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IFE: nº 4.116 - 21 de junho de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Comissão do Senado vota uso do FGTS para geração solar em residências
2 Aneel estabele CVU para a UTE Flores

Empresas
1 Eletrobras se defende em ação nos EUA
2 BID lança publicação sobre programa de reestruturação de Furnas
3 Preço pago pela AES Sul pode ter sido elevado, avalia consultor
4 Fitch rebaixa rating de emissão de R$ 73 milhões da Renova
5 Eletronorte conquista suas primeiras patentes de invenções
6 Hidrelétrica da Copel volta a operar comercialmente

Leilões
1 Aneel habilita 12 usinas do leilão A-5, de abril

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Números dos reservatórios pelo Brasil
2 Santo Antônio opera novos 73,29 MW

Meio Ambiente
1 Brasil lidera ranking de mortes de ambientalistas em 2015, diz ONG
2 Cidade de Niterói pode ter desconto no IPTU para unidades com soluções de eficiência
3 Ceará quer simplificar liberação de licenças ambientais para eólicas

Energias Renováveis
1 Mercado de US$ 15 bi será aberto com a reciclagem de painéis solares
2 Rio Grande do Sul prepara programa para energia solar
3 Etanol sustenta crescimento do agronegócio em 2015

Gás e Termelétricas
1 Pernambuco prepara regulamentação para Lei do Gás
2 Emae tenta viabilizar gás para térmicas

Economia Brasileira
1 Construção civil desacelera queda em maio, aponta CNI
2 Dívidas com água e luz lideram crescimento da inadimplência

3 Prévia da inflação oficial desacelera e sobe 0,40% em junho, diz IBGE
4 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Bolívia e do Brasil se reunirão para retomar as negociações de gás de sobra e energia
2 A demanda global por gás natural continuará a cair até 2021
3 Nova geração de veículos elétricos pode mudar o mercado de energia nos EUA
4 Suzlon e CLP India firmam acordo para usina solar de 100 MW na Índia
5 Voith Hydro Brasil exporta para Bolívia


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Comissão do Senado vota uso do FGTS para geração solar em residências

O saque de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço para a compra e instalação de equipamentos de geração elétrica em residências pode ser autorizado. Projeto com esse objetivo está na pauta da reunião da Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal, que acontece nesta quarta-feira, 22 de junho. Apresentado pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), o PLS 371/2015 possibilita o uso do FGTS para energia a ser gerada a partir de fontes hidráulica, solar, eólica ou de biomassa. O projeto tem relatório favorável do senador Elmano Férrer (PTB-PI). Se aprovada na comissão, a proposta poderá seguir direto para exame na Câmara dos Deputados, sem passar pelo Plenário do Senado, a não ser que haja requerimento com esse objetivo. (Agência CanalEnergia – 20.06.2016)

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2 Aneel estabele CVU para a UTE Flores

A Aneel aprovou, em 17 de junho, o Custo Variável Unitário no valor de R$ 924,24/MWh da UTE Flores. A Agência também aprovou o valor de 12 MW de Potência Disponibilizada. Os valores são referentes ao período de 22 de janeiro de 2016 à 18 de fevereiro de 2016, em que houve suprimento de energia elétrica sem respaldo na contratação de que trata a Portaria MME nº 15. A Aneel também aprovou os valores de Potência Disponibilizada e CVU das seguintes UTEs. Na Iranduba, o valor de Potência Disponibilizada ficou em 25 MW, enquanto o CVU ficou em R$ 772,78/MWh, referente ao período de 17 de março de 2016 à 13 de setembro de 2016. Para a UTE São José lote 1, a Potência Disponibilizada ficou em 20 MW e o valor do CVU em R$ 806,84/MWh, referente ao período de 21 de março de 2016 à 17 de setembro de 2016. E para a UTE Mauá Bloco IV, a Potência Disponibilizada ficou em 14 MW e o CVU no valor de R$ 575,00/MWh, referentes ao período de 27 de fevereiro de 2016 à 25 de agosto de 2016. (Agência CanalEnergia – 20.06.2016)

