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IFE: nº 4.136 - 19 de julho de 2016
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Governo vai usar fundo para viabilizar concessões
2 Existe a possibilidade de que o fundo ajude também a cobrir riscos
3 Abdib: ideal seria uma cobertura de 100%
4 STJ derruba liminar da Abragel que limitava perdas com GSF
5 José Serra e Susana Malcorra:. “Brasil e Argentina, 25 anos de cooperação nuclear”

6 Boletim anual de energia dos BRICS

Empresas
1 Francesa Engie vai ampliar participação em projetos alinhados com o movimento global de transição energética
2 Engie: R$ 8 bi aplicados na geração distribuída
3 Light pede aumento de tarifa por calotes no RJ; conta pode subir 1%
4 Light: dívidas do poder publico
5 Light estima perda de R$100mi devido ao aumento de furtos de energia
6 Consumo cresce 0,6% na área de concessão da Light
7 Cemig investe R$ 8,7 mi em projetos de eficiência energética para instituições sociais e conjuntos habitacionais
8 Cemig GT deve receber indenização de R$ 892 milhões por ativos da RBSE

9 Demanda cresce 2,1% na área da Celesc no segundo trimestre

10 CEEE investe R$ 1 mi em obra de expansão da rede elétrica no RS

11 CEEE-D terá que pagar R$ 4,4 milhões em multa

12 Ações do setor elétrico declinam

13 Belo Monte opera comercialmente segunda unidade de 611 MW

14 BBCE lança contratos financeiros de energia ainda em julho

Leilões
1 Aneel habilita termelétrica no leilão A-5

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Números dos reservatórios pelo Brasil
2 Linha de transmissão afetada pelas chuvas no Sul retorna à operação

Gás e Termelétricas
1 Termelétrica Iaco Agrícola finaliza expansão
2 Cegás aumenta atuação no GNC
3 Petrobras voltou a fornecer gás para térmica da Eletrobras no AM
4 Petrobras começou a exportar energia para a Argentina

Economia Brasileira
1 Balança comercial tem superávit de US$ 2,9 bi na primeira metade de julho
2 Indicador de medo do desemprego tem o maior valor desde 1999, diz CNI

3 Estimativas do Focus para inflação e atividade melhoram
4 Inflação pelo IGP-M abranda para 0,32% na segunda prévia de julho
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina: Apesar do aumento das taxas, o consumo de eletricidade cresceu cerca de 5 por cento
2 Argentina: Novas centrais elétricas com investimento de US$ 800 mi
3 Paraguai: repotenciação da Central Hidrelétrica Acaray
4 Peru: “Um milhão e meio de famílias já contam com gás mais barato”
5 Siemens moderniza sistema elétrico de Cuba

6 A energia termo solar gerada em junho é 4,4% da eletricidade na Espanha

7 Siemens prorroga serviços para 350 MW eólicos, na Escócia

Biblioteca Virtual do SEE
1 MME. “Energia no Bloco dos BRICS: Ano de referência: 2015”. N3E - Núcleo de Estudos Estratégicos de Energia /SPE/MME. Brasília, 18 de julho de 2016.
2 SERRA, José; MALCORRA, Susana. “Brasil e Argentina, 25 anos de cooperação nuclear”. Valor Econômico. São Paulo, 19 de julho de 2016.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Governo vai usar fundo para viabilizar concessões

Crucial para viabilizar o financiamento privado do programa de concessões, o Fundo Garantidor de Infraestrutura (FGIE) receberá, em agosto, aporte de R$ 500 milhões. Com o dinheiro, o fundo dará garantias tanto para os riscos das obras quanto para as debêntures de infraestrutura que o governo pretende incentivar para ampliar o funding dos projetos. Estima¬se que os recursos do FGIE sejam suficientes para viabilizar volume de investimentos até 20 vezes o valor destinado pelo fundo. Os R$ 500 milhões, portanto, viabilizariam investimento de R$ 10 bilhões. O objetivo do governo é chegar a R$ 1 bilhão em garantias em 2017 e a R$ 2 bilhões em 2018, recursos que podem garantir até R$ 40 bilhões em projetos de infraestrutura. A cobertura do FGIE será concentrada nos chamados riscos não gerenciáveis das obras, como mudanças políticas ou desastres naturais. A cobertura de riscos gerenciáveis, como engenharia e performance, já é oferecida pelo mercado. Outra iniciativa em estudo no governo é o aumento do limite "segurável" das grandes obras. Hoje, as seguradoras cobrem até 10% do valor do contrato. O teto deve aumentar para 30%, mas a mudança depende de projeto de lei quer está em tramitação no Senado. A falta de garantias na fase de construção é um dos principais fatores que afastam os bancos e o mercado de capitais das grandes obras. Como há restrições fiscais para que o BNDES continue bancando os financiamentos, não resta outra opção senão incentivar a entrada do capital privado. O ideal para o Palácio do Planalto é que a fatia ofertada pelo BNDES não ultrapasse 50% do valor dos projetos e que as condições sejam menos vantajosas que as do passado. (Valor Econômico – 19.07.2016)

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2 Existe a possibilidade de que o fundo ajude também a cobrir riscos

O presidente da ABGF, Marcelo Franco, disse que a transferência dos recursos foi aprovada no início de julho pelo conselho do FGIE e que o dinheiro deve estar disponível em agosto. Ele garante que os R$ 500 milhões são suficientes para sustentar o pontapé inicial da próxima rodada de concessões, mas que o patrimônio do fundo crescerá, atingindo R$ 1 bilhão no próximo ano e chegando a R$ 2 bilhões ao final de 2018. O plano é incluir as receitas resultantes da venda dos imóveis da União. O primeiro lote deve ser colocado à venda ainda este ano. A depender do resultado, explicou Franco, a estratégia será intensificada ao longo de 2017. Há ainda a possibilidade de que o fundo ajude também a cobrir alguns riscos que são considerados gerenciáveis, mas que não encontram cobertura no mercado de seguros. Um exemplo são os riscos geológicos, muito comuns em obras de infraestrutura, mas cujos seguros são excessivamente custosos e, na maioria das vezes, inviáveis. A prioridade da ABGF é que os recursos do fundo também sejam usados como garantia para as debêntures de infraestrutura. O governo já tentou incentivar esse tipo de instrumento no passado, mas o mercado não se empolgou. A ideia agora é que o FGIE ofereça cobertura de até 50% na chamada "primeira perda", como é conhecido o sobrepreço resultante de problemas na fase inicial de obras. Para o presidente da ABGF, os 50% cobrem com folga esses riscos, já que a média de sobrepreço verificada nessa fase das obras tem ficado historicamente ao redor dos 22%. Franco ressalta, entretanto, que as debêntures só serão realmente competitivas em um cenário com taxas de juros menores do que as atuais. Outra necessidade identificada pelo governo é a elevação do limite de cobertura das apólices de seguro. (Valor Econômico – 19.07.2016)

