l

IFE: nº 4.146 - 02 de agosto de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL / EKLA-KAS: Seminário Internacional "Integração e Segurança Elétrica na América Latina"
2 Por realismo, governo adia revisão de usinas
3 Desembolsos do BNDES para setor elétrico caem 129%
4 Conta Bandeiras vai repassar R$ 1.373.983,81 para distribuidoras
5 Governo e OAB criam fórum de Energias Renováveis no Piauí
6 Secretaria de Energia de SP lança portal de informações energéticas
7 MPF avalia manifestações contra PCHs no Mato Grosso
8 Artigo de Edvaldo Alves de Santana: “Distribuir ou comercializar? Conflito e ineficácia: liberar consumidores é a solução (Parte 1)”

Empresas
1 Eletropaulo usará medidor nacional em rede inteligente
2 Eletropaulo cobra melhorias nas políticas públicas para smart grid no Brasil
3 Liminar complica alienação de ativos da Abengoa
4 Celpe investe R$ 13 milhões em nova subestação em Recife
5 Indenização de instalações de transmissão da Chesf é de R$ 5 bi

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 Itaipu está mais próxima de produzir 100 milhões de MWh em 2016
3 Preço da energia incentivada sobe e diminui liquidez no ACL

4 UHE Jirau coloca 150 MW em testes

Meio Ambiente
1 MP recomenda que Ibama cancele licenciamento da usina de São Luiz do Tapajós
2 Ibama realiza audiências públicas sobre PBCA da UHE Santo Antônio

Energias Renováveis
1 Eólicas crescem 53% em maio, reitera MME
2 Parque eólico Santa Mônica I inicia testes de 5,4 MW

Gás e Termelétricas
1 Gasmig vai ser capitalizada
2 Schneider de olho nas mudanças no mercado de gás do Brasil

Grandes Consumidores
1 Fábrica da Fiat usa conceitos radicais de eficiência energética

Economia Brasileira
1 Balança comercial tem superávit de US$ 4,57 bi em julho, melhor resultado em dez anos
2 Indústria ainda não vive momento de inflexão, avalia IBGE

3 Faturamento da indústria volta a subir em junho, aponta CNI
4 BC será bem-sucedido e inflação vai convergir, afirma Meirelles
5 IPC-S acelera em três de sete capitais na quarta medição de julho
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Colômbia: Preço de escassez de energia, a revisão pelo Governo
2 Portugal: Governo vai financiar com 25 mi projetos de energias renováveis
3 SolarCity aceita proposta de aquisição da Tesla de US$ 2,6 bi

Biblioteca Virtual do SEE
1 SANTANA, Edvaldo Alves de. “Distribuir ou comercializar? Conflito e ineficácia: liberar consumidores é a solução (Parte 1)”. Papo de Energia. 1º de agosto de 2016.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL / EKLA-KAS: Seminário Internacional "Integração e Segurança Elétrica na América Latina"

Estão abertas as inscrições para o Seminário Internacional "Integração e Segurança Elétrica na América Latina", realizado pelo GESEL em parceria com o EKLA-KAS - Programa Regional Segurança Energética e Mudanças Climáticas na América Latina da Fundação Konrad Adenauer. O evento acontece nos dias 25 e 26 de agosto de 2016 e propõe uma discussão sobre a integração elétrica na América do Sul, baseada em fontes renováveis. No primeiro dia, a discussão será dividida em dois blocos temáticos: político-diplomático e econômico. No segundo dia, o enfoque será dado à integração elétrico-energética e os impactos das novas tecnologias. O Seminário será realizado no Salão Pedro Calmon - Palácio Universitário da UFRJ/Campus da Praia Vermelha (Av. Pasteur, 250 - 2º andar - Urca - Rio de Janeiro) e contará com tradução simultânea para português, inglês e espanhol. Para inscrições e programação, acesse http://seminario.gesel.ie.ufrj.br/ (GESEL-IE-UFRJ – 25.07.2016)

<topo>

2 Por realismo, governo adia revisão de usinas

O MME pretende adiar a aguardada revisão das garantias físicas de UHEs. Com base no documento, as empresas negociam seus contratos de fornecimento e o ONS desenha sua estratégia para garantir que haja luz para todo mundo. Enquanto isso, o governo identifica a eventual necessidade de novos leilões para atender a demanda. O ex-ministro Eduardo Braga e sua equipe haviam concluído, semanas antes do afastamento de Dilma Rousseff pelo Senado, um levantamento que reduzia o volume de MW certificados em meros 0,1%. Trata-se de montante inferior a 50 MW médios. A conclusão foi recebida com descrédito pelo governo de Michel Temer. A consultoria PSR vinha causando discussões ao apontar uma ineficiência de 11% na operação das UHEs. Por diversos fatores, as turbinas gastavam mais água do que o indicado pelos modelos computacionais do sistema interligado. Uma série de possibilidades foi aventada: equipamentos descalibrados, assoreamento dos reservatórios, qualidade de informações relativas às vazões na região Nordeste. Eis que um dos sócios-diretores da PSR, o matemático Luiz Barroso, tornou-se em julho o novo presidente da EPE. Ele e o secretário-executivo do ministério, Paulo Pedrosa, manifestaram desconforto em levar adiante o trabalho deixado pelo governo de Dilma Rousseff. A nova equipe esbarra, porém, na cobrança do TCU por uma solução rápida sobre o tema. O órgão de controle tem advertido que o sistema interligado provavelmente opera com superestimativa das garantias físicas. Não fez cálculos de quanto pode ser excesso, mas observou que o governo já contratou 9.778 MW nos LER para cobrir eventuais diferenças entre a oferta de megawatts no papel e o que é efetivamente produzido. De acordo com as estimativas do TCU, o custo total dos contratos de energia de reserva - com 20 anos de vigência - é de R$ 70 bi. Pelas regras do setor, essa conta é repassada para os consumidores na forma de encargos cobrados nas tarifas. O "descompasso entre a garantia física nominal das usinas e as respectivas capacidades reais de energia", diz o tribunal, gera uma fatura anual de R$ 3,5 bi por ano. Esse processo foi sendo adiado sucessivamente, mas o governo se comprometeu com o recálculo no fim de 2014. Falhou novamente com o cronograma e passou, então, a receber uma pressão mais forte do TCU. Diante da cobrança, o ministério acelerou os trabalhos e estava a ponto de apresentar a conclusão quando houve o afastamento de Dilma. (Valor Econômico – 02.08.2016)