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Empresas

1 Eletrobras se defende em ação nos EUA

A Eletrobras está tentando se afastar da situação da Petrobras perante à Justiça dos Estados Unidos. A elétrica voltou a pedir o indeferimento de todas as acusações movidas contra a companhia em uma ação coletiva no Tribunal do Distrito Sul de Nova York. O documento da defesa tenta diferenciar a situação da estatal elétrica da enfrentada pela Petrobras, que também é ré em um processo coletivo nos Estados Unidos. Segundo o documento, os investidores ignoram "diferenças essenciais entre os casos" da elétrica e o da Petrobras. Por exemplo, os advogados da defesa da Eletrobras citam que as acusações contra a Petrobras são específicas e ligadas à fontes diferentes, estabelecendo uma conexão entre o suposto pagamento de propina e o resultado disso, quantificando o efeito nos comunicados financeiros publicados pela companhia. No caso do processo contra a estatal de energia, a defesa diz que nada disso foi feito. "Eles apenas especulam que o que aconteceu na Petrobras também prevaleceu na Eletrobras e resultou em erros materiais nos comunicados financeiros da Eletrobras", escreveu a defesa, assinada pelo escritório americano de advocacia Davis Polk & Wardwell. Segundo os advogados da defesa da Eletrobras, para que fosse possível estabelecer uma queixa de forma apropriada, os investidores deveriam ter apresentado fatos específicos relacionados à Eletrobras, e não à Petrobras. "Como os requerentes falharam nisso, a queixa deve ser indeferida completamente", alegam. A defesa da estatal elétrica argumenta que não há acusações específicas que relacionem práticas ilegais à possíveis erros nos comunicados financeiros da companhia. Apesar da existência de testemunhos que relacionam à empresa à esquemas ilegais na Norte Energia, concessionária da hidrelétrica de Belo Monte, isso não significa que pagamentos de propina foram incluídos nos balanços da Eletrobras, diz a defesa da estatal. A Eletrobras é acusada de ter violado as leis do mercado de capitais dos Estados Unidos ao se envolver em um esquema de corrupção e pagamentos de propina lançado indevidamente nos seus balanços. A ação coletiva representa todos os que negociaram ADRs da companhia entre 17 de agosto de 2010 e 24 de junho de 2015. O processo ainda precisa ser aceito pelo juiz Koeltl. Os advogados da estatal pediram audiência para discussão oral de seus argumentos, mas o juiz ainda não deliberou sobre a solicitação. (Valor Econômico – 21.06.2016)

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2 BID lança publicação sobre programa de reestruturação de Furnas

O (BID lançou uma publicação sobre o Programa de Reestruturação Organizacional de Furnas, o Pro-Furnas. O produto tem a finalidade de compartilhar a experiência obtida pela companhia com o programa. O Pro-Furnas aconteceu entre 2012 e 2014 e foi viabilizado com apoio do banco. Na ocasião, houve redução de 26% no número de órgãos da empresa. A iniciativa resultou em economia de R$ 395 mi anuais nos gostos com pessoal, material, serviços e outros (PMSO). Com foco na otimização dos processos e aproveitamento da sinergia entre diferentes áreas, o programa atuou na construção de uma nova estrutura organizacional, gestão orientada por processos mais simples, ganho de produtividade e transparência, de acordo com a instituição. (Agência Brasil Energia – 20.06.2016)

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3 Preço pago pela AES Sul pode ter sido elevado, avalia consultor

O preço pago pela CPFL Energia na compra da AES Sul pode ter sido elevado em função do desempenho financeiro da distribuidora gaúcha, na avaliação do consultor Diogo Mac Cord de Faria. Isso porque, na visão dele, o preço pago, de R$ 1,7 bi, só se justificaria se a empresa apresentasse um lucro líquido anual na casa de R$ 210 mi, nos próximos 10 anos, considerando uma taxa ponderada de retorno sobre o investimento (WACC, na sigla em inglês) de 8,09%. O WACC é o que vale atualmente para o setor de distribuição e a concessão da companhia se encerra em 2027, quando se espera um ativo financeiro de R$ 824 milhões. Em uma postagem na rede social LinkedIn, Faria apontou que o lucro regulatório da AES Sul deveria ser de R$ 143 mi, mas que o valor não foi alcançado pela companhia no ano passado. "Em 2013 a AES Sul teve um prejuízo equivalente a 16% de seu lucro regulatório. Em 2014, um lucro equivalente a 154% de seu lucro regulatório; e em 2015, um prejuízo equivalente a 3% de seu lucro regulatório", disse Faria. Neste caso, o especialista ressaltou que por trás dos resultados está um custo operacional 11,27% acima do regulatório e perdas totais 0,8 ponto percentual acima das perdas regulatórias (8,9% contra 8,1%). Ainda de acordo com Faria, a CPFL provavelmente baseou a oferta no valor atualizado da base de remuneração líquida da distribuidora em dezembro último, de R$ 1,76 bi. Só que, observou, o patrimônio líquido da AES Sul naquele mês era de apenas R$ 934,7 mi e a distribuidora nçao realizou investimentos em sua rede, nem mesmo em sua depreciação contábil. (Agência Brasil Energia – 20.06.2016)

