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IFE: nº 4.142 - 27 de julho de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL na posse do novo presidente da Eletrobras
2 GESEL organiza III Seminário Internacional “Desafios da Regulação no Setor Elétrico”, em Coimbra
3 Governo planeja novas concessões de energia e conclusão de obras inacabadas
4 Aneel suspende pagamento de bônus a diretores do ONS
5 Aneel publica critérios da chamada de P&D Estratégico para armazenamento
6 Audiência debate alteração da norma sobre modernizações em usinas
7 Aneel promove chamada de projetos para sistemas de armazenamento de energia
8 Aneel não aceita pedidos de conselhos de distribuidoras e mantém resolução normativa
9 Créditos da CCC poderão ser usados para reduzir débitos dos sistemas isolados
10 TCU constata deficiência em novos investimentos para transmissão
11 Liquidação do MCSD tem 100% de adimplência em junho
12 ONS vai transmitir reunião de programações de operação pela internet
13 Sergipe isenta ICMS para geração distribuída

Empresas
1 Distribuição pressiona resultado da EDP no 2º tri
2 EDP Brasil está preparada para novas oportunidades, diz CEO
3 Ampla Energia triplica prejuízo no 2º trimestre, para R$ 110,3 mi
4 Eletrobras elege dois novos diretores de Geração e Distribuição
5 Funcionários da Eletrobras suspendem greve
6 TST coloca proposta para dissídio coletivo da Eletrobras
7 Energisa capta R$ 1,36 bi na primeira oferta pública de papéis do ano
8 Engie quer faturamento dez vezes maior com Serviços

9 Solução da Icaro Tech traz rapidez para tomada de decisões na operação

10 EDP Bandeirante reduz inadimplência com telemedição

11 Tarifas de cooperativas de distribuição de energia da Região Sul são reajustadas

12 Alteração do contrato da UHE Baixo Iguaçu é aprovada pela Aneel

13 Eletrosul devolverá R$ 1,4 milhão à Gerdau por conta de liminar

14 Aneel fixa perdas técnicas da Light em 7,2%

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Números dos reservatórios pelo Brasil
2 Geração eólica cresce 53% em 2016, aponta CCEE

Meio Ambiente
1 Avião solar completa volta ao mundo

Energias Renováveis
1 Gamesa fornecerá 27,3 MW para Voltalia
2 Eólicas fecham junho com 9.216 MW de capacidade instalada

Gás e Termelétricas
1 Petrobras vai buscar sócios para gerir malha de gás
2 Petrobras busca alternativas para importar gás
3 Abraget se reúne com MME para tratar de térmicas a GNL
4 Prumo otimista com hub de gás do Açu

Grandes Consumidores
1 Shopping centers interessados no ambiente de livre negociação e em certificação de energias renováveis
2 Petrobras prevê economia de R$ 30 milhões com gestão energética eficiente

Economia Brasileira
1 Projeção para o PIB de 2016 volta a cair
2 Confiança do consumidor sobe em julho

3 Mercado vê redução menor das pressões inflacionárias do que BC
4 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina: Ministério de Energia autoriza as exportações de gás temporárias para os países vizinhos
2 Uruguai: Queda no investimento às renováveis puxa investimentos para baixo
3 Paraguai: Avança plano para abrir o mercado de energia elétrica no país
4 ABB fecha fornecimento para rede HDVC na China


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL na posse do novo presidente da Eletrobras

O novo presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, tomou posse oficialmente nesta quarta-feira (27), às 11h, em solenidade fechada no auditório do Ministério de Minas e Energia, em Brasília. O Grupo de Estudos do Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ - GESEL, convidado a participar, foi representado pelo pesquisador Roberto Brandão. O nome de Wilson Ferreira Júnior, assim como os dos novos membros do Conselho de Administração, foram aprovados na 165ª Assembleia Geral Extraordinária de acionistas da Eletrobras, realizada no último dia 22. Passam a integrar o Conselho: José Luiz Alqueres, como presidente; Vicente Falconi Campos; Esteves Colnago Júnior; Elena Landau; Ana Paula Vitali Janes Vescovi; Mozart de Siqueira Campos de Araújo (membro independente), além do presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr. (GESEL e Eletrobras – 27.07.2016)

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2 GESEL organiza III Seminário Internacional “Desafios da Regulação no Setor Elétrico”, em Coimbra

Acontece nos dias 14 e 15 de novembro, na Universidade de Coimbra, o III Seminário Internacional “Desafios da Regulação no Setor Elétrico”. O evento insere-se nas atividades da Iniciativa Energia para Sustentabilidade da Universidade de Coimbra (EfS-UC) e no programa de parceria acadêmica entre o INESC Coimbra e o GESEL – Grupo de Estudos do Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ. Para ter acesso à programacao preliminar, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 27.07.2016)

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3 Governo planeja novas concessões de energia e conclusão de obras inacabadas

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, discutiu ontem no Palácio do Planalto, durante reunião com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, a possibilidade de o governo fazer privatizações e novas concessões no setor. Os projetos podem ir a licitação neste ano. Além disso, Dyogo anunciou um estudo para terminar obras inacabadas pelo país. Os projetos em discussão têm como foco o segmento de transmissão de energia elétrica. Ao mesmo tempo em que procura novas fontes de receita, o governo visa aumentar a capacidade do sistema elétrico brasileiro. O último grande leilão de energia ocorreu no fim do ano passado e arrecadou R$ 17 bi. Além disso, os ministros se reuniram com representantes da Casa Civil para avançar no plano de venda de distribuidoras da Eletrobras - todas nas regiões Norte e Nordeste. De acordo com Coelho Filho, a operação vai envolver o BNDES. Uma das seis distribuidoras deve ser leiloada até o fim do ano, mas ainda não se sabe qual da lista será escolhida: Amazonas, Acre, Alagoas, Piauí, Rondônia ou Roraima. As demais empresas serão privatizadas posteriormente. Dyogo afirmou que discutiu com ministros do núcleo de infraestrutura no Palácio do Planalto a retomada de obras inacabadas. Segundo ele, há 2 mil obras pelo Brasil no valor de até R$ 10 mi que poderão ser foco dos investimentos. Estão previstos R$ 2 bi a serem investidos em ações dentro e fora do PAC. São pequenas obras em cidades, como praças e obras de saneamento, paralisadas por motivos diferentes, como falta de licitação ou à espera de licenciamento ambiental. Segundo Dyogo, as obras que não tiverem impedimento técnico e se enquadrarem nesse teto, terão prioridade. A opção por ações de pequeno valor se deve ao fato de movimentarem a economia local, disse ele. Questionado sobre contingenciamento, Dyogo afirmou que não descarta a adoção de novas medidas para garantir o cumprimento da meta de déficit primário.. (Valor Econômico – 27.07.2016)

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4 Aneel suspende pagamento de bônus a diretores do ONS

A Aneel suspendeu ontem o pagamento da "performance organizacional" aos diretores do ONS em 2016. O pedido para que haja gratificações, que geralmente são repassadas aos executivos do setor privado como bônus por desempenho, voltará a ser analisado pela agência na discussão sobre as mudanças no estatuto do operador. No entendimento da Aneel, o grande problema é se tratar de um órgão custeado por contribuição recolhida nas contas de luz. No pleito analisado ontem pelo comando da Aneel, o operador queria assegurar a seus diretores o recebimento de PLR antes de concluída a discussão sobre o novo perfil de atuação da entidade. A solicitação foi negada por decisão unânime da diretoria. Os ajustes no estatuto do ONS envolvem, entre outros aspectos, a discussão sobre uma nova fonte de recursos orçamentários. Atualmente, o órgão precisa submeter anualmente as previsões de despesas à aprovação prévia da Aneel. A discussão sobre as mudanças no estatuto inclui a criação de nova contribuição associativa. Nesse caso, as empresas do setor passariam a custear o operador. O exemplo de governança mais apontado como saída para o ONS é o da CCEE, responsável pelas operações de compra e venda de energia no setor. A entidade é financiada pelas companhias que atuam nesse segmento, como geradoras, distribuidoras, comercializadoras, importadoras e exportadoras de energia e consumidores livres. (Valor Econômico – 27.07.2016)

