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IFE: nº 4.150 - 09 de agosto de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
1 GESEL apresenta Projeto de Pesquisa “Aspectos regulatórios relacionados a perdas não técnicas em Áreas com Severas Restrições Operativas”
2 Bandeira amarela pode voltar em setembro, estima Compass
3 EPE quer dar mais atenção para geração distribuída
4 Consumo de energia em alta neste ano deve elevar os preços no mercado livre
5 Ecom Energia: preços de energia no mercado livre estão sendo influenciados por incertezas
6 Tradener defende abertura para empresas de menor porte
7 Aneel prorroga audiência sobre registros de contratos no MCP
Empresas
1
Cade aprova sem restrições compra da AES Sul pela CPFL Energia
2 Light admite avaliar venda da Axxiom
3 Eletrobras tenta anular dívida de RGR
4 Distribuidoras da Eletrobras viram fornecedoras temporárias
5 Com problemas de caixa, Eletrobras RR completa nove meses sem aplicar reajuste
6 Eletrobras Rondônia leva multa de R$ 1,16 milhão por irregularidades no atendimento
7 Lucro da Taesa cai 14% no segundo trimestre, para R$ 207 mi
8 Santo Antônio Energia reduz prejuízo em 76% no primeiro semestre
9 Fitch afirma rating ‘AA-sf(bra)’ da emissão de cotas seniores da Celg D
10 Enel no Brasil e ACE buscam startups para serem aceleradas
11 CPFL Energia lança chamada pública para eficiência operacional das distribuidoras
12 CPFL Piratininga investe R$ 10,9 mi na Baixada Santista
13 EDP adota tecnologia da última geração em veículos para serviços na rede
14 Celpa fecha acordo para rede inteligente no Pará
Leilões
1
Eólica e solar terão 1.260 projetos em leilão
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 Consumo de energia já tende à estabilidade
3 ONS: Olimpíadas sem ocorrências importantes
Meio
Ambiente
1
Belo Monte: MPF recomenda que Norte Energia forneça água para indígenas
2 Ipiranga terá pontos de recarga para veículos elétricos
Energias Renováveis
1
Brasil sobe sete posições no ranking mundial de geração eólica
2 Eólicas da Rio Energy entram no Reidi
3 Prysmian lança cabo para geração solar
Gás e
Termelétricas
1 Cade recomenda punição à Petrobras por conduta anticompetitiva em gás
2 Ex-prefeito de Espumoso pode assumir CGTEE
3 Rosatom inicia operação comercial de reator nuclear de terceira geração
4 ABCM tem novo conselho para biênio 2016/2018
Economia Brasileira
1 Balança comercial tem superávit de US$ 637 mi na 1ª semana de agosto
2 Vendas do comércio têm queda real de 2,6% no ano
3 Indicadores de julho sugerem melhora do emprego à frente, nota FGV
4 Recuo do IGP-DI em julho sinaliza desaceleração, diz FGV
5 Dólar ontem e hoje
Internacional
1 Peru impulsionará a massificação de gás no norte e sul do país
2 Peru: Tarifas mais baixam beneficiarão zonas rurais
3 BID dá crédito de US$ 143 mi a Equador para diversificação energética
4 Argentina: Mendoza lançará10 projetos de energia renovável
5 Argentina: Serão apresentados dois parques eólicos em Rivadavia
6 Espanha: O coração espanhol das turbinas eólicas no mar Báltico
Regulação e Reestruturação do Setor
1 GESEL apresenta Projeto de Pesquisa “Aspectos regulatórios relacionados a perdas não técnicas em Áreas com Severas Restrições Operativas”
No último dia 4 de agosto, uma equipe do GESEL Grupo de Estudos do Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ , liderada pelo Prof. Nivalde de Castro, coordenador do Grupo, esteve na sede da Enel Brasil, em reunião com representantes da empresa e também da concessionária de energia elétrica carioca Light. O encontro faz parte de um Projeto de Pesquisa em processo de assinatura intitulado Aspectos regulatórios relacionados a perdas não técnicas em Áreas com Severas Restrições Operativas. O Projeto é desenvolvido pelo GESEL, financiado pela Light e vinculado ao Programa de P&D da Aneel. Na Enel, Roberto Brandão, coordenador da área de Regulação do GESEL, expôs com detalhes o projeto de P&D do Grupo. Também foram apresentadas, pela Enel, as suas iniciativas de P&D na área de perdas não técnicas, realizadas em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF). Notou-se que os projetos têm alguns pontos em comum e muitas informações complementares. Como desdobramentos do evento, foram marcadas novas reuniões: uma para apresentação da equipe da UFF e outra com a diretoria da Enel para discutir com o GESEL oportunidades de inovações regulatórias de interesse da empresa. (GESEL-IE-UFRJ 09.08.2016)
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2 Bandeira amarela pode voltar em setembro, estima Compass
A Compass estima que, apesar da sobra estrutural de energia de cerca de 15 GW, a bandeira tarifária amarela pode voltar já em setembro deste ano. Isso porque o PLD da primeira semana do mês poderá atingir R$ 218/MWh, conforme simulações da comercializadora. A alta seria fruto de orientações da Aneel sobre a forma de representação da vazão da hidrelétrica de Sobradinho na modelagem do preço, o que aumentou o PLD de julho em 65%. “Outro fator também determinante para essa disparada do preço foi a recente revisão do consumo futuro de energia, que passou a ser mais otimista em relação ao crescimento da economia”, informou a Compass, em comunicado. O preço, que começou o ano em R$ 30/MWh, fechou a segunda semana de agosto em R$ 117,44/MWh em todos os submercados, de acordo com dados da CCEE. O mínimo para o acionamento da faixa amarela é de R$ 211/MWh. A bandeira amarela representa custos de R$ 1,50 por 100 kWh e foi observada apenas em março deste ano. A transição da bandeira vermelha, que vigorou desde o início da implementação do sistema em 2015, apenas foi possível com o plano do Ministério de Minas e Energia para desligamento das térmicas com alto custo de geração. Em abril, após recuperação dos reservatórios e redução do consumo, a bandeira verde entrou em vigor e está acionada até o momento, o que representa nenhum custo extra na conta de luz. (Agência Brasil Energia – 08.08.2016)
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3 EPE quer dar mais atenção para geração distribuída
O novo presidente da EPE, Luiz Augusto Barroso, afirmou que trará mais dinamismo e notoriedade a esse setor. Barroso debateu o avanço da geração distribuída no país e disse que a EPE está elaborando uma série de estudos sobre o tema – em especial sobre o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica. De acordo com ele, quando se pensa o que se quer do setor elétrico para o século XXI, a cogeração entra como uma das principais tecnologias para cobrir lacunas. Ele quer trabalhar para desenvolver esse setor ainda mais nos próximos anos. Barroso disse ainda que o setor energético vive um novo momento e deverá ter avanços significativos para que mercado e população possam contar cada vez mais com o que há de melhor no Brasil. Segundo o presidente da Cogen, Newton Duarte, é necessário que o setor olhe cada vez mais para o papel da Geração Distribuída, em especial nos grandes centros metropolitanos. Para ele, há um desequilíbrio entre a oferta e a demanda de energia, o que já levou até mesmo à já defendida campanha de uso mais racional de energia por parte do governo. Duarte pede algumas medidas para mudar o quadro, como o uso de grandes térmicas a gás natural, fomentar a cogeração fazendo uso extenso das competências regionais, como a cana de açúcar nas usinas de açúcar e álcool no centro sul e do gás natural nos grandes centros metropolitanos e promover a micro e mini geração solar, com forte fomento ao empreendedorismo privado. Dados da Cogen mostram que houve um crescimento superior a 100% no número de micro e minigeradores de energia até julho de 2016. Dentre os benefícios dessa prática para os consumidores, há a promoção da diversidade em um mercado de energia competitivo, a menor volatilidade nos preços de energia, além da redução da emissão de carbono com a utilização de fontes renováveis. (Agência CanalEnergia – 08.08.2016)
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4 Consumo de energia em alta neste ano deve elevar os preços no mercado livre