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3 Abdib: ideal seria uma cobertura de 100%

O presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Venilton Tadini, acredita que o ideal seria uma cobertura de 100%, mas há quase um consenso de que a indústria de seguros não comporta esse patamar. Ele salienta, entretanto, que a elevação para 30% deve ser considerada. O texto atual do projeto de lei prevê, inclusive, a possibilidade de que a cobertura seja superior aos 30% "em situações excepcionais". Com relação ao funding para as concessões, o governo também está debruçado na busca de uma alternativa para o uso dos depósitos judiciais no financiamento dos projetos. A ideia atualmente em análise é que 25% dos cerca de R$ 150 bilhões depositados no sistema financeiro sejam deslocados para crédito. Metade desse valor poderia ser direcionado para o programa de concessões, mas ainda busca¬se um amparo legal para a medida. (Valor Econômico – 19.07.2016)

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4 STJ derruba liminar da Abragel que limitava perdas com GSF

A ministra Laurita Vaz, vice-presidente do STJ, suspendeu uma liminar da Abragel que limitava a exposição dos geradores hidrelétricos associados ao risco hidrológico (medido pelo fator GSF, na sigla em inglês). Segundo o MME, a ação se insere nos seus esforços de combater a judicialização retomar a normalidade do mercado de energia no país. Ainda há mais de uma centena de liminares relacionadas ao GSF na CCEE. A MP 688 estabeleceu as condições para a repactuação do risco hidrológico, mediante a desistência das liminares por parte das empresas. No entanto, aquelas com contratos apenas no ACL de energia decidiram não aderir às regras e mantiveram suas liminares. Com isso, ainda havia cerca de R$ 1 bi travado na liquidação do mercado de curto prazo de energia de maio, concluída semana passada. A decisão da ministra se aplicou a apenas uma liminar, mas pode ser estendida, disse ao Valor Rui Altieri, presidente do conselho da CCEE. Para isso, a União e a Aneel precisam abrir novo processo judicial no STJ pedindo que a ministra reconheça as ações similares, para que possa replicar a decisão em outros casos. Dessa forma, o procedimento pode ser mais célere, pois a ministra não precisará avaliar o mérito de cada uma das liminares, como aconteceu no caso da Abragel. "É uma notícia positiva que dá mais um passo para a normalização do mercado", disse Altieri. (Valor Econômico – 19.07.2016)

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5 José Serra e Susana Malcorra:. “Brasil e Argentina, 25 anos de cooperação nuclear”

Em artigo publico pelo Valor Econômico, José Serra, ministro das Relações Exteriores e Susana Malcorra, ministra das Relações Exteriores e Culto, da Argentina tratam dos 25 anos de cooperação nuclear entre Brasil e Argentina. Segundo os autores, “Em curto espaço de tempo, marcos fundamentais da relação bilateral estratégica entre Brasil e Argentina eram estabelecidos, o que propiciou atmosfera de paz, confiança recíproca e cooperação que prevalecem entre os dois países”. Eles concluem que “Brasil e Argentina continuarão a fortalecer cada vez mais seus laços de amizade e cooperação tanto na área nuclear como em todas aquelas que contribuam para o desenvolvimento sustentável de nossos países e o bem-estar de nossas sociedades.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 19.07.2016)

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6 Boletim anual de energia dos BRICS

O Núcleo de Estudos Estratégicos de Energia (N3E) da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético (SPE) do MME divulgou o boletim anual de energia dos BRICS, ano de referência 2015. Segundo o documento, os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que já respondem por 22,3% do PIB mundial corrente e por 30,8% do PIB mundial por paridade de compra (PPP), representam 37% da demanda mundial de energia (frente aos 35% em 2011). A geração hidráulica desses países representa hoje 45% da geração hidráulica mundial (em 2011 representava 40,7%). Ainda segundo o Boletim, o Brasil tem 74% de renováveis na matriz de geração elétrica, os BRICS, 24,2% e o mundo, 23,8%. Para ler o boletim na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 19.07.2016)

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Empresas

1 Francesa Engie vai ampliar participação em projetos alinhados com o movimento global de transição energética

Maior geradora privada do Brasil e sócia majoritária da Hidrelétrica Jirau, no rio Madeira (RO), a antiga GDF Suez passa por intensa reestruturação: mudou seu nome (agora se chama Engie) e o foco dos negócios. Conhecida por estar à frente de grandes empreendimentos, a empresa franco¬-belga vai ampliar sua participação em projetos alinhados com o movimento global de transição energética – que é o abandono da produção de energia a partir de combustíveis fósseis. Para isso, pretende investir R$ 8 bilhões nos próximos cinco anos no País. Sem grandes projetos hidrelétricos à vista, o grupo – controlador da Tractebel Energia e que faturou no ano passado R$ 7 bilhões – decidiu mirar a geração distribuída, que envolve mais inovação e tecnologia. Nesse tipo de projeto, a produção elétrica, geralmente por meio de painéis solares, é feita no local de consumo, seja numa residência, estabelecimento comercial ou indústria. Parte da ampliação desses negócios deve ocorrer por meio de aquisições de empresas especializadas na área, que têm crescido exponencialmente desde 2015 por causa de mudanças na legislação. Em abril, o grupo comprou 50% do capital da Brasil Energia Solar, do Grupo Araxá, um dos líderes no mercado brasileiro de geração distribuída. “Teremos uma divisão solar dentro da Engie para tratar tanto dos projetos grandes, acima de 30 MW, como da geração distribuída, de pequeno porte”, afirma o presidente da Engie no Brasil, Maurício Bahr. No ano passado, a Tractebel – empresa de geração do grupo que agora passa a se chamar Engie Brasil Energia – vendeu parte de um projeto solar em leilão da Aneel. Com 36,7 MW, o empreendimento será levantado no Rio Grande do Norte, por R$ 220 milhões. “Estamos vivendo um momento diferente, de uma evolução de grandes estruturas para coisas mais descentralizadas”, afirma Bahr. Por isso, a ordem daqui para frente é não aumentar a geração de energia com combustíveis fósseis (exceto o gás). O grupo tem duas usinas a carvão em operação, de 900 MW, e uma em construção, de 340 MW. “Vamos fazer um plano de saída dessas fontes, seja por meio de venda ou desativação.” (O Estado de São Paulo – 19.07.2016)

