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IFE: nº 4.145 - 01 de agosto de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Seminário “Avaliação do Programa de P&D da Aneel de 2008-2015: Formulação de Propostas de Aprimoramento”
2 Bandeira tarifária de agosto é verde
3 Aneel marca reuniões com conselhos de consumidores
4 CCEE finaliza primeira etapa do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits de Energia Nova
5 Aneel libera EOL Campos dos Ventos V para operar comercialmente

Empresas
1 Eletrobras investe 20,8% do total estimado para o ano
2 Wilson Ferreira Jr. é eleito presidente do conselho da Eletrosul
3 Gamesa defende previsibilidade para manter setor eólico em expansão
4 Lucro da Engie Brasil Energia salta 57% no trimestre
5 Energisa quer R$ 1,3 bilhão com nova oferta de ações
6 Engie Brasil planeja participar em dezembro do leilão de reserva
7 Valor pedido pela Celg-D é irreal e pode afastar investidores, diz CEO da Energisa
8 AES Sul está investindo R$ 2,3 milhões em Maçambará no Rio Grande do Sul

9 Eletrosul prorroga prazo para parceria em empreendimentos de transmissão

10 Utilities planejam ampliar automação inteligente, aponta Accenture

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 Abastecimento de energia preocupa organizadores para Olimpíada
3 PLD sobe para R$ 118,17/MWh em todo o país

Meio Ambiente
1 Ibama marca audiências públicas sobre hidrelétrica Santo Antônio
2 Green bonds brasileiros somam US$ 3 bi

Energias Renováveis
1 MME: Brasil pode ficar entre os 20 maiores produtores de energia solar em 2018

Gás e Termelétricas
1 Termelétrica Klabin inicia operação de 165 MW
2 Petrobras vende por US$ 2,5 bi participação em bloco na Bacia de Santos

Economia Brasileira
1 Déficit nominal de 10% do PIB escancara a fragilidade das contas públicas
2 Mercado prevê inflação mais baixa em 2017

3 Confiança do consumidor tem ligeira alta em julho, apura CNI
4 IPC-S fecha julho com alta de 0,37%
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Chile oferece mais energia para Argentina
2 Espanha: A fatura elétrica média caiu 14,5% este ano


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Seminário “Avaliação do Programa de P&D da Aneel de 2008-2015: Formulação de Propostas de Aprimoramento”

O GESEL promoverá amanhã, dia 2 de agosto, na Casa da Ciência da UFRJ (Rua Lauro Müller, 3 - Botafogo, Rio de Janeiro), o Seminário “Avaliação do Programa de P&D da Aneel de 2008-2015: Formulação de Propostas de Aprimoramento”. O Programa de P&D da ANEEL é um importante e estratégico instrumento para o desenvolvimento tecnológico do SEB. No período de 2008-2014 foram efetuados investimentos totalizando aproximadamente R$ 4,2 bilhões com um número de projetos superior a 1.300. Frente ao advento de uma onda de inovações tecnológicas que está impactando o setor elétrico em escala mundial, e com reflexos diretos e indiretos no SEB, foi estruturado um projeto de P&D que pretende, a partir de uma ampla revisão dos resultados do Programa de P&D e de um exame das principais experiências internacionais, sistematizar um conjunto coeso, consistente e bem fundamentado de subsídios de inovações e ajustes no Programa de P&D, a fim de que este importante instrumento possa acentuar ainda mais sua contribuição para o avanço do processo de inovação e difusão tecnológicas no SEB. O evento terá como objetivo central examinar, discutir e sistematizar, a partir das experiências e da visão dos Gestores de P&D das Concessionárias, uma avaliação mais geral a fim de estabelecer uma agenda-pauta de prioridades que serão examinadas e detalhadas durante o desenvolvimento do projeto. Para ter acesso à programacao do evento, clique aqui. As inscrições devem ser feitas através do e-mail: gesel@gesel.ie.ufrj.br. (GESEL-IE-UFRJ – 26.07.2016)

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2 Bandeira tarifária de agosto é verde

A bandeira para o mês de agosto será verde, sem custo para os consumidores. Criado pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza com precisão o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o uso consciente da energia elétrica. Agosto será o quinto mês de bandeira verde. Os principais fatores que contribuem para a bandeira verde são: a evolução positiva do período úmido de 2016, que recompõe os reservatórios das hidrelétricas; o aumento de energia disponível com redução de demanda; e a adição de novas usinas ao sistema elétrico brasileiro. (Aneel – 29.07.2016)

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3 Aneel marca reuniões com conselhos de consumidores

A Aneel marcou cinco reuniões com representantes de cada classe dos conselhos de consumidores das 63 concessionárias do país para discutir temas de interesse dos segmentos. A primeira reunião foi realizada em 29 de julho, na sede da autarquia, em Brasília (DF), e foi direcionada à classe industrial. Entre os principais temas, estão o aperfeiçoamento da resolução normativa que estabelece as condições para criação dos conselhos (nº 451/2011), o impacto da CDE nas tarifas e os riscos e benefícios da migração de consumidores para o mercado livre. As reuniões fazem parte do III Encontro Nacional por Classes dos Conselhos de Consumidores de Energia Elétrica. As próximas serão em agosto e terão representantes dos setores comercial (5/8), residencial (9/8), rural (16/8) e poder público (19/8). (Agência Brasil Energia – 29.07.2016)

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4 CCEE finaliza primeira etapa do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits de Energia Nova

