l
IFE: nº 4.120 - 27 de junho de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
1 GESEL na conferência internacional EEM 2016
2 Aneel: mês de julho tem bandeira verde
3 Aneel inicia processo de caducidade das concessões da Abengoa
4 Eficiência energética pode trazer redução de até 27% nas tarifas até 2030, aponta PSR
5 Diretor da Eletronuclar assume presidência da LAS/ANS
6 Ministro Coelho Filho confirma presença no Brasil Solar Power
7 MME autoriza exportação para a Argentina
Empresas
1
Governo estuda vender 174 ativos da Eletrobras em SPEs
2 Eletronorte e mais 26 estatais têm terceirizados em situação ilícita
3 Eletrobras refaz contas da Amazonas Energia com aprovação da MP 706
4 Com leilão da Celg, governo espera arrecadar pelo menos R$ 2,8 bi
5 Interessados avaliam edital da Celg D para decidir sobre leilão
6 Abengoa pode ter a dívida antecipada
7 Copel investe R$ 12,3 mi em melhorias na rede elétrica no norte do PR
8 Aneel define em R$ 836,2 milhões de indenizações de RBSE para CEEE-GT
9 SEL moderniza sistema de transmissão de Furnas
10 Hidrelétrica Candonga deve voltar a operar até outubro
Leilões
1
Governo adia leilão de reserva, que não tem mais data para ser realizado
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Números dos reservatórios pelo Brasil
2 Consumo nacional fica estável até terceira semana de junho
3 Preço de curto prazo sobe 28%, sob influência de decisão da Aneel
4 CMO médio sobe 32,7% no SE/CO na primeira semana de julho
Meio
Ambiente
1
Fepam licencia PCH em Erval Seco
Energias Renováveis
1
Geração eólica bate novo recorde no Brasil
2 Brasil registra aumento de 40% na microgeração de energia em 2016
3 Linha de crédito incentiva empresas do Semiárido a gerar energia limpa
4 Aneel libera o início dos testes em eólica no Rio Grande do Norte
Gás e
Termelétricas
1 Governo revê regras de gás natural diante de venda de ativos da Petrobras
2 Consumo de energia cai no setor de cloro-soda
3 Metalúrgica Gerdau incorpora subsidiária Gerdau BG
Grandes
Consumidores
1 JBS amplia em 15 MW capacidade da UTE Biolins
Economia Brasileira
1 Número de indústrias tem o menor crescimento desde 1997, aponta IBGE
2 Indústria sofre com nível de emprego, segundo IBGE
3 Expectativa de inflação do consumidor volta a subir em junho, diz FGV
4 Brasil fecha 72,6 mil postos de trabalho com carteira assinada em maio
5 Confiança do consumidor aumenta pelo segundo mês em junho, nota FGV
6 Mercado volta a elevar projeção para a inflação em 2016
7 Dólar ontem e hoje
Internacional
1 Argentina: San Juan impulsa La Palca
2 Siemens é contratada para instalar UTEs de 308 MW na China
3 Comissão do Congresso debate uso de energia solar na Califórnia
Biblioteca Virtual do SEE
1 MENDES, Ana Luiza Souza; CASTRO, Nivalde de; BRANDÃO, Roberto; CÂMARA, Lorrane; MOSZKOWICZ, Mauricio. “The role of imbalance settlement mechanisms in electricity markets: a comparative analysis between UK and Brazil”. Porto (Portugal), junho de 2016.
Regulação e Reestruturação do Setor
1 GESEL na conferência internacional EEM 2016
Aconteceu entre os dias 06 e 09 de junho de 2016 na cidade do Porto (Portugal) a décima terceira edição da European Energy Market Conference (EEM 2016). O GESEL-UFRJ esteve presente no evento, representado pela participação dos pesquisadores Ana Luiza Souza Mendes, Lorrane Câmara e Nivalde de Castro e com a apresentação do trabalho The Role of Imbalance Settlement Mechanism in Electricity Markets: a Comparative Analysis Between UK and Brazil. O artigo foi elaborado em um trabalho conjunto realizado pelos pesquisadores Ana Luiza Souza Mendes, Lorrane Câmara, Nivalde de Castro e Roberto Brandão, com supervisão do pesquisador Maurício Moszkowicz. O trabalho foi apresentado no dia 09 de junho de 2016, por Lorrane Câmara, na sessão S33, presidida pelo Sr. Leonel Carvalho. Para ler o artigo apresentado na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ 28.06.2016)
<topo>
2 Aneel: mês de julho tem bandeira verde
A bandeira tarifária para o mês de julho será verde, sem custo para os consumidores. O anúncio foi feito em 24 de junho, de acordo com calendário previsto para divulgação das bandeiras. Entre os fatores que contribuíram para a manutenção da bandeira verde estão o resultado positivo do período úmido, que recompôs os reservatórios das hidrelétricas; o aumento de energia disponível com redução de demanda; e a adição de novas usinas ao sistema elétrico brasileiro. Criado pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza com precisão o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o uso consciente da energia elétrica. Segue o calendário de acionamento das bandeiras que é definido conforme datas de realização das reuniões do PMO do ONS, que podem ser alteradas. A bandeira é aplicada a todos os consumidores, multiplicando-se o consumo (em quilowatts-hora, kWh) pelo valor da bandeira (em reais), se ela for amarela ou vermelha. Em bandeira vermelha, o adicional é de R$ 3,00 (patamar 1) e R$ 4,50 (patamar 2), aplicados a cada 100 kWh (quilowatt-hora) consumidos. A bandeira amarela representa R$ 1,50, aplicados a cada 100 kWh (e suas frações). (Aneel – 24.06.2016)
<topo>
3 Aneel inicia processo de caducidade das concessões da Abengoa
A diretoria da Aneel inicia na próxima semana o processo de caducidade de nove contratos da Abengoa. O tema está na pauta da reunião de 28 de junho, e será relatado pelo diretor José Jurhosa Junior. Nessa primeira fase a agência irá autorizar a emissão do "Termo de Intimação e o Relatório de Falhas e Transgressões" na implantação dos empreendimentos tocados pela empresa. Jurhosa explicou que o termo de intimação é uma oportunidade para a empresa apresentar um plano de ação para os projetos que estão com as obras paralisadas desde o fim do ano passado. A espanhola, que entrou com pedido de proteção contra dívidas na Europa em novembro de 2015, possui 6,8 mil quilômetros de linhas de transmissão em operação no Brasil e 6,1 mil quilômetros em implantação. Entre as obras em construção está o projeto do linhão que irá escoar parte da energia da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), para o Nordeste. Um estudo realizado pelos ONS e pela EPE, e apresentado ao CMSE em março, aponta que os atrasos nas obras da Abengoa limitarão as exportações de energia das regiões Norte e Nordeste e o intercâmbio Sudeste para o Sul, com efeitos percebidos a partir de 2017 e que se estendem até 2020. A Aneel já vinha sinalizando que a relicitação dos ativos da Abengoa deveria acontecer ainda este ano, assim que o processo de caducidade das LTs estivesse concluído. O diretor Tiago Correia chegou a dizer em entrevista realizada em maio que o processo de caducidade seria concluído até o final de agosto. Jurhosa explicou o tramite do processo: Nesse momento, apenas são alvo da Aneel os empreendimentos em construção. São 22 linhas em 230 e 500 kV que totalizam 6.155 km de extensão, passando por diversos estados. O governo tinha a expectativa que o problema tivesse uma solução de mercado, com alguma outra empresa comprando todos os ativos da Abengoa. Porém, ao que tudo indica, apenas os ativos operacionais, que já geram receita, devem ser alvo de aquisição pela chinesa State Grid.. (Agência CanalEnergia – 24.06.2016)
<topo>
4 Eficiência energética pode trazer redução de até 27% nas tarifas até 2030, aponta PSR