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5 Aneel publica critérios da chamada de P&D Estratégico para armazenamento

A Aneel aprovou a publicação dos critérios para elaboração de propostas para a chamada de Projeto de P&D Estratégico para sistemas de armazenamento de energia. Com a medida, a agência busca criar condições para o desenvolvimento de base tecnológica e infraestrutura do segmento. Segundo o cronograma, as empresas terão até 15 dias para demonstrar interesse em financiar as propostas e 90 dias para iniciar a execução dos projetos, que deverão ser desenvolvidos nos 48 meses seguintes. Os projetos podem ser realizados isoladamente, porém a agência informou que dará preferência a projetos cooperativos. O acompanhamento da execução e a avaliação dos resultados serão realizados pelas empresas, com participação de entidades do governo, como o Ministério de Minas e Energia, EPE, OSN, Finep e BNDES. A medida foi deliberada em reunião da diretoria desta terça-feira (26/7). (Agência Brasil Energia – 26.07.2016)

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6 Audiência debate alteração da norma sobre modernizações em usinas

Aprovada em 26 de julho abertura de audiência pública para recebimento de informações adicionais a alteração da REN 409/2010, referentes aos casos em que a usina hidrelétrica não despachada centralizadamente no MRE passa por intervenção que implique aumento de garantia física. De acordo com o texto atual da resolução 409/ 2010, a geração média é calculada utilizando-se um histórico crescente de energia gerada e tem como referência o início da operação comercial da usina. Assim, foi identificada necessidade de aprimorar o regulamento para os casos em que as usinas realizam intervenções, modernizações e obras na usina que provoquem aumento de sua garantia física. Além dos incentivos à intervenção já expressos na norma, como comprovação dos ganhos energéticos via aumento da geração média das usinas, desconsideração dos meses impactados pelas intervenções no período acumulado de um ano, e acomodação do efeito das intervenções nas folgas dos requisitos, a proposta em debate é incorporar a redução do requisito global via ponderação dos requisitos individuais de cada parcela de garantia física. O tema ficará em audiência pública de 28/7/2016 a 29/08/2016. (Aneel – 26.07.2016)

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7 Aneel promove chamada de projetos para sistemas de armazenamento de energia

A Aneel aprovou, em 26 de julho, a publicação de aviso com os critérios para elaboração de propostas para a Chamada de Projeto Estratégico de P&D nº 21/2016 - "Arranjos Técnicos e Comerciais para a Inserção de Sistemas de Armazenamento de Energia no Setor Elétrico Brasileiro". A Chamada de Projeto Estratégico de P&D visa a proposição de sistemas de armazenamento de energia de forma integrada e sustentável, buscando criar condições para o desenvolvimento de base tecnológica e infraestrutura de produção nacional. Segundo a Agência, apesar das vantagens de fontes como a solar e a eólica, elas são intermitentes e menos previsíveis. Diante disso, existe a necessidade de desenvolver tecnologias e sistemas de armazenamento, que inclusive estão entre as principais fontes de inovação no setor elétrico, com diversos projetos em vários países. Além disso, não há projetos pilotos ou experiências nacionais similares ao que se verifica no exterior e faltam estímulos ao desenvolvimento da cadeia produtiva de componentes e tecnologias de armazenamento. A participação da indústria permitirá a aplicação dos resultados da inovação, o que incrementará a competitividade e o progresso econômico. A avaliação das propostas, o acompanhamento da execução e a avaliação dos resultados serão realizados pela Aneel contarão com participação de outras entidades intervenientes como o MME, a EPE, o ONS, o MCTIC, o MDIC, a ABDI, o BNDES, a Finep, a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) e universidades britânicas como Birmingham, Oxford, Imperial College, Manchester e Warwick, apoiadas pela embaixada britânica. (Aneel – 27.07.2016)

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8 Aneel não aceita pedidos de conselhos de distribuidoras e mantém resolução normativa

A Aneel negou, em 25 de julho, pedido de reconsideração interposto pelos conselhos de consumidores da Energisa Mato Grosso, Elektro (SP), EDP Bandeirante (SP), AES Eletropaulo (SP), RGE (RS), CPFL Piratininga (SP), CPFL Paulista (SP), pela Fecomercio e Elektro (SP) sobre a resolução 715/2016, que aprimorou condições gerais para criação, organização e funcionamento dos Conselhos de Energia Elétrica. De acordo com a Aneel, os questionamentos apresentados não trouxeram nenhum elemento novo ao que foi discutido na audiência pública. Apesar da negativa, a Aneel aceitou questionamento feito pela Cemat sobre o cálculo do orçamento anual dos conselhos, no valor anual máximo para atividades fora da área de concessão. A alteração não será feita apenas para a Cemat, mas para outros conselhos de consumidores de distribuidoras. Assim o valor anual do orçamento do Conselho de Consumidores da Energisa-MT ficou em R$ 175.132,89 e valor anual máximo para atividades fora da área de concessão vai ser de R$ 43.783,22. (Agência CanalEnergia – 26.07.2016)


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9 Créditos da CCC poderão ser usados para reduzir débitos dos sistemas isolados

A Aneel restringiu o uso de créditos da CCC pelas distribuidoras Eletrobras para o pagamento de dívidas existentes à cobertura do custo do combustível para a geração de energia nos sistemas isolados. Com a decisão, a Amazonas Distribuidora de Energia poderá abater, via CCC, R$ 22,7 mi e a Eletrobras Distribuição Roraima R$ 11,08 mi. A Aneel negou pedido da Eletrobras Distribuição Piauí e da Eletrobras Distribuição Acre para o uso de créditos da CDE na redução de débitos setoriais, já que eles não se referem à compra de combustível para as térmicas. No caso da Eletrobras Roraima, que atende a capital Boa Vista, o valor a ser usado no abatimento de débitos passou de R$ 35,97 mi para R$ 11,08 mi. A Eletrobras havia proposto que valores a receber da CCC e da CDE fossem usados pelas concessionárias em um encontro de contas com seus credores. Em decisão anterior, a agência já havia permitido o repasse direto aos geradores dis reembolsos da CCC. (Agência CanalEnergia – 26.07.2016)

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10 TCU constata deficiência em novos investimentos para transmissão

O TCU constatou deficiência nos investimentos feitos no setor de transmissão. Em auditoria, o órgão apontou incompatibilidade entre os recursos e a necessidade de expansão do sistema, que demandaria cerca de R$ 70 bi em novas instalações até 2024. Segundo o tribunal, a queda dos investimentos no setor começou a ser sentida mais fortemente em 2012 e está relacionada à redução da participação da Eletrobras nos leilões. As subsidiárias enfrentam dificuldades econômicas e operacionais, como prejuízos e endividamentos, o que levará inclusive à venda de seis concessionárias, aprovada semana passada pelos acionistas da holding. Com a auditoria, o relator do processo, ministro José Múcio, recomendou ao MME e à Aneel que adotem medidas para o saneamento financeiro do grupo e estendam às empresas regras e mecanismos similares aos estabelecidos para as concessões já prorrogadas. Em 2015, a Eletrobras realizou 65% dos investimentos previstos na expansão da transmissão na sua área de concessão e 53%, na distribuição, o que dá R$ 2,8 bi e R$ 521 mi efetivos, respectivamente. Já em melhorias, foram realizados 38% do planejado para transmissão e 32%, para distribuição, cerca de R$ 409 mi e R$ 176 mi. (Agência Brasil Energia – 26.07.2016)

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11 Liquidação do MCSD tem 100% de adimplência em junho

A liquidação financeira dos contratos regulados do MCSD teve 100% de adimplência em junho. Foram movimentados R$ 125,8 milhões, entre 50 agentes. Desses, 35 são devedores e 15 credores. O mecanismo funciona como um ajuste entre distribuidoras, com repasse de sobras de contrato às companhias que apresentam déficit. A apuração foi divulgada pela CCEE em 26 de julho. (Agência Brasil Energia – 26.07.2016)