A CCEE finalizou a primeira etapa do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits de Energia Nova. As operações envolveram a redução de cerca de 130 MW médios em contratos de energia de distribuidoras, que declararam suas sobras e déficits referentes ao segundo semestre de 2016. O mecanismo foi implementado pela CCEE após discussão em conjunto com a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica e a Agência Nacional de Energia Elétrica. A CCEE informou que continua em permanente contato com os agentes e instituições do setor em busca de novas alternativas para diminuir a sobrecontratação das distribuidoras. (Agência CanalEnergia – 29.07.2016)

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5 Aneel libera EOL Campos dos Ventos V para operar comercialmente

A Aneel liberou a EOL Campos dos Ventos V para dar início as operações comerciais a partir de 28 de julho. O benefício foi para UG8 e UG9, de 2,1 MW cada, totalizando 4,2 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 29.07.2016)

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Empresas

1 Eletrobras investe 20,8% do total estimado para o ano

O Grupo Eletrobras investiu R$ 2,2 bi até o terceiro bimestre. O valor corresponde a 20,8% do total estimado para o ano, de R$ 10,6 bi. Apenas entre maio e junho, foram desembolsados R$ 885,5 mi. A informação foi divulgada nesta no relatório de execução orçamentária, do Ministério do Planejamento. Entre as principais empresas do grupo, a que menos cumpriu o orçamento ao longo do ano foi a CGTEE, com R$ 5,3 mi realizados até junho, cerca de 6 % do total. A Eletrosul também realizou abaixo da média, com R$ 74 mi dos R$ 994,7 da dotação anual, o que representa 7,4%. A Eletronorte investiu R$ 201,8 mi (26,7%) do total de R$ 755,3 mi estimados; a Eletronuclear, R$ 640,8 mi (15,1%) dos R$ 4,2 bi totais; Chesf, R$ 421,3 mi (50,6%) dos R$ 832,7 mi; e Furnas executou R$ 233,1 mi (25,5%) dos R$ 913,3 mi para o ano. Já em relação à programação orçamentária das seis concessionárias que tiveram a venda confirmada na semana passada, os desempenhos ficaram abaixo da média, com exceção da Eletroacre e Boa Vista Energia. As companhias realizaram até junho respectivamente R$ 31 mi (30,2%) dos R$ 102,8 mi e R$ 15,4 mi (38,1%) dos R$ 40,6 mi. A Ceron realizou R$ 71,6 mi (27,2%) de R$ 263,8 mi; a Cepisa, R$ 54 mi (13,2%) de R$ 409,8 mi; para a Ceal, foram R$ 69,5 mi (23,5%) de R$ 296,1 mi; enquanto na Amazonas Energia, foram R$ 133,4 mi (15,8%) de R$ 842,7 mi. O relatório foi elaborado pelo departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais e inclui também as despesas dos ministérios, sendo que o de MME executou R$ 27,1 bi, o que representa 31,2% da dotação anual, de R$ 87 bilhões. (Agência Brasil Energia – 29.07.2016)

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2 Wilson Ferreira Jr. é eleito presidente do conselho da Eletrosul

A Eletrosul elegeu na última sexta-feira (29/7) os novos membros de seu conselho de administração. A presidência do conselho ficou com Wilson Ferreira Júnior, novo líder da Eletrobras, em substituição a Josias Matos de Araújo. Outro novo membro é Armando Casado de Araújo, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobras, que entra no lugar de Cláudia Hofmeister. Os membros foram eleitos na 143ª Assembleia Geral Extraordinária da empresa, na qual também foi deliberada a destituição de Derci Pasqualotto, que havia colocado o cargo de conselheiro à disposição. Atualmente, o conselho é composto por cinco nomes e uma vaga em aberto. Além de Ferreira Junior e Araújo, são conselheiros Márcio Pereira Zimmermann (diretor-presidente da companhia); Celso Knijnik (diretor de Infraestrutura de Energia do Ministério do Planejamento); Dayson Roberto Waldschmidt (representante dos empregados da Eletrosul). (Agência Brasil Energia – 29.07.2016)

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3 Gamesa defende previsibilidade para manter setor eólico em expansão

A Gamesa assegura que seus planos no Brasil são de longo prazo, e confia no crescimento da cadeia de produção do setor eólico, disse Edgard Corrochano, diretor-geral da companhia no Brasil. Para garantir a manutenção da cadeia de produção do setor, Corrochano defende a contratação de no mínimo 3 GWme de energia eólica por ano. Atualmente, a Gamesa tem 2 GW e outros 3 GW em carteira, com pedidos a serem entregues até 2018. Ainda em 2016, o executivo espera conquistar outros 500 MW em contratos para 2019, no LER. Segundo o presidente da companhia, o setor precisa de previsibilidade em relação aos leilões, para que possam executar seus planos de investimento e produção. No primeiro semestre, o lucro da Gamesa no mundo cresceu 75,9%, para € 151 mi. A receita da companhia avançou 32,8%, para € 2,192 bi. A companhia não abre os resultados no Brasil, mas Corrochano diz que o país representa cerca de 20% do faturamento global. Além dos negócios em carteira, a Gamesa tem também contratos para operação e manutenção das máquinas já entregues por mais de 10 anos. "O que não pode acontecer é haver uma ruptura na cadeia que demoramos seis anos para construir", disse. Essa cadeia de fornecedores cada vez maior e competitiva é um dos fatores que ajuda na redução dos custos da geração eólica. Corrochano cita ainda outra razão para a contratação dos 3 GW no leilão de reserva: segurança energética. Apesar das sobras contratuais existentes, um estudo feito pela PSR a pedido da Abeeólica mostrou que, no caso de uma recuperação da economia nos próximos anos, o Brasil tem um risco de 18% de ter falta de energia em 2019. Para evitar esse cenário, ele defende a contratação de 4 GW de energia nos dois leilões de reserva. As eólicas deveriam ficar com três quartos desse total, disse ele. Um obstáculo para o setor é a questão da transmissão de energia. Segundo ele, as eólicas chegam a um fator de capacidade de 50%, enquanto a energia solar fica por volta de 20%. Outra questão relevante é sobre financiamentos. Recentemente, o BNDES reduziu o limite para o próximo leilão de transmissão. O mesmo pode acontecer em leilões de reserva, aponta Corrochano. Uma alternativa seria a isenção fiscal para fundos no caso de debêntures incentivadas. No mundo, a Gamesa tem capacidade instalada de 35 GW e contratos de operação e manutenção para mais de 22 GW. O potencial de crescimento da empresa pode ser ainda maior. Em junho, a empresa anunciou uma fusão com os negócios de energia eólica da Siemens. (Valor Econômico – 01.08.2016)