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2 Engie: R$ 8 bi aplicados na geração distribuída

Os R$ 8 bilhões de investimentos da Engie previstos no orçamento para o Brasil nos próximos cinco anos serão aplicados na geração distribuída – que cresceu cinco vezes nos últimos 12 meses no País –, em usinas eólicas e solar. Esse montante inclui os projetos em andamento (424,9 MW de energia eólica no Sul e eólicas e solar. Esse montante inclui os projetos em andamento (424,9 MW de energia eólica no Sul e Nordeste do País) e novos empreendimentos que estão em fase de estudos. Serviços. Outra aposta da companhia é a área de serviços para cidades inteligentes. “Estamos de olho em tudo que possa melhorar a vida das pessoas, da iluminação pública à mobilidade urbana”, diz Bahr. Desde 2011, o grupo tem conseguido novos contratos, com a aquisição da Telca 2000, uma empresa de desenvolvimento de novas tecnologias da informação para os sistemas de telecomunicações e segurança para a indústria de petróleo e gás, áreas sensíveis (como minas, portos e siderúrgicas), cidades e controle de tráfego aéreo. Essa divisão da Engie acaba de assinar convênio para fornecimento de energia renovável para o VLT do Rio e fechou contrato com a Prefeitura de Niterói para operar o centro de Controle de Operações. Cerca de 190 controladores inteligentes serão instalados para sincronizar o tráfego de veículos na cidade (a empresa já faz a gestão de tráfego do Rio). (O Estado de São Paulo – 19.07.2016)

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3 Light pede aumento de tarifa por calotes no RJ; conta pode subir 1%

A Light pediu à Aneel uma revisão extraordinária de tarifas após sofrer elevadas perdas financeiras por atrasos em pagamentos pelo governo fluminense e em meio a um forte aumento em furtos de energia e inadimplência dos clientes. A empresa alegou que a tarifa pleiteada significaria alta de cerca de 1% para os consumidores, mas ajudaria a melhorar sua atual situação de “profundo desequilíbrio econômico-financeiro”, segundo documento ao qual a Reuters teve acesso. O endividamento da Light fechou março perto dos limites acertados junto aos credores, mesmo após uma renegociação do limite para a alavancagem em novembro do ano passado. Atualmente a dívida líquida da Light, controlada pelo grupo mineiro Cemig, representa 4,24 vezes a geração de caixa da companhia medida Ebitda, ante teto de 4,25 vezes. O pedido de reajuste extraordinário foi feito em uma reunião da empresa com a Aneel na última quinta-feira, quando a Light afirmou à agência que também tem sofrido com um aumento da necessidade de investimentos em função da realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro neste ano. Não há previsão de quando o pedido de reajuste extraordinário da Light poderá ser analisado pela Aneel. No primeiro trimestre, o regulador negou pedidos semelhantes da AES Eletropaulo e da Ampla. Procurada, a Light não comentou imediatamente. (O Globo – 18.07.2016)

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4 Light: dívidas do poder publico

A Light alegou que possuía cerca de R$ 500 mi em faturas atrasadas junto a clientes do poder público em março de 2016, o que tem prejudicado a geração de caixa da concessionária. No mês passado, o Estado do Rio de Janeiro decretou calamidade pública em razão da grave crise financeira, com previsão de déficit esse ano nas contas estaduais de R$ 19 bi e a perspectiva é que ele se mantenha perto desse patamar pelo menos até 2020. A Light não é a única empresa do setor elétrico no Estado a sofrer com a situação. Uma fonte do setor disse à Reuters que a Ampla, distribuidora controlada pela italiana Enel que atua em parte do Rio de Janeiro não atendida pela Light, também tem sofrido com calotes por parte de governo e algumas prefeituras do Rio de Janeiro. “Os débitos do Governo do Estado do Rio de Janeiro com a Ampla têm aumentado nos últimos anos, assim como também tem crescido a dívida de alguns governos municipais da área de concessão da empresa”, disse a fonte, sob condição de anonimato. (O Globo – 18.07.2016)

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5 Light estima perda de R$100mi devido ao aumento de furtos de energia

Em reunião com a Aneel, a Light estimou que teve uma perda de R$ 100 mi em sua geração de caixa do ano passado somente devido ao aumento dos furtos de energia registrado na sequência de uma alta de mais de 50% nas tarifas de eletricidade do Brasil. O tarifaço, atribuído principalmente aos efeitos de uma seca sobre a geração hidrelétrica do país, ainda teria levado a perdas de R$ 90 mi para a Light com a decorrente desaceleração do consumo dos clientes, além de outros R$ 86 mi devido ao aumento da inadimplência. (O Globo – 18.07.2016)

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6 Consumo cresce 0,6% na área de concessão da Light