Como compromisso na COP 21, em abril, o Brasil se colocou a meta de alcançar 10% de ganhos de eficiência energética no setor elétrico até 2030, o que levaria à redução de 17% nas tarifas até lá. Em estudo da PSR, porém, a consultoria aponta que é possível chegar a ganhos maiores, de até 27% de redução nas tarifas a partir de ações mais eficientes. Para chegar a 27%, o país teria que alcançar 20% de redução no consumo de energia até o horizonte estipulado pelo Acordo de Paris. O volume levaria a uma redução de investimentos acumulados no SIN de 72%, superior aos 42% que seriam atingidos no percentual acordado. O estudo, divulgado este mês, foi encomendado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). Segundo o documento, para cada R$ 1 bi de variação nos custos operativos do SIN é possível estimar um impacto tarifário médio de cerca de 1%. O crescimento esperado do mercado até 2030 pela consultoria é de quase 60%. Entre os maiores potenciais nacionais de redução de consumo estão a iluminação pública e a força motriz. Segundo a superintendente de Eficiência Energética da Eletrobras, Renata Falcão, os sistemas motrizes correspondem a um potencial de redução de consumo nas indústrias de cerca de 60%. O Procel possui como um dos principais projetos para a classe industrial o programa nacional para otimização de sistemas motrizes, sendo a primeira fase com foco em sistemas de ar comprimido. O programa tem custeio estimado de R$ 1,7 mi, com investimento de R$ 14,1 mi e prazo de execução de quatro anos, porém ainda falta incentivo. Atualmente, a Aneel está com uma chamada de projeto prioritário aberta que busca promover a eficiência energética no segmento de força motriz, com concessão de bônus para as concessionárias para a troca de motores antigos ou recondicionados. Além de motores, outro grande potencial de redução de consumo apontado pelos conselheiros são as instalações industriais de micro e pequenas empresas. O Procel possui um projeto também para atuar no segmento. O plano inclui inicialmente o Rio de Janeiro, porém visando à replicação para outros estados do país. A estimativa de custeio é de R$ 715,2 mil, investimentos de R$ 605,2 mil e prazo de execução de dois anos. (Agência Brasil Energia – 24.06.2016)
<topo>
5 Diretor da Eletronuclar assume presidência da LAS/ANS
O diretor de Planejamento, Gestão e Meio Ambiente da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães, assumiu a presidência da Seção Latino-Americana da Sociedade Nuclear Americana (LAS/ANS), durante o simpósio de 2016 da entidade, que aconteceu na última quarta-feira, 22 de junho, no Rio de Janeiro. Guimarães substitui Julio Vergara, professor da Universidade Católica do Chile. Em seu discurso de posse, Leonam destacou a necessidade de renovação dos quadros profissionais da área nuclear. O novo presidente disse ainda que a organização continuará prestando seu apoio ao Conselho Internacional da Sociedade Nucleares, participando das atividades da entidade e dos seus grupos de trabalho. Além disso, intensificará sua colaboração com a Academia Internacional de Energia Nuclear. Atualmente, a LAS reúne especialistas de diferentes países para discutir a situação da energia nuclear no mundo. Em 2016, o simpósio da entidade foi realizado em Furnas, entre os dias 20 e 23 de junho. Paralelamente às discussões, foi realizada a Nuclear Technology Expo, exposição de produtos, equipamentos e serviços direcionados à geração de energia. Na quinta-feira, 23, os participantes fizeram uma visita à central nuclear de Angra. (Agência CanalEnergia – 24.06.2016)
<topo>
6 Ministro Coelho Filho confirma presença no Brasil Solar Power
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, confirmou presença na cerimônia de abertura da primeira edição do Brasil Solar Power, que será realizado nos dias 30 de junho e 1º de julho, no Rio de Janeiro (RJ). O evento será realizado pelo Grupo CanalEnergia e pela Associação Brasileira da Indústria Solar e Fotovoltaica. Além de Coelho Filho, outras autoridades de governo também estarão presentes no Congresso. No primeiro dia, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro, Marco Antônio Vaz Capute; o secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Jorge Hereda; o secretário de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, Lucas Redecker; e o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Thiago Norões; vão participar de um talk show que vai debater políticas estaduais e municipais para energia solar fotovoltaica. No dia seguinte, o MME continua marcando presença no Brasil Solar Power. A vez é de Eduardo Azevedo, recém nomeado Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME. Ao lado de nomes como o do diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica, André Pepitone; de Luiz Eduardo Barata, Diretor Geral do ONS; Rui Altieri, Presidente do Conselho de Administração da CCEE e de Luiz Augusto Barroso, que já aceitou o convite para presidir a Empresa de Pesquisa Energética, serão apresentadas visões, propostas e reflexões para o desenvolvimento do setor fotovoltaico no país. A programação do Brasil Solar Power vai ter congressos de geração centralizada e distribuída, que vão contar com palestras e debates de representantes dos principais atores do setor solar, como Enel Green Power, BYD, WEG, NEXTracker e BNDES. (Agência CanalEnergia – 24.06.2016)
<topo>
7 MME autoriza exportação para a Argentina
O MME autorizou a exportação de até 2,1 mil MW de potência e energia associada para a Argentina em portaria desta sexta-feira (24/6). A comercializadora Tradener poderá exportar a energia a partir da estação conversora de frequência Garabi, em Garruchos (RS), na fronteira com o país. O volume de energia disponível para a transação será definido pelo ONS, em base semanal, segundo os Programas Mensais de Operação (PMO) e revisões. A autorização para a exportação tem vigência até dezembro de 2018. (Agência Brasil Energia – 24.06.2016)
<topo>
Empresas
1 Governo estuda vender 174 ativos da Eletrobras em SPEs
O ministro das Cidades, Bruno Araújo, afirmou nesta segunda-feira, após reunião do núcleo de infraestrutura do governo com o presidente interino Michel Temer, que o valor dos passivos das SPEs, nas quais a Eletrobras tem participação, somam R$ 20 bilhões e podem contribuir para resgatar a “saúde financeira do sistema elétrico”. Além de Araújo, os ministros dos Transportes, Maurício Quintella Lessa, de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho e de Integração Nacional, Hélder Barbalho, participaram da reunião. Segundo Araújo - escalado para fazer um relato sobre a reunião - o ministro de Minas e Energia afirmou que a participação da Eletrobras em 174 SPEs totaliza R$ 20 bi e o governo estuda vender esses ativos como medida para reduzir o endividamento do sistema. O passivo da Eletrobras é estimado em R$ 34 bi, segundo relato de Fernando Filho na reunião. Araújo ressaltou que o governo ainda fará um estudo para definir a melhor oportunidade para oferecer esses ativos à iniciativa privada. (Valor Econômico – 27.06.2016)
<topo>
2 Eletronorte e mais 26 estatais têm terceirizados em situação ilícita
Ao menos 27 estatais brasileiras têm funcionários terceirizados em situação ilícita, de acordo com o TCU. Em decisões anteriores, o órgão havia definido que, em empresas públicas, terceirizados só podem exercer atividades “de natureza não continuada”, isto é, que não possam ser realizadas por profissionais do próprio quadro. Caso contrário, a estatal precisa substituí-los por funcionários concursados. Em resposta ao tribunal, outras 47 estatais afirmaram não ter terceirizações ilícitas, já as 31 empresas do grupo Petrobras solicitaram prorrogação do prazo para envio de informações. O monitoramento inclui empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias, além de demais sociedades em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto. O país tem 110 entidades nesse segmento. Uma das companhias com funcionários terceirizados em situação irregular é a Eletronorte, que, segundo o TCU, ainda não se manifestou. “A empresa mantinha terceirizados atuando em postos privativos de concursados, sem plano de substituição. O Dest, do Ministério do Planejamento, justificou que teria sido firmado termo de ajustamento de conduta (TAC) com a estatal”. De acordo com o Dest, as estatais vão desligar, até o final deste ano, 6.811 terceirizados em condições irregulares. No entanto, o tribunal acredita que essa quantidade pode ser ainda menor, em função de acordo firmado com a Eletrosul. Para o relator do processo, ministro Benjamin Zymler, “o número pode parecer tímido, mas sem dúvida constitui um avanço em relação ao primeiro monitoramento instaurado”. O TCU fixou um prazo diferenciado para cada empresa apresentar cronogramas de substituição e outras documentações necessárias. Também foi determinado ao Dest que informe as decisões do tribunal às estatais que enviarem plano detalhado de substituição de terceirizados irregulares. (Agência Brasil Energia – 24.06.2016)
<topo>