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4 Lucro da Engie Brasil Energia salta 57% no trimestre

A Engie Brasil Energia lucrou R$ 328,8 milhões no segundo trimestre de 2016, um salto de 57,1% na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 209,3 milhões). A empresa atribuiu o bom resultado ao crescimento de 28,3% no Ebitda, que passou de R$ 586 milhões para R$ 751,7 milhões. Além disso, houve redução de R$ 15,3 milhões nas despesas financeiras líquidas da empresa e aumento de R$ 8,7 milhões nos valores de depreciação e amortização entre abril e junho desse ano. Com relação à receita líquida de vendas, foram arrecadados R$ 1,57 bilhão no trimestre, alta de 1,7%. No entanto, as usinas da Engie geraram e venderam 8.490 GWh (3.887 MW médios), volume 4,9% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. O preço médio dos contratos de venda de energia, líquido das exportações e dos tributos sobre a receita, foi de R$ 180,4/MWh no segundo trimestre, o que representa um crescimento de 6,1%. A participação de consumidores livres no portfólio da companhia alcançou 48,6% do total de energia vendido, índice levemente menor. Hoje, a Engie Brasil Energia tem 7 GW em capacidade instalada no país e opera um parque gerador de 8,7 GW, composto por 28 usinas, sendo nove hidrelétricas, cinco termelétricas e 14 renováveis — biomassa, PCH, eólica e solar. Dessas, 24 pertencem integralmente à Engie e as outras quatro (UHEs Itá, Machadinho e Estreito, além da UTE à biomassa Ibitiúva Bioenergética) são frutos de parcerias com outras empresas. (Agência Brasil Energia – 29.07.2016)

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5 Energisa quer R$ 1,3 bilhão com nova oferta de ações

A Energisa está buscando ampliar sua base de acionistas realizando uma nova oferta pública de ações, no valor de R$ 1,365 bi. O valor estabelecido por unit para a oferta é de R$ 18,50. Cada papel corresponde a uma ação ordinária e quatro ações preferenciais. Há possibilidade de que a oferta seja ampliada em até 15% do total das ações inicialmente ofertadas, segundo a companhia. A ideia é, segundo comunicado da Energisa, atrair novos sócios, captar recursos no mercado de capitais para reduzir a alavancagem e fortalecer a estrutura de capital. As novas ações da Energisa emitidas no mercado “visam proporcionar um relevante aumento no volume e na liquidez dos papeis da companhia negociados na bolsa”, segundo o comunicado. A emissão dos papéis no Brasil, com esforços de colocação no exterior, foi coordenada pelos bancos Citibank (Líder), Bank of America Merrill Lynch (Agente de Estabilização), BTG Pactual, Bradesco BBI e Santander. “A operação vai ampliar nossa base de acionistas e permitirá à empresa dar andamento ao seu programa de investimento, que contempla 13 distribuidoras de energia elétrica em noves estados e em todas as regiões do país”, disse o presidente da companhia, Ricardo Botelho. A Energisa também anunciou a adesão ao Nível 2 de Governança Corporativa da BM&FBovespa. A companhia reformou seu estatuto social para adequá-lo às cláusulas mínimas do regulamento para entrar na listagem do Nível 2, no qual já se enquadram 20 empresas brasileiras listadas na bolsa. Empresas com este nível de governança têm direito de manter ações preferenciais. No caso de venda de controle é assegurado aos detentores de ações ordinárias e preferenciais o mesmo tratamento concedido ao acionista controlador, prevendo, portanto, o direito de “tag along” de 100% do preço pago pelas ações ordinárias do acionista controlador. As ações preferenciais ainda dão o direito de voto aos acionistas em situações críticas, como a aprovação de fusões e incorporações da empresa e contratos entre o acionista controlador e a empresa, sempre que essas decisões estiverem sujeitas à aprovação na assembleia de acionistas. (Agência Brasil Energia – 29.07.2016)

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6 Engie Brasil planeja participar em dezembro do leilão de reserva