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12 ONS vai transmitir reunião de programações de operação pela internet

O ONS vai transmitir a próxima reunião do PMO pela internet, como forma de dar mais transparência ao processo de formação dos custos marginais de operação, base para o PLD. A reunião acontecerá nos dias 28 e 29 de julho. O PMO é elaborado mensalmente, com revisões semanais. No governo, a Aneel já realiza as reuniões públicas semanais de diretoria pela internet. A CCEE transmite uma apresentação da formação dos preços de curto prazo, o PLD, também via web. (Agência Brasil Energia – 26.07.2016)

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13 Sergipe isenta ICMS para geração distribuída

Os consumidores do estado de Sergipe vão poder instalar sistemas fotovoltaicos em suas propriedades e contar com a isenção de impostos sobre a eletricidade trocada com a concessionária local. O estado se junta a outros 18, mais o Distrito Federal, que aderiram ao convênio Confaz 16/2015. Isso significa dizer que 81% da população brasileira, ou 166 mi de brasileiros estão contemplados com a isenção de ICMS, PIS e Confins na microgeração. A alteração do convênio consta publicada no DOU do dia 21 de julho. No total, fazem parte do convênio Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica, existem quase 4 mil pontos de geração distribuída instalados no Brasil, sendo 3,8 mil de origem solar fotovoltaica. “Com a adesão de Sergipe, completamos a isenção de ICMS sobre a micro e minegeração distribuída em todos os estados do Nordeste, que se tornou a primeira região do país a conquistar esta participação integral”, comemora Rodrigo Lopes Sauaia, presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica. (Agência CanalEnergia – 26.07.2016)

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Empresas

1 Distribuição pressiona resultado da EDP no 2º tri

A EDP divulgou os resultados trimestrais e reportou um balanço pressionado, principalmente, pelo segmento de distribuição de energia. "O segundo trimestre foi um trimestre a ser esquecido, influenciado por uma realidade econômica que todos nós esperamos que seja esquecida em breve", disseram os analistas do BTG Pactual. Além da queda na receita da companhia motivada pelo menor consumo, a EDP Energias do Brasil também viu um aumento das despesas operacionais e um crescimento das perdas não técnicas. O volume de energia distribuída pela EDP Escelsa caiu 8% no trimestre, enquanto o da EDP Bandeirante teve leve alta de 0,4%. O presidente da companhia, Miguel Setas, disse que os volumes de consumo de energia nas distribuidoras devem permanecer na mesma situação até o fim do ano. No caso da distribuidora EDP Escelsa, a tendência é que a queda seja mantida em patamar semelhante. A companhia foi afetada pela paralisação da operação de um grande cliente, como consequência do rompimento da barragem da Samarco. Em relação à EDP Bandeirante, a expectativa do executivo é de que o consumo permaneça estável ao longo do ano. Além da queda do consumo, o segmento de distribuição também sofreu com o aumento da inadimplência e das perdas não técnicas em baixa tensão. As PDD tiveram alta de R$ 18,9 mi no trimestre. Com isso, as provisões totais no período somaram R$ 43,1 mi, alta de 76,8%. O Credit Suisse destacou que, embora a inadimplência na área de concessão da EDP Bandeirante, tenha recuado, continuou em níveis elevados no trimestre. Segundo os analistas do Credit Suisse, o lado positivo do resultado da companhia foi a redução do endividamento. O aumento de capital de R$ 1,5 bi realizado recentemente permitiu que a relação entre dívida líquida e Ebitda recuasse de 2,8 vezes para 1,9 vez, quando consideradas as participações minoritárias da companhia em projetos e removendo ganhos com vendas de ativos do Ebtida. A companhia tem pela frente ainda a sobrecontratação na EDP Bandeirante, de 107,7% no primeiro semestre. Segundo Setas, o patamar pode chegar a 112% até o fim do ano. O limite regulatório de repasse da contratação aos consumidores via tarifa é de 105%. Segundo Setas, porém, as medidas em discussão no governo para limitar os efeitos da sobrecontratação podem atenuar esse problema. (Valor Econômico – 27.07.2016)

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2 EDP Brasil está preparada para novas oportunidades, diz CEO

A EDP Brasil está capitalizada e preparada para novas oportunidades após conclusão do processo de aumento de capital que injetou R$ 1,5 bi na empresa, disse o presidente da companhia Miguel Setas. "Hoje a estrutura de capital está mais forte, com redução significativa dos custos financeiros... uma preparação para endereçar oportunidades que possam estar no horizonte de médio e longo prazo", declarou Setas. O executivo ainda falou sobre a situação de sobrecontratação da EDP Bandeirante (SP), que no ano está em 112%. Ele espera que com as medidas regulatórias apresentadas recentemente pela Aneel esse patamar possa ser reduzido para 104%, o que colocaria a concessionária dentro do nível regulatório de 105% que permite o repasse desses custos para a tarifa, evitando perdas financeiras com sobras de energia. (Agência CanalEnergia – 26.07.2016)

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3 Ampla Energia triplica prejuízo no 2º trimestre, para R$ 110,3 mi

A Ampla Energia e Serviços, distribuidora de energia elétrica, concessionária de serviço público federal, cuja área de concessão abrange 73% do território do estado do Rio de Janeiro, cobrindo 66 municípios e atendendo a 3 milhões de clientes, teve prejuízo atribuído aos sócios controladores de R$ 110,324 mi no segundo trimestre de 2016, mais de três vezes a perda de igual período de 2015, que foi de R$ 34,715 mi. A receita líquida da companhia totalizou R$ 990,288 milhões no trimestre abril-junho deste ano, ante R$ 1,095 bi em igual intervalo de 2015, uma queda de 9,6%. O Ebitda foi de R$ 10,477 mi no segundo trimestre deste ano, recuo de 58,7% ante os R$ 25,387 mi do mesmo período de 2015. A margem Ebitda ficou em 1,06% neste segundo trimestre, queda de 1,26 ponto percentual sobre a margem Ebitda de 2,32% na mesma base de comparação. Os dados foram enviados na noite desta terça-feira à CVM. (Valor Econômico – 27.07.2016)

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4 Eletrobras elege dois novos diretores de Geração e Distribuição

O novo conselho de administração da Eletrobras elegeu dois novos diretores para a companhia. Foram escolhidos Carlos Eduardo Baldi para a diretoria de Geração e Henrique Hamann para a diretoria de Distribuição. Ambos substituirão Marco Aurélio Madureira. Baldi foi presidente da Energia Pecém, consórcio formado por Eneva e EDP Energias do Brasil para construir e operar a usina termelétrica a carvão de Pecém I, hoje integralmente controlada pela energética portuguesa. Já Hamann é funcionário de carreira da Eletronorte. Ele foi diretor Financeiro de Furnas em 2008 e atualmente estava na equipe da diretoria Financeira e de Relações com Investidores da Eletrobras. Em encontro do novo conselho de administração da Eletrobras, realizado na segunda-feira, também foi eleito Wilson Ferreira Jr. para a presidência da companhia. A cerimônia de posse do executivo está marcada para hoje, em Brasília. Foram mantidos na diretoria da estatal José Antônio Muniz, diretor de Transmissão; Armando Casado, diretor Financeiro e de Relações com Investidores; e Alexandre Aniz, diretor de Administração. Com relação ao conselho, Jailson Alvez, representante dos empregados no colegiado apresentou sua renuncia ao cargo. Ele foi substituído pelo seu suplente, Carlos Eduardo Rodrigues. O mandato de Rodrigues vai vigorar até nova eleição em separado pelos empregados da companhia, processo que se encontra suspenso, por decisão da Justiça do Rio de Janeiro. Com isso, o conselho de administração conta atualmente com nove membros: Carlos Eduardo Rodrigues, José Luiz Alquéres (presidente do conselho), Vicente Falconi, Wilson Ferreira Jr., Ana Paula Vescovi, Esteves Colnago Jr., Elena Landau, José Pais Rangel e Mozart de Siqueira. (Valor Econômico – 27.07.2016)

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5 Funcionários da Eletrobras suspendem greve

