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IFE: nº 4.108 - 09 de junho de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Paulo Gabardo assume Assessoria Especial em Assuntos Regulatórios do MME
2 Orçamento para fornecimento aos Jogos Olímpicos tem alta de 16%
3 Aneel avança na análise de PCHs
4 CCEE adia liquidação de abril por causa de Santo Antônio
5 Produtores de energia se livram de taxa de térmicas

Empresas
1 Eletrobras propõe mudança da data-base e reposição imediata de 50% do IPCA
2 Nova regra da Aneel define que descontos da Light em algumas áreas do Rio devem ser suspensos ou ampliados
3 Operação contra 'gatos' descobre 335 irregularidades em bairros do Rio
4 STF desobriga Eletropaulo a fazer mudanças na rede de distribuição elétrica
5 Aneel vai cobrar Abengoa por quebra de contrato
6 TCU constata baixa execução orçamentária pela Amazonas Energia
7 Justiça revoga liminar e Chesf volta a ter R$ 125,5 mi bloqueados
8 Empresários estão interessados em desenvolver power storage no Brasil, diz Lactec

9 Aneel planeja chamada estratégico voltada para estudos de power storage

10 RGE investiu cerca de R$ 4,7 mi em Caxias do Sul em 2016

11 Aplicativo Cemig Atende registra 700 mil atendimentos em 2016

12 GE aposta nos Jogos Olímpicos como vitrine para soluções de energia

13 Belo Monte opera comercialmente segunda turbina do Sítio Pimental

14 Alstom paga R$ 11 mi ao Cade por participação em cartel

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Nível dos reservatórios pelo Brasil
2 Brasil deverá se transformar em exportador líquido de energia em 2020
3 Curva do preço de referência para energia volta a subir

Meio Ambiente
1 Furnas promove XVII Regata Ecológica na Baía de Guanabara

Energias Renováveis
1 Renováveis representam 41% da oferta de energia do Brasil
2 Solar: Brasil está na quinta posição no ranking mundial em capacidade instalada
3 Sistema de painéis fotovoltaicos de Itaipu já começou a gerar energia

4 UFRN inaugura planta fotovoltaica

Gás e Termelétricas
1 Atraso em transmissão exigirá contratação de térmicas em Roraima

Grandes Consumidores
1 Em crise, indústria siderúrgica vai demitir mais de 11 mil até junho
2 Indústria siderúrgica do país vive a pior crise de sua história, diz IABr
3 Vale diz que Moçambique aprova termos de processo de financiamento de Nacala
4 Shopping instala usina a biogás para transformar resíduos em energia no Nordeste
5 PCH da Volkswagen bate recorde de geração

Economia Brasileira
1 Banco Mundial piora projeção e vê queda de 4% para o Brasil este ano
2 Copom mantém taxa básica de juros em 14,25% ao ano

3 Fluxo cambial: Brasil perdeu US$ 3 bi em maio
4 Produção industrial tem alta em 5 de 14 locais em abril, nota IBGE
5 Mercado de trabalho segue ruim, mas expectativas melhoram, nota FGV
6 IPC-S abre junho com alta de 0,59%
7 IPCA avança 0,78% em maio, a maior taxa para o mês desde 2008
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Em 15 anos, capacidade global de coletores solares cresce sete vezes
2 Tecnogera antecipa plano de atuação no exterior e pretende atuar no Peru e na Argentina
3 Argentina afirma que receberá 5 milhões m³/dia de gás boliviano a menos
4 Peru planeja instalar seis milhões de medidores inteligentes de eletricidade no país
5 Peru: 560 mil ligações de gás natural em casa até o fim do ano

Biblioteca Virtual do SEE
1 MAUTHNER, Franz; WEISS, Werner; SPÖRK-DÜR, Monika. “Solar Heat Worldwide: Markets and Contribution to the Energy Supply 2014 (2016 EDITION)”. IEA Solar Heating & Cooling Programme. Gleisdorf (Austria), maio de 2016.
2 BP. “BP Energy Outlook 2016 Edition”. BP p.l.c. 2016.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Paulo Gabardo assume Assessoria Especial em Assuntos Regulatórios do MME

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, nomeou Paulo Félix Gabardo para o cargo de chefe da Assessoria Especial em Assuntos Regulatórios da Secretaria-Executiva do MME. Gabardo atuou na Superintendência de Regulação Econômica da Aneel nos últimos anos como especialista em Regulação de Serviços Públicos de Energia. Com a decisão, Padilha exonerou William Rimet Muniz, que atuava nas funções até então. O executivo já integrou o conselho de administração da Eletrobras, o qual deixou no ano passado. As medidas foram publicados no DOU de 8 de junho. Também foi nomeada a executiva Renata Becker Isfer para o cargo de consultora Jurídica do ministério. (Agência Brasil Energia – 08.06.2016)

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2 Orçamento para fornecimento aos Jogos Olímpicos tem alta de 16%

A Aneel revisou o orçamento para os serviços de fornecimento de energia temporária às instalações dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, com reajuste de cerca de 16%. O novo valor ficou em R$ 234,7 mi, conforme solicitação da Light, empresa responsável pelos serviços. A Light solicitou o reajuste em razão de revisões nos serviços e atualização de projetos de responsabilidade do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016 e do Comitê Olímpico Internacional. As adequações necessárias implicam acréscimo de R$ 27,8 mi no valor do contrato, porém, com a incidência dos Benefícios e Despesas Indiretas - BDI (10,5% sobre o valor do contrato), o aumento fica em R$ 30,8 mi. Segundo a Aneel, as alterações atendem aos requisitos necessários para o reajuste, como disponibilidade de recursos, que foi atestada pelo MME antes da aprovação, e reajuste inferior ao limite contratual, que é de 25%. A aprovação no novo valor foi deliberada em reunião de 7 de junho. Ainda de acordo com a diretoria, a agência fiscalizará o custo que a CDE deverá cobrir para garantir a adequada prestação dos serviços pela Light. Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos acontecem entre 5 e 21 de agosto e 7 e 18 de setembro, respectivamente, no Rio de Janeiro. (Agência Brasil Energia – 08.06.2016)

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3 Aneel avança na análise de PCHs

A Aneel ganhou mais celeridade nos processos de liberação de outorga para pequenas centrais hidrelétricas após a publicação da resolução nº 673/2015, que completou um ano. Nesse período, 17 usinas foram outorgadas e 159 estão aptas à outorga e aguardam a emissão de Declaração de Reserva de Disponibilidade Hídrica e Licença Ambiental. Somadas, as 176 usinas devem agregar ao sistema uma potência instalada de 2.064,72 MW, movimentando investimentos da ordem de R$ 16,5 bi. Os estados que mais possuem PCHs aptas à outorga são: Paraná, com 35, Mato Grosso, com 28, e Rio Grande do Sul, com 27. O aprimoramento da norma que trata das PCHs foi discutido nas duas fases da Audiência Pública 57/2014 e contou com mais de 240 contribuições de associações e agentes interessados no tema. Para o diretor da ANEEL José Jurhosa Junior, relator do processo, os subsídios recebidos na audiência trouxeram avanços ao texto e possibilitaram que a proposta aprovada pela Diretoria refletisse com efetividade os princípios da análise regulatória, da simplificação e da celeridade processual. Atualmente 40 profissionais trabalham no processo de análise das PCHs. De acordo com o Superintendente de Concessões e Autorizações de Geração, Hélvio Guerra, as PCHs são importantes para colocar mais potência na matriz energética. (Agência CanalEnergia – 08.06.2016)

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4 CCEE adia liquidação de abril por causa de Santo Antônio

A CCEE informou, em 8 de junho, que a liquidação financeira do mercado de curto prazo referente a abril de 2016, programada para 15 e 16 de junho, foi postergada para os dias 20 (débito) e 21 (crédito) de junho. A postergação decorre de decisão judicial relacionada à Santo Antônio Energia, cuja operacionalização necessita de esclarecimentos quanto à aplicação de valores de TEIF e TEIP. A CCEE espera finalmente normalizar o calendário das liquidações financeiras a partir do mês de agosto. A previsão inicial é que a liquidação de maio ocorra nos dias 12 e 13 de julho e a liquidação de junho nos dias 8 e 9 de agosto de 2016. "A partir daí espera-se normalizar o calendário para as demais liquidações ao longo do ano", informou a CCEE, de acordo com a ata do CMSE divulgada nesta semana. No último dia 20 de maio, a entidade concluiu a liquidação conjunta dos meses de fevereiro e março. Dos R$ 3,68 bi contabilizados, R$ 1,22 bi foi pago. Do valor não pago, R$ 1,09 bi integram a quantia remanescente do acordo de parcelamento e R$ 320 mi representam outros valores em aberto da liquidação. Os R$ 1,05 bi restantes estão relacionados com liminares de GSF vigentes na época. (Agência CanalEnergia – 08.06.2016)

