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IFE: nº 4.138 - 21 de julho de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
1 Projeto da Câmara quer suspender homologação da CDE de 2015
2 Brasil e Argentina querem intensificar parceria na área nuclear
3 Aneel define receita anual de geração de hidrelétricas com concessões renovadas
4 Endividamento pode levar à perda de concessões de distribuidoras, afirma TCU
5 CCEE coloca em operação a primeira ferramenta para a mitigação dos efeitos da sobrecontratação das distribuidoras
6 CCEE começa a operar mecanismo para reduzir sobrecontratação
7 CCEE: liquidação de nucleares e cotas soma R$ 743 milhões em junho
8 Flexibilização de medição viabiliza 1 mil instalações em cinco meses
9 MME enquadra CGHs no Reidi
Empresas
1
TCU: 23 distribuidoras de energia superaram nível de endividamento
2 Cemig avalia ceder o controle da Light para novos investidores
3 Cemig tem mais de R$11bi em dívidas
4 Presidente interino já assumiu cargo em Furnas
5 Brookfield está próxima de comprar ativos da Isolux
6 Comercializadora varejista pode fomentar mercado livre
7 CPFL foi habilitada para ser uma comercializadora varejista
8 Comerc foi habilitada para ser uma comercializadora varejista
9 Ekce foi habilitada para ser comercializadora varejista
10 Funcionários da CPFL Piratininga entram em greve
11 CPFL Brasil negocia primeiro contrato no modelo varejista
12 Greve na Eletrobras continuará por tempo indeterminado
13 Funcionários da EPE decidem fazer paralisação de 24 horas
14 Eletrobras Distribuição Piauí realiza operação contra inadimplência em Teresina
15 Viamão recebe R$ 2,7 mi em investimentos da CEEE-D no 1º semestre
16 Basf amplia ações de eficiência energética em unidades brasileiras
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 ONS sinaliza consumo de energia 'mais otimista'
3 ONS comenta atraso das obras de transmissão da espanhola Abengoa
4 ONS pretende adotar novas medidas em sua nova gestão
5 Brasil tem aumento de 5,1 GW na capacidade instalada até julho
6 Preço de referência sobe para R$ 122,12/MWh
Energias Renováveis
1
Poços de Caldas recebe novos parquímetros solares
2 Processamento de cana da Odebrecht Agroindustrial aumenta 23%
Gás e
Termelétricas
1 Trezentos agentes especializados em risco nuclear vão atuar na Rio 2016
Grandes
Consumidores
1 Empresas de transporte sobre trilhos buscam reduzir tarifa de energia elétrica
Economia Brasileira
1 Fluxo cambial na semana passada ficou positivo em US$ 515 mi
2 Confiança do comércio renova alta em julho, aponta CNC
3 Indicadores reforçam queda menos intensa do emprego
4 IPCA-15 avança para 0,54% em julho e acumula alta de 8,93% em 12 meses
5 Dólar ontem e hoje
Internacional
1 Chile: Nova lei de transmissão de energia aumenta a concorrência
2 Argentina: Governo aconselha não pagar o gás e empresas se preocupam
3 Colômbia: energias renováveis ainda sofrem com falta de regulamentação
4 Siemens fornece transformadores para rede HDVC
5 Wärtsilä tem lucro de 138 milhões de euros até junho
Regulação e Reestruturação do Setor
1 Projeto da Câmara quer suspender homologação da CDE de 2015
A Câmara dos Deputados analisa proposta que susta a homologação das cotas anuais da CDE para 2015. Apresentado pelo deputado Giacobo (PR-PR), o Projeto de Decreto Legislativo 10/15 susta a aplicação da resolução 1.857/15 da Aneel que homologou o montante da cota em R$ 18,9 bi. O deputado argumenta que, ao homologar as cotas anuais definitivas da CDE para 2015, a Aneel inovou na ordem jurídica adotando critério de proporcionalidade contrário ao previsto na Lei 10.438/02, modificada por leis posteriores. Ele lembra que a legislação estabelece que as cotas anuais da CDE deverão ser proporcionais às estipuladas em 2012 aos agentes que comercializem energia elétrica com o consumidor final. De acordo com ele, a proporcionalidade foi estabelecida em 25% da cota anual de 2012, frente à redução tarifária aos consumidores finais prevista na lei 13.783/2013. Para 2012, a Aneel homologou a destinação de cotas de R$ 3,7 bi para financiamento da CDE. Ainda segundo Giacobo, a resolução da Aneel extrapolou os limites do exercício regulamentar de caráter secundário ao do presidente da República que compete a uma agência reguladora. Segundo ele, é vedado às agências expedir normas que inovem na ordem jurídica, criando, modificando ou extinguindo direitos e obrigações, ainda que a matéria regulamentada seja tratada em lei ou em decreto. O projeto será analisado pelas comissões de Minas e Energia; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania e ainda pelo Plenário. (Agência CanalEnergia – 20.07.2016)
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2 Brasil e Argentina querem intensificar parceria na área nuclear
Os governos do Brasil e Argentina celebraram, em 19 de julho, os 25 anos do acordo nuclear entre os dois países e da Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares. Na ocasião, o presidente interino do Brasil Michel Temer e o presidente da Argentina, Mauricio Macri, manifestaram a intenção de aprofundar a parceria bilateral para a construção de usinas nucleares e abastecimento do mercado regional do radioisótopo Molibdênio-99, essencial na medicina nuclear para o diagnóstico e tratamento de enfermidades. Nota conjunta divulgada pelos dois países destacou a celebração do Acordo de Guadalajara, firmado em 1991, que possibilitou aos dois países superarem “desconhecimentos e desconfianças mútuas e lançar as bases de uma relação transparente e cooperativa” para a área nuclear. A nota reforça ainda a necessidade de os países buscarem o desarmamento nuclear e a não proliferação do uso dessa tecnologia como arma, além de instarem os países detentores de armas nucleares a “eliminar completamente” seus arsenais de modo transparente, verificável e irreversível. (Agência CanalEnergia – 20.07.2016)
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3 Aneel define receita anual de geração de hidrelétricas com concessões renovadas
A Aneel homologou a RAG das usinas hidrelétricas incluídas em regime de cotas para o período de 1º de julho de 2016 a 30 de junho de 2017. A RAG total para os próximos 12 meses desse conjunto de empreendimentos será de R$ 5,606 bi, e a tarifa média de energia das cotas passará de R$ 61,58 por MWh para R$ 67,17/MWh, incluídos os tributos, com aumento de 9,07% em relação à tarifa de 2015. A receita anual das usinas inclui o custo de gestão dos ativos, a bonificação de outorga, encargos setoriais, tarifas de uso de distribuição e de transmissão, tributos e outros custos residuais. A tarifa média das cotas será aplicada às usinas com concessões renovadas em 2013 de acordo com a Lei 12.783, ou leiloadas em novembro do ano passado. Ela é resultante da soma da compensação financeira a ser paga pelo gerador nos próximos 12 meses com o valor total da receita de geração apurada, dividida pela garantia física contratada no sistema de cotas para o mercado regulado. Sobre esse resultado incide a tributação. A Aneel determinou o pagamento em parcela única do Custo de Gestão dos Ativos de Geração pela operação temporária das usinas Ervália, Neblina, Sinceridade, Dona Rita e Coronel Domiciano, da Cemig. O valor creditado a Furnas corresponde a dois dias de operação dos empreendimentos no mês de julho deste ano. Também será pago à Cesp valor referente ao custo de gestão dos ativos da usina de Jupiá, arrematada em novembro pela chinesa Tres Gargantas. A agência também determinou repasse de R$ 2,9 mi de receita anual pela Demei Distribuição à Demei Geração. O pagamento referente aos valores de RAG não recebidos pela geradora no período de janeiro de 2013 a fevereiro de 2016 será feito em 12 parcelas a partir de agosto deste ano. (Agência CanalEnergia – 20.07.2016)
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4 Endividamento pode levar à perda de concessões de distribuidoras, afirma TCU
O elevado endividamento das distribuidoras de energia pode restringir investimentos a partir de 2017, obrigar os acionistas a fazerem grandes aportes de capital nas empresas e, no limite, levar à perda das concessões. O diagnóstico é do TCU, com base em fiscalização destinada a avaliar os investimentos das empresas na expansão do sistema elétrico e na melhoria da qualidade dos serviços prestados. Entre abril de 2013 e março de 2014, a receita total das 63 concessionárias que operam no país foi de R$ 92 bi, para uma dívida que, em 2014, era de R$ 57 bi. Houve melhora no indicador que mede a relação entre a dívida e o faturamento, mas esse resultado deveu-se exclusivamente à redução acentuada (23%) dos investimentos no período. Para o TCU, essa situação pode levar à deterioração dos ativos das concessionárias e à redução da qualidade dos serviços prestados, condição necessária à manutenção das concessões. O alto nível de perdas, o aumento da inadimplência e a sobrecontratação de energia resultante da migração de consumidores são apontados como causas das dificuldades atuais das distribuidoras O tribunal lembra que grandes distribuidoras como Light, Ampla e AES Eletropaulo terão suas concessões vencidas entre 2026 e 2031. Até agora, 33 das 40 concessionárias com concessões vencidas ou a vencer até 2017 assinaram os novos contratos. Outras sete, das quais seis pertencentes à Eletrobras, podem eventualmente assinar os novos contratos até o ano que vem. (Agência CanalEnergia – 20.07.2016)
