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IFE: nº 4.106 - 07 de junho de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Indicações para estatais estão suspensas, diz Temer
2 Aneel debate melhorias nas faturas de energia nesta quinta-feira (9/6)
3 Agentes debateram transferência de instalações de transmissão, em Brasília
4 Aneel libera operação de 180 MW de eólicas e hidrelétricas
5 Aneel liberou operação em teste da turbina 45 na UHE Santo Antônio
6 Dona de Jirau quer usina binacional com Bolívia

Empresas
1 Eletrobras planeja rever estratégia de internacionalização
2 Eletrobras: quer concluir investigações internas sobre indícios de corrupção e obter o parecer da KPMG
3 Eletrobras: integração energética na América do Sul é sonho difícil, mas não impossível
4 GESEL: fim do processo de internacionalização da Eletrobras
5 GESEL: posição do grupo Eletrobras no setor deverá diminuir gradativamente
6 Eletrobras: especialistas destacam como grandes nós a serem desatados
7 Petrobras diz que ainda não há acordo com Eletrobras sobre dívidas
8 Eletrobras deve apresentar proposta de acordo salarial na próxima quarta-feira, 8

9 MME se reuniu com sindicalistas

10 Light: sistema é reforçado para não faltar luz nos Jogos Olímpicos

11 Engie negocia fornecimento à operadora do VLT do Rio

12 Bolt corre para fechar números e concluir emissão

13 CPFL Paulista investe R$ 7 mi em obras na cidade de Barretos

14 Jirau: Acionistas terão que fazer aportes até setembro

15 Produção da indústria elétrica acumula queda de 17,3% em quatro meses

16 Celesc lança programa Ser Sustentável

Leilões
1 Leilão para sistemas isolados no Amazonas tem deságio de 22,3%

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Números dos reservatórios pelo Brasil
2 Brasil atinge 143 GW em capacidade de geração de energia
3 AES Tietê volta a aumentar vazão da UHE Barra Bonita

Meio Ambiente
1 Comissão de mudanças climáticas debate política energética no Senado
2 Suely Araújo é empossada na presidência do Ibama
3 Ibama realiza reuniões públicas para discutir licenciamento da UHE Xingó

4 Instituto CCR recebe carro elétrico da CPFL Energia

Energias Renováveis
1 Geração das usinas à biomassa salta 10,5%

Gás e Termelétricas
1 Concessões de óleo e gás podem gerar investimentos de R$ 300 bi, prevê Moreira Franco
2 Ponta Grossa terá gás natural em 2017
3 Francesa Engie quer vender blocos de gás no Brasil
4 Comgás vê competitividade maior do gás na indústria
5 Comgás: pode haver um gargalo de suprimento pelas distribuidoras

Grandes Consumidores
1 Shopping Ponta Negra migra para mercado livre

Economia Brasileira
1 Balança comercial registra superávit de US$ 20,4 bi no ano
2 Após surpresa com PIB e indústria, mercado revê projeções no Focus

3 Cesta básica segue em alta, aponta Dieese
4 IGP-DI sobe 1,13% em maio e tem maior taxa para o mês desde 2010 P
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Governo venezuelano estende racionamento de energia elétrica


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Indicações para estatais estão suspensas, diz Temer

As nomeações para estatais e fundos de pensão estão suspensas até que seja aprovada uma proposta específica para estas instituições. O presidente interino Michel Temer disse, em 6 de junho, que aguarda aprovação da Lei Geral das Estatais na Câmara dos Deputados para definir os novos nomes dessas instituições. Nessa linha, a substituição de titulares de estatais como Eletrobras e subsidiárias como Furnas, Chesf e Eletronorte, assim como de fundos de pensão como Eletros, Previ e Petros, não ocorrerão até que a lei já aprovada no Senado seja apreciada e votada na Câmara. Temer disse que as indicações seguirão critérios técnicos. Previ, Petros e Funcef, entre outras instituições, são fundos que possuem participações em empresas do setor elétrico, como distribuidoras. "Nós mandamos hoje paralisar toda e qualquer nomeação ou designação para diretoria ou presidência de estatal ou fundo de pensão enquanto não for aprovado projeto (...) e que dispõe de maneira objetiva que serão indicados pessoas com alta qualificação técnica" (...) e preferencialmente pertencentes ao quadros das próprias empresas estatais", disse o presidente interino. No caso específico da Eletrobras, nos seus primeiros dias de gestão, o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, disse que não pretende tratar a respeito da substituição do presidente da estatal, José da Costa Carvalho Neto, até que seja resolvida a apresentação do balanço financeiro de 2014 à SEC, xerife do mercado financeiro americano. (Agência Brasil Energia – 06.06.2016)

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2 Aneel debate melhorias nas faturas de energia nesta quinta-feira (9/6)

A reunião presencial da Audiência Pública 14/2016, que recebe contribuições da sociedade sobre a proposta de aprimoramento das informações constantes nas faturas de energia elétrica, será realizada em 9 de junho, às 14h, na sede da Aneel, com transmissão ao vivo no portal da Agência. A iniciativa visa tornar mais simples e claras as informações que compõem a conta de luz, tornando mais fácil seu entendimento. Na proposta, além da simplificação de vários itens na fatura, destaca-se a criação de áreas nos sites das empresas, de acesso exclusivo (com usuário e senha) para busca de informações suplementares por parte dos consumidores. Nesse espaço será possível obter dados sobre indicadores de qualidade, histórico de consumo, faturas anteriores e pagamentos realizados, entre outros. As distribuidoras também poderão prover informações adicionais por meio de aplicativos ou soluções para smartphones ou tablets. A proposta também prevê a possibilidade de utilização mais ampla dos canais eletrônicos disponíveis para prover informações adicionais aos consumidores de energia elétrica e o incentivo a práticas mais sustentáveis no processo de emissão das faturas de energia elétrica. (Aneel – 06.06.2016)

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3 Agentes debateram transferência de instalações de transmissão, em Brasília