O consumo de energia elétrica na área da concessão da Light teve um aumento de 0,6% no segundo trimestre de 2016. A prévia operacional divulgada na última sexta-feira, 15 de julho, mostra que o consumo chegou a 6.486 GWh, contra 6.448 GWh do mesmo período do ano anterior. No primeiro semestre do ano, houve recuo de 3,6% no consumo, caindo de 13.870 GWh em 2015 para 13.370 GWh este ano. No segmento residencial, houve crescimento de 6,7% no consumo, que cresceu de 2.030 GWh no segundo trimestre de 2015 para 2.165 GWh no segundo trimestre deste ano. O segmento comercial foi outro que apresentou crescimento, aumentando 2,1% com a marca de 2.120 GWh. Já a classe industrial teve um recuo de 10,4%, caindo de 1.371 GWh para 1.229 GWh no trimestre. No semestre, houve queda em todos os segmentos. No residencial, que recuou 3,5%, o consumo ficou em 4.667 GWh. O comercial caiu 1%, com 4.382 GWh e o industrial teve a maior queda entre os segmentos, ficando 9,9% menor, com um consumo de 4.382 GWh. A tarifa média de fornecimento na distribuidora está em R$ 725/ MWh, valor 19,2% maior que os R$ 608/ MWh registrados no segundo trimestre de 2015. Sem impostos, a tarifa média fica em R$ 501/ MWh, subindo 18,4% na comparação com o período anterior. Na geração, a capacidade instalada está 1,5%, com 974 MW. Na comercialização, o volume comercializado ficou em 1.460 GWh, crescendo 15,8% na comparação ao segundo trimestre de 2015 a um preço médio de R$ 161 / MWh. No semestre, o volume chegou a 2.871 GWh, aumentando 103% com preço médio de R$159,8/ MWh. (Agência CanalEnergia – 18.07.2016)

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7 Cemig investe R$ 8,7 mi em projetos de eficiência energética para instituições sociais e conjuntos habitacionais

A Cemig investiu R$ 8,7 mi em projetos de eficiência energética no território Vertentes, beneficiando as cidades de Nazareno, Alfredo Vasconcelos, Alto Rio Doce, Conselheiro Lafaiete, Ouro Branco e Resende Costa. Os representantes da empresa vão visitar Nazareno onde foram instalados sistemas de aquecimento no Lar dos Idosos Rosina de Paula, que recebeu recursos de cerca de R$ 400 mil. Fruto de uma parceria entre Governo de Minas, a Cemig e o Serviço Voluntário de Assistência Social, o programa vai beneficiar, este ano, centenas de instituições e conjuntos habitacionais em todo o estado, substituindo chuveiros elétricos por sistema de aquecimento solar de água. O objetivo do Programa de Eficiência Energética da Cemig é reduzir o consumo e retirar a demanda de energia do horário de ponta. Além disso, a Cemig fornece orientações sobre o uso correto e econômico da energia elétrica através de visitas educativas. Segundo o coordenador do programa e engenheiro da Cemig, Ranieri César Leite Coelho, a implantação do sistema de aquecimento solar tem como finalidade a redução do consumo de energia elétrica, o que resulta na diminuição do valor da conta. De acordo com ele, as instituições atendidas terão redução de até 40% no consumo total de energia elétrica. Com o dinheiro da economia a instituição poderá investir em outras necessidades para os internos. O PEE pretende investir em outros municípios da região por meio de seus projetos. No território Vertentes, os projetos contemplados foram Iluminação Hospitais, para substituição de lâmpadas; Solar Cohab, para instalação de aquecedores solar em conjuntos habitacionais e Solar ILPI; para instalação de aquecedores solar em instituições de longa permanência para idosos. (Agência CanalEnergia – 18.07.2016)

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8 Cemig GT deve receber indenização de R$ 892 milhões por ativos da RBSE

O laudo de avaliação da Aneel encontrou 10 inconsistências quando ao relatório apresentado pela Ernest Young quanto aos ativos não depreciados do RBSE da Cemig-GT. Do recurso, apenas uma das alegações da concessionária foi aceita, a inclusão de condutores, cuja existência física ficou comprovada. De acordo com a nota técnica da Aneel, o valor líquido dos bens recuou de R$ 1.209.059.839,74 para R$ 1.177.488.191,06. Com os ajustes realizados, a área técnica da agência indicou que o valor de indenização deverá ser de R$ 892.050.146,77. Esse valor deverá ser indicado como indenização para a empresa refere-se aos bens não amortizados do RBSE, aqueles existentes anteriores a 31 de maio de 2000, em função da empresa optar pela renovação da concessão de transmissão no âmbito da MP 579 de 2013 e a resolução Aneel no. 589 que definiu os critérios para a indenização dos ativos. Reive de Barros foi sorteado como o relator do caso. O Valor Novo de Reposição apresentado para os ativos da Cemig-GT ficou estabelecido em R$ 4.357.613.777,99, um montante 1,9% acima do que foi apresentado pela empresa, que era de R$ 4.274.538.068,19. No documento a Aneel afirma que as inconsistências foram verificadas após a fiscalização do laudo in loco. Com isso foram reduzidos valores na base blindada com ativos não passiveis de indenização, na base blindada contendo ativos indevidamente classificados na conta máquinas e equipamentos de transmissão, a não realização de baixas de ativos, inconsistências na apuração do banco de preços e outros. Somadas as inconsistências levaram a uma redução do VNR em quase R$ 200 mi. Contudo, do lado de reconhecimento de diferenças de condutores houve um aumento de R$ 260,9 mi. Procurada para comentar o valor de indenização, a Cemig-GT não conseguiu um porta-voz para falar sobre o assunto até o fechamento desta reportagem. (Agência CanalEnergia – 18.07.2016)

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9 Demanda cresce 2,1% na área da Celesc no segundo trimestre

A Celesc registrou crescimento de 2,1% no total de energia distribuída no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a companhia, o consumo total de energia elétrica em nossa área de concessão somou 5.839 GWh. Mas na primeira metade do ano, a demanda apresentou queda de 0,8% ante igual período de 2015, com 11.817 GWh. O mercado residencial apresentou elevação de 8,5% no segundo trimestre, com 1.363 GWh, enquanto que nos seis primeiros meses do ano, a elevação ficou em 2,7%, para 2.876 GWh. O segmento industrial cativo registrou queda de 16,7% na demanda, para 2.182 GWh. No cenário semestral, a queda do consumo das indústrias foi de 15,6%, na comparação anual, para 1.842 GWh. O comércio conectado no mercado cativo também teve queda de demanda no trimestre entre abril e junho, de 1,6%, para 1.932 GWh, enquanto que no final da primeira metade do ano, a energia total consumida pelo segmento foi 2,4% a menos do que o verificado em igual período de 2015, para 1.886 GWh. Já o mercado livre avançou em Santa Catarina, com alta de 14,2% no segundo trimestre, para 1.611 GWh, e de 7,4% no primeiro semestre, para 3.082 GWh. Em número de consumidores, o mercado livre teve em junho total 54,7% maior do que o apurado no mês, um ano antes. (Agência Brasil Energia – 18.07.2016)

