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IFE: nº 4.151 - 10 de agosto de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Inadimplência segue crescente no mercado de curto prazo
2 Aneel prorroga audiência pública sobre registros de contratos no MCP
3 Aneel prorroga por 30 dias audiência pública sobre garantias financeiras
4 União Europeia e Brasil buscam acordos de eficiência energética
5 Aneel analisa a capacidade instalada as usinas hidrelétricas e suas projeções
6 Artigo de Daniel Rittner: “O pulverizado lobby do setor elétrico”
7 Artigo de Camila Ramos (CELA): “Novos modelos de negócio e produtos para geração distribuída”

Empresas
1 Eletrobras ganha novo prazo para explicar uso de fundo
2 Chineses cortejam controladores da CPFL em negócio de US$ 13 bi
3 Empresas chinesas registram recorde de aquisições em outros países
4 CPFL Paulista e CPFL Piratininga concluem projeto CPFL Labtech em São Paulo
5 Celesc vai investir R$ 33 mi em projetos de eficiência energética
6 Eletrosul busca parceiro para projeto de transmissão
7 Distribuidoras da Eletrobras são incluídas em programa de privatização
8 Santo Antonio Energia tem prejuízo de R$ 83,845 mi

9 Taesa termina segundo trimestre de 2016 com lucro de R$ 207,2 mi

10 Taesa vê melhores oportunidades em leilões, mas não descarta M&A

11 ES registra 92 mil casos de 'gato' de energia em 2015, aponta empresa

12 Conta de energia poderia ser mais barata

13 Limites do FEC da Chesp terão nova revisão em 2016

14 Enel seleciona startups em parceria com aceleradora

15 Eletrosul tem novos diretores

16 Morre Edésio Passos, diretor administrativo de Itaipu

17 Aneel propõe alta média de 0,37% nas tarifas da CEB, do DF

18 Audiência debate revisão de indicador de qualidade da Chesp (GO)

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 ONS: Eólica bate recorde de geração em julho
3 Novas usinas devem ultrapassar 10 GW em 2016, superando previsão inicial

4 Desligamento em SE da Ampla interrompe carga em São Gonçalo e Niterói

Meio Ambiente
1 MAB fecha estrada contra aumento do reservatório da hidrelétrica em RO

Energias Renováveis
1 NE tem recorde de geração eólica em 31 de julho, segundo ONS
2 Total inaugura primeiro projeto solar no Brasil
3 Aneel libera início das operações em teste na EOL Testa Branca III

4 MME enquadra eólicas da Bahia no Reidi

Gás e Termelétricas
1 Lucro da Comgás aumenta 53,3% no segundo trimestre
2 Bolognesi aproveita sobrecontratação para adiar operação de térmicas a gás
3 GasBrasiliano fecha julho com 18 mil clientes
4 Aneel estabelece CVU da térmica Edifício Rochaverá

Grandes Consumidores
1 Vale prevê investimentos de US$ 5,5 bi a US$ 6 bi em 2016
2 Vale reforça intenção de vender parte de negócios de minério de ferro

Economia Brasileira
1 Varejo reage em junho e indica 2º semestre melhor
2 Cai percentual de famílias paulistanas endividadas, nota FecomercioSP

3 IPC-Fipe perde força na primeira leitura de agosto
4 IGP-M fica estável no início de agosto
5 IPCA acelera para 0,52% em julho e tem alta de 8,74% em 12 meses
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina cria fundo público para o desenvolvimento das renováveis
2 E.ON reverte lucro e perde 3 bi de euros no 1º semestre

Biblioteca Virtual do SEE
1 RITTNER, Daniel. “O pulverizado lobby do setor elétrico”. Valor Econômico. São Paulo, 10 de agosto de 2016.
2 RAMOS, Camila. “Novos modelos de negócio e produtos para geração distribuída”. FotoVolt. Ano 2, no 5. Aranda Editora. São Paulo, 10 de agosto de 2016.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Inadimplência segue crescente no mercado de curto prazo

A inadimplência segue crescente no mercado de curto prazo. Em junho, dos R$ 2,53 bi contabilizados, apenas R$ 570 mi foram liquidados, segundo a CEE em boletim divulgado em 9 de agosto. Do valor não pago, R$ 390 mi integram a quantia remanescente do acordo de parcelamento do GSF e R$ 430 mi representam inadimplência. Além disso, há R$ 1,14 bi que está impedido de ser cobrado porque os agentes estão protegidos por liminares vigentes relacionadas ao GSF. A operação envolveu 3.684 agentes, sendo 1.420 credores e 2.264 devedores. Somados os montantes financeiros pagos nas cinco liquidações deste ano, já foram quitados R$ 2,66 bi, o que representa 87% dos valores da repactuação do GSF. Até o momento, 39 agentes já quitaram o valor total repactuado. Os outros 17 agentes que optaram pelo parcelamento terão que liquidar suas dívidas nas liquidações financeiras subsequentes. Em virtude dos recursos pagos pelos agentes devedores, foi possível operacionalizar todas as decisões judiciais vigentes que determinaram a preferência do recebimento dos recursos financeiros, além do repasse do montante restante aos demais agentes sem proteção judicial desta natureza. A CCEE também promoveu a liquidação financeira referente à Conta Bandeiras. Na liquidação referente aos recursos de bandeiras tarifárias na contabilização de junho 2016, houve aporte de R$ 1.373.983,81 pelas 38 distribuidoras e permissionárias devedoras na Conta, com pagamento do prêmio de risco hidrológico no valor de R$ 17.265,32 aportados pela Tocantins Energética (PCH Dianópolis). Os recursos foram repassados pela Conta Bandeiras a quatro distribuidoras credoras, conforme estabelecido no Despacho SGT/Aneel nº 2.045/16. Mensalmente, a Aneel define como deve se dar o rateio dos recursos arrecadados com a cobrança das bandeiras tarifárias nas contas de luz e do prêmio de risco hidrológico entre as concessionárias e permissionárias de distribuição, sendo a CCEE responsável por essa operacionalização. (Agência CanalEnergia – 09.08.2016)

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2 Aneel prorroga audiência pública sobre registros de contratos no MCP

A Aneel decidiu prorrogar a audiência pública que trata da minuta da resolução normativa resultado das audiências públicas 042/2015 e 043/2015. As audiências receberam contribuições às propostas de regulamento que altera disposições sobre as garantias financeiras associadas à liquidação do MCP no âmbito da CCEE, e que dispõe sobre a divulgação de informações associadas à comercialização, respectivamente. A principal alteração proposta no dispositivo sobre garantias financeiras refere-se ao aprimoramento do mecanismo de homologação do registro dos contratos no MCP. Adicionalmente será organizado um Cadastro Positivo para reduzir a assimetria de informações entre os agentes do mercado. (Agência CanalEnergia – 09.08.2016)

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3 Aneel prorroga por 30 dias audiência pública sobre garantias financeiras

A Aneel prorrogou a audiência pública que trata das garantias financeiras das operações do mercado de curto prazo, da homologação de registros de contratos e da divulgação de informações, por meio da criação do Cadastro Positivo da CCEE. O prazo da AP 43, que havia encerrado nesta segunda-feira, 8 de agosto, será reaberto na quarta-feira, 10, e as contribuições serão recebidas até 8 de setembro. (Agência CanalEnergia – 09.08.2016)

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4 União Europeia e Brasil buscam acordos de eficiência energética