Com 34 participantes e 13 expositores, ocorreu em 6 de junho, na sede da Aneel em Brasília (DF), a sessão presencial da Audiência Pública 41/2015. O objetivo da audiência é aprimorar a proposta de transferência das DIT para as distribuidoras. A AP 41/2015 está em sua segunda etapa. Na primeira fase, foram discutidos: obrigação de estabelecer limite entre transmissão e distribuição com base na função; conveniência e oportunidade de transferir as DIT; dificuldades com a expansão de instalações; diferença das regras de conexão aos acessantes do sistema de distribuição; efeito econômico da transferência; DIT Exclusivas e competência da ANEEL para promover a transferência. A proposta da Agência é discutir o prazo para incorporação dos ativos, critério de valoração para fins de indenização, avaliação física, correção do passivo das instalações transferidas, reconhecimento tarifário dos custos de O&M e de transferência, alteração do MUST decorrente das transferências, adequação do SMF e dos contratos de acesso, além de questões pertinentes aos reforços autorizados em DIT a serem transferidas. (Aneel – 06.06.2016)

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4 Aneel libera operação de 180 MW de eólicas e hidrelétricas

A CPFL Renováveis colocou em operação comercial novos aerogeradores do complexo Campos do Ventos (115 MW), no Rio Grande do Norte. O aval foi liberado pela Aneel nesta segunda-feira (6/6) e contempla potência total de 10,5 MW. Foram iniciados 2,1 MW do parque Campo dos Ventos III (25,2 MW), a partir da décima unidade, e outros 8,4 MW do Campo dos Ventos V (25,2 MW), a partir de quatro unidades geradoras. Ao todo, o conjunto terá 55 torres e está previsto para entrar em plena operação ao final do ano. A Aneel autorizou também os testes da eólica Ventos de Santa Angelina (29,7 MW) e de 16,2 MW da usina Ventos de Santa Bárbara (29,7 MW), ambas esperadas para entrar em operação comercial em setembro. Os dois projetos estão em Caldeirão Grande do Piauí (PI) e são da Queiroz Galvão. O parque Macambira I (18 MW), da Gestamp, também iniciou os testes, em Santana dos Matos (RN), contemplando 12 MW, a partir de seis aerogeradores. A usina está planejada comercialmente para o final deste mês. A hidrelétrica Santo Antônio (3.568 MW), em Rondônia, colocou em regime de testes a unidade geradora de número 45, de 69,59 MW de potência. A conclusão dos testes está prevista para 24/7. Com a operação, restam oito turbinas para a usina entrar em pleno funcionamento. Atualmente, a usina já possui mais de 80% da capacidade instalada em operação. Ao todo, serão 50 unidades geradoras, com conclusão esperada para novembro deste ano. Em abril, a geradora Santo Antônio Energia iniciou a montagem da última unidade. Além da usina, a hidrelétrica Salto Curucaca (37,04 MW), em Condói e Guarapuava (PR), entrou em operação em testes. Foram liberados duas turbinas principais, de 14,85 MW cada, e outras três auxiliares, de 2,77 MW cada. O projeto é da Santa Maria Companhia Papel e Celulose (60%) e da Cooperativa Agraria Agroindustrial (40%). Por fim, a Aneel autorizou operação em regime de testes de 8 MW da PCH Rênic (16 MW), entre as cidades de Arenópolis e Palestina (GO). A pequena central possui quatro turbinas, de 4 MW de capacidade cada, e está prevista para entrar em operação comercial no início de 2017. O empreendimento é da Elektra Power Geração de Energia. Todas as liberações foram publicadas no DOU de 6 de junho. (Agência Brasil Energia – 06.06.2016)

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5 Aneel liberou operação em teste da turbina 45 na UHE Santo Antônio

A Aneel liberou a UG45 da UHE Santo Antônio para operação em teste, durante o período de 4 de junho a 24 de julho. A execução dos testes da unidade geradora deverá visar exclusivamente ao atendimento das próprias necessidades de ajustes de equipamentos e verificação de seu comportamento do ponto de vista sistêmico e atendimento de consumo próprio. A Aneel também liberou o início dos testes nas seguintes usinas. Na EOL Ventos de Santa Angelina, a liberação foi para a UG1 a UG11, com 2,7 MW cada, totalizando 29,7 MW de capacidade instalada. Na EOL Ventos de Santa Bárbara as unidades liberadas foram 1, 2, 4, 6, 8 e 11, de 2,7 MW cada, totalizando 16,2 MW. Na PCH Rênic, as unidades que receberam o benefício foram a 3 e 4, de 4 MW cada, totalizando 8 MW. A EOL Macambira I recebeu liberação para as unidades de 2 a 7, de 2 MW cada uma, totalizando 12 MW de capacidade instalada. Na UHE Salto Curucaca, foi liberada a UG1, de 1,8 MW, UG2 e UG3, de 2,77 MW cada, totalizando 7,34 MW e a UG4 e a UG5, de 14,85 MW cada, dando um total de 29,7 MW. Na EOL Campo dos Ventos III a unidade liberada foi a de número 10, de 2,1 MW e na EOL Campo dos Ventos V, a liberação foi para as UG7, UG10, UG11 e UG12, com 2,1 MW cada, totalizando 8,4 de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 06.06.2016)

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6 Dona de Jirau quer usina binacional com Bolívia

A ESB — sociedade de propósito específico (SPE) formada pela Engie (40%), grupo Eletrobras (40%) e Mitsui (20%) para construir a hidrelétrica de Jirau (3.750 MW) — tem interesse em participar de uma UHE binacional na divisa entre Brasil e Bolívia. De acordo com o diretor presidente da ESB, Victor Paranhos, a sociedade já desenvolveu estudos e estima que a o projeto teria 3.200 MW de capacidade e demandaria investimentos de US$ 5 bi. “Tem grandes vantagens, do ponto de vista ambiental e financeiro. Sendo uma usina binacional terá tarifa em dólar, que permite acesso ao crédito dos fornecedores e financiamento internacional, a uma taxa bastante interessante”, comenta o executivo. De acordo com Paranhos, há vontade de participar com investimentos diretos na usina. O interesse da ESB no projeto, explica Paranhos, é aproveitar o que a empresa aprendeu construindo Jirau. A usina binacional teria vantagens como uma queda maior, que permitiria o emprego de turbinas tipo Kaplan (as de Jirau são bulbo), mais eficientes. O executivo explica que o projeto binacional só é possível se Jirau estiver operando em cota constante. Atualmente, a usina opera em cota 90, tendo que baixar para cota 82,5 no período de seca. A ESB quer levar os dois temas para o MME. De acordo com Paranhos, no caso da usina binacional, já há um grupo de estudos analisando o projeto. (Agência Brasil Energia – 06.06.2016)