A consolidação do período seco, o fim do fenômeno climático "El Niño", caracterizado pela ocorrência de chuvas fortes no Sul, e a expectativa dos órgãos oficiais de crescimento do consumo de energia este ano podem elevar os preços no mercado livre, segundo executivos ouvidos pelo Valor. Na última semana, o ONS e a EPE ajustaram a previsão de crescimento da carga (consumo mais perdas) para 2016, passando de uma queda de 2,4% para uma alta de 1%, ante o ano passado. As duas entidades também estimam agora um crescimento de 0,5% do consumo de energia no país este ano. Na primeira semana de agosto, o PLD, que baliza o preço de curto prazo, já avançou 52%, para R$ 117,58 por MWh, devido à consolidação do período seco e ao fim do fenômeno "El Niño". O preço permanece estável para esta semana (R$ 117,44/MWh). "A cada semana pode vir uma surpresa. E geralmente quando isso acontece, o mercado acaba elevando o preço de tudo, principalmente o prêmio de risco", afirmou Marcelo Parodi, diretor da Compass Energia. Para Walfrido Avila, presidente da Tradener, a revisão da projeção de carga pelo ONS era necessária, para readequar as previsões à realidade da operação nos últimos meses. Segundo o executivo, porém, o comportamento dos preços de energia no mercado de curto prazo até o fim do ano vai depender da configuração climática dos próximos meses. "Vai depender da seca que está aí. No Norte e Nordeste, é a maior seca do histórico. Eventualmente podemos ter uma surpresa [com relação aos preços] para o fim do ano, se a seca persistir". (Valor Econômico – 09.08.2016)
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5 Ecom Energia: preços de energia no mercado livre estão sendo influenciados por incertezas
Para Paulo Toledo, sócio-diretor da Ecom Energia, o recente aumento dos preços no mercado livre foi influenciado pelo descolamento da carga realizada em relação ao projetado oficialmente. Segundo ele, para 2017, os preços de energia no mercado livre estão sendo influenciados pelas incertezas relativas à sinalização de uma mudança no modelo do setor elétrico prevista para o correr nos próximos meses. Segundo o diretor-presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini, outro fator que influencia a alta dos preços no mercado livre de energia é a falta de liquidez no ambiente de negócios, pois parte do excesso da oferta está "preso" em contratos firmados entre geradoras e distribuidoras, que passaram à condição de sobrecontratadas devido à queda da demanda. "Estamos tendo uma situação contraditória. Você tem um excesso de oferta e um aumento no nível de preço", disse o executivo, em teleconferência com analistas na última semana. Por outro lado, a elevação do PLD beneficia as distribuidoras sobrecontratadas. Quanto maior o preço de curto prazo, menor é o prejuízo que essas empresas possuem ao liquidar seus contratos no mercado de curto prazo. (Valor Econômico – 09.08.2016)
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6 Tradener defende abertura para empresas de menor porte
A Tradener considera possível abrir o mercado livre para consumidores de menor porte. Atualmente esse mercado é restrito a companhias com demanda superior a 3 MW ou com demanda de 0,5 MW a 3 MW desde que atendidas por fontes alternativas . "O setor elétrico como um todo acordou para o mercado livre. Há um aumento da procura pelas empresas. O mercado está maduro. Ninguém seria prejudicado com a abertura um pouco mais gradual do mercado", afirmou o presidente da Tradener, Walfrido Avila, que passa pela sua segunda onda de migrações para o ambiente livre. Segundo o executivo, a nova equipe energética do governo tem competência para estudar a melhor forma de expandir o mercado livre de energia. "Temos que ter criatividade para dar uma solução para isso. Abrir o mercado é uma questão de competência. Estamos numa hora em que temos as melhores pessoas para fazer isso." A Tradener foi autorizada recentemente pelo governo brasileiro a realizar a exportação de energia do Brasil para a Argentina. Segundo Avila, estão sendo fornecidos ao país vizinho cerca de 500 MW médios. A energia é gerada por termelétricas que não estão sendo acionadas no sistema brasileiro. A companhia, que possui 290 clientes no mercado brasileiro, com cerca de 820 MW comercializados e 650 MW médios administrados, prevê um crescimento de 30% do número de clientes até o fim deste ano. (Valor Econômico – 09.08.2016)
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7 Aneel prorroga audiência sobre registros de contratos no MCP
A Aneel decidiu prorrogar a audiência pública que trata da minuta da resolução normativa resultado das audiências públicas 042/2015 e 043/2015. As audiências receberam contribuições às propostas de regulamento que altera disposições sobre as garantias financeiras associadas à liquidação do mercado de curto prazo (MCP) no âmbito da CCEE, e que dispõe sobre a divulgação de informações associadas à comercialização, respectivamente. A principal alteração proposta no dispositivo sobre garantias financeiras refere-se ao aprimoramento do mecanismo de homologação do registro dos contratos no MCP. Adicionalmente será organizado um Cadastro Positivo para reduzir a assimetria de informações entre os agentes do mercado. (Aneel – 09.08.2016)
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Empresas
1 Cade aprova sem restrições compra da AES Sul pela CPFL Energia
O Cade aprovou sem restrições a aquisição da distribuidora de energia elétrica AES Sul, da americana AES, pela CPFL Energia, segundo publicação no Diário Oficial da União desta segunda-feira. A transação envolve o pagamento pela CPFL de R$ 1,7 bi mais uma dívida de R$ 1,1 bi em dívidas. (O Globo – 08.08.2016)
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2 Light admite avaliar venda da Axxiom
A presidente da Light, Ana Marta Veloso, afirmou ontem que a companhia continua atenta a oportunidades de venda de ativos, mas que o único processo em curso no momento é a venda de sua participação de 15,68% na Renova Energia. A executiva, contudo, admitiu que pode estudar a venda da fatia na Axxiom, empresa de serviços de tecnologia para o setor elétrico. Segundo Ana Marta, a Light continua em conversas com potenciais interessados na Renova, mas não há nada de concreto até o momento. Com relação à Axxiom, o presidente da Cemig, Mauro Borges, afirmou que a companhia pode vender sua fatia na empresa. Com relação à Norte Energia,, Ana Marta contou que os sócios continuam buscando uma solução para destravar a tranche de R$ 2 bi do financiamento firmado com o BNDES. Enquanto isso, ela disse esperar que a nova gestão da Eletrobras equacione a questão dos aportes necessários no empreendimento. A Eletrobras, junto com a Chesf e Eletronorte, possui 49% da Norte Energia. A Light é sócia da Cemig em uma joint venture que possui 10% da hidrelétrica. Sobre o pleito de revisão tarifária extraordinária da Light, Ana Marta disse que ainda não há uma decisão final por parte da Aneel. "Continuamos confiantes e seguros de que nosso pleito encontra amparo na legislação vigente e na regulação". Caso a agência acate o pleito da distribuidora, a executiva espera que o resultado da revisão seja aplicado no reajuste tarifário da empresa, em novembro. Sobre o nível de contratação da distribuidora, Ana Marta disse que a expectativa é fechar o ano dentro dos limites regulatórios. (Valor Econômico – 09.08.2016)
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3 Eletrobras tenta anular dívida de RGR
A Eletrobras tentará reverter a condenação na Aneel sobre a dívida de mais de R$ 7 bi com a RGR. A diretoria da agência voltará a julgar o caso com a análise de novos argumentos reunidos em medida cautelar protocolada pela holding estatal. O caso já tinha sido considerado encerrado pela Aneel, após a diretoria ter negado, em maio, o último recurso na esfera administrativa. Com isso, a estatal somente poderia contestar a agência novamente no âmbito judicial. A possibilidade de retomada na tramitação do processo surgiu, em junho, com a conversão da Medida Provisória 706 na Lei 13.299/2016. A estatal pretende usar a mensagem de veto presidencial a trechos do texto aprovado pelo Congresso Nacional e um dos artigos dessa lei para voltar a defender a sua posição. Ao tomar decisão final, a Aneel argumentou que a Eletrobras fez ao longo dos anos o uso indevido dos recursos da RGR. A estatal é responsável por administrar esse fundo do setor elétrico, criado há 45 anos para indenizar concessionárias por investimentos não remunerados até o fim dos contratos. A equipe técnica da Aneel havia entendido, em posição referendada pela diretoria, que a estatal não poderia se apropriar de juros, multas e reserva de crédito decorrente de empréstimos feitos com recursos da RGR. Para a companhia, a mensagem de veto presidencial permite a cobrança de "acréscimos aplicados em mercado dos valores emprestados" como forma de ressarcir a estatal pelo "risco de crédito incorrido". Se o argumento não for acatado, a Eletrobras usará ainda o texto dessa mesma lei que abre a possibilidade parcelamento até 2026. (Valor Econômico – 09.08.2016)