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4 Fitch rebaixa rating de emissão de R$ 73 milhões da Renova
A Fitch Ratings rebaixou de 'AA- (bra)' para 'A (bra)', os Ratings Nacionais de Longo Prazo da primeira e segunda série da primeira emissão de debêntures da Renova Eólica Participações S.A., no valor de R$ 73 mi e vencimento em dezembro de 2025. Os Ratings foram colocados em Observação Negativa. A Renova Eólica é uma sub-holding que detém 15 Sociedades de Propósito Específico autorizadas por resoluções da Aneel e estabelecidas como produtores independentes de energia elétrica, mediante a implantação e a exploração de uma central geradora eólica. Os parques eólicos, denominados em conjunto Alto do Sertão II, estão localizados no interior da Bahia, nas cidades de Caetité, Guanambi e Igaporã, e totalizam 386,1 MW de capacidade instalada.De acordo com a agência, o rebaixamento veio devido a deteriorização dos breakevens de produção de energia e de elevação da Taxa de Juros de Longo Prazo. Tal deteriorização é consequência do atraso no início da operação comercial dos parques que venderam energia no Leilão de Energia Nova A-3 de 2011, dos custos e despesas operacionais acima do esperado em 2015, bem como o fato do BNDES ainda não ter liberado a parcela de R$ 45 mi relativa ao financiamento. Na avaliação do rating, a Fitch considera que este desembolso deverá ocorrer dentro dos próximos 12 meses. Ainda segundo a Fitch, o rating poderá ser rebaixado se os custos considerados não recorrentes sejam observados novamente em 2016, ou se a geração de energia ficar abaixo do volume equivalente ao P-90 médio de dez anos por períodos consecutivos. Além disso, o rating também poderá ser rebaixado caso o montante de R$ 45 mi, relativo ao financiamento do BNDES, não seja desembolsado em até 12 meses. (Agência CanalEnergia – 20.06.2016)

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5 Eletronorte conquista suas primeiras patentes de invenções

A Eletronorte recebeu duas cartas patentes concedidas pelo INPI, relativas aos projetos de "Captação de Energia Eólica Através de Conchas Montadas Modularmente em Torre Metálica" e do "Carro para Transporte de Grades, Tampas e Estruturas Similares". Os registros inéditos da titularidade dessas invenções concedidos à empresa são reconhecidos em todo o território nacional. Desde 2003, a empresa já investiu mais de R$ 178 milhões em P&D, informa Neusa Lobato, superintendente de Gestão da Inovação Tecnológica e Eficiência Energética. "Atualmente a Eletrobras Eletronorte possui outros 51 pedidos de patente em tramitação junto ao INPI. Esses projetos concretizam a imagem da empresa como uma empresa inovadora, que tem um processo definido e uma cultura de inovação. E mostra que a empresa dá oportunidade a sua força de trabalho, além do mais, com perspectiva de ganho", acrescenta Neusa. (Agência CanalEnergia – 20.06.2016)

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6 Hidrelétrica da Copel volta a operar comercialmente

Na última quarta-feira, 15 de junho, a Pequena Central Hidrelétrica Cavernoso II, de 19 MW, voltou a operar a plena carga. Instalada entre os municípios de Candói e Virmond, a mais nova hidrelétrica da Copel entrou em operação comercial em 2013. Porém, em 2014, a planta foi completamente inundada e precisou passar por um longo e trabalhoso processo de recuperação. A casa de força da usina ficou debaixo d'água e as três unidades geradoras foram gravemente danificadas. Os estragos se estenderam aos painéis do Sistema de Comando, Controle, Proteção e Medição do Faturamento, ao grupo gerador a diesel e à estação de tratamento de água. A barragem, o canal de adução e os acessos também foram afetados. "Felizmente conseguimos vencer o desafio de retomar a geração de energia nessa usina que foi gravemente afetada por uma cheia sem precedentes históricos no rio Cavernoso", afirma o presidente da Copel, Luiz Fernando Vianna. (Agência CanalEnergia – 20.06.2016)

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Leilões

1 Aneel habilita 12 usinas do leilão A-5, de abril

A Aneel habilitou 12 empresas vencedoras do leilão A-5, realizado em abril deste ano. Entre elas, estão oito PCHs, três termelétricas e a hidrelétrica Santa Branca (62 MW), única usina hidrelétrica negociada na concorrência. A habilitação foi publicada nesta segunda-feira (20/6). Foram habilitadas as PCHs Canhadão (10 MW – PR), Castro (4 MW – PR), Cazuza Ferreira (9 MW – RS), Água Brava (13 MW – MT), Água Prata (13 MW – MT), Rênic (16 MW - GO), Serra das Agulhas (30 MW – MG) e Tigre (9 MW – PR). Já as termelétricas são Onça Pintada (30 MW – MS), N.O Bioenergia (18 MW – SP), WD (6,5 MW – MG) O leilão A-5 negociou um total de 201,8 MW médios ou 49.206.048 MWh, a partir de 29 empreendimentos. O preço médio alcançado foi de R$ 198,59/MWh, deságio de 8,65%. Já a movimentação foi de cerca de R$ 9,7 bi. (Agência Brasil Energia – 20.06.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Números dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Sul cresceram 0,2% e estão operando com 89,2% da sua capacidade. De acordo com dados do ONS referentes ao último dia 19 de junho. A energia armazenada é de 17.810 MW/mês e a ENA é de 7.960 MW/med, o mesmo que 80% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Passo Real registra volume de 84,99%. No Sudeste/ Centro-Oeste, os níveis estão em 56,8%, mantendo a mesma marca do dia anterior. A energia armazenada é de 115.301 MW/mês e a ENA é de 103% da MLT. A usina de Furnas opera com 78,29% da sua capacidade e a de Itumbiara, com 52,06%. a região Norte foi outra que manteve a mesma marca do dia anterior, de 60,9%. A energia armazenada é de 9.164 MW/mês e a ENA é de 2.189 MW/med. A usina de Tucuruí opera com 88,03%. O Nordeste foi a única região que teve quedas nos níveis, caindo 0,1% na comparação com o dia anterior, ficando com volume de 28,1%. A usina de Passo Real está com 84,99% da sua capacidade. (Agência CanalEnergia – 20.06.2016)

