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IFE: nº 4.131 - 12 de julho de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL: pesquisadores colombianos fazem apresentação no âmbito do projeto de pesquisa com a Energisa
2 Aneel promove audiência para debater aprimoramento do programa de P&D
3 Temer adia leilão da usina de São Luiz no rio Tapajós
4 Agência aprova Plano Diferenciado de Operação para Jogos Olímpicos
5 MME enquadra eólica do Rio Grande do Norte no Reidi
6 Aneel estabelece CVU para UTE Araguaia

Empresas
1 IPO de Furnas pode render até R$ 10 bi
2 Furnas: modelo de abertura do capital de Furnas prevê uma reforma para introduzir regras que melhorem a governança
3 Ações de energia elétrica impulsionam o Ibovespa
4 Eletronuclear tem presidente interino
5 Trabalhadores da Eletrobras voltam à greve
6 EDP: capital social é elevado em R$ 1,5 bi
7 AES Eletropaulo e a Comgás tornam Instituto Butantan autossuficiente em energia
8 Federal Energia dobra de tamanho impulsionada por migrações no ACL

Leilões
1 Aneel habilita novas vencedoras do A-5

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Nível dos reservatórios hidrelétricos pelo Brasil
2 Reservatórios hidrelétricos têm queda em todo o país em julho
3 MME mantém estimativa de queda de 2,5% na demanda por energia em 2016

4 CNPE: atendimento da demanda até 2020 está assegurado

5 PDE 2025: previsão de recuo da expansão de oferta de energia

6 BBCE movimenta R$ 45 milhões em contratos no ACL

Energias Renováveis
1 Enel Green Power tem contratos com JA Solar e Jinko para projetos no Brasil

Gás e Termelétricas
1 Petrobras informa aumento de 3% na produção média de gás natural no Brasil em junho
2 Compagas amplia carteira de clientes em 7% em 2016
3 Aneel libera operação comercial em cinco termelétricas

Economia Brasileira
1 Projeções do mercado para IPCA e expansão da atividade em 2016 voltam a melhorar
2 Balança comercial tem superávit de US$ 1,488 bi na 1ª semana de julho

3 Melhora da confiança ainda não se traduziu em consumo, diz IBGE
4 IPC-Fipe acelera para 0,78% na primeira quadrissemana de julho
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Governo Argentino decide teto de 400% para o aumento do gás
2 Colômbia: Energia renovável, em busca de uma regulamentação clara para ser rentável a longo prazo
3 Paraguai: ANDE perde milhões com geradores a motor


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL: pesquisadores colombianos fazem apresentação no âmbito do projeto de pesquisa com a Energisa

Na última sexta-feira, os pesquisadores colombianos Mónica Castañeda Riascos e Sebastian Zapata fizeram a apresentação de uma pesquisa no âmbito do Projeto de Pesquisa ligado ao Programa de P&D da Aneel "Impacto dos Recursos Energéticos Distribuídos sobre o Setor de Distribuição" – realizado pelo GESEL em parceria com a Energisa. O trabalho dos pesquisadores objetivou criar um modelo para os impactos da geração distribuída nas empresas de distribuição de eletricidade, em particular para o efeito da “death spiral” (círculo vicioso entre a implantação da energia fotovoltaica e os aumentos nas tarifas de eletricidade). Partindo de uma pesquisa já realizada para empresas de eletricidade na Colômbia, eles examinaram o efeito da difusão de tecnologia fotovoltaica sobre as receitas de uma concessionária no mercado brasileiro com um contexto de condições favoráveis para a implantação de energia solar fotovoltaica, tais como: alta qualidade de radiação, altas tarifas de energia elétrica, queda gradual custos dos painéis fotovoltaicos. A conclusão, ainda preliminar, é que, no caso brasileiro, concessionárias poderiam ser afetadas pela “death spiral”, especialmente aquelas sobrecontratadas. Veja os slides da apresentação aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 12.07.2016)

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2 Aneel promove audiência para debater aprimoramento do programa de P&D

A Aneel promove em 15 de julho, às 9h30, em Recife (PE), audiência pública para debater o aprimoramento do P&D regulado pela Aneel. A proposta em discussão visa obter resultados mais relevantes para o setor, promover a prestação de contas do investimento aplicado e aperfeiçoar a alocação de recursos – em especial aqueles destinados a instituições de pesquisa nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O evento é aberto a toda a sociedade e acontecerá no Banco Central do Brasil em Recife. De acordo com a Lei nº 9.991/2000, as concessionárias de distribuição, transmissão ou geração de energia elétrica, as permissionárias e as autorizadas à produção independente devem aplicar, anualmente, um percentual mínimo de sua ROL em projetos de P&D e em eficiência energética, segundo regulamentos estabelecidos pela ANEEL. Ficam excluídas as pequenas centrais hidrelétricas e as empresas que geram exclusivamente energia eólica, solar, biomassa, além de cogeração qualificada. Segundo a proposta da Aneel, os valores que as empresas devem investir em P&D não foram alterados. Contudo, a audiência pública propõe, no âmbito do aprimoramento da regulação, um percentual mínimo que deve ser destinado às instituições de pesquisa sediadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, para atendimento ao inciso II do Art. 5º da Lei nº 9.991/2000. Pela proposta colocada, o montante varia de acordo com a região onde a empresa regulada está alocada. Essa proposta, além de contribuir para o atendimento à Lei, busca alavancar a parceria entre instituições de pesquisa nessas regiões com as do Sudeste e Sul, promover um maior compartilhamento de conhecimentos e possibilitar a fixação de mais pesquisadores e a melhoria de infraestrutura laboratorial em universidades e centros de pesquisa nas regiões citadas. A Aneel também propõe que a duração máxima para um projeto seja 48 meses, com possibilidade de prorrogação para até 60 meses. No caso de pesquisa que contemple várias fases da cadeia de inovação, a ideia é dividir o projeto por fase, a fim de facilitar a execução e a prestação de contas, por parte das empresas, e a avaliação de resultados por parte da Agência. Outra proposta é limitar em 20% os gastos com atividades de marketing e divulgação no Projeto de Gestão, já que essa definição irá auxiliar na avaliação final e reconhecimento de gastos no projeto por parte da Aneel. (Aneel – 12.07.2016)