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4 Distribuidoras da Eletrobras viram fornecedoras temporárias
As distribuidoras de energia do Norte controladas pela Eletrobras deixaram de ser concessionárias desde sexta-feira (5/8), com a publicação de portarias do MME no Diários Oficial da União. As empresas passaram à condição de “fornecedoras temporárias de energia”, o que significa que assumiram o serviço, enquanto este não é novamente concedido ou até o dia 31 de dezembro de 2017, dependendo do que ocorrer primeiro. Essa mudança ocorre um mês após a Eletrobras aprovar o plano de venda das distribuidoras. As empresas em questão são a Amazonas Distribuidora de Energia, Companhia de Eletricidade do Acre, Centrais Elétricas de Rondônia, Companhia Energética do Piauí, Companhia Energética de Alagoas e Boa Vista Energia. De acordo com o novo presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, a expectativa da empresa é iniciar o processo de venda das seis distribuidoras do grupo a partir do segundo trimestre de 2017, indo até o final do ano. (Agência Brasil Energia – 08.08.2016)
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5 Com problemas de caixa, Eletrobras RR completa nove meses sem aplicar reajuste
A Eletrobras Distribuição Roraima entrou em regime de administração temporária este mês sem perspectiva de solucionar o desequilíbrio de caixa agravado pelo congelamento da tarifa. “Esse valor que não recebemos e que, no ano, gira em torno de R$ 100 mi, é superior à nossa Parcela B, de R$ 70 mil, que é o que temos para investimento”, afirma o diretor comercial da distribuidora, Luiz Armando Crestana. O aumento médio de 41,52%, aprovado pela Aneel, deveria ter sido aplicado desde 1º de novembro do ano passado para os consumidores da capital do estado, Boa Vista. O reajuste produziria impacto médio de 40,33% para os clientes atendidos em baixa tensão e de 43,65% em média para aqueles conectados em alta tensão. A mobilização de políticos locais e de entidades como Procon e Ordem dos Advogados do Brasil levou à suspensão do processo tarifário dias depois. O reajuste foi considerado abusivo diante das condições precárias de fornecimento de energia no estado, e autoridades reclamaram do atraso na instalação da linha de transmissão Manaus-Boa Vista, que vai permitir a integração da capital ao SIN. Além da energia precária importada da Venezuela, Boa Vista e o restante do estado são abastecidos por termelétricas de sistemas isolados. Crestana diz que há duas liminares em vigor, resultantes de ações contra a decisão da Aneel. Com o realinhamento das tarifas no ano passado, o valor médio dos contratos de energia regulados – o ACR médio - passou de R$ 192,61/ MWh para R$ 295,10/MWh. Do índice tarifário aprovado para a distribuidora, somente 2,2% são destinados à cobertura dos gastos operacionais da empresa. Mesmo com o aumento, a tarifa de Boa Vista é a quinta mais barata entre as empresas de distribuição. Na ultima segunda-feira, 1º de agosto, a juíza Luzia Farias da Silva promoveu audiência com todas as partes envolvidas e deu cinco dias para manifestação formal da Eletrobras. A Aneel já recorreu à Justiça e a procuradoria do órgão acredita que é possível reverter a decisão. O diretor-geral da agência, Romeu Rufino, acredita que a suspensão foi baseada mais na sensibilidade política do tema que em qualquer fundamentação técnica. Ele destacou que a Amazonas Distribuidora também teve o reajuste de novembro passado suspenso pela Justiça, mas a liminar foi cassada. (Agência CanalEnergia – 08.08.2016)
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6 Eletrobras Rondônia leva multa de R$ 1,16 milhão por irregularidades no atendimento
A Eletrobras Distribuição Rondônia não conseguiu reverter a multa de R$ 2.755.262,07 a R$ 1.168.177,46 aplicada pela Aneel por falhas na qualidade do atendimento comercial da distribuidora, após fiscalização em novembro de 2014. A fiscalização da Aneel encontrou 13 constatações e 25 não conformidades. O auto de infração aplicou cinco penalidades de advertência e 14 penalidades de multa, totalizando R$ 2.755.262,07. A concessionária interpôs um recurso em março deste ano e em sede do juízo de reconsideração, reformou a decisão, alterando a multa para R$ 1.168.177,46. No recurso, a Eletrobras Rondônia alegava entre outras justificativas que algumas inconsistências a respeito da municipalidade de unidades consumidoras não existiam, que estava se adequando à metodologia de duração e frequência das reclamações e que as falhas na apresentação de faturas com prazo para vencimento menor que o estabelecido foram pontuais. A concessionária também questionava a dosimetria da multa, segundo ela de valor excessivo. Os argumentos da concessionária não convenceram a agência reguladora, que manteve a multa. (Agência CanalEnergia – 08.08.2016)
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7 Lucro da Taesa cai 14% no segundo trimestre, para R$ 207 mi
A transmissora de energia Taesa registrou um lucro líquido de R$ 207,2 mi no segundo trimestre de 2016, o que representa uma queda de 13,8% em relação ao mesmo período de 2015. Entre os principais fatores, o resultado da Taesa foi prejudicado por efeitos inflacionários sobre o ativo financeiro, que foi menor neste trimestre em relação ao mesmo de 2015, devido às quedas do IGP-M e IPCA. Na mesma base de comparação, a receita da companhia recuou 17,5%, para R$ 323,3 mi. O Ebitda caiu 21,7% , para R$ 268,1 mi. (Valor Econômico – 09.08.2016)
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8 Santo Antônio Energia reduz prejuízo em 76% no primeiro semestre
A Santo Antônio Energia registrou um prejuízo líquido de R$ 83,4 mi no primeiro semestre, reduzindo em 75,5% as perdas de R$ 342,3 mi de janeiro a junho de 2015. Segundo a companhia, concessionária da hidrelétrica de mesmo nome no rio Madeira, Rondônia, a redução do prejuízo foi provocada por melhora no resultado operacional. A receita líquida ficou estável em R$ 1,33 bi no semestre. Já os custos caíram 38,5%, impactados principalmente pela redução do valor de liquidação na CCEE, devido à queda do preço da energia spot (PLD), que passou de R$ 385,66 no primeiro semestre de 2015 para a média de R$ 48,53 no mesmo período de 2016. Com a redução de custos, o lucro operacional somou R$ 593,2 mi no semestre, contra R$ 165,7 mi um ano antes. O Ebitda) somaram R$ 904,1 mi, mais do que o dobro dos R$ 385,9 mi registrados em igual período de 2015. (Valor Econômico – 09.08.2016)
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9 Fitch afirma rating ‘AA-sf(bra)’ da emissão de cotas seniores da Celg D