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2 Santo Antônio opera novos 73,29 MW

A hidrelétrica Santo Antônio (3.568 MW – RO) iniciou a operação comercial da turbina de número 43, de 73,29 MW de capacidade. A unidade estava em testes desde maio, segundo relatório da Aneel. Com a operação, restam sete turbinas para a usina entrar em pleno funcionamento. Atualmente, a usina já possui mais de 80% da capacidade instalada em operação. Ao todo, serão 50 unidades geradoras, com conclusão esperada para novembro deste ano. Em abril, a geradora Santo Antônio Energia iniciou a montagem da última unidade. O aval para operação foi dado pela Aneel em despacho publicado na edição desta segunda-feira (20/6). O parque Campo dos Ventos V (25,2 MW – RN) iniciou a operação comercial de nova unidade geradora de 2,1 MW. É o oitavo aerogerador dos 12 que compõem o projeto, de modo que restam 8,4 MW para entrar em pleno funcionamento até julho. A usina faz parte do complexo Campos dos Ventos (115 MW), na cidade de Parazinho, da CPFL Renováveis. Ao todo, o conjunto terá 55 torres e está previsto para entrar em plena operação ao final do ano. (Agência Brasil Energia – 20.06.2016)

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Meio Ambiente

1 Brasil lidera ranking de mortes de ambientalistas em 2015, diz ONG

O Brasil está no topo da lista dos países onde mais ativistas ambientais e da terra foram mortos em 2015, com 50 casos, segundo o levantamento Em terreno perigoso, divulgado em 20 de junho pela organização não governamental Global Witness. Em todo o mundo, foram 185 ativistas assassinados no período, segundo a entidade. É o maior número de mortes por ano de ambientalistas já registrado pela entidade e representa aumento de 59% na comparação com 2014. De acordo com a Global Witness, as principais causas de morte dos ativistas de causas ambientais e ligadas à terra em 2015 foram o envolvimento das vítimas em conflitos contra a atividade de mineração (42 mortes), agronegócio (20), exploração madeireira, com 15 assassinatos, e projetos de energia hidrelétrica, também com 15 casos. A organização atua contra abusos de direitos humanos e ambientais na exploração de recursos naturais no mundo e estima que os números são ainda maiores, levando em conta as dificuldades para se obter informações sobre essas mortes. Segundo a Global Witness, os interesses em comum de governos e empresas muitas vezes protegem os responsáveis pelas mortes de ativistas envolvidos em conflitos de terra ou com a proteção do meio ambiente e que pouco se faz para levar os autores à Justiça. A organização alerta que, se não houver intervenção estatal, os números serão cada vez maiores. Segundo a organização, entre os casos de morte de ativistas mais bem documentados no mundo no ano passado, 16 estão relacionados com grupos paramilitares, 13 com o Exército, 11 com policiais e 11 guardas de segurança privada. Para enfrentar a questão, a Global Witness pede providências dos governos dos países envolvidos e aponta caminhos para diminuir o número de mortes, como garantir maior proteção aos ativistas da terra e do meio ambiente que estiverem sob risco de violência, investigar os crimes, garantir que as empresas consultem as comunidades antes de fazerem empreendimentos que as afetem, entre outros. A assessoria de imprensa do Ministério da Justiça e Cidadania informou que “ainda não possui posicionamento sobre o relatório”. (Agência Brasil – 20.06.2016)

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2 Cidade de Niterói pode ter desconto no IPTU para unidades com soluções de eficiência

A Secretaria de Fazenda do município de Niterói (RJ) analisa projeto que estabelece desconto no IPTU para edificações com soluções sustentáveis, entre elas adoção de sistemas de microgeração e aquecimento solar. O documento, após adequação da secretaria e análise da prefeitura, será encaminhado para o Legislativo. O projeto IPTU Verde foi encomendado pelo prefeito da cidade, Rodrigo Neves, há cerca de quatro meses e será direcionado a unidades consumidoras residenciais e comerciais. O objetivo da medida é incentivar a sustentabilidade, eficiência energética e o uso de fontes renováveis na microgeração. O valor dos descontos ainda está em definição. Caso implementada, a iniciativa será acompanhada de fiscalização às unidades beneficiadas pela medida, que deverão estar em dia com as obrigações fazendárias do município. O desconto poderá ser revogado caso o beneficiário não mantenha as práticas. (Agência Brasil Energia – 20.06.2016)

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3 Ceará quer simplificar liberação de licenças ambientais para eólicas