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5 Produtores de energia se livram de taxa de térmicas

Depois de uma disputa judicial que já durava três anos, cerca de 250 produtores de energia elétrica conseguiram se livrar do pagamento de uma taxa cobrada para financiar o uso das termoelétricas. O TRF-1 deu razão a associações de geradores que questionavam a obrigação de pagar por essas usinas. Para a Justiça, apenas os consumidores finais devem pagar essa conta, que atingiu R$ 16,5 bi de 2013 até fevereiro deste ano, de acordo com a Aneel. A origem do problema está numa resolução do CNPE. Logo depois que o governo editou a Medida Provisória 579/2012, que reduziu a conta de luz em 20%, o País passou por uma estiagem que consumia os reservatórios das hidrelétricas. Para manter a segurança do abastecimento, o governo decidiu acionar todo o parque de termoelétricas, embora o sistema usado pelo NOS não indicasse essa necessidade. Nesse cenário, as térmicas funcionam “fora da ordem de mérito”, o que gera uma taxa chamada de ESS, cobrada na conta de luz. Como as termoelétricas a diesel e óleo combustível custam muito caro, haveria um aumento quase que imediato nas tarifas. Na tentativa de evitar que a redução das contas fosse comprometida, o governo editou a resolução que rateava a despesa entre todos os agentes do setor elétrico, inclusive geradores, comercializadores e as próprias térmicas. A decisão despertou a fúria das empresas. Em 7 de junho, a Sétima Turma do TRF-1 decidiu, por três votos a zero, dar ganho de causa à Apine e à Abragel, excluindo definitivamente cerca de 250 companhias da cobrança. Entre as empresas beneficiadas estão Tractebel, CPFL, Cesp, Cemig, Copel e AES, além de pequenas centrais hidrelétricas, eólicas e usinas a biomassa. A ação das entidades foi a primeira a obter liminar em 2013. O governo ainda pode recorrer a instâncias superiores, mas a chance de reverter a decisão é pequena. Para Coelho, a discussão envolvia a segurança jurídica dos investimentos. “O julgamento de mérito de tema tão sensível, agora em segunda instância, dá maior confiança aos investimentos em infraestrutura, ainda mais no momento econômico pelo qual o País passa”, disse. (O Estado de São Paulo – 09.06.2016)

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Empresas

1 Eletrobras propõe mudança da data-base e reposição imediata de 50% do IPCA

Na segunda rodada de negociação salarial com representantes sindicais, a Eletrobras apresentou proposta de transferência da data-base de seus empregados de maio para outubro. A empresa aplicaria de imediato a correção de 50% do Indice de Preços ao Consumidor Amplo sobre salários e benefícios. O encontro aconteceu nesta quarta-feira, 8 de junho, em Brasília. A discussão sobre o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados ficou para uma próxima reunião com a empresa, marcada para o dia 16. No dia 22 de junho, dirigentes de sindicatos e de federações dos eletricitários vão se reunir para discutir o acordo coletivo de trabalho. “Vamos encaminhar para as assembleias essa proposta”, informou o presidente da Federaçao Nacional dos Trabalhadores em Energia e Meio Ambiente, Eduardo Annunciato, o Chicão. Ele confirmou que se os trabalhadores não concordarem com a mudança proposta pode ser aprovada uma paralisação nos proximos dias 14 e 15. Segundo Annunciato, a Eletrobras já sinalizou que a parte incontroversa do PLR poderá ser paga. A participação nos resultados foi fechada no acordo intermediado ano passado pelo ministro Ives Gandra, do Tribunal Superior do Trabalho. O diretor da Federação Nacional dos Urbanitários Fernando Pereira também confirmou que os pontos da reunião de hoje serão levados às assembleias, que acontecerão de 9 a 17 de junho. Por enquanto, não há indicativo de greve para os trabalhadores dos sindicatos filiados à FNU. O diretor de Administração da Eletrobras, Alexandre Aniz, confirmou a apresentação da proposta aos líderes sindicais e fez uma avaliação positiva do encontro. “A reunião de hoje foi muito positiva e correu num clima respeitoso. A Eletrobras entende que seus colaboradores estão se esforçando neste momento de dificuldades por que passamos e, por isso, a companhia está empreendendo todos os esforços para valorizá-los nessa negociação”, disse Aniz. (Agência CanalEnergia – 08.06.2016)

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2 Nova regra da Aneel define que descontos da Light em algumas áreas do Rio devem ser suspensos ou ampliados

Os descontos concedidos pela Light nas contas de luz de moradores de comunidades pacificadas, de conjuntos habitacionais do PAC e de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio, terão que ser suspensos ou estendidos a outros consumidores que se enquadrem em situações semelhantes às que originaram o benefício. A informação foi confirmada, ontem, pela Aneel, devido a um novo regulamento do órgão, que estabelece critérios mínimos para a concessão de abatimentos tarifários no país. O documento foi divulgado em 7 de junho. Pelas novas regras da Aneel, as ofertas de descontos das distribuidoras de energia deverão ser isonômicas (com tratamento igualitário), abranger todos os usuários que se encontrem na mesma situação que gerou o direito ao abatimento. Esses descontos em áreas do PAC, de favelas com UPPs e de Rio das Pedras foram estabelecidos, no ano passado, pela Resolução Autorizativa 5.133 e variam de 60% a 90% da tarifa normal, de acordo com o mês do ano. Eles valem para consumidores que tiveram instalação de medição eletrônica remota em suas residências. O prazo de dois anos de direito ao desconto começa a contar a partir do faturamento iniciado após a instalação do equipamento. Segundo a Aneel, a Light tem 180 dias para se adequar à nova regulamentação. Caberá à concessionária fixar os critérios para abranger outros consumidores de pequeno poder aquisitivo de sua área de atuação, caso decida estender o benefício, em vez de suspendê-lo. Em nota, a Light informou que a nova regulamentação ainda não foi publicada. Quando estiver disponível, a empresa vai “avaliar se deverá realizar mudanças nas regras praticadas”. A companhia destacou o prazo de seis meses que tem para o ajuste e afirmou que “os consumidores contemplados serão previamente avisados”. (O Globo – 09.06.2016)

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3 Operação contra 'gatos' descobre 335 irregularidades em bairros do Rio

Equipes da Light e da Delegacia de Defesa dos Serviços Degelados (DDSD) encontraram 335 irregularidades em mais de 800 inspeções realizadas nos bairros de Pilares e Cachambi, Zona Norte do Rio, nesta quarta-feira. Os técnicos agiram em conjunto com o Centro de Inteligência, que detectou previamente todos os tipos de irregularidades e selecionou os locais onde os seriam realizadas as inspeções. Cerca de 40% dos locais visitados durante a operação contra o furto de energia tinham algum tipo de irregularidade. A polícia aplicou seis registros de ocorrência em locais como drogaria, salão de beleza e restaurante. Além da ação, que envolveu 420 profissionais, uma Agência Móvel de Atendimento também ficou à disposição dos moradores para realizar serviços de análise de contas, vistorias técnicas, parcelamento de débitos, transferência de titularidade e ligação nova, por exemplo. (G1 – 08.06.2016)

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4 STF desobriga Eletropaulo a fazer mudanças na rede de distribuição elétrica