Como parte de um programa de aumento de sustentabilidade ambiental global e de acesso a novos mercados internacionais para suas pequenas e micro empresas (PMEs), a União Europeia lançou projeto no Brasil que visa fomentar a cooperação tecnológica na área de eficiência energética entre empresas europeias e brasileiras. O projeto, denominado Low Carbon Action Business in Brazil (LCBA), começou nesta semana (8 a 12 de agosto) em São Paulo com uma rodada de negócios entre 38 empresas nacionais e 17 europeias especializadas em eficientização energética de edificações. Para centralizar as ações, que envolverão ainda mais encontros empresariais até o final de 2017 em áreas-chave para a baixa emissão de carbono (atividades florestais, agricultura, processos industriais, produção e consumo de energia, biomassa, gestão de resíduos sólidos, aquicultura e eficiência energética na indústria), a União Europeia delegou a um consórcio de empresas internacionais de consultoria a gerência de um escritório da LCBA, em São Paulo. Segundo Gustavo Arnizaut, especialista em comunicação e matchmaking (realização de rodadas de negócios), o objetivo é ao final da missão criar 80 cooperações tecnológicas, aproximadamente dez em cada área, a partir do que, em uma segunda fase, a União Europeia planeja ceder assistência técnica e o apoio financeiro necessário para os acordos deslancharem no Brasil. Participarão de todos os encontros 720 pequenas e médias do Brasil e dos 28 países-membros da comunidade europeia. As nacionais precisam se inscrever no site do LCBA para o processo de seleção. Está prevista uma rodada de negócios para eficiência energética na indústria. As 38 nacionais selecionadas para a primeira missão são de todas as regiões do país e atuam na área de construção sustentável. As 17 europeias são da Alemanha, Bélgica, França, Reino Unido, Eslovênia, Espanha, Portugal, Hungria e Itália. Os acordos poderão ser feitos em várias modalidades: transferência e licença tecnológica, joint-venture, fusão e aquisição de ativos, importação/exportação, intercâmbio de pesquisa e desenvolvimento, estabelecimento de unidade de produção e de serviços, parcerias de distribuição e acordos entre redes de clusters de PMEs e de cadeias de valor da indústria. As parcerias serão acompanhadas pela União Europeia durante a formulação dos projetos conjuntos e a apresentação das propostas de financiamento. Uma ação semelhante a esta foi desenvolvida há alguns anos na Ásia. Também o México será palco da iniciativa que apoia a transição sustentável de PMEs às tecnologias de baixa emissão de carbono e a processos produtivos com eficiência de recursos. (Agência Brasil Energia – 09.08.2016)

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5 Aneel analisa a capacidade instalada as usinas hidrelétricas e suas projeções

A Aneel estima uma entrada de 10.600 MW de nova capacidade instalada em 2016. Sobre as hidrelétricas e sua contribuição para a estimativa, a agência mostra o seguinte panorama: a UTE Mauá 3, localizada no município de Manaus, deverá antecipar a operação comercial de sua primeira máquina em 14 meses. A usina de 590 MW de capacidade comercializou energia no A-5, com compromisso de suprimento em 1º de janeiro de 2019. Como o empreendimento já estava com as obras em andamento desde 2013, a previsão da SFG é que a operação da primeira máquina (189,55 MW) aconteça em outubro deste ano. A segunda máquina está prevista para maio de 2017. Lembrando que a usina é composta por três unidades de geração e utiliza o gás natural como combustível principal. Outro destaque é para a hidrelétrica de Jirau. A usina deverá terminar o ano com as 50 UGs em operação, totalizando 3.750 MW de capacidade instalada. Atualmente o empreendimento possui 42 turbinas em operação comercial, sendo que cinco delas entraram em operação comercial neste ano. Entre junho e julho foram liberadas para testes mais três máquinas. Já a hidrelétrica de Santo Antônio (3.150 MW) deverá concluir a operação de todas as máquina até março de 2017. A usina tem 44 UGs liberadas para funcionar comercialmente e outras três em comissionamento, previstas para serem concluídos neste ano. A UHE Belo Monte (11.233 MW), deverá terminar o ano com sete máquinas em operação comercial, três no sítio Belo Monte (1.833 MW) e outras quatro no sítio Pimental (155 MW), "em função do ritmo atual de obras da usina, com foco de sua força de trabalho na montagem eletromecânica". Duas unidades da cada de força principal (611,1 MW cada) e três da casa de força complementar (38,85 MW cada) iniciaram a operação comercial. Atualmente a SFG está prevendo a entrada da terceira unidade do sítio Belo Monte para outubro deste ano e mais uma do sítio Pimental para agosto. As demais devem iniciar a operação comercial entre 2017 e 2019, quando se espera a conclusão da obra. Lembrando que o projeto conta com 24 máquinas. (Agência CanalEnergia – 09.08.2016)

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6 Artigo de Daniel Rittner: “O pulverizado lobby do setor elétrico”

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Daniel Rittner trata das diversas associações do setor elétrico que lutam por influência e atenção nos gabinetes de Brasília. O autor afirma que, “nenhum outro ramo da economia tem atualmente um lobby tão pulverizado na Esplanada dos Ministérios e no Congresso Nacional”. Sedundo Ritter, “a proliferação dos lobbies (...) é parcialmente fruto da complexidade do setor elétrico. Mas não deixa de ser também um sintoma da confusão regulatória e de descontrole do governo”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 10.08.2016)

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7 Artigo de Camila Ramos (CELA): “Novos modelos de negócio e produtos para geração distribuída”

Em artigo publicado na revista Fotovolt, Camila Ramos, diretora da CELA - Clean Energy Latin America - e membro do Conselho da Absolar, fala sobre os novos modelos de negócio e produtos para a geração distribuída. Segundo a autora, “A RN 687 publicada no final de 2015 viabilizou diferentes modelos de negócio para a GD dentro do sistema de compensação de energia, o net-metering. O autoconsumo remoto, por exemplo, permite que o consumidor gere energia que pode ser utilizada para abater o consumo de outro local.” A diretora conclui que “essas novas possibilidades para GD representam uma grande oportunidade para o setor FV e para os consumidores que desejam beneficiar-se da energia FV limpa e renovável, mas não tem capital para (ou não desejam) fazer o investimento na aquisição dos sistemas FV, ou, ainda, não possuem um telhado adequado para a instalação. É um grande avanço para o País!”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 10.08.2016)

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Empresas

1 Eletrobras ganha novo prazo para explicar uso de fundo

A Aneel decidiu ontem suspender, provisoriamente, a cobrança do reembolso de valores bilionários devidos pela Eletrobras à RGR. A diretoria deu prazo adicional, até 30 de setembro, para que sejam analisados os novos argumentos apresentadas pela companhia. O caso era dado como encerrado pela Aneel, o que abria a possibilitava de nova contestação somente na esfera judicial. Em maio, a agência havia concedido o prazo de 90 dias para a Eletrobras fazer a devolução. O valor histórico é de R$ 2 bi, mas o montante atualizado atingiu R$ 8,74 bi, conforme foi registrado em balanço. O prazo adicional foi dado pela agência para que o mérito da questão, ponderado na medida cautelar protocolada pela holding estatal, fosse analisado. Foram enviadas novas alegações relacionadas a mudanças na legislação do setor a partir da sanção, em junho, da MP 706. A Eletrobras usou a mensagem de veto presidencial de emendas parlamentares e um dos artigos da lei de conversão para fazer valer seus direitos como gestora do fundo. Para a Aneel, a companhia teria se apropriado indevidamente de juros, multas e reserva de crédito recolhidos em empréstimos concedidos com recursos do fundo. Além de usar a nova legislação para legitimar as operações de crédito, a Eletrobras recorrerá ao texto da lei para garantir que os valores sejam devolvidos até 2026, com possibilidade de parcelamento anual em dez vezes. O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, afirmou que o prazo adicional servirá justamente para analisar as reais implicações da nova legislação. Ele frisou que a autarquia discorda da redação aprovada, onde prevaleceu a visão da estatal e do MME na negociação com o Congresso Nacional. Boa parte dos valores contestados envolve recursos da RGR que foram usados pela Eletrobras e deveriam ser devolvidos na privatização de distribuidoras que assumiu no processo de federalização na década de 1990. Ontem, Rufino afirmou que a Eletrobras sempre teve uma "porção benesses" na gestão dos recursos do fundo e ainda "administrava mal" o dinheiro. Ele considerou inadmissível o fato de a companhia não ter se preocupado em recompor os valores ao longo do tempo. A partir de janeiro de 2017, a gestão da RGR será feita pela CCEE. (Valor Econômico – 10.08.2016)

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2 Chineses cortejam controladores da CPFL em negócio de US$ 13 bi