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3 Temer adia leilão da usina de São Luiz no rio Tapajós

Pressionado pelo Greenpeace e outras entidades ambientais, o governo adiou para agosto o leilão para a construção da usina hidroelétrica São Luiz de Tapajós, no Pará. O presidente interino, Michel Temer, quer deixar para anunciar o leilão da obra, quando for o presidente definitivo, após o impeachment da presidente afastatada, Dilma Rousseff. Após essa etapa, terá maior força política e não dará munição para seus adversários. O adiamento foi decidido, na semana passada, em reunião da qual participaram Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Fernando Bezerra Filho (Minas e Energia). Nesse prazo, o ministro Sarney Filho (Meio Ambiente) tentará demover o governo. Ele defende a busca de outras alternativas, como o investimento em energia eólica, afirmando que o benefício não vale a pena, devido às resistências, denúncias e protestos de entidades ambientais e indígenas. Sarney acrescenta a isso, riscos à biodiversidade. O plano estratégico do governo prevê que, após a usina de São Luiz, haverá outra no rio Tapajós, a de Jatobá. O projeto do governo federal é construir cerca de 40 usinas na Amazônia. Na de São Luiz, a energia será gerada em uma usina-plataforma que não terá estradas. Nela, o acesso dos funcionários terá que ser feito por helicóptero. O lago terá área de 722,25 km². A queda será de 35,9 metros, gerando 6.356,4 MW através de 31 turbinas de 198 MW e duas de 109,2 MW. A produção anual de energia será de 29.548,8 GW . Além de ambientalistas, orgãos do governo, como o Ibama e a Funai, resistem à obra. A área é o habitat natural de 13 mil indígenas da etnia Munduruku, distribuídos em 120 aldeias, e que reivindicam a demarcação de suas terras e acesso a serviços de saúde e educação. Além disso, o lago da usina inundará parques nacionais naquela área. Para mascarar essa realidade, a Câmara aprovou, em 2012, MP editada no governo Dilma, que alterou os limites de diversas unidades de conservação na Amazônia. (O Globo – 11.07.2016)

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4 Agência aprova Plano Diferenciado de Operação para Jogos Olímpicos

A Aneel aprovou nesta terça-feira (12) em reunião pública da diretoria o Plano Diferenciado de Operação das Instalações e dos Centros de Operação do Sistema Interligado Nacional – SIN para o Suprimento de Energia Elétrica ao Rio de Janeiro e às Cidades do Futebol nas Olimpíadas Rio 2016, elaborado pelo ONS, em articulação com os agentes de geração, transmissão e distribuição. Os Jogos Olímpicos serão realizados entre 5 e 21 de agosto de 2016, na cidade do Rio de Janeiro, e na modalidade futebol nas cidades-sede Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. O plano aprovado indica ações e medidas a serem adotadas pelo ONS e agentes do setor elétrico para ampliar a segurança elétrica nas cidades dos eventos olímpicos e, em especial, nos corredores que atenderão os estádios de futebol. Dentre as ações previstas estão a realização dos testes de autorestabelecimento das usinas selecionadas pelo ONS, testes de desempenho nos sistemas de Controle Automático de Geração – CAG, realização de estudos dirigidos e simulações de recomposição; bem como a instalação de supervisão das subestações de distribuição responsáveis pelo atendimento aos estádios e demais locais de jogos para os centros de controle do ONS. Foi determinado ainda que as empresas de geração, transmissão e distribuição preparem esquemas de prontidão e sobreaviso para atendimento a ocorrências de grande porte; e o acompanhamento pelas áreas de fiscalização da ANEEL do cumprimento das ações pelas empresas envolvidas no atendimento às cidades-sede dos Jogos Olímpicos Rio 2016. (Aneel – 12.07.2016)

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5 MME enquadra eólica do Rio Grande do Norte no Reidi

O MME aprovou o enquadramento ao Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura da EOL Vila Acre I (25,2 MW), localizada no município de Serra do Mel, no Rio Grande do Norte. O período de execução das obras será entre 1º de agosto de 2016 até 15 de novembro de 2017, e será investido, sem a incidência de impostos, um total de R$ 109,3 mi. (Agência CanalEnergia – 11.07.2016)

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6 Aneel estabelece CVU para UTE Araguaia

A Aneel aprovou, em 8 de julho, o Custo Variável Unitário no valor de R$ 846,43/MWh da UTE Araguaia. O valor deverá ser aplicado no processo de contabilização do mês de maio de 2016 na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. O CVU será utilizado para pagamento dos custos com a geração da usina que devem ser ressarcidos via Encargo de Serviço do Sistema. (Agência CanalEnergia – 11.07.2016)

