a melhoria da gestão". Rufino considera que foi uma escolha equivocada do governo manter as distribuidoras por tanto tempo sob a gestão da Eletrobras. Ele disse ainda que "alguns erros" deverão ser corrigidos antes de colocar esses ativos à venda. O diretor citou o caso da Amazonas Energia que precisa ser "desverticalizada", separando serviços de geração e distribuição. Segundo ele, a separação das operações da Amazonas Energia já está sendo tocada pela Eletrobras e está "bem encaminhada". Há possibilidade, disse, de criar uma nova empresa para cuidar na geração de térmicas no Amazonas ou incorporar tal atribuição à Eletronorte, braço de geração e transmissão do grupo estatal na região Norte. (Valor Econômico – 11.08.2016)

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6 Aneel estuda empréstimos às distribuidoras da Eletrobras até privatização

A Aneel vai apresentar até o fim deste mês uma proposta de regulamentação para a liberação de empréstimos às distribuidoras de energia da Eletrobras no Norte e Nordeste, cujos contratos de concessão não foram renovados. Esses recursos deverão ser usados para viabilizar a prestação dos serviços dessas empresas, que acumulam dívidas bilionárias há anos, até o fim de 2017, quando elas serão vendidas. Em julho, a Eletrobras decidiu não renovar as concessões de suas seis distribuidoras de energia no Norte e no Nordeste do país (Piauí, Alagoas, Acre, Rondônia, Amazonas e Roraima). As empresas, no entanto, continuarão administradas pela própria Eletrobras, até a privatização e nesse período a estatal que não injetará dinheiro nas companhias. O montante necessário para a manutenção dos serviços sem prejuízos ao consumidor virá com esses empréstimos, além dos recursos das tarifas de energia. — Não será um repasse a fundo perdido. Serão empréstimo., sob condições que ainda vamos regulamentar. Ainda não sabemos como isso vai ser feito. Vamos criar uma disciplina de como a empresa vai se credenciar a receber esses recursos e como se deve usar esses recursos — disse o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino. Os recursos a serem disponibilizados às empresas viriam de um fundo do setor elétrico chamado Reserva Global de Reversão (RGR), abastecido por meio de cobranças de encargos junto aos consumidores de energia elétrica. Segundo o diretor da Aneel, uma das propostas estudadas é que o dinheiro dos empréstimos seja usado para quitar dívidas das empresas dentro do próprio setor elétrico, numa operação em que o recurso sairia diretamente do fundo para o credor, sem passar pelos cofres da distribuidora. — A solução para essas empresas virá com a transferência de controle. Mas é impossível chegar a transferências sem passar por essa parte intermediária. A Eletrobras não quis mais renovar as concessões, um direito dela, e esse problema caiu no colo do governo. Isso que estamos fazendo é uma solução para uma situação precária — ressaltou Rufino. O diretor da Aneel disse que acha improvável que ocorram repasses do Tesou para a conta. E explicou que os recursos para os empréstimos podem ser repassados às tarifas de energia dos consumidores no que vem, por meio de aumento de encargos. Mas afirmou que não acredita na possibilidade de haver aumento nas contas de luz para compensar os empréstimos. (O Globo – 10.08.2016)

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7 Consumidor pode ter que financiar parte da operação de 6 distribuidoras

Os consumidores brasileiros podem ser obrigados a financiar temporariamente uma parte dos custos de operação de seis distribuidoras do Norte e do Nordeste durante o processo de transferência do controle delas da estatal Eletrobras para a iniciativa privada. A informação é do diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino. No final de julho, os acionistas da Eletrobras decidiram não renovar as concessões das distribuidoras de energia que atendem aos estados do Piauí, Alagoas, Amazonas, Roraima, Rondônia e Acre. A expectativa do governo é que elas sejam levadas a leilão, para escolha de novos concessionários, apenas no final de 2017. Até lá, a própria Eletrobras será responsável por administrar as seis distribuidoras, mas em caráter precário e sob a tutela da Aneel. Entretanto, essas distribuidoras enfrentam problemas financeiros e de gestão que fazem com que a tarifa paga pelos consumidores daqueles estados não seja suficiente para cobrir os custos de operação. Como a Eletrobras não é mais a concessionária, responsável pelos investimentos, essa conta extra terá que ser financiada. E os recursos podem vir das contas de luz. “A possibilidade de ser necessário esse recurso é real”, disse o diretor-geral da Aneel. A outra opção seria que o governo federal repassasse, via Tesouro, verba para cobrir as despesas extras das distribuidoras. De acordo com Rufino, porém, não há expectativa de que isso aconteça. O governo federal vem registrando déficits (gastos acima da arrecadação) bilionários nos últimos anos. Em 2016, a previsão é que ele chegue a R$ 170,5 bilhões. Essa ajuda dos consumidores seria necessária até a transferência do controle à iniciativa privada. Depois disso, os novos concessionários assumiriam os custos. Rufino disse ainda que o financiamento não será a fundo perdido, ou seja, os consumidores serão compensados no futuro. A Aneel ainda não tem ideia de quanto será necessário emprestar às seis empresas. (G1 – 11.08.2016)

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8 Financiamento do gasto extra das seis distribuidoras do Norte e do Nordeste será por Fundo RGR

O financiamento do gasto extra das seis distribuidoras do Norte e do Nordeste, durante o processo de transferência do controle delas da estatal Eletrobras para a iniciativa privada, será feito por meio de um fundo do setor elétrico chamado Reserva Global de Reversão. Essa saída foi usada pela Eletrobras nos últimos anos e as seis distribuidoras são hoje as principais devedoras do fundo. A estatal, aliás, é alvo de um processo que a obriga a devolver R$ 2 bilhões à RGR, que foram retidos. Nesta semana, a Aneel suspendeu essa decisão. O diretor-geral da agência disse, porém, que os novos empréstimos serão concedidos às seis distribuidoras em condições diferentes, com maior rigor. Para isso, a Aneel prepara novas regras para financiamentos via RGR. “Esses empréstimos não serão feitos para resolver o passado dessas empresas”, disse Rufino. “É para permitir a continuidade da prestação do serviço”, completou. Segundo ele, a agência ainda vai avaliar que tipo gasto das distribuidoras poderá ser financiado pela RGR. A princípio, porém, está incluído “qualquer custo que não esteja coberto pela tarifa”, desde multas - entre elas as aplicadas pela própria Aneel - até despesas trabalhistas. (G1 – 11.08.2016)


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9 Rio é o mais atrativo para consumidores do mercado livre