O STF acatou, em 8 de junho, um recurso da Eletropaulo, a empresa que fornece energia à capital paulista, e derrubou uma decisão da Justiça de São Paulo que obrigava a companhia a reduzir, com base em um parâmetro suíço, a radiação dos campos eletromagnéticos criados pelas linhas de transmissão de energia de alta tensão por supostos efeitos cancerígenos. A Corte reconheceu, por seis votos a quatro, que os estudos científicos não provam que a exposição humana aos campos eletromagnéticos está relacionada à maior incidência de câncer. Por isso, manteve a autorização para que as empresas brasileiras sigam os parâmetros da OMS e descartou a adoção dos limites mais baixos empregados pela Suíça. Preocupado com os efeitos à saúde e ao meio-ambiente, o país europeu fixou o limite da radiação dos campos eletromagnéticos em 1 microtesla, a unidade que mede esse fenômeno físico que cerca materiais em corrente elétrica. No Brasil, o limite legal atual para a população é de 83,3 microteslas, conforme a orientação da OMS aceita pela lei brasileira. Dias Toffoli alertou que o excesso de cautela no caso poderia impor riscos à democratização do acesso à energia elétrica no Brasil. O ministro Edson Fachin divergiu da tese vitoriosa e votou para manter a decisão justiça paulista. Para ele, os estudos atuais sobre o caso são suficientes para considerar a imposição de medidas preventivas. Ele foi acompanhado por Rosa Weber, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello. Os ministros admitiram, no entanto, que, se estudos científicos comprovarem futuramente a relação de campos magnéticos ao desenvolvimento de doenças, essa posição pode ser modificada. (O Estado de São Paulo – 08.06.2016)

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5 Aneel vai cobrar Abengoa por quebra de contrato

A Aneel decidiu executar as garantias financeiras de dois contratos de concessão de linhas de transmissão firmados com a empresa espanhola Abengoa. A decisão foi tomada após um processo exaustivo de busca de um acordo com a empresa, que entrou em processo de pré-recuperação judicial na Espanha e paralisou grande parte de suas operações no Brasil. O valor cobrado pela agência chega a R$ 113,3 mi. Desse total, R$ 92 mi referem-se às obras do chamado “linhão pré-Belo Monte”, um projeto de 1.854 km de extensão que está parado e que pode prejudicar parte da entrega de energia da hidrelétrica em construção no Rio Xingu, no Pará. A cobrança de mais R$ 21,3 mi está relacionada ao atraso de uma segunda linha de transmissão de 286 km que atravessa Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará. A decisão de cobrar as “garantias de fiel cumprimento” foi confirmada pela Aneel. Por meio de nota, a agência declarou que “foram abertos respectivos processos de execução da garantia de fiel cumprimento, tendo sido conferido prazo para manifestação, em respeito ao princípio do contraditório e da ampla defesa”. Caso não haja apresentação de defesa, informou a agência, os valores das garantias serão recolhidos aos cofres públicos. A preocupação da agência e da cúpula do setor elétrico é encontrar uma saída no curto prazo para a situação da Abengoa, sob risco de gerar uma nova bolha de atrasos e rombos financeiros no setor. (O Estado de São Paulo – 08.06.2016)

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6 TCU constata baixa execução orçamentária pela Amazonas Energia

O TCU apontou baixa execução orçamentária pela Amazonas Energia e constatou ausência de acompanhamento e controle da execução de investimentos dos departamentos da companhia. Segundo decisão do órgão, a empresa controlada pela Eletrobras deverá elaborar um plano de trabalho para suprir as deficiências de administração financeira. Além da ausência de acompanhamento, o tribunal constatou a falta de um processo formalizado para pautar o planejamento e elaboração do orçamento da empresa, bem como a ausência de manuais de execução orçamentária. O plano de trabalho deverá ser feito pela empresa com medidas de implementação de uma ferramenta gerencial para inserir informações sobre os motivos da baixa execução do orçamento de investimento. Além disso, a concessionária deverá criar normas e manuais de execução orçamentária, com destaque para o gerenciamento de contratos que é uma das causas citadas pelos setores para não execução dos valores. Segundo publicação do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, do dia 31 de maio, a concessionária havia executado até abril apenas 8,4% do total fixado para este ano. Foram R$ 70,4 mi dos R$ 842,7 mi planejados até dezembro. O objetivo da auditoria é que o planejamento dos departamentos tenha os dados necessários e relevantes e possa acompanhar e controlar a execução, bem como que a empresa cumpra os princípios de transparência e motivação dos atos administrativos. Não é a primeira vez que o tribunal aponta falhas na administração da empresa. Em outubro do ano passado, o órgão fez uma auditoria para avaliar a atuação do controle interno da distribuidora quanto aos aspectos de eficiência na mitigação de riscos corporativos e adequação do planejamento anual. Na ocasião, o órgão encontrou ausência de compartilhamento sistemático de informações sobre riscos e sobre a gestão financeira da companhia. (Agência Brasil Energia – 08.06.2016)

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7 Justiça revoga liminar e Chesf volta a ter R$ 125,5 mi bloqueados

O Tribunal de Justiça de Pernambuco revogou decisão liminar que liberava R$ 125,5 mi da Chesf, bloqueando novamente os recursos. A decisão liminar havia sido tomada ontem pelo mesmo tribunal. O bloqueio das contas da companhia aconteceu em 31 de maio, no âmbito de processo judicial que tramita na 12ª Vara Cível da Comarca de Recife, sobre contrato na hidrelétrica de Xingó. No processo, a Chesf tenta obter a nulidade parcial de aditivo (“Fator K”, de correção analítica de preços) ao contrato de empreitada das obras civis da usina, firmado com o Consórcio Xingó. O consórcio é formado pela Companhia Brasileira de Projetos e Obras (CBPO), Constran e Mendes Júnior Engenharia. Com isso, a Chesf espera obter a devolução de importâncias pagas nos aditivos. “A manutenção do referido bloqueio judicial impacta a capacidade financeira da companhia e de seus negócios, no curto prazo, em especial considerando sua condição de concessionária de serviço público de energia elétrica”, afirmou a Chesf em comunicado. “Entretanto, a administração continuará adotando as medidas jurídicas cabíveis ao equacionamento dessa situação” completou a empresa. (Valor Econômico – 09.06.2016)

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8 Empresários estão interessados em desenvolver power storage no Brasil, diz Lactec

O Lactec têm recebido muitas empresas interessadas em investirem no promissor mercado de armazenamento de energia, disse o engenheiro químico Juliano de Andrade, da Divisão de Sistemas Elétricos dos Institutos Latec. O Brasil utiliza os reservatórios das UHEs para estocar energia em forma de água. Contudo, lembrou o especialista, o país vem perdendo essa capacidade ao optar por uma expansão da matriz apoiada em usinas a fio d'água e em fontes variáveis como eólica e, mais recentemente, a solar. Esse novo perfil de matriz exigirá novas soluções tecnológicas para garantir a segurança do suprimento de energia. Segundo o especialista do Lactec, o controle de pico de demanda é um dos maiores benefícios que o power storagepode promover ao sistema elétrico brasileiro. Armazenar energia significa ter independência temporal para despachar a energia gerada aos centros de consumo de forma estratégica e eficiente. Um procedimento que pode ser essencial para geradores eólicos, fotovoltaicos e distribuidoras de energia que podem aumentar a qualidade e segurança de seu fornecimento. Os Institutos Lactec destacam-se como um importanteplayer neste mercado, podendo trabalhar junto a concessionárias de geração, distribuição e transmissão de energia em projetos de dimensionamento e implantação de sistemas. No entanto, para que os projetos saiam do papel o país ainda precisa superar alguns desafios. Entre os obstáculos a serem superados estão a demonstração da viabilidade técnica e dos benefícios à rede da tecnologia; a minimização de custos e riscos de instalação e operação; o estabelecimento de uma cadeia confiável de fornecimento; e a criação de normas técnicas para operação eficiente e segura. (Agência CanalEnergia – 08.06.2016)

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9 Aneel planeja chamada estratégico voltada para estudos de power storage

A Aneel planeja lançar neste ano uma chamada estratégica e especifica, por meio do seu programa de P&D, voltada para estudos de power storage. A ideia é estimular empresas, universidades e institutos de pesquisa a desenvolver projetos que otimizem o despacho do sistema elétrico nacional, considerando sistemas de armazenamento de energia de pequeno, médio e grande porte, na matriz energética nacional, promovendo também a suavização dos picos entre geração e consumo, em regime permanente, e o estimulo da indústria nacional no desenvolvimento de soluções aplicadas ao tema. O engenheiro químico Juliano de Andrade, da Divisão de Sistemas Elétricos dos Institutos Latec, que tem colaborado na minuta do P&D, acredita que a chamada deve ser lançada nos próximos dois meses. "O prazo para coleta de propostas de projetos vai ser entre dois e três meses, ou seja, querem uma resposta rápida. A expectativa que a gente tem é que a Aneel está esperando uma contribuição com diversos tipos de armazenamento, com baterias na rede de distribuição, usinas de gás comprimido, usinas reversíveis na geração e transmissão." Segundo levantamento da Abaque, o mercado brasileiro para sistemas de armazenamento de energia está estimado em 95 GW, isso considerando apenas o potencial para uso do consumidor final, como substituição de geradores a diesel entre outras aplicações. (Agência CanalEnergia – 08.06.2016)