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Empresas

1 Eletrobras planeja rever estratégia de internacionalização

Combalida pela suspensão da negociação das ADRs (recibos de ações) na bolsa de valores de Nova York (Nyse) e, até hoje, pelos reflexos da adesão à Medida Provisória 579/2012, a Eletrobras vai rever sua estratégia de internacionalização. A definição das novas metas do programa está sendo feita no âmbito da revisão do plano diretor de negócios e gestão da companhia com horizonte 2016¬2020, ainda sem previsão de conclusão. "As metas relacionadas à atividade no exterior estão em fase de revisão no âmbito da revisão anual do PDNG ¬ plano diretor de negócio e gestão da empresa", informou a Eletrobras, em nota, ao Valor acrescentando que as metas serão anunciadas após a aprovação pela administração da empresa. Lançado em 2008, após publicação de decreto presidencial que permitiu a estatal atuar no exterior, o programa de internacionalização tinha a ousada meta de fazer com que, em 2020, 10% do faturamento da companhia fosse obtido fora do Brasil. Na época, a Eletrobras havia identificado um potencial de empreendimentos de 18,3 mil MW de capacidade de hidrelétricas e 5,1 mil quilômetros de linhas de transmissão no exterior. Oito anos depois, o portfólio atual da elétrica fora do Brasil conta apenas com uma participação de 50% em um parque eólico, de 65 MW, no Uruguai e de uma fatia, na mesma proporção, no controverso projeto hidrelétrico de Tumarín, de 253 MW, na Nicarágua, em fase de estruturação financeira e sem previsão de início de operação. Ao Valor, a Eletrobras explicou que a suspensão das ADRs na Nyse e o risco de deslistagem dos papéis na bolsa americana não afetam o plano de internacionalização. "A Eletrobras não precisa ter ações listadas na Nyse para fazer negócios relacionados ao seu objeto no exterior", afirmou a empresa, acrescentando que o episódio na Nyse também não afeta a negociação dos papéis na bolsa de Madri. "São processos separados." Na última semana, a Eletrobras apresentou à Nyse o "request for review", um recurso preliminar, no qual estão contidos os temas que a empresa pretende contemplar no recurso a ser apresentado no âmbito do processo de deslistagem das ADRs emitidas pela elétrica. A bolsa americana ainda vai definir a data para a apresentação do recurso pela companhia. (Valor Econômico – 07.06.2016)

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2 Eletrobras: quer concluir investigações internas sobre indícios de corrupção e obter o parecer da KPMG

Segundo o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, a ideia é concluir as investigações internas sobre indícios de corrupção em contratos da estatal e obter o parecer da KPMG, auditora externa, para o balanço de 2014 da empresa antes do prazo de deslistagem das ADRs na bolsa de valores de Nova York (Nyse). "Estamos procurando adiantar o máximo possível para termos elementos suficientes, para nesse período, a gente fazer um esforço nesse sentido [concluir as investigações e obter o parecer da KPMG ]. Primeiro estamos tentando não ser deslistados. E, depois, se não der tempo, a gente voltar a ser listado, com a conclusão das investigações", disse o executivo, em maio, durante evento da Comissão de Integração Energética Regional (Cier), no Rio. Para o professor Renato Queiroz, do Instituto de Economia da UFRJ, o caso da Nyse mostra que a empresa precisa ser mais transparente e eficiente. "Isso é uma lição. Quando se propôs a isso [negociar ações nos Estados Unidos], a empresa deveria estar preparada", disse. "Seria importante [o governo interino] sinalizar para os investidores nacionais e internacionais que a Eletrobras é um 'case' de grande importância a ser resolvido", completou. (Valor Econômico – 07.06.2016)

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3 Eletrobras: integração energética na América do Sul é sonho difícil, mas não impossível

Sobre a integração energética na América do Sul, o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, disse ser "um sonho difícil, mas não impossível, que traria benefícios na segurança energética, na modicidade tarifária, na confiabilidade do sistema e também na sustentabilidade ambiental". Para especialistas, no entanto, o imbróglio com a Nyse e a grave situação financeira da companhia, que acumula prejuízos de R$ 30 bilhões nos últimos quatro anos podem jogar uma "pá de cal" nos planos de internacionalização. (Valor Econômico – 07.06.2016)

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4 GESEL: fim do processo de internacionalização da Eletrobras

"Este problema [da Eletrobras na bolsa de valores de Nova York] é um indicador, ainda que simbólico, do fim do processo de internacionalização da Eletrobras iniciado em 2008 com o decreto que permitiu a Eletrobras a atuar no exterior. Os projetos do Peru [da hidrelétrica de Inambari], Nicarágua [Tumarín] e da Binacional com a Bolívia não saíram do papel", afirmou o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da UFRJ, professor Nivalde de Castro. (Valor Econômico – 07.06.2016)

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5 GESEL: posição do grupo Eletrobras no setor deverá diminuir gradativamente

Para o coordenador do Gesel, da UFRJ, professor Nivalde de Castro, com o novo viés "pró-mercado" que a nova direção do MME, a posição do grupo Eletrobras no setor deverá diminuir gradativamente. Esse processo, segundo ele, deve ocorrer por meio da venda de ativos da companhia e pela ausência da estatal em leilões de geração. "A Eletrobras perderá posição no mercado via privatização, cuja velocidade vai depender do nome escolhido para presidente. Deixará de ter papel de instrumento de política energética, pois não há mais projetos, e o modelo regulatório, per si, garante expansão via leilões com investimentos privados estrangeiros e nacionais", explicou Castro. (Valor Econômico – 07.06.2016)

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6 Eletrobras: especialistas destacam como grandes nós a serem desatados