Os empregados da Eletrobras, reunidos em assembleia na tarde da última segunda-feira, decidiram por suspender a greve por tempo indeterminado e aguardar a audiência de conciliação agendada para terça-feira, 26 de julho, no TST. A greve havia sido iniciada na última segunda-feira, 18. No dia 8 de julho, a Eletrobras apresentou uma proposta de reajuste salarial, que estabelecia reajuste imediato de 5%, mais 1% em agosto, outros 1% em outubro e mais 1,28% em janeiro, totalizando 8,28%. Porém, os trabalhadores reivindicam um reajuste de 9,28% em uma única vez.Depois estatal ofereceu como última proposta 5% no salário de julho com pagamento retroativo a maio e os 4,28% restantes em novembro, mas retroativos a abril. De um total de 16 empresas, 11 aceitaram a proposta da estatal. As que recusaram foram Chesf, Furnas, Eletrobras Holding, Cepel e parte da Eletronuclear. Diante do impasse, o processo de conciliação será intermediado pelo TST. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região (Sintergia-RJ), novas assembleias estão previstas para a próxima quarta-feira, 27, "a ser confirmada dependendo da volta dos representantes sindicais que vão participar da audiência de julgamento de dissídio coletivo de greve." Ainda de acordo com o Sintergia-RJ, as empresas componentes do sistema Eletrobras entraram com pedido de abusividade da greve ou, alternativamente, a fixação dos limites mínimos de trabalho a serem respeitados, reivindicando 100% nas áreas de atividades fim e 50% na área administrativa e, ainda, a aplicação de multa pelo eventual descumprimento da medida e por atos que impeçam a livre circulação e o funcionamento normal das empresas. "A audiência acontece sob grande expectativa da categoria e a direção do Sintergia manterá trabalhadores informados assim que surgirem novidades", comunicou em nota. (Agência CanalEnergia – 26.07.2016)

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6 TST coloca proposta para dissídio coletivo da Eletrobras

A Eletrobras informou que nesta terça-feira, 26 de julho foi realizada audiência de conciliação e instrução do Dissídio Coletivo entre empresa e sindicatos de trabalhadores no Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília. Segundo a empresa, o vice-presidente do TST, ministro Emmanoel Pereira, conduziu as negociações e apresentou uma proposta para a consideração da companhia até o dia 22 de agosto, quando será realizada nova audiência. A proposta do vice-presidente do TST incorpora a proposta apresentada pela empresa aos empregados, "reconhecendo assim o esforço da companhia em valorizar sua força de trabalho", afirmou em comunicado. A única diferença está na antecipação de um reajuste de 4,28% que seria pago em novembro, sem retroatividade, para agosto. A empresa ainda vai estudar a viabilidade dessa mudança. A proposta da empresa é de reajuste de 5% no salário de julho com pagamento retroativo a maio e os 4,28% restantes em novembro, mas retroativos a abril. Durante esse período, o ministro determinou que sejam suspensos todos os movimentos grevistas e que o desconto dos dias parados não seja feito, adiando a decisão deste ponto também para dia 22. "A Eletrobras reafirma que tem realizado todos os esforços para contemplar os anseios de seus empregados, muito embora esteja enfrentando os impactos negativos de adversidades conjunturais e setoriais, que são de conhecimento público", concluiu. (Agência CanalEnergia – 26.07.2016)

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7 Energisa capta R$ 1,36 bi na primeira oferta pública de papéis do ano

A Energisa venderá suas units na oferta pública por R$ 18,50 cada, segundo o registro da operação na CVM. A empresa vendeu os dois lotes extras, o que indica que já estão assegurados R$ 1,36 bi, e a operação poderá chegar a R$ 1,53 bi, durante o processo de estabilização de preço. O preço por unit ficou pouco acima do ponto médio do intervalo sugerido - que ia de R$ 16 a R$ 20 - e confirma a expectativa de mercado, antecipada anteontem pelo Valor. A intenção inicial da empresa era vender ao menos 61,5 milhões de units. Mas informações da CVM apontam o registro de 83,025 milhões de papéis. Isso indica que o lote adicional, de 20%, já foi todo vendido, por decisão da empresa. O lote suplementar, de 15%, também foi registrado, e sua venda deve ser confirmada ao longo dos próximos dias. Trata-se da primeira oferta pública de venda de ações na BM&FBovespa desde meados de 2015, quando a Par Corretora e a Telefônica captaram recursos. Desde então, houve só ofertas com esforços restritos, destinadas a um grupo pequeno de investidores. Conforme fontes que acompanharam a transação, a demanda pelos papéis da Energisa foi bastante elevada, superando em mais de quatro vezes a quantidade de papéis colocados à venda. O resultado obtido deve abrir espaço para a realização de novas ofertas. A Energisa fez uma oferta subsequente, uma vez que a empresa já é listada na BM&FBovespa. Mas a transação deve aumentar significativamente o volume de ações da empresa em circulação e, consequentemente, a liquidez dos papéis. Atualmente, apenas 10,84% do capital está em circulação e o giro médio diário das units na bolsa é de R$ 95 mil. No pregão de hoje, a unit, que representa uma ação ordinária e quatro ações preferenciais, fechou estável a R$ 20, repetindo a maior cotação desde a formação do recibo, em novembro de 2009. A venda das units, que a partir da oferta serão negociadas no Nível 2 de governança na bolsa, é coordenada por Citibank, Bank of America Merrill Lynch, BTG Pactual, Bradesco BBI e Santander. Na condição de coordenadores contratados aparecem Modal, Safra e XP Investimentos. (Valor Econômico – 27.07.2016)

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8 Engie quer faturamento dez vezes maior com Serviços

A Engie espera elevar o faturamento da área de serviços para pelo menos R$ 50 mi até 2019, de acordo com o diretor comercial da companhia, Gabriel Mann, do patamar atual de R$ 5 mi. A ideia é ampliar a expressividade da área, ainda muito pequena em comparação com o negócio de geração da empresa no país, representado pela antiga Tractebel. Para o executivo, o caminho é integrar o portfólio das companhias que foram recentemente incorporadas sob a marca única da Engie: a Emac, de serviços de energia, a Ineo, de soluções integradas, automação e controle, e a Engie Solar, de geração distribuída. Um tipo de sinergia que a Engie enxerga, cita Mann, é a oportunidade de oferecer sistemas de geração distribuída para os clientes que compram energia da empresa no mercado livre. O executivo também aponta que a próxima fronteira para esses consumidores continuarem diminuindo suas tarifas de energia, após migrarem para o mercado livre, é realizar ações de eficiência energética, o que também pode ser oferecido pelo grupo. Além dos serviços para grandes consumidores de energia, a Engie quer entregar soluções inteligentes para cidades. No Brasil, a empresa já fornece soluções de automação como a plataforma de controle do centro de operações do Rio de Janeiro, ou a implantação de semáforos inteligentes em Niterói. Agora, a companhia mira entrar em PPP para gerir a iluminação pública das cidades, obrigação que desde o início de 2015 passou das distribuidoras para os municípios. Uma grande parte das prefeituras está adotando a licitação da gestão, que envolve, por exemplo, a modernização dos pontos de iluminação com a substituição de lâmpadas ineficientes por modelos de LED. De acordo com o executivo, há um interesse mais específico em PPPs com as cidades de Niterói e Brasília. Caso a empresa ganhe um desses contratos, projeta o executivo, o crescimento do faturamento que a Engie planeja para serviços pode ser ainda maior. (Agência Brasil Energia – 26.07.2016)

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9 Solução da Icaro Tech traz rapidez para tomada de decisões na operação