O Rio de Janeiro é o Estado mais atrativo para aqueles enquadrados na categoria de consumidores especiais de energia. Um estudo da comercializadora Federal Energia comparou os preços médios da energia dessa categoria de consumo ¬ de fontes incentivadas ¬ no mercado livre em comparação com as tarifas cobradas pelas distribuidoras de energia no mercado cativo. Segundo o sócio-diretor da comercializadora, Erick Azevedo, responsável pela coordenação do estudo, a migração dos consumidores especiais para o mercado livre é mais interessante naqueles estados em que o preço da tarifa de energia é mais alta. O levantamento contabilizou os preços praticados mensalmente pelas concessionárias de distribuição do país representando 98% da energia do mercado cativo. A comercializadora comparou com o preço praticado nos contratos para energia incentivada, considerando o desconto médio de 50% na tarifa de transmissão, e chegou a um índice médio de atratividade de 0,853 para o Brasil no primeiro semestre do ano, sendo 0 a menor atratividade e 1 o valor máximo. Os consumidores especiais são aqueles com demanda de 0,5 MW a 3 MW. Uma condição para a migração para o mercado livre é o consumo de energia de fontes incentivadas, ou seja: eólica, solar, pequenas centrais hidrelétricas ou termelétricas a biomassa. Segundo Azevedo, o levantamento explica a forte migração de consumidores especiais para o mercado livre no primeiro semestre do ano. No ranking por estados, o Rio de Janeiro tem um índice de 0,972 médio no primeiro semestre. O Mato Grosso aparece em seguida, com 0,952. Paraná, Santa Catarina e Goiás completam o grupo dos cinco primeiros, com índices de, respectivamente, 0,948, 0,904 e 0,890 no semestre. Na outra ponta, Ceará e Amapá estão empatados como Estados com menor atratividade para o mercado livre, com índices de 0,394, seguidos pelo Acre, com 0,636. Segundo Azevedo, hoje, os contratos de energia incentivada para 2017 saem com preço de cerca de R$ 210 por MWh. A energia convencional no mercado livre sai por volta de R$ 170 por MWh, mas só têm acesso a ela aqueles com consumo acima de 3 MW. Um obstáculo para a maior migração de consumidores especiais para o mercado livre é justamente a falta de lastro de energia incentivada para sustentar um movimento desse por um período prolongado. Segundo Azevedo, já se fala em mudar os limites dos consumidores especiais para uma demanda enter 0,3 e 1 MW. Com isso, não apenas mais consumidores poderiam migrar para o livre, como aqueles enquadrados hoje na categoria de especiais poderiam ser livres convencionais, com preços ainda mais atrativos. (Valor Econômico – 11.08.2016)

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10 Aneel libera início de testes na UHE Salto Apiacás

A Aneel liberou o início da operação em teste a partir de 10 de agosto na UHE Salto Apiacás, localizada no município de Alta Floresta, no Mato Grosso. O benefício foi para UG3, de 15 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 10.08.2016)

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11 Editorial do jornal O Estado de São Paulo: “Ajuste no modelo de compra de energia”

Em editorial, o jornal O Estado de São Paulo faz elogios ao governo Temer por remover “antigas distorções que oneram o setor privado”. Segundo o texto, a prova disso seria o decreto “que derroga a norma pela qual as distribuidoras de eletricidade, ao final de seus contratos com as geradoras, eram obrigadas a recomprar 96% do mesmo volume de energia”. A opinião do jornal é de que “o modelo que passa a vigorar é realista em face do comportamento do consumo”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 11.08.2016)

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Empresas

1 Light investe R$ 444 mi para assegurar energia

Redundância é a palavra de ordem em relação à infraestrutura de energia para as instalações dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Se, em um contexto geral, a palavra diz respeito a algo desnecessário, no setor elétrico ela é sinônimo de segurança. Quanto maior a redundância, maior a confiabilidade da elétrica. Na Rio 2016, ela é tripla. Todas as áreas olímpicas contam com dupla alimentação de energia de fontes distintas, por diferentes subestações e linhas. "Isso significa que, se uma das fontes apresentar alguma falha, a outra entra em operação automaticamente", explica o diretor de Engenharia da Light, Dalmer Alves. Além disso, todas as áreas contam com geradores de energia, que serão acionados em caso de última necessidade. A Light é responsável pelo fornecimento dos geradores na Barra da Tijuca, onde estão instaladas 155 máquinas para as arenas olímpicas e 42 para atender exclusivamente o Centro de Transmissão Internacional. O comitê Rio 2016 é responsável pelos equipamentos fornecidos para outras áreas olímpicas: Deodoro, Copacabana e Maracanã. A Light investiu R$ 444 milhões na infraestrutura energética para atender os jogos. Os recursos foram destinados à construção e modernização de subestações, linhas de transmissão, redes de distribuição, ramais de interligação e sistemas de proteção de rede. O legado elétrico da Olimpíada resultou em um aumento de 15% da capacidade de fornecimento de energia para a Zona. O diretor-¬geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, que diz estar "absolutamente seguro e tranquilo" com relação ao suprimento de energia para os Jogos. (Valor Econômico – 11.08.2016)

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2 CPFL Renováveis tem prejuízo de R$ 61,6 mi

A CPFL Renováveis reduziu prejuízo em 33,7% no segundo trimestre de 2016, para R$ 61,6 mi, na comparação com igual período do ano passado. A redução foi possível com uma melhora no desempenho operacional da companhia. No período, a receita líquida somou R$ 360,2 mi, crescimento de 21,8% na comparação anual. O aumento foi impactado positivamente pela maior geração das eólicas e usinas a biomassa, e maior receita das PCHs, em função da estratégia de sazonalização da garantia física - em 2016 a distribuição foi mais linear, segundo a empresa, enquanto no ano passado a sazonalização foi mais concentrada no primeiro trimestre. No segundo trimestre, a companhia gerou 1.533 GWh, contra 1.233 GWh em igual período do ano passado. Já o Ebitda da companhia somou R$ 211 mi, crescimento de 35,3% em relação ao terceiro trimestre de 2015. (Agência Brasil Energia – 10.08.2016)

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3 Equatorial: Lucro recua 64,2% no 2º trimestre, para R$ 178,7 mi