<topo>

3 Desembolsos do BNDES para setor elétrico caem 129%

Em meio a sinalizações de que diminuirá sua participação no financiamento de projetos de infraestrutura, o BNDES divulgou números que já apontam uma redução nas liberações para o setor elétrico. No primeiro semestre de 2016, o banco de fomento desembolsou R$ 4,581 bi para projetos de energia elétrica, um recuo de 129% em relação aos R$ 10,491 bi liberados para o setor em igual período de 2015. A maior queda foi verificada pelas usinas de geração hidráulica e PCHs, que tiveram recursos liberados que somam R$ 260 mi. No ano passado foram liberados R$ 4,373 bi para o segmento. Como a hidrelétrica de Belo Monte começou a entrar em operação no início do ano passado, os recursos destinados ao projeto podem ter afetado esse indicador. Outra queda acentuada das liberações foi percebida no setor de distribuição/comercialização de energia. No primeiro semestre deste ano o segmento recebeu R$ 702 mi em recursos do BNDES, volume 253% menor que o desembolsado pelo banco no ano passado, em igual período, quando foram liberados R$ 2,485 bi. Por outro lado, e atenuando o impacto de Belo Monte na comparação entre os desembolsos do banco, o segmento de transmissão de energia elétrica recebeu 22% mais recursos do BNDES neste primeiro semestre de 2016. Foi liberado R$ 1,171 bi para o setor, dos R$ 905 mi recebidos no ano passado. As eólicas também contaram com um volume maior de recursos liberados. Foram desembolsados R$ 2,234 bi para o setor nos primeiros seis meses deste ano, 19,35% mais que em igual período de 2016 (R$ 1,802 bi). Outros importantes indicadores divulgados pelo banco são as aprovações, que apontam o nível dos desembolsos no curto prazo, e as consultas, que mostram as solicitações de empresa. Enquanto as aprovações aumentaram 18% entre o primeiro semestre de 2015 e igual período de 2016, quando somou R$ 4,195 bi; as consultas diminuíram 10%, na mesma base de comparação, somando R$ 11,570 bi. O BNDES sinaliza que diminuirá sua participação em projetos de infraestrutura, o que deve liberar espaço para outros produtos e instituições complementarem a parte da dívida dos projetos. Há oportunidade para produtos financeiros como as debêntures incentivadas ou bancos multilaterais, de fomento, etc. Mas essas opções ainda não estão totalmente desenvolvidas e ainda são caras e escassas. A tendência é que o preço dos projetos passe a refletir o aumento dos custos da dívida e da maior parcela de capital próprio necessária para os investimentos. (Agência Brasil Energia – 01.08.2016)

<topo>

4 Conta Bandeiras vai repassar R$ 1.373.983,81 para distribuidoras

A Aneel, em1º de agosto, os valores da Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias, para a liquidação das operações do mercado de curto prazo referentes à contabilização do mês de junho de 2016. Os valores somam R$ 1.373.983,81 e deverão ser repassados para as distribuidoras nas contas correntes vinculadas às liquidações do MCP até o próximo 8 de agosto, após o rateio da eventual inadimplência, devendo o valor definitivo ser aprovado pela Aneel. A Celpa (PA) vai receber o maior valor, de R$ 309.657,41. (Agência CanalEnergia – 01.08.2016)

<topo>

5 Governo e OAB criam fórum de Energias Renováveis no Piauí

Em 28 de julho, o Governo do Estado do Piauí, por meio da secretaria de Estado de Mineração, Petróleo e Energias Renováveis, e a Comissão de Matrizes Energéticas e Energias Renováveis da Ordem dos Advogados do Brasil, criaram o Fórum de Energias Renováveis do Piauí. O Fórum trabalhará de forma ampla desde os mecanismos de controle até a eficiência energética, contando com a participação dos agentes públicos e privados nessa organização. Na solenidade de criação foram convidados representantes dos setores financeiro e produtivo. Instituições como Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa Econômica, Eletrobras, Chesf, Associação Industrial, Federação das Indústrias, Fundação de Amparo à Pesquisa e Universidades foram convidadas para participar do debate. "A criação do Fórum visa organizar o estado nesse fórum para que no futuro tenhamos o poder de fiscalização e controle e, assim, dotar de mecanismos jurídicos, legais os órgãos responsáveis por fiscalizar esse setor no estado", explica o secretário de Energias Renováveis, Luís Coelho. O estado do Piauí é hoje o terceiro maior produtor de energia fotovoltaica do Brasil. "O Piauí está na região equatorial e nós temos que valorizar esse nosso sol e quando dotamos o estado de um fórum que trata dessa temática, nós queremos melhorar ainda mais a nossa eficiência energética", conclui Luís Coelho. (Agência CanalEnergia – 01.08.2016)

<topo>

6 Secretaria de Energia de SP lança portal de informações energéticas

A Secretária de Energia e Mineração de São Paulo lançou no último sábado, 30 de julho, o seu novo portal na internet: http://www.energia.sp.gov.br/. O site do órgão apresenta informações detalhadas dos principais energéticos produzidos e consumidos no Estado de São Paulo como energia elétrica, petróleo e seus derivados, gás natural, mineração, biomassa e energias renováveis. Realizamos um benchmark completo analisando as principais ferramentas online do setor de energia, tanto no Brasil quanto no exterior, e com o apoio das equipes técnicas da Secretaria produzimos novos textos, mapas, gráficos e tabelas, que estão em linha com a diretriz estratégica do Governo de São Paulo no setor energético", explica Armando Junior, coordenador do Grupo de Comunicação e Marketing da Secretaria de Energia e Mineração. Os municípios paulistas agora contam com a ferramenta chamada Dados Municipais. As 645 cidades saberão facilmente o seu consumo anual de energia elétrica e gás natural divididos nas categorias residencial, industrial, comercial, rural e iluminação pública. A ferramenta também apresenta o volume utilizado no município de gasolina, etanol, diesel, querosene, GLP, coque e asfalto. "Essas informações são fundamentais para as prefeituras, que podem se antecipar a uma possível desaceleração econômica ao verificar uma forte redução no consumo de energia elétrica industrial, por exemplo", explica o coordenador de Dados Energéticos da Secretaria, Reinaldo Almança. (Agência CanalEnergia – 01.08.2016)