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Empresas

1 IPO de Furnas pode render até R$ 10 bi

A venda de uma fatia do capital de Furnas pode render de R$ 8 bi a R$ 10 bi. O valor corresponde a um percentual de até 49% da empresa, cuja proposta para abertura de capital da estatal foi, enviada pelo presidente da empresa, Flavio Decat, ao ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho. A proposta foi elaborada pela gestora de recursos 3G Radar. Para alcançar a ponta superior do intervalo bilionário, contudo, seria necessária uma reforma do estatuto para introduzir regras que melhorem a governança. A avaliação é de que o preço obtido será maior à medida que o mercado financeiro seja capaz de medir as melhorias na gestão da estatal de energia elétrica. O "preço base" de 100% do valor de mercado projetado para Furnas - que tem capital fechado - é de R$ 15,9 bi, considerando valores de maio de 2016, podendo chegar a R$ 20 bi se as condições de mercado forem favoráveis - no cenário otimista, portanto. Mesmo o valor "base" da avaliação da empresa já superava o valor de mercado da Eletrobras na bolsa também em maio, que era de R$ 11,5 bi. Depois de mudanças regulatórias e de comando anunciadas pelo governo, a capitalização da Eletrobras em bolsa já havia subido para R$ 20,5 bi. Convém ressaltar que o estudos da 3G Radar têm como referência a data de maio, sem capturar efeitos que já fizeram subir as cotações das ações da sua controladora. Considerando participações diretas e indiretas, no Brasil e no exterior, o grupo Eletrobras tinha no ano passado participação em 178 SPEs, segundo as demonstrações financeiras da estatal. Desse total, Furnas tem participação minoritária em 57 empreendimentos. Na avaliação da 3G Radar, somente as participações de Furnas em SPEs valem R$ 3,3 bi. Recentemente o governo informou que as participações da Eletrobras nas SPEs foram avaliadas em R$ 20 bi e podem ser vendidas. Portanto, não é claro a manutenção desses ativos com Furnas considerando os planos de venda do governo. Sem as SPEs, o preço de avaliação de Furnas cairia para R$ 12,6 bi, valor maior do que os R$ 11,5 bi de valor de mercado atribuídos à Eletrobras pela 3G Radar. Isso é um demonstrativo de que a situação da holding é tão complicada que ela "afunda" a avaliação de suas controladas. (Valor Econômico – 12.07.2016)

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2 Furnas: modelo de abertura do capital de Furnas prevê uma reforma para introduzir regras que melhorem a governança

O modelo de abertura do capital de Furnas desenhado por demanda do atual presidente da estatal - Flavio Decat prevê que a oferta das ações seja feita em duas etapas, para capturar a valorização após as mudanças na governança da empresa. Na primeira a proposta é que sejam vendidos 30% do capital da companhia, e na segunda etapa seriam oferecidos outros 19%. Para melhorar a governança também são propostas ações como a nomeação de pessoas com experiência empresarial comprovada para o conselho de administração da estatal, e que no mínimo 30% dos membros sejam independentes e com poder de vetar questões relacionadas à estrutura de governança e compromissos empresariais. Também é sugerida a criação de comitês de apoio ao conselho, para tratar de questões específicas envolvendo governança; finanças e gestão; recursos humanos; auditoria e compliance; novos negócios e gestão das participações. Para aumentar a atratividade da empresa também foram incluídas no estudo da gestora de recursos 3G Radar ações como a criação de uma política de distribuição de no mínimo 50% dos resultados como dividendos; criação de metas de crescimento e de rentabilidade; e limites para o endividamento; além de uma política de remuneração variável associada ao cumprimento de metas operacionais financeiras e de gestão. Essas mudanças poderão sinalizar ao mercado uma guinada na gestão da estatal, o que seria o ponto de partida para uma avaliação melhor do preço da companhia pelos agentes do mercado de capitais. (Valor Econômico – 12.07.2016)

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3 Ações de energia elétrica impulsionam o Ibovespa

Uma série de notícias positivas para as empresas de energia fez aumentar o volume de negócios com os papéis do setor elétrico nos últimos dias. O otimismo dos investidores é motivado pela expectativa de privatizações e de fusões e aquisições no setor elétrico, além da suspensão de algumas medidas polêmicas adotadas há cerca de três anos. A percepção também é de que o governo quer corrigir os erros do passado para que o setor elétrico volte a atrair investimentos. As ações PN da Cemig tiveram a maior alta do Ibovespa, de 9,75%, e o giro financeiro com os papéis da companhia somou R$ 118 mi. As ações PN da Cemig também subiram ajudadas por um relatório produzido pelos analistas do Itaú BBA, que elevou a recomendação dos papéis de venda para neutra e aumentou o preço-alvo das ações de R$ 8 para R$ 10. Os analistas também consideram que a empresa pode ganhar até R$ 4,1 bi com a venda de ativos. As demais ações do setor também encerraram o dia em alta. Os papéis PNB da Copel ganharam 6,57%, as ações PNV da Cesp subiram 4,05%, Eletrobras ON ganhou 8,57% e Eletropaulo PN teve alta de 8,31%. De acordo com o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora, as ações do segmento também são beneficiadas pelo aumento da liquidez no mercado global e de investidores que procuram ativos de renda variável defensivos. As ações do segmento são considerados defensivos porque costumam pagar dividendos e as empresas têm receita certa. (Valor Econômico – 12.07.2016)

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4 Eletronuclear tem presidente interino

O conselho de administração da Eletronuclear elegeu o engenheiro civil Bruno Campos Barretto para o cargo de diretor-presidente da estatal, de forma interina. A Eletrobras, como controladora da Eletronuclear, deve homologar a indicação em reunião dos conselheiros da companhia, ainda sem data definida. Ele está na empresa desde 1981, segundo as duas companhias. Segundo comunicado da estatal, o novo executivo enviou mensagem aos funcionários no qual diz que "minha chegada ocorre num período especialmente triste na história da Eletronuclear e sei que o sentimento geral é de desânimo e frustração com a situação desta empresa". Na semana passada, a Justiça determinou que o presidente da companhia, Pedro Figueiredo, fosse afastado das funções até a conclusão das investigações, por suspeitas de influenciar na apuração da força-tarefa sobre propinas nas obras da usina nuclear Angra 3. Além disso, o ex-presidente da companhia, Othon Luiz Pinheiro da Silva, que cumpria prisão domiciliar, foi detido para cumprimento de prisão preventiva, pela Operação Pripryat. (Agência Brasil Energia – 11.07.2016)

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5 Trabalhadores da Eletrobras voltam à greve