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10 RGE investiu cerca de R$ 4,7 mi em Caxias do Sul em 2016

Durante o primeiro trimestre de 2016, o município de Caxias do Sul foi foco prioritário de investimentos da RGE (RS). No total, a companhia investiu R$ 4,7 mi em melhorias no sistema elétrico, ampliação da oferta de energia e em projetos de modernização da rede na cidade. O montante representa 8,17% de todo o investimento da distribuidora no Rio Grande do Sul no período, que foi de R$ 57,5 mi. A série de investimetos da concessionária no primeiro trimestre de 2016 contabilizou R$ 358 mil em manutenções programadas e emergenciais, além de R$ 148 mil em substituições de transformadores avariados por outros, novos e ecológicos. De acordo com o presidente da RGE, Roberto Sartori, o investimento em Caxias do Sul representa o compromisso da companhia com o fortalecimento do sistema energético da nossa maior área de concessão e também de toda a Serra Gaúcha. "Mesmo com um momento econômico difícil, seguimos nosso cronograma de investimentos em todas nossas cidades. Sabemos que precisamos seguir apostando nas cidades para auxiliar na retomada do crescimento do Rio Grande do Sul". afirma Sartori. (Agência CanalEnergia – 08.06.2016)

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11 Aplicativo Cemig Atende registra 700 mil atendimentos em 2016

Somente neste ano, foram registrados pela Cemig, 700 mil atendimentos realizados pelo aplicativo Cemig Atende. De janeiro a maio, a empresa constatou um crescimento de 90% em relação ao mesmo período do ano de 2015. Os principais serviços solicitados pelos consumidores da Cemig, desde o início do ano, são consulta de débitos, visualização de segunda via da fatura, acesso a histórico de contas, envio de leitura, consulta a histórico de protocolos e alerta sobre falta de energia. De acordo com o gerente de Relacionamento Comercial com Clientes da Distribuição da Cemig, Elieser Francisco Corrêa, os consumidores que fazem a utilização do aplicativo podem poupar tempo e resolver muitas questões referentes à companhia por meio da ferramenta. (Agência CanalEnergia – 08.06.2016)

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12 GE aposta nos Jogos Olímpicos como vitrine para soluções de energia

A GE será a fornecedora de equipamentos de segurança energética para as instalações das Olimpíadas e Paraolimpíadas do Rio de Janeiro. A empresa vai disponibilizar cerca de 3 mil unidades de fontes de alimentação de atuação ininterrupta, atendendo a todas as instalações envolvidas no megaevento. O pacote de distribuição inclui paineis elétricos especiais, responsáveis pela coleta da energia da rede e distribuição interna e sistemas de no-break, que atenderão arenas e áreas não esportivas, como o centro de mídia (IBC), que deve gerar mais de 6 mil horas de conteúdo. O prédio do IBC está localizado no Parque Olímpico tem previsão de receber cerca de mais 10 mil pessoas e teve as obras concluídas em novembro do ano passado. Segundo o Líder Comercial para os Jogos Olímpicos da GE Energy Management, Alfredo Mello, cerca de 50 instalações devem contar com UPS para garantir o fornecimento ininterrupto da energia. Equipamentos como esses, UPS são utilizados em operações em regime diuturno, sem a possibilidade de desligamento, como aeroportos, hospitais e redes de telecomunicações, onde qualquer falha no funcionamento pode resultar em graves consequências. Eles funcionam como um banco de baterias que entram em funcionamento quando há uma falha no fornecimento de energia, fornecendo energia acumulada até que os geradores de emergência comecem a operar — ou o atendimento via rede elétrica seja restabelecido. Também são utilizados para evitar problemas de variação na tensão ou corrente de energia fora dos padrões oficiais. A duração do funcionamento dos bancos de baterias é customizada, ajustada de acordo com cada instalação, mas em média pode durar entre 10 e 20 minutos, tempo considerado mais do que suficiente para que os geradores entrem em funcionamento ou a rede tenha a operação restabelecida. De acordo com o executivo, os UPS têm uso de tecnologia que permite monitoramento remoto e em tempo real, de modo que se permita verificar o desempenho da rede, permitindo ações preventivas contra falhas de fornecimento. Alguns desses equipamentos serão desmobilizados, diante do fato de que algumas das instalações olímpicas são temporárias, ficando a cargo do comitê local. (Agência Brasil Energia – 08.06.2016)

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13 Belo Monte opera comercialmente segunda turbina do Sítio Pimental

A UHE Belo Monte (11.233 MW – PA) iniciou nesta quarta-feira (8/6) a operação comercial da segunda unidade geradora da casa de força complementar, em testes desde a última semana de março. A unidade possui 38,85 MW, assim como outras cinco que compõem o chamado Sítio Pimental. É a quarta turbina a iniciar operação comercial. A primeira turbina do sítio entrou em operação comercial no final de abril. No dia 20/4, entrou em atividade a primeira unidade da casa de força principal, de 611,1 MW. A usina possui ao todo 24 turbinas e tem previsão para entrar em operação comercial em 2019. O empreendimento é de propriedade da Norte Energia. (Agência Brasil Energia – 08.06.2016)

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14 Alstom paga R$ 11 mi ao Cade por participação em cartel

O Cade assinou um acordo com a Alstom com relação um processo sobre cartel no setor de componentes para a transmissão de energia. O Termo de Cessação de Conduta (TCC) envolve o pagamento de R$ 11 mi em contribuição pecuniária e o reconhecimento de participação no cartel. (Valor Econômico – 08.06.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Nível dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Sul registram volume de 92,6%, caindo 0,2% na comparação com o dia anterior. De acordo com dados do IPDO do ONS referentes ao último dia 7 de junho, a energia armazenada é de 18.480 MW/mês e a energia natural afluente é de 11.136 MW/med. Esse valor equivale a 97% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Barra Grande opera com 85,02% da sua capacidade. No submercado Sudeste/ Centro-Oeste, os níveis continuaram com 57,3%. A energia armazenada é de 116.201 MW mês e a ENA é de 48.650 MW mês, o mesmo que 106% da MLT. A usina de Furnas opera com 76,93% da capacidade e a de Nova Ponte, está com 39,55%. Os níveis no Nordeste também ficaram inalterados em 29,5%. A energia armazenada na região está em 15.266 MW mês e a ENA é de 1.397 MW, o mesmo que 29% da MLT. A usina de Sobradinho está com volume de 26,06%. Na região Norte, um recuo de 0,2% deixou os níveis em 61,7%. A energia armazenada é de 9.286 MW mês e a ENA é de 2.922 MW med, que equivale a 46% da MLT. A hidrelétrica de Tucuruí está com volume de 87,96%. (Agência CanalEnergia – 08.06.2016)

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2 Brasil deverá se transformar em exportador líquido de energia em 2020

O Brasil vai se transformar em um exportador líquido de energia em 2020, com a produção de petróleo, gás, energia hidrelétrica, nuclear e renováveis, superando o crescimento da demanda. A informação consta do BP Energy Outlook 2035, divulgado nesta quarta-feira, 8 de junho. Pelo relatório, o consumo de energia renovável, incluindo biocombustíveis, vai aumentar 4,6% ao ano de 2014 a 2035 e sua parcela na geração de hidroeletricidade passa de 12% em 2014 para 26% em 2035. A energia consumida em geração de eletricidade, segundo o BP, crescerá 58% até 2035. A UHE continuará sendo a fonte dominante, apesar de sua parcela cair de 65% para 59% ao fim do horizonte do estudo. Quando considerado o consumo de todos os combustíveis no período, as renováveis - incluindo biocombustíveis - apresentam crescimento de 157%; as hidrelétricas de 43%; o gás de 44%; petróleo, de 21%; e a nuclear, de 113%. O carvão cai 4%. Segundo o BP, o consumo de gás aumenta 1,7% ao ano de 2014 a 2035, pouco abaixo da média global de 1,8% ao ano. Enquanto isso, o petróleo cresce 0,9% ao ano, em linha com a média global. O relatório mostra ainda que haverá crescimento forte da produção de petróleo (113%); renováveis em eletricidade (240%); energia hidrelétrica (43%); biocombustíveis (85%); gás (47%); e energia nuclear (113%). Por outro lado, a produção de carvão terá queda de 23%. A produção de petróleo atingirá 5,1 Mb/d em 2035, o maior índice já registrado, segundo a BP. Em relação a intensidade energética do Brasil - quantidade de energia necessária por unidade de PIB - haverá queda de apenas 3% em 2035. Já o declínio global médio será de 35%. As emissões de CO2 decorrentes do uso de energia aumentam 22% até 2035. No entanto, o ritmo de crescimento diminui de 3,4% ao ano nos últimos 20 anos para 0,9% ao ano de 2014 até 2035. Para ler o relatório na íntegra, clique aqui. (Agência CanalEnergia – 08.06.2016)