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5 CCEE coloca em operação a primeira ferramenta para a mitigação dos efeitos da sobrecontratação das distribuidoras
A CCEE colocou em operação a primeira ferramenta para a mitigação dos efeitos da sobrecontratação das distribuidoras por meio do MCSD de Energia Nova, que tem como base as resoluções normativas da Aneel nº 693/2015 e 727/2016. A expectativa é de que ao final da semana que vem, já se tenha o resultado da primeira fase desse mecanismo que prevê reduções contratuais. A segunda etapa, a de cessão compulsória entre as distribuidoras sem contratos com geradoras que desejarem reduzir seus contratos, deverá ser efetuada ao longo do segundo semestre. Esse mecanismo promete ser o principal aliado do segmento de distribuição para a o combate ao excesso de contratos. O presidente executivo da Abrade, Nelson Leite, havia classificado que esta resolução poderia resolver boa parte do problema do setor. Em um cálculo preliminar a entidade estimava que o potencial de movimentação de contratos nessa modalidade poderia chegar a até 1 GW médio. Mas que a expectativa era a de que o mecanismo fosse utilizado apenas a partir de agosto. A resolução da Aneel que trata do tema foi definida em 21 de junho e permite que as distribuidoras sobrecontratadas negociem reduções contratuais com geradoras. Nessa primeira fase do mecanismo implantado pela CCEE, há um produto apenas, de julho a dezembro de 2016. Segundo o gerente executivo de leilões e mercado regulado da CCEE, Alexandre Viana, a primeira fase será executada nessa semana até o final de julho e envolve a redução contratual entre distribuidoras e geradores que tenham relação comercial que tenham declarado a sobras e ofertas de redução. Ao longo do semestre, quando o restante do sistema estiver pronto, é que se realizará a segunda fase do processamento que é a de cessão compulsória de contratos, que envolve a divisão proporcional das trocas e reduções com base nas declarações das distribuidoras, nessa fase entram aquelas concessionárias que têm sobras mas sem contratos com as geradoras que ofertaram redução de contratos. Essa versão, comentou Vianna, é uma versão simplificada do sistema todo que está em desenvolvimento e que por isso apresenta apenas um produto. Segundo a regra aprovada pela Aneel, há duas modalidades de compensação aplicáveis à contratação de energia nova. A primeira possibilita reduções permanentes totais ou parciais dos contratos uma vez por ano, com trocas entre distribuidoras nos cinco anos seguintes e que poderão fazer ajustes em leilões A-3 e A-5 para recomposição do lastro de energia descontratado, caso necessário. E a segunda são reduções temporárias de volumes contratados para o ano seguinte ou para os meses remanescentes do mesmo ano dentro do calendário definido pela Aneel. Essa pela resolução 693, prevê que o MCSD seja processado três vezes por ano, para cessões com vigência a partir do mês de finalização do processamento até o final do ano. E, anualmente, após a realização do leilão A-1, para trocas no ano seguinte. (Agência CanalEnergia – 20.07.2016)
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6 CCEE começa a operar mecanismo para reduzir sobrecontratação
A CCEE iniciou a operação do MCSD de Energia Nova, mecanismo que permite às distribuidoras sobrecontratadas negociar com geradoras reduções contratuais para o período de julho a dezembro deste ano, a fim de diminuir os impactos da sobrecontratação. Esse dispositivo também possibilita a realização de cessões compulsórias para equilibrar as trocas entre as distribuidoras que tiverem sobras. O processo é dividido em três etapas: na primeira, as distribuidoras declaram suas sobras e déficits e as geradoras comunicam o volume de fornecimento de energia que desejam reduzir; na segunda, são feitas as cessões compulsórias entre as empresas de distribuição; por fim, a CCEE conduz a contabilização e liquidação do MCSD. A renegociação só acontece entre distribuidoras e geradoras que já tenham relação comercial entre si. No caso das distribuidoras que não sejam contratantes de usinas participantes, é possível utilizar as cessões compulsórias, de acordo com a entidade, que exemplificou que “se uma distribuidora reduzir em 1 GW sua relação direta com uma geradora, esse volume é compartilhado de forma proporcional com outras que declararem sobras”. Rui Altieri, presidente do conselho de administração da CCEE, afirmou que a entidade “está trabalhando no desenvolvimento do sistema para realizar a liquidação. Até lá, as posições contratuais reduzidas serão consideradas, mas os montantes financeiros e as demais trocas entre as distribuidoras serão realizadas depois”. Ao final das negociações, as sobras remanescentes serão utilizadas para troca simples com as distribuidoras com déficit. Essa operação será concluída até 29 de julho. A regulamentação do MCSD de Energia Nova foi definida em junho. Desde então, a CCEE conversava com a Aneel e a Abradee soluções para dar início ao processo de forma rápida. “Sabemos que a iniciativa não resolverá toda a situação, mas é mais uma medida adotada para equilibrar as operações do mercado de energia”, segundo Altieri. (Agência Brasil Energia – 20.07.2016)
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7 CCEE: liquidação de nucleares e cotas soma R$ 743 milhões em junho
A CCEE informou que as liquidações financeiras de energia nuclear e cotas de garantia física e potência, referentes a junho, movimentaram R$ 743 mi. O montante corresponde a adimplências respectivas de 97,87% e 95,96%. Apenas a operação para energia nuclear liquidou R$ 229,7 mi dos R$ R$ 234,7 mi contabilizados. A movimentação foi feita por 46 distribuidoras, que rateiam as produções de Angra 1 e 2. A liquidação de cotas, por sua vez, somou R$ 513,3 mi dos R$ 534,9 mi, operacionalizados por 45 concessionárias. (Agência Brasil Energia – 20.07.2016)
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8 Flexibilização de medição viabiliza 1 mil instalações em cinco meses
A flexibilização do sistema de medição para faturamento (SMF) viabilizou 1.051 pontos de medição entre fevereiro, quando entrou em vigor, e meados de julho. O mecanismo desobriga os consumidores especiais da instalação dos medidores de retaguarda para aderir ao mercado livre. A medida veio pela Resolução Normativa 688/2015, aprovada em dezembro daquele ano pela Aneel, para simplificar o processo de medição. Na ocasião, a CCEE fez uma série de estudos, adaptações no sistema de coleta de dados de energia e testes em diversos modelos de medidores. “A flexibilização é um fator importante na migração destes consumidores, pois ela diminuiu a necessidade de intervenções físicas no sistema de medição instalados nas empresas”, ressaltou Dalmir Capetta, gerente de Engenharia e Operação da Medição da câmara, em comunicado. A Aneel está com audiência pública aberta até 28/8 para expandir ainda mais a simplificação do SMF. A CCEE também informou que já tem realizado estudos para reduzir a necessidade de alguns requisitos técnicos para migração. (Agência Brasil Energia – 20.07.2016)
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9 MME enquadra CGHs no Reidi
O MME aprovou o enquadramento ao Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura da CGH Maria da Fé (3 MW), localizada no município de Maria da Fé, no estado de Minas Gerais. O período de execução das obras será entre 1º de abril de 2016 até 31 de dezembro de 2017, e será investido, sem a incidência de impostos, um total de R$ 14,4 mi. O projeto da CGH Barra do Carneiro (1 MW) também foi enquadrada no Reidi pelo MME. A usina é localizada no município de Chapecó, no Estado de Santa Catarina. A execução das obras será compreendida durante 1º de junho de 2016 até 30 de novembro de 2016, e será gasto, sem a incidência de impostos, um total de R$ 4,2 mi. (Agência CanalEnergia – 20.07.2016)
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Empresas
1 TCU: 23 distribuidoras de energia superaram nível de endividamento