Os trabalhadores da maior parte das empresas subsidiárias da Eletrobras voltaram à greve nesta segunda-feira, 11 de julho. Segundo Emanuel Mendes, diretor do Sintergia - Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região -, funcionários da Chesf, Eletronorte, Eletrosul, parte de Furnas e das distribuidoras do grupo voltaram a fazer paralisação. Na última sexta-feira, 8 de julho, a Eletrobras apresentou uma proposta de reajuste salarial. De acordo com Mendes, a empresa propôs um reajuste imediato de 5%, mais 1% em agosto, outros 1% em outubro e mais 1,28% em janeiro, totalizando 8,28%. "Essa proposta ainda não contempla a categoria. Reivindicamos um reajuste de 9,28% de uma só vez", disse o sindicalista. Em nota, a Eletrobras informou que apresentou a proposta a todos os sindicatos de trabalhadores do sistema. Segundo a empresa, a proposta leva em consideração a necessidade de seus colaboradores, mas também a situação adversa pela qual atravessa a empresa, por questões macroeconômicas e setoriais. "A Eletrobras espera que os empregados analisem a proposta e continuem a dialogar com a empresa sem interromper suas atividades", afirmou a estatal. (Agência CanalEnergia – 11.07.2016)

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6 EDP: capital social é elevado em R$ 1,5 bi

O capital social da EDP Energias do Brasil foi elevado em R$ 1,49 bi, passando de R$ 3,18 bi para R$ 4,68 bi, dividido em 606.850.394 ações ordinárias. O aumento foi possível após a subscrição e total integralização de 130.434.782 ações ordinárias, ao preço de emissão unitário de R$ 11,50. O novo capital social foi homologado pelo Conselho de Administração da companhia na última sexta-feira, 8 de julho, conforme comunicado enviado ao mercado. De origem portuguesa, a EDP atua nos segmentos de geração, distribuição, comercialização e soluções de energia elétrica. Possuí ativos nos estados brasileiros do Amapá, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, São Paulo e Tocantins. Tem 2,7 GW em capacidade instalada divididos em hidrelétricas e térmicas. Suas duas distribuidoras atendem a 3,3 milhões de clientes. Em 2015, atingiu o 4º lugar entre as maiores comercializadoras privadas no país, com volume total de energia comercializado de 10.521 GWh. (Agência CanalEnergia – 11.07.2016)

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7 AES Eletropaulo e a Comgás tornam Instituto Butantan autossuficiente em energia

O Instituto Butantan vai ser autossuficiente em energia. O projeto vai ser elaborado e implementado pela AES Eletropaulo e a Comgás e contemplará sistema de cogeração de energia a gás para atender a demanda de 5,8 MW e o sistema de resfriamento, ar condicionado e vapor das linhas de produção do instituto paulista. Será contemplado também no projeto usina solar fotovoltaica e medidas de eficiência energética que ainda estão sendo estudadas, segundo revelou o secretário estadual de energia e mineração de São Paulo, João Carlos Meirelles. Segundo ele, a expectativa, entre três alternativas que estão sendo aventadas pelos fornecedores do projeto, é a de que ao final da sua implementação haja uma redução de até 34% do custo atual com energia. Nos próximos dois meses, será definido o projeto, cujo valor de investimento pode oscilar entre R$ 15,5 mi até R$ 19,6 mi, e que depois deve levar de 12 a 18 meses para ter as obras concluídas. Além da usina de cogeração a gás e a solar, muito provavelmente a AES implementará baterias de lítio para garantir a redundância de energia das instalações. Além de passar a contar com o mais limpo gás natural, a renovação do sistema, segundo o secretário, evitará um alto custo de manutenção com os geradores a diesel e a dificuldade de encontrar peças de reposição dos equipamentos já antigos. A cogeração a gás na fábrica de vacina segue modelo em implantação no complexo do Hospital das Clínicas de São Paulo, que também conta com a parceria entre a AES e a Comgas. Até o final do ano, o modelo jurídico do projeto, que demanda um ordenamento mais complicado por contar com vários hospitais e institutos, ficará pronto, o que permitirá a sua implementação. No HC, a demanda total é 15,2 MW, que será reduzida para 10,9 MW por conta das ações de eficiência energética previstas. Uma obra de R$ 85 mi, o projeto levará de 18 a 24 meses para implementação e também contará com usina solar fotovoltaica para 400 kWp e o sistema de cogeração a gás fornecerá como subproduto por volta de 5.000 TR para o resfriamento. Lá também serão descontinuados mais de 50 geradores a diesel. Ambas as obras contarão com os serviços prestados pela nova empresa do grupo AES, a AES Ergos. (Agência Brasil Energia – 11.07.2016)

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8 Federal Energia dobra de tamanho impulsionada por migrações no ACL

A Federal Energia, fundada pelos sócios Erick Menezes de Azevedo, Otto Resende Vilela e Afonso Henriques Moreira Santos, enfrentou dificuldades iniciais para tocar o seu negócio de gestão de contratos no mercado livre. Por conta desastrosa combinação "seca e intervencionismo político", o PLD iniciou em 2012 uma trajetória crescente de preços chegando a custar mais de R$ 800/MWh em 2014, prejudicando os negócios no mercado livre e comprometendo os planos. Nesse contexto, três anos depois de iniciar suas operações, a empresa começou 2015 com menos de dez clientes. Porém, com a inversão de cenário produzida pelo realismo tarifário no ano passado, a empresa pulou para 50 unidades administradas em janeiro de 2016 e atualmente esse número já chega a 80 consumidores, com a perspectiva de terminar o ano com cerca de 150 clientes. A Federal possui negócios que envolvem compra e venda de eletricidade e gestão de consumo e geração, bem como acompanhamento e investimento em projetos de clientes. Como comercializadora, a Federal mantém geração própria e faz compra de energia com pagamento antecipado, o que garante à empresa o fornecimento de eletricidade com maior rentabilidade. Segundo Menezes, a empresa já vendeu 150 MWme e conta com um portfólio de 35 MW em projetos hidrelétricos a serem desenvolvidos. Desses, quatro projetos estão em fase final de licenciamento, que devem demandar cerca de R$ 50 mi em investimento para colocar em operação 8 MW de capacidade instalada. A CCEE contabilizou 1.151 novas unidades consumidoras migradas para o ACL entre janeiro e junho de 2016. Contudo, disse Azevedo, o interesse de novos entrantes para o ACL começa a diminuir por conta do aumento dos preços no ambiente livre. Ele explicou que a Federal tem um Índice de Atratividade do Mercado Livre, que varia de 0% a 100%, sendo que 100% significa um alto interesse. Na gestão de energia, a empresa oferece serviços adicionais como instalação de medidores, monitoramento do consumo, acompanhamento regulatório e análises de subsídios fiscais disponíveis, entre outros. Desenvolve também estratégias de compra ou venda de energia para consumidores e geradoras, no sentido de maximizar os resultados financeiros, oferecidos por eventuais oportunidades com as oscilações no preço da energia. (Agência CanalEnergia – 11.07.2016)