A Fitch Ratings afirmou o rating nacional de longo prazo ‘AA-sf(bra)’ da primeira e da segunda série de cotas seniores da Celg distribuição Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (Celg D FIDC). A Perspectiva dos ratings é estável. Segundo a agência, o risco de crédito está atrelado ao risco de crédito da Eletrobras, em função da garantia prestada por um compromisso de subscrição de cotas subordinadas. A garantia visa manter a reserva de amortização em valor equivalente aos próximos dois serviços de dívida da classe sênior. Em caso de liquidação antecipada, a subscrição de cotas subordinadas deverá ser igual ao valor total da classe sênior em circulação. Caso a Celg D não subscreva o montante de cotas solicitado pelo administrador após cinco dias úteis da data de solicitação, a Eletrobras será notificada e terá o mesmo prazo para subscrever o montante solicitado. Assim, qualquer mudança do rating da Eletrobras será refletida no rating da classe sênior do FIDC. Além disso, uma melhora da qualidade de crédito da Celg D, na visão da Fitch, poderia beneficiar o rating das cotas seniores da operação. Entretanto, ao analisar a operação sem a garantia prestada, o rating das cotas seniores seria inferior ao atual em mais de uma categoria. O FIDC representa cerca de 15% da dívida total da Celg D ao final de 2015. Além disso, 41% da dívida total são garantidos por recebíveis. O índice de cobertura do serviço da dívida (DSCR) mínimo estabelecido na operação é de 2,5 vezes e, caso não seja mantido, o fundo deverá reter 2,0 vezes o serviço da dívida para amortizar antecipadamente o saldo das cotas. O FIDC permanece em período de carência de amortização de principal, de forma que os DSCRs observados consideram apenas pagamento de juros. Esta operação é uma securitização de futuras faturas de serviços de distribuição de eletricidade a consumidores residenciais prestados pela Celg D em Goiás. O consumo destes clientes é medido por suas unidades de consumo, que, no caso daquelas cedidas ao FIDC. O contrato de cessão formaliza a cessão, sob condição suspensiva, dos créditos das unidades de consumo marcadas, o que proporciona um fluxo mensal de ao menos R$ 35 mi. Este montante mínimo será corrigido monetariamente em base anual pelo IPCA, e o fluxo será depositado em conta transitória até alcançar o montante mínimo mensal. No final de junho de 2016, o saldo devedor da primeira série de cotas seniores era de R$ 332,55 mi, e o da segunda, de R$ 174,76 mi. O prazo total das duas séries seniores é de 96 meses, e os pagamentos de juros ocorrem mensalmente, sem carência. As amortizações de principal também acontecerão todo mês, após carência de 24 meses contados a partir de julho de 2015. O fundo poderá realizar novas emissões de cotas seniores, desde que sejam previamente aprovadas pelo administrador. (Agência CanalEnergia – 08.08.2016)
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10 Enel no Brasil e ACE buscam startups para serem aceleradas
A Enel no Brasil e a ACE estão com inscrições abertas para o Energy Start, aceleradora de startups da multinacional de energia. A iniciativa tem como objetivo acelerar o negócio de empresas que desenvolvam produtos e serviços inovadores para diversos setores. As inscrições podem ser feitas até o dia 15 de agosto pelo site da Enel ou pelo Fundacity, plataforma que a ACE utiliza para avaliar startups. A Enel e a ACE buscam startups que desenvolvam produtos ou serviços inovadores em diversas áreas, desde internet das coisas, soluções em mobilidade, armazenamento de energia, eficiência energética e infraestrutura, até produtos ou serviços que envolvam telecomunicações, educação (ensino a distância, por exemplo) e inteligência de mercado. Para selecionar as melhores startups, a Enel e a ACE formarão um conselho consultivo que avaliará diversos critérios, como o modelo de negócio, a composição da equipe, o estágio de desenvolvimento em que o projeto se encontra e o potencial de crescimento da empresa. As startups podem entrar em dois estágios, segundo a metodologia da ACE: ACE Start, programa de até quatro meses de duração voltado para empresas em estágio de validação, ou ACE Growth, com seis meses de duração e para projetos em fase de crescimento. (Agência CanalEnergia – 08.08.2016)
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11 CPFL Energia lança chamada pública para eficiência operacional das distribuidoras
A CPFL Energia lançou o edital da chamada pública para um projeto estratégico de pesquisa e desenvolvimento que tem como objetivo reduzir os deslocamentos improcedentes das equipes de campo na execução de serviços emergenciais. O prazo máximo para recebimento das propostas é 15 de setembro de 2016, e o resultado da avaliação final será divulgado no site da CPFL Energia no dia 30 de novembro de 2016. Em um primeiro momento, a abrangência do projeto será a área de concessão da CPFL Piratininga, distribuidora que fornece energia para 27 municípios do interior e litoral do Estado de São Paulo, atendendo a aproximadamente 1,6 milhão de consumidores. O objetivo do projeto será ampliar o nível de eficiência do serviço prestado pela concessionária aos seus clientes, proporcionando mais segurança aos eletricistas e à população e reduzindo o tempo de restabelecimento do fornecimento de energia elétrica, com impacto positivo nos indicadores de continuidade (DEC/FEC). Um dos principais desafios na operação de uma distribuidora de energia é o fato de que os seus ativos, tais como postes, cabos e transformadores, estão geograficamente espalhados por grandes áreas. No caso da CPFL Piratininga, a área de concessão soma 6,9 mil quilômetros quadrados. São mais de 100 subestações, 450 alimentadores, 11 mil km de rede primária e 11,8 mil km de rede secundária que precisam ser inspecionados em situações de emergência. O prazo para execução do projeto, que será coordenado pela Diretoria de Inovação e Estratégia da CPFL Energia, deverá ser de até 24 meses. Essa duração decorrerá após o cadastro da data de início de execução do projeto no Sistema de Gestão de P&D da Aneel. (Agência CanalEnergia – 08.08.2016)
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12 CPFL Piratininga investe R$ 10,9 mi na Baixada Santista
A CPFL Piratininga investiu R$ 10,9 mi no primeiro semestre do ano na Baixada Santista, litoral de São Paulo. A concessionária executou obras para reforço, expansão e manutenção da rede elétrica local, tornando mais robusto e confiável o sistema elétrico da região. Os projetos preparam o sistema elétrico local para o aumento futuro da demanda por energia tanto do parque industrial quanto do consumo das classes comercial e residencial, além de tornar a rede mais resistente aos fatores climáticos. Do montante total, a CPFL Piratininga destinou R$ 3,1 mi na execução de projetos que viabilizam a expansão do mercado consumidor e do número de clientes. Destaque para os R$ 1,4 mi destinados à instalação de medidores para baixa, média e alta tensão. A empresa investiu outros R$ 612 mil adicionais no aumento de capacidade de subestações e linhas de transmissão e na readequação das redes de distribuição. Outra parcela importante dos investimentos da concessionária, no valor de R$ 3,1 mi, foi aplicada na melhoria do sistema elétrico da região. Os aportes nas redes primária e secundária somaram R$ 2,4 mi. Por sua vez, os investimentos em manutenção da rede elétrica da Baixada Santista consumiram R$ 1,65 mi, dos quais R$ 532 mil na substituição de transformadores avariados. Além disso, a CPFL Piratininga realizou manutenção em subestações, linhas de transmissão e na rede de distribuição, em ações programadas ou emergenciais. De janeiro a março de 2016, a CPFL Piratininga investiu R$ 33,38 milhões na rede elétrica dos 27 municípios de sua área de concessão. O investimento na rede elétrica impacta diretamente na qualidade do serviço. Ao adotar fios e cabos de rede mais modernos e fortes, a rede se torna menos susceptível à interferência de fatores externos, como queda de árvores e galhos, colisões de veículos e objetos lançados contra os cabos pela força dos ventos, que representam 2/3 das interrupções de energia. Além disso, os investimentos também ampliam a capacidade do sistema elétrico para dar suporte ao crescimento econômico das cidades que, em termos de infraestrutura energética, estão sendo preparadas para o aumento do consumo de energia nas próximas décadas. (Agência CanalEnergia – 08.08.2016)
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13 EDP adota tecnologia da última geração em veículos para serviços na rede
Com o objetivo de assegurar a qualidade do serviço prestado e ampliar a segurança dos colaboradores no trabalho de campo, a EDP adquire unidades móveis com tecnologia de última geração para análise técnica na rede de distribuição em São Paulo e Espírito Santo. A partir da análise de campo são gerados, automaticamente, relatórios georeferenciados com pontos de manutenção preventiva, encaminhados diretamente para que os técnicos executem o trabalho, sem a necessidade de interromper o fornecimento aos clientes. A nova aquisição tem como objetivo aumentar a eficiência da inspeção, e, com isso, aprimorar a qualidade da energia fornecida aos 3,3 milhões de clientes nos 98 municípios atendidos nos dois estados. Em 2015, a EDP investiu mais de R$ 9,5 mi para a renovação da frota de veículos operacionais, que inclui a aquisição de 55 automóveis, e R$ 3,3 mi para a compra de equipamentos de última geração, essenciais para as operações de manutenção nas subestações, inspeção dos transformadores de potência, entre outras atividades, assegurando a continuidade do fornecimento de energia. (Agência CanalEnergia – 08.08.2016)