A State Grid Corp. deve fazer ainda este mês uma proposta para concretizar o que pode ser o maior investimento da China no Brasil, dizem pessoas a par do assunto. A State Grid deve apresentar uma oferta pelo controle da CPFL Energia SA e sua subsidiária CPFL Renovável, tentando concluir uma aquisição avaliada num total de US$ 13 bi, incluindo dívidas. A compra total da CPFL pode trazer capital estrangeiro novo ao Brasil em meio a uma das recessões mais profundas de sua história. A CPFL foi privatizada durante as transformações econômicas dos anos 90. Hoje, ela é formada por dezenas de empresas de energia e uma das maiores concessionárias do país, fornecendo energia para mais de 500 municípios nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais. A State Grid está cortejando agora outros grandes acionistas, como a Previ que possui 29,4% da CPFL. A direção da Previ afirmou que está avaliando a oferta. A estatal chinesa está otimista que conseguirá o controle acionário da empresa brasileira. Se isso ocorrer, ela terá, por lei, que estender a oferta a todas as ações restantes, pelo mesmo valor. Comprar ativos de energia elétrica no exterior é parte da estratégia do governo chinês para exportar sua experiência na área de infraestrutura. A State Grid está particularmente interessada em levar seu conhecimento sobre transmissão de energia de longa distância e de ultra-alta tensão para novos mercados. As enormes distâncias entre as usinas hidrelétricas do Brasil e as grandes cidades tornam o país ideal para a tecnologia da China. A State Grid já fez uma parceria com a brasileira Eletrobras para conectar uma usina hidrelétrica de US$ 16 bi na Floresta Amazônica à rede elétrica nacional. (Valor Econômico – 10.08.2016)

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3 Empresas chinesas registram recorde de aquisições em outros países

As empresas chinesas vêm registrando um recorde de aquisições em outros países neste ano. Os negócios já somam US$ 159,4 bi até agora, incluindo US$ 12 bi em empresas de energia e outros serviços públicos, segundo a Dealogic. O Brasil tornou-se um fornecedor importante de matérias-primas para a China no decorrer dos últimos dez anos. O comércio entre os dois países era mínimo na década de 90, mas em 2009 a China ultrapassou os Estados Unidos como o principal parceiro comercial do Brasil, comprando minério de ferro, soja e outras commodities. A State Grid deve apresentar uma oferta pelo controle da CPFL Energia SA e sua subsidiária CPFL Renovável. A aquisição da CPFL representaria uma ampliação dos laços econômicos com a China, que passaria de compradora de matérias-primas a dona de uma engrenagem fundamental da economia brasileira. A aquisição da CPFL também está relacionada ao momento político brasileiro. O braço de construção da holding Camargo Corrêa tem vendido ativos para captar recursos desde que foi envolvida no escândalo da operação Lava-Jato. Os porta-vozes da construtora responderam aos pedidos de comentário apenas reproduzindo afirmações dos comunicados oficias divulgados pela CPFL sobre o negócio com a State Grid. Anteriormente, a Camargo Corrêa afirmou que estava cooperando com as investigações e procurando melhorar sua governança corporativa e práticas de controle. A State Grid é a maior operadora do sistema de energia chinês e cobre 88% do país, fornecendo eletricidade para mais de um bilhão de pessoas. Ela registrou um lucro de US$ 13,1 bi no ano passado, sobre uma receita de US$ 312 bi. (Valor Econômico – 10.08.2016)

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4 CPFL Paulista e CPFL Piratininga concluem projeto CPFL Labtech em São Paulo

A CPFL Paulista e a CPFL Piratininga concluíram investimento de R$ 1,5 milhão em Escolas Técnicas (Etects) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) do Estado de São Paulo. Em parceria com o Centro Paula Souza, ligado à Secretaria Estadual de Educação, as empresas implantaram sete laboratórios didáticos de eficiência energética, possibilitando o envolvimento de 1.368 alunos desde 2014, data de início do projeto. Batizado de CPFL Labtech, o principal objetivo do projeto é desenvolver futuros profissionais com habilidades e competências para trabalhar com eficiência energética, desde a implementação de medidas de redução do consumo pela modernização de instalações e processos até a aplicação de sistemas inovadores de geração de energia. O projeto CPFL Labtech faz parte das iniciativas do Grupo CPFL no âmbito do PEE, estabelecido pela Aneel. (Agência CanalEnergia – 09.08.2016)

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5 Celesc vai investir R$ 33 mi em projetos de eficiência energética

As novas edições dos projetos Bônus Eficiente e Energia do Bem, iniciativas da Celesc para promoção da eficiência energética no Estado de Santa Catarina, contarão com recursos de R$ 33 mi. O lançamento conjunto foi realizado em ato na última quinta-feira, 4 de agosto, em Florianópolis, com a presença do governador Raimundo Colombo, do presidente da Celesc, Cleverson Siewert, e do secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Carlos Chiodini. "Nós temos que tornar todas as ações mais eficientes, as empresas precisam ser mais competitivas e os produtos precisam ser mais baratos. Estamos no meio de uma crise. E a busca por essa maior eficiência passa pela questão energética", destacou Colombo. No caso dos programas da Celesc, o governador lembrou que a maior eficiência energética vem acompanhada de uma contrapartida social muito forte, como a troca de equipamentos em residências catarinenses e o repasse de recursos para entidades sociais. "Juntas, as duas iniciativas vão atender cerca de 30 mil famílias, cujo maior benefício será a redução da conta de energia em até 30%. Estamos caminhando fortemente em direção ao benefício do sistema elétrico e do desenvolvimento social e ecologicamente correto do setor", ressaltou o presidente da Celesc, Cleverson Siewert. (Agência CanalEnergia – 09.08.2016)

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6 Eletrosul busca parceiro para projeto de transmissão

Eletrosul busca se desfazer de pelo menos 51% de participação em um projeto de transmissão no Mato Grosso, previsto para ser implantado até março de 2018. A companhia lançou, no fim de julho, chamada pública para selecionar interessados em parcerias para desenvolver o projeto ou adquirir todo o negócio. O empreendimento envolve a construção de duas linhas de transmissão e uma subestação, com investimentos previstos de R$ 206,2 mi, a valores de novembro 2014. As empresas interessadas no negócio deverão enviar os documentos necessários para o cadastramento até 26 de agosto. Em uma etapa seguinte, cujo prazo ainda será definido, as companhias deverão apresentar as propostas. Os critérios de seleção dos potenciais parceiros será, primeiro, o maior percentual pretendido pelos investidores no empreendimento e, depois, o valor de financiamento do "equity" da Eletrosul no projeto. O projeto foi arrematado pela Eletrosul (24,5%), em parceria com Elecnor (51%) e Copel (24,5%), em leilão realizado pela Aneel, em 2014. As sócias da Eletrosul, no entanto, transferiram suas ações para a estatal. De acordo com o edital da chamada pública, a Eletrosul "poderá ainda considerar propostas que contemplem outros ativos de sua titularidade ou de suas SPEs". Na última semana, o presidente da Eletrobras contou que a empresa está avaliando se haverá a necessidade de vender participações em ativos de geração e transmissão. Isso porque a companhia contará com uma entrada de recursos, a partir de 2017, da ordem de R$ 15 bi, relativos às indenizações por investimentos não amortizados em ativos antigos de transmissão que tiverem a concessão renovada no âmbito da MP 579/2012. "A decisão que já tomamos foi fazer a privatização das distribuidoras. Agora estamos naquela fase de trabalhar o orçamento plurianual, onde vamos avaliar ainda se temos a necessidade de fazer mais desinvestimentos. Essa decisão nós não temos ainda. Está sendo objeto de estudos pela companhia", disse Ferreira Jr. na ocasião. (Valor Econômico – 10.08.2016)

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7 Distribuidoras da Eletrobras são incluídas em programa de privatização

As seis distribuidoras da região norte controladas pela Eletrobras foram incluídas no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), criado na primeira medida provisória pelo governo interino de Michel Temer. De acordo com comunicado da controladora, a inclusão no programa deve facilitar a desestatização. Na semana passada, as empresas Amazonas Energia, Eletroacre, Ceron, Cepisa, Ceal e Boa Vista Energia deixaram de ser concessionárias e viraram “fornecedoras temporárias de energia”. As companhias vão permanecer nessa condição até que o governo licite novamente o serviço ou até o dia 31 de dezembro de 2017, o que ocorrer primeiro. A intenção da Eletrobras é iniciar a venda das distribuidoras a partir do segundo trimestre do próximo ano. Os reajustes tarifários das distribuidoras ocorrerão normalmente e continuarão tendo acesso a recursos da CCC, CDE e RGR. Entretanto, a Eletrobras lembra que, conforme decisão em Assembleia Geral Extraordinária, não realizará novos aportes nas empresas durante o período de prestação de serviços de forma de temporária. (Agência Brasil Energia – 09.08.2016)

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8 Santo Antonio Energia tem prejuízo de R$ 83,845 mi