A Equatorial Energia registrou lucro líquido de R$ 178,7 mi no segundo trimestre de 2016, em queda de 64,2% sobre o lucro líquido de R$ 500,1 milhões no segundo trimestre de 2015, segundo demonstração de resultados . O resultado é o atribuído aos sócios da controladora, base para a distribuição de lucros. Segundo os dados divulgados no site da CVM, a receita líquida da empresa no segundo trimestre de 2016 foi de R$ 1,731 bi, em alta de 0,75% ante o R$ 1,718 bi do segundo trimestre de 2015. O custo de vendas da companhia recuou 12,4% no segundo trimestre de 2016, para R$ 1,215 bi, ante o R$ 1,387 bi de um ano antes. O lucro bruto da empresa no segundo trimestre de 2016 foi de R$ 516,5 mi, em alta de 55,9% ante os R$ 331,2 mi no segundo trimestre de 2015. A empresa teve despesa operacional no segundo trimestre de 2016 de R$ 270,6 mi, em alta de 24,1% sobre um ano antes, quando havia registrado despesa de R$ 218,0 mi. O lucro operacional da Equatorial no segundo trimestre de 2016 foi de R$ 245,9 mi, em alta de 116% ante o resultado de um ano antes, de R$ 113,1 mi. A empresa apresentou receita financeira líquida de R$ 29,8 mi no segundo trimestre de 2016, mais de 20 vezes menor que a receita financeira líquida de R$ 602,5 mi um ano antes. (Valor Econômico – 11.08.2016)

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4 Equatorial Energia poderá emitir até R$ 90 milhões em debêntures

O Conselho de Administração da Equatorial Energia aprovou a realização da 2ª emissão de debêntures no valor de até R$ 90 mi. As debêntures serão simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, com garantia real e fidejussória, em duas séries. (Agência CanalEnergia – 10.08.2016)

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5 Lucro da Cosan sobe 17 vezes no 2º trimestre, para R$ 281,6 mi

A Cosan SA, cujos resultados consolidam a participação de 50% da companhia na Raízen Combustíveis e na Raízen Energia, teve lucro líquido de R$ 281,6 mi no segundo trimestre, mais de 17 vezes acima do ganho de R$ 16,4 mi registrado um ano antes, na esteira do melhor desempenho da Raízen e da Comgás. A receita líquida da companhia totalizou R$ 11,46 bi, com crescimento de 13,4% frente ao segundo trimestre do ano passado, e o Ebitda somou R$ 1,29 bi, alta de 56,5%. Pelo critério ajustado, o Ebitda subiu 30,3%, para R$ 997,6 mi. Conforme a companhia, a alta do Ebitda ajustado deve¬-se à antecipação do início da moagem na safra 2016/17, que gerou maior disponibilidade de produto próprio para venda com melhores preços. Também contribuiu para esse desempenho a Raízen Combustíveis, cuja expansão da rede de postos possibilitou vendas acima da média do mercado. De abril a junho, a geração de caixa da Cosan foi de R$ 41,5 mi, com queda de 89% frente ao mesmo período de 2015, impactada pela readequação da estrutura de endividamento, concluída após o fechamento do trimestre, e pelo exercício de uma opção de conversão de ações. Ao fim do segundo trimestre, a dívida líquida da companhia era de R$ 11,38 bi, com alta de 3,6% ante março. Já a alavancagem financeira, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, caiu 0,1 ponto percentual em três meses, para 2 vezes. (Valor Econômico – 10.08.2016)

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6 Celesc reduz parte do prejuízo causado pela exposição de energia de 2014

A concessionária catarinense Celesc conseguiu reduzir parte do prejuízo financeiro causado pela exposição de energia em 2014. A diretoria da Aneel reconheceu cerca de 18 MW médios como exposição involuntária, em razão do retorno ao mercado cativo de consumidores especiais e do reconhecimento de erro no preenchimento da declaração de necessidades de energia para o Leilão A-1 de 2013. Segundo comunicado enviado ao mercado pela Celesc nesta quarta-feira, 10 de agosto, a exposição daquele ano passou de 52,84 MW médios para 35,02 MW médios. Sendo assim, a companhia está reconhecendo no segundo trimestre de 2016 o valor de R$ 256 milhões referente à exposição voluntária em 2014, contabilizado no resultado como redutora da Receita Operacional Bruta, na conta de Ativos/Passivos Financeiros. "A companhia informa ainda que adotará todas as medidas administrativas e judiciais necessárias com a finalidade de preservar os seus interesses, quanto ao reconhecimento do caráter involuntário dos 35,02 MW médios não atendidos no recurso apresentado à Aneel", diz o comunicado. (Agência CanalEnergia – 10.08.2016)

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7 Boa Vista Energia fornece à área de concessão da CERR

A Eletrobras informou que a Boa Vista Energia será a responsável pela distribuição na área de concessão da CERR, no interior do estado de Roraima. O fornecimento acontecerá até que o governo licite novamente o serviço da Boa Vista, em processo de desestatização, ou até o dia 31 de dezembro de 2017, o que ocorrer primeiro. “As obrigações contraídas pela Boa Vista na prestação temporária do serviço serão assumidas pelo novo concessionário, nos termos do edital de licitação a ser lançado pelo Poder Concedente, não cabendo à Eletrobras ou à Boa Vista, durante o período de prestação de serviços temporária, fazer qualquer aporte de recursos na CERR, mesmo que para manutenção ou operação dos serviços de distribuição”, ressaltou a empresa, em comunicado. No último dia 5/8, o MME aprovou a extinção da concessão da CERR, de acordo com o recomendado pela Aneel. A concessionária enfrenta dificuldades financeiras e operacionais e, segundo a agência, as tarifas da distribuidora seriam as mais caras do país se fossem recalculadas, por causa da baixa densidade de carga, e pelo alto índice de perdas. (Agência Brasil Energia – 10.08.2016)

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8 Copel sai do grupo que estuda São Luiz do Tapajós

O conselho de admistração da Copel aprovou a saída da subsidiária de geração e transmissão do Grupo de Estudos Tapajós, responsável pela realização dos estudos ambientais das usinas de São Luiz do Tapajós e Jatobá, no Pará. Segundo o sumário da ata da reunçao, os conselheiros da Copel aprovaram a medida por unanimidade. A medida acontece dias após o Ibama arquivar o processo de licenciamento ambiental de São Luiz do Tapajós, diante do impasse na demarcação de terras indígenas. Jatobá é uma hidrelétrica considerada como sendo mais difícil de sair do papel. Além da Copel GT, o Grupo de Estudos Tapajós é composto por Eletrobras, Eletronorte, Enel, Camargo Corrêa, EDF, Neoenergia, Cemig e Engie. Os estudos ambientais tiveram início em 2009 com a Eletrobras, mas uma decisão com apoio do governo resultou na formação do consõrcio, com empresas de relevante participação no setor elétrico, como forma de evitar o que aconteceu com Belo Monte, que não conseguiu atrair grandes players para o projeto. A participação das empresas no grupo não siginificaria necessariamente que as nove empresas disputariam a hidrelétrica em conjunto, mas o fato de participarem dos estudos ambientais e de engenharia abriria a vantagem perante outros empreendedores quando a usina fosse leiloada. (Agência Brasil Energia – 10.08.2016)