O processo de licenciamento ambiental para implantação de projetos de energia eólica no Ceará poderá ganhar celeridade de até três meses. Um trabalho realizado pela Adece, em parceria com a CS Renováveis, levou à Semace a necessidade de reconhecer a geração de energia eólica como de baixo impacto ambiental. "Levamos a demanda da Câmara ao secretário do Meio Ambiente e Sustentabilidade, Artur Bruno, e ao superintendente da Semace, Ricardo Araújo, que prontamente nos receberam e reconheceram a necessidade de desburocratização do processo para a atração de novos investimentos ao Ceará. Agora, a partir de uma resolução do Conama, o EIA/Rima para projetos eólicos que forem se instalar em áreas de baixo impacto não serão mais exigidos e um RAS será solicitado", comenta o presidente da Adece, Ferruccio Feitosa. Para o presidente da CS Renováveis, Jurandir Picanço, as mudanças são um reconhecimento da Semace sobre a energia eólica como forma de produção de baixo impacto ambiental. "Isso reflete positivamente para o setor não somente na redução de tempo, mas de custos, visto que estudos de impacto ambiental são muito caros, dependendo do tamanho do parque e da localização", comemora. (Agência Brasil Energia – 20.06.2016)

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Energias Renováveis

1 Mercado de US$ 15 bi será aberto com a reciclagem de painéis solares

O grande avanço da fonte solar fotovoltaica deverá gerar novas oportunidades de negócios quando esses sistemas começarem a ser descomissionados em função do fim de sua vida útil, em 2050. O potencial é de que a atividade de reciclagem desses materiais que serão descartados após o uso por 30 anos possa ultrapassar o valor de US$ 15 bi nesse período. Este segmento poderá fornecer matéria prima e outros componentes de alto valor, principalmente o vidro, que somariam cerca de 78 milhões de toneladas. Esse volume de material a ser reutilizado poderia render a produção de 2 bilhões de novos painéis ou ser negociado no mercado de commodities, o que ajudaria na segurança de fornecimento de materiais para a produção de novos painéis. Esses dados constam do estudo Gerenciamento do final de vida útil: painéis solares fotovoltaicos, publicado pela Associação Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês) e pelo Programa de Sistemas de Potência Fotovoltaica da Agência Internacional de Energia. A estimativa do diretor geral da Irena, Adnam Amim, é de que até 2050 o mundo tenha cerca de 4.500 GW em energia fotovoltaica ante os 222 GW de 2015. Esse crescimento, lembrou ele, levará ao aumento do lixo associado a essa atividade e que para se aproveitar essa oportunidade as empresas devem começar a se preparar agora. Em sua avaliação as empresas que atuarem nesse mercado terão um papel importante na criação de valor da cadeia fotovoltaica e na transição por um mundo com energia sustentável. Em 2050, os maiores mercados para essa atividade no mundo são, em ordem decrescente e de acordo com o cenário de perda de vida útil regular, a China com 13,5 milhões de toneladas, seguida pelos Estados Unidos com 7,5 milhões de toneladas, Japão com 6,5 milhões, Índia com 4,5 e Alemanha com 4,4 milhões de toneladas de lixo originados dos painéis. (Agência CanalEnergia – 20.06.2016)

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2 Rio Grande do Sul prepara programa para energia solar

O Rio Grande do Sul, está preparando um programa de incentivo à fonte solar, segundo o secretário de Minas e Energia do estado, Lucas Redecker. O programa RS Energias Renováveis, será lançado nas próximas semanas e deve permitir, entre outros, o acesso a linhas de crédito junto aos bancos de fomento para construção de empreendimentos ligados à cadeia fotovoltaica. Ainda estão em andamento a criação de um grupo de trabalho (GT Solar) e a elaboração do Atlas Solarimétrico. No dia 1º de junho, o estado publicou um decreto suspendendo a cobrança de ICMS sobre a energia produzida em sistemas de mini e microgeração. “Sabemos que temos um grande potencial para gerar energia a partir do sol, mas agora queremos saber em que proporção. É o que deverá responder o Atlas Solarimétrico, que está em fase de elaboração e com previsão de lançamento para 2017. A exemplo do Atlas Eólico, que já existe, ele vai quantificar e mostrar onde está o potencial do RS nessa área e também será uma espécie de cartão de visitas para atrair novos investidores”, escreveu o secretário, em artigo para o Jornal do Comércio, do Rio Grande do Sul. (Agência Brasil Energia – 20.06.2016)

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3 Etanol sustenta crescimento do agronegócio em 2015