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14 Celpa fecha acordo para rede inteligente no Pará
A Celpa e a Landis+Gyr, fornecedora de produtos integrados de gestão de energia, fecharam acordo para construção de rede inteligente no Pará. A primeira etapa do projeto prevê instalação e integração de medidores em 25 mil unidades consumidoras da distribuidora. O sistema terá capacidade para atender no total 45 mil unidades. O contrato contempla ao todo sistemas de comunicação por rádio, tecnologia mesh, integrada com sistema de medição centralizada, e o chamado SGP+M, que é um sistema de gestão de perdas integrado com medição. A tecnologia será instalada na região central de Belém, capital do estado, e permitirá o envio de dados de medição e análises em tempo real para a concessionária. As companhias não divulgaram valores do contrato. Segundo a fabricante, é o primeiro projeto desmart grid planejado para o estado. A empresa já forneceu anteriormente para iniciativa semelhante, de rede inteligente no Rio de Janeiro, em acordo fechado com a Light. (Agência Brasil Energia – 08.08.2016)
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Leilões
1 Eólica e solar terão 1.260 projetos em leilão
A EPE cadastrou 1.260 projetos de energia solar e eólica para o segundo leilão de reserva do ano, marcado para 16 de dezembro, somando 35.147 MW de potência instalada. Segundo a EPE, 841 projetos de energia eólica e 419 de solar poderão participar da disputa. A Bahia e o Rio Grande do Norte lideraram a oferta de projetos, tanto de geração eólica como solar. Na Bahia, são 240 projetos eólicos, com 6.380 MW, e 101 de solar, com 3.155 MW. No Rio Grande do Norte, são 233 empreendimentos de energia eólica, ou 5.555 MW, e 58 de solar, com 1.640 MW. Há projetos também no Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Ceará, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Tocantins. O cadastramento é o primeiro passo para a participação do projeto no leilão. A habilitação técnica depende da comprovação da capacidade de escoamento da energia. Depois da habilitação, será feito o aporte de garantias financeiras para que os projetos possam participar. O primeiro leilão de reserva do ano, marcado para 23 de setembro, só comercializará contratos de energia hidrelétrica. (Valor Econômico – 09.08.2016)
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Oferta e Demanda de Energia
Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
Os reservatórios da região Sul estão operando com volume e 83,8%, de acordo com dados do ONS referentes ao último dia 7 de agosto, houve queda de 0,2% comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 1.729 MW/mês e a ENA é de 5.494 MWm, que equivale a 51% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Passo Real está com 82,92% da sua capacidade. No Nordeste, mais uma queda de 0,1% deixou os reservatórios da região com volume de 22,4%. A energia armazenada é de 11.601 MW/mês. A ENA é de 1.194 MWm, que corresponde a 34% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho opera com 17,74%. No submercado SE/CO que também teve queda de 0,1%, os níveis estão em 50,2%. A energia armazenada é de 101.743 MW/mês e a ENA é de 16.768 MWm, o mesmo que 90% da MLT. A usina de Furnas opera com 71,8% da capacidade e a de Nova Ponte, com 34,81%. Na região Norte, os níveis operam com 52,8% da capacidade, recuando 0,2% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 7.940 MW/mês e a ENA é de 1.339 MWm, o equivalente a 50% da MLT. A usina de Tucuruí opera com 81,4% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 08.08.2016)
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2 Consumo de energia já tende à estabilidade
Entre junho de 2015 e junho de 2016 o consumo de eletricidade no País aumentou 0,1%, de 37.131 mil GWh para 37.174 mil GWh – muito próximo da estabilidade, portanto. Mesmo o consumo industrial de energia elétrica, componente mais importante da demanda, dá sinais de arrefecimento da queda, que passou de 6,2%, entre os últimos 12 meses até junho e os 12 meses anteriores, para 5,3%, entre os primeiros semestres de 2015 e de 2016, e para 3,3%, entre junho de 2015 e junho de 2016. A recessão foi a principal determinante da queda da demanda da indústria, mas a percepção de que o setor secundário começa a sair do fundo do poço, como apontaram os indicadores recentes do IBGE, é confirmada pela Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, da EPE. Os indicadores do consumo residencial de energia elétrica também são favoráveis, com aumento de 4,6% entre junho de 2015 e junho de 2016, superando o crescimento de 1,2% entre os primeiros semestres dos dois anos. Na comparação entre períodos de 12 meses, ainda há uma queda de 0,3%, mas tudo indica que ela será revertida no trimestre em curso. Os sinais mais fracos de melhora do consumo energético vieram do comércio, cuja demanda havia crescido em abril e em maio, mas voltou a cair entre junho de 2015 e junho de 2016 (-3,3%). É uma evidência das dificuldades do varejo, influenciado pelo desemprego (meio milhão de vagas formais foram fechadas no primeiro semestre) e pela queda da renda real dos trabalhadores. É bastante diverso o comportamento regional do consumo de eletricidade. No consumo industrial, por exemplo, enquanto o Nordeste liderou a queda (-7,7% entre junho deste ano e junho de 2015 e -11,5% entre os últimos 12 meses e os 12 meses anteriores), no Centro-Oeste o consumo cresceu 3,7% no mês e 2,9% no semestre, em razão da demanda do setor de ferro-ligas de Goiás. O grau de utilização da capacidade industrial ainda é baixo, da ordem de 77,4% em junho, segundo a CNI, mas a demanda crescente de energia de alguns segmentos, como o metalúrgico em Minas Gerais e o de produtos siderúrgicos para exportação no Espírito Santo, é promissora, mesmo se comparada com períodos fracos de 2015. A oferta satisfatória de energia elétrica assegura que a demanda poderá ser atendida por muito tempo. (O Estado de São Paulo – 09.08.2016)
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3 ONS: Olimpíadas sem ocorrências importantes
Até as 17 horas desta segunda-feira, 8 de agosto, não houve fato ou ocorrência de relevância na Rede de Operação do SIN relacionada aos jogos olímpicos. De acordo com o ONS, as ações e procedimentos operativos adotados pelo ONS em conjunto com os demais agentes de operação garantiram a adequada operação do SIN, nas cidades sedes dos jogos de futebol e principalmente na cidade do Rio de Janeiro (RJ), onde estão sendo realizados os Jogos. (Agência CanalEnergia – 08.08.2016)
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Meio
Ambiente
1 Belo Monte: MPF recomenda que Norte Energia forneça água para indígenas
O MPF no Pará enviou à Norte Energia recomendação para que forneça, em caráter emergencial, água mineral aos índios Arara da Volta Grande, moradores da aldeia Terrawangã. Segundo o MPF, a Norte Energia não concluiu até hoje as obras do sistema de abastecimento de água dos Arara, que moram no trecho do rio Xingu que sofreu o maior impacto da hidrelétrica, com redução de 80% da vazão do rio. O abastecimento de água para esses indígenas é uma obrigação prevista no licenciamento e deveria ter sido concluída em 2012. A comunidade, de acordo com o MPF, está consumindo água do rio sem nenhum tratamento e os casos de doenças em decorrência da água utilizada tem se multiplicado. No trecho de 100 quilômetros do Xingu conhecido como Volta Grande, moradia dos Arara, o desvio para abastecer Belo Monte tornou as águas inadequadas para consumo humano. A recomendação dá um prazo de 30 dias para a conclusão do sistema de abastecimento. Enquanto não for concluída a obra, a Norte Energia precisa fornecer imediatamente água mineral para a aldeia. (Agência CanalEnergia – 08.08.2016)