<topo>

7 MPF avalia manifestações contra PCHs no Mato Grosso

O MPF avalia relatório que aponta impactos negativos de PCHs na região do Vale do Juruena, no Mato Grosso. O documento foi elaborado por sete etnias indígenas e entregue à 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do órgão, durante reunião de 28 de julho. Ao todo, são previstas na região a construção de 102 usinas, das quais 43 poderiam inviabilizar a sobrevivência das comunidades. Entre os impactos apontados, então diminuição da quantidade e espécies de peixes nos rios. A solução apontada no relatório inclui a elaboração de estudo integrado da bacia composta pelos rios Juruena, Teles Pires e Tapajós, além da reavaliação dos impactos socioambientais dos empreendimentos já construídos na região. O relatório é resultado de debate feito em junho, na terra indígena Menkü, que reuniu representantes das etnias Myky, Manaoki, Enawenenê Nawê, Apiaká, Kayabi, Munduruku e Negarotê. (Agência Brasil Energia – 01.08.2016)

<topo>

8 Artigo de Edvaldo Alves de Santana: “Distribuir ou comercializar? Conflito e ineficácia: liberar consumidores é a solução (Parte 1)”

Em artigo publicado em seu blog “Papo de Energia” (https://papodeenergia.wordpress.com/) , o Prof. Edvaldo Alves de Santana, ex-Diretor da Aneel, discute o segmento de distribuição, como embrião de três alternativas de design. O foco consiste na mudança de filosofia, em que a liberdade de escolha por parte dos consumidores é a essência das propostas. O autor confronta os resultados e as vantagens da total liberação dos consumidores com exemplos reais e bem recentes do setor elétrico brasileiro. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 02.08.2016)


<topo>

 

Empresas

1 Eletropaulo usará medidor nacional em rede inteligente

O projeto piloto de instalação de smart grid da Eletropaulo ganhou força com a homologação do primeiro medidor com tecnologia híbrida pelo Inmetro. Os medidores, fabricados pela WEG, são os primeiros no país com essa tecnologia, que permite a chamada "tarifa branca", que varia de acordo com os horários de consumo. Segundo Maria Tereza Vellano, diretora de planejamento e engenharia da Eletropaulo, a certificação desses medidores é um ponto importante para o andamento do projeto da empresa em Barueri, pois é uma exigência do regulador que tenham a homologação pelo Inmetro. Sem isso, a empresa teria que instalar dois medidores em cada unidade consumidora. "Sem isso, eu não conseguiria andar com o projeto", disse Maria Tereza. O plano da companhia é instalar a tecnologia em 60 mil unidades consumidoras em Barueri, na Grande São Paulo, atingindo cerca de 250 mil pessoas. A Eletropaulo prevê investir mais de R$ 70 mi no projeto. Esse tipo de medidor possibilita ao cliente acompanhar diariamente seu o consumo de energia. Também permite o uso de geração distribuída, com painéis fotovoltaicos, por exemplo, medindo o que for para uso próprio e a devolução do excedente da energia não utilizada para o sistema tradicional de distribuição. O diferencial do equipamento é a tecnologia híbrida, que permite que a comunicação entre a rede utilize rádio frequência ou a própria rede elétrica. De acordo com o diretor de automação da WEG, Manfred Peter Johann, o primeiro contrato de venda dos medidores é o da Eletropaulo, mas já há outras grandes concessionárias de distribuição de energia sendo mapeadas. O início do fornecimento dos equipamentos da WEG à Eletropaulo começará já neste ano, e o restante será entregue ao longo de 2017, disse ele. (Valor Econômico – 02.08.2016)

<topo>

2 Eletropaulo cobra melhorias nas políticas públicas para smart grid no Brasil

A homologação do equipamento ajuda, mas a implementação de smart grid no Brasil depende de uma série de melhorias nas políticas públicas do segmento, disse Maria Tereza Vellano, diretora de planejamento e engenharia da Eletropaulo. Hoje, grande parte dos componentes desses equipamentos são importados, o que encarece o custo final. "Só vai baratear quando tivermos políticas públicas que incentivem a fabricação no Brasil, como desoneração fiscal", disse Maria Tereza. (Valor Econômico – 02.08.2016)

<topo>

3 Liminar complica alienação de ativos da Abengoa

O TJRJ determinou o bloqueio de 3,9% das ações da MTE, pertencentes à Abengoa, em favor da Tabocas Participações Empreendimentos. A Abengoa firmou um contrato cuja uma de suas obrigações era transferir para Tabocas uma parte das ações que detém na empresa MTE e NBTE. No entanto, de acordo com o advogado Tiago Lobão Cosenza, sócio do Leite, Tosto e Barros Advogados, representante da Tabocas, a Abengoa descumpriu este contrato. A Justiça entendeu que o bloqueio é necessário e deve ser vedada a alienação das ações. Para o advogado, a liminar deve ser mais um complicador para a Abengoa no seu processo de venda de ativos. Em ambas as ações, as liminares impedem a venda a parcela bloqueada. A Abengoa enfrenta grandes dificuldades financeiras na Espanha e no Brasil. A empresa entrou com pedido de proteção contra dívidas na Europa em novembro de 2015. No Brasil, possui 6,8 mil quilômetros de linhas de transmissão em operação e 6,1 mil quilômetros em implantação. Entre as obras em construção está o projeto do linhão que irá escoar parte da energia da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), para o Nordeste. No final de junho, a Agência Nacional de Energia Elétrica decidiu iniciar o processo de caducidade das concessões ainda em fase de construção. A expectativa é que o processo seja concluído ainda neste mês de agosto. (Agência CanalEnergia – 01.08.2016)