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3 Curva do preço de referência para energia volta a subir

A curva do preço de referência para contratos de energia elétrica referente ao submercado Sudeste/Centro-Oeste voltou a subir na semana, para R$ 79,70/MWh. O valor, agora referente ao trimestre de julho a setembro de 2016, é 6,75% superior ao registrado na semana anterior. Em relação às bases mensal e anual, houve queda de 8,76% e 77,23%, respectivamente. A análise foi divulgada nesta quarta-feira no Boletim Semanal da Curva Forward, elaborado pela consultoria Dcide. Já a fonte convencional no longo prazo, entre 2017 e 2020, o preço caiu 0,32% na semana, para 131,19/MWh. Quando comparado ao mês e ao ano anterior, o indicador teve alta de 4,89% e baixa de 35,96%, respectivamente. O documento tem como base os dados fornecidos por 48 agentes do mercado livre, entre os mais comercialmente ativos, apurados semanalmente pela Dcide. As curvas de preço apuradas são validadas por um modelo matemático, que elimina as distorções, e por um comitê. (Agência Brasil Energia – 08.06.2016)

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Meio Ambiente

1 Furnas promove XVII Regata Ecológica na Baía de Guanabara

A Baía de Guanabara recebeu semana passada a XVII Regata Ecológica, realizada pela Escola Naval. Aspirantes da Marinha, estudantes universitários, colaboradores de Furnas e até um campeão da vela, participaram da regata. Apoiada por Furnas, a prova teve o objetivo de retirar das águas da baía a maior quantidade de lixo possível. Ao final, 409,4 kg de detritos foram recolhidos. Foram retirados da Baía de Guanabara objetos como bolsas, mochilas, botas, sandálias, bonecas, madeiras, garrafas e até uma televisão. A regata, que contou com 18 embarcações nas categorias Oceânico, Cabinado e Escaler, também apresentou uma exposição de projetos relacionados á preservação do ecossistema marinho, ecologia e reciclagem. O lixo recolhido durante a XVII Regata Ecológica será destinado por Furnas à ONG Ecco Vida. A organização vai reaproveitar 80% do material por meio do Projeto Ecco Ponto Brasil Sustentável. O restante do lixo foi enviado ao aterro sanitário. (Agência CanalEnergia – 08.06.2016)

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Energias Renováveis

1 Renováveis representam 41% da oferta de energia do Brasil

Em 2015, a oferta interna de energia do Brasil totalizou 299,2 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep), unidade de medida que expressa a quantidade de energia produzida na queima de uma tonelada de petróleo cru. Desse total, 41,2% representam fontes renováveis, índice bem superior ao encontrado nos países desenvolvidos, de 9,4%, de acordo com boletim do MME. A expressiva presença de renováveis no país trouxe também um resultado positivo para o indicador de emissão de gás carbônico por unidade de energia consumida. No Brasil, o valor é de 1,56 toneladas de CO²/tep, enquanto, nos países desenvolvidos, a média é de 2,25 tCO²/tep. Já no balanço mundial, o número ficou em 2,35 tCO²/tep. Com relação à participação dos biocombustíveis na matriz de transportes, o Brasil tem os índices mais altos do mundo, com consumo de 21,4% de etanol e biodiesel em relação ao total. Na Europa e América do Norte, o emprego da bioenergia na matriz de transporte foi de apenas 4,1% em 2015, e, nos demais países, o volume foi ainda menor, de 0,8%. De acordo com o levantamento, as vantagens comparativas do Brasil são também expressivas quando observada a demanda das indústrias por energia elétrica, na qual o uso das fontes bioenergéticas chegou a 39,2% no ano passado, contra 9,9% nos países desenvolvidos e 5,3% no resto do mundo. O destaque ficou para “a aplicação de bagaço de cana aplicado na produção de açúcar, de lixívia na produção de celulose, de carvão vegetal na produção de ferro-gusa e de lenha na indústria de cerâmica”, segundo o MME. (Agência Brasil Energia – 08.06.2016)

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2 Solar: Brasil está na quinta posição no ranking mundial em capacidade instalada

O Brasil está na quinta posição no ranking mundial em capacidade instalada até 2014, com 2.712 MW a partir de aquecedores solares. Os números foram divulgados na última quarta-feira (1/6) pela Agência Internacional de Energia (IEA) em seu relatório anual Solar Heat WorldWide, edição de 2016 (base 2014), que traz as estimativas para o ano passado, e compilados pelo Dasol, da Abrava. A capacidade adicionada apenas no ano foi de 1.009 MW, terceiro maior volume entre os países analisados. A capacidade instalada nos 61 países incluídos no relatório é estimada em 95% do total do mercado de aquecimento solar global. Eles representam 4,5 bilhões de pessoas, cerca de 63% da população mundial. Para ler o estudo na íntegra, clique aqui. (Agência Brasil Energia – 08.06.2016)

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3 Sistema de painéis fotovoltaicos de Itaipu já começou a gerar energia

Instalada há pouco mais de dois meses, a microgeradora de energia solar do Centro Executivo de Itaipu, já gerou quase 5 mil KW e obteve uma economia superior a R$ 2,5 mil para a empresa. O sistema instalado no teto de parte do estacionamento do edifício, em Foz do Iguaçu, conta com 78 painéis fotovoltaicos, dois inversores e capacidade instalada de 21,5 KWp. Até maio, a energia produzida no local foi suficiente para abastecer 6,6% do consumo do prédio. A previsão é chegar ao fim deste ano com cerca de 10% da demanda atendida pelos painéis fotovoltaicos. A potência instalada passará de 21,5 KWp para 30,8 KWp (aumento de 42%), com geração de 3.600 KWh/mês. (Agência CanalEnergia – 08.06.2016)

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4 UFRN inaugura planta fotovoltaica

A UFRN, colocou em operação nesta semana sua primeira planta piloto fotovoltaica, com 10 kWp. O projeto, que foi desenvolvido no Laboratório de Eletrônica de Potência e Energias Renováveis (Leper) é fruto de uma parceria entre a universidade, Petrobras e CTGAS-ER. Segundo o recém-doutor Thiago de Oliveira Alves Rocha, formado pela UFRN no projeto do desenvolvimento da planta piloto, com exceção dos módulos fotovoltaicos, todos os componentes, sistemas e softwares foram integralmente criados pela equipe de técnicos, mestrandos e doutorandos do Leper. A estrutura permitirá que engenheiros eletricistas complementem suas formações, podendo ser objeto de dissertações de mestrado e teses de doutorado. O grupo de pesquisa do Leper espera atender, por semestre, cerca de 30 alunos de graduação e 10 discentes de pós-graduação. (Agência Brasil Energia – 08.06.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Atraso em transmissão exigirá contratação de térmicas em Roraima