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10 CEEE investe R$ 1 mi em obra de expansão da rede elétrica no RS

A CEEE está investindo R$ 1 mi na obra de expansão da rede de energia elétrica entre Canguçu e Piratini, na região Sul do Rio Grande do Sul. A ação vai beneficiar diretamente 500 clientes atendidos pela concessionária, mas abastecidos por meio da infraestrutura energética pertencente à AES Sul, a partir do município de Santana da Boa Vista. Na primeira fase do empreendimento, com previsão de conclusão para setembro, serão construídos 10 quilômetros de rede de média tensão e instalados 75 postes ao longo da BR 392 a partir da Subestação de Canguçu. O projeto contempla duas novas etapas até dezembro, com a colocação de mais 281 postes e outros 24 quilômetros de rede, beneficiando quase três mil clientes na região. Segundo o gerente regional de Pelotas, Alexandre Madruga de Ávila, além de uma melhor segurança e confiabilidade no sistema energético, a nova rede possibilitará que novas ligações trifásicas sejam disponibilizadas, alavancando o crescimento da região. Ele destaca que a nova configuração de atendimento resultará em menor tempo de manutenção, impactando diretamente nos indicadores técnicos de qualidade dos serviços. (Agência CanalEnergia – 18.07.2016)

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11 CEEE-D terá que pagar R$ 4,4 milhões em multa

A Aneel ratificou as penalidades aplicadas pela AGERGS contra a concessionária gaúcha CEEE-D. A empresa descumpriu dispositivos regulatórios sobre os níveis de tensão de energia elétrica nos anos de 2009 e 2011. A multa era inicialmente de R$ 8,6 milhões, mas foi reduzida para R$ 4,4 mi, sendo parte das penalidades convertidas em advertências. O processo tramitava na Aneel desde 2013. As informações constam no despacho nº 1.770 publicado no DOU de 18 de julho. (Agência CanalEnergia – 18.07.2016)

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12 Ações do setor elétrico declinam

As ações da Cesp, que abriram novamente liderando as altas do Ibovespa, mudaram de rumo e passaram a cair, num movimento que leva outras ações do setor. O papel da empresa recuava 2,19%, CPFL Energia declinava 0,57% e Energias do Brasil tinha baixa de 0,28%. Os papéis da Cesp, dizem operadores, mostram falta de força para uma nova alta após dispararem na sexta-feira passada. No último pregão, as ações fecharam com valorização de 18,81%, depois que o secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, Renato Villela, afirmou que deve iniciar nas próximas semanas estudos com foco na privatização da estatal. (Valor Econômico – 18.07.2016)

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13 Belo Monte opera comercialmente segunda unidade de 611 MW

A hidrelétrica Belo Monte opera comercialmente, desde sábado (16/7) a segunda unidade geradora da casa de força principal, que tem 611 MW. A primeira unidade geradora, com igual capacidade, iniciou operação comercial em abril. A usina deve estar operando plenamente em 2019, quando terá capacidade total de 11.233 MW, de um total de 24 turbinas. Na casa de força complementar, chamada Sítio Pimental, a usina já tem quatro turbinas em operação comercial, que somam 155,4 MW. Com as turbinas da casa principal, a capacidade da usina em operação chega a 1.377 MW. (Agência Brasil Energia – 18.07.2016)

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14 BBCE lança contratos financeiros de energia ainda em julho

O Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE) vai lançar até o final deste mês a plataforma de negociação de contratos financeiros de energia elétrica, fruto de uma parceria com a corretora XP Investimentos. Esse modelo de contrato é inédito no Brasil. “Esses contratos permitem que outros participantes, que não sejam do setor elétrico, aproveitem as oscilações do mercado livre e liquidem sem a necessidade de compra física de energia”, segundo Victor Kodja, presidente do BBCE. As empresas estão fazendo os últimos testes para colocar o produto no mercado ainda em julho. De acordo com o executivo, a XP já tem clientes cadastrados esperando o lançamento — processo necessário para a liquidação de contratos financeiros, que são verificados pela CVM e não pela CCEE. “É um mercado que vai gerar liquidez muito rapidamente. Com esse alto grau de volatilidade, é possível utilizar as mudanças de preço ou até fazer hedge de operações”, segundo Kodja, que ainda lembrou que o produto estará disponível apenas para pessoas jurídicas, pelo menos por enquanto. (Agência Brasil Energia – 18.07.2016)

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Leilões

1 Aneel habilita termelétrica no leilão A-5

A Aneel habilitou, em 18 de julho, novo empreendimento vencedor do leilão A-5, realizado em abril. A medida contempla a termelétrica Predilecta (5 MW – SP), movida a cavaco de madeira e com 4,5 MW médios de garantia física. O A-5 negociou ao todo 201,8 MW médios ou 49.206.048 MWh, a partir de 29 usinas. O preço médio alcançado foi de R$ 198,59/MWh, deságio de 8,65%. A movimentação foi de cerca de R$ 9,7 bilhões. (Agência Brasil Energia – 18.07.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Números dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do submercado SE/CO estão operando com volume de 53,7%, caindo 0,1% na comparação com o dia anterior. De acordo com dados do ONS referentes ao último dia 17 de julho, a energia armazenada é de 108.988 MW/mês e a ENA é de 22.549 MWm, que equivale a 95% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Furnas está com 79,26% da sua capacidade e a de Emborcação, com 46,01%. No Nordeste, também houve queda nos níveis de 0,1%, os reservatórios estão com 25%. A energia armazenada é de 12.972 MW/mês e a ENA é de 1.280 MWm, que é o mesmo que 33% da MLT. A usina de Sobradinho está com 20,56% da sua capacidade. No Sul, os reservatórios tiveram expressiva subida de 1,9% e chegaram a 92,5% da capacidade. A energia armazenada é de 18.452 MW/mês e a ENA é de 25.410 MWm. Esse valor corresponde a 94% da MLT. A usina de Passo Real opera com 85,54% de volume armazenado. Na região Norte, o recuo de 0,2% deixou os reservatórios com volume de 57,3%. A energia armazenada na região é de 8.622 MW/mês e a ENA é de 1.753 MW m, que equivale a 49% da MLT. A hidrelétrica de Tucuruí opera com 85,81% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 18.07.2016)