<topo>

4 Celpe investe R$ 13 milhões em nova subestação em Recife

A Celpe inaugurou nova subestação com tecnologia de painéis isolados a gás (GIS, na sigla em inglês). A instalação atenderá o fornecimento para cerca de 55 mil consumidores em parte dos municípios pernambucanos de Recife e Jaboatão dos Guararapes. Os investimentos chegaram a R$ 13 milhões. Chamada Setúbal, a subestação é a primeira com a tecnologia GIS com a configuração “H” em operação no Brasil e a segunda no mundo, segundo a empresa. A configuração consiste em cinco disjuntores de 69 kV. O sistema possui oito circuitos de média tensão, em 13,8 kV, e é atendido por duas linhas de transmissão. A subestação foi construída em função do adensamento populacional da região. A escolha da inovação levou em consideração a dimensão reduzida do terreno onde a instalação está implantada. O módulo de disjuntores isolados a gás foi importado. Em 2016, a companhia já iniciou a operação de quatro subestações na sua área de concessão, em Pernambuco, somando cerca de R$ 35 mi em investimentos, para atendimento a mais de 400 mil consumidores. São elas, Vertentes, Santa Cruz, Serrita e Limoeiro. Até o final do ano, a expectativa da empresa é entregar dez subestações, com investimentos totais de R$ 90 mi. (Agência Brasil Energia – 01.08.2016)

<topo>

5 Indenização de instalações de transmissão da Chesf é de R$ 5 bi

Após ajustes no laudo de avaliação das instalações da Rede Básica que ainda serão indenizadas à Chesf, a Aneel chegou a um valor líquido de R$ 5,092 bi. A base de remuneração calculada pela empresa era de R$ 5,627 bi. A indenização é referente à parcela dos ativos de transmissão que entraram em operação até 31 de maio de 2000 e ainda não estão amortizados. O valor da RBSE a ser pago à Chesf será homologado pela diretoria da Aneel na reunião desta terça-feira. Assim como as demais transmissoras que renovaram as concessões pelas regras da Lei 12.783, a subsidiária Eletrobras terá direito a receber indenização pelos investimentos realizados em instalações antigas. Os contratos de transmissão enquadrados na lei resultante da MP 579 foram renovados em 2013, quando houve a reversão dos bens para a União e as transmissoras passaram de proprietárias a operadoras das instalações, serviço pelo qual serão remuneradas. Até agora apenas os ativos da Rede Básica de Novas Instalações, implantados a partir de abril de 2000, tiveram o pagamento homologado e pago pelo Tesouro. (Agência CanalEnergia – 01.08.2016)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do submercado Nordeste terminaram o mês de julho com volume de 23,3%, mostrando que a crise hídrica na região não arrefeceu, embora tenha melhorado em relação ao ano passado. De acordo com dados do ONS, o valor é pouco maior do registrado em julho de 2015, de 22,49%. Em 2014, quando já se evidenciava a hidrologia ruim, os níveis eram de 36,56%. A energia armazenada na região no mês é de 12.061 MW/mês e a ENA é de 1.215 MWm, que equivale a 32% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Sobradinho opera com 18,64% da capacidade. O submercado SE/CO mostrou boa capacidade de recuperação, terminando o mês com volume de 51,5%. Em julho do ano passado, a marca era de 37,43% e em 2014, de 34,40%. A energia armazenada na região chega a 104.463 MW/mês e a ENA é de 18.653 MWm, que equivale a 90% da MLT. A usina de Furnas opera com 73,6% da sua capacidade e a de Nova Ponte está com 35,78%. O Norte do país é outra região que mostra preocupação, porque se em 2015 ela encerrou julho operando com volume de 75,6%, este ano a queda foi de mais de vinte pontos percentuais, ficando em 54,4%. O volume em julho de 2014 também era bem maior, de 84,9%. A energia armazenada é de 8.186 MW/mês e a ENA é de 1.392 MWm, o mesmo que 45% da MLT. A hidrelétrica de Tucuruí está com volume de 83,14%. Os reservatórios da região Sul também terminaram julho com um nível menor que do ano passado, porém ele continua elevado, de 88,1%. O volume é inferior aos 96,76% de julho do ano passado e aos 90,5% de 2014. A energia armazenada é de 17.581 MW/mês e a ENA é de 5.569 MWm, que corresponde a 90% da MLT. A usina de Barra Grande opera com 89,69% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 01.08.2016)

<topo>

2 Itaipu está mais próxima de produzir 100 milhões de MWh em 2016

De janeiro a julho deste ano, a hidrelétrica de Itaipu (14.000 MW) produziu 60,4 milhões de MWh, o que representa um desempenho 3,30% maior na comparação com 2013, melhor ano do histórico da usina. Permanecendo esse desempenho, a meta anual dos 100 milhões de MWh torna-se cada vez mais real em 2016. Em julho, a Itaipu produziu 8.843.766 MWh e teve a terceira melhor performance do mês em todo o período da usina. É a primeira vez que a hidrelétrica consegue manter uma produção média anual acima dos 8 milhões de MWh em sete meses seguidos. O volume produzido até agora, neste ano, é superior até mesmo ao das dez maiores usinas instaladas no Brasil, que, juntas, somaram 59 milhões de MWh no período. A produção de Itaipu nos primeiros sete meses do ano seria suficiente para atender o consumo do Brasil inteiro por um mês e meio, o da cidade de São Paulo por dois anos e a demanda da cidade do Recife por 18 anos. Para o diretor técnico executivo, Airton Dipp, “a alta performance da usina é a consolidação de trabalho bem alinhado entre gestão e otimização sustentável dos recursos usados na geração de energia limpa e renovável de Itaipu, para atender os sistemas elétrico do Brasil e do Paraguai”. Até a manhã desta segunda-feira, 1º de agosto, a usina havia produzido 60,516 milhões de MWh. Em 2013, nesse mesmo período, a geração somou 58,6 milhões de MWh. Em relação ao ano passado, o acréscimo é de quase 19%, quando foram produzidos 51.132.843 MWh. Já a produção acumulada nos 32 anos de operação chega a 2.373.215.067 MWh. (Agência CanalEnergia – 01.08.2016)