O TCU constatou que 23 distribuidoras de energia elétrica no país superaram os níveis de endividamento definidos pela agência reguladora do setor. Juntas, elas representam 77% da receita do setor. O tribunal analisou dados de 2014 das 31 maiores distribuidoras do país, que representam 96% da receita no segmento de distribuição de energia. Os ministros decidiram nesta quarta-feira (20) recomendar que o MME adote medidas para o “saneamento financeiros” do Grupo Eletrobras. Segundo o tribunal, o objetivo é evitar impactos negativos na segurança energética do Brasil e a elevação do preço final da tarifa de energia elétrica. O governo já marcou para agosto o leilão da distribuidora de energia que atende consumidores da Celg-D. Depois disso, deve promover a concessão das distribuidoras de energia de Alagoas e do Piauí, segundo afirmou o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho. Segundo ele, as distribuidoras de Alagoas e Piauí são as “menos complicadas”. O governo também pretende conceder à iniciativa privada as distribuidoras que atendem Acre, Rondônia e Roraima. O relator do processo no TCU, ministro José Múcio Monteiro, destacou que o país não se deparou com problemas na área de energia devido à fraca atividade econômica. O TCU apontou, ainda, que algumas dessas empresas, mesmo em cenário desfavorável, distribuíram a seus acionistas dividendos e juros, em valores bastante superiores ao valor mínimo de 25%. A assessoria de imprensa da Abradee apontou que o resultado mostra que o modelo de negócios levou à deterioração da saúde financeira das empresas e defendeu mudanças. (G1 – 20.07.2016)
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2 Cemig avalia ceder o controle da Light para novos investidores
A Cemig avalia a possibilidade de abrir mão do bloco de controle da Light. Segundo uma fonte, a estratégia faz parte dos planos da estatal de vender ativos e reduzir seu nível de endividamento, que vai privilegiar, em um primeiro momento, a alienação de ativos que não fazem parte da atividade fim do grupo. A Cemig detém 26% de participação direta na distribuidora e 25% no Parati, veículo de investimentos que possui outros 26% na companhia elétrica fluminense e que completa o bloco de controle. Apurou-se que pelo menos três grandes empresas de energia têm interesse em adquirir participação na Light, cujo valor de mercado é da ordem de R$ 3 bi: a Equatorial, a Enel e a State Grid. A Equatorial chegou a iniciar conversas com a Cemig em 2015, quando o FIP Redentor informou à companhia mineira, em setembro daquele ano, que exerceria a opção de venda de sua participação no Parati. A medida obrigaria a Cemig a comprar ou encontrar um comprador para a participação de 19,54% do fundo na Light. O negócio, porém, não avançou na época principalmente porque a estatal mineira não queria abrir mão do controle da Light e a Equatorial só iria adquirir o ativo se pudesse participar do bloco de controle. Segundo uma fonte com conhecimento do assunto, a Light ainda está "no radar" da Equatorial, todavia não há uma proposta na mesa. Já a Enel busca aquisições de bons ativos do setor elétrico, entre eles distribuidoras. Conta a favor da empresa o grande potencial de sinergia das atividades da Light e da Ampla. A State Grid também quer ampliar sua participação no setor. De acordo com outra fonte, porém, qualquer movimentação relativa à Light não deve ocorrer no curto prazo. Isso porque a Cemig está mais concentrada no momento em vender participações em ativos de geração, entre eles a Renova Energia. A Cemig tem negado que pretenda se desfazer do controle de ativos considerados "estratégicos", como são Light e da Renova. No entanto, é de conhecimento no mercado que a estatal busca um comprador para a Renova. (Valor Econômico – 21.07.2016)
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3 Cemig tem mais de R$11bi em dívidas
A Cemig avalia a possibilidade de abrir mão do bloco de controle da Light. A empresa precisa se desfazer de ativos para equacionar sua situação financeira e reduzir o elevado endividamento. A estatal mineira tem mais de R$ 11 bi em dívidas vencendo até 2018 e um programa de investimentos significativo. No fim de março, a relação entre dívida líquida e Ebitda da Cemig tinha subido para 4,39 vezes, ante 2,4 vezes no fim de 2015. Os problemas da Renova, cujo a Cemig possui participações em ativos de geração, se intensificaram depois que a empresa encerrou um acordo bilionário para venda da carteira de projetos para a americana SunEdison, em novembro do ano passado. O acordo também previa que a SunEdison ficaria com a participação da Light na Renova, de 15,9%. A Renova iria vender uma carteira de projetos de 2.204,2 megawatts (MW) em capacidade à americana, por um total de R$ 13,4 bi, que seriam pagos em ações da TerraForm Global, veículo liderado pela americana que fez sua estreia no mercado em agosto de 2015. Procurada, a Cemig informou que não comenta o assunto. (Valor Econômico – 21.07.2016)
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4 Presidente interino já assumiu cargo em Furnas
Indicado para assumir a presidência de Furnas, Ricardo Medeiros disse que já está ocupando interinamente o cargo. O executivo é diretor de Operação e Manutenção da estatal. Sobre a proposta elaborada por seu antecessor, Flavio Decat, para abertura de capital de Furnas, Medeiros disse que não tem opinião formada sobre o assunto. Segundo ele, tomou conhecimento da proposta, mas desconhece a opinião do governo sobre o tema. Sobre sua indicação para presidir a mais importante subsidiária da Eletrobras, Medeiros afirmou que seu nome foi escolhido "com base em um perfil técnico" e que a indicação veio do MME, evitando responder se o seu nome tinha o aval do vice-governador de Minas Gerais, Antonio Andrade (PMDB), e da bancada mineira do PMDB na Câmara dos Deputados. O presidente interino de Furnas disse que só esteve com o presidente indicado da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, em uma reunião. Medeiros trabalhou 31 anos em Furnas e se aposentou em 2013. Voltou em abril para a diretoria de Operação e Manutenção. Sua indicação veio junto com a de Fernando Camara, exonerado logo depois de assumir a diretoria de Gestão de Novos Negócios e Participação. Comentava-se ontem que o ex-presidente da Eletrosul, Djalma Berger, irmão do senador Dário Berger (PMDB-SC), pode ser apresentado ao conselho da holding para retomar o cargo, após ter sido vetado duas vezes. (Valor Econômico – 21.07.2016)
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5 Brookfield está próxima de comprar ativos da Isolux
A Brookfield está negociando a compra dos ativos de transmissão em operação da Isolux Corsán no Brasil. No fim de junho, a Isolux anunciou na Espanha um plano de reestruturação com seus credores, envolvendo uma injeção inicial de € 200 mi com o foco em restaurar o ritmo das operações da companhia. O plano prevê ainda uma segunda tranche de € 600 mi em dívida, que deve ser paga com recursos de vendas de ativos, e um terceiro aporte de € 1,2 bi, resultado de um empréstimo que poderá ser capitalizado. Ao mesmo tempo, a companhia disse que seguia com o processo de venda de ativos, enquanto recebia ofertas pelo negócio de transmissão no Brasil. O plano recebeu o aval dos credores da empresa em 13 de julho. A partir desta data, os credores têm um prazo de 10 dias para aderir ao acordo de reestruturação. Quando a adesão chegar a 75% da dívida, a companhia vai pedir a homologação judicial do plano, para que as condições possam ser estendidas aos demais credores. Segundo a Isolux, a recapitalização vai permitir a necessária "reorientação" do grupo. No Brasil, a Isolux entrou em recuperação extrajudicial em janeiro. Segundo dados do site da companhia, a empresa tem 4.703 km de linhas de transmissão no país. O ativo mais relevante é a concessão de 1.191 km da linha que ligou Manaus a Macapá, no linhão de transmissão de Tucuruí, que permitiu a conexão do Amapá ao SIN. Em uma entrevista no ano passado, o presidente mundial da companhia, Antonio Portela, se queixou das condições do mercado brasileiro de energia. O linhão de Tucuruí, por exemplo, custou mais de R$ 3 bi, acima dos R$ 2,2 bi colocados no contrato de concessão. A última participação da Isolux em leilões de transmissão no Brasil aconteceu em agosto de 2015. A companhia arrematou dois lotes: um no Pará, com 436 km, e outro em Rondônia, com 250 km. (Valor Econômico – 21.07.2016)
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6 Comercializadora varejista pode fomentar mercado livre