A Engie Brasil Energia planeja participar do leilão de energia de reserva previsto para dezembro e que negociará contratos de fornecimento de energia de fontes eólica e solar. A empresa possui mais de 900 MW de capacidade de projetos eólicos e mais de 160 MW de projetos de energia solar em carteira para serem desenvolvidos. "Não vamos entrar com isso tudo. Esse é o portfólio que temos e que estaria em condição de entrar. A ideia nossa é ter um volume razoável para que se justifique o cluster", disse o diretor-presidente da empresa, Eduardo Sattamini. O executivo disse acreditar que o governo colocará no leilão uma demanda que seja suficiente para dar sustentabilidade à indústria de fornecedores dos setores eólico e solar. Questionado sobre oportunidades de aquisições de ativos e empresas no setor elétrico, Sattamini disse que a empresa "olha com interesse" algumas oportunidades, mas reforçou que a empresa é muito conservadora na avaliação de risco e na precificação dos ativos. Perguntado especificamente sobre o interesse em ativos de geração de energia da Petrobras, Sattamini disse que a empresa "olhou, mas tem um tempo que a gente não está olhando". Ele, no entanto, ressaltou que oportunidades de negócios envolvendo outros ativos da estatal, como gasodutos, devem ser tratadas pela Engie. Sobre o plano de vender duas eólicas no Nordeste e uma PCH em Minas Gerais, o presidente da Engie Brasil Energia explicou que não há "pressa" para vender esses ativos. Em teleconferência com analistas, Sattamini contou que está "em vias de ser assinado" o financiamento de R$ 353,3 mi do BNDES para o complexo eólico de Santa Mônica, no Ceará. Formado por quatro parques, o empreendimento terá 97,2 MW de capacidade, com investimento total estimado de R$ 460 mi. (Valor Econômico – 01.08.2016)

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7 Valor pedido pela Celg-D é irreal e pode afastar investidores, diz CEO da Energisa

O valor mínimo de venda da concessionária goiana Celg-D é considerado “irreal” e deverá afastar potenciais interessados na aquisição, afirmou Ricardo Botelho, presidente do Grupo Energisa. A Celg-D será a primeira entre um conjunto de sete distribuidoras que o Governo Federal já avisou que vai privatizar até o fim de 2017. A licitação da concessionária goiana está marcada para 19 de agosto e o valor mínimo pedido pelo governo é de R$ 2,8 bi. “A gente entende que a Celg foi precificada numa condição irreal. Nessas condições, não nos interessa”, disse o executivo, admitindo que a distribuída de Goiás tem uma sinergia “gigante” com as empresas Energisa Mato Grosso, Energisa Mato Grosso do Sul e Energisa Tocantins. Para o presidente da Energisa, os governos de Goiás e Federal precisam rever o preço de venda da Celg ou "não vai ter comprador”. Segundo Botelho, a concessão da Celg tem muitos desafios a serem superados, que vão exigir alto volume de investimentos por parte do novo controlador. Nesta sexta-feira, o Grupo Energisa comemorou sua adesão ao Nível 2 de Governança Corporativa da BM&FBovespa. O grupo também realizou nesta semana a primeira oferta pública de ações dos últimos 13 anos da bolsa, com captação de R$ 1,36 bi. O processo ainda está em andamento, podendo chegar a R$ 1,53 bi assim que as ações adicionais ofertadas forem negociadas. Botelho foi categórico ao afirmar que os recursos captados não miram novas aquisições, mas, sim, reduzir o nível de alavancagem da empresa. Ele explicou que a operação vai aumentar a liquidez da Energisa no mercado de ações, tornando o mercado de capital “uma alternativa para futuras capitalizações” que a empresa necessitar. A dívida líquida do Grupo Energisa está acumulada em R$ 6,6 bi. No ano passado, o grupo renovou seus contratos de concessão por mais 30 anos. Apenas nos ativos do Rede, a Energisa já investiu R$ 1,9 bi entre 2014 e 2015. Para esse ano, o segmento de distribuição deverá receber R$ 1,3 bi de investimento, a maior parte para as empresas recém-compradas. (Agência CanalEnergia – 29.07.2016)

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8 AES Sul está investindo R$ 2,3 milhões em Maçambará no Rio Grande do Sul

A AES Sul está investindo mais de R$ 2,3 mi em 36 projetos no município de Maçambará, no Rio Grande do Sul. Entre eles, destaque para a substituição de 754 postes de madeira, expansão de 23,5 Km que interliga o município a Subestação São Borja e instalação de nova chave religadora. Estas melhorias permitem uma nova fonte de alimentação para a cidade, aumentam a confiabilidade da rede, beneficiando mais de 4 mil clientes urbanos e rurais. Neste ano e no ano de 2017, a AES Sul está investindo R$ 565 milhões nos 118 municípios de sua área de concessão, mais de R$ 280 mi por ano. Os valores serão aplicados na substituição de 65 mil postes, instalação de 300 chaves telecomandadas e 1.300 chaves de seccionamento de rede, construção de 4 novas subestações e ampliação de outras 7, construção de 20 novos circuitos alimentadores de média tensão, construção de 142 Km de linhas de transmissão e execução de 500 mil podas de árvores. (Agência CanalEnergia – 29.07.2016)

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9 Eletrosul prorroga prazo para parceria em empreendimentos de transmissão