O atraso na conclusão do sistema de transmissão que interligará o estado de Roraima ao Sistema Interligado Nacional acarretará na manutenção do parque térmico contratado atual (189,1 MW) e ainda exigirá a contratação de mais 45 MW de capacidade termelétrica para atender aquela região, segundo estudo realizado pela Empresa de Pesquisa Energética. O estudo considera a disponibilização do sistema 500 kV Lechua - Equador - Boa Vista apenas em julho de 2018. Licitada em 2012, a linha deveria entrar em operação em 2015, porém há um impasse com a Fundação Nacional do Índio que impede a liberação das licenças necessárias para o início das obras. Considerando a previsão de crescimento do mercado de Roraima, a EPE calcula a necessidade de instalação de geração térmica adicional de 9,8 MW em 2016, 17,7 MW em 2017 e 17,4 MW em 2018. Os dados foram apresentados na reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico de 4 de maio, mas a ata só foi disponibilizada nesta semana. A EPE também apresentou os demais montantes de contratação para os anos posteriores a 2018 até 2021, mas esses dados não constam no documento acessado pela Agência CanalEnergia. "O CMSE deliberou pela necessidade de manutenção dos 189,1 MW já instalados em Boa Vista/RR, conforme disposto na Portaria MME nº 6/2014, até a efetiva interligação desse sistema isolado ao SIN, devendo acrescentar a esse montante disponibilidade adicional de 9,8 MW em 2016, 17,7 MW em 2017 e 17,4 MW em 2018, totalizando respectivamente 198,8 MW, 216,5 MW e 233,9 MW de geração térmica para atendimento ao local." A linha em circuito duplo terá aproximadamente 721 km de extensão e vai atravessar nove municípios dos estados do Amazonas e de Roraima. O atraso no licenciamento da linha fez a Alupar protocolar junto à Aneel pedido de rescisão do contrato de concessão. A concessão poderá passar por um processo de reequilíbrio econômico-financeiro, que pode significar um novo prazo de concessão. (Agência CanalEnergia – 08.06.2016)

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Grandes Consumidores

1 Em crise, indústria siderúrgica vai demitir mais de 11 mil até junho

A indústria do aço vive a pior crise de sua história, segundo números apresentados nesta quarta-feira pelo Instituto do Aço. Impactado pela crise econômica que derrubou a atividade de seus principais clientes, o setor estima para o primeiro semestre deste ano a demissão de 11,3 mil pessoas e fechamento de 23 unidades produtivas. Até dezembro, a entidade prevê redução na produção do aço bruto de 6,8% e queda nas vendas internas da ordem de 10%. As projeções foram revisadas para baixo. Em fevereiro, o Instituto projetava queda de 1% na produção e de 4,1% nas vendas. Ainda de acordo com a entidade, o consumo aparente da liga nos primeiros cinco meses de 2016 caiu 35,4% sobre o mesmo período do ano passado. Dos 14 alto-fornos instalados no país, 5 estão parados. A fraqueza na demanda fez o setor adiar cerca de US$ 2,9 bi em investimentos previstos para os próximos anos. Para Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Instituto do Aço, não há no horizonte uma perspectiva de melhoria do cenário até o fim de 2017, sobretudo pelo cenário interno. Segundo ele, é preciso haver uma retomada do Reintegra para auxiliar no aumento das exportações. “As prioridades (do novo governo) são tão grandes para organizar a casa, por exemplo, fazer o ajuste fiscal, e não há nada que sinalize um crescimento de PIB, que está ligado umbilicalmente com o aço”, afirmou Lopes. A entidade já se reuniu com alguns ministros do novo governo e também com o presidente interino Michel Temer semanas antes de ele assumir o cargo. Benjamin Baptista Filho, conselheiro do Instituto do Aço e presidente da ArcelorMittal, disse que tanto os ministros quanto Temer se “sensibilizaram” com a situação apresentada. “Conversamos com membros do governo referendando e reafirmando os pleitos que estamos precisando. A retomada do consumo doméstico vai demorar muito tempo”, explicou Baptista. Perguntados sobre se esperam algum incentivo do governo, tanto Baptista quanto Lopes disseram que não. “Não queremos incentivo, queremos isonomia para conseguir competir internacionalmente. O Reintegra, que é que pedimos, é só compensação de resíduo tributário não um incentivo”, detalhou Lopes. (O Globo – 08.06.2016)

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2 Indústria siderúrgica do país vive a pior crise de sua história, diz IABr

O presidente-executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes, afirmou nesta quarta-feira que a indústria siderúrgica do país vive a pior crise de sua história neste ano e que o consumo aparente da liga nos primeiros cinco meses de 2016 caiu 35,4 por cento sobre o mesmo período do ano passado. Segundo o executivo, dos 14 alto-fornos instalados no país, cinco estão parados. A situação de fraqueza na demanda fez o setor adiar cerca de US$ 2,9 bi em investimentos previstos para os próximos anos, afirmou ele durante evento do setor. (O Globo – 08.06.2016)

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3 Vale diz que Moçambique aprova termos de processo de financiamento de Nacala

A mineradora Vale informou nesta quarta-feira que superou importante etapa visando o financiamento do Corredor Logístico de Nacala, em Moçambique (África), com a aprovação dos termos e condições gerais da transação por ministros daquele país, mas destacou que operação não está concluída. Em um esclarecimento enviado ao mercado, a Vale ressaltou que ainda serão necessários a negociação e o cumprimento de "diversas" condições para a conclusão da transação, mas não entrou em detalhes sobre o que estaria faltando. O financiamento do empreendimento é importante para a conclusão de acordo fechado entre a Vale e a japonesa Mitsui, em 2014, que inclui a venda de uma participação na mina de carvão Moatize, em Moçambique, assim como uma fatia no projeto para escoamento da produção. Em fevereiro, executivos da empresa afirmaram em conferência com analistas estarem confiantes em fechar o project finance do projeto nos meses seguintes, após questionamentos sobre o empreendimento e a demora para a conclusão do negócio. No mesmo esclarecimento, a mineradora também comentou notícias na imprensa que afirmaram que o presidente do Brasil interino, Michel Temer, estaria fazendo investidas para retirar o cargo de presidente-executivo da Vale, Murilo Ferreira. Segundo a mineradora, a Vale não realizou qualquer deliberação sobre a substituição de Ferreira, e nem recebeu comunicação de seus controladores sobre tal intenção. (O Globo – 08.06.2016)

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4 Shopping instala usina a biogás para transformar resíduos em energia no Nordeste

Um shopping na região Nordeste resolveu instalar uma usina a biogás para transformar resíduos de alimentos e folhagens, que seriam descartados no lixo, em energia elétrica. O projeto pioneiro no segmento no Brasil é resultado da parceria entre a Celpe e o Camará Shopping. A unidade de geração alternativa de energia vai funcionar no centro de compras, no município de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife. Com potência instalada de 30 kW, a inauguração será nesta quinta-feira. A nova tecnologia utilizará o gás produzido pelos resíduos sólidos como combustível para a geração de eletricidade. Inicialmente, a energia produzida pelo biogás será utilizada para suprir parte da demanda do Camará Shopping. Caso haja excedente, a energia será injetada no sistema da Celpe. O percentual não consumido e destinado à rede da concessionária será revertido em crédito para o cliente, como prevê a Resolução Normativa Nº 482/2012, que trata sobre geração distribuída. O projeto faz parte do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor Elétrico da Aneel e está sendo executado pela UPE, CTGI e as empresas B&G e Sustente Energias Sustentáveis. No período de um ano, o sistema do Camará Shopping será monitorado por pesquisadores. A unidade conta com dois biodigestores com capacidade para 30 m³ de resíduos sólidos. As matérias primas do processo de geração de energia são: restos de comida e biomassa não lenhosa, obtidas na própria área do empreendimento, que está em construção e tem inauguração prevista para abril de 2017. Também serão utilizados resíduos gerados pelo Mercado Municipal de Camaragibe, em parceria com a Prefeitura da cidade, contribuindo para a redução de lixo do local. Além dos biodigestores, também foi instalado um gasômetro de 30 m³, servindo como armazenador de biogás e assegurando a flexibilidade da operação de um microgerador de 30 kVA para geração de energia elétrica no chamado horário de ponta, das 17h30 às 20h30. A finalidade é avaliar o desempenho da microgeração em outros ambientes, o que vai possibilitar a obtenção de dados comparativos. Ainda está previsto a instalação de uma segunda planta de geração na ETE da Compesa, em Caruaru, no Agreste, com potência estimada de 200kW. No total, estão sendo investidos mais de R$ 4,6 mi na aquisição de equipamentos, capacitação profissional, desenvolvimento da tecnologia, instalação e acompanhamento após implantação. (Agência CanalEnergia – 08.06.2016)

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5 PCH da Volkswagen bate recorde de geração