A Santo Antonio Energia teve prejuízo de R$ 83,845 mi no primeiro semestre do ano, menor do que o prejuízo de R$ 342,857 mi registrado em igual período do ano passado. Já o resultado bruto da companhia aumentou 178% no primeiro semestre, somando R$ 654 milhões. A melhora o resultado da companhia é atribuído pelo diretor financeiro e de Relação com Investidores da companhia, Luiz Pereira de Araújo Filho à redução de 58% dos custos operacionais. No período, somaram R$ 366 milhões no contra R$ 879,7 mi observados nos primeiros seis meses de 2015. A variação foi possível, segundo o diretor, tanto por conta dos menores custos com liquidação CCEE (especificamente com GSF e fator de indisponibilidade) e da adesão à repactuação hidrológica proposta pela (Aneel) no início do ano. Outro indicador impactado pela redução dos custos operacionais foi o Ebitda, que no período atingiu R$ 904,1 milhões, contra R$ 385,9 milhões. Já os investimentos feitos entre janeiro e junho deste ano somaram R$ 268,9 milhões, e foram destinados à construção e implantação da usina. O primeiro semestre da empresa também foi marcado pela conclusão da primeira fase de implantação da UHE Santo Antônio (3,568 GW), com a operação comercial da 44ª unidade geradora. Foram acrescentadas seis turbinas à atual estrutura. Em fase de testes as turbinas devem entrar em operação até novembro. A empresa é controlada por Furnas, Odebrecht, Andrade Gutierrez, FI-FGTS e Cemig. (Agência Brasil Energia – 09.08.2016)

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9 Taesa termina segundo trimestre de 2016 com lucro de R$ 207,2 mi

A Taesa terminou o segundo trimestre de 2016 com lucro de R$ 207,2 mi, recuando 13,9% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita operacional líquida ficou em R$ 323,3 mi, valor 17,6% menor que o segundo trimestre de 2016. O Ebitda da transmissora chegou a R$ 268,1 mi, caindo 21,7%. No semestre, o lucro registrado ficou em R$ 460,9 mi, 4,2% superior aos R$ 442,5 mi registrados no mesmo período do ano passado. O Ebitda teve uma leve variação negativa, recuando de R$ 640,9 mi para R$ 634 mi. De acordo com a empresa, a comparação do lucro no trimestre foi impactada pelo reconhecimento do ajuste inflacionário mensal, já que há diferença na inflação entre os dois períodos analisados. A disciplina financeira da Taesa orientada para a redução do custo da dívida, otimização da gestão do caixa e geração de retorno para os acionistas, resultou no pagamento de R$ 322,7 mi como dividendos adicionais relativos ao resultado de 2015 em abril e no pagamento de R$ 221,6 mi como dividendos intercalares e juros sobre capital próprio referente ao resultado do primeiro trimestre de 2016 em junho. (Agência CanalEnergia – 09.08.2016)

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10 Taesa vê melhores oportunidades em leilões, mas não descarta M&A

O diretor presidente da transmissora Taesa, João Procópio, disse enxergar melhores oportunidades de investimento em leilões do que por meio de fusões e aquisições (M&A). A fala do executivo veio em resposta a analistas de mercado nesta terça-feira, 9 de agosto, que sondavam o apetite da companhia para comprar possíveis ativos que vierem a serem postos à venda no mercado. Segundo Procópio, a Taesa está atenta ao movimento dessas empresas que estão em dificuldades, algumas delas em recuperação judicial e outras quase nesse patamar, mas ponderou que a companhia sempre "primou pela cautela". Para o executivo, os leilões de transmissão têm apresentado oportunidades de investimentos melhores para os seus acionistas. A empresa pretende participar do próximo certame do tipo. "Acho que a grande oportunidade no setor hoje, tanto para as empresas que estão atuando quanto as que venham atuar, é em greenfield, que o volume é muito maior. Temos um leilão na frente com investimentos a uma taxa que é muito mais significativa do que qualquer investimento em M&A que possa existir", disse Procópio. No início de agosto, a Aneel aumentou em 10,2% a Receita Anual Permitida para o próximo leilão de transmissão, para R$ 2,3 bi. Adicionalmente foram atualizados o valor do dólar, R$ 3,25, para cotações de equipamentos especiais, e os parâmetros de capital de terceiros. Nesta segunda etapa serão licitados 25 lotes de empreendimentos, com expectativa de investimentos da ordem de R$ 12,6 bi e geração de 25.780 empregos diretos. Serão licitados 6.800 km de linhas de transmissão e 8.200 MVA em capacidade de subestações. Procópio reconheceu que hoje há muita dificuldade em encontrar construtoras com capacidade para executar todas as obras que o setor de transmissão precisa, porém o executivo entende que o prazo estipulado no próximo leilão é suficiente para cumprir todos os compromissos. As instalações de transmissão deverão entrar em operação comercial no prazo de 42 a 60 meses a partir da assinatura dos respectivos contratos de concessão, prevista para 25 de novembro de 2016. Sobre o BNDES, que decidiu reduzir sua participação no financiamento dos projetos de 70% para 50%, Procópio disse que a Taesa ainda está avaliando o impacto dessa mudança no retorno dos empreendimentos a serem licitados. (Agência CanalEnergia – 09.08.2016)

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11 ES registra 92 mil casos de 'gato' de energia em 2015, aponta empresa

Durante o ano passado, um a cada 16 imóveis no Espírito Santo foi flagrado com algum tipo de fraude no sistema elétrico. É o famoso “gato” de luz. No período foram registrados 92 mil casos, que juntos totalizam o consumo de energia equivalente ao da cidade de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do estado, durante um ano. A maior parte das ligações clandestinas encontradas no ano passado – 75 mil – são “gambiarras” feitas diretamente nos postes. E foram mais frequentes nos bairros periféricos. “Há muitos casos de reincidência”, acrescenta Evandro Scopel, gestor executivo da EDP, concessionária responsável pelo fornecimento de energia no estado. Já os furtos irregulares, feitos no medidor (relógio) ou no ramal (ligações de acesso ao medidor), representaram 17 mil casos. Algumas, mais bem elaboradas, indicam um conhecimento técnico de quem praticou o crime. De acordo com Scopel, o segundo tipo de fraude acaba sendo detectada em inspeções realizadas pela empresa. São cerca de 100 mil por ano e, a cada quatro, é encontrado um indicativo de irregularidade. Em geral apontadas por variações no consumo suspeitas. São casos que ativam uma investigação da empresa no local. Não há, segundo o gestor, um perfil do fraudador no estado. “Percentualmente há registros em todos os municípios”, relata. Na Grande Vitória, onde está o maior número de usuários, é também onde há um maior número de ocorrências. Este ano já foram encontradas pela EDP cerca de 35 mil gambiarras instaladas em postes. Já as fraudes em medidores e ramais totalizaram 10 mil. No estado, a empresa possui 1.495.767 usuários. A maior parte são de residências, seguida da área rural, comércio e indústria. Segundo Scopel, não houve um aumento significativo de casos de ligações clandestinas de 2014 em diante. (G1 – 09.08.2016)

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12 Conta de energia poderia ser mais barata

A conta de energia elétrica poderia ser 4% mais barata se não tivesse nenhum roubo de energia. Os cálculos são da Abradee. “A conta podia ser 4% mais barata no Brasil todo se não tivesse nenhum roubo de energia, se o seu vizinho está furtando energia, você pode estar pagando uma parte da conta”, diz o presidente da Abradee, Nélson Leite. Evandro Scopel, gestor executivo da EDP, explica que os prejuízos com as ligações clandestinas são transferidos para as contas dos demais usuários, seguindo orientação da Aneel. “Mas as concessionárias têm metas a cumprir para combater este tipo de fraude”, destaca. Nos casos extremos, de maior prejuízo, a polícia é acionada para atuar no combate ao furto, diz Scopel. “Quando o valor é relevante a polícia é acionada para uma atuação conjunta”, explica. Furtar energia é crime previsto no artigo 155 do Código Penal e pode acarretar pena de um a quatro anos, além de multa. Este ano, dois casos se destacaram. Em um deles a proprietária de um restaurante e um hotel localizados em Guarapari, litoral do Espírito Santo, foi detida após a descoberta da fraude, por técnicos da EDP, durante uma inspeção. No Norte do estado, o diretor do Saae chegou a ser preso pelo mesmo motivo. Segundo Evandro Scopel, a maioria dos casos, como as “gambiarras” em postes, são resolvidos pela própria empresa, cujos funcionários fazem um mapeamento das áreas onde o problema ocorre. (G1 – 09.08.2016)