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9 CEEE Distribuição reforça rede elétrica de regiões em Porto Alegre

No último dia 3 de agosto, a CEEE Distribuição concluiu o projeto de ampliação das redes de distribuição de energia elétrica na Zona Sul de Porto Alegre. As obras executadas pela companhia beneficiam diretamente cinco bairros da Capital gaúcha. Nesse projeto, a distribuidora investiu R$ 7,4 mi. Ao longo de diversas ruas da região, foram instalados 1069 novos postes e construídos 68,4 km de redes, sendo 44,6 km de média tensão compacta e 23,8 km de baixa tensão isolada. O encerramento das obras foi marcado durante encontro do gerente regional metropolitano da CEEE Distribuição, Jeferson de Oliveira Gonçalves, com representantes das associações de moradores da regiões beneficiadas. Segundo o gerente da companhia, "essa etapa que dá mais confiabilidade e segurança à infraestrutura do sistema está concluída, mas o trabalhos junto aos bairros continuarão através do programa de manutenção preventiva executada pela Regional". (Agência CanalEnergia – 10.08.2016)

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10 RGE investe em programa de Eficiência Energética no RS

A RGE, por meio do seu PEE, está investindo R$ 1,24 mi em 11 municípios atingidos por enchentes e temporais que castigaram o Rio Grande do Sul no segundo semestre de 2015. As ações iniciaram ainda em novembro do ano passado e seguem em andamento até setembro deste ano. A principal ação realizada nesses meses foi a doação de lâmpadas com tecnologia LED aos atingidos pelas enchentes. Até o momento, a RGE entregou 8.960 lâmpadas para 1792 famílias e disseminou o uso racional e eficiente da energia, além de colaborar, com o emprego da nova tecnologia, com a redução da fatura elétrica. No total, 2,402 mil famílias de 11 cidades da região já foram contempladas. De acordo com o coordenador do PEE da RGE, Odair Deters, as ações específicas nas 11 cidades foram desenvolvidas depois e um apelo do governo do Estado para que as companhias elétricas auxiliassem os atingidos pelas cheias dos rios. Muitos municípios decretaram estado de emergência ou calamidade em 2015. "O compromisso da área de Eficiência Energética é investir nas populações de baixa renda e nos necessitados. Ficamos felizes em contribuir de alguma forma para ajudar o povo gaúcho a amenizar os problemas ocasionados pelas enchentes e temporais que assolaram nossa região", comemora Deters. (Agência CanalEnergia – 10.08.2016)

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11 Celpe participa de mapeamento de potencial de biogás por resíduos em Pernambuco

Estudo acadêmico conduzido por professores da UFPE e UPE mapeou o potencial teórico de geração de biogás a partir dos resíduos gerados em todas as regiões do Estado de Pernambuco. O trabalho resultou no Inventário da Biomassa Produtora de Biogás de Pernambuco. O trabalho foi elaborado por meio do projeto estratégico de Pesquisa e Desenvolvimento, da Celpe, regulado pela Aneel. O levantamento apontou que a biomassa formada por descartes de vegetais, dejetos de animais, resíduos sólidos municipais e lodo das estações de tratamento de esgoto, apresenta grande potencial de geração de energia na forma de gás metano. Na prática, a pesquisa acadêmica calculou o potencial teórico máximo de geração de biogás em Pernambuco em 1.595.760.431 m3/ano. Desse total, 39% são oriundos de dejetos animais, 39% de pontas e palhas da cana de açúcar e 13% de resíduos sólidos urbanos, o restante do biogás gerado é oriundo dos resíduos da lavoura temporária e permanente. O estudo será entregue pela Celpe ao Governo de Pernambuco e algumas prefeituras para auxiliar na aplicação de políticas públicas de aproveitamento do biogás. A partir dos dados levantados, foi possível construir os cenários de aproveitamento de resíduos orgânicos agropecuários e municipais para produção de energia alternativa. A pesquisa de autoria dos professores Sérgio Peres Ramos da Silva e Maria de Los Angeles Perez Fernandez Palha compõe o projeto de P&D. De acordo com o gestor de Meio Ambiente da Celpe, Thiago Caires, o objetivo é incentivar o desenvolvimento de novos projetos para aproveitamento do gás metano no estado, contribuindo com a redução da poluição atmosférica e possibilitando fomentar uma cultura de reaproveitamento dos resíduos e efluentes para geração de energia renovável. O inventário avaliou a produção de biogás, por tipo de resíduo, em todos os municípios de cada região mesorregião de Pernambuco. O estudo destaca ainda que, em geral, a biomassa produzida a partir de resíduos da pecuária e agricultura é descartada sem maiores cuidados, causando impactos ao ambiente, à sociedade e à saúde pública por conta da proliferação de insetos e roedores. A destinação para produção de energia, além de economicamente viável, tem reflexo significativo na melhoria da qualidade de vida da população. (Agência CanalEnergia – 10.08.2016)

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12 Ecom Energia estrutura área para atuar em geração distribuída