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Leilões

1 Aneel habilita novas vencedoras do A-5

A Aneel habilitou seis usinas vencedoras do leilão A-5, realizado em abril. O despacho de 11 de julho contemplou a termelétrica Biogás Bonfim (20,8 MW), da Raízen, e cinco PCHs. São elas Recanto, Tamboril, Bandeirantes, Da Fazenda e Cabeça de Boi. O A-5 negociou total de 201,8 MWm ou 49.206.048 MWh, a partir de 29 usinas. O preço médio alcançado foi de R$ 198,59/MWh, deságio de 8,65%. A movimentação foi de cerca de R$ 9,7 bi. (Agência Brasil Energia – 11.07.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Nível dos reservatórios hidrelétricos pelo Brasil

Em mais um dia de queda em todos as regiões, os reservatórios do Nordeste estão operando com volume de 25,7%. De acordo com dados do IPDO referentes ao último dia 10 de julho, houve recuo de 0,2%. A energia armazenada na região é de 13.336 MW/mês e a ENA é de 1.274 MWmed, que equivale a 33% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Sobradinho opera com 21,33%. No Sudeste/ Centro-Oeste, os níveis estão em 55%, caindo 0,1% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 111.561 MWmês e a ENA é de 22.120 MW/mês, que é o mesmo que 97% da MLT. A usina de Furnas opera com 77,38% e a de Nova Ponte, com 37,93%. No Sul, o recuo chegou a 0,2% e deixou os níveis em 84,1% da capacidade. A energia armazenada é de 16.780 MW/mês e a ENA é de 5.655 MWmed, que corresponde a 60% da MLT. A usina de Barra Grande registra volume de 67,55%. Na região Norte, a queda nos níveis também ficou em 0,1%, deixando os reservatórios com volume operativo de 58,5%. A energia armazenada é de 8.798 MW/mês e a ENA é de 2.229 MW/mês, que é o mesmo que 52% da MLT. A usina de Tucuruí está com volume de 86,88% da sua capacidade. (Agência CanalEnergia – 11.07.2016)

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2 Reservatórios hidrelétricos têm queda em todo o país em julho

O nível dos principais reservatórios das hidrelétricas do país diminuiu nos dez primeiros dias deste mês, mas, com exceção da região Norte, seguem acima do registrado na mesma época do ano passado, quando o país ainda vivia a crise hídrica. A maior queda, do dia 1º a 10 de julho, ocorreu nos reservatórios da região Sul. Ali, o nível recuou de 88,1% para 84,1%. No ano passado, o armazenamento estava em 74,2%. Em seguida, vêm os lagos das hidrelétricas da região Norte, com queda de 1,5 ponto percentual, para 58,5%. No ano passado, o nível dos reservatórios locais estava mais alto, com 79,5% da capacidade preenchida. No Nordeste, o recuo foi de 1,3 ponto percentual, para 25,7%. É a região que tem a situação mais complicada. No ano passado, o nível era de 24,5%. No Sudeste/Centro-Oeste, região que responde por cerca de dois terços da geração de energia hidrelétrica do país, o nível dos reservatórios caiu 1 ponto percentual, para 55%. Em 10 de julho de 2015, o nível era de 36,7%. (Valor Econômico – 11.07.2016)

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3 MME mantém estimativa de queda de 2,5% na demanda por energia em 2016

O governo federal manteve as estimativas de recuo do consumo de energia em até 2,5% em 2016 na comparação com 2015. Segundo boletim divulgado nesta segunda-feira pelo MME, em abril, os indicadores econômicos e energéticos continuaram sinalizando baixo desempenho no consumo das famílias e da produção industrial, mas com alguma recuperação em relação a meses anteriores. Com isso, a demanda total de energia deve ser entre 1,5% e 2,5% menor este ano na comparação anual, com 293,5 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep), contra 299,2 milhões de tep verificados no ano passado. O consumo de eletricidade em abril apresentou alta de 1,3% em relação ao mesmo mês no ano passado, 40,1 TWh, mas ainda apresentou queda de 1,7% em comparação com março. No acumulado do ano, a queda foi de 2,9% na comparação com o mesmo período no ano anterior (155,9 TWh). O MME verificou ainda alta de 14,5% na oferta de energia hidrelétrica em abril, na comparação anual. (Agência Brasil Energia – 11.07.2016)

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4 CNPE: atendimento da demanda até 2020 está assegurado