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13 Limites do FEC da Chesp terão nova revisão em 2016

A Aneel vai abrir audiência pública com a proposta de revisão extraordinária dos limites do FEC da Companhia Hidroelétrica São Patrício para o ano de 2016. O pedido de revisão foi feito pela distribuidora, em razão de desligamentos em instalações de transmissão da Rede Básica do Sistema Interligado. A Aneel pretende manter para este ano os mesmos limites de FEC aplicados em 2015. Para o conjunto de consumidores de Jardim Paulista o numero máximo será de 30 ocorrências no ano; para os de Rialma e Carmo do Rio Verde, de 30; para Uruana, de 36 e, para Rianápolis, de 37 desligamentos. A proposta de audiência ficará disponivel para contribuições de 10 de agosto a 9 de setembro de 2016. As metas de 2014 e 2015 já haviam passado por revisao extraordinária em 2013, por causa das interruções no suprimento de energia à Chesp. O problema será resolvido com a entrada do segundo circuito da linha de transmissão Barro Alto – Itapaci, prevista para novembro desse ano. A distribuidora atua no interior de Goiás. (Agência CanalEnergia – 09.08.2016)

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14 Enel seleciona startups em parceria com aceleradora

A Enel no Brasil e a aceleradora de startups ACE abriram inscrições para o Energy Start, aceleradora de startups da multinacional de energia. As inscrições podem ser realizadas até 15 de agosto pelos sites da Enel ou da Fundacity (plataforma de avaliação da ACE). As candidatas podem desenvolver produtos ou serviços inovadores em diversas áreas, desde internet das coisas, soluções em mobilidade, armazenamento de energia, eficiência energética e infraestrutura, até produtos ou serviços que envolvam telecomunicações, educação (ensino a distância, por exemplo) e inteligência de mercado. Startups selecionadas poderão entrar no programa em dois estágios: ACE Start, programa de até quatro meses de duração voltado para empresas em estágio de validação, ou ACE Growth, com seis meses de duração e para projetos em fase de crescimento. No processo de aceleração, as empresas contarão com mentores da Enel e de profissionais do mercado, além de uma consultoria para aprimoramento de todas as áreas. Há oportunidades para se tornar parceiras ou fornecedoras da Enel Brasil, que também se tornará sócia da startup em parceria com a ACE. (Agência Brasil Energia – 09.08.2016)

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15 Eletrosul tem novos diretores

O conselho de administração da Eletrosul aprovou nesta terça-feira (9/8), a nomeação de Jorge Andriguetto Júnior para a Diretoria de Engenharia e de Rogério Bonini Ruiz para a Diretoria de Operação. Oriundo da Copel, Andriguetto substitui Ronaldo dos Santos Custódio e Bonini, funcionário de carreira da Eletrosul, substitui Antonio Waldir Vittori. Andriguetto é Engenheiro Civil pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e possui mestrado em Engenharia Hidráulica pelo International Institute for Infrastructural Hydraulic and Environmental Engineering (IHE), da Holanda. Atuou em diversos cargos na Copel e desde 2014 vinha atuando como consultor privado na implantação de projetos de geração. Bonini também é formado em Engenharia Civil, mas pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), com mestrado em Engenharia Civil pela PUC-Rio e especialização em Estruturas pela USP e em Centrais Hidrelétricas pela Unifei. Está na Eletrosul desde 2008, sendo que recentemente estava exercendo a função de conselheiro de administração da companhia, representando os funcionários. (Agência Brasil Energia – 09.08.2016)

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16 Morre Edésio Passos, diretor administrativo de Itaipu

Morreu nesta terça-feira (9/8), aos 77 anos, em Florianópolis, o diretor administrativo de Itaipu Binacional, Edésio Passos. O executivo, que sofreu um ataque cardíaco, atuava na companhia desde 2003 e ocupava a diretoria desde agosto de 2005. Passos deixa a mulher, Cleoci e quatro filhos. Segundo Itaipu, ele já estava doente nos últimos meses. O diretor administrativo era advogado especializado em Direito Trabalhista, com atuação sindical, chegou a concorrer a cargos eletivos e foi assessor técnico do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). (Agência Brasil Energia – 09.08.2016)

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17 Aneel propõe alta média de 0,37% nas tarifas da CEB, do DF

A Aneel propôs o aumento médio de 0,37% das tarifas da CEB Distribuição, controlada pelo governo do Distrito Federal. Se confirmado, o índice entrará em vigor em 22 de outubro pela quarta revisão tarifária periódica (4º ciclo). O índice preliminar será discutido em audiência pública que será realizada entre 10 de agosto a 12 de setembro. O processo inclui a realização de uma reunião presencial aberta ao público em Brasília, no dia 25 deste mês. Ao todo, a companhia atende a cerca de 1 milhão de unidades consumidoras do DF. Se confirmado a aprovação do índice preliminar, os consumidores industriais e de estabelecimentos comerciais de grande porte (alta tensão) terão o custo da energia elevado em 3,82%. Já os consumidores residenciais e de pequenos comércios (baixa tensão) ficariam com as contas de luz mais caras em 1,39%. A cada processo de revisão tarifária periódica, a Aneel define novos limites dos indicadores de qualidade (DEC e FEC) para o ciclo de revisão que se inicia – em geral, com duração de quatro anos. Em ano de revisão periódica, as distribuidoras não têm reajuste anual. (Valor Econômico – 10.08.2016)

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18 Audiência debate revisão de indicador de qualidade da Chesp (GO)

A Aneel aprovou, em 9 de agosto, a abertura de audiência pública referente à revisão extraordinária do limite de FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por unidade consumidora) para 2016 da Chesp, em Goiás. A Chesp apresentou pedido de revisão de FEC para o ano de 2016 em razão de problemas no seu suprimento à sua área de concessão. A proposta em audiência consiste em manter para o ano 2016 os mesmos limites de FEC estabelecidos para o ano 2015. A audiência pública, na modalidade documental, receberá contribuições da sociedade entre 10 de agosto a 9 de setembro (Aneel – 09.08.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do submercado SE/CO estão operando com volume de 49,9%, recuando 0,3% em relação ao dia anterior. De acordo com dados do ONS referentes ao último dia 8 de agosto. A energia armazenada é de 101.264 MW/mês e a ENA é de 17.355 MWm, o equivalente a 91% da MLT termo armazenável no mês até o dia. A usina de Furnas está com volume de 71,58% e a de Emborcação, com 44,18%. No Nordeste, os níveis estão em 22,3%, recuando 0,1% na comparação com o nível anterior. A energia armazenada é de 11.536 MW/mês e a ENA é de 1.186 MWm, que corresponde a 34% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho está com 17,62% da capacidade. No Sul, os níveis estão em 83,3%, uma redução de 0,5% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 1.616 MW/mês e a ENA chega a 6.051 MWm, o mesmo que 52% da MLT. A usina de Barra Grande está com volume de 82,47%. Na região Norte, os reservatórios estão com 52,5% da sua capacidade de operação, mostrando recuo e 0,3% em relação ao dia anterior. A energia armazenada é de 7.901 MW/mês e a ENA é de 1.280 MWm. A usina de Tucuruí opera com 81,12% de volume. (Agência CanalEnergia – 09.08.2016)

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2 ONS: Eólica bate recorde de geração em julho

Em julho, o ONS registrou recordes de geração eólica no Nordeste, Sul e SIN. No dia 31 de julho, as eólicas foram responsáveis pelo atendimento de 56% da carga diária do Nordeste, com geração de 4.713 MWm e fator de capacidade de 61%. O recorde anterior foi de 4.605 MWm, no dia 30 de junho deste ano. Ainda no Nordeste, às 9h21m39s deste mesmo dia também foi verificado recorde de geração instantânea por fontes eólicas, com 5.232 MW, equivalentes a 67% da carga do momento, com um fator de capacidade de 67%. A marca anterior, registrada no dia 1º de julho, foi de 5.088 MW, com fator de capacidade de 71%. O subsistema Sul também registrou recorde de geração instantânea por fontes eólicas. No dia 26 de julho, às 21h22min, foi atingida a marca de 1.462 MW, correspondendo a 12% da carga do momento, com um fator de capacidade de 93,2%. O recorde anterior, de 16 de julho, foi de 1.455 MW. Já no SIN, as eólicas supriram 11% da carga registrada à zero hora, do dia 31 de julho, com a geração instantânea de 5.499 MW, com um fator de capacidade de 65%. O recorde anterior foi de 5.446 MW, no dia 26 de junho deste ano. A capacidade instalada de eólicas em operação comercial conectadas à Rede Básica no Nordeste corresponde a 6.935,6 MW; a 1.569,1 MW no Sul e de 8.504,7 MW no SIN. (Agência CanalEnergia – 09.08.2016)