3 Eletrobras refaz contas da Amazonas Energia com aprovação da MP 706
A Eletrobras esclareceu os impactos que os vetos do presidente interino Michel Temer à lei a partir da MP 706 causará sobre a companhia, especialmente sobre duas distribuidoras: a Amazonas Energia e a Eletrobras Distribuição Roraima. Ela refez contas diante dos vetos apresentados à lei 13.299/2016, após aprovação do tema pelo Senado Federal. Os acionistas da Eletrobras vão votar a proposta de eventual venda das distribuidoras controladas pela estatal até o ano que vem em assembleia que está marcadda para o próximo dia 22/7. Um dos vetos à MP refere-se ao ressarcimento do custo de combustível das distribuidoras pela CDE. De acordo com comunicado ao mercado, a Amazonas Energia teria direito de ser ressarcida pela CDE em aproximadamente R$ 6,1 bi, contra um passivo de R$ 12,7 bi com fornecedores de combustível, o que resultaria num montante de R$ 6,6 bi sem cobertura da CDE. Os valores têm como data-base junho de 2016. Esse montante vinha sendo renegociado pela estatal. Uma das propostas vetadas no projeto de conversão da MP 706 estabelecia que a CDE reembolsaria estas despesas de combustíveis, constituídas até dezembro de 2015. A Eletrobras afirma que a redação de outro inciso, o IX da mesma lei, autoriza o reembolso pela CDE de despesas comprovadas com combustíveis, contraídas até 30 de abril deste ano, e não reembolsadas devido a exigências de eficiência econômica e energética, incluindo atualizações monetárias. Pelas contas da Eletrobras, a Amazonas Energia teria necessidade de aporte do governo de R$ 20,376 bi entre 2016 e 2025, considerando o cenário de impacto do gás, formado a partir da entrada em vigor de uma resolução da Aneel em janeiro que interferiu no contrato de fornecimento de gás pela Petrobras à distribuidora, limitando o repasse do custo do combustível à CDE, o que elevou a dívida com a Cigás, e consequentemente com a Petrobras. Só no primeiro ano, o aporte seria de R$ 4,043 bi. Se considerar a cobertura total do passivo pela CDE, a Amazonas Energia precisaria de um aporte de R$ 11,863 bi. (Agência Brasil Energia – 24.06.2016)
<topo>
4 Com leilão da Celg, governo espera arrecadar pelo menos R$ 2,8 bi
O BNDES divulgou nesta sexta-feira o edital do leilão da distribuidora Celg. A sessão pública do leilão será realizada no dia 19 de agosto às 15h na sede da BM&FBovespa,. O montante global mínimo que o governo pretende arrecadar com a venda da distribuidora será de R$ 2,8 bi, conforme já informado pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. O edital, que está publicado no Diário Oficial da União, informa que o objeto do leilão será um lote único de 142.933.812 ações ordinárias, correspondente a 69.085.140 ações da Eletrobrás, e 73.848.672 ações da Celgpar, empresa do governo goiano, todas sem valor nominal, devidamente integralizadas, representativas de aproximadamente 94,8393% do capital social com direito a voto e total da Celg-D. O processo de desestatização da empresa será realizado em duas etapas, o leilão de 94,8393% do capital social e a oferta de 10% de capital social total e votante de titularidade da Eletrobras aos empregados e aposentados. O documento publicado ainda determina que a garantia da proposta deverá ser apresentada em caução em dinheiro, títulos da dívida pública federal, seguro-garantia ou fiança bancária, conforme instruções do Manual BM&FBovespa de Procedimentos do Leilão, no valor de R$ 26,7 mi, o equivalente a 1% do valor econômico mínimo definido no edital, que é de R$ 2,6 bi. (O Estado de São Paulo – 24.06.2016)
<topo>
5 Interessados avaliam edital da Celg D para decidir sobre leilão
Com a publicação do edital de privatização da Celg D, os potenciais interessados no negócios iniciam, agora, a análise do documento para decidir se, e como, participarão da licitação. Se por um lado o preço mínimo foi mantido em R$ 2,8 bi, apesar das críticas do setor, por outro as mudanças nas condições do contrato de concessão, instituídas pela MP 735/2016, podem compensar o valor "alto" de aquisição. Para o executivo de uma elétrica potencialmente interessada no negócio, o problema continua sendo o preço. Segundo ele, em janeiro de 2015 a Eletrobras pagou apenas R$ 59 mi pela aquisição de 51% da Celg D. Hoje essa participação equivale a R$ 1,4 bi, pelo edital da licitação. "É muita criação de valor em curto espaço de tempo. Precisamos descobrir qual foi a fórmula utilizada, ou partir da premissa de que o erro ocorreu quando venderam a participação para a Eletrobras". Na ocasião da venda de 51% para a Eletrobras, porém, o negócio foi calculado considerando o fim da concessão da Celg D em meados do ano passado. Com a publicação da MP 735, o novo controlador da Celg D terá direito a um novo contrato de concessão, com 30 anos de duração. Segundo o edital de privatização, os laudos de avaliação do preço mínimo da Celg D foram feitos pelas consultorias Accenture e EY. "Os valores propostos por ambas as consultorias são comparáveis e a diferença entre ambas é inferior a 20%", diz o edital, no qual é explicado que o valor de R$ 2,8 bi é fruto da média dos valores da duas avaliações econômico--financeiras. A avaliação no setor, de forma geral, é que a distribuidora possui indicadores técnicos e financeiro muito ruins, em relação à média do mercado de distribuição. No entanto, a Celg D está geograficamente situada em uma região promissora, principalmente devido ao agronegócio, com um mercado consumidor relativamente grande e com trajetória de crescimento, enquanto a média do país está em queda. Por último, a distribuidora possui potencial de ganho de escala, em um momento crucial de consolidação do setor. De acordo com o edital, o leilão vai permitir a formação de consórcios, sem limite de participantes. A licitação é aberta a empresas brasileiras, estrangeiras já autorizadas a funcionar no Brasil e estrangeiras que ainda não funcionam no país. (Valor Econômico – 27.06.2016)
<topo>
6 Abengoa pode ter a dívida antecipada
A endividada Abengoa, que está em recuperação judicial, pode sofrer novo revés no país e ainda afetar a Eletronorte. Investidores da NBTE, consórcio formado por Abengoa (51%) e Eletronorte (49%), farão hoje uma assembleia para deliberar sobre a decretação, ou não, de vencimento antecipado das debêntures do consórcio. O valor da emissão das debêntures não foi informado. A NBTE é responsável por um dos dois linhões de transmissão que escoam energia do complexo hidrelétrico do rio Madeira para São Paulo, de mais de 2 mil km. De acordo com o contrato de concessão da NBTE, o investimento previsto no linhão foi de R$ 1,8 bi. O gatilho que permite a antecipação do vencimento das dívidas da NBTE foi uma decisão do TJ-RJ no fim de maio, que confirmou o bloqueio de 10% de participação da Abengoa na NBTE, em favor da Tabocas. A Abengoa e a Tabocas haviam firmado um contrato em que uma das obrigações da espanhola era a de transferir para esta última parte das ações na NBTE e na MTE, empreendimento de 585 km entre Pará e Amazonas. Com relação à MTE, o TJ-RJ ainda está avaliando o assunto. "Nessas escrituras de debêntures, qualquer evento judicial ou determinação do poder público que comprometa para substancial da receita é um evento de vencimento antecipado das debêntures", disse o representante de um dos credores da Abengoa. "Se a Abengoa não conseguir reverter isso judicialmente, vai comprometer os outros acionistas", completou. O bloqueio judicial e a possível antecipação do vencimento das debêntures podem dificultar o processo de venda de ativos da transmissora espanhola no Brasil. Nesta semana, a diretoria da Aneel vai deliberar sobre a emissão do "Termo de Intimação" e do "Relatório de Falhas e Transgressões" de nove linhas de transmissão da Abengoa, que poderá resultar na caducidade da concessão desses projetos. (Valor Econômico – 27.06.2016)
<topo>
7 Copel investe R$ 12,3 mi em melhorias na rede elétrica no norte do PR