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2 Linha de transmissão afetada pelas chuvas no Sul retorna à operação

A linha de transmissão em 765 kV Foz do Iguaçu/Ivaiporã retornou à operação na última sexta-feira, 15 de julho. A LT estava fora de operação desde às 20h40 da última terça-feira, 12 de julho, por conta de temporais que atingiram a região Sul do país. Na ocasião, os sistemas de proteção da linha atuaram corretamente e não houve consequência para o atendimento ao SIN. “Furnas informa que foi reenergizada às 21h32 de sexta-feira, 15 de julho, a linha de transmissão 765kV Foz do Iguaçu - Ivaiporã, circuito 2, que teve uma de suas torres danificada pelo intenso temporal, acompanhado de fortes ventos, que atingiu o estado do Paraná no dia 12 de julho", comunicou a companhia responsável pela linha, em nota à Agência CanalEnergia. Segundo Furnas, a recomposição da linha ocorreu dois dias antes do prazo previsto. Cerca de 80 profissionais da empresa, entre técnicos, engenheiros e pessoal de apoio, atuaram no restabelecimento da estrutura. "A ação envolveu grande quantidade de equipamentos de grande porte e infraestrutura para os trabalhadores”, relatou a transmissora. A informação da queda desse importante sistema foi repassada em primeira-mão pelo diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, que na ocasião explicou que a indisponibilidade da linha não havia causado corte de carga no SIN, porém obrigou o ONS a reduzir a transferência de energia da hidrelétrica de Itaipu para a região Sudeste/Centro-Oeste. (Agência CanalEnergia – 18.07.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Termelétrica Iaco Agrícola finaliza expansão

A termelétrica Iaco Agrícola colocou em plena operação a segunda unidade geradora, parte da expansão da usina. O projeto inclui nova turbina de condensação com extração da Siemens, de 34 MW, para ampliar a exportação de energia e fornecer vapor para a área industrial do empreendimento. Com a unidade, a capacidade da usina passa de 30 MW para 64 MW. O equipamento, do modelo SST-300, foi encomendado em 2015 pela geradora Iaco Agrícola e está em testes desde junho deste ano. O aval da Aneel para operação comercial veio neste sábado (16/7). O projeto fica na cidade de Chapadão do Sul, Mato Grosso, e é movido à biomassa. A primeira turbina está em operação comercial desde 2014, porém, quando foi inaugurada em 2009, a usina produtora de etanol utilizava a energia elétrica gerada pelo bagaço de cana-de-açúcar apenas para consumo próprio. A Norte Energia também iniciou neste sábado (18/7) a operação comercial de nova unidade geradora da casa de força principal da hidrelétrica Belo Monte (11.233 MW – PA). Com 611,1 MW de capacidade, a turbina estava em testes desde junho. A primeira unidade entrou em plena operação em abril. A usina já possui quatro turbinas em operação comercial da casa de força complementar, chamada Sítio Pimental, que somam 155,4 MW. O projeto possui ao todo 24 unidades e tem previsão de conclusão em 2019. O parque Santa Mônica I (18,9 MW – CE) iniciou os testes de nova unidade geradora. A usina possui ao todo sete aerogeradores, de 2,7 MW cada, e fica no município de Trairi. A usina foi negociada no leilão A-3 de 2015, com previsão para entrar em plena operação em outubro deste ano. (Agência Brasil Energia – 18.07.2016)

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2 Cegás aumenta atuação no GNC

A distribuidora Cegás comprou cinco carretas equipadas com kits de gás natural comprimido (GNC), com uma capacidade total de 160 m³. Esses equipamentos são utilizados para atender ao consumo de gás natural de cidades do Ceará não conectadas à rede de distribuição ou de clientes que tiveram o fornecimento interrompido provisoriamente. As carretas adquiridas incluem estações de regulagem, compressão e descompressão de gás natural — que por sua vez são compostas por cilindros de alta pressão. Essa estrutura é acoplada a veículos utilitários transportados por empresas habilitadas pela ANP, de acordo com a Cegás. Em junho deste ano, a tarifa de gás natural cobrada pela Cegás caiu, em média, 6,3%. O reajuste, que não inclui o gás fornecido para usinas termelétricas, é decorrente da mudança feita pela Petrobras no preço do energético vendido para algumas distribuidoras do país, em função do valor internacional em queda. (Agência Brasil Energia – 18.07.2016)

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3 Petrobras voltou a fornecer gás para térmica da Eletrobras no AM

A Petrobras restabeleceu no último dia 7 de julho, o suprimento de 1 milhão de m³ de gás natural por dia para a UTE Mauá (AM). A usina é de propriedade da Eletrobras Amazonas Energia e teve o fornecimento cortado por dívidas vencidas da Eletrobras. As dívidas remetem ao período posterior a dezembro de 2014 - o período anterior está equacionado - e ocorreram por problemas na Conta de Consumo de Combustíveis. A Petrobras continua adotando medidas previstas no contrato de fornecimento para cobrar os débitos acumulados. Ainda de acordo com a nota, o fornecimento para a UTE Aparecida continua suspenso. (Agência CanalEnergia – 18.07.2016)

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4 Petrobras começou a exportar energia para a Argentina

Petrobras começou a exportar para a Argentina a energia elétrica excedente de suas usinas térmicas a gás natural. "A primeira exportação ocorreu em 5 de julho quando enviamos uma média de 213 MW," informou a petroleira em comunicado. Petrobrás acrescentou que sua previsão é atender entre julho e agosto deste ano, a demanda da Argentina por cerca de 860 MW de energia, em média, "o suficiente para servir uma cidade de 500.000 habitantes." Segundo o informado, o contrato que firmou com a empresa argentina Tradener – com vigência até 2018 - prevê tanto a venda direta de energia como a de gás natural para usinas térmicas de terceiros na Argentina. Pelo acordo, a Tradener irá adquirir energia e gás natural, tanto da Petrobras como de outros fornecedores para o mercado no país. Segundo a Petrobras, a iniciativa " vantajosa para ambas as partes", foi possível porque, com o aumento do nível das reservas de água na hidrelétrica brasileira, se reduziu a demanda brasileira pela energia gerada por usinas térmicas, e agora é possível exportar os excedentes. (El Inversor – Argentina – 18.07.2016)