<topo>

3 Preço da energia incentivada sobe e diminui liquidez no ACL

O preço da energia incentivada subiu nos últimos três meses e, por consequência, reduziu a liquidez desse produto no mercado livre. Segundo Sérgio Lopes, diretor de Gestão de Energia da Deal Comercializadora, houve momentos em que o preço subiu cerca de R$ 50/MWh em comparação com os R$ 160/MWh praticados antes do aumento da migração de novos consumidores especiais. Ele explica que, com a redução de tarifa de algumas distribuidoras do país e com o aumento do custo da energia incentivada causado pela alta demanda, os consumidores precisam avaliar a oportunidade com cuidado para conseguir capturar os benefícios do mercado livre. "É muito importante fazer esse comparativo do cativo versus livre para ver se ainda continua sendo vantajoso. Com o aumento do preço da energia incentivada e a queda na tarifa em algumas distribuidoras, o cliente precisa ver com bastante cuidado essa migração para o ACL", disse Lopes, que acaba de ingressar no quadro societário da Deal. O "boom" de migrações se iniciou no ano passado. Com o “realismo tarifário”, expressão utilizada pelo governo para justificar o aumento de 50% na tarifa cativa em 2015, muitos consumidores viram no mercado livre uma oportunidade de redução de custos com energia elétrica. No primeiro semestre deste ano, 1.151 novas unidades migraram para o ACL, segundo a CCEE. Atuando há seis anos no mercado, a Deal Comercializadora acaba de estruturar seu departamento de gestão de energia com a finalidade de ampliar a sua atuação no setor. Atualmente, a Deal opera cerca de 500 MWm mensais em contratos de curto, médio e longo prazo. “Pensamos na área de gestão de energia para atender uma antiga solicitação dos nossos clientes e a repercussão foi imediata com o fechamento de novos contratos para a empresa. O importante é que na tomada de decisão dos nossos clientes, possamos garantir um diferencial competitivo, aliando os nossos conhecimentos e experiências. Os nossos clientes poderão contar com um atendimento altamente profissional de acordo com as suas necessidades”, diz o diretor comercial e sócio Rodrigo Cosac Nacacio. De acordo com a regulação do mercado, o consumidor especial - aquele com demanda entre 500 kW e 3MW - deve adquirir energia somente de fontes primárias incentivadas (usinas eólicas, solares, biomassa ou pequenas centrais hidrelétricas). Hoje, estas empresas representam mais de 40% do total de agentes da CCEE. (Agência CanalEnergia – 01.08.2016)

<topo>

4 UHE Jirau coloca 150 MW em testes

A Aneel liberou as seguintes usinas para darem início as operações comerciais a partir de 29 de julho. Na UTE Klabin Celulose, a unidade liberada foi a de número 2, de 165 MW de capacidade instalada. A EOL Itarema IX também obteve a liberação. O benefício foi para UG1 a UG10 de 3 MW cada, totalizando 30 MW de capacidade instalada. A UHE Santo Curucaca também poderá dar início as operações comerciais. As unidades liberadas foram UG1, de 1,8 MW, UG2 e UG3, de 2,771 cada, totalizando 7,342 de potência instalada. A Aneel também liberou o início das operações em teste a partir do dia 29 de julho na UHE Jirau. O benefício foi para UG44 e UG45, de 75 MW cada, totalizando 150 MW de capacidade instalada. A EOL Testa Branca III também obteve a liberação da UG8, de 2,2 MW. A EOL Vila do Pará I também foi liberada e o benefício foi para UG5 e UG6, de 3 MW cada, totalizando 6 MW. Outra que também poderá das início aos testes é a EOL Vila do Pará II. As unidades liberadas foram as de número 1 e 2, de 3 MW cada, totalizando 6 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 01.08.2016)

<topo>

 

Meio Ambiente

1 MP recomenda que Ibama cancele licenciamento da usina de São Luiz do Tapajós

O MPF recomendou ao Ibama que cancele o licenciamento da usina hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, no Pará. A obra alagaria três aldeias indígenas Munduruku e foi considerada inconstitucional pela Funai, uma vez que a Constituição veda a remoção de povos indígenas de suas terras. A obra estava em andamento porque, até abril deste ano, a aldeia Munduruku não era reconhecida oficialmente. O Ibama tem até o próximo dia 7 de agosto para responder à recomendação. “Cabe ao Ibama o cancelamento do processo de licenciamento ambiental da usina São Luiz do Tapajós, em função de inconstitucionalidade do projeto ante a necessidade de remoção forçada de povos indígenas, nos termos do artigo 231 da Constituição Federal”, diz a recomendação assinada pelo procurador da República Camões Boaventura. O MPF já havia se pronunciado anteriormente pelo cancelamento da obra da usina, mas o Ibama havia pedido mais tempo, sob a alegação de que a Eletrobrás buscava formas de refutar o entendimento da Funai. Para o Ministério Público, no entanto, a “manifestação da Eletrobrás é um novo capítulo na longa insistência do setor elétrico em alagar o território Sawré-Muybu com a usina de São Luiz do Tapajós”. No parecer, o procurador alega, inclusive que a empresa também atuou para atrasar o RCID, que reconheceu a aldeia. (O Globo – 02.08.2016)

<topo>

2 Ibama realiza audiências públicas sobre PBCA da UHE Santo Antônio

Nos dias 12 e 13 de agosto, o Ibama realizará audiências públicas para apresentação e discussão do PBCA da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, da Santo Antônio Energia, localizada no Rio Madeira, em Porto Velho (RO). O PBCA refere-se à elevação do nível d'água máximo normal em 0,80 metros e acréscimo de 6 unidades geradoras (turbinas de cinco pás) no leito do Rio Madeira, totalizando 50 unidades, para aumentar a potência instalada da UHE Santo Antônio dos atuais 3.150,43 MW para 3.568 MW. A audiência pública é uma das etapas da avaliação de impacto ambiental e o principal canal de participação da comunidade nas decisões relacionadas ao empreendimento. Seu objetivo é apresentar o conteúdo dos estudos desenvolvidos pelo empreendedor aos interessados, esclarecer dúvidas e receber críticas e sugestões. As audiências serão realizadas no dia 12, a partir das 19h, no Distrito de Jacy-Paraná, em Porto Velho, e no dia 13, a partir das 10h, no Bairro Lagoas, em Porto Velho. (Agência CanalEnergia – 01.08.2016)

<topo>

 