O mercado livre de energia ganhou uma nova figura que promete acelerar o crescimento da procura de consumidores visando a migração: a comercializadora varejista. A CCEE habilitou as três primeiras comercializadoras nessa categoria: Comerc Power, CPFL Brasil Varejista e Ekce (da Elektro). Tais grupos podem, por exemplo, representar empresas de menor porte no mercado livre de energia. A figura foi regulamentada no ano passado pela Aneel. Na prática, as condições para migração de consumidores ao mercado livre permanecem as mesmas. Existe a figura do consumidor especial, que consome entre 0,5 MW a 3 MW e tem a obrigação de comprar energia de fontes incentivadas. A diferença, segundo Daniel Marrocos, diretor de mercado da CPFL Brasil, é que toda a gestão da compra de energia e da relação com o mercado ficará com a empresa prestadora do serviço. Em nota, o presidente do conselho da CCEE, Rui Altieri, afirmou que os primeiros comercializadores varejistas representam "um marco" para o mercado de energia. Há outros dois processos de habilitação de comercializador varejista em andamento. Segundo Altieri, a expectativa é que o interesse de outras empresas aumente. A expectativa dele é que outras empresas busquem a habilitação semelhante.O comercializador varejista é essencial para que o mercado livre de energia continue avançando se o governo ampliar o acesso dos consumidores, diz Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel. A Abraceel defende a redução dos limites atuais de consumo para enquadramento no mercado livre, para permitir um acesso maior dos consumidores. "Se reduzirem os limites atuais, aproveitando as sobras de energia, você consegue dar competitividade à indústria", disse Medeiros, a CCEE já contou a migração de mais de 700 consumidores de pequeno porte. Dos 4 mil agentes que a câmara tem hoje, 2.262 são consumidores livres e especiais, que poderão serem representados pelos varejistas. (Valor Econômico – 21.07.2016)
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7 CPFL foi habilitada para ser uma comercializadora varejista
O mercado livre de energia ganhou uma nova figura que promete acelerar o crescimento da procura de consumidores visando a migração: a comercializadora varejista. A CCEE habilitou a CPFL Brasil Varejista. O foco da CPFL será em consumidores de menor porte que, sem a figura do varejista, não iriam migrar para o mercado livre. Segundo a CCEE, a comercializadora varejista vai agir na habilitação técnica das empresas e também representá-las no caso de obrigações financeiras, como liquidações ou encargos. É como se fosse o papel de uma imobiliária. A diferença é que, no setor elétrico, a comercializadora varejista assume os riscos do representado. Por isso, as empresas terão que fazer uma avaliação mais criteriosa do crédito dos consumidores. A CPFL já fechou seu primeiro contrato, com uma empresa do segmento de máquinas e equipamentos. (Valor Econômico – 21.07.2016)
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8 Comerc foi habilitada para ser uma comercializadora varejista
O mercado livre de energia ganhou uma nova figura que promete acelerar o crescimento da procura de consumidores visando a migração: a comercializadora varejista. A CCEE habilitou a Comerc Power. Segundo Cristopher Vlavianos, presidente da Comerc Energia, "o consumidor varejista é uma forma de agregar as cargas, juntar os consumos e fazer uma gestão". A expectativa da empresa é de chegar, dentro de um ano, em 50 MW médios em contratos como comercializador varejista, resultando da migração de cerca de 150 consumidores nessa categoria. A Comerc, que tem hoje cerca de 600 clientes na carteira - ante 250 clientes no início de 2015 -, está fechando o primeiro contrato na modalidade de varejista. (Valor Econômico – 21.07.2016)
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9 Ekce foi habilitada para ser comercializadora varejista
O mercado livre de energia ganhou uma nova figura que promete acelerar o crescimento da procura de consumidores visando a migração: a comercializadora varejista. A CCEE habilitou a Ekce. A empresa tem uma postura mais cautelosa em relação ao mercado. Segundo Ricardo Brito, Gerente Geral e de Desenvolvimento de Negócios da Elektro e responsável pela Ekce, por enquanto a habilitação faz parte do posicionamento estratégico da companhia, mas ainda não há nenhum contrato. "queremos facilitar a vida do cliente, mas ainda com cautela", disse. Para Brito, da Ekce, "o mercado livre de energia em geral pode ficar mais próximo do que é seu potencial" com a mudança. Hoje, esse mercado representa cerca de 25% a 27% da carga. "Se todos os clientes elegíveis [para o mercado livre] de fato migrassem, teríamos algo em torno de 40%", disse. (Valor Econômico – 21.07.2016)
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10 Funcionários da CPFL Piratininga entram em greve
Os funcionários da CPFL Piratininga entraram em greve na região de Sorocaba (SP). De acordo com o presidente do Sindicato dos Eletricitários do Estado de São Paulo, Eduardo Annunciato, a paralisação vai até a meia noite de quinta-feira (21) e foi aderida por cerca de 75% dos funcionários da região dos setores de manutenção, atendimento presencial e administrativo. A paralisação não deve afetar serviços emergenciais, como manutenção de cabos energizados ou curto-circuito. O atendimento via internet e telefone também não deve ser prejudicado. O sindicato pede, entre outras reivindicações, reajuste de salário. A entidade anunciou que foram realizadas rodadas de negociações e como as demandas não foram atendidas, o órgão optou pela paralisação. No total, são 800 funcionários que trabalham na rede elétrica nas cidades de Sorocaba, Votorantim (SP), São Roque (SP), Porto Feliz (SP), Indaiatuba (SP), Salto (SP),Jundiaí (SP), Vinhedo (SP) e Itu (SP). Em nota, a CPFL Piratininga esclarece que devido à natureza de seu negócio é dever da empresa manter os serviços essenciais à população enquanto durar o movimento dos trabalhadores. Será mantida a manutenção dos serviços emergenciais e o atendimento à população, de acordo com a entrada das demandas. Além disso, o quadro mínimo de colaboradores será mantido para a segurança da população. (G1 – 20.07.2016)
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11 CPFL Brasil negocia primeiro contrato no modelo varejista
A CPFL Brasil começou a negociar contratos no modelo varejista de comercialização. A empresa negociou o primeiro acordo com uma indústria do setor de máquinas e equipamentos para entrega de energia a partir de outubro. No modelo varejista, os pequenos consumidores podem recorrer ao comercializador e não precisam se tornar agentes da CCEE para comprar energia no mercado livre. Assim, a câmara passa a contabilizar apenas um agente, o comercializador varejista, que, por sua vez, é ligado a vários compradores. A ideia é simplificar a migração e operação desses consumidores de menor porte, já que, para se tornar agente, é necessário cumprir uma série de exigências, como abertura de conta bancária exclusiva e aporte de garantia financeira. Para o mercado livre, isso pode resultar em expansão dos negócios. Os primeiros três pedidos de comercialização no modelo foram aprovados nesta semana, entre eles o da subsidiária da CPFL. “Por conta do porte dos clientes, o comercializador varejista deve trabalhar prioritariamente com os consumidores especiais. Na nossa visão, o potencial de mercado livre para a energia incentivada é da ordem de 5 GW médios”, ressaltou o diretor de Mercado da CPFL Brasil, Daniel Marrocos Camposilvan. As demais companhias recém habilitadas pela CCEE são Comerc Energia e Elektro. A CPFL Brasil tem 14,1% de market share no mercado livre, com destaque para o modelo de energia incentivada. A comercializadora tem parceria com a CPFL Renováveis, outra subsidiária do grupo, para firmar esse tipo de contrato. (Agência Brasil Energia – 20.07.2016)
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12 Greve na Eletrobras continuará por tempo indeterminado
A greve na Eletrobras entrou em um impasse que só deverá ser resolvido no Tribunal Superior do Trabalho. Segundo o Sintergia-RJ, a companhia encerrou as negociações há duas semanas e na última terça-feira, 19 de julho, entrou com ação na Justiça do Trabalho e agora, a entidade que representa os trabalhadores do sistema Eletrobras, aguarda a audiência para que seja decidido o rumo do movimento. Até lá, a greve continuará por tempo indeterminado. De acordo com Emanuel Mendes, diretor do sindicato, de um total de 16 empresas 11 aceitaram a proposta da estatal. As que recusaram são a Chesf, Furnas, Eletrobras Holding, Cepel e parte da Eletronuclear. Os trabalhadores reivindicam a reposição das perdas da inflação do último ano com data base em maio e que soma 9,28%. A estatal ofereceu como última proposta 5% no salário de julho com pagamento retroativo a maio e os 4,28% restantes em novembro, mas retroativos a abril. “Este é o impasse, da forma que está a proposta da Eletrobras, os trabalhadores não terão a recomposição da perda salarial para a inflação do período. Não pedimos nem ganho real, apenas a reposição da perda para a inflação”, disse o dirigente. “Agora se a Eletrobras mudasse a retroatividade dos 4,28% para maio e não abril, teríamos o acordo”, destacou Mendes, que lembrou ainda que são os trabalhadores que decidirão pela continuação da paralisação ou pelo retorno às atividades em assembleia. Segundo ele, a entidade ainda não teve informações de quando poderá ser realizada a audiência no TST até porque o tribunal entrou em recesso. Mas, como há empresas de serviços essenciais como as geradoras Chesf e Furnas, a justiça poderá antecipar a avaliação dessa ação e convocar as duas partes para a deliberação. (Agência CanalEnergia – 20.07.2016)