As condições de atendimento ao SIN para o período de 2016 a 2020 estão asseguradas. É o que disse a Secretaria de Energia Elétrica e o ONS na mais recente reunião do CNPE, realizada em 28 de junho. Os maiores valores de risco de déficit de carga para cada submercado do país nesse período foram de 0,7% no Sudeste/Centro-Oeste, 0,1% no Nordeste, 2,7% no Sul – mas somente para o ano de 2016 - e de zero no Norte. A avaliação considera a expansão prevista para o período que indica um aumento da capacidade da geração de energia no país em 32.101 MW. Esse montante leva a um crescimento médio anual de 6.420 MW em nova potência instalada. E dentre as fontes já contratadas, a hídrica responde por quase metade com pouco mais de 15 GW, seguida pela eólica (7 GW) e térmicas (6,6 GW). Nesse cálculo ainda consta um crescimento médio anual de carga de 2017 a 2020 na ordem de 3,97%. Há pontos de atenção para a operação do sistema e o primeiro apresentado na reunião foi o Nordeste em função da escassez de chuvas que afeta a região e o Norte do país. A previsão e de que no inicio de dezembro o reservatório da UHE Sobradinho (BA, 1.050 MW) seja o mais crítico com 2,8% de armazenamento, na UHE Três Marias (MG, 396 MW) a previsão é de 10,2%, e que a UHE Itaparica (BA/PE, 1.479 MW) esteja com 3,6%. Além disso, deverá ser alvo de atenção o controle operacional do reservatório da UHE Tucuruí (PA, 8.370 MW) e o atendimento da demanda máxima do NE com o despacho de usinas térmicas fora da ordem de mérito em complementação à geração eólica. Já no segmento de transmissão, a atenção está com atrasos na expansão com ações para eliminar ou reduzir o não atendimento dos cronogramas tendo foco nas obras consideradas prioritárias. (Agência CanalEnergia – 11.07.2016)

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5 PDE 2025: previsão de recuo da expansão de oferta de energia

A próxima versão do Plano Decenal de Energia, para 2025, que foi levantada na ultima reunião do CNPE, realizada em 28 de junho, deverá considerar um redimensionamento do crescimento do PIB. A nova média deverá cair de 3,2% ao ano para os 2,4% considerados até 2020. Nesse ritmo, a expansão de oferta de energia indicada para 2024 em 212,5 GW recuará para 210,8 GW, queda de 0,8% nesse período. Dentre as fontes destacadas estão a eólica que deverá continuar em expansão, passando da previsão de 24,2 GW no PDE atual para 25,1 GW no ano seguinte. Já a solar poderá chegar a algo entre 9 GW e 11 GW ao final dos próximos 10 anos. Dentre a participação de todas as fontes que fazem parte da matriz elétrica nacional, nos próximos 10 anos a perspectiva é de que a hídrica, carvão, óleo diesel e combustível e gás industrial percam espaço. Ainda assim a primeira dessa lista continuará sendo a maior, passando ao final de 2015 de 65% para 55,3% em 2025. Em curva ascendente estão a solar que passará de zero para 5,3%, eólica de 5,4% para 12%, biomassa de 9,4% para 11,2%, gás natural de 8,8% para 11,2% e nuclear de 1,4% para 1,6%. (Agência CanalEnergia – 11.07.2016)

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6 BBCE movimenta R$ 45 milhões em contratos no ACL

A plataforma de compra e venda de energia online Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE) movimentou R$ 45 mi em contratos no primeiro trimestre de 2016. As 4.666 ofertas registradas na plataforma resultaram em 450 contratos entre janeiro e março, totalizando 700 GWh em energia. Dentre os participantes, 60% são comercializadores de energia, 26% geradores, 4% consumidores e 10% pertencem a outros grupos — como agentes do mercado financeiro. Atualmente, o quadro de acionistas da BBCE movimenta 70% do volume de negócios da plataforma. Nos primeiros seis meses de 2016, a CCEE registrou mais de 700 pedidos de consumidores para participar do mercado livre (ACL). (Agência Brasil Energia - 11.07.2016)

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Energias Renováveis

1 Enel Green Power tem contratos com JA Solar e Jinko para projetos no Brasil

A Enel Green Power (EGP), tem acordos de compra com a Jinko Solar e JA Solar. De acordo com documentos técnicos apresentados à Aneel, as fabricantes chinesas fornecerão os painéis importados para os grandes projetos que a companhia negociou nos LER de outubro de 2014 e agosto de 2015. Os equipamentos para o complexo fotovoltaico Ituverava, localizado na Bahia, serão fornecidos pela JA Solar. O projeto foi negociado no LER de 2014 e tem 210 MW de capacidade instalada, o que representa 260 MW de capacidade dos painéis. Já os projetos Nova Olinda (usinas 8 a 14), no Piauí; Horizonte MP (1,2 e 11), Lapa (2 e 3), Bom Jesus da Lapa (I e II), na Bahia; todos vendidos pela EGP no LER de agosto de 2015, empregarão painéis da Jinko Solar. Essas usinas somam 410 MW, e representam uma demanda de 541 MW de painéis solares. Os inversores utilizados em ambos os projetos serão fornecidos pela fabricante alemã SMA, também importados. A Enel já iniciou a construção de todas as usinas, que representam cerca de 25% do total de 2.652 MW fotovoltaicos contratados em leilões. A companhia usou painéis da Yingli nas usinas Fontes Solar I e II. Importando os equipamentos, a companhia abre mão do financiamento incentivado do BNDES. Mas a companhia também tem condições de aportar recursos próprios nos projetos. Sem esperar uma definição sobre a chegada de uma indústria local no país, a EGP pode ser a única a não atrasar a entrega das usinas solares do LER 2014. (Agência Brasil Energia – 11.07.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Petrobras informa aumento de 3% na produção média de gás natural no Brasil em junho

A produção de gás natural no país no mês de junho, excluindo o volume liquefeito, foi de 78,8 milhões m³/dia, 3% acima do mês anterior (76,4 milhões m³/dia), segundo a Petrobras. A produção média de gás natural no exterior foi de 17,2 milhões m³/d, 4% abaixo dos 17,9 milhões m³/d alcançados no mês anterior. Por outro lado, a produção média de petróleo em junho, foi de 2,30 milhões de bpd, 2% acima do volume produzido no mês anterior, que foi de 2,24 milhões bpd. Desse total, 2,20 milhões bpd foram produzidos no Brasil e 0,1 milhão bpd no exterior. A Petrobras informou que o volume de petróleo produzido em junho no Brasil é a terceira maior média mensal de produção já registrada pela Petrobras. O crescimento deveu-se, principalmente, à entrada de novos poços conectados aos FPSOs Cidade de Maricá e Cidade de Itaguaí, no campo de Lula, nas áreas de Lula Alto e Iracema, respectivamente. (Agência CanalEnergia – 11.07.2016)