Com o objetivo de obter maior eficiência em sua rede e aprimorar os serviços oferecidos, a CPFL implementou uma solução baseada em painel de controle fornecido pela Icaro Tech. Instalada na central de operação e manutenção da CPFL em Campinas (SP), divisão da transmissão da CPFL Paulista, a solução permitiu à companhia reduzir em 40% o tempo de resolução de problemas na rede operativa, que podem refletir em interrupção de serviço de fornecimento de energia ao consumidor final. A rede operativa é utilizada pela CPFL para conectar o Centro de Operações aos sensores e equipamentos da rede de transmissão e distribuição que são responsáveis por levar a energia elétrica ao consumidor. Ela é considerada vital para a transmissão e distribuição de energia, porque proporciona a operação remota do sistema elétrico e gera alertas capazes de avisar os gestores sobre potenciais falhas que podem levar a instabilidade e ao corte no fornecimento do serviço. Para Cristiano Santos Cucatti, Gerente de Serviços da Transmissão da CPFL, a solução fornecida pela Icaro Tech facilita o acesso às informações sobre a infraestrutura de comunicação. (Agência CanalEnergia – 26.07.2016)

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10 EDP Bandeirante reduz inadimplência com telemedição

Os cerca de 45 km que separam o centro de operações da EDP e o bairro Presidente Dutra, são superados em menos de dois segundos pelo projeto Energia+. Esse é o tempo que a companhia agora leva para realizar operações como leitura de consumo e corte e religação de fornecimento de energia no local. A empresa investiu R$ 1,4 mi na instalação de aparelhos de telecomunicação em 2 mil unidades de consumo da sua área de concessão. O trajeto evitado pelas equipes de leitura e de corte e religação da companhia fará com que o investimento se pague em seis meses. Escolhidos para receber o projeto-piloto por estarem em área especialmente inadimplente, os consumidores do bairro Presidente Dutra já começam a apresentar mudança de comportamento em relação aos débitos com a distribuidora. Com o Energia+, a EDP Bandeirante atingiu taxa de retorno de 95% dos clientes que tiveram fornecimento cortado, enquanto a média no resto da área de concessão fica entre 70% e 80%. Foram ao todo 670 cortes realizados desde março, quando o projeto começou a operar. Desses, 56 consumidores permaneceram inadimplentes após o desligamento. Na área em questão, antes de receber o projeto, a empresa demorava em média sete meses para interromper o fornecimento de energia, a partir do período de inadimplência em que o corte passa a ser legalmente possível. Isto porque a companhia mantinha uma lista com 18 regras que determinavam se era economicamente vantajoso ou não cortar o fornecimento. Se o débito do consumidor estivesse abaixo do custo de mandar uma equipe ao local, por exemplo, o corte era adiado. Logicamente, os cortes demoravam muito mais tempo para ocorrer. Mas, de acordo o gestor operacional da EDP Bandeirante, Rogério Marques, a lista foi abandonada, já que o custo operacional do corte passou a ser quase zero. Em três meses, a empresa poupou custos operacionais de R$ 13,4 mil com corte e religação e R$ 18,48 mil com leitura de consumo. Além de poupar custos operacionais, o projeto também pode ajudar a companhia a recuperar receitas, comenta Marques. (Agência Brasil Energia – 26.07.2016)

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11 Tarifas de cooperativas de distribuição de energia da Região Sul são reajustadas

A Aneel, aprovou em 26 de julho, os reajustes tarifários de quatro cooperativas de energia do Rio Grande do Sul, que entram em vigor no dia 30. Três cooperativas terão redução no valor das tarifas. Para a Cooperativa de Energia Coprel, que atende a 51,3 mil consumidores, a redução média nas tarifas será de 3,06%. Os 60 mil consumidores que recebem energia da Certel terão redução média de 4,32% nas tarifas e os 25,6 mil atendidos pela Cermissões, de 5,11%. Já a tarifa da Ceriluz terá aumento médio de 5,34%. A distribuidora atende a 13,5 mil consumidores em Ijuí (RS). A Aneel também aprovou hoje a revisão tarifária da Ceral DIS, localizada no município de Arapoti (PR). O efeito médio a ser percebido pelos consumidores será de 10,53% – 13,34% para os consumidores conectados em alta tensão e 8,63% para os conectados em baixa tensão. Segundo a Aneel, o cálculo dos reajustes considera a variação de custos que a empresa teve no período, incluindo custos típicos da atividade de distribuição e outros custos como energia comprada de geradoras, encargos de transmissão e encargos setoriais. A aplicação do reajuste anual e da revisão tarifária está prevista nos contratos de permissão assinados entre as cooperativas e o governo federal, por meio da Aneel. Os índices homologados pela Agência são os limites a serem praticados pelas cooperativas. (Agência Brasil – 27.07.2016)

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12 Alteração do contrato da UHE Baixo Iguaçu é aprovada pela Aneel

A Aneel aprovou o termo aditivo ao contrato de concessão que altera o cronograma de implantação da hidrelétrica Baixo Iguaçu, no Paraná. Os 35 anos do contrato do empreendimento serão acrescidos de 756 dias, correspondentes ao período de reconhecimento pela Aneel da isenção de responsabilidade do empreendedor no atraso na obra. A usina do grupo Neoenergia deverá entrar em operação comercial em 21 abril de 2018. A previsão inicial era 1º de setembro de 2012. A decisão também desloca o prazo de inicio de entrega da energia negociada em leilão em 2008, que estava prevista para 1º de janeiro de 2013. Em maio desse ano, a agência ampliou de 626 dias para 756 dias o reconhecimento de exclusão de responsabilidade. Não foram considerados outros 88 dias pleiteados pela empresa, correspondentes ao período entre a autorização do Instituto Ambiental do Paraná para a retomada das obras e o julgamento do processo pela autarquia. As obras da usina foram retomadas em janeiro desse ano. A Neoenergia não terá quaisquer penalidades e obrigações contratuais, comerciais ou regulatórias decorrentes do atraso. (Agência CanalEnergia – 26.07.2016)

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13 Eletrosul devolverá R$ 1,4 milhão à Gerdau por conta de liminar

A Eletrosul terá que devolver, em até 15 dias, R$ 1,4 mi para o consumidor livre Gerdau Aços Especiais. A siderúrgica é membro Abrace, que, por sua vez, tem uma liminar determinando que seus associados devem pagar apenas uma parte da cota da CDE definida pela Aneel para o exercício de 2015. Para efetuar a operação, a Eletrobras, gestora da CDE, deverá efetuar, em até 10 dias, a devolução de R$ 1,28 mi à transmissora Eletrosul. A Gerdau é consumidora de energia elétrica em sua unidade industrial de Charqueadas, no estado do Rio Grande do Sul e migrou para o mercado livre em primeiro de outubro de 2015. O valor a ser devolvido é referente ao pagamento das cotas da CDE feito pelo agente nos meses de outubro, novembro e dezembro do ano passado. As informações são do DOU de 26 de julho, conforme despacho nº 1.925. (Agência CanalEnergia – 26.07.2016)

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14 Aneel fixa perdas técnicas da Light em 7,2%

A Aneel definiu, em 26 de julho, em 7,2% o percentual de perdas técnicas da Light sobre o valor da energia injetada para os reajustes tarifários relativos aos anos de 2015 a 2017. Os valores deverão ser adotados somente para fins de verificação do cumprimento das perdas não técnicas da distribuidora. (Agência CanalEnergia – 26.07.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Números dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do submercado SE/CO estão operando com 52,5% da sua capacidade, recuando 0,2% em relação ao dia anterior, de acordo com dados do ONS referentes ao último dia 25 de julho. A energia armazenada é de 106.491 MW/mês e a ENA é de 20.854 MWm, que corresponde a 92% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Furnas está com 74,82% e a de Nova Ponte, com 36,46%. No Nordeste, houve recuo de 0,2% nos níveis da região, ficando em 24,1%. A energia armazenada é de 12.479 MW/mês e a ENA é de 1.244 MWm, que é o mesmo que 33% da MLT. A usina de Sobradinho opera com 19,55% da capacidade. Na região Norte, os reservatórios registram volume de 55,8%, diminuindo 0,2% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 8.390 MW/mês e a ENA é de 1.691 MWm, que equivale a 47% da MLT. A hidrelétrica de Tucuruí está com volume de 84,54%. Na região Sul, os níveis tiveram uma queda de 0,4% e operam com 92% do volume armazenado. A energia armazenada é de 18.355 MW/mês e a ENA é de 8.043 MWm, o correspondente a 97% da MLT. A usina de Passo Fundo registra volume de 96,19% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 26.07.2016)