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3 Novas usinas devem ultrapassar 10 GW em 2016, superando previsão inicial

O montante de potência previsto para entrar em operação comercial neste ano deverá ser superado. A estimativa atual aponta para entrada de 10.600 MW de nova capacidade instalada em 2016, ante 9.402 MW estimados no início do ano. Os dados são do mais recente Relatório de Acompanhamento de Empreendimentos de Geração, divulgado a cada quatro meses pela Aneel. Segundo a área de fiscalização da Aneel, entre 1º de janeiro e 5 de agosto de 2016 entraram em operação comercial 6.662 MW de potência instalada, o que representa cerca de 70% do total previsto inicialmente. Desse total instalado, 3.676 MW são hidrelétricas; 1.736 MW de eólicas; 1.122 MW de térmicas; 1 126 MW de PCHs. "Verifica-se que há aproximadamente 4.000 MW previstos para iniciar operação comercial e, em se confirmando, 2016 encerra com mais de 10.000 MW de novos empreendimentos em operação comercial", destaca a Aneel. Para fortalecer essa expectativa, até o início de agosto quase 1.000 MW de usinas em implantação já tinham sido liberadas para operação em teste. A operação em teste é a fase que antecede a operação comercial, situação em que a energia produzida é disponibilizada ao sistema, atendendo aos compromissos contratuais do agente. Entre 2016 e 2020, considerando os dados até o início de agosto deste ano, há uma previsão de 35.931 MW de potência a ser acrescida ao sistema elétrico brasileiro. Desses, 259,29 MW são específicos para atender aos sistemas isolados, previstos para entrar em operação entre 2016 e 2017, diz o relatório. A Aneel explica que os números apresentados no relatório contabilizam apenas as usinas com outorgas válidas. Dessa forma, não estão contabilizados empreendimentos que comercializaram energia em leilão e ainda não possuem outorga de concessão ou autorização do Poder Concedente. (Agência CanalEnergia – 09.08.2016)

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4 Desligamento em SE da Ampla interrompe carga em São Gonçalo e Niterói

Um desligamento automático na SE Zona Sul, da Ampla (RJ), às 16:47 horas da última segunda-feira, 8 de agosto, causou a interrupção de 143 MW de cargas da distribuidora nas cidades de Niterói e São Gonçalo. De acordo com informações do ONS, a causa ainda está sendo identificada. No Amapá, o desligamento automático da LT 69 kV Macapá/ Macapá II, no terminal de Macapá II, interrompeu 44 MW de cargas da CEA, afetando a capital do estado. Às 19:34 horas começou o restabelecimento das cargas, sendo que às 19:36 foram restabelecidos 38 MW e às 19:59 concluída a normalização das cargas. (Agência CanalEnergia – 09.08.2016)

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Meio Ambiente

1 MAB fecha estrada contra aumento do reservatório da hidrelétrica em RO

Cerca de 100 pessoas do MAB fecharam a entrada que leva à Usina Hidrelétrica de Santo Antônio no dia 9. Os manifestantes protestaram contra o aumento do lago do reservatório da hidrelétrica divulgado pela empresa nesta semana. Eles fecharam o local das 6h30 às 9h e seguiram para a sede do Ibama. No Ibama, eles reivindicaram uma audiência com o superintendente do órgão para tratar sobre o repasse das casas de Nova Mutum-Paraná e o projeto de aumento de geração de energia. O superintendente do Ibama em Rondônia, Renê Oliveira, informou que já se reuniu com os manifestantes do MAB. "Ficou acertado que na próxima sexta-feira (12) as famílias atingidas pelas Usinas de Santo Antônio e Jirau participarão de uma vídeo conferência com a presidente do Ibama e a diretora do licenciamento de Brasília, onde serão tratadas as reivindicações apresentadas", explicou Oliveira. O G1 entrou em contato com a Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, que afirmou que tomou conhecimento da manifestação através da imprensa e que as audiências têm por objetivo esclarecer com informações técnicas as dúvidas da população sobre a elevação da cota do reservatório, que proporcionará a geração exclusiva de energia para Rondônia e Acre. As audiências públicas obrigatórias foram marcadas pela Santo Antônio Energia com a população de Porto Velho e Jacy-Paraná para discutir sobre o aumento da geração de energia e do reservatório da hidrelétrica. (G1 – 09.08.2016)

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Energias Renováveis

1 NE tem recorde de geração eólica em 31 de julho, segundo ONS

A geração de energia eólica no Nordeste atingiu recorde de 4.713 MW médios em 31 de julho, afirmou o ONS. A marca anterior, de 4.605 MW médios, havia sido alcançada em 30 de junho. De acordo com o operador, ainda em 31 de julho, foi alcançado o recorde de geração instantânea por fontes eólicas, de 5.232 MW, às 9h21. A marca anterior era de 5.088 MW, atingida em 1º de julho. No Sul, as eólicas registraram recorde de geração instantânea de 1.462 MW, às 21h22 de 26 de julho. O recorde anterior, de 16 de julho, foi de 1.455 MW. (Valor Econômico – 10.08.2016)

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2 Total inaugura primeiro projeto solar no Brasil

A Total, uma das maiores companhias do setor de óleo e gás no mundo, anunciou recentemente o primeiro projeto de energia solar no Brasil. Fornecidos pela Sunpower, controlada do grupo francês, os 962 painéis solares da iniciativa começam a operar em dezembro, na Sociedade Hípica Brasileira, no Rio de Janeiro. “Pela primeira vez, investiremos nesta fonte de energia no Brasil, pois aqui há um enorme potencial nesta área”, afirma o diretor-geral da Total E&P do Brasil, Maxime Rabilloud, em comunicado. A Sociedade Hípica está recebendo o Club France, reduto do Comitê Olímpico da França no Rio, durante os Jogos Olímpicos, que está aberto ao público. Parte do projeto da Total é disponibilizar totens movidos à energia solar em diferentes pontos da hípica, nos quais será possível, por exemplo, recarregar celulares. (Agência Brasil Energia – 09.08.2016)

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3 Aneel libera início das operações em teste na EOL Testa Branca III

A Aneel liberou o início das operações em teste a partir de 6 de agosto na EOL Testa Branca III, o benefício foi para UG6, de 2,2 MW de capacidade instalada. A Aneel também liberou o início das operações comerciais na CGH Passo do Cervo, a unidade liberada foi a de número 1, com 0,75 MW de capacidade instalada. A UTE Klabin Celulose também recebeu a liberação para a unidade 1, com 165 MW. A UTE Manoel Urbano também poderá dar início as operações comerciais. O benefício foi para UG1 a UG5, de 0,44 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 09.08.2016)

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4 MME enquadra eólicas da Bahia no Reidi

O MME aprovou o enquadramento ao Regime Especial de Incentivos ao Desenvolvimento da Infraestrutura das EOLs Ventos da Bahia XVIII (27 MW) e Ventos da Bahia I (30 MW), localizadas no município de Mulungu do Morro, na Bahia. Em ambas, o período das obras será de 1º de maio de 2017 até 1º de novembro de 2018. Na EOL Ventos da Bahia XVIII, será investido, sem a incidência de impostos, um total de R$ 138,8 milhões, e na Ventos da Bahia I, será gasto um valor, também sem a incidência de impostos, de R$ 168,1 milhões. (Agência CanalEnergia – 09.08.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Lucro da Comgás aumenta 53,3% no segundo trimestre