A Copel está investindo R$ 12,3 mi na ampliação e modernização das redes de distribuição de energia elétrica e subestações dos municípios de Arapongas e Apucarana, no Paraná. As obras e melhorias vão beneficiar diretamente toda a população dos dois municípios, cerca de 235 mil pessoas. As cidades possuem 115 mil e 120 mil habitantes, respectivamente. Em Arapongas, a construção de novos circuitos e a substituição da rede convencional somam 16 quilômetros de extensão em todas as regiões da cidade. As duas subestações do município também estão recebendo melhorias com o objetivo de garantir maior confiabilidade e continuidade no fornecimento de energia. Em Apucarana ocorrem melhorias em cinco diferentes circuitos de distribuição e a ampliação de duas subestações de energia. O diretor de Distribuição, Antônio Sergio Guetter, destaca que a totalidade dos municípios será beneficiada pelas obras: "Estamos otimizando o dimensionamento dos circuitos que atendem estas cidades e modernizando o sistema, o que resultará em menos interrupções e oscilações do fornecimento", afirma. A Copel atende 48 mil ligações em Arapongas e 53 mil em Apucarana, entre residências, indústrias, comércio e propriedades rurais. (Agência CanalEnergia – 24.06.2016)
<topo>
8 Aneel define em R$ 836,2 milhões de indenizações de RBSE para CEEE-GT
A Aneel homologou o valor de R$ 836.282.933,21, para a parcela dos ativos reversíveis enquadrados na lei 12.783/2013 ainda não amortizados para fins de indenização da CEEE-GT, da Rede Básica do Sistema Existente. O Valor Bruto dos Bens para fins de indenização é de R$ 2.741.278.492,42. A empresa gaúcha aderiu a lei que renovou os ativos de transmissão e o cálculo do valor dos investimentos vinculados a esses bens, para a incorporação na receita ou para fins de indenização, foi baseado na metodologia de Valor Novo de Reposição. Por conta disso, a empresa apresentou um laudo de avaliação. As UHEs da estatal ficam localizadas nos sistemas de Jacuí e Salto e totalizam uma potência de 909,9 MW. Na transmissão, são 6.055,61 km de extensão, suportadas por 15.058 estruturas. O laudo de avaliação da CEEE-GT foi apresentado em abril de 2015 e em junho a Aneel fez a fiscalização in loco do laudo. Embora a empresa alegasse equívoco na contratação de obrigações especiais, a fiscalização verificou não existir saldo na conta de Obrigações Especiais. A Transmissora também pedia que o recálculo da amortização das obrigações especiais fosse contado a partir de janeiro de 2007, o que a agência também negou. Os cálculos para a indenização envolveram outras contas, como terrenos, reservatórios e barragens, edificações, máquinas e equipamentos, veículos, móveis e utensílios, almoxarifado de operação. (Agência CanalEnergia – 24.06.2016)
<topo>
9 SEL moderniza sistema de transmissão de Furnas
A unidade brasileira da Schweitzer Engineering Laboratories (SEL) fechou contrato com Furnas para modernização do Esquema de Controle de Emergência da concessionária, com o objetivo de prevenir ocorrências na rede. O projeto terá investimento de R$ 2 mi e duração de um ano. A iniciativa contempla o sistema de transmissão em 765 kV da companhia. O trecho se estende desde Foz do Iguaçu (PR) até Tijuco Preto (SP), passando por Ivaiporã (PR) e Itaberá (SP), e é composto por três circuitos que escoam a geração da UHE Itaipu. O novo sistema digital será montado e testado em Campinas (SP) e posteriormente integrado ao sistema elétrico de Furnas. Segundo comunicado da fabricante, os dispositivos terão tecnologia importada da matriz, situada em Washington, nos EUA. A fábrica paulista da SEL foi inaugurada em março, com investimentos de R$ 3 mi e deve chegar à produção anual de 1 mil painéis de proteção, controle e automação de sistemas elétricos nos próximos anos. (Agência Brasil Energia – 24.06.2016)
<topo>
10 Hidrelétrica Candonga deve voltar a operar até outubro
A primeira fase do trabalho de desassoreamento do reservatório da UHE Risoleta Neves, conhecida como Candonga, deve começar nas próximas semanas. A previsão é avançar com a operação à tempo de permitir que a barragem receba maior volume de água resultante da próxima estação chuvosa, em outubro, passando a gerar energia e acordo com as possibilidades. O plano de dragagem apresentado pela mineradora depende de liberação do governo, para início das atividades. Para que as dragas possam retirar os rejeitos antes do período de maior afluência, as comportas de Candonga ficarão parcialmente fechadas por até cinco dias, visando elevar o nível da água até a cota 316,4m. As equipes técnicas e de segurança devem ficar de plantão durante todo o procedimento para prestar informações e suporte, garantindo a segurança da operação. Estima-se que há algo em torno de 9 milhões de m³ de rejeitos acumulados no reservatório da usina e que impendem seu funcionamento, sob risco de danos sérios aos equipamento geração. Depósitos de lama se formaram junto à entrada d’água das turbinas, o que exigiu o fechamento parcial das comportas do lado de montante. A usina está parada desde o ano passado, quando do rompimento da barragem de rejeitos de Mariana, cidade situada a 120 km. A situação das estruturas de concreto da hidrelétrica é considerada estável, mas a paralisação da geração de energia impede que a companhia cumpra seus contratos de suprimento. A indenização pelos prejuízos decorrentes da interrupção de compromissos é outra questão de discussão, independentemente da limpeza do local. Concluída em 2004, Candonga pertence à Aliança. Tem capacidade instalada de 140 MW. (Agência Brasil Energia – 24.06.2016)
<topo>
Leilões
1 Governo adia leilão de reserva, que não tem mais data para ser realizado
O MME deverá publicar na próxima semana uma portaria informando que o primeiro LER, marcado para 29 de julho, será adiado. O certame seria o primeiro do tipo com participação de fonte hidrelétrica desde 2010, permitindo a venda de energia de empreendimentos hidrelétricos com potência instalada entre 1 e 30 MW. O leilão também é importante para os investidores da cadeia solar que buscam uma sinalização de demanda para se firmarem no país. Para que o leilão acontecesse na data marcada, o edital precisaria ser aprovado pela Aneel e publicado no DOU com 30 dias de antecedência da realização do certame. No entanto, o tema não consta na pauta da reunião de diretoria da Aneel da próxima terça-feira, 28 de junho. O diretor da Aneel confirmou que o certame será postergado. Ele também disse que não há uma nova data definida para o leilão acontecer e que o MME deve soltar uma portaria na segunda-feira, 27, com mais informações. Segundo o diretor, o governo achou oportuno reavaliar a realização do certame por conta das muitas alterações políticas e regulatórias ocorridas nos últimos meses. Além disso, pesou na decisão a questão da sobrecontratação das distribuidoras, que por conta da baixa demanda estão com sobras de energia de 16,5%. Em nota, o MME disse que está tomando as providências para a postergação do leilão de energia de reserva, para que os novos integrantes da equipe do Ministério e de órgãos vinculados possam participar do processo, notadamente com a participação da nova equipe da EPE “A prorrogação da data de realização do leilão não prejudica o processo já efetuado de apresentação de documentos relativos à regularização fundiária, licenciamento ambiental, uso da água e acesso à rede, sem necessidade de reabertura de cadastro”, escreveu o MME. (Agência CanalEnergia – 24.06.2016)
<topo>
Oferta e Demanda de Energia
Elétrica
1 Números dos reservatórios pelo Brasil
Os reservatórios da região Sul registraram um aumento de 0,1% no seu volume e estão operando com volume de 89,2%. De acordo com dados do ONS, a energia armazenada é de 17.806 MW/mês e a ENA chega a 11.181 MW/med, que equivale a 82% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Barra Grande está com 79,28% da capacidade. No Sudeste/Centro-Oeste, os níveis ficaram em 56,4%, caindo 0,1% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 114.475 MW/mês e a ENA é de 30.572 MW/med, o mesmo que 102% da MLT. A usina de Furnas está com 78,36% da capacidade e a de Nova Ponte, com 38,74%. Na região Nordeste, os reservatórios estão em 27,7%, caindo mais 0,1%. A energia armazenada é de 14.370 MW/mês e a ENA chega a 1.505 MW/med, que corresponde a 30% da MLT. A usina de Sobradinho registra volume de 23,71%. Na região Norte, os reservatórios estão em 60,6%, também mostrando queda de 0,1%. A energia armazenada na região é de 9.115 MW/mês e a ENA chega a 2.304 MW/med, que equivale a 41% da MLT. (Agência CanalEnergia – 24.06.2016)