Energias Renováveis

1 Eólicas crescem 53% em maio, reitera MME

A produção eólica cresceu 53% em maio, na comparação com o mesmo mês de 2015, para 2.349 GWh, maior variação entre as fontes. No acumulado dos 12 meses anteriores, o crescimento chegou a 59,8%. A geração total no sistema ficou em 44.055 GWh, aumento de 1%. As informações são do boletim mensal de monitoramento, do MME, e indica maior retração na fonte térmica, com queda de 29,8%, para 8.291 GWh, na base anual. A geração hidrelétrica, por sua vez, teve alta de 10,4%. para 33.413 GWh. Em relação à capacidade instalada, com referência no mês de junho, as renováveis também se destacaram, com participação de 80% da matriz. Apenas a eólica atingiu 9.023 MW, aumento de 45,9% na comparação com junho do ano passado. A solar subiu mais de 100%, para 23 MW. Já as térmicas e hidrelétricas tiveram crescimento de 3,2% e 3,8% na capacidade, respectivamente, para 42.288 MW e 93.649 MW. O total da matriz nacional ficou em 144.983 MW, variação de 5,5% na base anual. (Agência Brasil Energia – 01.08.2016)

<topo>

2 Parque eólico Santa Mônica I inicia testes de 5,4 MW

O parque Santa Mônica I (18,9 MW – CE) iniciou os testes de duas unidades geradoras, em um total de 5,4 MW. A usina possui ao todo sete aerogeradores, de 2,7 MW cada, e fica no município de Trairi. A operação foi autorizada pela Aneel nesta segunda-feira . A usina foi negociada pela Engie Brasil Energia no leilão A-3 de 2015, com previsão para entrar em plena operação em outubro deste ano. (Agência Brasil Energia – 01.08.2016)

<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 Gasmig vai ser capitalizada

A Cemig pretende realizar operação de capitalização da Gasmig, subsidiária de gás natural da empresa mineira de energia elétrica, informou nesta segunda-feira (1º/8) em fato relevante. O objetivo da operação é financiar plano de obras e ampliar atendimento ao mercado de Minas Gerais. Segundo a companhia, a diretoria da Cemig aprovou a contratação de assessoria financeira "visando desenvolver e propor um modelo de negócios que viabilize a capitalização da sua controlada". A empresa tem cerca de 7 mil clientes e a meta era de fechar este ano com 19 mil clientes. Atualmente, a malha de dutos da Gasmig contabiliza aproximadamente 1 mil quilômetros de extensão. No ano passado, a companhia vendeu 1,4 milhão de m³ de gás natural, sendo 61,5% destinados para o segmento industrial e 33,8% para as termelétricas. (Agência Brasil Energia – 01.08.2016)

<topo>

2 Schneider de olho nas mudanças no mercado de gás do Brasil

A Schneider Electric está de olho no mercado de gás do Brasil. Com soluções reconhecidas de monitoramento e gestão operacional nesse setor, a empresa de origem francesa tem a expectativa que a discussão envolvendo uma nova regulamentação do gás e o novo momento global da fonte impulsione um novo ciclo de investimentos. Mesmo o momento de baixo investimento no mundo não desanima a empresa, que lembra o gás existente na camada pré-sal como efeito motivador. "É um momento em que os investidores estão vendo com bons olhos as possibilidades que começarão a surgir a partir dessa nova realidade", afirmou Luís Felipe Kessler, vice-presidente de Global Solutions em óleo e gás da Schneider no Brasil. A aposta da empresa na gestão operacional na área de gás vem da aquisição da Invensys, feita há dois anos. Segundo Kessler, a empresa tem uma carteira robusta de softwares que auxiliam os clientes na otimização dos processos antes da construção e execução até a parte de gestão operacional. Com liderança na área de GNL, o executivo acredita que ela será uma das responsáveis por atrair mais clientes. Kessler vê o Brasil como um grande mercado com muitas empresas do setor buscando a eficiência, uma vez que a segurança de contrato que era dada pelo valor da commodity não existe mais. Ele conta que a meta agora é conseguir gerir melhor uma térmica a gás ou um gasoduto otimizando todos os processos. Os laboratórios da Schneider em Houston, nos Estados Unidos, trabalham para a integração de todas as soluções que envolvem o GNL, desde a gestão operacional até o controle elétrico, de modo que o cliente possa fazer a melhor tomada de decisão. As e-houses ou eletrocentros são outra aposta da Schneider para o Brasil. Elas são pequenas subestações pré-fabricadas em Blumenau (SC) destinadas a grandes plantas, como termelétricas, refinarias ou ainda as plataformas de petróleo. Ela é montada, integrada na fábrica, pré-testada e conectada no cliente. "Isso reduz o tempo de comissionamento e o custo geral do projeto. O cliente tem uma coisa pré-testada e garantida e fazemos com todos os produtos da Schneider ", aponta Kessler. Ele insere as e-houses como uma transformação, já que antes em uma época da construção civil mais barata, a subestação era colocada dentro da planta. Com a e-house, houve um ganho de custo e de tempo que já está sendo captado. (Agência CanalEnergia – 01.08.2016)

<topo>

 

Grandes Consumidores

1 Fábrica da Fiat usa conceitos radicais de eficiência energética

A fábrica da Fiat em Goiana (PE), que produz modelos da linha Jeep desde abril de 2015, foi concebida com tecnologias produtivas que reduzem em média até 30% o consumo da montadora, na comparação com as demais plantas do grupo no Brasil e no mundo. Conforme revela o gerente de Meio Ambiente, Saúde e Segurança da FCA (Fiat Chrysler Automobiles) na América Latina, Cristiano Félix, a área de pintura da fábrica foi a primeira do grupo a utilizar o chamado ciclo compacto. Trata-se de tecnologia, denominada primerless, que dispensa o uso de aplicação do primer, uma das etapas intermediárias do processo tradicional de pintura, o que reduziu o consumo de energia, água e emissões atmosféricas. Segundo o executivo, fisicamente a tecnologia dispensou uma cabine inteira de revisão. Outra nova solução na área de pintura, responsável por 31% de todo o consumo da planta, foi a implantação de sistema de recirculação do ar quente gerado pelos fornos, promovendo mais redução no consumo de energia. “Em comparação com fábricas com o modelo convencional, a pintura na unidade Jeep consome 29% menos energia e diminui em 20% no uso de produtos químicos”, diz Félix. A pintura na planta Jeep tem capacidade instalada para 60 carros/hora. Houve ainda inovação na área de prensas. O motor de uma das duas linhas existentes tem capacidade de regenerar a energia através da transformação de energia cinética, que seria dissipada em resistores, em elétrica. Isso ocorre a partir da utilização de inversores de frequência regenerativos. A energia reaproveitada é direcionada para o próprio equipamento, reduzindo o consumo em 42%, na comparação com linhas convencionais presentes em outras fábricas. A área de prensas representa 7% do consumo da unidade. Além disso, na área de funilaria, 604 robôs entram em regime de espera (stand-by) após 120 segundos de parada, graças a um comando automático. (Agência Brasil Energia – 01.08.2016)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 Balança comercial tem superávit de US$ 4,57 bi em julho, melhor resultado em dez anos