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Economia Brasileira

1 Balança comercial tem superávit de US$ 2,9 bi na primeira metade de julho

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,9 bi nos primeiros quinze dias de julho, informou nesta segunda-feira o Mdic. No período, as exportações somaram US$ 9,3 bi e as importações, US$ 6,3 bi. No ano, a balança comercial acumula um superávit de US$ 26,6 bi. O número é resultado do total de US$ 99,6 bi de exportações e US$ 26,6 bi de importações. Nos primeiros quinze dias de julho, na comparação com a média diária do mesmo período do ano passado, as exportações cresceram 5,9%. Houve aumento nas vendas de produtos manufaturados (18,7%) e de semimanufaturados (15,3%), enquanto caíram os embarques de produtos básicos (-5,1%). Na comparação com junho deste ano, o crescimento foi de 12,1%. O saldo positivo da balança comercial brasileira também foi puxada pelo resultado das importações, que continuam despencando. A média diária na primeira quinzena de julho caiu 17,3% na comparação com o ano passado. Caíram, principalmente, as compras com siderúrgicos (-36,1%), veículos automóveis e partes (-34,3%), adubos e fertilizantes (-33,3%), farmacêuticos (-28,1%), plásticos e obras (-15,1%) e combustíveis e lubrificantes (-13,8%). Ante junho deste ano, as importações se mantiveram estáveis, segundo o Mdic. (O Globo – 18.07.2016)

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2 Indicador de medo do desemprego tem o maior valor desde 1999, diz CNI

O índice que mede o medo do desemprego chegou cresceu 1,9% no segundo trimestre, na comparação com o primeiro, e aumentou 4,2% ante o mesmo período do ano passado, de acordo com pesquisa trimestral realizada pela CNI. Com isso, o indicador chegou a 108,5 pontos, o maior nível desde março de 1999. Outro tópico da pesquisa, o índice de satisfação com a vida, aumentou 0,8% no segundo trimestre ante o primeiro, mas caiu 2,6% ante o mesmo período do ano passado, para 93,1 pontos, o segundo menor valor da série histórica. A pesquisa foi feita pelo Ibope Inteligência com 2.002 pessoas entre os dias 24 e 27 de junho, em 141 municípios do país. (Valor Econômico – 18.07.2016)

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3 Estimativas do Focus para inflação e atividade melhoram

As projeções para a inflação e a atividade econômica em 2017 melhoraram na última semana, de acordo com o boletim Focus, do BC. E, a despeito dos números ruins de atividade divulgados ao longo da semana passada, a previsão dos analistas de mercado para o PIB deste ano também teve melhora relativa. A mediana das estimativas para o PIB de 2016 saiu de queda de 3,30% para recuo de 3,25%, enquanto para 2017, após quatro semanas estável em 1%, agora espera-se crescimento de 1,10%. Quanto à inflação, a mediana das estimativas para o IPCA para 2016 permaneceu em 7,26%. A projeção em 12 meses (junho de 2017) caiu de 5,83% para 5,70% e, para o ano fechado de 2017, recuou de 5,40% para 5,30%. A estimativa para o dólar ao fim de 2016 caiu de R$ 3,40 para R$ 3,39 e, para o fim de 2017, de R$ 3,55 para R$ 3,50. As projeções para a Selic seguiram as mesmas: 13,25% para o fim deste ano e 11% no fim do próximo. A taxa básica de juros está, atualmente, em 14,25%. O Copom do BC se reúne esta semana para definir a taxa do próximo mês e meio. A expectativa é que o atual percentual seja mantido. Eventuais quedas na Selic devem ocorrer apenas no fim do ano, segundo analistas. Os analistas Top 5, os que mais acertam as previsões, mantiveram a expectativa para o IPCA em 2016 em 7,18%, mas reduziram a aposta para 2017, de 5,39% para 5,33%. A projeção para a taxa Selic ao fim do ano, na visão desse grupo de analistas, caiu de 14% para 13,75% e para 2017 seguiu em 11,25%. Depois de desacelerar em junho, o IPCA-15, que é a prévia da inflação oficial, deve voltar a subir ligeiramente em julho, segundo estimativa expressa no boletim Focus, divulgado ontem. (Valor Econômico – 19.07.2016)

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4 Inflação pelo IGP-M abranda para 0,32% na segunda prévia de julho

A inflação medida pelo IGP-M desacelerou de 1,33% na segunda prévia de junho para 0,32% no mesmo período em julho, informa a FGV. Esse movimento foi influenciado pela forte descompressão dos preços agropecuários no atacado, que tinham disparado em junho. O IGP-M é um indicador que serve de referência para o reajuste de contratos, como os de aluguel. No atacado, o IPA saiu de aumento de 1,81% na parcial de junho para 0,15% na segunda medição de julho. (Valor Econômico – 19.07.2016)

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5 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h31, o dólar comercial subia 0,70%, para R$3,2729. Na segunda-feira, o dólar comercial caiu 0,13%, encerrando a R$ 3,2502. (Valor Econômico – 19.07.2016 e 18.07.2016)

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Internacional

1 Argentina: Apesar do aumento das taxas, o consumo de eletricidade cresceu cerca de 5 por cento

Com a indústria com problemas e o consumo passando sufoco, o Governo argentino esperava que o consumo de energia apresentasse uma tendência de baixa. No entanto, a demanda por luz cresceu 4,9% em junho e acumulou um crescimento anual de 3,5%, de acordo com Fundelec. Em Buenos Aires e entorno, o consumo de luz aumentou 7% em junho em comparação ao ano passado. Nestas localidades, que operam Edesur e Edenor, as faturas estavam congeladas há 15 anos. Desde Fevereiro, foi aplicado um aumento de 400%, o que poderia chegar a mais de 600% em alguns casos. Os boletos, que antes eram de $ 54 bimestrais, passaram a custar $ 300. No entanto, este aumento não parece ter aplacado as famílias. (Clarín – Argentina – 18.07.2016)