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2 Geração eólica cresce 53% em 2016, aponta CCEE

A produção de energia eólica nos primeiros cinco meses do ano somou 2.703 MWm, crescimento de 53% na comparação com os 1.762 MWm produzidos de janeiro a maio de 2015. A capacidade instalada dos 356 empreendimentos eólicos em operação no sistema alcançou a expressiva marca de 9.092 MW, incremento de 46,5% na comparação com os 6.211 MW registrados em maio de 2015, quando havia 244 projetos em operação. Os dados foram apresentados nesta terça-feira, 26 de julho, pela CCEE. Em maio, a análise por Estado indica que o Rio Grande do Norte permanece como maior produtor de energia eólica do país. As usinas potiguares produziram um total de 960,5 MWm no mês, aumento de 33,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida, aparece o estado da Bahia com 712,6 MWm (+54%) produzidos, o Ceará com 470 MWm (+24%) e o Rio Grande do Sul, que alcançou 461 MWm (+41%) em maio. Os dados sobre a capacidade instalada ainda indicam a liderança do Rio Grande do Norte com um total de 2.711 MW, aumento de 29% em relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida, aparece a Bahia com 1.750 MW (+82%), o Ceará com 1.615,5 MW (+24%) e o Rio Grande do Sul com 1.569 MW (+20,8%). (Agência CanalEnergia – 26.07.2016)

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Meio Ambiente

1 Avião solar completa volta ao mundo

O avião Solar Impulse 2 (SI-2) completou a volta ao mundo nesta segunda-feira. O projeto, movido somente a energia solar, pousou em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, onde iniciou a viagem em 9 de março de 2015. O comunicado foi feito na rede social Twitter oficial do projeto, que ressalta o pouso bem sucedido do piloto Bertrand Piccard. De nacionalidade suíça, Piccard estabeleceu com a aeronave o mais longo recorde de voo sem escalas, de 120 horas. O trajeto completo envolveu as localidades de Omã (Muscat), India (Varanasi), Myanmar (Mandalay), China (Chongqing e Nanjing), Japão (Nagoya) e várias cidades dos Estados Unidos. A última etapa da viagem, entre Cairo e Abu Dhabi, foi anunciada por Piccard no domingo (24/7). O SI-2 é abastecido por energia solar recolhida por mais de 17.200 células solares que cobrem as asas e fuselagem e possui baterias para o armazenamento. O avião é capaz de atingir velocidade máxima de 140 km/hora. A envergadura é de 72 metros e peso, de apenas 2.300 kg, equivalente ao de um carro. (Agência Brasil Energia – 26.07.2016)

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Energias Renováveis

1 Gamesa fornecerá 27,3 MW para Voltalia

A Gamesa fechou contrato para fornecer os aerogeradores do parque eólico Vila Acre (27,3 MW), da Voltalia. Serão entregues 13 turbinas do modelo G114-2.1 MW até 2018, quando deve entrar em operação o projeto vendido no 2º leilão de reserva de 2015. O parque Vila Acre está localizado em Serra do Mel, no Rio Grande do Norte. De acordo com a fabricante, já foram vendidos no Brasil mais de 1000 MW do modelo, projetado para ventos constantes e baixas turbulências. A Gamesa tem aumentado a participação no mercado eólico brasileiro e, no ano passado, foi a companhia com a maior parte dos pré-acordos de fornecimento de aerogeradores no Brasil. Recentemente, a companhia entrou em processo de fusão com a Siemens, que passará a controlar a empresa resultante. (Agência Brasil Energia – 26.07.2016)

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2 Eólicas fecham junho com 9.216 MW de capacidade instalada

As usinas eólicas instaladas no país totalizaram capacidade instalada de 9.216 MW, com energia assegurada de 3.499 MW médios, informou o ONS nesta terça-feira. Segundo o operador, o recorde de geração das usinas, em junho, ocorreu em base diária no dia 30/6, quando foram gerados 4.903 MW. Considerando a base horária, o recorde ocorreu no dia 24/6, com produção de 5.665 MW. Quando se olha o percentual gerado pelas eólicas na comparação com o total da carga do sistema interligado, os recordes de base diária e horária ocorreram no dia 26/6, com proporção de, respectivamente, 9,26% e 11,48%. Em junho, o fator de capacidade médio dos empreendimentos eólicos ficou na casa dos 40%, ainda de acordo com o ONS. (Agência Brasil Energia – 26.07.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Petrobras vai buscar sócios para gerir malha de gás

O novo posicionamento da Petrobras é buscar parceiros para compartilhar sua infraestrutura logística de abastecimento, disse ontem o diretor de Refino e Gás Natural da estatal, Jorge Celestino. Diante desse novo cenário de mercado, em que a estatal se prepara para reduzir sua posição praticamente monopolista no setor, o governo pretende acelerar as discussões sobre ajustes no atual marco regulatório do gás para atrair novos agentes para a área. A palavra de ordem hoje na estatal, segundo Celestino, é compartilhar logística - o que passa também pelo compartilhamento dos riscos. O diretor destacou que a empresa continuará como uma importante produtora de óleo e gás, mas que a petroleira caminha na direção de "compartilhar os ativos, desenvolver parcerias e minimizar qualquer investimento em novos ativos de logística, tanto da cadeia de óleo quanto gás". O pronunciamento do executivo foi feito durante evento promovido pelo IBP, com foco na discussão dos rumos do setor de gás natural frente à redução do papel de protagonismo da Petrobras na cadeia. Durante o encontro, o novo secretário de Petróleo e Gás do MME, Márcio Félix, anunciou a uma plateia de empresários da indústria de gás a intenção do governo de publicar até o fim de setembro a minuta de uma política e diretrizes para o setor de gás natural. O objetivo, segundo ele, é ajustar o arcabouço regulatório ao novo cenário do mercado. "Esse movimento [de venda de ativos] da Petrobras faz com que tenhamos de nos mexer", disse. Uma das principais novidades em estudo é a criação de um operador nacional da malha de gasodutos. Sem entrar em maiores detalhes, Félix explicou que a entidade não será necessariamente um órgão governamental e que deve assumir outras atribuições. "Eu chamaria de um desenvolvedor brasileiro do gás, e não chamar de operador nacional do gás, porque essa entidade fará mais que a operação", afirmou. Presidente da Transportadora Brasileira do Gasoduto Bolívia Brasil (TBG), Renato Costa, explica que no momento em que a Petrobras deixar de assumir o papel de garantidor do suprimento do mercado, será necessário um agente central que coordene as demandas às ofertas existentes. "Essa coordenação sempre foi feita pela equipe logística da Petrobras", disse o executivo, que destaca as complexidades de se coordenar a operação da malha de gasodutos envolvendo mais de um operador, num sistema como o brasileiro, em que o despacho termelétrico é flexível. (Valor Econômico – 27.07.2016)

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2 Petrobras busca alternativas para importar gás

Segundo o Presidente da Transportadora Brasileira do Gasoduto Bolívia Brasil (TBG), Renato Costa, "Hoje a Petrobras tem reuniões semanais para definir o que vai ser feito em relação à importação de cargas [de GNL] para fechar o balanço de gás no curto prazo. E às vezes despacham térmicas bem acima do que seria sinalizado pelo preço de energia", completou o presidente da TBG. Na avaliação de especialistas, os novos ajustes regulatórios precisam considerar algumas peculiaridades de um mercado concentrado como o brasileiro, entre elas a questão das tarifas de transporte. Hoje, a Petrobras cobra uma tarifa única para todos os agentes do setor. Com a possível venda dos dutos da NTS para a Brookfield, a expectativa é que o valor único que se cobra hoje seja substituído por uma cobrança que considere a distância entre os pontos de entrada e de entrega do gás. Existem, também, dúvidas sobre como se daria a cobrança de ICMS sobre o gás nas operações de swap (troca operacional de gás entre agentes). No mercado, contudo, a percepção é que, com as vendas de ativos anunciadas pela estatal no setor, surge uma oportunidade histórica para a abertura da indústria de gás. O setor é um dos principais alvos do programa de venda de ativos da companhia, que já vendeu 49% da Gaspetro para a Mitsui e negocia a Nova Transportadora do Sudeste (NTS) com a Brookfield, além de ter colocado à venda suas termelétricas e terminais de regaseificação. "Realmente é um novo ciclo que estamos começando, um momento único. Estamos vivendo a maior transformação desde a abertura do setor", disse o presidente do IBP, Jorge Camargo. (Valor Econômico – 27.07.2016)