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13 Funcionários da EPE decidem fazer paralisação de 24 horas
Os funcionários da EPE decidiram fazer uma paralisação de advertência de 24 horas na próxima quinta-feira, 21 de julho. De acordo com Euler Silva, representante do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro na EPE, os funcionários pleiteiam uma reposição salarial de cerca de 9%, em linha com a inflação no período, enquanto a direção da empresa acena com cerca de 5% de reajuste. "O que a empresa está propondo é diminuição de salário. É necessário que a empresa apresente uma proposta em que as pessoas não percam", afirma. Silva alega que a perda salarial acarretada pela proposta da EPE é muito grande, uma vez que no Rio de Janeiro, sede da empresa, despesas como alimentação e planos de saúde tem tido aumentos maiores que a média. Outro pleito é a implantação de um plano de cargos e salários, segundo ele, uma promessa antiga que ainda não foi cumprida. Colocando-se aberto a todo tipo de diálogo com a EPE, ainda não há uma rodada de negociação marcada, o que ele espera que aconteça logo. Com duração de apenas um dia, Silva acredita que a paralisação não vai atrapalhar nenhum dos projetos em andamento na EPE. O sindicalista deseja do governo uma equiparação com a proposta de reajuste feita para os funcionários da Eletrobras, considerada superior à da EPE. Ele quer um tratamento melhor para a empresa, que também é uma estatal do setor elétrico. Ele espera que a paralisação surta efeito junto a direção da empresa e que se chegue em um acordo bom para as duas partes. A atual situação da EPE, em que o presidente Maurício Tolmasquim, já teve a sua saída efetivada pelo governo interino e Luís Augusto Barroso já aceitou o convite para ser o novo presidente, mas ainda não foi nomeado, foi criticada por Silva. Para ele, isso enfraquece os canais de negociação. (Agência CanalEnergia – 20.07.2016)
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14 Eletrobras Distribuição Piauí realiza operação contra inadimplência em Teresina
Na última terça-feira, 19 de julho, a Eletrobras Distribuição Piauí iniciou uma grande operação do Plano de Recuperação da Receita na zona norte de Teresina, onde há débitos que totalizam R$ 95,671 milhões. Durante toda a semana, 47 equipes de corte da Distribuidora, em parceria com policiais do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), farão suspensão do fornecimento de energia elétrica de nove mil unidades consumidoras em cerca de 80 bairros da zona norte de Teresina. Para facilitar o pagamento ou negociação de débitos, a unidade de atendimento móvel da Eletrobras Distribuição Piauí estará no Lagoas do Norte durante esta semana. "Até o próximo dia 29, estamos oferecendo 100% de desconto de juros e multa para quem pagar à vista os débitos atrasados e condições flexíveis para quem quiser parcelar. E por tempo indeterminado, o consumidor que possui, no mínimo, duas faturas atrasadas, com valor entre R$ 200,00 e R$ 6 mil, pode negociar a dívida pelo Call Center, 0800 086 0800", detalha a assistente da diretoria Comercial, Rafaela Moreira. Atualmente, o índice de inadimplência da empresa é de 10,7% do faturamento, o que corresponde a cerca de R$ 215 mi, dívida consolidada no último mês de junho. "Se não há arrecadação do que é faturado, a empresa não tem recurso suficiente para investir em melhorias do sistema elétrico. Além do mais, a Distribuidora precisa repassar os impostos de cada fatura para o Poder Público mesmo que não receba o pagamento do consumidor", relata a assistente da diretoria Comercial. (Agência CanalEnergia – 20.07.2016)
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15 Viamão recebe R$ 2,7 mi em investimentos da CEEE-D no 1º semestre
A CEEE-D vem intensificando as ações de expansão e manutenção do sistema energético de Viamão, para qualificar o fornecimento de energia da população, estimada em 252 mil habitantes que são atendidos pela concessionária. Nos primeiros seis meses deste ano, a concessionária já aplicou R$ 2,7 mi em obras de melhoria das redes de baixa e média tensão executadas pelo setor de obras e pela agência de Viamão, áreas ligadas à Regional Metropolitana da CEEE-D. Uma das obras finalizadas recentemente na cidade de Viamão beneficia aproximadamente duas mil pessoas do circuito elétrico no bairro Tarumã. No local, foram instalados 15 postes de concreto, através de um investimento de R$ 50,8 mil. Na próxima semana, está programada a realização de um outro mutirão de equipes para a realização de serviços de reforço da rede ao longo da Rodovia Acrísio Prates. Além das obras diárias executadas pela empresa em diversos bairros, a Regional concluiu neste mês a construção de 19 quilômetros de redes de distribuição de energia ecológicas sustentadas por 300 postes, a partir da nova Subestação Águas Claras, instalada na Estrada do Cartório. Esta infraestrutura traz mais segurança e confiabilidade no atendimento à região, uma vez que possibilita o fracionamento de cargas de outros circuitos, em especial da Subestação Viamão 1, localizada na estrada do Cocão, equina com a RS 040. (Agência CanalEnergia – 20.07.2016)
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16 Basf amplia ações de eficiência energética em unidades brasileiras
A Basf criou um conjunto de medidas para intensificar a economia de energia em suas fábricas de produtos químicos ao redor do mundo. Conhecido como Triple, esse conjunto de ações, que inclui a adoção da norma internacional ISO 50001, foi lançado ano passado na América do Sul. No Brasil, firmou parceria com a Unesp, com prioridade para as instalações que apresentam maior consumo de energia primária. A universidade paulista participa com apoio técnico-científico nas etapas de análise, desenvolvimento e implementação das ações, absorvendo conhecimentos importantes a partir dos ganhos alcançados e também por quebra de paradigmas. O trabalho já foi iniciado pelo Complexo Químico de Guaratinguetá, no interior de São Paulo. Posteriormente, a iniciativa será estendida para as unidades Demarchi (São Bernardo do Campo/SP) e Camaçari (Bahia). Embora não tenha divulgado metas práticas a serem atingidas, a Basf explica que o objetivo principal desse plano de âmbito regional é aumentar a competitividade por meio de uma maior racionalidade no controle dos custos ligados a consumo de energia. A sensibilização dos colaboradores é outro fator considerado relevante para a empresa alemã, porque envolve um fator de multiplicação das práticas mais básicas junto á sociedade em geral. (Agência Brasil Energia – 20.07.2016)
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Oferta e Demanda de Energia
Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
Os reservatórios da região Nordeste registraram mais uma queda de 0,1% e operam com nível de 24,8%. De acordo com dados do ONS referentes ao último dia 19 de julho, a energia armazenada é de 12.845 MW/mês e a ENA é de 1.275 MWm, o que equivale a 33% da MLT armazenável no mês até o dia. A hidrelétrica de Sobradinho está com volume de 20,3%. No SE/CO, o volume dos reservatórios está em 53,4%, recuando 0,1% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 108.280 MW/mês e a ENA chega a 23.649 MWm, que é 94% da MLT. A usina de Furnas opera com 75,83% e a de Itumbiara, com 48,95%. A região Sul foi a única que subiu, com alta de 0,1% e volume de 93,2%. A energia armazenada é de 18.599 MW/mês e a ENA é de 14.927 MWm. A usina de Barra Grande está com 98,94% da capacidade. Na região Norte, os níveis estão em 56,8%, caindo 0,2% em relação ao dia anterior. A energia armazenada é de 8.544 MW/mês e a ENA é de 1.625 MWm, que equivale a 48% da MLT. A usina de Tucuruí está com 85,39%. (Agência CanalEnergia – 20.07.2016)
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2 ONS sinaliza consumo de energia 'mais otimista'