Com as importações caindo a taxas maiores que as exportações, a balança comercial brasileira registrou em julho um superávit de US$ 4,57 bi. É o melhor resultado comercial do país para o mês desde 2006, segundo o Mdic. No acumulado do ano, a balança comercial acumula um superávit de US$ 28,2 bi. Na parcial de 2016, as vendas para o exterior somaram US$ 106,6 bi e os desembarques, US$ 78,4 bi. O resultado é o melhor superávit para os sete primeiros meses do ano desde o início da série histórica do Mdic, em 1989 e já supera o saldo positivo registrado em todo o ano passado (US$ 19,69 bi). Apesar do saldo positivo, o comércio exterior brasileiro ainda não foi capaz de aumentar as receitas das exportações. Em julho, as vendas para o exterior somaram US$ 16,3 bi, queda de 3,5% na média diária em relação ao mesmo mês de 2015. Com a queda nos embarques, o saldo positivo é explicado pela retração acentuada das importações — resultado da baixa atividade econômica interna. Os desembarques em julho somaram US$ 11,8 bi, tombo de 20,3%, pela média diária, em relação o mesmo período do ano passado. Por outro lado, o perfil da balança mostra que empresariado brasileiro está exportando com preços mais baixos em dólar, mesmo com a desvalorização da moeda americana. No mês passado, a quantidade de produtos exportados aumentou 2,6%, na comparação com 2015, mas o valor vendido caiu 5,9% no período. O volume de desembarques foi 13,5% menor que no ano passado e os preços recuaram 7,9%. No acumulado do ano, a quantidade de produtos exportados já aumentou 8,6% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto os preços caíram 13,6%. (O Globo – 01.08.2016)

<topo>

2 Indústria ainda não vive momento de inflexão, avalia IBGE

Embora a indústria tenha crescido pelo quarto mês seguido, com avanço de 1,1% em junho, a atividade ainda opera num patamar semelhante ao registrado em fevereiro de 2009. Desde 2012, quando o setor teve uma sequência de cinco meses de alta entre abril e agosto, não há uma série de resultado positivo tão prolongado. "Há uma melhora gradual e uma visão de que a queda mais acentuada do setor industrial ficou para trás", afirmou o gerente da coordenação de indústria do IBGE, André Macedo. Segundo o responsável pela Pesquisa Indústria Mensal (PIM), apesar do resultado, ainda não dá para dizer que o setor vive um momento de inflexão. A indústria ainda está 18,4% abaixo do pico histórico, alcançado em junho de 2013. O indicador acumulado em 12 meses, que também aponta a tendência de mais longo prazo do setor, recuou 9,8% até junho. O IBGE apontou queda de 9,1% na produção industrial no primeiro semestre de 2016. É o pior resultado para uma primeira metade do ano desde 2013, quando houve perda de 13%. "É claro que aquele ritmo de perda intenso que observamos ao longo do segundo semestre de 2015 parece ter ficado para trás, mas ainda assim a indústria tem avançado sobre um patamar muito baixo", afirmou André Macedo. A melhora nos últimos meses foi influenciada principalmente pela produção de bens de capital, que avançou 2,1% em junho e somou o sexto mês seguido de alta. Parte do crescimento se deve ao avanço das expectativas, que tem relação com certo alívio no ambiente econômico e político, destacou o gerente do IBGE. Há ainda melhor nível dos estoques e um crescimento das exportações. Em junho, a alta de 8,4% na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias foi a maior contribuição positiva para o mês. Nos últimos dois meses o aumento desse segmento soma 14,4%, mas ainda está 48,7% abaixo do melhor momento registrado, em julho de 2011. "Há um distanciamento significativo em relação ao ponto mais alto em que esse setor já operou", diz Macedo. No setor de veículos, a produção de caminhões é a principal alta. "Essa atividade ainda não está normalizada, mas há uma diminuição do estoque, principalmente dentro das montadoras. Há ainda redução da jornada de trabalho, embora observemos uma queda menos intensa", ponderou. (Valor Econômico – 02.08.2016)

<topo>

3 Faturamento da indústria volta a subir em junho, aponta CNI

Depois de três quedas consecutivas, o faturamento da indústria cresceu 2% em junho na comparação com maio, na série livre de influências sazonais. No mesmo período, as horas trabalhadas na produção tiveram pequena alta de 0,2% e o nível de utilização da capacidade instalada registrou leve melhora de 0,3 ponto percentual e alcançou 77,4%, informam os Indicadores Industriais de junho, divulgados nesta segunda-feira, pela CNI. De acordo com a pesquisa, o mercado de trabalho continua encolhendo. Em junho, o emprego na indústria caiu 0,6% na comparação com maio, na série de dados dessazonalizados. Foi a 17ª queda consecutiva do indicador. Com a retração do emprego, a massa real de salário recuou 0,6% e o rendimento médio real dos trabalhadores ficou estável, na comparação com maio, na série livre de influências sazonais. Os resultados de junho, embora ainda não indiquem a reversão do ciclo recessivo, são positivos, pois mostram uma pequena reação da atividade industrial, diz a CNI. A saída da crise e a retomada do crescimento da indústria e da economia dependem de ações e reformas que resgatem a confiança dos empresários e criem um ambiente mais propício aos investimentos, à produção e à criação de empregos, avalia o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. "Para o país voltar a crescer de forma sustentada, precisamos investir em infraestrutura, ampliar a participação do Brasil nos mercados internacionais, fazer a reforma da Previdência Social, modernizar as relações do trabalho e melhorar a qualidade dos gastos públicos", afirma Andrade. (Valor Econômico – 01.08.2016)