A Eletrosul prorrogou o prazo para as empresas interessadas em compor parceria para a implantação e exploração de empreendimentos de transmissão, conquistados no Leilão ANEEL N°004/2014 - Lote E, localizados no Mato Grosso do Sul, podem se cadastrar até o dia 26 de agosto. O conjunto de empreendimentos é composto por uma nova subestação e a ampliação de outras duas Subestações, além da implantação de duas linhas de transmissão que totalizam 265 km e 300 MVA de capacidade de transformação no Mato Grosso do Sul. Os empreendimentos contribuirão para a melhoria do atendimento pela distribuidora local e viabilizarão o escoamento do potencial de PCHs da região Nordeste do Estado. O prazo Aneel para a entrada em operação dos empreendimentos compreende o período de setembro de 2017 a março de 2018. O investimento previsto é de R$ 206,2 mi - valor de referência em novembro de 2014, quando foi promovido o leilão. O formulário de cadastro das empresas interessadas, a relação de documentos para a habilitação e as informações gerais sobre os empreendimentos estão disponíveis no site da Eletrosul. (Agência CanalEnergia – 29.07.2016)

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10 Utilities planejam ampliar automação inteligente, aponta Accenture

A Accenture, em estudo sobre as novas tendências tecnológicas para utilities, apontou que a maior parte das organizações já planeja ampliar o uso da automação inteligente até 2020, entre elas as de energia elétrica, assim como inserir amplamente modelos de negócio e canais de comunicação com consumidores dentro de plataformas digitais. Cerca de 55% dos entrevistados pela consultoria planejam aumentar a automação inteligente nos próximos três anos a partir de novas experiências de consumo e quase 40% deles, por meio de processos de negócios. Do total, 32% pretendem ampliar na área de comunicação com os consumidores, o que trará uma nova forma de interação entre clientes e empresas. “O consumidor vai poder entender muito melhor a forma como ele gasta e consome energia e ter outras formas de relacionamento com a concessionária, inclusive do ponto de vista de relação comercial, como no caso de pré-pagamento, por exemplo”, explicou o líder da Prática de Utilities da Accenture na América Latina, Adriano Giudice. O executivo participou da elaboração do estudo, chamado Technology Vision 2016. Para o Giudice, nessa transformação será essencial trazer o ponto de vista do consumidor para dentro da empresa. A pesquisa apontou que 74% dos executivos brasileiros de utilities estão investindo amplamente em tecnologias digitais como parte da estratégia de negócios. Outros 58% acreditam que adotar um modelo de negócios baseado em plataforma e engajar-se em ecossistemas de parceiros digitais é essencial. A grande maioria dos entrevistados no Brasil (94%) acredita que a força de trabalho mais fluida irá promover a inovação. Entre as principais características do novo perfil de funcionários estão maior flexibilidade e múltiplas habilidades. Cerca de 45% reportaram que, comparado há três anos, treinar a força de trabalho tornou-se significativamente mais importante. Em relação à concorrência, 32% dos executivos identificam como risco a ruptura digital pelas startups ou outras instituições fora de sua indústria. Para Giudice, existem atualmente grandes oportunidades para a entrada cada vez maior de startups, principalmente em razão do crescimento da geração distribuída e de veículos elétricos. (Agência Brasil Energia – 29.07.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Mantendo a tendência de queda, os reservatórios da região Nordeste caíram mais 0,1% e operam com volume de 23,7%. De acordo com dados do ONS referentes ao último dia 27 de julho, a energia armazenada na região é de 12.287 MW/mês e a ENA é de 1.245 MWm, que é o mesmo que 32% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Sobradinho registra volume de 19,18% da sua capacidade. No SE/CO, os níveis estão em 51,9%, recuando mais 0,2% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 105.305 MW/mês e a ENA é de 20.603 MWm, que equivale a 91% da MLT. A usina de Furnas opera com 74,03% e a de Nova Ponte, com 36,04%. No Norte, diminuição de 0,2% nos níveis deixou os reservatórios da região com 55,1%. A energia armazenada é de 8.281 MW/mês e a ENA chega a 1.415 MWm, que corresponde a 46% da MLT. A usina de Tucuruí registra volume de 83,77%. (Agência CanalEnergia – 29.07.2016)

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2 Abastecimento de energia preocupa organizadores para Olimpíada

A falta de recursos afetou uma das áreas mais importantes dos Jogos: o abastecimento de energia. Neste sábado, nos corredores da reunião do COI, membros não escondiam a preocupação. Nos eventos-teste, o COI e as diversas federações internacionais se queixaram de problemas com o abastecimento de energia e da falta de um plano B, caso existam problemas. O que mais preocupa é que, se cada evento-teste ocorreu de forma isolada, agora as competições serão realizadas ao mesmo tempo. Ching Kuo Wu, um dos membros do Comitê Executivo do COI, confirmou a existência da preocupação. Nos últimos meses, a concessionária Light recebeu isenções de cerca de R$ 85 milhões como forma de garantir uma ajuda para o abastecimento de energia nos Jogos. A empresa ainda indicou que vai querer implementar uma revisão das tarifas no futuro para compensar os investimentos com a Olimpíada. Quem também tem cobrado uma resposta são as televisões estrangeiras, temerosas de que um apagão signifique o corte do sinal e, portanto, perdas milionárias com patrocinadores. "Se isso falhar, é uma questão global", disse François Carrard, membro do COI. (O Estado de São Paulo – 31.07.2016)

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3 PLD sobe para R$ 118,17/MWh em todo o país