O ONS deve adotar um tom mais otimista na próxima revisão da estimativa de consumo de energia para este ano, prevista para setembro. Segundo o diretor- geral do órgão, Luiz Eduardo Barata, ainda é cedo para apontar crescimento do consumo em relação a 2015, mas é esperada uma reversão da trajetória da curva de expectativa. Na prática, é possível que a previsão de queda de consumo, de 2,4%, ante 2015, seja menor. "A gente vinha com a impressão de que a carga estava caindo. Em setembro deverá haver uma reversão", afirmou Barata. Segundo ele, a reversão se deve a sinais positivos da economia, com uma indicação de retomada no segundo semestre. Na versão atual do PEN, 2016 - -2020, o operador prevê carga - consumo de energia mais perdas - no sistema em 2016 de 64.573 MWm, com queda de 2,4% em relação a 2015 (66.154 MWm). A estimativa tem como base queda de 3% no PIB deste ano. Para 2017, no entanto, o executivo já trabalha com variação positiva do consumo em relação a este ano. "A confiança na economia tem sido revertida. Isso faz com que nós acreditemos que, para o ano que vem, o quadro deve se alterar", explicou. Barata destacou ainda que já há sinais de crescimento de consumo nos dois últimos boletins mensais. Em maio, o consumo de energia foi 0,9% superior que em igual período de 2015. Em junho a alta foi de 1,8%. Ele confirmou expectativas do governo e de especialistas do setor de que não há risco de desabastecimento até 2021. Há sobra de energia no sistema. Em curto prazo, a expectativa é que os reservatórios das hidrelétricas do subsistema SE/CO terminem o período seco, em novembro, com estoque de 22% a 30% (o nível hoje está em 53,4). Segundo ele, a segurança com relação ao abastecimento nos próximos anos permite ao governo implementar ajustes no modelo regulatório do setor elétrico. (Valor Econômico – 21.07.2016)
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3 ONS comenta atraso das obras de transmissão da espanhola Abengoa
Questionado sobre o atraso das obras de transmissão da espanhola Abengoa, interrompidas em novembro de 2015, e o risco para o atendimento ao sistema, o diretor- geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, explicou que já foram encontradas soluções pontuais para os projetos mais preocupantes, como um dos linhões da hidrelétrica de Belo Monte e um conjunto de linhas para escoar energia eólica no Nordeste. (Valor Econômico – 21.07.2016)
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4 ONS pretende adotar novas medidas em sua nova gestão
O diretor- geral do órgão, Luiz Eduardo Barata, que assumiu o cargo há dois meses, pretende adotar um "tripé" para sua gestão baseado em inovação, integração e transparência. A inovação, segundo ele, é necessária para que o ONS se adapte à nova tendência do setor, que será caracterizada por participação cada vez maior de fontes energéticas intermitentes (principalmente eólicas e usinas solares) e por crescente influência do consumidor na rede, por meio da geração distribuída. Sobre a integração, defende uma interlocução maior entre o planejamento do sistema e a operação. "Quanto mais próximos e alinhados estiverem planejamento e operação, menor será o custo de operação do sistema. Temos investido muito na relação com a EPE e com o MME", afirmou. A favor de Barata conta a favor o fato de ter ocupado nos últimos anos a presidência do conselho de administração da CCEE e a secretaria- executiva do ministério. Na terceira perna, a transparência, é importante, segundo Barata, que o ONS preste contas de todas as atividades e mantenha contato constante com a sociedade, para que o operador não venha a público apenas nos momentos críticos. Ainda na linha da transparência, Barata também se mostrou favorável a que a coordenação do setor elétrico permita a sinalização de preços mais adequada para o mercado. Nesse sentido, uma das primeiras medidas adotadas por ele, com a aprovação pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), foi a retomada do mecanismo de despacho de termelétricas por ordem de mérito de custo para o SE/CO e Sul. Com isso, na prática, as térmicas são acionadas apenas quando o preço da energia indica essa necessidade. Com relação à Olimpíada, o diretor- geral do ONS disse que o atendimento para o país está garantido durante os jogos. "Estamos absolutamente seguros e tranquilos com relação à Olimpíada, seja no Rio, seja nas cidades- sede do futebol", concluiu. (Valor Econômico – 21.07.2016)
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5 Brasil tem aumento de 5,1 GW na capacidade instalada até julho
O Brasil aumentou sua capacidade instalada de geração em 5,1 GW até o mês de julho. Segundo balanço da Aneel, a potência total que o país dispõe soma agora quase 146 GW. Uma importante parcela desse volume, ou 44,5%,foi adicionado no período que começou em 1998. Somente com os dados reportados até julho, 2016 está no quinto lugar em termos de expansão da capacidade e se confirmada a previsão da agência, poderá chegar a 10,4 GW se tornando assim o ano com maior volume de expansão em um ano apenas. Somente em julho foram 1.297 MW novos na matriz elétrica, sendo que destes a segunda unidade da casa de força principal da UHE Belo Monte (PA, 11.233 MW) foi responsável por metade da oferta com 611 MW. A fonte térmica contribuiu com mais 610,3 MW sendo 562,8 MW de UTEs a combustíveis fósseis e outros 47,6 MW a biomassa. Entre as PCHs foram 11,7 MW novos no sistema e 64,5 MW em eólicas. No somatório de 2016 as hidrelétricas lideram o crescimento da capacidade nova instalada com 2.473 MW, as eólicas surgem logo a seguir com quase 1,6 GW, a fonte térmica vem com 908,7 MW e as PCHs somam até o momento 124,7 MW. De acordo com o balanço da Aneel, até o ano de 2021 são esperados mais 39,8 GW a serem adicionados ao SIN. Além dos 5.318 MW restantes para 2016, estão projetados mais 8.881 MW em 2017, 11.932 MW em 2018, 4.686 MW em 2019, 1.918 MW em 2020 e 4.272 MW ao final desse horizonte. Há ainda mais 2.790 MW em projetos que não possuem previsão de entrar em operação. Desse volume classificado como projetos que possuem graves restrições para entrada em operação estão 894 MW em térmicas a combustíveis fósseis, quase 592 MW em usinas a biomassa, 366 MW em PCHs, 810 MW em UHEs e 127 MW de capacidade eólica. (Agência CanalEnergia – 20.07.2016)
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6 Preço de referência sobe para R$ 122,12/MWh
O preço de referência para contratos de energia elétrica subiu 2,34% na semana, para R$ 122,12/MWh. O índice do trimestre de agosto a outubro de 2016 é referente ao submercado Sudeste/Centro-Oeste, de acordo com o Boletim Semanal da Curva Forward. Na semana passada, houve uma alta de quase 16%. Na comparação com o mês e o ano anterior, o valor registrou aumento de 65,16% e queda de 47,08%, respectivamente. Também houve elevação semanal no índice de longo prazo, de 3,58%, passando para 143,45/MWh. A fonte convencional de longo prazo, para o período de 2017 a 2020, subiu 9,15% no mês e caiu 21,82% no ano. O documento tem como base os dados fornecidos por 48 agentes do mercado livre, entre os mais comercialmente ativos, apurados semanalmente pela Dcide. As curvas de preço apuradas são validadas por modelo matemático, que elimina as distorções, e por um comitê. (Agência Brasil Energia – 20.07.2016)
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Energias Renováveis
1 Poços de Caldas recebe novos parquímetros solares
A cidade mineira de Poços de Caldas adquiriu 100 parquímetros solares, que serão instalados nas principais vias do município. Os equipamentos serão direcionados para o gerenciamento inteligente de cerca de 3 mil vagas de estacionamento rotativo público na região. O parquímetro solar consiste no acoplamento dos painéis fotovoltaicos no equipamento, o que dobra a autonomia das baterias, e são totalmente informatizados, com sistema de monitoramento via celular. A empresa responsável pelo desenvolvimento será a Digicon e a operação será da EXP Parking. Em Minas Gerais, a tecnologia já está presente nos municípios de Juiz de Fora e Uberlândia, segundo a fabricante. A Digicon possui mais de 3,5 mil equipamentos instalados em cerca de 65 cidades do Brasil. Neste ano, a empresa estima vender e instalar mais de 900 parquímetros, o que representaria aumento de 15% na base anual. (Agência Brasil Energia – 20.07.2016)
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2 Processamento de cana da Odebrecht Agroindustrial aumenta 23%
A safra de cana de açúcar 2015/2016 da Odebrecht Agroindustrial somou 29,3 milhões de toneladas, aumento de 23,3% em volume de processamento, quando comparado ao período anterior. Com isso a empresa produziu biomassa para a cogeração de 2,1 mil GWh. Além da produção a empresa destacou aumento da produtividade pelo avanço do indicador de toneladas de cana por hectare.A receita líquida da empresa somou R$ 3,7 bi, aumento de 45% ante a safra 2014/2015. O resultado ebitda desconsiderando o ativo biológico somou R$ 1,1 bi, aumento de quase duas vezes ante o resultado do ciclo de safra anterior. O plantio fechou em cerca de 5 mil hectares, sendo que 84% para a renovação. Para a safra de 2016/2017 a empresa aponta que a projeção é de moagem de 31 milhões de toneladas de cana o que deverá elevar o volume de biomassa para a geração de energia a 2,2 mil GWh. A empresa registrou a produção de dois bilhões de litros de etanol e 455 mil toneladas de açúcar. Esses volumes poderão aumentar para 2,2 bilhões de litros e 640 mil toneladas para o próximo ciclo de moagem. Outro destaque no período foi a restruturação de capital da empresa. A Odebrecht S.A. realizou uma capitalização na Agroindustrial ao montante de R$ 6 bi. Desses, um terço foi por meio de ativos e o restante por aporte financeiro. Dos R$ 4 bi em recursos R$ 2,5 bi foram utilizados para redução do endividamento, o que reduzirá sua alavancagem e despesas financeiras, o que trará, segundo seu comunicado, resultados refletidos no próximo balanço, referente à safra 2016/2017. Além disso, a empresa informou ainda que obteve a renegociação de 95% das dívidas com instituições financeiras. (Agência CanalEnergia – 20.07.2016)