A Ecom Energia estuda um modelo de negócio inovador para aproveitar as oportunidades da geração distribuída, que está em franca expansão no Brasil. O foco está nos clientes de baixa tensão que desejam reduzir os custos com o insumo, mas não podem migrar para o mercado livre. O novo modelo de negócio deverá estar operando até o final do ano. A expectativa é que os consumidores alcancem uma redução de custo de, no mínimo, 20%. A geração distribuída foi regulamentada em 2012 com a publicação da Resolução Normativa 482. Os consumidores passaram a instalar sistemas de geração para consumo próprio e trocar o excedente produzido por crédito com a distribuidora. Segundo Márcio Sant'Anna, sócio-diretor da Ecom Energia, a oportunidade surgiu após o aprimoramento da REN 482/2012. No final de 2015, a Aneel publicou a REN 687/15 que, além de esclarecer pontos tributários, também criou novas modalidades para geração distribuída. Uma dessas modalidades é a geração compartilhada. A ideia da Ecom é reunir geradores interessados em atuar na minigeração distribuída, aquela entre 75 kWh e 5 MW. Os créditos gerados por essas usinas seriam "comercializados" com um pool de consumidores, que por sua vez utilizariam esses créditos para abater suas respectivas faturas nas concessionárias. A Ecom atuaria na gestão dessa operação. A minigeração se diferencia da microgeração por ter um porte maior e exigir investimentos mais elevados nos sistemas de geração. Com a novidade almejada pela Ecom, esses consumidores poderiam se reunir para investir nesses novos sistemas, o que seria benéfico para o movimentar o mercado, principalmente para geração fotovoltaica, ainda insipiente no Brasil. Há também uma boa oportunidade para as CGHs já em operação, que podem deixar de vender nos mercados livres e cativos para direcionar sua produção para geração distribuída, com a vantagem de evitar riscos e custos regulatórios presentes nesses ambientes tradicionais de comercialização de energia. Sant' Anna calcula que esses agentes afeririam um ganho de pelo menos 30% nas receitas. Hoje o Brasil tem 34 projetos de minigeração solar, totalizando uma potência instalada de 21 MW. A EPE estima que a energia solar vai chegar a 140 GW em 2040. A empresa pretende fazer o meio de campo para viabilizar a troca dos créditos, apoiando no desenvolvimento dos novos sistemas, fornecendo serviços de consultoria ambiental e regulatória, realizando a análise de risco, viabilizando a regularização de terrenos, negociando com fornecedores de equipamentos, bem como atuando na elaboração do projeto técnico e do modelo financeiro.Desde que a regulação foi aprimorada, a geração distribuída deu um salto importante no Brasil. Hoje são 3.565 sistemas instalados contra 1.844 em setembro de 2015. (Agência CanalEnergia – 10.08.2016)

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13 Aneel confirma multa de R$ 2,5 mi para AES Sul por problemas no fornecimento

A Aneel não aceitou o recurso interposto pela AES Sul e manteve a multa de R$ 2.571.098,86 aplicada pela Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul por interrupções de fornecimento de energia elétrica ocorridas entre dezembro de 2013 e fevereiro de 2014. A fiscalização da Agência local aconteceu em março de 2014, devido a eventos climáticos ocorridos nos meses anteriores. A fiscalização foi efetuada em razão do alto número de reclamações sobre o atendimento da empresa e a consequente repercussão dos fatos na imprensa. A fiscalização registrou sete constatações e duas não conformidades, que acabaram por justificar a multa de R$ 2.660.688,73, posteriormente reduzida para R$ 2.571.098,86. O auto de infração mostrava que 27,52% do total de ocorrências com interrupção de fornecimento identificadas no período foram restabelecidas em tempo superior ao tempo máximo de Interrupção Contínua definido pelo órgão regulador, que é de 13,06 horas. Em diversos casos, a interrupção estendeu-se por até 15 dias. De acordo com a AES Sul, os eventos foram atípicos, inevitáveis e impediram a execução normal das atividades da distribuidora. Ela pedia a transformação da penalidade em advertência. Na justificativa para manter a multa, a Aneel ressaltou que a penalidade vinha devido aos níveis de qualidade dos serviços e do fornecimento de energia relativos às condições de regularidade, continuidade e eficiência e não por violação dos limites dos indicadores de continuidade, como queria a AES Sul. O voto do diretor relator Tiago Correia também destacou que a responsabilidade da concessionária não é apenas civil, mas também administrativa e que ela tem condições de prestar um serviço adequado aos usuários. (Agência CanalEnergia – 10.08.2016)

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14 Tecnologia da Indra desenvolvida no Brasil vai ser usada na América Latina e Europa

A Indra conquistou novos contratos internacionais de implantação de sua suíte InGrid, tecnologia avançada para o controle e gestão de redes de distribuição. A suíte foi adquirida por utilities do Uruguai, Costa Rica e Polônia. O custo dos três projetos ultrapassa os € 3 milhões. A suíte InGRID oferece um modelo moderno de controle e gestão das redes de distribuição elétrica e de gás, incorporando o conceito das smart grids aos processos de planejamento, desenvolvimento, manutenção e operação da rede. Dentre as tecnologias contempladas nesta suíte encontram-se o InGRID.WFM, desenvolvido no Software Lab da Indra em Campinas (SP) e que modernizará o processo e gestão das ordens de serviço das companhias energéticas da Costa Rica e Polônia, e o InGRID.MDM, que se encarregará da modernização dos medidores da elétrica do Uruguai. Na Polônia e na Costa Rica, a Indra fornecerá seu sistema InGRID.WFM. A solução facilita a otimização e automatização do processo e gestão das ordens de serviços pelas equipes de campo utilizando smartphones, melhorando a produtividade das equipes de trabalho e reduzindo o tempo utilizado para atender seus clientes. O contrato com o Instituto Costarricense de Acueductos y Alcantarillados vai facilitar a automatização das ordens de serviço no sistema comercial integrado da companhia de saneamento. A solução InGRID WFM também foi implantada na KPLC, a empresa elétrica do Quênia. O projeto, concluído no primeiro trimestre de 2016, permite a gestão automatizada, via dispositivos móveis, de ordens para a instalação e mudança de medidores, cortes e reconexões por falta de pagamento e inspeções, entre outros. (Agência Brasil Energia – 10.08.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Números dos reservatórios pelo Brasil

Em mais um dia de queda em todos os reservatórios, a região Sul teve o recuo mais expressivo, caindo 0,7% e deixando os seus reservatórios operando com volume de 82,6%. De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico referentes ao último dia 9 de agosto. A energia armazenada é de 16.493 MW mês e a energia natural afluente é de 6.708 MW med, que equivale a 54% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A hidrelétrica de Barra Grande está com 81,66% da sua capacidade. No submercado Sudeste/ Centro-Oeste, os níveis estão em 49,7%, recuando 0,2% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 100.755 MW med e a ENA é de 18.708 MW med, que é mesmo que 91% da MLT. A usina de Furnas está com 71,22% da sua capacidade e a de Nova Ponte está com 34,39%. No Nordeste, baixa de 0,2% nos níveis deixou os reservatórios com volume de 22,1%. A energia armazenada é de 16.943 MW mês e a ENA é de 6.708 MW med, que corresponde a 54% da MLT. A usina de Sobradinho opera com volume de 17,5%. Na região Norte, os reservatórios estão com volume de 52,3%. Houve recuo de 0,2% em relação ao dia anterior. A energia armazenada é de 7.864 MW mês e a ENA é de 1.312 MW med, o mesmo que 49% da MLT. A usina de Tucuruí registra volume de 80,85% da sua capacidade. (Agência CanalEnergia – 10.08.2016)