Especialistas destacam como grandes nós a serem desatados a grave situação financeira da Eletrobras causada pela adesão à Medida Provisória 579/2012 e os prejuízos bilionários gerados pelas ineficientes distribuidoras da companhia no Norte e Nordeste. "A Eletrobras é vítima da MP que rebaixou fortemente a tarifa da eletricidade gerada pelas usinas amortizadas. Aquilo foi um golpe duro e deixou a empresa com um fluxo negativo de caixa e uma dívida muito grande", disse o professor Luiz Pinguelli Rosa, professor da Coppe/UFRJ e ex-presidente da Eletrobras. Para o professor Renato Queiroz, do Instituto de Economia da UFRJ, o governo interino deveria criar um grupo de trabalho específico para tratar das questões da Eletrobras. "Deveria ser feita uma auditoria visando avaliar quais ações de governo contribuíram para o prejuízo atual, indenizações não pagas e insuficientes em função da MP 579", afirmou. Com relação às indenizações por investimentos não amortizados em ativos de transmissão antigos cuja concessão foi renovada pela MP 579, a Eletrobras já tem homologados, pela Aneel, R$ 10 bi a receber. A estatal busca ainda outros R$ 8,5 bi. Segundo uma fonte da Eletrobras que pediu para não ser identificada, se a companhia já tivesse recebido os recursos das indenizações da transmissão a que tem direito, ela não estaria na grave situação atual, à beira de um processo de capitalização determinado pelo governo. "A Eletrobras só está reivindicando o que é dela", disse. (Valor Econômico – 07.06.2016)

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7 Petrobras diz que ainda não há acordo com Eletrobras sobre dívidas

A Petrobras informou na noite desta segunda--feira que não há, até o momento, qualquer acordo firmado com a Eletrobras e suas distribuidoras em relação às dívidas não pagas pela estatal elétrica. A petroleira disse que tem adotado medidas administrativas e judiciais visando à cobrança e ao recebimento dos débitos acumulados, inclusive avaliando eventuais propostas de repactuação das dívidas. As afirmações foram feitas após pedido de esclarecimento pela CVM quanto a informações publicadas pelo Valor. Segundo a reportagem, Eletrobras e Petrobras negociam parcelar dívida de R$ 5,45 bi em 18 pagamentos mensais, num acordo com aval da área técnica da Aneel. Segundo a Petrobras, em 31 de março, as dívidas do Sistema Eletrobras com a petroleira chegavam a R$ 13,6 bi. Do total, R$ 9,15 bi possuíam expectativa de recebimento, enquanto outros R$ 4,45 bi foram reconhecidos como provisões para crédito de liquidação duvidosa. As dívidas acumuladas dizem respeito a fornecimento de gás e óleo combustível pela Petrobras e BR Distribuidora, respectivamente. (Valor Econômico – 06.06.2016)

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8 Eletrobras deve apresentar proposta de acordo salarial na próxima quarta-feira, 8

A Eletrobras deve apresentar proposta de acordo coletivo a seus trabalhadores na próxima quarta-feira, na segunda rodada de negociações da campanha salarial 2016/2017. A informação foi dada por um representante do MME ao presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Energia, Água e Meio Ambiente, Eduardo Annunciato, o Chicão. “Ele disse que não poderia passar um número, mas o Dest [Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, órgão do Ministério do Planejamento] já está fazendo cálculos no sentido de passar uma proposta”, informou Annunciato. A Fenatema, que representa trabalhadores da área de geração de Furnas, servidores da Eletronuclear e parte dos funcionários da Eletrosul, agendou assembleias para o dia 9, quando será avaliada a contraproposta da Eletrobras. Se não houver uma proposta de acordo, ou ela ficar muito aquém do esperado pela federação, a categoria pode votar a paralisação das atividades nos dias 14 e 15. (Agência CanalEnergia – 06.06.2016)

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9 MME se reuniu com sindicalistas

As reivindicações de trabalhadores da estatal foi um dos temas do encontro do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, com sindicalistas ligados a Fenatema, Federação Nacional dos Engenheiros, União Geral dos Trabalhadores, Força Sindical, Nova Central Sindical dos Trabalhadores e Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria. A reunião aconteceu, no último dia 1º, quando os sindicalistas solicitaram a Coelho um entendimento com a Eletrobras em relação ao pagamento da Participação nos Lucros e Resultados, constante do acordo coletivo homologado em 2015 pelo ministro Ives Gandra Martins, do TST. Eles pediram que a parte que não for controversa do PLR seja paga imediatamente, conforme previsto no acordo do ano passado. E, o que for controverso, se discuta depois. O ministro foi direto ao ser questionado pelos sindicalistas em relação à privatização de subsidiárias da estatal. Ele respondeu que existem ativos da Eletrobras dando prejuízo há muito tempo, e entende que devem, sim, ser privatizadas as distribuidoras do grupo, e também as participações em Sociedades de Propósito Específico que não têm dado bons resultados. O presidente da Fenatema disse que o ministro defende que as grandes empresas do grupo nas áreas de geração e transmissão continuem na mão do Estado, com uma gestão enxuta e sólida. Houve reivindicações também em relação aos 1.330 trabalhadores contratados de Furnas, que não fazem parte do quadro de concursados da empresa e terão de ser demitidos por determinação do MP. A sugestão ao ministro é de que seja criado um quadro suplementar, extinto gradualmente à medida em que esses funcionários deixarem a empresa ou se aposentarem. “São trabalhadores com conhecimento técnicos, alguns com mais de 20 anos de casa”, argumentou Annunciato. (Agência CanalEnergia – 06.06.2016)

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10 Light: sistema é reforçado para não faltar luz nos Jogos Olímpicos