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2 Ipiranga terá pontos de recarga para veículos elétricos
A Ipiranga e o BMW Group Brasil fecharam acordo para instalação de pontos de recarga para veículos elétricos e híbridos no país. O primeiro ponto será inaugurado no posto da rede na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ). A parceria prevê instalação de 50 unidades até o final de 2016. A plataforma de carregamento implementada será a BMW i Wallbox Pro, voltada apenas a automóveis da marca, com capacidade para dar autonomia de até 25 km. O investimento na plataforma gira em torno dos R$ 8,6 mil. Já as recargas para os consumidores serão gratuitas. Entre os modelos compatíveis com o dispositivo, o tempo médio de recarga para o BMW i8 é de 2h30, enquanto para o BMW i3, a carga completa das baterias leva até 3h45. Este último modelo possui ainda reservatório de 9 litros do extensor de carga, o que garante autonomia extra de até 140 km. (Agência Brasil Energia – 08.08.2016)
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Energias Renováveis
1 Brasil sobe sete posições no ranking mundial de geração eólica
O Brasil alcançou a 8º posição no ranking mundial de geração eólica em 2015, subindo sete posições nos últimos dois anos. Também no ano passado, o país registrou o primeiro lugar no ranking mundial em fator de capacidade (relação entre produção efetiva e capacidade instalada) de geração eólica, com 38%. O país ainda manteve a quarta posição no ranking mundial de potência instalada. Os dados são do “Boletim de Energia Eólica Brasil e Mundo – Base 2015” produzido pelo MME. Entre os países analisados, o fator de capacidade do Brasil é 60% superior ao indicador mundial. O destaque do fator de capacidade, que indica o aproveitamento do vento para gerar energia, é resultado do aumento significativo dos avanços tecnológicos em materiais, e no porte das instalações, além da escolha de melhores sítios, o que permite melhor aproveitamento dos ventos. No atual modelo institucional do setor elétrico brasileiro, 16,6 GW são de potência eólica contratada, dos quais, 9,3 GW se encontram em operação, 3,4 GW em construção e 3,9 GW aptos para iniciar a construção. Para atingir os 24 GW em 2024, previstos no Plano Decenal de Expansão de Energia – PDE 2024, ainda será necessário contratar 7,4 GW, no período de 2016 a 2021. No mundo, a Dinamarca apresenta a maior proporção de geração eólica em relação à sua geração total, com expressivos 44,6%. Na sequência, estão Irlanda (24,8%), Portugal (21,7%) e Espanha (18,2%). Em 2015, o Rio Grande do Norte saiu na frente com a maior proporção na geração eólica brasileira, 34,6%, seguido pelo Ceará (20,7%) e Bahia (18,5%). Destaque para o expressivo fator de capacidade do estado da Bahia, com 42,9%. (Agência CanalEnergia – 08.08.2016)
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2 Eólicas da Rio Energy entram no Reidi
O MME aprovou na última sexta-feira, 5 de agosto, o enquadramento ao Regime Especial de Incentivos ao Desenvolvimento da Infraestrutura de duas eólicas de propriedade da Rio Energy. As EOL Serra da Babilônia VI e Serra da Babilônia II ficam localizadas na cidade de Serra do Chapéu, na Bahia. A EOL Serra da Babilônia II tem 15 turbinas de 2 MW que somam 30 MW. Seu período de execução vai de março de 2017 até 1º de outubro de 2018. Os investimentos necessários para a implantação serão de R$ 135,1 milhões, sem a cobrança de impostos. Já a Serra da Babilônia VI vai ser composta por 13 unidades geradoras de 2 MW que totalizam 26 MW. Seu prazo de execução vai de março de 2017 até 1º de outubro de 2018. A eólica vai demandar R$ 117,13 milhões em investimentos, sem a incidência de impostos. (Agência CanalEnergia – 08.08.2016)
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3 Prysmian lança cabo para geração solar
A Prysmian lançou novo cabo de energia solar, com baixa emissão de gases do efeito estufa. Chamada Afumex Solar, a tecnologia é destinada a sistemas de fornecimento fotovoltaica internos ou em ambientes externos, bem como em áreas industriais ou agrícolas. O cabo foi desenvolvido e fabricado no Brasil, atendendo todas as normas nacionais, e pode ser instalado de forma fixa ou suspensa. O equipamento foi projetado também para ser aplicado em equipamentos com proteção isolada e em áreas com risco de explosão. A fabricante é focada em cabos terrestres e submarinos para a transmissão de eletricidade e distribuição. A empresa possui sete fábricas no Brasil e atua ainda no segmento de telecomunicações, com cabos e fibras ópticas para transmissão de dados, imagem e voz e cabos convencionais em cobre. (Agência Brasil Energia – 08.08.2016)
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Gás
e Termoelétricas
1 Cade recomenda punição à Petrobras por conduta anticompetitiva em gás
A Superintendência-Geral do Cade (SG/Cade) recomendou que a Petrobras fosse condenada por favorecer distribuidoras próprias de gás natural. A denúncia foi encaminhada ao órgão antitruste pela Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), que se sentiu prejudicada pelo favorecimento. A empresa alega ter tido que aumentar preços e, por isso, perdeu em competitividade. Agora, o caso será julgado pelo Tribunal do Cade. De acordo com a denúncia, a Petrobras forneceu descontos para apenas um dos tipos de contrato de fornecimento, o chamado Nova Política de Preços (NPP), que inclui gás nacional e boliviano. A estatal, no entanto, não ofereceu o mesmo benefício à outra modalidade de contrato, que vende apenas o produto boliviano. A Comgás alega que o desconto favorece quem tem apenas os contratos NPP, como a Gás Brasiliano Distribuidora, de propriedade da estatal e situada em área adjacente à empresa. Como a Comgás adquire o produto pelos dois tipos de fornecimento, ficou prejudicada no entendimento do Cade: “Após consultas ao mercado e às agências reguladoras, a Superintendência-Geral entendeu que ficou configurada a conduta discriminatória anticompetitiva e constatou que a ausência de descontos no contrato exclusivamente boliviano acarretou menor competitividade do gás comercializado nos locais atendidos pela Comgás. Já o gás vendido nas regiões onde era adotada apenas a NPP foi potencialmente beneficiado e teve sua competitividade mantida”, diz o conselho em nota. A Comgás alegou ainda que o contrato exclusivamente boliviano, que não teve desconto, possui um peso grande no preço final do produto. Dessa forma, a tarifa final ao cidadão ficou mais cara na região em que a empresa é responsável pela distribuição. A SG verificou que essa diferença de preços pode ter impactado a concorrência entre as empresas, uma vez que há uma “consequente atração de indústrias para as áreas artificialmente favorecidas, distorcendo a alocação de parques industriais”. A Petrobras afirmou que ainda não existe um posicionamento definitivo do órgão sobre o processo administrativo. A Petrobras lembra que o caso ainda será apreciado pelo Tribunal Administrativo de Defesa Econômica (Tade/Cade) para julgamento. A estatal disse que "continuará atuando firmemente na defesa de seus direitos, tomando todas as medidas cabíveis na esfera administrativa". Já a Comgás evitou comentar o caso, limitando-se a informar que "acompanha o caso e ressalta que acredita nas instituições brasileiras e em sua capacidade de analisar e coibir práticas anticoncorrenciais". (O Globo – 08.08.2016)
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2 Ex-prefeito de Espumoso pode assumir CGTEE