<topo>
2 Consumo nacional fica estável até terceira semana de junho
Dados preliminares da CCEE apontam estabilidade no consumo de energia elétrica entre os dias 1º e 21 de junho. O volume nacional ficou em 57.822 MWm, variação de 0,2% em relação ao mesmo período de 2015. O ambiente regulado teve queda de 1,7%, para 42.733 MWm, enquanto o livre cresceu 5,9%, para 15.090 MWm. Entre os consumidores livres analisados pela câmara, os que tiveram maior crescimento foram os setores de comércio (26,6%), manufaturados diversos (21,6%) e alimentícios (20,3%). Já as maiores retrações ficaram com os segmentos de extração de minerais metálicos (-21,7%), transporte (-2,3%) e telecomunicações (-1,1%). A geração nacional teve a mesma estabilidade, com alta de 0,2% no período, para 59.947 MWm. A eólica segue em expressivo crescimento, de 41% e volume de 3.218 MWm. A produção térmica, no entanto, decaiu 35%, para 11.800 MWm. As hidrelétricas aumentaram 14% e fecharam as semanas em 44.929 MWm. A CCEE estima que as usinas inseridas no MRE gerem o equivalente a 92,9% (46.554 MWm ) das suas garantias físicas até a quarta semana do mês. (Agência Brasil Energia – 24.06.2016)
<topo>
3 Preço de curto prazo sobe 28%, sob influência de decisão da Aneel
O PLD sofreu um aumento de 28,4% para esta semana no Sudeste/Centro-Oeste, principal mercado de energia do país, totalizando R$ 72,94 por megawatt-hora (MWh). Para a região Sul, a alta foi de 37%, também para R$ 72,94/MWh. O salto se deve a uma mudança, de caráter técnico, indicada pela Aneel ao ONS, que incluiu no modelo matemático utilizado para a programação do sistema restrições operativas nas hidrelétricas de Sobradinho (BA) e Três Marias (MG), no rio São Francisco, até o fim do ano. A medida recebeu fortes críticas das comercializadoras de energia. Essas empresas não questionam o mérito da mudança, mas defendem a ideia de que o assunto seja discutido antecipadamente com o mercado, por meio de audiência pública. Na semana passada, a Abraceel apresentou pleito à autarquia para rever a decisão. Ao Valor, a agência informou que ainda analisa o recurso. "A Aneel está analisando recurso interposto pela Abraceel, que foi protocolado em 23 de junho. Assim, dado o prazo exíguo, ainda não houve decisão. Haverá análise a ser feita pelas áreas técnicas e diretoria". "Consideramos que a medida tem mérito, mas discordamos fundamentalmente da forma como foi feito. Sempre apontamos esse problema. E agora a medida foi definida de uma hora para a outra", afirmou o presidente da Abraceel, Reginaldo Medeiros. Para ele, a medida deve passar por um rito, incluindo audiência pública e um prazo para adaptação. "Fizemos um pleito à superintendência [da Aneel]. Se for negado, iremos à diretoria-geral", afirmou. Segundo Marcelo Parodi, diretor da Compass Energia, a medida, da forma como foi adotada, traz incerteza regulatória e afeta a decisão de investimentos de empresas. (Valor Econômico – 27.06.2016)
<topo>
4 CMO médio sobe 32,7% no SE/CO na primeira semana de julho
O CMO médio no Sudeste/Centro-Oeste subiu 32,7% na primeira semana de julho, sendo fixado em R$ 47,98/MWh, ante R$ 36,15/MWh da semana anterior. O Sul ficou com o mesmo valor, no entanto, a alta nesse submercado foi um pouco maior: de 42%, visto que o preço médio estava em R$ 33,78/MWh. Já no Nordeste houve redução no CMO, que passou de R$ 127,12/MWh para R$ 107,32/MWh para os dias entre 25 de junho e 1º de julho. No Norte, o valor final também foi fixado em R$ 107,32/MWh, quase sem variação em relação a semana anterior, quando o CMO foi de R$ 107,54/MWh. O aumento no CMO do SE/CO e do Sul se deve à internalização das restrições de vazão das hidrelétricas de Sobradinho e Três Marias a partir do PMO de julho. O ONS, por recomendação da Aneel, iria considerar no Newave a vazão de Sobradinho de 800 m³/s até dezembro desse ano e não mais de 1.300m³/s. A medida fez com que o CMO do Sudeste/Centro-Oeste e do Sul subissem. A Associação Brasileira de Comercializadores de Energia chegou a protocolar na última quinta-feira, 23 de junho, um recurso para que as restrições não fossem incorporadas no PMO de julho. No entanto, segundo a Aneel, o prazo para decisão era exíguo - dado que o PMO seria publicado hoje - e não houve tempo para uma decisão. Para o mês, o ONS espera uma Energia Natural Afluente de 99% da Média de Longo Prazo no SE/CO; de 89% no Sul; de 35% no Nordeste; e de 52% no Norte. A previsão é chegar ao fim de julho com os reservatórios do SE/CO com 50,2% da capacidade. No Sul, a expectativa é de que o volume fique em 80,9%, enquanto no Nordeste e no Norte, em 23% e 57,6%, respectivamente. A carga do Sistema Interligado Nacional deve subir 3,1% em relação a julho do ano passado e ficar estável na comparação com junho deste ano. No mês, a carga deverá totalizar 64.559 MW médios. A maior alta na carga será no Nordeste e no Sul, com variação de 6%, seguida pelo Norte, com 4,3%, e pelo Sudeste/Centro-Oeste, com 1,3%. (Agência CanalEnergia – 24.06.2016)
<topo>
Meio
Ambiente
1 Fepam licencia PCH em Erval Seco
A empresa Tambaú Energética recebeu uma licença da Fepam, que autoriza a empresa a operar uma usina hidrelétrica de pequeno porte na localidade de Linha Guarita, no município de Erval Seco. A licença também inclui a linha de transmissão. A licença concedida pelo órgão ambiental determina que o empreendedor deverá identificar, com numeração específica, todas as estruturas em local visível e que deverão ser mantidos os sinalizadores visuais instalados nos vãos em que a linha cruza estradas municipais, estaduais e federais, com pavimentação asfáltica e sobre rios. Estabelece também que deverão ser preservados os afloramentos rochosos que abriguem exemplares de espécies da flora ou fauna ameaçada. Determina ainda que deverá ser executado o Programa de Monitoramento da Fauna Voadora, que prevê a realização de campanhas trimestrais durante o primeiro ano de vigência da operação do empreendimento. (Agência CanalEnergia – 24.06.2016)
<topo>
Energias Renováveis
1 Geração eólica bate novo recorde no Brasil
Na última quarta-feira, 22 de junho, a geração eólica no Brasil bateu novo recorde de geração diária, atingindo 4.392 MWme. O novo recorde é suficiente para abastecer aproximadamente 19 milhões de unidades consumidoras residenciais, com base no consumo residencial médio de energia de 2015. O maior registro anterior foi de 4.239 MWme. Os dados são do Informativo Preliminar Diário da ONS. Na região Nordeste do Brasil, a energia gerada pelos ventos também registrou o maior valor do ano com 3.750 MWme na última segunda-feira, 20 de junho, enfatizando a expansão desta fonte no país. O maior registro anterior foi no dia 20 de abril de 2016, com 3.702 MWme. A geração de energia eólica vem batendo recordes não só no Nordeste. No dia 16 de maio de 2016 a região Sul do Brasil foi responsável por gerar 1.262 MWme, superando o registro do dia 4 de janeiro, quando foram computados 1.240 MWme. A região Sul representa o segundo maior polo da energia eólica no Brasil, atrás apenas da região Nordeste. (Agência CanalEnergia – 24.06.2016)
<topo>
2 Brasil registra aumento de 40% na microgeração de energia em 2016