A PCH Anhanguera, uma sociedade entre a Volkswagen do Brasil e as investidoras em energia Seband e Pleuston, alcançou de janeiro a abril seu melhor resultado para esse período desde que foi inaugurada em 2010 no rio Sapucaí, entre as cidades de São Joaquim da Barra e Guará (SP). Nesse quadrimestre, o total gerado foi de 53.291 MWh, o que compensa 18% do consumo da montadora alemã no Brasil. O total já gerado pela PCH desde que foi fundada atinge 458.745 MWh, o suficiente para abastecer 90 milhões de pessoas por um dia. A produção só não foi maior por conta da seca registrada em São Paulo entre 2014 e 2015, que afetou um pouco a usina. A PCH Anhanguera opera com três turbinas, com potência instalada de 22,68 MW, com capacidade para gerar aproximadamente 100.000 MWh/ano. A capacidade é calculada de acordo com a vazão média do rio e geralmente varia conforme os períodos mais ou menos chuvosos. (Agência Brasil Energia – 08.06.2016)

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Economia Brasileira

1 Banco Mundial piora projeção e vê queda de 4% para o Brasil este ano

O Banco Mundial rebaixou ainda mais a expectativa de recessão no Brasil para 4% neste ano. A projeção foi divulgada, ontem, no relatório "Perspectivas Econômicas Globais" e é pior do que a última edição do documento, em janeiro, que previa queda de 2,5% para 2016. As perspectivas para 2017 também foram reduzidas. Em janeiro, o Banco Mundial previa alta de 1,7% no PIB do ano que vem. Agora, a indicação é de queda de 0,2%. Para a instituição, o país só voltará a crescer em 2018 e mesmo assim timidamente: alta de apenas 0,8%. Os fatores que mais pesaram na avaliação negativa sobre o Brasil foram as incertezas na condução da economia e da política fiscal. "O Brasil deverá sofrer uma contração de 4% em 2016 e sua incerteza deverá continuar em 2017 em meio a tentativas de arrocho das políticas, aumento do desemprego, redução da renda real e imprevisibilidade política", informou o documento. "Se persistirem as incertezas políticas, a implementação de iniciativas fiscais, talvez, seja procrastinada, exercendo maior pressão sobre o investimento." Para piorar as projeções do país, o Banco Mundial ressaltou que as recessões no Brasil e na Venezuela "ainda não atingiram o fundo do poço e podem durar mais do que previamente antecipado". "Há um risco de essas recessões se alastrarem a outros países da região", advertiu a instituição. (Valor Econômico – 08.06.2016)

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2 Copom mantém taxa básica de juros em 14,25% ao ano

Na última reunião do Copom do BC, ainda sob comando de Alexandre Tombini, os diretores do BC fizeram o que previa o mercado financeiro: deixaram estável o juro básico em 14,25% ao ano. Após a reunião nesta quarta-feira, o Copom repetiu o comunicado de abril. E reafirmou que ainda é cedo para corte de juros. “O Comitê reconhece os avanços na política de combate à inflação (...). No entanto, considera que o nível elevado da inflação em doze meses e as expectativas de inflação distantes dos objetivos do regime de metas não oferecem espaço para flexibilização da política monetária”, ressaltou o BC no texto. O novo presidente do BC, Ilan Goldfajn, deve assumir o cargo na quinta-feira no lugar de Tombini — que ocupará o posto do Brasil no FMI — e chega com a perspectiva de adotar uma postura mais ortodoxa. (O Globo – 08.06.2016)

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3 Fluxo cambial: Brasil perdeu US$ 3 bi em maio

O Brasil registrou mais saídas do que entradas de dólares no mês de maio. Em meio ao turbulento cenário político do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o país perdeu US$ 3 bi, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira pelo BC. Esse é o resultado do chamado fluxo cambial, a conta de todos os recursos que ingressaram e saíram do país. Segundo BC, só no mercado financeiro as perdas chegaram a US$ 11,4 bi, já descontado tudo o que entrou para aplicações financeiras aqui. No entanto, os exportadores trouxeram mais dólares do que tudo o que foi remetido pelos importadores. Por isso fluxo comercial ficou positivo em US$ 8,4 bi. O desempenho total do fluxo reverte o resultado positivo em abril. Naquele mês, as entradas superaram as saídas em US$ 6,5 bi. Apesar do resultado do mês anterior ter ficado no azul, o fluxo cambial está no vermelho no acumulado deste ano. O país registrou uma retirada líquida de US$ 7,8 bi. No mesmo período do ano passado, o fluxo cambial total estava levemente positivo. As entradas ainda superavam as saídas em US$ 16 mi. (O Globo – 08.06.2016)

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4 Produção industrial tem alta em 5 de 14 locais em abril, nota IBGE

A produção industrial subiu em apenas cinco dos 14 locais pesquisados pelo IBGE entre março e abril. Os avanços foram verificados em Pernambuco, de 10,2%; São Paulo, de 2,6%; Minas Gerais, de 2,4%; Goiás, de 0,8%; e Rio de Janeiro, de 0,7%. No geral, a indústria subiu 0,1% no período, com ajuste sazonal. Nos outros nove locais pesquisados houve queda na produção industrial, com destaque para o recuo do Amazonas, de 13,5%. As demais taxas negativas foram assinaladas por Rio Grande do Sul (-3,6%), Bahia (-2,5%), Santa Catarina (-2,2%), Ceará (-2,1%), Espírito Santo (-1,4%), Região Nordeste (-1,3%), Pará (-0,5%) e Paraná (-0,5%). Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria nacional apontou queda de 0,5% no trimestre encerrado em abril de 2016 frente ao nível do mês anterior. Em termos regionais, também na série com ajuste sazonal, cinco locais mostraram taxas negativas, com destaque para Rio Grande do Sul (-2,8%), Bahia (-1,4%), Santa Catarina (-0,9%) e Ceará (-0,9%). Por outro lado, Pernambuco (3,5%), Goiás (3,5%), Minas Gerais (1,2%) e São Paulo (0,9%) registraram os principais avanços em abril de 2016. (Valor Econômico – 08.06.2016)

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5 Mercado de trabalho segue ruim, mas expectativas melhoram, nota FGV

Indicadores de mercado de trabalho apurados pela FGV apontaram uma piora na percepção dos brasileiros quanto ao desemprego, mas, por outro lado, sinalizaram uma melhora de expectativas para os próximos meses. O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 3,8% em maio de 2016, alcançando 79,4 pontos, o maior nível desde abril de 2014, quando esteve em 83 pontos. Foi a terceira alta consecutiva e o resultado continua a sinalizar uma queda menor no número de pessoas ocupadas na economia brasileira nos próximos meses, aponta a FGV. Por sua vez, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) aumentou 4,1% em maio, para 99,5 pontos, o maior desde dezembro passado. Ao interromper uma série de quatro quedas consecutivas e sinalizar um aumento do desemprego, o resultado mostra que a recuperação do mercado de trabalho tende a ser lenta e sujeita a contratempos. “Os resultados dos índices mostram uma melhora das expectativas com relação ao futuro bastante consistente, indicando um otimismo para os próximos meses. No entanto, a tendência de curto prazo permanece ruim. O indicador coincidente de desemprego mostrou forte aumento, refletindo de certa forma os aumentos recentes da taxa de desemprego divulgada pelo IBGE”, afirma em nota Fernando de Holanda Barbosa Filho, Economista da FGV-Ibre. Os componentes que mais contribuíram para a alta do indicador antecedente em maio foram os itens que medem a expectativa dos consumidores de encontrar emprego, na Sondagem do Consumidor, e o ímpeto de contratações nos próximos três meses, na Sondagem de Serviços, com variações de 13,6% e 7,7%, respectivamente. Em relação ao ICD, todas as classes de renda do consumidor contribuíram para a alta da percepção do desemprego, com destaque a dos consumidores que auferem renda mensal entre R$ 4.800 e R$ 9.600, cujo indicador aumentou 5,1%. (Valor Econômico – 09.06.2016)

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6 IPC-S abre junho com alta de 0,59%

Com uma alta menos pronunciada dos alimentos, a inflação medida pelo IPC-S desacelerou para 0,59% na primeira prévia de junho, após se situar em 0,64% na leitura final de maio. Os números são da FGV. Cinco das oito classes de despesa que compõem o IPC-S registraram taxas de variação mais baixas, com destaque para Alimentação, que saiu de alta de 0,77% no fim de maio para 0,60% no início de junho. (Valor Econômico – 08.06.2016)