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2 Jose Marengo: uso das séries históricas para dimensionar estas usinas deve ser revisto

Segundo Jose Marengo, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, “o início da estação chuvosa amazônica e a duração da estação seca tem uma variabilidade temporal e espacial forte, um forte impacto sobre os aerossóis, os ecossistemas, o fogo, os fluxos de carbono, duração da estação seca, agricultura e energia hidrelétrica. Embora vários estudos tenham discutido aspectos de observação e de modelos do início da estação chuvosa na Amazônia, usando uma variedade de indicadores climáticos, trabalho de modelagem ainda se mostram incerteza na determinação do início da estação chuvosa. Duas grandes secas ocorreram na região em 2005 e 2010 na região foram caracterizados como sendo inícios atrasados da estação chuvosa e/ou prolongamento das estações secas. Os estudos de observação no sul da Amazônia sugerem que a estação seca tem aumentado no comprimento em cerca de um mês. Estes eventos destacam a urgência para melhorar a nossa compreensão e capacidade de projetar a temporada e seca e o início das chuvas, não apenas do lado da modelagem, mas também no lado observacional”. Para Marengo essa conclusão é “importante para as usinas hidrelétricas com pouca regularização instaladas e previstas na bacia amazônica”. (Linkedin – Jose Marengo – 10.08.2016)

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Energias Renováveis

1 Eólicas têm recorde de geração em julho

A fonte eólica alcançou recordes de geração em julho, segundo informações do ONS. No dia 31/7, as eólicas foram responsáveis pelo atendimento de 56% da carga diária do Nordeste, com geração de 4.713 MWmed e fator de capacidade de 61%, contra recorde anterior de 4.605 MWmed, verificado em 30/6. Além disso, o Nordeste registrou recorde de geração instantânea por fontes eólicas, com 5.232 MW, equivalentes a 67% da carga do momento, contra 5.088 MW, com fator de capacidade de 71%, apurados no último dia 1º/7. O subsistema Sul também registrou recorde de geração eólica instantânea. Em 26/7, as usinas alcançaram produção de 1.462 MW, correspondendo a 12% da carga do momento, com fator de capacidade de 93,2%, ante a um recorde de 1.455 MW registrado em 16/7. Já no Sistema Interligado, as eólicas supriram 11% da carga registrada exatamente à zero hora do dia 31/7, com geração instantânea de 5.499 MW e fator de capacidade de 65%. O recorde anterior foi de 5.446 MW, em 26/6. (Agência Brasil Energia – 10.08.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Geração térmica cai 32% em junho

A geração térmica no Brasil caiu 32,4% em junho, na comparação com igual mês de 2015, totalizando 12.034 MW médios. De acordo com dados da CCEE, divulgados no boletim InfoMercado, as usinas movidas a combustíveis mais caros, óleo diesel e gás diminuíram em 73,3% e 49,1% a produção, respectivamente.O desligamento dessas térmicas foi possível com a relativa melhora dos níveis dos reservatórios e a queda recente no consumo de energia. Mesmo assim, as térmicas de todos os combustíveis corresponderam a 20,3% da energia gerada em junho, um total de 59.258 MW médios. O volume é 1,2% superior aos 58.567 MW médios gerados no mesmo período de 2015. Já a geração hidráulica, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) somou 70% de toda energia entregue ao SIN e as usinas eólicas, por sua vez, foram responsáveis por 6,1% do total produzido no período. No período, o consumo de energia no SIN, em junho, alcançou 59.210 MW médios, com queda de 0,9% no mercado cativo e aumento de 6,9% no mercado livre. (Agência Brasil Energia – 10.08.2016)

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2 Comgás conecta 114 mil consumidores em um ano

A Comgás encerrou o segundo trimestre com pouco mais de 1,6 milhão de consumidores, aumento de 7,5% na comparação com o mesmo período de 2015. Com o resultado, a empresa caminha para cumprir a projeção de 1,7 milhão de clientes ao final de 2016. A variação positiva nos trimestres representa conexão de 114,7 mil novos clientes, dos quais 28 mil são residenciais, 370 são comerciais e 25, industriais. O volume de vendas de gás, porém, diminuiu 6,5% no período, pressionado pelo baixo consumo industrial. Excluída a termogeração, o total ficou em 1,03 milhão de m³, dos quais 820,1 mil m³ foram destinados às indústrias. Os setores de cogeração e automotivo também caíram 9,6% e 4,7%, respectivamente, para 69,5 mil m³ e 48,4 mil m³. Na contramão, o setor residencial aumentou 6%, para 60,7 mil m³, puxado pela expressiva conexão de novos consumidores, enquanto o segmento comercial cresceu 2,6%, para 33,3 mil m³. O lucro líquido da companhia alcançou R$ 330,4 mi, aumento de 53,3% na comparação trimestral. A receita operação líquida ficou em R$ 1,4 bi, queda de 10,6%, enquanto o ebitda fechou o período com crescimento de 35,4%, para 641,2 mi. Os investimentos totalizaram R$ 109,3 mi, baixa de 10,7%. (Agência Brasil Energia – 10.08.2016)

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Grandes Consumidores

1 Programas para química e mineração podem contemplar eficiência energética e renováveis

Dois programas que terão financiamento da Finep e do BNDES vão financiar projetos sustentáveis, que incluem ações de eficiência energética nos setores químico e de mineração. Os dois planos prevêem recursos que totalizam R$ 3,58 bi. O Padiq selecionou 27 projetos que somam R$ 2,4 bi em investimentos. Entre os planos selecionados estão investimentos para o desenvolvimento de fibras de carbono para uso em várioss setores, como os de petróleo e gás e eólico. Já o Plano de Desenvolvimento, Sustentabilidade e Inovação no Setor de Mineração e Transformação Mineral (Inova Mineral) lançou edital para a seleção de planos de negócios que receberão um total de R$ 1,18 bi. De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, o Inova Mineral apoiará, entre outras iniciativas, planos de negócios para desenvolver tecnologias de produção de materiais usados na geração solar e eólica, e em dispositivos acumuladores de energia, essenciais, por exemplo, para o desenvolvimento do mercado de carros elétricos, por exemplo. (Agência Brasil Energia – 10.08.2016)

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2 Gerdau tem queda de 30,6% no lucro do 2º tri sobre um ano antes