A instalação de pequenos geradores de energia realizada por consumidores, conhecida por micro ou mini geração, está em forte expansão no País, que já registra mais de 2,7 mil microgeradores-individuais instalados até meados deste ano. Isso corresponde a um aumento de 40% na comparação os cerca de 1,9 mil de dezembro de 2015. A estimativa é da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), que também calcula que a capacidade instalada some atualmente 27 MW. "Esse segmento vai explodir", disse ao Broadcast o presidente da Cogen, Newton Duarte, estimando que o número de microgeradoresinstalados no território nacional poderia chegar a 3 mil até o fim do ano. A projeção otimista para este ano está relacionada à recente liberação para que os consumidores utilizem recursos do FGTS para instalar os geradores. Para ele, a expansão já observada neste momento está relacionada ao forte aumento da tarifa de energia nos últimos anos, em meio a um cenário de retração econômica, que motivou os consumidores a buscarem alternativas de corte de custo. Um projeto de microgeração custa entre R$ 5 mil e R$ 6 mil/kW instalado. O presidente da Cogen acrescentou que outros fatores também contribuem para o crescimento do mercado, como a permissão dada pelo Confaz, do Ministério da Fazenda, para que os Estados concedam a isenção de ICMS nas operações com energia produzida por micro ou mini geração. Outras ações para o fomento da microgeração também estão sendo buscadas, como o desconto no IPTU das residências e pontos comerciais que venham a instalar sistemas de cogeração. Além disso, Duarte defendeu novos avanços na regulação, permitindo a possibilidade de venda do excedente produzido pelos microgeradores. Atualmente, os microgeradores são aqueles com potência instalada menor ou igual a 75 kW, e os minigeradores, aqueles cujas centrais geradoras possuam de 75 kW a 3 MW, no caso da fonte hídrica, e até 5 MW para as demais fontes. Eventuais sobras de energia não consumidas geram créditos que podem ser utilizados pelo prazo de cinco anos. Duarte salientou que com o número de sistemas e a potência instalada atuais, temos 0,1 Watt por habitante, ante 490 watts/habitante na Alemanha, 360 watts/habitante na Itália e 58 watts na China. O dirigente lembrou que a EPE projeta que o País chegará a 2024 com 700 mil consumidores-geradores de energia solar e uma capacidade instalada que deve alcançar 10 mil MW, somando a microgeração e os grandes parques solares. (O Estado de São Paulo – 27.06.2016)
<topo>
3 Linha de crédito incentiva empresas do Semiárido a gerar energia limpa
Empresas, indústrias, cooperativas, produtores rurais e demais agentes produtivos do Semiárido interessados em gerar a própria energia que consomem tem uma linha de crédito específica para isso. O Banco do Nordeste lançou o FNE SOL para financiar projetos de geração de energia a partir de fontes renováveis. Desde dezembro do ano passado, quando foi lançado o ProGD, o MME buscar ampliar ações que estimulem os consumidores a gerar a própria energia, em especial a fotovoltaica, a partir da luz solar. Segundo o chefe da Célula de Meio Ambiente, Inovação e Responsabilidade Socioambiental do Banco do Nordeste, Kleber de Oliveira, o FNE SOL foi pensado a partir de uma demanda dos setores produtivos, alinhada tanto à economia como à sustentabilidade. Segundo dados da Aneel, o Ceará tem cerca de 80 micro (potência instalada até 100 kW) e mini-geradores de energia (potência instalada até 5 MW) distribuída entre consumidores residenciais e comerciais. Segundo o arquiteto Gabriel Freitas Vilela, a energia elétrica consumida em seu escritório em Fortaleza é gerada a partir de 24 placas fotovoltaicas instaladas sobre o telhado da edificação. A decisão de gerar a própria energia foi tomada há 1 ano e 4 meses a partir da expectativa de aumento da conta de energia e também como forma de investimento. Todo o projeto, incluindo estudos, equipamentos e a aprovação da instalação, custou cerca de R$ 40 mil. Dependendo da época do ano, a central geradora chega a gerar 1 MW. No geral, a energia solar rende ao escritório uma economia de até 90% na conta de luz. De acordo com Vilela, os 10% restantes equivalem ao custo de disponibilidade, cobrado pela companhia energética pela ligação da central à rede, e à taxa de iluminação pública. O FNE SOL usa recursos do FNE e pode financiar até 100% dos projetos de geração de energia. O crédito tem prazo de pagamento de até 12 anos, com um ano de carência. O público-alvo da iniciativa são agentes produtivos localizados na área de atendimento do Banco do Nordeste, que abrange os nove estados do Nordeste e também o norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. (Agência Brasil – 25.06.2016)
<topo>
4 Aneel libera o início dos testes em eólica no Rio Grande do Norte
A Aneel concedeu liberação para a EOL Macambira II, no Rio Grande do Norte, iniciar as operações em teste, a partir do dia 23 de junho. A liberação foi para as UG6, UG7, UG8 e UG9, de 2 MW cada, totalizando 8 MW de capacidade instalada. A UTE CSP, no Ceará, também poderá dar início as operações em teste. A unidade liberada foi a de número 2, com 100 MW de capacidade instalada. A Agência também liberou o início dos testes na UTE Arevale, em São Paulo. O benefício foi para a unidade 1, de 2 MW. A Aneel também liberou o início das operações comerciais na UTE Parnaíba II, no Maranhão. As unidades liberadas foram UG1 e UG2, de 168,8 MW cada uma, e a UG3, de 181,2 MW, totalizando 518,8 MW de capacidade instalada. Outra usina que recebeu a liberação foi a EOL Campo dos Ventos I, no Rio Grande do Norte. O benefício foi para UG1 a UG12, de 2,1 MW cada, totalizando 25,2 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 24.06.2016)
<topo>
Gás
e Termoelétricas
1 Governo revê regras de gás natural diante de venda de ativos da Petrobras
O MME anunciou nesta sexta-feira oficialmente que vai abrir um debate técnico para reformular normas do setor de gás que evitem a transferência do monopólio da Petrobras no setor para um agente do setor privado. O processo vai evitar, portanto, prejuízo à concorrência com a redução da participação da estatal no setor, que sempre controlou a oferta do gás e o seu transporte via gasodutos. O governo deixou claro que cabe exclusivamente à Petrobras cuidar de seus desinvestimentos, mas destacou que essa possibilidade representa oportunidade de diversificação dos agentes do setor, com o aumento da competição. “Isso merece atenção do poder concedente e dos órgãos responsáveis pelo planejamento e regulação energética, para mitigar riscos de ordem regulatória sem representar entraves desnecessários à entrada de novos agentes, atraindo investimentos importantes para o país”, informou o MME em nota. O governo informa que participarão dos debates os técnicos também a EPE e a ANP, “para que seja construída uma proposta que faça frente a esses desafios e servirá de base para discussões com os diversos agentes do setor, inclusive as empresas”. As empresas privadas e estrangeiras do setor têm apresentado preocupações com o risco de o monopólio do setor de gás ser transferido da Petrobras para algum agente privado. Elas defendem que empresas envolvidas na produção de gás não participem do transporte e da distribuição do produto. A Petrobras anunciou em 28 de dezembro a venda de 49% de todas as suas participações em companhias distribuidoras de gás natural, consolidadas na subsidiária Gaspetro, para a trading japonesa Mitsui Gás. Em junho, a Petrobras deu início a um processo de venda de terminais de recebimento de GNL. E novas empresas, além da estatal, têm participado das negociações com a Bolívia para renovação do contrato de importação de gás. (O Globo – 24.06.2016)
<topo>
2 Consumo de energia cai no setor de cloro-soda
Impactado pela queda na demanda interna e com a produção em queda, o setor de cloro-soda, cuja energia representa quase 50% do custo da produção, reduziu em pouco mais de 2% seu consumo de janeiro a maio deste ano, em comparação com o mesmo período de 2015. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Cloro-Álcalis e Derivados (Abiclor), nesses cinco primeiros meses do ano o consumo total do setor foi de 1.644.423 MWh, contra 1.679.409 MWh em 2015. Trata-se de trajetória declinante para o período iniciada em 2014, quando o consumo foi de 1.726.868 MWh. De acordo com a Abiclor, de janeiro a abril a produção brasileira de cloro caiu 7,6%, para 381,8 mil toneladas, em relação a janeiro-abril de 2015. No caso da soda cáustica, gerada no mesmo processo de eletrólise como subproduto do cloro, a produção teve uma redução de 8%, atingindo 419,2 mil toneladas, ante mesmo período de comparação. A utilização da capacidade instalada do setor está pouco acima de 80%, abaixo do nível histórico de 87%. Com o aumento dos preços de energia nos últimos anos, a participação do insumo no custo de produção passou de 45% para quase 50%, o que tem sido arrefecido ultimamente com as quedas no PLD e a “sobra” de energia entre os principais produtores, empresas como Braskem, Dow e Carbocloro. O consumo total de energia do setor em 2015 foi de 4.068,7 GWh, ante 4.112,6 GWh em 2014. A eletricidade é empregada nas células eletrolíticas, onde a corrente elétrica de alta intensidade passa através de uma solução de salmoura (sal comum dissolvido em água) para dissociar a molécula de cloreto de sódio e gerar cloro e os subprodutos (soda cáustica, potassa e hidrogênio). (Agência Brasil Energia – 24.06.2016)