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7 IPCA avança 0,78% em maio, a maior taxa para o mês desde 2008

A inflação oficial, medida pelo IPCA acelerou para 0,78% em maio, após se situar em 0,61% em abril, mostrou o IBGE. É a taxa mais alta para o mês desde 2008, quando subiu 0,79%. Em maio de 2015, o IPCA tinha avançado 0,74%. No ano, o IPCA acumula alta de 4,05%, inferior aos 5,34% registrados em igual período de 2015. Em 12 meses, houve aumento de 9,32%, acima do acumulado nos 12 meses em abril, de 9,28%. O IPCA de maio ficou acima da média de 0,76% estimada por 21 consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data. O intervalo das estimativas foi de 0,70% a 0,83%. No acumulado em 12 meses, a expectativa era de alta de 9,30%. A maior influência para o resultado do mês foi o reajuste da taxa de água e esgoto em várias capitais, mas especialmente em São Paulo, onde subiu 41,9% em maio devido ao fim dos incentivos à redução de consumo de água concedidos pela Sabesp. Houve aumento também em Fortaleza (9,30%), Belo Horizonte (7,72%) e Curitiba (0,33%). (Valor Econômico – 08.06.2016)


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8 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h16, o dólar marcava R$ 3,3820, com elevação de 0,38%. Na quarta-feira, o dólar comercial caiu 2,31%, a R$ 3,3691. (Valor Econômico – 09.06.2016 e 08.06.2016)

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Internacional

1 Em 15 anos, capacidade global de coletores solares cresce sete vezes

A capacidade de coletores solares em operação ao redor do mundo cresceu sete vezes de 2000 a 2015, de 62 GW térmicos para 435 GW. Foram 533 milhões de m² instalados em quinze anos, chegando a 622 milhões de m². O volume corresponde a mais de 350 TWh de produção anual, crescimento expressivo frente os 50 TWh gerados em 2000. Os números foram divulgados na última quarta-feira (1/6) pela Agência Internacional de Energia (IEA) em seu relatório anual Solar Heat WorldWide, edição de 2016 (base 2014), que traz as estimativas para o ano passado, e compilados pelo Dasol, da Abrava. Em relação a 2014, os dados recém fechados apontam capacidade de 410,2 GW térmicos de geração de energia até o final do ano. O volume vem a partir de 586 milhões de m² de área instalada de coletores solares em operação. A maioria concentra-se na China (289,5 GW) e Europa (47,5 GW), que juntas representam 82,1% do total da capacidade global instalada. A agência analisou 61 países com atuação significativa no segmento. A produção total em 2014 ficou em 335 TWh, o que corresponde a uma economia de 36,1 milhões de toneladas de petróleo e 116,4 milhões de toneladas de emissões evitadas de CO2. Apenas durante o ano foram instalados 46 MW, correspondentes a 66,7 milhões unidades de coletores solares de diversos tipos. Entre eles, estão os coletores planos com 8,6 GW (12,3 milhões de m²), tubos a vácuo com 36,3 GW (51,9 milhões de m²), coletores abertos com 1,6 GW (2,3 milhões de m²) e combinados abertos e fechados com 0,08 GW (0,11 milhões de m²). Em termos de porcentagem, os coletores fechados instalados no ano somam 22,1% do total, a vácuo soma 71,1% e os abertos totalizam 6,3%. No ano, 94% da energia produzida por sistemas de aquecimento solar foram destinados ao uso doméstico, sistemas de pequena escala unifamiliares e aplicações maiores para condomínios, hotéis, escolas, por exemplo. Para ler o estudo na íntegra, clique aqui. (Agência Brasil Energia – 08.06.2016)

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2 Tecnogera antecipa plano de atuação no exterior e pretende atuar no Peru e na Argentina

A Tecnogera antecipou para este ano o seu plano de internacionalização dos negócios. Com o desaquecimento da economia brasileira, o objetivo da empresa, que recebeu aporte no fim de 2014 do Pátria Investimentos e do grupo Promon, é iniciar este ano as atividades na Argentina e Peru. "O planejamento da expansão internacional era prevista para 2017 e 2018. Com essas questões macroeconômicas no Brasil, decidimos antecipar para 2016. Devemos ter nos próximos meses operações no Peru e Argentina", disse Abraham Curi, fundador e presidente da Tecnogera. Segundo ele, outro motivo para a antecipação das atividades na Argentina é a oportunidade de negócios para fornecimento de soluções temporárias, devido à escassez de energia no país vizinho. Curi possui hoje 49,99% de participação na Tecnogera. Os 50,01% restantes pertencem ao fundo P2 Brasil, formado pelo Pátria Investimentos e o grupo Promon. Segundo o executivo, a expectativa para este ano é crescer o faturamento na mesma proporção que no ano passado, de 41,2%, ante 2014, sem revelar os valores. Se anteriormente a crise hídrica brasileira foi a mola propulsora dos negócios da Tecnogera, agora a aposta está na internacionalização das atividades e no fornecimento de energia temporária para grandes eventos, como a Olimpíada do Rio 2016. "Para a Tecnogera, o setor de grandes eventos é absolutamente importante. Entendo que, não só em 2016, mas para os próximos anos, esse é um setor que usualmente contrata solução tanto para geradores ficarem de 'standby' ou rodarem durante os eventos", disse Curi. A Tecnogera está entre as líderes do mercado no Brasil, competindo com gigantes mundiais do setor, como a holandesa Aggreko. (Valor Econômico – 09.06.2016)

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3 Argentina afirma que receberá 5 milhões m³/dia de gás boliviano a menos

A Agência de Regulação do Gás (Enargas) da Argentina informou que a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) disse que vai entregar menos 5 milhões m³/dia a em comparação com o que foi acordado "por ter aumentado a demanda do Brasil, que tem prioridade sobre o contrato com a Argentina", de acordo com o portal Cronista.com. Devido a este corte, Enargas pede as indústrias que racionem o consumo de gás até chegar a redução total para preservar o abastecimento de casas, hospitais e escolas, em um comunicado no site do Ministério da Energia no país vizinho. (Página Siete – Bolívia – 09.06.2016)

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4 Peru planeja instalar seis milhões de medidores inteligentes de eletricidade no país

O Ministério de Energia e Minas (MEM) peruano avalia a possibilidade de implementar em oito anos 6 milhões de medidores inteligentes no país. A medida será através da conversão dos atuais medidores por novos que permitirão uma medição mais precisa. Raúl Pérez-Reyes, Vice-Ministro de Energia, disse que ação seria implementada em 2017. A instalação dos equipamentos estará a cargo das distribuidoras e não afetam de forma significativa as tarifas de energia elétrica. "Esta medida visa a modernização das redes de eletricidade e melhorar o serviço que é fornecido ao consumidor, pois se reduzirá a margem de erro na fatura, problema visto recentemente em Apurimac e Ucayali", disse Pérez-Reyes. O consumidor vai saber exatamente o consumo, especialmente nos horários de pico e o custo de religação será reduzido, pois será mais rápido. O total dos investimentos no setor da energia durante o período de 2016-2025 será maior que US $ 48 bilhões. (La Republica – Peru – 09.06.2016)

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5 Peru: 560 mil ligações de gás natural em casa até o fim do ano

No final de 2016 as ligações domésticas de gás natural em Lima, Callao e Ica irão atingir 560 mil, estima o Ministério de Energia e Minas (MEM). Somente no final de 2015 o número de conexões chegou a 400 mil, disse Raul Pérez-Reyes, Vice-Ministro da Energia. Ele explicou que este salto no número de conexões de gás natural vem acontecendo porque alguns problemas foram resolvidos com as promoções e também porque as duas empresas (Cálidda e Contugas) têm acelerado a implantação de redes de gás natural. No entanto, no caso das províncias os avanços não são tão promissores porque, houve alguns problemas e o principal deles foi o fornecimento de hidrocarbonetos, resultante do adiamento da entrega pela empresa Shell. (La Republica – Peru – 09.06.2016)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 MAUTHNER, Franz; WEISS, Werner; SPÖRK-DÜR, Monika. “Solar Heat Worldwide: Markets and Contribution to the Energy Supply 2014 (2016 EDITION)”. IEA Solar Heating & Cooling Programme. Gleisdorf (Austria), maio de 2016.

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2 BP. “BP Energy Outlook 2016 Edition”. BP p.l.c. 2016.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo Mattos, Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.

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Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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