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2 Compagas amplia carteira de clientes em 7% em 2016

A carteira de clientes da Compagas, distribuidora de gás natural do Paraná, cresceu mais de 7% no primeiro semestre de 2016. Foram conectados 46 novos prédios, com 1.746 residências, à rede de distribuição da Compagas de Curitiba, capital do estado. No segmento comercial, a concessionária paranaense fechou cinco novos contratos de fornecimento somente na última semana de junho, todos na capital. Somados, os contratos somam volume superior 1.200 m³/mês de gás natural. Dois desses cinco clientes terão entrega imediata, outros dois vão receber a partir de outubro desse ano e o último, em março de 2017, quando a Compagas concluir as obras de expansão no centro de Curitiba. Atualmente, a Compagas atende ao consumo de 440 estabelecimentos comerciais nas cidades de Curitiba, Campo Largo, Campina Grande do Sul, São José dos Pinhais e Ponta Grossa. Já no mercado residencial, são 692 edifícios, com mais de 32,9 mil apartamentos. Outra concessionária de distribuição da região Sul do país fechou um novo contrato recentemente, desta vez no segmento industrial. A cerâmica Reframa Refratários tem fábrica no município de Morro da Fumaça, em Santa Catarina, capaz de produzir cerca de 2,8 mil toneladas de tijolos refratários. As indústrias consomem 84% de todo o gás natural distribuído pela SCGás no estado, com média aproximada de 1,4 milhão de m³/dia, registrada em maio de 2016. Das 230 unidades atendidas pela companhia, 56 estão na região norte do estado e com consumo médio de 590 mil m³/dia. (Agência Brasil Energia – 11.07.2016)

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3 Aneel libera operação comercial em cinco termelétricas

Em publicação no DOU de 8 de julho, a Aneel liberou as seguintes usinas para o início das operações comerciais. Na CNH Alvorada do Oeste, as unidades liberadas foram 1 UG de 1,14 MW e 5 UGs de 1,12 MW, totalizando 6,74 MW de capacidade instalada. Na CNH Campo Novo, a liberação foi para 8 unidades geradoras, de 0,44 MW, totalizando 3,52 MW. Na CNH Costa Marques, o benefício foi para 1 unidade de 1,14 MW e 5 UGs de 1,12 MW, totalizando 6,74 MW. Na CNH São Francisco foram liberadas 7 UGs de 1 MW e 1 UG de 1,1 MW, totalizando 8,1 MW de capacidade instalada. Já na CNH Vale do Anari foram liberadas 11 UGs de 0,44 MW, totalizando 4,84 MW de capacidade instalada. A agência também liberou a PCH Manopla para o início das operações comerciais a partir do dia 8 de julho. O benefício foi para UG2, de 2,875 MW de capacidade instalada. A UTE CSP também recebeu liberação da Aneel para dar início as operações em teste. O benefício foi para UG1, de 18 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 11.07.2016)

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Economia Brasileira

1 Projeções do mercado para IPCA e expansão da atividade em 2016 voltam a melhorar

As expectativas dos analistas do mercado financeiro para a inflação e a atividade econômica deste ano melhoraram pela segunda semana consecutiva, embora ainda sigam ruins, de acordo com o relatório Focus, do BC. A mediana das estimativas para o IPCA caiu de 7,27% para 7,26%. Apesar da pequena queda pela segunda semana, a taxa prevista ainda segue maior que há um mês, quando era de 7,19%. A expectativa para a inflação subiu por causa da forte alta de alguns produtos no atacado em junho, algo que pode pressionar o varejo em um momento em que os preços costumam cair. A previsão mais benigna no Focus pode ter sido influenciada pelo IPCA de junho, divulgado sexta-feira pelo IBGE. A taxa de 0,35% veio um pouco abaixo do esperado (0,37%). No Focus, a expectativa para a inflação em 12 meses (junho de 2017) também melhorou, saindo de 5,9% para 5,83%, assim como para o ano-calendário de 2017, de 5,43% para 5,4%, também a segunda queda consecutiva. Algumas variáveis que influenciam o IPCA também vieram melhores, como a previsão dos administrados, que caiu de 6,94% para 6,7% neste ano, e a do dólar, que saiu de R$ 3,46 para R$ 3,40 ao fim de 2016. O dólar para o fim de 2017 foi revisto de R$ 3,70 para R$ 3,55. Os analistas mantiveram a previsão para a taxa Selic ao fim deste ano, de 13,25%, e de 2017, de 11%. Quanto à atividade, a previsão para o PIB deste ano saiu de queda de 3,35% para recuo de 3,30%. Há um mês, a expectativa era de retração de 3,60%. Para 2017, a estimativa foi mantida em crescimento de 1%. A expectativa dos analistas de mercado para a inflação em 2018 caiu pela segunda semana consecutiva, de 4,80% (vindo de 5%) para 4,71%. Essa revisão acompanha a melhora das previsões para 2016 (de 7,27% para 7,26%) e 2017 (de 5,43% para 5,40%). Para os anos de 2018 e 2019 a expectativa tem se mantido em 4,50%. (Valor Econômico – 12.07.2016)

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2 Balança comercial tem superávit de US$ 1,488 bi na 1ª semana de julho

A balança comercial brasileira registrou um superávit US$ 1,488 bi na primeira semana de julho, informou nesta segunda-feira o Mdic. As exportações somaram US$ 4,975 bi e as importações, US$ 3,487 bi no período. No ano, há um superávit acumulado de US$ 25,140 bi, resultado do total de US$ 95,228 bi de exportações e de US$ 70,088 bi de importações. Em julho, na comparação com o mesmo período do mês passado, as exportações cresceram 2,9%, na média diária exportada (US$ 829,1 mi). O número é resultado do aumento nas vendas de produtos semimanufaturados (+17,4%) e de básicos (+8,4%). Na comparação com junho deste ano, houve aumento de 8,9% no embarques. O resultado positivo da balança no período foi puxado pela queda das importações. Em julho, os desembarques caíram 17,2%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Nesse comparativo, houve queda na compra de siderúrgicos (-35,7%), veículos automóveis e partes (-33,4%), adubos e fertilizantes (-31,0%), farmacêuticos (-28,2%), combustíveis e lubrificantes (-27,4%). (O Globo – 11.07.2016)