Com a expectativa de receber cerca de 500 mil visitantes estrangeiros e outras centenas de milhares de brasileiros de outros Estados, o esquema de energia elétrica para os Jogos Olímpicos Rio 2016 tem como meta assegurar fornecimento estável e livre de interrupções durante as três semanas de competição. Na Light, foram investidos R$ 400 mi, em recursos próprios, em uma série de obras, com foco em construção e ampliação de subestações, reforço de linhas de transmissão, alimentação dupla das arenas e circuitos de média tensão. A grande concentração dos projetos está na região da Barra da Tijuca, onde o Parque Olímpico, a Vila dos Atletas e outros empreendimentos foram construídos, assim como na zona sul, onde serão realizadas algumas competições como o vôlei de praia e remo. "Buscamos reforçar os sistemas que já estavam instalados", disse o diretor de distribuição, Dalmer Souza. Por exigência do COI, todas as arenas são atendidas com dupla alimentação. Em outras áreas de competição, o COI orienta a contratação de geradores. A Light foi contratada para instalar geradores no cluster Barra e no centro de imprensa. Apenas para atendimento do Complexo de Mídia - de onde serão geradas mais de sete mil horas de transmissões televisivas ao vivo - foram necessários mil km de cabos, para fornecer uma carga elétrica que equivale ao consumo de seis Maracanãs ou de uma cidade com cerca de 30 mil habitantes. Um dos principais projetos construídos para a Olimpíada foi a subestação Olímpica (investimento da Light, com 51%, e Furnas), entregue em março de 2015 e que conta com três transformadores trifásicos e possui dupla redundância em todos os seus componentes, o que aumenta a sua disponibilidade e confiabilidade. Após os Jogos Olímpicos, a subestação será um importante reforço para o sistema de suprimento de energia elétrica à zona oeste, área que mais cresce na cidade, com capacidade de atendimento de 43 mil pessoas ou 18 mil domicílios, equivalente a um bairro do porte de Ipanema. A concessionária também investiu em novos equipamentos, como laboratórios móveis que circulam em caminhões pelas ruas da cidade e que podem realizar testes nos cabos subterrâneos de energia, evitando eventuais problemas. Outra novidade foi a aquisição de um carro de termovisão, que, com câmera de infravermelho, câmera ótica e acessórios para comando, registro e tratamento de dados, faz uma ampla varredura na rede da Light. (Valor Econômico – 07.06.2016)

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11 Engie negocia fornecimento à operadora do VLT do Rio

A Engie pretende fechar nas próximas semanas contrato para fornecimento de energia para a empresa responsável pelo sistema do VLT, inaugurado no último domingo e que circulará no centro do Rio. De acordo com o presidente da Engie no Brasil, Maurício Bähr, a ideia é iniciar o suprimento em novembro. "Já fazemos os sistemas que controlam o VLT na França. Aqui no Rio não participamos dessa concepção. Mas estamos negociando com a empresa do VLT o fornecimento de energia renovável, para que seja realmente uma transformação, não só de mobilidade urbana, mas com sustentabilidade. A ideia é finalizar a negociação que está em curso, e que possamos começar a fornecer energia para eles a partir de novembro", disse Bähr. A ideia da companhia é fechar um contrato de médio prazo, provavelmente inferior a cinco anos. O contrato deve ser firmado no mercado livre de energia e ficará a cargo da Tractebel Energia, empresa da qual a Engie é acionista majoritária. Os volumes e valores em negociações não foram revelados. Bähr também contou que a Engie não tem interesse específico na aquisição dos terminais de regaseificação de GNL da Petrobras, que possui programa de desinvestimentos de US$ 14,4 bi este ano. "O que existe hoje é um desejo de melhor conhecer a legislação de gás no Brasil, ter um ambiente regulatório mais propício para investimento privado. Hoje, há um domínio muito forte da Petrobras, que faz com que seja muito difícil que outros agentes privados se insiram nessa cadeia", afirmou Bähr. O companhia está passando por um processo de reestruturação estratégica, voltando--se principalmente para as áreas de fontes renováveis de energia e geração distribuída. Nessa linha, o presidente da Engie Brasil afirmou que a companhia colocou à venda seus blocos de exploração e produção petrolífera no Brasil. (Valor Econômico – 07.06.2016)

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12 Bolt corre para fechar números e concluir emissão

Mesmo com a retirada do seu rating pela agência de classificação de risco Fitch, a Bolt Energias mantém seus planos de fazer ainda no segundo semestre do ano uma emissão de debêntures. No fim de maio, a Fitch informou a retirada do rating nacional de longo prazo (A-bra) da empresa e de sua proposta de emissão de debêntures quirográficas com garantias reais no valor de R$ 100 mi. A Fitch Ratings havia informado ainda que a retirada se devia à ausência de informações atualizadas da companhia. Diretor presidente da Bolt Energias, Flavio Campos reconhece que a expansão rápida das áreas de negócios da empresa afetou a divulgação do balanço do ano passado, que ainda não foi tornado público. "No presente momento, os demonstrativos financeiros da Bolt Energias estão concluídos e encontram-se em fase final de auditoria e serão tempestivamente apresentados à Fitch", disse Campos. O balanço de 2015 está sendo auditado pela EY e está previsto para ser divulgado ao mercado no próximo mês. Para o executivo, a Bolt continua com uma estrutura de capital sub-alavancada e, por isto, mantém a estratégia de captação de recursos no mercado de capitais brasileiro como uma das opções para otimização desta estrutura. "Nosso objetivo de emissão das debêntures está mantido ainda para o segundo semestre de 2016", ressaltou Campos. Sem a classificação de risco da Fitch, a emissão ficaria prejudicada, admite um analista de mercado que prefere não se identificar. Perguntado se a empresa atravessa dificuldades financeiras, Campos frisou que a Bolt "vem se adaptando às circunstâncias e dimensionando sua estrutura e suas operações a sua expectativa de crescimento no médio prazo". E acrescentou: "Em função da delicada crise político--econômica pela qual passa o Brasil, a Bolt e todo o setor de infraestrutura vêm enfrentando desafios na viabilização de seus projetos. Contudo, é importante reafirmar que, no que concerne aos nossos resultados, as controladas operacionais da Bolt Energias têm operado dentro da normalidade mantendo histórico satisfatório de rentabilidade." (Valor Econômico – 07.06.2016)

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13 CPFL Paulista investe R$ 7 mi em obras na cidade de Barretos