A Comgás terminou o segundo trimestre do ano com lucro líquido de R$ 330,4 mi, alta de 53,3% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. O resultado refletiu, entre outros fatores, a redução do custo dos bens ou serviços vendidos, que passou de R$ 1,09 bi para R$ 729,4 mi, baixa de 49,5%. A receita líquida da companhia, por sua vez, caiu 10,6% no trimestre, para R$ 1,49 bi. A receita de venda de gás caiu 11% no trimestre, para R$ 1,39 bi, refletindo, principalmente, a redução de 5% na receita de fornecimento de gás ao segmento industrial, para R$ 996,7 mi. A companhia também apurou baixa de 20,4% na venda de gás para cogeração de energia, para R$ 57,3 mi. A queda na receita de venda de gás para termogeração de energia caiu 92,7% no trimestre, para R$ 9,8 mi. O volume total de vendas de gás pela companhia caiu 22,7%, para 1.020 milhões de m³. O destaque positivo foi a alta de 6% no consumo de energia no segmento residencial e de 2,6% no comercial. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da companhia somou R$ 641,2 mi, alta de 35,4% na comparação anual. O Ebitda normalizado, que inclui as variações da conta corrente regulatória e, segundo a companhia, reflete de forma mais adequada seu resultado, caiu 13% no trimestre, para R$ 334,3 mi. O lucro líquido normalizado caiu 24,7%, para R$ 122,54 mi. (Valor Econômico – 10.08.2016)

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2 Bolognesi aproveita sobrecontratação para adiar operação de térmicas a gás

A Bolognesi aproveitou uma mudança recente na regulação para postergar, por dois anos, a entrada em operação das térmicas a gás natural Novo Tempo e Rio Grande, cada uma com 1.238 MW. A empresa evitou um processo punitivo que poderia causar prejuízos milionários para a companhia. Segundo a empresa, hoje as térmicas estão com mais de 89% dos CCEARs renegociados com as distribuidoras. Mais de 60% desses contratos já foram formalizados junto à CCEE e os demais estão em andamento. A companhia prevê que até final de setembro concluirá a totalidade da renegociação dos contratos. De acordo com a companhia, as garantias já foram aportadas, os CCEARs foram assinados, os contratos de suprimento de gás formalizados, os licenciamentos ambientais estão em fase final, as questões fundiárias resolvidas e os contratos EPC firmados. Além disso, continua a empresa, o retorno à estabilidade econômica do país permite a retomada dos financiamentos dos projetos em condições semelhantes àquelas de novembro de 2014. A UTE Rio Grande será instalada no município de mesmo nome, no Estado do Rio Grande do Sul, enquanto a UTE Novo Tempo está projetada para ser construída em Suape, em Pernambuco. A Bolognesi já havia manifestado dificuldades para executar os projetos. Porém, o adiamento da entrada em operação para janeiro de 2021, amparado na resolução da Aneel, recoloca as usinas em plenas condições de implantação, disse a empresa. (Agência CanalEnergia – 09.08.2016)

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3 GasBrasiliano fecha julho com 18 mil clientes

A GasBrasiliano alcançou a marca de 18 mil clientes atendidos em sua área de concessão em julho, puxado pelo segmento residencial, que registrou novas ligações nos municípios de Araraquara, Ribeirão Preto e São Carlos. O segmento comercial teve 64 novas conexões no mês, enquanto que o segmento industrial teve duas novas adesões. Do total de clientes da companhia, 17.244 consumidores são do segmento residencial; 740 são comerciais, 147 industriais e a base de clientes conta ainda com 13 postos revendedores de GNV. A rede de distribuição possui extensão total de 957 km. (Agência Brasil Energia – 09.08.2016)

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4 Aneel estabelece CVU da térmica Edifício Rochaverá

A Aneel aprovou os valores de CVU da térmica Edifício Rochaverá de R$ 690,91/MWh referente à contabilização do mês de agosto. O valor será aplicado pelo ONS na próxima revisão do Programa Mensal de Operação (PMO). A Aneel também aprovou o valor de CVU da térmica Levorin de R$ 561,97/MWh, referente a contabilização do mês de agosto. O valor será aplicado pelo ONS na próxima revisão do PMO. (Agência CanalEnergia – 09.08.2016)

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Grandes Consumidores

1 Vale prevê investimentos de US$ 5,5 bi a US$ 6 bi em 2016

A mineradora Vale prevê investimentos entre US$ 5,5 bi e US$ 6 bi neste ano, se considerado um câmbio entre R$ 3,50 e R$ 3,80 por dólar, afirmou a companhia em apresentação divulgada nesta terça-feira para evento com investidores em Belo Horizonte. A companhia disse que seu projeto que mais demanda recursos, o S11D, de minério de ferro, completará a maior parte do investimento nos próximos dois anos. O complexo deve exigir US$ 2,6 bi neste ano e US$ 1,6 bi em 2017. Em 2018, são previstos aportes de US$ 600 mi e, em 2019, apenas US$ 200 mi. (O Globo – 09.08.2016)

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2 Vale reforça intenção de vender parte de negócios de minério de ferro

A Vale voltou a informar que está avaliando a venda de parte de seus negócios em minério de ferro e também em fertilizantes. A iniciativa é parte dos planos da empresa de reduzir sua dívida líquida em US$ 10 bi entre 2016 e 2017. A empresa também estuda mudanças em seus ativos de energia. “Tem muita discussão sobre venda de uma posição societária em fertilizantes. Nós estamos analisando algumas possibilidades, mas a ideia é que a gente permaneça com alguma participação no negócio, que a gente julga ser importante”, disse Rogério Nogueira, diretor de contabilidade e de relações com investidores da Vale, em reunião de Apimec com analistas e investidores realizada hoje em Belo Horizonte. Em 2015, o negócio gerou para empresa um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização de US$ 570 mi. Neste ano, o cenário mudou um pouco em função da queda dos preços do produto no mercado global. Hoje, o principal projeto da empresa com fertilizantes é em Patrocínio (MG). Com relação ao principal negócio da Vale, o minério de ferro, Nogueira afirmou, evitando dar detalhes, que a empresa também estuda se desfazer de parte de seus ativos. “Estamos olhando alguma coisa possível em minério de ferro”, disse. O objetivo é reduzir a dívida, que está em US$ 33,1 bi. “Eu diria que nossos ativos são todos muito competitivos”, acrescentou, citando como exemplos o cobre, o níquel no Canadá e o minério de ferro. “Todos têm valor comercial. A questão é como achar uma equação que nos permita fazer uma monetização, mas continuar como operador, continuar ditando o futuro desses negócios”, comentou Nogueira. Outra mudança em estudo se daria nos ativos de energia. Não é um setor que a empresa tem como principal, mas, por ser uma grande consumidora, faz há tempos investimentos na área. Vários desses ativos estão hoje na Aliança, empresa formada pela Vale e pela Cemig. “Nós ainda temos alguns ativos fora dessa joint venture”, disse o diretor. “A ideia é ter um parceiro, como a Cemig, que é um operador, que entenda do negócio. Nossa intenção é ainda trazer ativos que estão fora da parceria para um modelo tal qual esse da Cemig, ou mesmo para dentro da própria Aliança”, afirmou. (Valor Econômico – 10.08.2016)

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Economia Brasileira

1 Varejo reage em junho e indica 2º semestre melhor

Apesar de fraca e concentrada em poucos setores, a alta de 0,1% do volume de vendas do varejo restrito (exclui automóveis e material de construção) entre maio e junho, feitos os ajustes sazonais, reforçou o cenário de que haverá melhora da atividade no terceiro trimestre, após um segundo trimestre ainda negativo. Segundo economistas, a reação será bastante incipiente, uma vez que o única influência positiva para o comércio no momento é a confiança dos consumidores, enquanto o mercado de trabalho e o crédito seguem patinando. A percepção é que já houve alguma acomodação de abril a junho, período em que as vendas restritas diminuíram 0,4% em relação aos três primeiros meses do ano, feitos os ajustes sazonais, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE. A queda foi bem maior no primeiro trimestre, de 3,1%. No varejo ampliado, que inclui automóveis e material de construção, o ritmo de redução ficou quase estável na mesma comparação, ao passar de 2,1% para 2,2%. Em junho, as vendas ampliadas caíram 0,2%. Na passagem mensal, apenas quatro dos dez setores pesquisados pelo IBGE expandiram as vendas: material de construção (1,3%); artigos de uso pessoal e doméstico (0,8%); tecidos, vestuário e calçados (0,7%) e livros, jornais, revistas e papelaria (0,6%). Na outra ponta, os segmentos com maior peso na pesquisa seguiram em queda, com destaque para supermercados, que recuou 0,4% ante maio, e veículos, com retração de 1,3%. Qualquer reação sustentável do varejo restrito passa obrigatoriamente por melhora das vendas de supermercados, que representam metade da PMC restrita, destacou Isabella Nunes, gerente da coordenação de comércio e serviços do IBGE. A contínua queda na renda dos ocupados e a inflação pressionada, principalmente no ramo de alimentos, no entanto, são obstáculos ao crescimento nesse segmento, avalia Isabella. (Valor Econômico – 10.08.2016)