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3 Melhora da confiança ainda não se traduziu em consumo, diz IBGE

A queda de 1% nas vendas do comércio em maio está ligada, principalmente, ao aperto do crédito e da renda, avalia o IBGE. Setores como móveis e eletrodomésticos, com baixa de 1,3%, e outros artigos de uso pessoal e doméstico, com recuo de 2,4%, apresentaram retração porque são gastos que podem ser adiados, avalia a gerente da coordenação de serviços e comércio do IBGE, Isabella Nunes. "As vendas do varejo refletem o consumo das famílias, que precisa de crédito e renda, e uma recuperação depende disso, o que ainda não é observado", afirmou a chefe da PMC. Foi o pior mês de maio desde 2001, início da série histórica do levantamento. Na avaliação de Isabella Nunes, os indicadores de confiança um pouco melhores nos últimos meses ainda não tiveram reflexo no comércio real. "Não há uma melhora efetiva porque o mercado de trabalho ainda não se recuperou", afirmou. A queda das vendas ocorreu em seis das oito atividades do varejo. Incluindo automóveis e material de construção, as vendas de veículos e peças cresceram 1%, influenciado pelo lado da crise que leva os consumidores a procurar mais peças para consertos e descontos nos carros usados que a compra do carro 0 km. (Valor Econômico – 12.07.2016)

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4 IPC-Fipe acelera para 0,78% na primeira quadrissemana de julho

Pressionada pelo aumento dos preços dos alimentos, a inflação medida pelo IPC-Fipe passou de 0,65% no fechamento de junho para 0,78% na primeira apuração de julho. No período, quatro das sete classes de despesas do IPC-Fipe registram variações maiores de preços. O grupo alimentação se destacou ao sair de alta de 1,17% para elevação de 1,86%. Sozinho, o grupo foi responsável por mais da metade da taxa do IPC-Fipe na primeira medição de julho, ou 0,45 ponto percentual. Transportes foram de 0,09% para 0,16% de aumento; Saúde saiu de 0,42% para 0,71% de acréscimo e Educação, de 0,16% para 0,20%. Com variações positivas menores entre o fim de junho e o início deste mês, apareceram Habitação (de 0,80% para 0,67%), Despesas pessoais (de 0,34% para 0,29%) e Vestuário (de 0,32% para 0,12%). (Valor Econômico – 12.07.2016)

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5 Dólar ontem e hoje

Hoje, a moeda americana estava cotada a R$ 3,2831 às 9h17, com baixa de 0,76%. Na segunda-feira, o dólar comercial subiu 0,43% para R$ 3,3083. (Valor Econômico – 12.07.2016)

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Internacional

1 Governo Argentino decide teto de 400% para o aumento do gás

O Governo Argentino se baseou em questões climáticas para voltar a falar sobre o aumento da tarifa de gás. Será emitido uma resolução afirmando que nenhuma família vai pagar mais de 400% comparado a fatura do mesmo bimestre de 2015. Para as empresas, este limite será de 500%. A medida é retroativa a 1 de abril. Isso significa que as empresas terão de reemitir faturas que vieram com o consumo em abril e maio. Os clientes que já pagaram receberão uma nota de crédito. E aqueles que a fatura ainda vencerá, devem aguardar a nova fatura: ela virá muito menor. Durante este ano, não haverá novos aumentos. O governo vai iniciar um processo de audiências públicas em outubro, para aplicar uma nova tabela de preços em 2017. (Clarín – Argentina – 11.07.2016)

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2 Colômbia: Energia renovável, em busca de uma regulamentação clara para ser rentável a longo prazo

As energias renováveis ganham protagonismo no mundo na medida em que os países se conscientizam da importância de ter uma relação mais amigável entre o homem e o meio ambiente. Colômbia, por sua rica diversidade e abundância hídrica, não quer ser a exceção e, portanto, a Associação de Energia Renovável (SER) lidera a cruzada frente ao Governo para que se impulsionem os projetos nessa área. Para isso não basta apenas boa vontade, é necessário que o Executivo estabeleça uma regulação de acordo com as características da matriz energética do país, a fim de ser rentável no longo prazo e, assim, dar mais força para o atual modelo elétrico, complementando e reduzindo os riscos diante de episódios semelhantes ao ultimo fenômeno El Niño. Alejandro Lucio, diretor executivo do SER, perito no setor, assegura que as energias eólicas, fotovoltaicas ou solares, entre outras, têm características distintas as hidráulicas ou térmicas e por isso a regulação que elas exigem deve ser especial para garantir sua competitividade frente a outras tecnologias de geração. (Portafolio – Colômbia – 12.07.2016)

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3 Paraguai: ANDE perde milhões com geradores a motor

A população de Bahia Negra (Paraguai) conta com um serviço de energia prestado pela ANDE por geradores a motor; no entanto, constantemente, muitas vezes eles sofrem interrupções devido a problemas de abastecimento de combustível, como um resultado direto de más condições da estrada. A ANDE está enfrentando perdas milionárias devido ao alto custo de funcionamento de motores geradores, tendo em vista que a extensão da rede de energia de Itaipu poderia ser uma solução para este problema. Atualmente, a rede é de apenas 70 quilômetros. A energia solar pode ser outra alternativa para evitar perdas para o estado. De acordo com o relatório administrativo da ANDE, o custo estimado para a instituição de gerar o serviço de eletricidade na Bahia Negra é 180 milhões por mês; no entanto, a receita não ultrapassa 15 milhões. A operação de motores geradores para 24 horas de serviço tem um uso médio de 31.000 litros, aos quais são somados os custos de frete para transporte de combustível e manutenção a cada 500 horas de uso que deve ser feita. (ABC – Paraguai – 12.07.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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