<topo>

4 BC será bem-sucedido e inflação vai convergir, afirma Meirelles

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira que a meta de inflação de 4,5% para o ano de 2017 é “realista”. “É realista porque temos um critério de transição a partir da situação atual”, disse, afirmando que a convergência para a meta “evidentemente vai depender do trabalho do BC e das expectativas”. “Nosso pressuposto é que o BC começa a ser e será bem sucedido no seu trabalho, no sentido de que a inflação vai convergir para a meta e se manter estável”, disse a jornalistas antes de evento de premiação a empresários, em São Paulo. Ele também voltou a lamentar o crescimento das despesas públicas nos últimos anos. “Temos um déficit enorme e crescimento de despesas nos últimos 15 anos de mais de 6% reais. (...) Portanto é importante que haja trajetória muito curta e muito rápida de convergência”, afirmou. Meirelles ainda rebateu as críticas de que a PEC que limita o crescimento das despesas da União à inflação do ano anterior representa mais indexação da economia. Segundo ele, um congelamento nominal das despesas seria “irrealista e insustentável”. “O plano precisa ser realista para que funcione no longo prazo e desperte confiança em consumidores e investidores. Planos irrealistas não despertam confiança em ninguém”, disse. (Valor Econômico – 01.08.2016)

<topo>

5 IPC-S acelera em três de sete capitais na quarta medição de julho

A inflação medida pelo IPC-S acelerou em três de sete capitais pesquisadas pela FGV da terceira para a quarta quadrissemana de julho. As taxas semanais subiram em Salvador, de 0,29% para 0,43%; Recife, de 0,43% para 0,61%; e Rio de Janeiro, de 0,29% para 0,50%. A inflação cedeu em Brasília, de 0,55% para 0,41%; Belo Horizonte, de 0,16% para 0,09%; Porto Alegre, de 0,79% para 0,67% e São Paulo, de 0,17% para 0,07%. Na média das sete capitais, o IPC-S subiu de 0,36% para 0,37% no período. (Valor Econômico – 02.08.2016)

<topo>

6 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h50, a moeda americana estava cotada a R$ 3,2481, com baixa de 0,68%. Na segunda-feira, no fechamento, o dólar comercial subiu 0,85%, a R$ 3,2705. (Valor Econômico 02.08.2016 e 01.08.2016)

<topo>

 

Internacional

1 Colômbia: Preço de escassez de energia, a revisão pelo Governo

O ministro de Minas e Energia colombiano se comprometeu a começar o quanto antes a avaliação do preço de escassez que rege as empresas geradoras no momento de seca, com o objetivo de dar ao sistema elétrico nacional maior solidez em face dos eventos climáticos futuros que põem em perigo a autossuficiência do país. Durante vários meses, as empresas geradoras de energia pediram ao governo para redefinir a fórmula pela qual o preço é calculado escassez. Acreditam que, do jeito que está definida atualmente, o preço definido não os permite ser rentáveis no momento de entrar em operação, como aconteceu durante o fenômeno do El Niño enfrentado pelo país entre agosto de 2015 e maio deste ano. A principal solicitação dos envolvidos é mudar o combustível incluído na fórmula atual, que se baseia no combustível número 4, que já não é mais usado na geração; a proposta é guiada para que se tenha em conta no lugar do preço do gás liquefeito de petróleo ou o diesel, dependendo de qual apresentar melhor cotação nos mercados internacionais quando as térmicas precisarem operar. (Portafolio – Colômbia – 01.08.2016)

<topo>

2 Portugal: Governo vai financiar com 25 mi projetos de energias renováveis

Serão atribuídos a projetos de energias renováveis pouco disseminadas 25 mi de euros. Em comunicado, a secretaria de Estado da Energia explica que o alvo deste concurso são as tecnologias "que ainda não se encontrem suficientemente disseminadas no território nacional" e que produzam energia, de forma a serem integradas na rede elétrica. Energia das ondas, geotermia, biogás ou eólica em off-shore (no mar) são alguns dos exemplos de projetos de energias renováveis que podem ser abrangidos. De fora estão as tecnologias já disseminadas como a hídrica convencional, a solar convencional e a eólica convencional (em on-shore). Portugal deve atingir uma meta de 31% de renováveis no consumo final bruto de energia, para o horizonte 2020. (Público – Portugal – 31.07.2016)

<topo>

3 SolarCity aceita proposta de aquisição da Tesla de US$ 2,6 bi

A fabricante de carros elétricos e baterias Tesla Motors anunciou nesta segunda-feira que chegou a um acordo com a SolarCity para comprar a instaladora de painéis solares por US$ 2,6 bil , em um grande passo do bilionário Elon Musk para oferecer aos consumidores um negócio totalmente especializado em energia limpa. A empresa a ser criada pela combinação das duas companhias venderá painéis solares, sistemas de baterias domésticos e carros elétricos, tudo sob uma única marca. Musk é presidente da Tesla e presidente do Conselho de Administração da SolarCity, além de ser o maior acionista das duas companhias. “Energia solar e armazenamento têm seu melhor desempenho quando são combinadas”, disseram as companhias em um post no blog oficial da Tesla. O negócio envolve uma cláusula que permite que a SolarCity receba ofertas de outros potenciais compradores por 45 dias até 14 de setembro. O acordo, que deve ser fechado no quarto trimestre, deve ser aprovado pela maioria dos acionistas de Tesla e SolarCity não envolvidos na transação, disseram as companhias. As empresas dizem que a transação deverá também beneficiar os consumidores, que poderão se aproveitar de menores custos de equipamentos e de instalações. (O Globo – 01.08.2016)

<topo>

 

Biblioteca Virtual do SEE

1 SANTANA, Edvaldo Alves de. “Distribuir ou comercializar? Conflito e ineficácia: liberar consumidores é a solução (Parte 1)”. Papo de Energia. 1º de agosto de 2016.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

<topo>


Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO
Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails,  Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing.


Copyright UFRJ