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Gás
e Termoelétricas
1 Trezentos agentes especializados em risco nuclear vão atuar na Rio 2016
Cerca de 300 agentes da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) atuarão nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Eles trabalharão na prevenção, identificação e resposta a situação de emergência e de riscos nucleares, segundo informou a agência governamental. As equipes da Cnen atuarão nos locais de competição, de treinamento, do Centro Internacional de Transmissão (IBC) e na Vila Olímpica, no Rio de Janeiro. Além disso, eles também serão destacados para os estádios de futebol nas outras cinco cidades-sede desse esporte: Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Salvador e São Paulo. Os agentes foram treinados por profissionais do Departamento de Energia dos Estados Unidos, na última semana. Eles utilizarão equipamentos de detecção de radiação cedidos pela Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea). Além dos agentes da Cnen, 3 mil militares da Força Nacional de Segurança, 500 profissionais de saúde e 150 policiais federais foram treinados para o uso de equipamentos detectores de radiação. A Cnen já havia atuado de forma semelhante nos Jogos Panamericanos Rio 2007, na Jornada Mundial da Juventude, também no Rio, em 2013, na Copa das Confederações, naquele mesmo ano, e na Copa do Mundo, em 2014. Os Jogos Olímpicos terão competições entre os dias 3 e 21 de agosto. Já os Jogos Paralímpicos serão realizados de 7 a 18 de setembro. (Agência Brasil – 20.07.2016)
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Grandes Consumidores
1 Empresas de transporte sobre trilhos buscam reduzir tarifa de energia elétrica
Empresas transportadoras de passageiros de trens e metrôs pedem ao MME que as tarifas de energia elétrica para o setor sejam reduzidas. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), Joubert Flores, a proposta da entidade é que os valores economizados sejam integralmente revertidos em melhorias para o sistema, o que contribuiria para a mobilidade urbana, beneficiando cerca de 10 mi de usuários transportados diariamente em todo o país. Na segunda-feira, Joubert apresentou ao ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, as sugestões do setor. De acordo com Joubert, os gastos com energia são o segundo maior item da planilha de custos das operadoras públicas e privadas de transporte sobre trilhos, ficando atrás de mão de obra e à frente de custos com manutenção. Se, até a década de 1990, quando vigorava um desconto de 75% na tarifa de energia elétrica, esses gastos representavam 2% dos custos operacionais totais, hoje, o percentual médio chega a 20%, reduzindo a capacidade de investimento das operadoras metroferroviárias, que, juntas, empregam cerca de 40 mil pessoas. Ele informou que as empresas propõem ao governo que todo o dinheiro economizado com a eventual redução das tarifas de energia elétrica seja reinvestido na melhoria do próprio sistema. A ANPTrilhos chegou inclusive a sugerir ao MME que os descontos fossem condicionados à exigência de as empresas de transporte adquirirem bens e produtos da indústria nacional, como forma de estimular a produção local. De acordo com Joubert, o ministro Fernando Coelho Filho mostrou-se sensível ao pleito e prometeu que os técnicos da pasta se reunirão com os especialistas da associação e do setor para estudar a questão. Para a associação, os benefícios que a desoneração traria para a sociedade seriam maiores que o impacto para o setor de energia elétrica. Em uma publicação que reúne as principais propostas do setor para a elaboração de políticas públicas, a APTrilhos diz que a modernização do setor, com a substituição dos atuais trens por outros mais modernos, possibilitaria reduzir o consumo de energia elétrica entre 25% e 30%. (Agência Brasil – 20.07.2016)
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Economia Brasileira
1 Fluxo cambial na semana passada ficou positivo em US$ 515 mi
O mercado financeiro brasileiro voltou a receber dólares. As entradas de moeda americana superaram as saídas em US$ 515 mi na semana passada. Isso amenizou o desempenho negativo do chamado fluxo cambial em julho, que está no vermelho em US$ 2,4 bi. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira pelo BC. Também ajudou a amenizar o resultado ruim do ano, que está acumulado em saídas líquidas de US$ 38,2 bi. Já o comércio exterior trouxe US$ 1,8 bi s a mais do que as saídas nos 15 primeiros dias de junho. Assim, o fluxo cambial geral ficou negativo em US$ 636 mi no período. No ano, o montem em dólares dos exportadores foi de US$ 27,2 bi. Com isso, o fluxo total ficou em US$ 11 bi negativo de janeiro até a sexta-feira da semana passada. (O Globo – 20.07.2016)
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2 Confiança do comércio renova alta em julho, aponta CNC
A CNC informou que o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atingiu 87 pontos em julho. Trata-se do maior nível do indicador em 15 meses, sendo 10,7% acima da taxa de junho, e 2,4% superior à de julho do ano passado. Entretanto, a CNC observou que, mesmo com a elevação, o índice se mantém em patamar abaixo da zona de indiferença, de 100 pontos. Houve melhora nas avaliações do empresariado do setor em condições atuais, expectativas e investimentos na comparação com mês anterior. A entidade reiterou a projeção de recuo de 5,6% no volume de vendas do varejo restrito para 2016 ante o ano anterior, e retração de 10,6% no varejo ampliado, que inclui materiais de construção e veículos. Para a economista da CNC, Izis Ferreira, o resultado foi puxado basicamente pelas expectativas. Melhorou entre os empresários a perspectiva para a inflação nos próximos meses, bem como para a taxa de juros, o que pode estimular o setor. Entretanto, ela comenta que não é possível dizer que a recuperação na confiança do comércio é algo perene, uma vez que a demanda no mercado interno ainda permanece muito baixa. No Icec, o tópico de expectativas, usado para calcular o indicador de confiança, foi o único a apresentar alta em todas as comparações, com 143,6 pontos em julho, altas de 12,1% ante junho; e de 10,1% ante julho do ano passado. (Valor Econômico – 20.07.2016)
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3 Indicadores reforçam queda menos intensa do emprego
Dois indicadores divulgados ontem mostraram sinais menos negativos para o mercado de trabalho, reiterando a queda menos intensa do emprego verificada nos dados de abril e maio do Caged. Ontem, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse ter uma boa expectativa em relação aos dados que serão divulgados no Caged de junho, embora não se espere criação líquida de vagas. O número de novas vagas de emprego anunciadas pelas empresas, apurado pelo Índice Catho -Fipe de Novas Vagas, aumentou 9,3% em junho, em relação ao mesmo mês do ano passado, segunda alta consecutiva nessa base de comparação. Na comparação com maio, houve alta de 0,5%, quarto aumento mensal consecutivo. O cenário, contudo, ainda é desafiador para o trabalhador. No acumulado do primeiro semestre, a queda é de 4,8% sobre o mesmo período do ano passado, embora o recuo seja inferior aos 14,2% registrados no primeiro semestre de 2015 em relação a 2014. De acordo com relatório da Catho-Fipe, graças a essa melhora recente na abertura de vagas, outros indicadores também melhoraram em junho. O índice de vagas por candidato aumentou 1% sobre maio, sinalizando um cenário um pouco menos adverso na busca por um emprego. Mas na comparação com o mesmo período do ano passado, o número de vagas por candidato registra forte queda (20,7%). No primeiro semestre, o tombo é ainda maior (32,6%). Já o índice de novas vacâncias subiu 6,5% em junho sobre junho de 2015, rompendo uma série de 23 meses consecutivos de queda nessa comparação. Ante maio, houve alta de 0,3%. No primeiro semestre, contudo, houve queda de 6,9%. Esse indicador é a razão entre as novas vagas de emprego e a PEA e é uma medida de quantas vagas por trabalhador existem, em potencial, na economia. (Valor Econômico – 21.07.2016)
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4 IPCA-15 avança para 0,54% em julho e acumula alta de 8,93% em 12 meses