O grupo siderúrgico Gerdau teve queda de 30,6% no lucro líquido do segundo trimestre, pressionado por resultado operacional mais baixo e maiores despesas financeiras. O balanço, porém, marcou forte avanço sobre o lucro do primeiro trimestre e veio com queda na relação de endividamento da empresa. A maior produtora de aços longos das Américas teve lucro líquido de R$ 184 milhões no segundo trimestre ante resultado positivo de R$ 14 milhões nos três primeiros meses do ano. A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 1,2 bilhão, ligeiramente acima do registrado um ano antes e 29% a mais que no primeiro trimestre. No segundo trimestre, a Gerdau concluiu a venda de operações de aços especiais na Espanha, se retirando do país em meio a uma estratégia para se concentrar em ativos de mais rentabilidade. O valor da operação foi de € 155 milhões, cerca de R$ 621 milhões. Porém, como resultado da operação, a Gerdau reconheceu despesa de R$ 105 milhões. A Gerdau produziu 4,3 milhões de toneladas de aço no segundo trimestre, uma queda anual de 2,9% e avanço de 3,6% sobre o primeiro trimestre deste ano. A receita líquida de R$ 10,25 bilhões de abril a junho foi 4,7% menor que um ano antes, mas 1,6% maior que a do primeiro período de 2016. A companhia reduziu despesas com vendas, gerais e administrativas em 9,3% sobre o segundo trimestre do ano passado e em 10% sobre os três primeiros meses deste ano. A relação de endividamento medida pela dívida líquida sobre Ebitda em reais caiu de 4,1 vezes no primeiro trimestre para 3,6 vezes ao final de junho. Em dólares, a relação passou de 4 para 4,1 vezes. Considerando apenas as operações da Gerdau no Brasil, a margem Ebitda passou de 9,2% para 13,2% entre o final de março e junho, mais perto dos 14,7% do segundo trimestre do ano passado.

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Economia Brasileira

1 Na União, déficit atinge R$ 38,5 bi no semestre

O déficit da previdência dos servidores públicos da União, incluindo militares, somou R$ 38,5 bi no primeiro semestre deste ano ante R$ 36,5 bi no mesmo período de 2015. Os dados foram retirados do Relatório Resumido de Execução Orçamentária, referente ao mês de junho, do Tesouro Nacional. O chamado Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) da União é alvo de críticas por envolver valores expressivos para atendimento de cerca de um milhão de pessoas. Em 2015, o rombo chegou a R$ 72,5 bi. A elevada despesa também está sendo discutida no âmbito da reforma da Previdência Social que o governo do presidente interino Michel Temer pretende encaminhar ainda este ano ao Congresso Nacional. Uma das ideias é unificar gradualmente as regras de aposentadoria dos servidores públicos e dos trabalhadores da iniciativa privada. Dados do Tesouro Nacional mostram que o rombo do INSS foi de R$ 60,4 bi nos acumulado dos primeiros seis meses deste ano para pagar algo em torno de 28 mi de benefícios. No mesmo período de 2015, esse déficit totalizou R$ 33,7 bi. (Valor Econômico – 11.08.2016)

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2 IBGE: Energia elétrica deve contribuir com desaceleração do IPCA

A energia elétrica deve continuar a contribuir para frear o avanço da inflação em agosto afirmou a coordenadora da Coordenação de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos. Segundo ela, estão programadas reduções nas tarifas de energia elétrica residencial de 7,5% em Belém e em Vitória, ambas a partir de 7 de agosto. Ao mesmo tempo, ainda haverá algum impacto do recuo autorizado de cerca de 7% na energia elétrica em São Paulo, que começou a vigorar em 4 de julho. O único aumento de preço monitorado programado para agosto é de taxa de água e esgoto em Vitória, de 10,87%, a partir de 1º de agosto, informou ela. Segundo Eulina, o IPCA poderia ter sido maior em julho não fosse a energia elétrica mais barata no mês. Ela informou que a tarifa de energia elétrica ficou 3,04% menor em julho, puxada pelas quedas nas tarifas de energia em Curitiba (-11,17%), São Paulo (-5,74%), e Porto Alegre (-0,29%). São Paulo foi o principal impacto de queda na energia. Eulina lembrou que a região metropolitana representa um terço do total do indicador. Além disso, somente energia elétrica tem peso de 3,62% na inflação de São Paulo apurada pelo IPCA. Isso fez com que a inflação na região ficasse abaixo da média nacional (0,52%), com aumento de 0,33% em julho. “A energia elétrica em São Paulo foi um dos grandes fatores que contribuíram para que a taxa do IPCA não subisse mais”, resumiu ela. Preços monitorados Em julho, os monitorados caíram 0,1%, contribuindo para frear o IPCA do mês, que ainda assim foi forte, de 0,52%. A energia elétrica caiu 3% no período. Ainda no mês passado, a manutenção da taxa negativa no preço da gasolina, ainda que menor (de -1,22% para -0,39%), também ajudou a segurar o avanço do IPCA. (Valor Econômico – 10.08.2016)

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3 Inflação sobe mais para os que ganham menos, diz IBGE

A inflação de julho, divulgada hoje (10) pelo IBGE, fechou o mês com alta maior para as famílias de menor renda, de 1 a 5 salários mínimos. Enquanto o IPCA – a inflação oficial do país e que mede a variação de preços juntos às famílias com renda de até 40 salários – registrou em junho variação de 0,52%, o INPC, que mede a variação das famílias com renda de até 5 salários, variou 0,64%, resultado 0,12 ponto percentual acima. O resultado do INPC de julho é 0,17 ponto percentual superior ao de junho: 0,47%. Com o resultado, o acumulado no ano foi para 5,76%, bem menos, no entanto, do que os 7,42% de igual período de 2015. Considerando os últimos doze meses, o índice está em 9,56%, pouco acima dos 9,49% relativos aos doze meses imediatamente anteriores. Em julho de 2015, o INPC foi de 0,58%. Os produtos alimentícios acusaram alta de 1,63% em julho, enquanto em junho a variação foi de 0,83%. O agrupamento dos não alimentícios teve variação de 0,18% em julho, abaixo da taxa de 0,31% de junho. Dentre os índices regionais, o maior foi o de Goiânia, com 1,03%, sob pressão da alta de 2,69% dos alimentos comprados para consumo em casa, taxa que ficou acima da média nacional (2,04%), além da água e esgoto (8,79%), com reajuste de 9,10% a partir de primeiro de julho. O menor índice foi o de Curitiba (0,04%), sob influência da queda de 11,58% no item energia elétrica, que refletiu a redução de 13,83% nas tarifas em vigor a partir de 24 de junho. Com a mesma metodologia, números de regiões metropolitanas e periodicidade, o INPC se diferencia do IPCA no rendimento familiar. Envolve apenas famílias com rendimento de até 5 salários mínimos. (Agência Brasil – 10.08.2016)