A média do PLD ficou em R$ 118,17/MWh em todos os submercados na semana de 30 de julho a 5 de agosto, de acordo com a CCEE. Para os submercados Norte e Nordeste, não houve grande alteração em relação ao preço da semana passada (R$ 117,20/MWh), já no SE/CO e Sul o valor dessa semana foi 51% superior ao registrado no período anterior (R$ 78,21/MWh). Já o CMO, utilizado na base de cálculo do PLD, inverteu a tendência da semana anterior e registrou forte aumento de 89% no SE/CO e Sul, passando para R$ 95,74/MWh. Para as regiões Norte e Nordeste, o valor médio ficou em R$ 103,29/MWh, baixa de quase 11%. O CMO é calculado pelo ONS e, nessa semana, o operador realizou pela primeira vez a transmissão online da reunião que formula os preços de cada submercado. (Agência Brasil Energia – 29.07.2016)

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Meio Ambiente

1 Ibama marca audiências públicas sobre hidrelétrica Santo Antônio

O Ibama marcou duas audiências públicas sobre o Plano Básico Complementar Alternativo da hidrelétrica Santo Antônio (3.568 MW – RO), situada no rio Madeira, em Porto Velho. As reuniões serão feitas presencialmente na cidade, nos dias 12 e 13 de agosto. O objetivo é apresentar à sociedade e debater o conteúdo dos estudos desenvolvidos pela empreendedora Santo Antônio Energia. O plano traz informações sobre a elevação do nível de água máximo normal e sobre as turbinas que ainda estão para entrar em operação. A usina possui ao todo 50 unidades para entrar em atividade até 2017. A audiência pública é uma das etapas da avaliação de impacto ambiental do projeto. O documento pode ser consultado nos sites do Ibama e do consórcio empreendedor. (Agência Brasil Energia – 29.07.2016)

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2 Green bonds brasileiros somam US$ 3 bi

O mercado de títulos de dívida verdes alcançou quase US$ 3 bi no Brasil. As emissões de dívidas de empresas brasileiras no exterior vinculadas ao financiamento de projetos socioambientais, os chamados "green bonds" ou "climate bonds", ocorrem principalmente no setor de transporte ferroviário e, em segundo lugar, de energia. Os dados fazem parte do relatório "Títulos de Dívida e Mudança Climática: análise do mercado em 2016", elaborado pela SITAWI, consultoria especializada em finanças sustentáveis. Trata-se do capítulo brasileiro do relatório global produzido pela Climate Bonds Initiative, organização baseada em Londres que promove a economia de baixo carbono. O estudo brasileiro, que será divulgado em evento em 2 de agosto, em São Paulo, identifica os títulos verdes rotulados - ou seja, definidos explicitamente pelo emissor como um título verde - e os títulos climáticos. No segundo caso, são títulos de dívida emitidos pelas empresas que no entendimento da Climate Bonds poderiam ter sido rotulados, mas não foram. No Brasil, 54% dos títulos são relacionados ao transporte ferroviário (transporte público, trens urbanos e metrô). Energia, o segundo emissor (23%), inclui energia eólica e solar. A CPFL Renováveis foi a maior empresa a atuar neste segmento de mercado. A terceira frente, denominada multisetorial, é um mix de títulos que irão financiar a redução do consumo de água e energia elétrica, além do tratamento de resíduos. O economista Gustavo Pimentel, diretor da SITAW, acredita que os green bonds podem estimular a economia de baixo carbono e os países a cumprirem as metas que divulgaram nas negociações do Acordo de Paris, em dezembro, as chamadas INDCs. " (Valor Econômico – 01.08.2016)

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Energias Renováveis

1 MME: Brasil pode ficar entre os 20 maiores produtores de energia solar em 2018

A expansão do uso de energia solar no Brasil pode colocar o país entre os 20 maiores produtores em 2018, considerando a potência de 2,6 GW já contratada, de geração centralizada. Em 2014, foram contratados 31 projetos em leilões, que somaram 890 MW e em 2015, 63 projetos, com mais 1.763 MW, totalizando 2.653 MW de capacidade instalada. Os dados estão no boletim “Energia Solar no Brasil e no Mundo – Ano de Referência – 2015”, publicado pelo MME. Entre os países com maior potência instalada, um grupo formado por China, Estados Unidos, Alemanha, Japão e Itália respondem por 68% do total mundial nesta fonte. Em 2015, a China alcançou o 1º lugar no ranking mundial de geração e os Estados Unidos ficaram em 2º, ambos superando a Alemanha, líder do ranking em 2014. Até o final de 2015, todos os países do mundo computavam uma potência instalada solar fotovoltaica de 234 GW, considerando também a expansão de 52 GW no ano. De acordo com dados da AIE, a energia solar poderá responder por cerca de 11% da oferta mundial de energia elétrica em 2050, de 5 mil TWh. A área coberta por painéis fotovoltaicos capaz de gerar essa energia é de 8 mil km², o equivalente a um quadrado de 90 km de lado. Para 2024, a estimativa do Plano Decenal de Expansão de Energia, é que a capacidade instalada de geração solar chegue a 8.300 MW, sendo 7.000 MW de geração centralizada e 1.300 MW de geração distribuída. A proporção da geração solar chegará a 1% do total. Os estudos do PDE 2025 sinalizam a ampliação destas previsões. O número de instalações solares distribuídas cresce a passos largos no Brasil. Em oito meses estas instalações triplicaram no país, já chegando perto de 4000 unidades, com potência média de 7,4 kW. Os estudos do Plano Nacional de Energia 2050, em elaboração pela EPE, estimam que 18% dos domicílios de 2050 contarão com geração fotovoltaica, 13% do consumo residencial. No aquecimento de água, a previsão é que 20% dos domicílios detenham coletores. Para ampliar ações de estímulo à geração distribuída, o Banco do Nordeste lançou uma linha de crédito que ampliará ações de estímulo à geração distribuída. O financiamento utiliza recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste e tem prazo de pagamento de até 12 anos, com um ano de carência. O crédito é destinado a empresas agroindustriais, industriais, comerciais e de prestação de serviços, além de produtores rurais, cooperativas e associações beneficiadas ou não com recursos do FNE. (Agência CanalEnergia – 29.07.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Termelétrica Klabin inicia operação de 165 MW