<topo>
3 Metalúrgica Gerdau incorpora subsidiária Gerdau BG
A holding Metalúrgica Gerdau informou ao mercado no final de semana incorporação da Gerdau BG, subsidiária da companhia e avaliada em cerca de R$ 536 mi, em meio a um processo de simplificação da estrutura societária e de controle. A incorporação da Gerdau BG pela Metalúrgica, que é controladora do grupo siderúrgico Gerdau, deve ocorrer em 7 de julho segundo comunicado enviado ao mercado no sábado. “A incorporação deverá resultar, dentre outras vantagens, em simplificação operacional e redução dos custos operacionais, administrativos e fiscais”, afirmou a Metalúrgica Gerdau no comunicado. A empresa acrescentou que como a Gerdau BG é subsidiária integral, não será necessária uma alteração no capital da companhia. (O globo – 27.06.2016)
<topo>
Grandes Consumidores
1 JBS amplia em 15 MW capacidade da UTE Biolins
A JBS encomendou uma turbina a vapor da Siemens para ampliar a capacidade de sua termelétrica Biolins, de 30 MW para 45 MW. A planta, abastecida com bagaço de cana e outros resíduos, fornece energia para o complexo industrial da JBS em Lins (SP) e comercializa o excedente no mercado livre. O momento é propício para entregar energia renovável no ambiente de contratação livre: o número de consumidores especiais, que compulsoriamente devem comprar de fonte incentivada, está crescendo fortemente este ano com a alta das tarifas reguladas e a oferta desse tipo de energia teve um abate recente com a desistência da Renova de 600 MW que seriam destinados ao mercado livre. Antes da decisão sobre a ampliação, a Biolins contou com assessoria da Siemens para dimensionar o aumento da capacidade. O novo equipamento tem uma vida útil estimada em 50 anos. O anúncio da ampliação ocorre dois dias após o presidente interino Michel Temer sancionar a lei 13.299 que, entre outras determinações, possibilitou que as usinas a biomassa continuem tendo desconto de 50% nas tarifas de transmissão e de distribuição, mesmo com capacidades acima de 30 MW. Antes disso, as térmicas a biomassa que ultrapassassem esse limite perdiam completamente o desconto. Agora, só pagam as tarifas referentes ao excedente. No caso da Biolins, por exemplo, serão cobradas as tarifas cheias para uma capacidade de 15 MW. A Cogen estima que a medida pode destravar 500 MW médios. (Agência Brasil Energia – 24.06.2016)
<topo>
Economia Brasileira
1 Número de indústrias tem o menor crescimento desde 1997, aponta IBGE
O setor industrial, um dos mais afetados na atual recessão, já mostrava sinais de piora em 2014 quando registrou o menor crescimento no número de empresas desde 1997. Segundo a Pesquisa Industrial Anual (PIA), do IBGE, naquele ano havia 334.752 empresas industriais, apenas 278 (ou 0,08%) a mais que em 2013. A variação é menor do que a que ocorreu de 2009 para 2010, quando o país deixava para trás o período mais crítico da crise financeira internacional e houve crescimento de apenas 0,2% no número de empresas no setor. Em 1997, o setor registrou queda de 1,2% em relação ao ano anterior. Em 2014, também houve queda no pessoal empregado no setor. Segundo dados da PIA, o número de empregados caiu de 9 milhões para 8,8 milhões, a primeira vez desde 2008 que a indústria perdeu trabalhadores em relação ao ano anterior. Naquela ocasião, o contingente de empregados industriais caiu de 5 milhões para 4,8 milhões. "Os indicadores conjunturais já anunciavam esse desempenho, a indústria em particular vem acumulando perda de produção ao longo desses anos", afirmou Jurandir Oliveira, gerente do estudo. "A pesquisa só revelou a dimensão em números, mas nada que fosse surpresa." A receita líquida de vendas somou R$ 2,8 tri, com média de R$ 8,4 mi por empresa. Em 2013, em valores correntes, a receita líquida era de R$ 2,6 tri. É um crescimento real negativo, destacou o pesquisador, que não calculou a perda descontando a inflação no período. Embora não tenha perdido receita nominal, as empresas com mais de 500 funcionários perderam participação na fatia total do faturamento do setor: caiu de 68,5% para 67,7%, entre 2013 e 2014. (Valor Econômico – 24.06.2016)
<topo>
2 Indústria sofre com nível de emprego, segundo IBGE
Em relação ao nível de emprego, as empresas industriais com até quatro funcionários foram as que mais sofreram com a crise em 2014, aponta a pesquisa do IBGE. Em média, estas companhias reduziram em 8,47% o estoque de mão de obra em relação a 2013. As empresas com este porte representam cerca de 40% de todas as companhias industriais. "São as mais sensíveis, menores e, no conjunto, empregam muita gente", avalia Oliveira. No total de todas as indústrias, o contingente de empregados industriais caiu 2,44% em 2014, de 9 milhões para 8,8 milhões de funcionários. As grandes empresas industriais, com mais de 500 funcionários, reduziram em 2,93% o contingente de trabalhadores. Proporção pouco menor do que aquelas empresas que têm entre com 250 e 499 empregados, que perderam 3,07% da força de trabalho. De acordo com o IBGE, os investimentos também ficaram praticamente estagnados: em 2013, foram realizados R$ 214,6 bi em investimentos contra R$ 216,2 bi no ano seguinte. "É um investimento tímido, que demonstra que as empresas fizeram o básico", afirmou Jurandir Oliveira. (Valor Econômico – 24.06.2016)
<topo>
3 Expectativa de inflação do consumidor volta a subir em junho, diz FGV
A inflação prevista pelos consumidores brasileiros para os próximos 12 meses aumentou depois de cair por três meses consecutivos, informa a FGV. A expectativa subiu de 10,3% em maio para 10,5% em junho. “Essa leve alta, dentro da margem de erro estatístico, de 0,2 ponto, pode ser efeito da taxa de 0,78% do IPCA de maio (taxa em 12 meses de 9,32%) e do aumento anormal nos preços dos alimentos in natura. Outro ponto que merece destaque é o aumento de 0,7 ponto nas previsões de inflação dos consumidores no Rio de Janeiro, que pode estar refletindo uma expectativa de aumento de preços em virtude dos Jogos Olímpicos que acontecerão na cidade. Independentemente das causas, tal resultado reflete a dificuldade do Banco Central em adequar as expectativas dos agentes, mesmo em um período de profunda crise econômica”, afirma o economista Pedro Costa Ferreira, da FGV-Ibre, em nota. Em junho, a maior elevação ocorreu na faixa de renda mais baixa com alta de 0,6 ponto, alcançando 11,3%, o nível mais alto entre as quatro faixas pesquisadas. Considerando--se a distribuição de respostas, menos da metade dos consumidores esperam inflação superior a 10% nos próximos 12 meses, pela segunda vez consecutiva. Antes de maio, isso não ocorria desde novembro de 2015. O intervalo entre 10% e 12% continua sendo o mais citado pelos consumidores, mas houve redução da frequência de citações nesta faixa, de 26,6% do total em maio para 24,4% em junho. (Valor Econômico – 24.06.2016)
<topo>
4 Brasil fecha 72,6 mil postos de trabalho com carteira assinada em maio
O mercado de trabalho formal fechou 72.615 vagas em maio, conforme os dados do Caged divulgados na tarde desta sexta-feira pelo MTPS. Em maio do ano passado, o saldo foi negativo em 115.559 postos. O saldo negativo foi menor do que a média estimada por 14 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data — que projetaram corte de 88,5 mil postos. Os serviços foram o setor que mais demitiu em maio, com 36.960 mil cortes. O comércio registrou saldo negativo de 28.885 e a indústria, de 21.162. Únicos setores a apurar desempenho positivo, a agricultura criou 43.117 postos de trabalho com carteira assinada e a administração pública, outros 1.391. O saldo da abertura e fechamento de empregos formais no país acumulado em 12 meses ficou negativo em 1.781.906 vagas. No ano, foram fechados 448.011 postos. Com 24.032 demissões líquidas, a região Sul foi a que mais fechou postos em maio, 0,33% do estoque de vagas formais, com perdas em todos os três Estados. O Rio Grande do Sul respondeu por 65,8% do saldo negativo, 15.829 demissões. O volume é superior ao registrado pelo Estado de São Paulo em maio, 12.177 perdas. Santa Catarina cortou 4.815 vagas e o Paraná, 3.388. O Nordeste veio na sequência, com 20.147 demissões líquidas, 0,31% do total. O Sudeste perdeu 17.335 postos de trabalho com carteira (0,08%), o Norte, 5.781 (0,32%) e o Centro-oeste, 5.320 (0,17%). (Valor Econômico – 24.06.2016)