A CPFL Paulista investiu cerca de R$ 7 mi em obras de expansão do sistema elétrico e manutenção na cidade de Barretos nos três primeiros meses do ano. Os projetos, segundo a companhia, tornaram o sistema elétrico local mais robusto, seguro e confiável e melhoraram o nível de conforto para os seus cerca de 50 mil consumidores no município. Uma parte dos recursos, R$ 6,1 mi, foi utilizada em projetos relacionados ao aumento de capacidade de subestações e linhas de transmissão no município. Outros R$ 584 mil foram investidos em projetos que viabilizam a expansão do mercado consumidor e do número de clientes, sendo R$ 253 mil na instalação de medidores para baixa, média e alta tensão, viabilizando a conexão de novos consumidores residenciais, estabelecimentos comerciais e indústrias. A empresa aportou ainda outros R$ 328 mil na manutenção e melhoria do sistema de distribuição. A manutenção das redes recebem R$ 240 mil, sendo R$ 153 mil na substituição de transformadores avariados. "Entramos em uma época do ano mais propícia à conclusão de obras em rede elétrica, uma vez que esta estação tende a ser mais seca e com menor número de ocorrência de temporais. Temos que continuar o nosso trabalho para que, na chegada do verão, a rede elétrica esteja robusta e capaz de manter o fornecimento de energia elétrica com o menor número de interrupções possível", afirmou Carlos Zamboni Neto, presidente da CPFL Paulista. (Agência CanalEnergia – 06.06.2016)

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14 Jirau: Acionistas terão que fazer aportes até setembro

Os acionistas da hidrelétrica de Jirau terão que fazer aportes na usina pelo menos até setembro. Segundo Victor Paranhos, presidente da Energia Sustentável do Brasil, empresa responsável pela hidrelétrica, não há fluxo de caixa suficiente para bancar os investimentos que ainda são necessários, o parcelamento e as novas despesas decorrentes do GSF. A empresa vai investir neste ano na usina cerca de R$ 600 mi para acabar a montagem e na parte socioambiental. "Eu não gero caixa, eu só começo a gerar caixa, para começar a não ter aporte, a partir de setembro, quando eu pago a última parcela do GSF", declarou Paranhos. O parcelamento do GSF passado foi realizado em seis vezes e, segundo Paranhos, a empresa parcelou R$ 400 mi. Ele disse ainda que Jirau já tinha pago a título de GSF R$ 800 mi, o que totaliza R$ 1,2 bi. Além disso, segundo o executivo, mensalmente outros valores de GSF estão aparecendo, a título de diferença de submercado. "Esse mês agora a gente teve cerca de R$ 12 mi de custo de diferença de submercado, que estamos tentando entender o que é. E continua a restrição hídrica, com despacho fora da ordem de mérito", contou, frisando que o GSF não acabou. Paranhos disse ainda que na próxima liquidação, a ESBR terá que pagar na CCEE cerca de R$ 72 mi. "Isso tá entrando, em grande parte, como aporte dos acionistas", comentou. "Os acionistas estão fazendo um esforço muito grande para estarem com a obra em dia", completou. Segundo ele, o último aporte do BNDES foi de R$ 20 mi e ocorreu em janeiro deste ano. A empresa tem como acionistas a Engie, a Eletrosul, a Chesf e a Mitsui & Co. A hidrelétrica de Jirau está com a 43ª máquina em teste, de acordo com o executivo, e outras duas em comissionamento. "Até novembro estamos com as 50 máquinas lá", comentou. (Agência CanalEnergia – 06.06.2016)

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15 Produção da indústria elétrica acumula queda de 17,3% em quatro meses

De janeiro a abril deste ano, a produção do setor eletroeletrônico recuou 24% na comparação com o mesmo período de 2015, resultado do recuo de 32,6% da indústria eletrônica e do decréscimo de 17,3% na atividade da indústria elétrica. No caso da indústria elétrica, houve queda em quase todos os seus sub-setores, exceto pilhas, baterias e acumuladores elétricos, cujo acréscimo atingiu 2,9%. O pior desempenho foi verificado na indústria de lâmpadas e outros equipamentos de iluminação (-39%), segundo dados divulgados pelo IBGE e agregados pela Abinee. Em abril, a produção do setor eletroeletrônico apontou retração de 15,9% na comparação com o mesmo mês de 2015. Esta foi a 23ª queda consecutiva. O resultado é decorrente de uma retração de 24,8% na produção da indústria eletrônica e de 8,7% na indústria elétrica no mês. De acordo com o presidente da Abinee, Humberto Barbato, o resultado é ainda mais alarmante ao se levar em conta a base de comparação é o ano de 2015, quando o setor já teve um desempenho ruim. “Este é um sinal claro de que o momento atual é dificílimo”, disse em nota à imprensa. Ainda segundo a Abinee, em abril, a retração total do setor eletroeletrônico foi mais acentuada do que a da produção da indústria geral (-10,5%) e da indústria de transformação (-9,8%). No acumulado dos últimos 12 meses do ano, a queda da produção da indústria eletroeletrônica alcançou 23,5%. Clique aqui para ler a análise completa. (Agência CanalEnergia – 06.06.2016)

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16 Celesc lança programa Ser Sustentável

A Celesc lançará na próxima terça-feira, 7 de junho, o programa Celesc Ser Sustentável, que busca incorporar atitudes sustentáveis no cotidiano dos empregados. Para isso, o programa atuará em quatro frentes: humana, para reforçar o relacionamento entre as pessoas; econômica, incentivando o consumo consciente; social, promovendo ações de inclusão; e ambiental, priorizando a harmonia com a natureza. O programa irá realizar palestras e atividades durante todo o mês de junho, como uma dinâmica sobre diversidade e uma mostra sobre as melhores práticas de sustentabilidade das Agências Regionais da Celesc. Além disso, o Celesc Ser Sustentável promoverá mudanças na Empresa, como implantação de uma gestão socioambiental e metas empresariais. Outra iniciativa do programa é a realização da feira de escambo, na qual os empregados poderão trazer produtos que não utilizam para trocar por outros, sem precisar pagar por isso. A iniciativa busca incentivar a reutilização de objetos que seriam descartados para reduzir a produção de lixo. (Agência CanalEnergia – 06.06.2016)