A crescente produção de etanol fez com que a indústria de cana-de-açúcar fosse uma das únicas do agronegócio brasileiro a se expandir em 2015. Além do setor sucroenergético, que cresceu quase 5% no ano, apenas a indústria de abate de bovinos também teve resultado positivo, de 10,2%, de acordo com levantamento do Cepea. O etanol vendido nos postos de combustível do país, do tipo hidratado, registrou um aumento de produção da ordem de 7,4% na comparação com 2014, refletindo a demanda aquecida pelo biocombustível. Segundo os pesquisadores do instituto, houve um ganho de competitividade frente à gasolina, “em resposta ao estímulo de medidas oficiais”. Entre as ações realizadas pelo governo no último ano estão a elevação do percentual de etanol anidro na gasolina C, o retorno da Cide (Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico) e a elevação do PIS/Cofins para a gasolina A. Por outro lado, os preços de venda do etanol não apresentaram grandes variações em 2015, apesar do aumento nos custos de produção. A estabilidade foi a tendência do setor nos últimos quatro anos e, com isso, muitas usinas não conseguiram equalizar seus custos e fecharam as portas. No ano passado, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) previu que mais de dez empresas produtoras de etanol encerrariam suas atividades até o final da safra 2014/15 por problemas financeiros. Ainda não houve atualização dos dados. Apesar de ter perdido espaço para o etanol nos últimos anos, o açúcar também contribuiu para o crescimento da indústria de cana-de-açúcar, devido aos preços mais altos (5,8%). “Como as outras commodities, o principal fator que justifica a aceleração das cotações do açúcar está ligado à desvalorização do real”, de acordo com o Cepea. (Agência Brasil Energia – 20.06.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Pernambuco prepara regulamentação para Lei do Gás

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), enviou em 20 de junho à Assembleia Legislativa projeto de lei nº 65 para regulamentar no estado a lei federal nº 11.909, conhecida como “Lei do Gás”, que dispõe sobre o transporte e as atividades de tratamento, processamento, estocagem, liquefação, regaseificação e comercialização. A íntegra do ato será publicada amanhã no Diário Oficial do estado. Sancionado em 2009, só há oito estados em que esse marco está valendo: Amazonas, Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo. Na mensagem à Assembleia, Câmara ressalta que o PL “disciplina os direitos e deveres de agentes e consumidores, com diretrizes para estabelecer as regras tarifárias”. A iniciativa do governo pernambucano, segundo avalia a Abegás, é um sinal importante para investidores porque a falta de regulamentação cria um ambiente de insegurança jurídica, um dos fatores que travam investimentos no setor. (Agência Brasil Energia – 20.06.2016)

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2 Emae tenta viabilizar gás para térmicas

O governo do Estado de São Paulo está tentando viabilizar uma solução para o fornecimento de gás natural para abastecimento das duas termelétricas do projeto Parque Térmico Pedreira, que terão cerca de 1,5 GW de potência e é liderado pela estatal paulista Emae, em uma parceria com a AES Tietê e com o consórcio Siemens /Gasen. O secretário de Energia e Mineração do Estado, João Carlos Meirelles, foi a Brasília na semana passada se reunir com o secretário-executivo do MME, Paulo Pedrosa, para discutir a questão. O fornecimento de gás é o principal obstáculo ao desenvolvimento dos projetos, que envolvem investimentos de R$ 6 bi, segundo as projeções do governo paulista. Segundo Meirelles, a expectativa é que uma solução para essa questão seja encontrada até o fim desse ano, permitindo a inscrição das usinas em leilões de geração em 2017. Uma solução apontada pelo secretário para o insumo seria a importação de GNL e o uso de um navio regaseificador em Santos. Outra possibilidade é incentivar uma empresa privada a construir um terminal de regaseificação nas proximidades do terminal de Santos. "Até o final deste ano estaremos com o projeto executivo, já está evoluída a negociação das empresas que serão parceiras da Emae", afirmou Meirelles. No fim de março, a Emae assinou um memorando de entendimento com a AES Tietê e com o consórcio Siemens/Gasen para o desenvolvimento dos projetos de construção, implementação e operação das duas termelétricas, que ficarão localizadas no bairro Pedreira, na capital Paulista. O projeto teve início no ano passado, com a chamada pública que selecionou empresas interessadas. O parque termelétrico deve consumir cerca de 6 milhões de m³ de gás natural por dia. "O MME está priorizando isso para a segurança do sistema elétrico. Será importante termos essa térmica de 1,5 GW aqui no centro de carga", disse Meirelles. (Valor Econômico – 21.06.2016)

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Economia Brasileira

1 Construção civil desacelera queda em maio, aponta CNI

A atividade da indústria da construção civil caiu menos em maio do que em abril, de acordo com a "Sondagem Indústria da Construção", compilada pela CNI e divulgada nesta segunda-feira. "O cenário para a indústria da construção tem se tornado menos adverso", avaliou a entidade patronal. A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) subiu dois pontos percentuais ao passar de 54% para 56% entre abril e maio. Já o indicador de atividade saiu de 36,4 pontos para 40,1 pontos no mesmo período (abaixo de 50 pontos indica queda). O indicador de atividade em relação ao usual, por sua vez, foi de 26,5 pontos em maio ante 26,4 pontos abril enquanto o de nível de emprego chegou a 38,7 pontos depois de indicar 35,7 pontos em abril. A pesquisa também indicou uma alta das expectativas. O maior crescimento foi no indicador de atividade para os próximos seis meses, que passou de 40,6 pontos em maio para 44,6 pontos em junho. Em seguida veio o de emprego, que passou de 38,4 pontos para 42,3 pontos, e o de novos empreendimentos e serviços, que saiu de 37,7 pontos em maio para 42,1 pontos em junho. A expectativa para a compra de insumos e matérias prima também avançou, ao sair de 39,7 pontos para 42,5 pontos. (Valor Econômico – 21.06.2016)