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3 Abraget se reúne com MME para tratar de térmicas a GNL

A Abraget vai se reunir na próxima quarta-feira (27/7) com o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, para tratar de possibilidades para viabilizar a entrada de usinas termelétricas a GNL no mercado brasileiro, de acordo com Xisto Vieira Filho, presidente da associação. O executivo participou nesta terça (26/7) do 17º Seminário sobre Gás Natural do IBP, realizada no Rio de Janeiro (RJ). Na ocasião, Xisto afirmou que “é preciso fazer um leilão para garantir a segurança energética do país, o que significa colocar usinas termelétricas na base. A segurança [da matriz brasileira] precisa vir do GNL e da biomassa”. A preocupação com a segurança energética tem relação com a entrada maciça das fontes renováveis na matriz, que têm geração intermitente. “Para essa matriz diversificada, temos poucas termelétricas de base que servem de garantia à operação do setor elétrico. Claro que não queremos verter as hidrelétricas, e sim preservar os reservatórios”, de acordo com Xisto. (Agência Brasil Energia – 26.07.2016)

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4 Prumo otimista com hub de gás do Açu

A Prumo Logística está otimista com o desenvolvimento do negócio de gás no Porto do Açu (RJ) e segue na busca de parceiros e das licenças ambientais necessárias para viabilizar o projeto. A ideia é instalar um terminal de regasificação de GNL de 14 milhões de m³/dia conectado ao grid de transporte de gás natural. De acordo com o diretor de Projetos de Óleo e Gás da Prumo, Décio Oddone, sinais de que o governo está disposto a mudar a regulação do setor para destravar investimentos trazem mais otimismo para o desenvolvimento de um hub de gás no local. Oddone preferiu não dar prazos para materialização dos investimentos, mas confirmou que a Prumo já possui licença ambiental para o terminal de regaseificação e está trabalhando no licenciamento do gasuduto. O executivo explicou que a primeira fase será a instalação do terminal e desenvolver a demanda pelo gás junto a terceiros, conectando o porto ao Gascav, por meio de um gasoduto de cerca de 50 km. O Gascav é interligado ao grid de transporte e atende ao trecho Campos dos Goytacazes (RJ)-Vitória (ES). O Inea-RJ criou recentemente um grupo de trabalho para elaboração de Instrução Técnica e análise do EIA/Rima do gasoduto. Mesmo com as usinas termelétricas projetadas no porto, a Prumo calcula que, após estruturar a importação de GNL, é mais vantajoso focar em trazer gás do offshore, tratar e transportar a partir do Açu. Garantidas as fontes de oferta, o projeto poderá ser expandido para geração térmica integrada no hub – são quatro UTEs, com 6,4 GW de capacidade projetada. Um dos candidatos para escoar gás pelo Açu é o futuro campo a ser delimitado no prospecto de Pão de Açúcar, em águas profundas da Bacia de Campos. Descoberto durante operação da Repsol-Sinopec, o ativo é hoje operado pela Statoil e entrou este ano em fase final de exploração. Ano passado, a Prumo chego a fechar um acordo com a Bolognesi para estudar conjuntamente os investimentos em gás natural no Açu, mas a parceira não foi adiante. (Agência Brasil Energia – 26.07.2016)

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Grandes Consumidores

1 Shopping centers interessados no ambiente de livre negociação e em certificação de energias renováveis

A disparada das tarifas de energia elétrica, que ano passado subiram mais de 50% em média no mercado cativo, tem estimulado a migração de shopping centers para o ambiente de livre negociação. A decisão pode representar uma queda de 20% com o insumo, um dos principais custos operacionais dos centros comerciais ao lado de mão de obra e água. Com cerca de 15% de participação no segmento de comercialização, a Comerc registra 43 shoppings que já migraram para o mercado livre nos últimos anos e outros 48 em processo de migração. O presidente da comercializadora, Cristopher Vavlianos frisa que os shoppings estão interessados também em obter certificação de que compram energia de fontes renováveis. Um exemplo disso foi o grupo Iguatemi, primeiro consumidor de energia a receber o Certificado de Energia Renovável. O movimento de migração tem sido intenso em dois Estados: Amazonas e Paraná. Manaus foi interligada ao SIN em 2013, o que permitiu que as empresas locais pudessem a partir daí ingressar no mercado livre. Já, no Paraná, durante o governo Requião, as tarifas do mercado cativo foram mantidas subsidiadas. Com a troca de governo, fez-se um realinhamento de preços, o que fez as empresas se interessarem pelo mercado livre. Os shoppings são um dos segmentos que estão impulsionando o crescimento da carteira das comercializadoras. No início do ano passado, a Comerc registrava 250 clientes e 500 unidades consumidoras. Um ano e meio depois, a empresa soma cerca de 600 clientes e de 1,2 mil unidades consumidoras. Na Ecom, o cenário não é diferente: a carteira de clientes mais do que dobrou em pouco mais de um ano, chegando a 180 empresas. As comercializadoras estão atentas também à chegada de novas tecnologias, como a microgeração distribuída solar. (Valor Econômico – 27.07.2016)

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2 Petrobras prevê economia de R$ 30 milhões com gestão energética eficiente

A Petrobras planeja economia de até R$ 30,9 mi em 2016 com modelo de gestão energética predial compartilhada. Desde a implementação do projeto, entre 2010 e 2015, a companhia alcançou economia total de R$ 86 mi, o que equivale em média a 25% menos nos custos com compra de energia elétrica no período. “O modelo de gestão predial administra mais de 50 instalações em diversos estados. Juntas, as unidades tiveram em 2015 um consumo de energia elétrica no montante de 218.636 MWh/ano”, explicou o coordenador de Administração Predial, Marcelo Ivan, em comunicado. No ano, a economia chegou a R$ 26,1 mi. Grande parte da conservação veio após a migração de unidades para o mercado livre, como consumidores especiais, na primeira etapa do projeto. Até o momento, são 21 instalações no regime de negociação, com contrato total de 14,7 MW médios/ano. Nas demais etapas, o projeto resultou na implementação de sistemas de geração solar distribuída; modernização das instalações, seguindo especificações do Procel Edifica; e ajustes nas rotinas de operação dos funcionários e equipamentos. O sistema de Serviços Compartilhados foi criado para reduzir em até 40% o consumo de energia elétrica das edificações da empresa. A iniciativa consiste especialmente no monitoramento de forma centralização e na interação com a automação. Com a medida, ocorre uma aquisição de dados simultânea, com avaliação de indicadores de desempenho e criação de base para relatórios de gestão padronizados e comparativos, que possibilitam ações de eficiência energética mais planejadas e eficazes. (Agência Brasil Energia – 26.07.2016)

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Economia Brasileira

1 Projeção para o PIB de 2016 volta a cair

Depois de nove semanas entre estabilidade e ascensão, a expectativa dos analistas para a atividade econômica brasileira voltou a cair, de acordo com o boletim Focus, do BC. A mediana das projeções para o PIB saiu de queda de 3,25% para recuo de 3,27%, após três semanas consecutivas em alta. Antes disso, as estimativas ficaram estáveis em uma semana e subiram nas demais. A última queda de projeção antes da atual ocorreu em 13 de maio, quando saiu de -3,86% para -3,88%. A pior projeção para o PIB de 2016 foi registrada em 29 de abril (-3,89%). As estimativas passaram a subir de forma mais consistente após a divulgação do PIB do primeiro trimestre, que caiu 0,3% ante um recuo esperado de 0,8% sobre o último trimestre de 2015. Depois, sucessivas altas nos indicadores de confiança dos consumidores e do setor privado consolidaram um viés mais positivo para o PIB. Em junho, o BC passou a estimar queda de 3,3% no PIB deste ano, ante projeção anterior de baixa de 3,5%, Na sexta-feira, ao divulgar o relatório bimestral de receitas e despesas, o Ministério do Planejamento informou trabalhar com expectativa de recuo de 3,1% - antes era estimada queda de 3,8%. As projeções para a inflação deste ano e de 2017 melhoraram. A mediana das estimativas para o IPCA de 2016 caiu de 7,26% para 7,21% e, de 2017, de 5,3% para 5,29%. Em 12 meses, foi de 5,7% para 5,63%. Entre os analistas Top 5, contudo, a mediana para o IPCA de 2016 subiu de 7,18% para 7,2%. A de 2017 recuou de 5,33% para 5,29%. (Valor Econômico – 26.07.2016)