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Leilões

1 Leilão para sistemas isolados no Amazonas tem deságio de 22,3%

O leilão de sexta-feira (3/6) para contratação de capacidade térmica nos sistemas isolados no Amazonas teve negociação de 650 mil MWh/ano de energia e pouco mais de 170 MW de potência instalada. A concorrência foi dividida em dois lotes, com deságio médio de 22,33%. O investimento movimentado no leilão chega a R$ 507 mi. O primeiro lote foi arrematado pelo valor de R$ 1.152,23/MWh, o que representa deságio de 22,51% frente o valor original, após negociação de cinco proponentes. Já o lote seguinte fechou com preço de R$ 1.170,80/MWh, deságio de 22,1%, com participação de quatro proponentes. Ambos os lotes foram arrematados pelo Consórcio Geração Amazonas, formado pelas empresas Aggreko (99%) e Brasil Bio Fuels (1%). A energia negociada atenderá 32 localidades isoladas da área de concessão da Eletrobras Distribuição Amazonas. Segundo a Aneel, o deságio médio do leilão corresponde à economia de cerca de R$ 2,5 bilhões para os consumidores. Os contratos fechados ficaram em R$ 8,8 bilhões e terão duração de 15 anos O consórcio vencedor será responsável pela instalação, operação e manutenção das usinas, incluindo suprimento e estocagem de combustível. As térmicas serão movidas a óleo diesel. (Agência Brasil Energia – 06.06.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Números dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do da região Norte estão operando com volume de 61,9%, de acordo com dados do ONS referentes ao último dia 5 de junho. Houve aumento de 0,1% nos níveis. A energia armazenada é de 9.306 MW mês e a energia natural afluente é de 2.691 MW med, o mesmo que 45% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Tucuruí opera com 87,96%. No submercado Sudeste/ Centro-Oeste, os níveis estão em 57,2%, aumentando 0,2% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 116.111 MW mês e a ENA é de 45.869 MW med, que equivale a 107% da MLT. A usina de Furnas está com 76,93% da sua capacidade e a de Nova Ponte, está com 39,7%. No Nordeste, mais uma queda de 0,1%, que deixa os reservatórios com 29,6%. A energia armazenada na região é de 15.340 MW mês e a ENA é de 1.405 MW med, o equivalente a 29% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho opera com 26,28%. No Sul do país também houve crescimento de 0,2% para 92,8% e os reservatórios da região estão com 18.525 MW mês e a ENA é de 12.008 MW mês, o mesmo que 99% da MLT. A usina de Passo Fundo está com 99,57% da sua capacidade. (Agência CanalEnergia – 06.06.2016)

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2 Brasil atinge 143 GW em capacidade de geração de energia

O Brasil registrou no mês de abril 142.913 MW de capacidade instalada de geração no sistema elétrico. Em comparação com o mesmo mês em 2015, houve um acréscimo de 6.958 MW, sendo 2.629 MW de geração de fonte hidráulica, de 1.501 MW de fontes térmicas, 2.820 MW de fonte eólica e 8 MW de fonte solar. As informações são do Boletim Mensal de Monitoramento do Sistema Elétrico Brasileiro, elaborado pelo MME. No mesmo período entraram em operação comercial 1.077,43 MW de capacidade instalada de geração, 15,0 km de linhas de transmissão e 1.000 MVA de transformação na Rede Básica. Em 2016 a expansão do sistema totalizou até abril 2.758,96 MW de capacidade instalada de geração, 507,1 km de linhas de transmissão de Rede Básica e conexões de usinas e 5.190 MVA de transformação na Rede Básica. Com relação à produção de energia, no mês de fevereiro a geração hidráulica correspondeu a 78,7% do total gerado no país, 2,2 p.p. superior ao verificado no mês anterior, e a participação da produção eólica na matriz de produção de energia elétrica do Brasil aumentou 1,1 p.p. A participação de usinas térmicas na matriz de produção de energia elétrica, em termos globais, reduziu 3,3 p.p. entre janeiro e fevereiro de 2016, com destaque para as variações de -2,0 p.p. de geração a gás e -1,0 p.p. de geração a petróleo. No mês de março, o consumo de energia elétrica atingiu 51.973 GWh, considerando autoprodução e acrescido das perdas, valor 3,9% superior ao verificado no mesmo mês do ano anterior. Além disso, foi verificada a expansão anual de 2,5% no número de unidades consumidoras residenciais. (Agência CanalEnergia – 06.06.2016)

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3 AES Tietê volta a aumentar vazão da UHE Barra Bonita

Em virtude do volume de chuva que vem atingindo na região de Barra Bonita, a AES Tietê aumentou novamente a vazão da hidrelétrica de 1.990 m3/s para 2.200 m3/s, nesta segunda-feira, 6 de junho. Nos últimos dias tem chovido muito na área de atuação da companhia, tanto que na semana passada AES já havia aumentando de vazão da usina de 632 m³/s para 1100 m³/s. Segundo a geradora, essa operação faz parte do controle de cheia, um procedimento de rotina, que tem como objetivo garantir a segurança da usina e, consequentemente, da população. "Esta operação é planejada entre AES Tietê e ONS, responsável por todos os reservatórios do país", tranquilizou a empresa. O aumento da vazão deverá impactar as áreas baixas, que ficam no curso do rio, próximas à Ponte Campos Sales, Orla Turística e teleférico da cidade de Barra Bonita, em São Paulo. A geradora já entrou em contato com a Marinha, a Prefeitura, a Defesa Civil, o Departamento Hidroviário e a Capitania dos Portos para avisar sobre o procedimento e contar com apoio dessas frentes na liberação das áreas impactadas. A abertura das comportas é um procedimento de segurança padrão para todas hidrelétricas do país, realizada para controle do nível dos reservatórios. Antes do início da abertura, é feita uma inspeção visual na saída das comportas e é acionada sirene para alertar a população no entorno da usina, com alcance de 3 km. Segundo a AES, essa abertura ocorre de forma gradativa para que a vazão da água seja liberada dentro do fluxo adequado para operação de cada usina, contribuindo para a segurança dos moradores da região e atendendo as normas do setor elétrico. (Agência CanalEnergia – 06.06.2016)

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Meio Ambiente

1 Comissão de mudanças climáticas debate política energética no Senado

A Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas fará audiência pública em 6 de junho para debater a política energética atual e fontes alternativas. No debate, também será levantado o tema do financiamento e recursos para projetos renováveis. Entre os convidados, estão o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, e representantes do BNDES, EPE e da empresa ERB. A audiência será aberta para participação popular e acontecerá no Senado Federal, em Brasília. (Agência Brasil Energia – 06.06.2016)

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2 Suely Araújo é empossada na presidência do Ibama