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2 Dívidas com água e luz lideram crescimento da inadimplência

As dívidas com água e luz lideram o crescimento da inadimplência entre os setores, segundo indicador do SPC Brasil, com alta de 10,71% em maio na comparação com o mesmo mês de 2015. No geral, houve um aumento de 3,57% na quantidade de dívidas registradas nos cadastros de inadimplentes das quatro regiões - Sul, Norte, Nordeste e Centro-Oeste - na comparação anual. Na variação mensal, entre abril e maio de 2016, houve uma leve retração de 0,16%. "Em meio à crise econômica, as empresas concessionárias desses serviços [água e luz] mostram mais disposição em negativar os consumidores inadimplentes como forma de acelerar o recebimento dos compromissos em atraso. Tem se tornado mais comum que essas empresas negativem o CPF do residente antes de realizar o corte do fornecimento", afirmou a economista-chefe do SPC Brasil, Maracela Kawauti. A segunda maior variação no número de dívidas por setor é do comércio, com um crescimento de 3,43%, seguido das dívidas de bancos, com aumento de 2,86%, que englobam atrasos no cartão de crédito, empréstimos, financiamentos e seguros. De acordo com o SPC Brasil, o número de consumidores com contas em atraso e com CPFs negativados se manteve estável. De abril para maio, cerca de 50 mil brasileiros foram inscritos nos cadastros de restrição ao crédito, totalizando cerca de 59,25 milhões de consumidores em todo o país com o CPF negativado. A pesquisa revela ainda que metade dos adultos entre 30 e 39 anos está com o nome nas listas de inadimplentes. Entre as quatro regiões analisadas, o Nordeste é a que apresenta a maior variação anual do número de devedores e de dívidas, com alta de 6,75%. Os dados das variações de dívidas e devedores da região Sudeste não são apresentados devido às dificuldades impostas pela chamada ‘Lei do AR’, que vigora no Estado de São Paulo e que dificulta a negativação de inadimplentes. (Agência CanalEnergia – 20.06.2016)

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3 Prévia da inflação oficial desacelera e sobe 0,40% em junho, diz IBGE

Considerado a prévia da inflação oficial no país, o IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial, desacelerou e subiu 0,40% em junho. Em maio, a alta tinha sido de 0,86%, segundo o IBGE. Em junho de 2015, a expansão foi de 0,99%. O resultado veio abaixo do que era esperado por economistas. Pesquisa da Reuters estimava alta de 0,52% para o período. A taxa do IPCA-15 em junho foi a menor para o mês desde 2013, quando ficou em 0,38%. Considerando os últimos doze meses, a inflação acumulada ficou em 8,98%, abaixo dos 9,62% até maio. Em 2015, a inflação medida pelo IPCA-15 ficou em 4,62%, ante 6,28% do primeiro semestre de 2015. A boa notícia que ajudou a derrubar a inflação pelo IPCA-15 veio de alimentos, cuja alta desacelerou de 1,03% em maio para 0,35% em junho. (O Globo – 21.06.2016)

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4 Dólar ontem e hoje

Hoje, em 10 minutos de operações, a moeda americana perdia 0,76%, saindo a R$ 3,3729. Na segunda feira, o dólar comercial fechou em queda de 0,62% para R$ 3,3986. (Valor Econômico – 21.06.2016 e 20.06.2016)

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Internacional

1 Bolívia e do Brasil se reunirão para retomar as negociações de gás de sobra e energia

O Ministro de Hidrocarbonetos e Energia, Luis Alberto Sanchez, anunciou que viajará para nesta quinta-feira (23) a Brasília a fim de retomar as negociações sobre a ampliação da vigência do contrato de compra e venda de gás natural com o país. No encontro também serão abordados outros temas como a sociedade entre os países para encarar projetos hidroelétricos e petroquímicos. Sánchez disse que há uma pasta de projetos conjuntos, como um estudo de pré-viabilidade da hidrelétrica binacional sobre o Rio Madeira. O contrato GSA entre a Bolívia e Brasil, assinado em 1996 e válido até 2019, define um volume mínimo de compra de 24 milhões de m³/dia e um máximo de 30,08 m³/dia. (Página Siete – Bolívia - 20.06.2016)

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2 A demanda global por gás natural continuará a cair até 2021