A inflação medida pelo IPCA-15 acelerou para 0,54% em julho, depois de ficar em 0,40% um mês antes, informa o IBGE. Em julho do ano passado, o IPCA-15 subiu 0,59%. Com esse resultado, o indicador acumula alta de 8,93% em 12 meses, ante os 8,98% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. No ano, o IPCA-15 apresenta elevação de 5,19%, abaixo dos 6,90% no mesmo período em 2015. O IPCA-15 de julho ficou bem acima da média de 0,46% estimada por 26 consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data. Também ficou acima do teto do intervalo das estimativas, que ia de 0,39% a 0,51% de alta. No acumulado em 12 meses, a expectativa era de que a inflação se situasse em 8,84%. (Valor Econômico – 21.07.2016)
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5 Dólar ontem e hoje
Hoje, às 10h04, o dólar comercial subia 0,03%, para R$ 3,2499. Na quarta-feira, o dólar comercial caiu 0,35%, cotado a R$ 3,24. (Valor Econômico – 21.07.2016 e 20.07.2016)
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Internacional
1 Chile: Nova lei de transmissão de energia aumenta a concorrência
O Congresso chileno debate a aprovação de alterações à lei de transmissão de energia no país andino, que sofre com uma das mais altas taxas da América Latina. Chile tem preços elevados de energia, porque, entre outras razões, há um sistema de transmissão de energia que não incentiva a concorrência, e também é fraco na garantia de abastecimento, apresenta congestionamento e dificulta o acesso a uma energia mais limpa. A nova lei proposta pelo governo procurará remediar esta situação, através de várias modificações. No entanto, os críticos disseram que a proposta visa aumentar o controle do governo sobre o setor elétrico. A lei reforça o papel do Estado no planejamento energético no país, a expansão da transmissão e na definição de caminhos para as linhas de transmissão. Até poucos anos atrás, o desenvolvimento elétrico do país era decidido exclusivamente pelo setor privado. A lei promove a concorrência na geração de eletricidade, permitindo a instalação de capacidades de transmissão que facilitam o acesso de novos atores na geração e cria um Coordenador Único do Sistema Elétrico Nacional, independente das empresas do setor. Finalmente, as novas leis de transmissão transparecem o custo do serviço de transmissão para os consumidores, estabelecendo um novo mecanismo de remuneração do Sistema, conforme a tendência global, e facilita a incorporação da rede de produção de energia renovável. (CPI Journal – Chile – 18.07.2016)
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2 Argentina: Governo aconselha não pagar o gás e empresas se preocupam
Durante a semana passada, o ministro da Energia argentino Juan Jose Aranguren sinalizou que as famílias não devem pagar as novas contas de gás até que a questão jurídica seja resolvida. Ontem foi o chefe de gabinete, Marcos Peña, que reforçou esse conselho em um evento em Technopolis. "Até que a decisão não seja tomada, não devem pagá-las", disse Peña. O aumento das contas de gás está bloqueado por uma decisão judicial, Tribunal Federal de La Plata impediu qualquer aumento. O governo recorreu e o Tribunal La Plata está tratando do assunto. Se espera uma resposta antes da próxima quarta-feira. Peña e Aranguren estavam reunidos ontem, juntamente com Mario Quintana e Gustavo Lopetegui, coordenadores do gabinete econômico. Os próximos passos sobre a situação de gás estavam em suas agendas. Todos esperam que a justiça de La Plata conceda o "recurso" apresentado pelo Governo. Nesse caso, o aumento, com um limite de 400% no valor dos boletos entraria em vigor e a questão seria de responsabilidade do Supremo Tribunal Federal. (Clarín – Argentina – 19.07.2016)
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3 Colômbia: energias renováveis ainda sofrem com falta de regulamentação
As empresas geradoras de energia a base de fontes renováveis estão pedindo com insistência a reformulação de sua matriz para poderem participar no mercado com rentabilidade. Para alcançar este objetivo requer a incorporação a esta infraestrutura uma maior participação da energia eólica, fotovoltaica e outras de caráter renovável. Isso também irá ajudar a garantir que a Colômbia cumpra as metas traçadas em Paris há alguns meses, onde vários países firmaram os seus compromissos para reduzir as emissões de carbono. Uma das principais razões pelas quais o carvão não é substituído definitivamente para dar lugar às energias renováveis é que, para que estas possam oferecer o mesmo suporte para o sistema de geração oferecido pelo mineral, exigiria do país uma maior capacidade instalada do que atualmente apresenta. Além disso, para adquirir tal capacidade exigiria maiores investimentos que os atuais, e uma vez que o modelo de negócios esta definido, os torna inviável. E por isso que desde a sindicalização das energias renováveis, SER, têm-se pedido ao Governo que abra os espaços para que estas possam participar do negócio de forma lucrativa, o que implicaria definir um modelo no qual a taxa de confiabilidade não as abrigue, já que por depender de fatores externos não estão em capacidade de garantir o mesmo emprego que as fontes térmicas podem oferecer. (Portafolio – Colômbia – 21.07.2016)
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4 Siemens fornece transformadores para rede HDVC
A Siemens fechou acordo com a State Grid para fornecimento de transformadores para projeto de alta tensão em corrente contínua (HDVC) na China. São os primeiros equipamentos conversores a serem encomendados para o empreendimento, com 1.100 kV de tensão e capacidade de 587,1 MVA, e previsão para entrar em operação em 2018. A linha fará a ligação entre as cidades chinesas de Changji e Guquan e terá 3.284 km de extensão, com capacidade de transmissão de 12 GW. Segundo a fabricante, o sistema é o maior do tipo HDVC em construção no mundo. Os transformadores serão fabricados em Nuremberg, na Alemanha, em cooperação com a fábrica de Guangzhou, na China, e entregues à estação conversora de Guquan. Entre as principais características de cada equipamento, estão 37,8 metros de comprimento, 5,8 metros de altura, 5,2 metros de largura e, com óleo isolante, peso de 823 toneladas métricas. O acordo com a chinesa inclui também encomenda de transformadores conversores especiais que podem ser conectados diretamente à rede de 1.050 kV em corrente alternada no país. O valor do contrato não foi divulgado. (Agência Brasil Energia – 20.07.2016)
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5 Wärtsilä tem lucro de 138 milhões de euros até junho
A Wärtsilä encerrou o primeiro semestre de 2016 com resultado antes de impostos, 38% menor do que no mesmo período de 2015, com €138 mi. Nesse período o volume de pedidos aumentou 1%, para €2,465 bi. As vendas, por sua vez, apresentaram queda de 2%, para 2,163 bilhões de euros. O resultado operacional da empresa ficou em 205 milhões de euros, ou o equivalente a 9,5% das vendas liquidas uma queda de pouco mais de 1 ponto porcentual ante os 10,7% de 2015. O resultado Ebitda ajustado comparável ficou em € 224 mi, ante os € 250 mi do período anterior. O volume de pedidos ao final do semestre recuou 5% na comparação com o ano de 2015, para pouco mais de 5 bilhões de euros. Apesar desse recuo, a Wärtsilä manteve suas projeções de vendas para o ano em um intervalo que varia entre a estabilidade ante 2015 a um crescimento de até 5% nessa mesma base de comparação. A rentabilidade ficou entre 12,5% e 13%, mesmo indicador estimado anteriormente. Os pedidos do segmento de energia da Wärtsilä aumentaram 30% no primeiro semestre de 2016 ante 2015, somaram 616 milhões de euros. Segundo a empresa, Ásia e Américas foram as regiões de atuação mais ativas no período com pedidos significativos na Argentina para três usinas e um total de 192 MW de capacidade, além de uma outra central de 310 MW em Bangladesh. Em capacidade instalada os pedidos somaram 1.886 MW sendo 1.298 MW por meio de usinas a óleo e 587 MW a gás. Contudo ainda é o menor entre as três áreas de atuação da companhia já que a divisão de soluções para o setor marítimo somou pedidos de € 741 mi e serviços € 1,1 bi. Segundo o presidente e CEO da companhia, Jaakko Eskola, o resultado desse semestre foi satisfatório diante do que classificou como desafios do ambiente operacional no qual a Wärtsilä se encontra. Mas que o volume de encomendas é considerado sólido em grande parte pelo segmento de energia. Contudo, o posicionamento da empresa é de cautela quanto ao desenvolvimento da demanda, muito em função da tendência atual dos mercados onde a empresa atua aliada à incerteza na economia global como um todo. (Agência CanalEnergia – 20.07.2016)
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Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa:
Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.
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que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
de Economia da UFRJ.
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
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