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4 Produção industrial sobe em junho em 9 entre 14 locais, aponta IBGE

A produção industrial aumentou em nove de 14 locais entre maio e junho, na série com ajuste sazonal, informa o IBGE. As maiores altas ocorreram no Rio de Janeiro (5,7%), Santa Catarina (5,4%), Pará (4,9%), Rio Grande do Sul (4,6%) e Paraná (3,5%). Ceará (2%), São Paulo (1,5%), Goiás (1,4%) e Pernambuco (1,2%) completaram o conjunto de locais com índices positivos no sexto mês deste ano. Na média nacional, a produção cresceu 1,1% no período. Ainda em junho, Espírito Santo (-9,8%) apontou o resultado negativo mais acentuado, eliminando o crescimento de 5,6% verificado no mês anterior. As demais taxas negativas foram assinaladas por Bahia (-1%), região Nordeste (-0,3%) e Amazonas (-0,3%), enquanto Minas Gerais (0,0%) repetiu o patamar registrado em maio. Perante o sexto mês de 2015, a produção da indústria caiu em 11 dos 15 locais pesquisados. Vale notar que junho deste ano teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior, informa o IBGE. No confronto anual, o recuo mais intenso foi registrado por Espírito Santo (-27,9%), pressionado pela queda na produção das indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados). (Valor Econômico – 10.08.2016)

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5 Volume de serviços cai 0,5% entre maio e junho e recua 3,4% ante 2015

O volume de serviços prestados no país caiu 0,5% em junho, ante maio, feitos os ajustes sazonais, informa a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE. Na comparação com junho de 2015, o volume de serviços caiu 3,4%, o pior resultado para o mês desde o início da pesquisa em 2012. No ano, o volume do setor cai 4,9% e, em 12 meses, também recua 4,9%. O IBGE também informou que a queda do volume de serviços em maio ante abril, de 0,1%, foi revisada para alta de 0,2%. A partir do dado de maio, a PMS passou a contar com ajuste sazonal. Na passagem de maio para junho, houve queda nos serviços prestados às famílias (-0,5%), nos serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,4%) e em outros serviços (-1,5%). O agregado especial atividades turísticas também recuou (-0,6%) no período. Em contrapartida, houve alta em transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (0,1%) e em serviços de informação e comunicação (0,2%). O IBGE também informou que a receita nominal do setor de serviços caiu 0,3% em junho, ante maio, a pior para meses de junho da série iniciada em 2012. Na comparação com junho do ano passado, houve alta de 0,6%. No ano, a receita nominal aumentou 0,2% e, em 12 meses, cresceu 0,3%. (Valor Econômico – 11.08.2016)

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6 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h46, a moeda americana marcava R$ 3,1444, elevação de 0,41%. Na quarta-feira, no fechamento, o dólar comercial caiu 0,28%, a R$ 3,1315. (Valor Econômico – 11.08.2016 e 10.08.2016)

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Internacional

1 Escócia produz energia eólica suficiente para abastecer país por 1 dia

Alguns países estão avançando rapidamente na substituição da matriz energética por fontes renováveis. Na Escócia, turbinas eólicas foram capazes de suportar toda a demanda do país por um dia, um marco no projeto de substituição dos combustíveis fósseis. De acordo com análises do WWF, os fortes ventos, de até 180 quilômetros por hora, elevaram a produção para 106% da demanda total residencial e comercial do dia 7 de agosto. “Enquanto o clima extremo no domingo provocou problemas para muitas pessoas, ele também provou ter sido um bom dia para a produção de energia eólica, com as turbinas de vento sozinhas fornecendo o equivalente a toda a necessidade energética da Escócia”, disse Lang Banks, diretor do WWF, ao “Independent”. “Este momento foi possível graças, em parte, aos muitos anos de apoio político, que fizeram com que, ao longo do ano, fontes renováveis contribuam por mais da metade das necessidades energéticas”. Por causa do vendaval, os dados mostraram que as turbinas eólicas produziram 39.545 megawatts por hora durante as 24 horas de domingo, sendo que o consumo total de eletricidade naquele dia foi de 37.202 megawatts por hora. Contudo, Karen Robinson, do projeto WeatherEnergy, que fornece informações sobre fontes renováveis de energia, destacou que além do vendaval, a marca foi alcançada pela redução da demanda que acontece durante os fins de semana, além de o consumo baixar durante o verão por causa do desligamento dos aquecedores. (O Globo – 11.08.2016)

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2 Geração de energia nuclear após Fukushima completa um ano no Japão

Há um ano, o Japão iniciou a geração de energia nuclear pela primeira vez desde o acidente em Fukushima. Em março de 2011, um terremoto de magnitude 9,0 atingiu a costa leste do Japão, desencadeando um tsunami que destruiu parcialmente a usina nuclear de Fukushima. Com as paredes do reator um da usina rachadas, material radioativo contaminou o meio ambiente, no pior desastre nuclear desde Chernobyl, na então União Soviética, em 1986. Mais de 18 mil pessoas morreram no tsunami e milhares foram retiradas de suas casas na região próxima à usina. Mais de meia década depois da catástrofe, prosseguem as tarefas para reconstruir as zonas afetadas e cerca de 174 mil pessoas continuam sem poder voltar para casa em razão da destruição causada pelo Tsunami ou pela poluição radioativa emanada da central. A recuperação das Prefeituras de Iwate e Miyagi, onde a onda gigante deixou mais mortos, desacelerou pela dificuldade técnica e o custo para construir novas casas em zonas mais elevadas sobre o nível do mar – medida preventiva perante a possibilidade de outros tsunamis. Na Prefeitura de Fukushima, a situação é mais complexa e não há sinais de solução para as milhares de pessoas que seguem deslocadas pela catástrofe nuclear, justamente em razão dos altos níveis de radiação que fazem com que seis municípios estejam ainda inabitáveis. A central também enfrenta um longo e incerto processo de desmantelamento, uma tarefa que se prolongará entre três e quatro décadas à qual se somam os problemas de conter os vazamentos de água radioativa e retirar e armazenar o combustível nuclear. (O Estado de São Paulo – 10.08.2016)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 EDITORIAL. “Ajuste no modelo de compra de energia”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 11 de agosto de 2016.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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