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2 Cai percentual de famílias paulistanas endividadas, nota FecomercioSP

Os paulistanos estão menos comprometidos com dívidas, embora o percentual de endividamento ainda seja alto. Em julho, 49,2% das famílias afirmaram possuir algum tipo de débito, queda de 4,1 pontos percentuais em relação ao mesmo mês de 2015, quando 53,3% das famílias estavam endividadas. Na comparação com junho, entretanto, houve leve alta de 0,2 ponto percentual. Os dados fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), feita com 2,2 mil consumidores pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O endividamento segue mais elevado entre as famílias com renda menor que 10 salários mínimos. Nessa faixa, 51% afirmaram possuir dívidas em julho, alta de 0,2 pontos percentuais na comparação com junho. Já entre as famílias que ganham mais de 10 salários mínimos, a parcela de endividados recuou 0,6 pontos entre junho e julho, atingindo 41,8%. Ainda de acordo com o levantamento, em julho, 37,4% das famílias disseram ter a renda comprometida com dívidas por mais de um ano, ante 40% no mesmo mês do ano passado; 22,9% possuem débitos com prazos de até três meses (sendo que em julho de 2015 eram 17,1%); 19,7% entre três a seis meses (20,8% em julho do ano passado); e 18,2% entre seis meses e um ano (19,2% em julho de 2015). (Valor Econômico – 09.08.2016)

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3 IPC-Fipe perde força na primeira leitura de agosto

Com uma desaceleração nas despesas com alimentos, habitação e queda de preços nos transportes e vestuário, o IPC-Fipe desacelerou de 0,35% para 0,24%, da última quadrissemana de julho para a primeira de agosto. Quatro das sete classes de despesas do indicador registraram taxas menores. O grupo alimentação saiu de alta de 0,78% para 0,42%, enquanto habitação passou de 0,20% para 0,01%. Transportes saiu de alta de 0,04% para queda de 0,03% e o aumento das despesas com educação cedeu de 0,88% para 0,82%. O grupo vestuário registrou uma deflação menor (de -0,98% para -0,91%), mas ainda assim contribuiu para reduzir o IPC-Fipe no período. Também tiveram taxas maiores despesas pessoais (de 0,26% para 0,43%) e saúde (de 1,46% para 1,96%). O IPC-Fipe mede a inflação na cidade de São Paulo para famílias com renda de até dez salários mínimos mensais. (Valor Econômico – 10.08.2016)

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4 IGP-M fica estável no início de agosto

O IGP-M não registrou variação na primeira prévia de agosto, após alta de 0,55% no mesmo período em julho, informa a FGV. O indicador - que serve de referência para o reajuste de contratos, como os de aluguel - foi influenciado pela queda dos preços agropecuários e industriais no atacado. O IPA, que tem peso de 60% nos IGPs, teve deflação de 0,13% na primeira prévia de agosto, seguindo alta de 0,47% na parcial do mês anterior. Os preços agropecuários recuaram 0,36%, mudando de direção em relação ao mesmo período de julho, quando tiveram alta de 0,60%. O mesmo comportamento foi observado nos preços industriais (+0,42% para -0,03%). Soja em grão (-7,21%) e farelo (-5,04%), feijão (-5,88%), carne bovina (-2,18%) e minério de ferro (-1,14%) foram as principais influências negativas. Por outro lado, houve alta de 5,64% no milho, de 5,73% no leite in natura e de 6,07% no arroz em casca. Com peso de 30% no IGP, o IPC acelerou de 0,28% para 0,33% da primeira leitura de julho para a primeira de agosto, com três das oito classes de despesa avaliadas registrando taxas mais altas. (Valor Econômico – 10.08.2016)

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5 IPCA acelera para 0,52% em julho e tem alta de 8,74% em 12 meses

A inflação medida pelo IPCA acelerou para 0,52% em julho, após se situar em 0,35% um mês antes, informa o IBGE. Em julho de 2015, houve alta de 0,62%. No ano, o IPCA acumula aumento de 4,96%, abaixo dos 6,83% registrados em igual período do calendário anterior. Nos12 meses até julho, o avanço de 8,74% ficou abaixo da taxa apurada nos 12 meses imediatamente anteriores, de 8,84%. O IPCA de julho ficou acima da média de 0,45% estimada por 23 consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data. O intervalo das estimativas ia de alta de 0,38% a 0,60%. No acumulado em 12 meses, a expectativa era de que a inflação subisse 8,66%. A maior influência para a alta do mês foi o grupo Alimentação e bebidas que respondeu por 65% da aceleração do IPCA em julho. O grupo avançou 1,32%, a maior alta para julho desde 2000, quando subiu 1,78%. O leite foi a principal contribuição individual para a formação do IPCA do sétimo mês de 2016. (Valor Econômico – 10.08.2016)

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6 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 11 horas, a moeda americana cedia 0,26%, para R$ 3,1322. Na terça-feira, No fechamento, o dólar comercial caiu 0,83%, a R$ 3,1404. (Valor Econômico – 10.08.2016 e 09.08.2016)

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Internacional

1 Argentina cria fundo público para o desenvolvimento das renováveis

O Ministério de Minas e Energia da Argentina e o Banco de Investimento e Comércio Exterior (BICE) assinaram um acordo para a criação de um fundo fiduciário público para o desenvolvimento de energias renováveis nesta terça-feira. "Esperamos fornecer toda a experiência do banco no que se refere à administração de empresas de confiança relacionadas com energia, porque entendemos a contribuição central das energias renováveis na diversificação da matriz energética nacional", disse Pablo Garcia, presidente do BICE, banco que depende do Ministério da Produção argentino. O Fundo para o Desenvolvimento de Energias Renováveis (FODER, na sigla em espanhol) permitirá empréstimos para s detentores de projetos de energias renováveis. De acordo com o Ministério da Produção, em comunicado, o fundo obterá recursos através de contribuições do governo nacional e através da emissão de títulos de dívida. Além disso, o fundo pode fazer aportes de capital e aquisição de instrumentos financeiros de dívida ou de capital próprio para a implementação e financiamento de projetos elegíveis. Poderá também dar garantias e cauções, apoiados pelo governo nacional e pelo Banco Mundial, que garantem o cumprimento dos contratos de compra e venda de energia elétrica que se inscrevam. A matriz energética atual contem 1,9% de energia renovável, porém o Governo de Mauricio Macri visa aumentar esse percentual para 4,5%. (La Razón – Bolívia – 09.08.2016)

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2 E.ON reverte lucro e perde 3 bi de euros no 1º semestre

O E.ON, acionista e ex-controlador da Eneva, registrou um prejuízo líquido de 3,03 bi de euros no primeiro semestre deste ano, revertendo lucro de 1,15 bi de euros entregue no mesmo período de 2015. Segundo as demonstrações financeiras divulgadas, a receita somou 20,25 bi de euros de janeiro a junho deste ano, queda de 11% frente igual intervalo no ano passado. As vendas de eletricidade somaram 115,7 bilhões de KWh nos primeiros seis meses do ano, recuo de 14% em base anual, enquanto as vendas de gás totalizaram 85,1 bilhões de KWh, queda de 17% também no ano contra ano. De acordo com a empresa, o prejuízo significativo do semestre foi resultado de encargos com baixas contábeis e provisões no valor de 3,8 bi de euros, referentes principalmente à cisão das operações da divisão de energia convencional Uniper, conforme aprovado pelos acionistas em junho. “A divisão Uniper está enfrentando um momento particularmente desafiador, mas nosso negócio principal entregou uma sólida performance, com uma pequena melhora no Ebit ajustado”, diz o comunicado da empresa, que acompanha o balanço. A E.ON espera que os resultados financeiros deste ano continuem a ser substancialmente influenciados pelo “ambiente de negócios difícil” na indústria de energia, mas decidiu manter as perspectivas para o período, como Ebit ajustado entre 2,7 bi de euros e 3,1 bi de euros e lucro líquido ajustado entre 600 mi de euros e 1 bi de euros. (Valor Econômico – 10.08.2016)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 RITTNER, Daniel. “O pulverizado lobby do setor elétrico”. Valor Econômico. São Paulo, 10 de agosto de 2016.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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2 RAMOS, Camila. “Novos modelos de negócio e produtos para geração distribuída”. FotoVolt. Ano 2, no 5. Aranda Editora. São Paulo, 10 de agosto de 2016.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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