A demanda por gás natural vai frear o seu crescimento a uma média anual de 1,5% no mundo até 2021, pois a estagnação na Europa e incerteza sobre o consumo da China neutralizam o impulso da Índia, afirma a Agência Internacional de Energia (AIE). A demanda global de gás será de 3,96 trilhões de m³ em 2021, em comparação com 3,57 trilhões em 2015, disse a AIE. Depois de um crescimento de 2,5% nos últimos seis anos, o gás enfrenta a concorrência de energia renovável e carvão baratos; o mercado global de gás permanecerá no excesso de oferta. A AIE reduziu sua previsão para a demanda de gás pelo quarto ano consecutivo. No próximo ano, os mercados de petróleo começarão uma fase de reequilíbrio após a queda, mas o excesso de oferta de gás natural não vai desaparecer até o final da década. (Página Siete – Bolívia - 19.06.2016)

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3 Nova geração de veículos elétricos pode mudar o mercado de energia nos EUA

A nova geração de veículos elétricos, representada principalmente na figura do Tesla Model 3, tem o potencial de liderar uma disrupção no mercado de energia, segundo a consultoria Wood Mackenzie. Os impactos começariam a ser sentidos no setor de energia norte-americano no período entre 2025 e 2035. O alardeado novo modelo da Tesla será o primeiro carro elétrico “acessível” da marca, conhecida também pela pesquisa e desenvolvimento de baterias. O novo Tesla será vendido por US$ 35 mil (cerca de R$ 125 mil), antes mesmo dos benefícios tributários para carros “verdes” nos EUA. A produção só começará no final de 2017, mas, durante o lançamento, o presidente da fabricante, Elon Musk, afirmou que 137 mil unidades já estavam reservadas. O objetivo da Tesla é fabricar 500 mil por ano. No Model 3, uma carga completa pode dar uma autonomia de até 350 km. Além do lançamento da Tesla, a Wood Mackenzie cita novos modelos das concorrentes, como o Bolt EV, da Chevrolet, cujas primeiras unidades devem começar a ser entregues no segundo semestre desse ano, com potencial de ampliara a adesão dos consumidores aos veículos elétricos. “Ou seja, há um movimento de ampliar as opções de modelos e marcas dos veículos, que devem chegar ao mercado por volta de 2020”, afirma a consultoria, em nota. A Wood Mackenzie olha para quatro diferentes cenários para entender os potenciais impactos da penetração dos veículos elétricos na demanda por combustíveis e eletricidade nos EUA. Mantido o cenário atual, a demanda por gasolina cairá de 9,3 milhões de barris por dia para 6,5 milhões de b/d até 2035, o que inclui uma perda de 300 mil b/d graças aos veículos elétricos. Já no caso em que a adoção dos carros cresce, estimam que a demanda poderia cair em 350 mil b/d, para 1 milhão de b/d até 2035. “Isso pode significar de 50 a 200 TWh de demanda adicional por energia elétrica ou 304 milhões a 914 milhões de metros cúbicos por dia, em termos de gás”, segundo a consultoria, só nos EUA. (Agência Brasil Energia – 20.06.2016)

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4 Suzlon e CLP India firmam acordo para usina solar de 100 MW na Índia

A Suzlon e a CLP India firmaram um acordo para criação de uma joint-venture para a implantação de um projeto solar de 100 MW denominado Veltoor em Telangana, segundo comunicado conjunto divulgado nesta segunda-feira (20/6). O projeto é o primeiro da Suzlon em geração solar e marca a entrada da CLP India no segmento. Pelos termos do acordo, a CLP India adquiriu a participação de 49% na SE Solar, uma espécie de sociedade específica criada pela Suzlon, com opção de aquisição dos 51% restantes. O projeto solar possui tarifa fixa estabelecida em contrato de 25 anos, tem perspectiva de entrar em comissionamento, antes de iniciar operação, em maio do ano que vem, e tem configuração financeira de 20% de investimento por meio de capital próprio e 80% por recursos de terceiros. (Agência Brasil Energia – 20.06.2016)

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5 Voith Hydro Brasil exporta para Bolívia

A hidrelétrica boliviana Santa Isabel (90 MW), construída na década de 1970, vai ganhar rotores novos em duas de suas cinco turbinas do tipo Pelton, de 18 MW cada. As peças serão fabricadas no Brasil pela Voith Hydro, conforme contrato que acaba de ser firmado com a CORANI, empresa pública local. Concluída a obra de substituição, a usina vai passar a ter geração firme de 67 MW médios, o suficiente para atender 8% do consumo do país, cerca de 900 mil pessoas. O valor da transação não foi revelado pela fabricante, bem como prazos de entrega da encomenda. A matriz elétrica da Bolívia é formada praticamente por usinas termelétricas (69%) e hidrelétricas (31%), todas controladas pela CORANI. Até 2025, cerca de 70% da geração deverá ser de origem hídrica ou de fontes alternativas, como eólica, segundo definiu o Ministério de Hidrocarbonetos e Energia. A produção térmica vai ficar reduzida a 30%. A demanda por energia, e também sua produção, devem continuar crescendo no Brasil e na América Latina, e a expansão do setor energético, em especial o hidrelétrico, demandará recursos e investimentos ao longo dos próximos anos, segundo informou o presidente da Voith Hydro, Marcos Blumer. (Agência Brasil Energia – 20.06.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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