Ex-prefeito de Espumoso (RS), José Parizzotto foi indicado para a presidência da CGTEE. A eleição de Parizzotto está prevista para ocorrer em assembleia geral extraordinária marcada para quinta-feira. Parizzotto ocupa hoje a diretoria de administração da CGTEE. Seu nome já havia sido indicado para a presidência da empresa em novembro passado. Na ocasião, porém, o conselho de administração da Eletrobras barrou a indicação e elegeu Francisco Romário Wojcicki. A nova indicação de Parizzotto para a presidência da CGTEE, que vem acompanhada da indicação de Beto Pires, ex-prefeito de Cidreira (RS), para a diretoria de Administração, será a primeira prova de fogo para o novo conselho de administração da Eletrobras, presidido por José Luiz Alquéres e um teste para a lei 13.303 - a Lei de Responsabilidade das Estatais. Alquerés já foi presidente da Eletrobras. A estatal federal de energia informou que "só comenta esse tipo de assunto por meio de comunicados ao mercado". "Parece que a lei das estatais só vale para a holding. Não vale para as subsidiárias", critica João Lian, ex-integrante do conselho de administração da Eletrobras e que votou contra a indicação de Parizzotto para a presidência da CGTEE no ano passado. Na última semana, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr. disse que ainda não tinham sido decididos os nomes para ocupar as presidências e diretorias das subsidiárias da Eletrobras. Na mesma assembleia de quinta-feira está prevista a eleição de Ferreira Jr. para a presidência do conselho de administração da CGTEE. Uma das medidas adotadas pela nova gestão da Eletrobras é colocar o presidente da holding e o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Armando Casado, no conselho de administração de todas as subsidiárias, para melhorar a governança corporativa do grupo. Casado atualmente preside o conselho da CGTEE. (Valor Econômico – 09.08.2016)
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3 Rosatom inicia operação comercial de reator nuclear de terceira geração
A Rosatom conectou na rede elétrica russa o seu primeiro reator nuclear da terceira geração caracterizada por atenderem critérios de segurança estabelecido após o acidente na usina de Fukushima, no Japão, em 2011. O modelo VVER 1200 é a sexta unidade geradora da usina Novovoronezh, que ainda deve receber um segundo reator do novo modelo, a ser instalado em 2018. Preocupado em concertar as falhas na segurança que foram evidenciadas após o desastre no Japão, o setor nuclear se esforçou para entregar tecnologias que possam ser controladas e desligadas remotamente – sem necessidade de atuação de equipes no local -, além de mais duráveis. Além do modelo VVER 1200 da Rosatom, também fazem parte dessa nova geração os modelos AP1000, da Westinghouse e Atmea1, da Atmea, por exemplo. A Westinghouse também está para iniciar a operação da sua tecnologia mais recente. Em julho, a companhia começou a operar em teste um reator AP1000 na usina Sanmen, localizada na província chinesa de Zhejiang Province. (Agência Brasil Energia – 08.08.2016)
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4 ABCM tem novo conselho para biênio 2016/2018
Foram eleitos no último dia 2 de agosto, os novos diretores da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), para o biênio de 2016/2018. Em Assembleia Geral Ordinária realizada em Porto Alegre (RS), o atual presidente da ABCM, Fernando Luiz Zancan, do Sindicato da Indústria de Extração do Carvão do Estado de santa Catarina foi reeleito para o mandato até 2018. Ainda foi eleito o novo conselho de administração, que será composto por Edson Jamel Hertel, da Carbonifera Metropolitana, César Weinschenck de Faria, da Copelmi Ltda, Levi Souto Junior, da Eneva e Benony Schmitz Filho, da FTC. Já a diretoria eleita é formada pelo engenheiro Fernando Luiz Zancan, que será também presidente do Conselho de Administração; Douglas Ribeiro Loureiro, da Companhia Riograndense de Mineração, será o vice-presidente de Mineração; Claher Ganzert, da Copel, o vice-presidente de Energia; Carlos Weinschenck de Faria, da Copelmi, vai exercer a vice-presidência de Desenvolvimento Setorial e ainda Márcio Zanuz, da Siecesc. (Agência CanalEnergia – 08.08.2016)
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Economia Brasileira
1 Balança comercial tem superávit de US$ 637 mi na 1ª semana de agosto
Na primeira semana de agosto, com cinco dias úteis, a balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 637 mi, informou nesta segunda-feira o Mdic. No período, as exportações somaram US$ 3,4 bi e as importações, US$ 2,7 bi. Neste ano, o Brasil já registra um saldo comercial recorde de US$ 28,8 bi. Na parcial de 2016, as vendas para o exterior somaram US$ 110 bi e os desembarques, US$ 81,1 bi. Com forte queda das importações, o resultado comercial brasileiro deste ano já é maior que o superávit registrado em todo ano passado (US$ 19,69 bi). Tanto as importações como as exportações caíram na primeira semana de agosto. As vendas para o exterior, na comparação pela média diária com o mesmo período do ano passado, recuaram 6,9%. Caíram as vendas de produtos básicos (27,4%) e aumentaram os embarques de semimanufaturados (27,8%) e manufaturados (7,7%). As importações brasileiras continuam com uma queda mais acentuada que os embarques. Na primeira semana de agosto, as compras no exterior caíram 8,1%. O resultado foi puxado pela queda nas compras de veículos e partes (35%), farmacêuticos (-19,7%) e equipamentos mecânicos (-17,2%). (O Globo – 08.08.2016)
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2 Vendas do comércio têm queda real de 2,6% no ano
Em maio as vendas do comércio varejista do Estado de São Paulo caíram 4,5% em termos reais, segundo pesquisa conjuntural da Fecomercio/SP. Segundo a entidade, o varejo paulista fechou o mês com receita real de R$ 46,1 bilhões, cerca de R$ 2,1 bilhões abaixo do apurado em maio do ano passado. Segundo a pesquisa, foi o pior mês de maio da década. No acumulado do ano, a queda foi de 2,6%. A queda de faturamento real em maio foi puxada pelas lojas de vestuário, tecidos e de calçados (-15,8%), eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-14,9%), materiais de construção (-13,2%) e lojas de móveis e decoração (-10,5%). Conjuntamente, essas quatro atividades pressionaram negativamente o índice geral em 3,9 pontos percentuais. Segundo a pesquisa, apenas as atividades ligadas a bens essenciais e de reparo automotivo, que independem de crédito, conseguiram mostrar aumento de vendas em maio: farmácias e perfumarias (10,3%), autopeças e acessórios (6,8%) e supermercados (2,2%). De acordo com a Fecomercio/SP, os dados de janeiro a maio, levando em conta atualização de componentes sazonais, cíclicos e de tendência, passaram a sinalizar para nítida melhora nos índices de desempenho varejista para os próximos meses. As projeções já atualizadas indicam que a partir de julho o varejo tende a apresentar taxas de crescimento mensais até outubro que, cumulativamente, permitiriam encerrar o ano de 2016 com queda próxima de 1%. Caso isso se concretize, diz a entidade, as projeções poderão ser entendidas, senão como ponto de reversão do ciclo negativo do varejo, ao menos como sinal de esgotamento do processo recessivo do varejo. (Valor Econômico – 09.08.2016)
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3 Indicadores de julho sugerem melhora do emprego à frente, nota FGV
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da FGV subiu em julho pela quinta vez consecutiva, registrando aumento de 6,9 pontos em relação a junho, para 89,1 pontos, o maior nível desde março de 2014, quando ficou em 89,2 pontos. Pela métrica de médias móveis trimestrais, o indicador subiu 4,2 pontos, sinalizando uma melhora no mercado de trabalho nos próximos meses. Os componentes que mais contribuíram para o resultado do índice que tenta antecipar a tendência do mercado de trabalho foram os indicadores que medem a situação atual dos negócios e as expectativas para os próximos seis meses da indústria, que subiram 13,3 e 12,2 pontos, respectivamente, informa a FGV. O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), por sua vez, caiu em julho pela segunda vez seguida, em 0,8 ponto, para 96,8 pontos. Neste caso, esse resultado indica uma melhora na percepção sobre o desemprego. Em médias móveis trimestrais, a tendência ainda é de alta (0,4 ponto), mas sugere certa estabilização da taxa de desemprego nos últimos meses, segundo a FGV. “O indicador antecedente sugere recuperação à frente, puxado pelo otimismo com a situação dos negócios da indústria. Os trabalhadores, no entanto, ainda não observam, no presente momento, uma melhora no mercado de trabalho. O comportamento dos índices sugere que a consolidação de um cenário de maior atividade econômica poderá ser convertido em melhora do mercado do trabalho nos próximos meses, ainda que em ritmo mais lento”, afirma, em nota, Fernando de Holanda Barbosa Filho, economista da FGV-Ibre. (Valor Econômico – 09.08.2016)