A Klabin iniciou o pleno funcionamento da segunda turbina da Klabin Celulose (330 MW – PR), no município de Ortigueira. A unidade, com 165 MW de potência instalada, estava em testes desde março e foi autorizada a operar comercialmente pela Aneel nesta sexta-feira (29/7). A primeira unidade, também de 165 MW, ainda não recebeu aprovação da agência para operação comercial apesar de estar em regime de testes desde o inicio do ano. A usina faz parte da fábrica Pruma, no Paraná, e é movida à biomassa a partir da queima de licor negro e resíduos de madeira. A hidrelétrica Jirau (3.750 MW – RO) iniciou os testes das 44ª e 46ª turbinas, em Porto Velho. As unidades possuem 75 MW de potência cada, também liberadas pela Aneel nesta sexta-feira (29/7). Ao todo, a usina terá 50 turbinas, com conclusão planejada para o final do ano. (Agência Brasil Energia – 29.07.2016)

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2 Petrobras vende por US$ 2,5 bi participação em bloco na Bacia de Santos

Petrobras vendeu sua participação no bloco exploratório da bacia marítima de Santos – 8 (BM-S-8) – na área do pré-sal - para a empresa norueguesa Statoil Brasil Óleo e Gás em um negócio de US$ 2,5 bi. O Conselho de Administração da Petrobras aprovou a venda de sua participação no bloco exploratório da Bacia marítima de Santos – 8 (BM-S-8) – o primeiro no pré-sal a ser vendido - para a empresa norueguesa Statoil Brasil Óleo e Gás em um negócio de US$ 2,5 bi e que envolve o prospecto exploratório denominado Carcará. Segundo a empresa, a operação, divulgada hoje (29), faz parte da política de gestão de portfólio da Petrobras “que prioriza investimentos em ativos com maior potencial de geração de caixa no curto prazo e com maior possibilidade de otimização de capital e de ganhos de escala, tendo em vista a padronização de projetos de desenvolvimento da produção”. A transação faz arte do novo Plano de Parcerias e Desinvestimentos 2015-2016 que vem implantado pela Petrobras e “sua conclusão está sujeita a determinadas condições precedentes usuais, incluindo o direito de preferência por parte dos demais parceiros no BM-S-8 e a aprovação pelos órgãos competentes”. (Agência Brasil – 29.07.2016)

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Economia Brasileira

1 Déficit nominal de 10% do PIB escancara a fragilidade das contas públicas

O déficit nominal do setor público consolidado oscila desde dezembro do ano passado na casa de 10% do PIB no acumulado em 12 meses, um número muito superior à média dos países emergentes. Nos 12 meses até junho, o rombo das contas públicas que inclui o pagamento de juros ficou em 9,96% do PIB, um "nível "extraordinariamente alto", como destaca Alberto Ramos, diretor de pesquisa para a América Latina do banco de investimento Goldman Sachs. O déficit fiscal brasileiro está "aprisionado na casa de dois dígitos", resume Ramos. Houve uma queda em relação aos 10,4% do PIB registrados em dezembro de 2015, basicamente por causa dos ganhos do BC com o estoque de swaps cambiais, devido à valorização do real no período. Nos 12 meses até junho, aliás, o BC teve lucro de R$ 13,1 bi com esses instrumentos, por causa da apreciação do câmbio. Em 2015, houve uma perda de R$ 102,6 bi com os swaps. Mesmo com os ganhos recentes proporcionados ao BC com a valorização da moeda, o déficit segue nas alturas, muito acima dos 4,7% do PIB projetados para a média dos emergentes em 2016 pelo FMI, por exemplo. O ponto é que o déficit primário tem subido, alcançando 2,5% do PIB nos 12 meses até junho. Mesmo se for retirado o efeito do pagamento das "pedaladas" fiscais em dezembro, de quase 1% do PIB, o buraco nas contas primárias, que excluem o pagamento de juros, é preocupante. Um déficit nominal de 10% do PIB chama a atenção para a fragilidade fiscal brasileira, escancarada também pela escalada da dívida bruta, que fechou junho em 68,5% do PIB. Em dezembro de 2013, o indicador estava em 51,7% do PIB. A dívida é alta e sobre ela incidem juros pesados. Como se vê, a deterioração do quadro fiscal foi muito acentuada num período de dois anos e meio. (Valor Econômico – 01.08.2016)

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2 Mercado prevê inflação mais baixa em 2017