<topo>
5 Confiança do consumidor aumenta pelo segundo mês em junho, nota FGV
O ICC da FGV subiu 3,4 pontos, ao passar de 67,9 pontos em maio para 71,3 pontos em junho, maior patamar desde junho de 2015. Foi a segunda alta consecutiva e inteiramente determinada pela melhora das expectativas, já que os indicadores que medem a percepção sobre a situação atual registraram queda. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve alta de 2,9 pontos. “Há um descolamento entre as expectativas dos consumidores com relação aos próximos meses e a satisfação com a situação atual. Enquanto as primeiras avançaram expressivamente pelo segundo mês consecutivo, a outra revisita o mínimo histórico. Considerando que a confiança do consumidor se mantém baixa em termos históricos, que a recuperação da economia deve ocorrer de forma lenta e que as famílias ainda estão muito comprometidas com dívidas contraídas no passado, acredito que ainda veremos alguns trimestres de queda do consumo das famílias antes de retornarmos ao terreno positivo”, afirma Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor. O destaque de junho foi a melhora da percepção para os meses seguintes: o IE avançou 6 pontos, atingindo 77,1 pontos, o maior desde janeiro de 2015 (81,7). O ISA, contudo, caiu 0,8 ponto, para 64,7 pontos. Entre os quesitos que integram o ICC, o indicador que mede o grau de satisfação dos consumidores em relação à situação financeira da família atual diminuiu 2,4 pontos em junho. (Valor Econômico – 27.06.2016)
<topo>
6 Mercado volta a elevar projeção para a inflação em 2016
Pela sexta semana consecutiva, os analistas de mercado elevaram suas estimativas para a inflação deste ano e, agora, esperam uma queda menos pronunciada do juro em 2016, de acordo com o boletim Focus, do BC. A mediana das projeções para o IPCA subiu de 7,25% para 7,29%. Em 12 meses, ou seja, para maio de 2017, a mediana passou de 5,93% para 5,98%. Os analistas, contudo, não alteraram a aposta para 2017, que seguiu em 5,50% pela sexta semana consecutiva. A projeção do grupo Top 5 para 2016 também subiu e agora está igual à do mercado em geral, 7,29%. Na semana anterior, a expectativa era de 7,19%. A previsão desse grupo para 2017 é um pouco mais otimista, de 5,30%. As projeções para a inflação se deterioraram apesar de a divulgação do IPCA-15 de junho ter vindo melhor que a esperada. A prévia da inflação oficial foi de 0,40%, metade do registrado em maio, de 0,86%, e também abaixo do esperado pelo mercado, de 0,51%. Em 12 meses, o acumulado ficou abaixo de 9% pela primeira vez em um ano. A despeito dessa leitura positiva, no Focus, a mediana do mercado para o IPCA de junho subiu de 0,35% para 0,39%. Quanto à taxa básica de juros, a expectativa subiu de 13% para 13,25%. Assim, a aposta agora é que o Banco Central reduziram a Selic em apenas um ponto percentual neste ano. Mas em 2017, a mediana das expectativas para o fim do ano caiu de 11,25% para 11%. Entre os analistas Top 5 as estimativas seguiram em 13,75% ao fim de 2016 e 11,25% ao fim de 2017. Depois de melhorar por cinco semanas seguidas, a projeção do mercado para o PIB deste ano se estabilizou em queda de 3,44%, de acordo com o boletim Focus, do BC. A estimativa para o PIB vinha melhorando desde a divulgação do primeiro trimestre, quando o resultado veio melhor que o esperado, queda de 0,3% ante expectativa de menos 0,8% ante o quarto trimestre de 2015. Depois, leituras também menos negativas do comércio e da indústria ajudaram elevar o número da atividade para o ano. Para 2017, a mediana das estimativas também parou de subir e estacionou em crescimento de 1%. A projeção para a produção industrial deste ano ainda é bem negativa, mas melhorou pela terceira semana. Saiu de queda de 5,87% para recuo de 5,85%. Há um mês era de recuo de 6%. Para 2017, a mediana caiu de crescimento de 0,80% para 0,67%. (Valor Econômico – 27.06.2016)
<topo>
7 Dólar ontem e hoje
Hoje, o dólar comercial abriu com alta de 0,10%, cotado a R$ 3,3816. Na sexta-feira, o dólar comercial fechou em alta de 1,04% cotado a R$ 3,3782. Com isso, a moeda americana fechou em queda de 1,22% na semana e acumula desvalorização de 6,53% no mês. (Valor Econômico – 27.06.2016 e 24.06.2016)
<topo>
Internacional
1 Argentina: San Juan impulsa La Palca
O governo argentino deu luz verde para outro projeto hidrelétrico em San Juan ao assinar o acordo para a realização do estudo de viabilidade para o desenvolvimento hidrelétrico de La Palca River, que poderia se tornar a sétima central de geração da província, e a segunda e maior em Iglesia. Essa região já possuiu a represa hidrelétrica Cuesta del Viento, porém La Palca – que não será uma represa pois não tem barragem – será três vezes maior, capaz de gerar 30MW de potência. (El Inversor – Argentina – 24.06.2016)
<topo>
2 Siemens é contratada para instalar UTEs de 308 MW na China
A Siemens vai instalar quatro turbinas a gás não convencional, do modelo SGT-800, e geradores associados nas usinas Shanxi Guoxin Baode e Xiyang, na região central da China. As duas usinas de ciclo combinado terão capacidade total de 308 MW vão utilizar metano de jazida de carvão proveniente de um reservatório de gás não convencional com alto teor de hidrogênio. O acordo fechado com a Shanxi Natural Gas, subsidiária do grupo Shanxi Provincial Guoxin Energy, também prevê o fornecimento de todos os sistemas auxiliares, além de serviços de instalação e comissionamento para as usinas. A operação comercial é prevista para julho de 2017. A Siemens já vendeu 297 turbinas a gás SGT-800 no mundo, que juntas acumularam mais de 4 milhões de horas em operação. De acordo com a empresa, o modelo é apropriado para cogeração e operações em ciclo combinado, devido à eficiência e ao alto nível de processamento de vapor. (Agência Brasil Energia – 27.06.2016)
<topo>
3 Comissão do Congresso debate uso de energia solar na Califórnia
A política do estado americano da Califórnia para aumento da participação da energia solar na geração de energia elétrica até 2030 será tema de debate na Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas, na terça-feira 28 de junho. Na audiência deverão ser abordados os desafios na implementação dessa fonte de energia elétrica especialmente quanto aos custos, aos subsídios e às tecnologias empregados. O convidado para a audiência pública é Arthur Haubenstock, conselheiro-geral e vice-presidente para Assuntos Governamentais e Regulatórios da 8ª Minutenergy Renewables, considerada a maior desenvolvedora independente de energia solar nos Estados Unidos. A reunião será realizada a partir das 14:30 horas, no plenário 7, da ala Senador Alexandre Costa, do Senado. (Agência CanalEnergia – 27.06.2016)
<topo>
Biblioteca Virtual do
SEE
1 MENDES, Ana Luiza Souza; CASTRO, Nivalde de; BRANDÃO, Roberto; CÂMARA, Lorrane; MOSZKOWICZ, Mauricio. “The role of imbalance settlement mechanisms in electricity markets: a comparative analysis between UK and Brazil”. Porto (Portugal), junho de 2016.
Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
<topo>
Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa:
Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.
As notícias divulgadas no IFE não refletem
necessariamente os pontos da UFRJ. As informações
que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
de Economia da UFRJ.
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
POLÍTICA
DE PRIVACIDADE E SIGILO
Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber
nossos e-mails, Clique
aqui e envie-nos uma mensagem solicitando
o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing.
Copyright UFRJ |
|