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4 Recuo do IGP-DI em julho sinaliza desaceleração, diz FGV
Quedas e desacelerações de preços “espalhadas” no setor atacadista, principalmente entre commodities agrícolas, levaram à deflação de 0,39% no IGP-DI de julho, ante alta de 1,63% em junho. Foi a menor taxa do indicador para o mês desde 2014 (-0,55%). Para o superintendente adjunto de Inflação do Ibre/FGV, Salomão Quadros, “uma combinação de fatores” levou ao recuo do indicador em julho. Ele não descartou a continuidade de taxas baixas nos IGPs, nos próximos meses. “A trajetória [futura] dos IGPs é de desaceleração, mas não necessariamente de deflação”, observou o técnico. Na prática, itens importantes na composição da inflação dos IGPs mostraram recuo expressivo em julho, com possibilidade de manter a taxa negativa no próximo mês, notou o especialista. Entre os destaques estão soja (-8,04%) e milho (-9,26%). Apenas esses dois itens “tiraram” 1,6 ponto percentual do IPA entre junho e julho, afirmou o técnico. Com a deflação desses grãos, a variação de preços atacadista, setor que tem participação de 60% do IGP-DI, saiu de alta de 2,10% para queda de 0,81% no período, e foi a principal responsável pela deflação no indicador de julho, afirmou o técnico. O preço da soja foi influenciado por notícias positivas sobre a safra norte- americana e o milho tem boa perspectiva de oferta no mercado interno com a chegada da chamada “safrinha”. Quadros comentou que também houve uma “descompressão” da inflação das carnes, que ajudou a derrubar o índice de atacado. É o caso dos bovinos (de 1,22% para -0,22%) e dos suínos (de 18,20% para -5,17%). Ao mesmo tempo, houve forte desaceleração no preço do trigo (de 11,50% para 1,34%). Isto deve conduzir a um cenário de inflação mais baixa entre os alimentos no varejo, notou o técnico. (Valor Econômico – 08.08.2016)
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5 Dólar ontem e hoje
Hoje, às 9h44, o dólar tinha alta de 0,11%, saindo a R$ 3,1703. Na segunda-feira, o dólar comercial caiu 0,09%, a R$ 3,1667. (Valor Econômico – 09.08.2016 e 08.08.2016)
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Internacional
1 Peru impulsionará a massificação de gás no norte e sul do país
O Governo peruano continuará impulsionando os projetos de massificação do gás natural no país, a fim de fornecer combustível de baixo custo e menos poluente a população, anunciou o ministro de Minas e Energia, Gonzalo Tamayo. Ele disse que ao assumir a carteira encontrou "algum atraso" nesses projetos, tanto no sul quanto no norte do país. "Minha prioridade continuará a ser aumentar a possibilidade dos consumidores poderem substituir os combustíveis caros por mais baratos e mais poluentes para mais limpos, porque por trás disso buscamos o bem-estar dos consumidores", disse. Ele enfatizou que o Gasoduto Sul Peruano (GSP) é uma das ferramentas das quais se busca construir outro pilar importante em termos de cobertura geográfica do gás. Ele também revelou que este mês se tornaria público a saída do operador do GSP (Odebrecht) para abrir caminho para os novos gestores do projeto. (El Peruano – Peru - 09.08.2016)
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2 Peru: Tarifas mais baixam beneficiarão zonas rurais
Mais de 2,7 milhões de usuários residenciais no Peru têm desde ontem uma redução nas tarifas de energia elétrica, especialmente em áreas rurais do país, destacou o Osinergmin. Esta medida é aplicada através do mecanismo de compensação da tarifa de eletricidade residencial determinada por lei. O regulador disse que tal atualização é feita em conformidade com os regulamentos do setor elétrico que estabeleceu reajustes no preço em nível de geração, no pedágio da transmissão, no valor agregado de distribuição e no mecanismo de compensação da tarifa elétrica residencial. Para os usuários residenciais do Sistema Interligado Nacional, as tarifas terão uma redução, que será maior para os usuários localizados principalmente em áreas rurais, que pagam altos custos. Sobre isso, o diretor do Banco Mundial para a Bolívia, Chile, Equador, Peru e Venezuela, Alberto Rodriguez, disse que a redução das taxas de eletricidade em áreas rurais do Peru pode ajudar a expandir a cobertura do serviço público de energia elétrica em áreas remotas. Ele disse que esse mecanismo deve permitir que os usuários entender quanto é esse subsídio, preservando a saúde financeira da indústria. (El Peruano – Peru – 05.08.2016)
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3 BID dá crédito de US$ 143 mi a Equador para diversificação energética
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou segunda-feira a concessão de um empréstimo para o Equador de US$ 143 mi para melhorar a mudança da matriz energética e apoiar o plano de recuperação em áreas afetadas pelo terremoto de abril deste ano. O objetivo, explicou BID em comunicado, "é desenvolver um sistema de energia mais sustentável e confiável para todos os cidadãos." Alguns dos primeiros resultados da CME dão ao Equador o quinto lugar em seguridade energética a nível mundial e o primeiro na América Latina e no Caribe, de acordo com o ranking do CME, disse que a agência multilateral. Os recursos serão utilizados para fazer avançar os projetos da Rede Nacional de Transporte, que facilitam o transporte de energia da nova geração e fortalecer a infraestrutura nacional. Além disso, contribuirá para fortalecer e expandir o sistema de distribuição nacional, tanto em áreas urbanas marginais como em áreas rurais, e contribuirá para a reconstrução da infraestrutura em áreas afetadas pelo terremoto. (La Razón - Bolívia – 08.08.2016)
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4 Argentina: Mendoza lançará10 projetos de energia renovável
Foram apresentados 10 projetos que funcionarão em diferentes localidades de região de Mendoza. Apostam na energia eólica, solar, biomassa, biogás e hidrelétrica. O leilão lançado pelo governo nacional, através do seu programa Renovar, visa a concessão de geração de 1.000 MW adicionais ao sistema elétrico do país, divididos da seguinte forma: 600 MW eólicos, 300 fotovoltaicos, 65 de biomassa, 20 de pequenas hidrelétricas e 15 de biogás. (El Inversor – Argentina – 08.08.2016)
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5 Argentina: Serão apresentados dois parques eólicos em Rivadavia
Esta semana, duas audiências públicas sobre projetos de geração de energia eólica serão realizadas na área de Rivadavia (Argentina). O Parque Eólico Kosten, da empresa de mesmo nome, passará por essa instância de apresentação e participação cidadã hoje. O Parque Eólico Aires de Manantial terá sua audiência pública quinta-feira, 11. (El Inversor – Argentina – 08.08.2016)
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6 Espanha: O coração espanhol das turbinas eólicas no mar Báltico
Um pedaço de Andalucía viajará, a partir de segunda-feira, rumo ao Mar Báltico para se tornar o coração de uma das gigantes eólicas que alimentará milhares de famílias alemãs. Além do caráter sugestivo, o início deste caminho sem volta é o culminar da comissão que Iberdrola realizou à Narvantia para construir um dos elementos-chave da Wikinguer, o parque eólico offshore construído pela empresa no Mar Báltico. Com o ato formal da entrega, a subestação batizada de Andalucía iniciará sua jornada para águas alemãs e irá juntar-se outros serviços prestados pela Iberdrola a outras empresas espanholas para realizar seu projeto "mais emblemático". Wikinguer ocupar uma área marítima de 34 km², a uma profundidade entre 37 e 43 metros. No final de 2017, quando espera-se que a instalação esteja operacional, estima-se que Wikinguer será capaz de produzir 350 MW de energia. sso significa gerar energia suficiente para suprir as necessidades elétricas de 350 mil lares alemães. (El País – Espanha – 07.08.2016)
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Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa:
Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.
As notícias divulgadas no IFE não refletem
necessariamente os pontos da UFRJ. As informações
que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
de Economia da UFRJ.
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
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