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2 Confiança do consumidor sobe em julho

O ICC da FGV subiu pelo terceiro mês consecutivo em julho, mais uma vez puxado mais pela melhora das expectativas do que pela percepção sobre a situação atual. O ICC aumentou 5,4 pontos, para 76,7 pontos. Em abril, o indicador tinha atingido o menor nível da série histórica. Na comparação com julho do ano passado, houve alta de 6,7 pontos, a segunda consecutiva neste tipo de confronto. "A alta da confiança do consumidor nos três últimos meses foi quase que inteiramente determinada pela melhora das expectativas, um descolamento aparentemente iniciado durante o desfecho da primeira fase do processo de impeachment. A rápida melhora das expectativas após a entrada do governo interino, no entanto, parece superar a velocidade de recuperação cíclica da economia no curto prazo, ainda mais considerando-se os riscos ainda existentes no ambiente político, como a segunda fase do impeachment, as eleições e a votação das medidas de ajuste fiscal", afirma Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem. As avaliações dos consumidores sobre a situação atual melhoraram ligeiramente em julho, compensando a queda no mês anterior. Já as expectativas em relação aos meses seguintes avançaram pelo terceiro mês consecutivo, acumulando 19,5 pontos de alta no período. O ISA subiu 1,0 ponto em julho, atingindo 65,7 pontos, o maior desde março passado. O IE avançou 8,2 pontos, atingindo 85,3 pontos, o maior desde dezembro de 2014 (87,2). Na comparação com julho do ano passado, as expectativas sobem (16,2 pontos), mas a situação atual ainda tem registro negativo (-7,4). (Valor Econômico – 26.07.2016)

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3 Mercado vê redução menor das pressões inflacionárias do que BC

A projeção de inflação no cenário de referência do Copom está ao redor da meta de 4,5% para 2017, mas o mesmo não ocorre com as projeções no cenário de mercado, que levam em consideração as estimativas para juros e câmbio da pesquisa Focus. Nesse cenário, a estimativa para a inflação é de 5,3% para o próximo ano. Essas informações estão na ata da última reunião do Copom, divulgada nesta terça-feira. “A desinflação até a meta ocorre sob as hipóteses do cenário de referência. Entretanto, no cenário de mercado, a desinflação ocorre em velocidade aquém da perseguida pelo comitê”, ressalta a ata. O cenário de referência considera um câmbio a R$ 3,25 e manutenção da Selic em 14,25% em todo o horizonte da projeção. Para 2016, o Copom informa que tanto no cenário de referência quanto no de mercado as projeções apontam para inflação em torno de 6,75%. Para o conjunto de preços administrados, o comitê projeta alta de 6,6% neste ano, 0,2 ponto abaixo da estimativa na reunião anterior. No caso de 2017, a previsão é de elevação de 5,3%, ou 0,3 ponto acima da projeção anterior. A ata afirma ainda que os índices de preços mostraram inflação acima das expectativas no curto prazo por causa da elevação dos preços de alimentos e, “talvez, de maior persistência da inflação.” “Tais resultados contribuíram para um aumento das expectativas apuradas pela pesquisa Focus para a inflação medida pelo IPCA para o ano corrente, que se situam em torno de 7,25%”, afirma o texto. Já para 2017, as expectativas captadas pela Focus apresentaram recuo de aproximadamente 0,20 ponto desde a última reunião. (Valor Econômico – 26.07.2016)

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4 Dólar ontem e hoje

Hoje, a moeda americana avançava 0,39%, saindo a R$ 3,2830. Na terça-feira, o dólar comercial caiu 0,64%, encerrando a R$ 3,2704. (Valor Econômico – 27.07.2016 e 26.07.2016)

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Internacional

1 Argentina: Ministério de Energia autoriza as exportações de gás temporárias para os países vizinhos

O Ministério de Energia argentino poderá autorizar as exportações de gás natural para os países vizinhos em casos temporários, de ajuda em caso de emergência ou para uso da infraestrutura, posteriormente ocorrendo um reingresso ao mercado interno argentino, sem necessidade de realizar avaliações de impacto sobre os níveis de reserva. (El Inversor – Argentina – 27.07.2016)

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2 Uruguai: Queda no investimento às renováveis puxa investimentos para baixo

No segundo trimestre do ano, o Comitê uruguaio para a aplicação da Lei de Investimento (Comap) recebeu a menor quantidade de projetos de investimento apresentados para a obtenção de benefícios fiscais nos últimos oito anos. De fato, no abril-junho Comap recebeu 97 projetos de investimento no valor de US$ 90 mi. Isso implica uma queda de 80% quando comparado ao mesmo período de 2015, de acordo com o relatório da Unidade de Apoio do Setor Privado (UNASEP), do Ministério da Economia. A UNASEP explicou que a "forte variação nos valores dos investimentos origina-se principalmente em grandes projetos de energias renováveis (eólica, solar e biomassa). No segundo trimestre de 2015 dois projetos foram apresentados por US$ 183 mi, enquanto no mesmo trimestre de 2016 não há projetos apresentados nessas características. (El País – Uruguai – 27.07.2016)

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3 Paraguai: Avança plano para abrir o mercado de energia elétrica no país

Com a intenção de abrir o mercado elétrico do Paraguai para obter os investimentos requeridos pelo sistema, um grupo de deputados está considerando um projeto de lei que cria o Quadro Regulatório do Setor Elétrico. Além de criar uma entidade reguladora, a proposta prevê a participação do sector privado na transmissão e distribuição de energia. O projeto é analisado dentro de uma comissão especialmente formada para o assunto, explicou o deputado Carlos Nuñez Salinas. "Neste momento, estamos refinando alguns itens e o que vamos fazer antes de enviar o projeto é socializar a proposta e fazê-la ser entendida, por isso, vamos ir para as câmaras de comércio, para a indústria e as diferentes associações". Ele insistiu que o principal interesse é abrir o mercado de energia elétrica para obter o investimento necessário e criar o crescimento do país, uma vez que atualmente a ANDE não consegue executar sequer US$ 100 mi por ano. "Hoje, o setor elétrico paraguaio exige investimentos constantes, mais de us$ 500 mi por ano para atender à crescente demanda, que cresce em um ritmo acelerado. O monopólio estatal da ANDE não tem esses recursos e por isso não é capacitada para implementar projetos", disse o legislador. (ABC Color – Paraguai – 27.07.2016)

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4 ABB fecha fornecimento para rede HDVC na China

A ABB fechou pedido de fornecimento de equipamentos para projeto de alta tensão em corrente contínua (HDVC), na China. O acordo com a operadora State Grid ficou em US$ 300 milhões e inclui transformadores de conversação, disjuntores e capacitores, com entrega prevista para este ano. A linha fará a ligação entre as cidades chinesas de Changji e Guquan e terá 3.284 km de extensão, com capacidade de transmissão de 12 GW. O sistema é o maior do tipo HDVC em construção no mundo. Em 2010, a fabricante apoiou a chinesa em outro projeto, de interligação entre Xiangjiaba e Xangai, com 2 mil km e capacidade para escoamento de cerca de 7 GW. A instalação foi a primeira HVDC de 800 kV a entrar em operação comercial globalmente. (Agência Brasil Energia – 26.07.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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