Melhoraram as expectativas dos participantes do mercado financeiro para a inflação de 2017, de acordo com o boletim Focus, do BC. O destaque ficou para a mediana de médio prazo do grupo Top 5, que vê o IPCA abaixo de 5% no ano que vem. A expectativa de inflação desse grupo que mais acerta as previsões saiu de 5,29% para 4,97% . Quanto ao mercado em geral, a expectativa para a inflação do próximo ano cedeu pela quinta semana consecutiva, de 5,29% para 5,20%. Esse alívio das projeções ocorre após a divulgação da ata da mais recente reunião do Copom, a primeira sob o comando de Ilan Goldfajn. No documento, o colegiado sinalizou que uma redução na Selic deve ser adiada enquanto as expectativas do mercado não convergirem para a meta de 4,5% em 2017, e enquanto o ajuste fiscal não for efetivado. A mensagem mais dura do BC também pode estar por trás da revisão para a Selic deste ano no Focus, de 13,25% para 13,50%. O juro está atualmente em 14,25%. Para 2017, a estimativa seguiu em 11%. No grupo Top 5, as apostas permaneceram em 13,75% e 11,25%, respectivamente. Ainda no Focus, a alta dos preços administrados também foi revisada e agora se espera elevação de 6,25% neste ano, em vez de 6,38%, e de 5,42% em 2017, e não mais 5,50%. A cotação do dólar no fim de 2016 saiu de R$ 3,34 para R$ 3,30 e, para o fim de 2017, foi mantida em R$ 3,50. Quanto à inflação deste ano, a mediana do mercado em geral seguiu em 7,21% e a mediana de médio prazo do Top 5 passou de 7,20% para 7,16%. (Valor Econômico – 01.08.2016)

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3 Confiança do consumidor tem ligeira alta em julho, apura CNI

A confiança do consumidor teve ligeira alta em julho, de acordo com o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), da CNI. O indicador registrou 101,2 pontos, ganho de 0,2% na comparação com junho, e de 3,4% ante o registrado em julho de 2015. Apesar da melhora, a confiança segue 7,2% abaixo da média histórica do índice. Todos os índices que compõem o Inec variam entre uma queda de 1% (no caso do índice de situação financeira) e um aumento de 0,9% (expectativa de desemprego) na comparação com o mês anterior. Na comparação com julho de 2015, os índices mostram variações positivas. Destacam-se as expectativas de inflação, com aumento de 15,3%, e de desemprego, com crescimento de 8,1%. As variações positivas do período refletem uma menor preocupação dos consumidores com a evolução dos preços e com o emprego. (Valor Econômico – 29.07.2016)

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4 IPC-S fecha julho com alta de 0,37%

A inflação apurada pelo IPC-S acelerou no fim de julho, fechando em 0,37%. A taxa é maior que a da terceira quadrissemana, de 0,36%, e também daquela verificada no encerramento de junho, de 0,26%. Com o resultado do sétimo mês de 2016, o IPC-S acumula alta de 4,89% no ano e de 8,37% em 12 meses, informa a FGV. Na comparação com junho, o indicador registrou variações maiores no preço da Alimentação (de 0,07% para 0,39%), Saúde e cuidados pessoais (de 0,54% para 0,85%), Educação, leitura e recreação (de 0,26% para 0,71%) e Comunicação (de 0,11% para 0,17%). Transportes foram de queda de 0,22% para aumento de 0,25%. (Valor Econômico – 01.08.2016)

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5 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h25, a moeda americana estava cotada a R$ 3,2607, aumento de 0,55%. Na sexta-feira, o dólar caiu 1,62%, a R$ 3,2429. Com isso, a moeda americana encerrou a semana em queda de 0,45% e acumula valorização de 0,95% no mês. (Valor Econômico – 01.08.2016 e 29.07.2016)

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Internacional

1 Chile oferece mais energia para Argentina

Os bons resultados que está tendo a troca de energia com a Argentina, através da linha Andes-Salta da AES Gener, abriram o apetite do Governo argentino. Por isso, o Ministério da Energia está tramitando um decreto que visa reforçar e aumentar a troca de energia com o país vizinho, que é realizada pela Controladoria Geral da República. O Chile exporta desde fevereiro deste ano energia ao país transandino, porém em quantidades menores. O Centro de Despacho Econômico de Cargas do Norte Grande (CDEC-SING) estima que até meados de julho foi exportado apenas 100 GWh, equivalente a 30% do consumo de energia da cidade de Arica em 2015. O Governo explicou que esses montantes são baseados na natureza "probatória" do comércio, por ser a primeira vez que essas transferências são feitas; no entanto, essa fase está concluída e pronta para dar o próximo passo. Por isso, o Ministério da Energia argentino enviou a Controladoria Geral da Republica um decreto que visa alterar três elementos: as unidades autorizadas a exportar energia, o tempo de processamento de licenças e o tamanho de exportação. (El Inversor – Argentina – 01.08.2016)

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2 Espanha: A fatura elétrica média caiu 14,5% este ano

A fatura elétrica para um consumidor médio beneficiado com a tarifa regulada na Espanha caiu cerca de 14,5% - cerca de 61 euros nos primeiros sete meses do ano em comparação com o mesmo período de 2015. A queda está ligada à queda dos preços que tem vivido o “mercado grossista de eletricidade” nos últimos meses com um maior peso da energia eólica e hidrelétrica, diminuição das matérias primas como petróleo e temperaturas amenas. Assim, de acordo com os dados do simulador de fatura da Comissão Nacional dos Mercados e da Concorrência (CNMC), a fatura para o consumidor doméstico padrão equivaleria a 360 euros, no período de 1 janeiro - 31 julho deste ano. Uma fatura 14,5% mais barata do que o pago no mesmo período de 2015, quando o mesmo consumidor teria pago 421 euros taxa, ou seja, 61 euros a mais. (El País – Espanha – 31.07.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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