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2 Argentina: Novas centrais elétricas com investimento de US$ 800 mi

O Ministério da Energia argentino anunciou oficialmente através de publicação no Diário Oficial a seleção das empresas da segunda fase da licitação para a criação de novas centrais elétricas para 956MW, com um investimento total de mais de US$ 800 mi. Entre as empresas selecionadas estão a estatal YPF, Genneia, So Energy, Araucaria Energy e o grupo MSU (Rio Energy) que ofereceram cobrar entre US$ 17.800 e 21.963 por MW/mês. De acordo com fontes do Ministério de Energia, estes montantes representam uma poupança de 17%, comparado com o que foi anteriormente proposto. (El Inversor – Argentina – 18.07.2016)

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3 Paraguai: repotenciação da Central Hidrelétrica Acaray

A ANDE contratou por mais de US$ 1,5 mi a empresa canadense Manitoba Hydro International Ltd. para realizar um estudo sobre a alternativa de repotenciação da Central Hidrelétrica Acaray. Para Ing. Javier Villate, técnico de setor, o projeto é pouco viável uma vez que os números não favorecem atualmente e devem procurar outras opções. "Não é conveniente no sentido de que os custos que a ANDE pretende investir, cerca de US$ 400 mi, fazem com que a energia produzida seja muito custosa para se comercializar, tanto a nível local como nos mercados regionais," explicou. Acrescentou que já vimos um exemplo similar com a intenção de maquinizar a barragem de Yguazú. "Neste caso, estamos colocando o carro na frente dos bois novamente. Aqui deve primeiro estabelecer as regras do jogo”. Por outro lado, recordou que a Central Acaray, por má gestão da ANDE perde atualmente cerca de US $ 20 mi por ano. (ABC Color – Paraguai – 19.07.2016)

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4 Peru: “Um milhão e meio de famílias já contam com gás mais barato”

Um milhão e meio de famílias peruanas, aproximadamente, têm hoje em dia gás barato, como parte das ações do atual governo para expandir o uso deste combustível, afirmou o presidente Ollanta Humala, que disse que esta política deve continuar no próximo regime . (El Peruano – Peru – 19.07.2016)

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5 Siemens moderniza sistema elétrico de Cuba

A Siemens assinou no último sábado (16/7) um memorando de entendimento com a estatal cubana Unión Eléctrica (UNE), com o objetivo de modernizar a infraestrutura elétrica da ilha. Juntamente com o Ministério de Minas e Energia de Cuba, as empresas acordaram em discutir projetos de geração, transmissão e distribuição de energia, com foco em automação e fontes renováveis. Segundo o governo cubano, a meta é proporcionar energia confiável e de baixo custo para os mais de 11 milhões de habitantes do país, além de introduzir a geração de energia renovável. “Isso inclui a oportunidade para que a Siemens forneça tecnologia de geração para projetos existentes e novos de Cuba”, informou a empresa. Durante os últimos meses, a fabricante e a UNE avaliaram o sistema elétrico do país e criaram um conceito para desenvolvê-lo, que inclui recomendações sobre modernização e otimização da infraestrutura instalada, além de diversificação da matriz. O acordo prevê ainda iniciativas de transferência de conhecimento entre Cuba e Alemanha, país de origem da Siemens, para compartilhamento de treinamentos técnicos. A fabricante já deu início a treinamentos para o pessoal da UNE em Cuba e outros envolvidos no projeto também devem ser treinados na Alemanha, México e em mais países. (Agência Brasil Energia – 18.07.2016)

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6 A energia termo solar gerada em junho é 4,4% da eletricidade na Espanha

A energia termo solar gerada em junho é 4,4% da eletricidade na Espanha, com uma produção de 791 GWh, ambos recordes históricos em junho. Além disso, durante este mês foi registrado outro recorde pontual de geração solar ao alcançar, em 19 de junho, 9,4% da demanda total do país as 17h da tarde. A contribuição para o sistema de energia solar térmica nunca tinha ultrapassado 9% da demanda. (Suelo Solar – Espanha – 18.07.2016)

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7 Siemens prorroga serviços para 350 MW eólicos, na Escócia

A Siemens prorrogou contrato com as empresas SSE, Greencoat UK Wind e GLIL para prestação de serviços e manutenção ao parque eólico Clyde (350 MW), na Escócia. A usina é formada por 152 aerogeradores, de 2,3 MW cada, e tem serviços da fabricante desde o início da operação comercial, em 2011. O acordo é de longo prazo e prevê trabalhos conjuntos pelos próximos 15 anos. O pacote de manutenção contratado inclui garantia de disponibilidade e garantia estendida para os componentes principais do projeto, com monitoramento e diagnóstico remotos. A usina tem capacidade para abastecer cerca de 300 mil unidades residenciais médias no Reino Unido. Em 2015, o empreendimento passou por uma ampliação, na qual foram adicionados 172,8 MW a partir de 54 turbinas, do modelo SWT-101. Os 98 aerogeradores do início do projeto são do modelo SWT-93. Segundo a empresa, em nota, é o sexto contrato de serviços firmado com a acionista majoritária da usina, SSE, desde julho de 2015. Além da implantação e expansão de Clyde, foram fechados acordos para quatro outros projetos eólicos da geradora, entre eles as duas fases de Galway, Toddleburn e Tievenameenta. A fabricante presta serviços e manutenção em quase a metade da capacidade eólica do Reino Unido, com cerca de 2,2 mil turbinas em 60 parque em terra e no mar, o que soma perto de 6,4 GW na região. (Agência Brasil Energia – 18.07.2016)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 MME. “Energia no Bloco dos BRICS: Ano de referência: 2015”. N3E - Núcleo de Estudos Estratégicos de Energia /SPE/MME. Brasília, 18 de julho de 2016.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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2 SERRA, José; MALCORRA, Susana. “Brasil e Argentina, 25 anos de cooperação nuclear”. Valor Econômico. São Paulo, 19 de julho de 2016.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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