O Ibama tem nova presidente, com a posse da urbanista Suely Araújo em 3 de junho no MMA. O cargo era ocupado anteriormente por Marilene Ramos, que estava a frente da instituição há um ano. A nova presidente do Ibama é formada em Arquitetura e Urbanismo pela UnB e em Direito pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília. Suely é mestre e doutora em Ciência Política pela UnB. Atuou desde 1991 como consultora legislativa da Câmara Federal nas áreas de meio ambiente e direito ambiental, urbanismo e direito urbanístico. Entre os desafios da nova ministra está a suspensão do licenciamento de São Luiz do Tapajós, ocorrida em abril com a publicação de estudo pela Funai que reconhece área de 180 mil hectares como possível terra indígena Munduruku, etnia que habita próximo da área do aproveitamento hidrelétrico, as condicionantes ambientais ainda não totalmente cumpridas da hidrelétrica de Belo Monte, e propostas de aceleração ou flexibilização de processos de licenciamento. (Agência Brasil Energia – 06.06.2016)

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3 Ibama realiza reuniões públicas para discutir licenciamento da UHE Xingó

O Ibama vai realizar reuniões públicas em Alagoas e Sergipe de 14 a 16 de junho para discutir com a população o processo de licenciamento da UHE Xingó, de propriedade da Chesf. Nos encontros, segundo o Ibama, serão apresentadas ações de controle, monitoramento e mitigação dos impactos do empreendimento, assim como a Avaliação de Impactos Ambientais realizada para a renovação de licença de operação, de 2001. A ideia é aproximar o poder público da sociedade civil e ouvir sugestões que possam contribuir para a melhoria do processo. A UHE Xingó está localizada no rio São Francisco, entre os estados de Alagoas e Sergipe. Sua estrutura é composta por uma barragem com 140 metros de altura máxima, uma casa de força com 3.162 MW de potência instalada e um reservatório de 60 km². As reuniões acontecerão em Canindé de São Francisco (SE), no dia 14 de junho, na Secretaria Municipal de Agricultura, Água e Meio Ambiente; em Propriá (SE), no dia 15 de junho, na Câmara Municipal da cidade; e em Penedo (AL), no dia 16 de junho, na Casa de Aposentadoria. Todas as reuniões se iniciarão às 14h. (Agência CanalEnergia – 06.06.2016)

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4 Instituto CCR recebe carro elétrico da CPFL Energia

O Instituto CCR receberá na próxima segunda-feira (06/06) um carro elétrico na sua sede, em Jundiái, como parte de uma parceria com o grupo CPFL Energia. O veículo, modelo Renault Zoe será abastecido em mais um eletroposto instalado pela CPFL, que receberá as informações do uso do carro para estudo. Além deste, o Programa de Mobilidade Elétrica da CPFL mantém um eletroposto no km 67 da Via Anhanguera recentemente instalado em parceria com a Rede Graal e a CCR AutoBAn. Um novo eletroposto será instalado no km 56 da Rodovia dos Bandeirantes. O Instituto CCR cuida de projetos ambientais, sociais, culturais e esportivos, sem fins lucrativos, do Grupo CCR. (Agência Brasil Energia – 06.06.2016)

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Energias Renováveis

1 Geração das usinas à biomassa salta 10,5%

As termelétricas movidas à biomassa geraram 722,6 MW médios de energia elétrica no primeiro trimestre de 2016, volume 10,5% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. A capacidade instalada da fonte na matriz elétrica brasileira também registrou bom resultado, passando de 10,5 GW para 11,5 GW conectados ao SIN, de acordo com a CCEE. São Paulo segue como o estado brasileiro com maior produção de UTEs a biomassa. O volume chegou a 481 MW médios no mês de março, o que representa 44,7% do total produzido no país (1.077 MWm). Mato Grosso do Sul, Bahia e Paraná aparecem na sequência com 275,7 MWm, 61,9 MWm e 59 MWm gerados, respectivamente. Com relação à capacidade instalada, o estado paulista também foi o principal destaque, com 5.166 MW, seguido por Mato Grosso do Sul (1.830 MW), Minas Gerais (1.177 MW) e Goiás (1.034 MW), segundo a instituição. O bagaço de cana-de-açúcar foi o combustível mais utilizado no parque gerador brasileiro movido à biomassa, com uma parcela de quase 80%, ou 858,9 MWm. Na sequência, aparecem o licor negro, com 13% (141 MWm), e o biogás proveniente de resíduos sólidos urbanos, 3% (32 MWm). Em março de 2016, 244 usinas à biomassa operantes estavam cadastradas na CCEE, contra 229 instalações registradas no mesmo período do ano passado. (Agência Brasil Energia – 06.06.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Concessões de óleo e gás podem gerar investimentos de R$ 300 bi, prevê Moreira Franco

O secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimento (PPI), Moreira Franco (PMDB), afirmou nesta segunda-feira que as concessões na área de óleo e gás podem gerar investimentos de R$ 300 bi no curto prazo. "Vejo esse setor como fundamental para movimentar a economia do Rio de Janeiro e tirar meu Estado da crise, gerar emprego, aumentar a renda, fazer a roda girar", disse Moreira, que já foi governador do Rio, em sua conta no Twitter. Segundo ele, o primeiro passo para destravar situações é a conversão em lei do projeto do senador José Serra, atualmente ministro de Relações Exteriores. O texto, já aprovado no Senado, mantém o regime de partilha, mas acaba com a obrigatoriedade de a Petrobrás participar de todos os leilões de exploração do pré-sal. O Estado mostrou, em maio, que o governo do presidente em exercício Michel Temer tem em mãos um levantamento preliminar de uma centena de novas concessões e 40 renovações de contratos da área de transportes que estão maturados para serem deslanchados nesses próximos dois anos, caso o afastamento definitivo de Dilma Rousseff seja aprovado pelo Senado. O panorama feito pelas agências reguladoras aponta investimentos da ordem de R$ 110,4 bi em aeroportos, rodovias, portos e ferrovias. Essas concessões, que estão na gaveta vão ser embaladas pelo programa Crescer, que deve ser lançado pela secretaria do PPI. Ainda faltam os projetos da área de energia. A meta da secretaria é fazer ajustes nos projetos que já estavam sendo estruturados pela equipe da presidente afastada Dilma Rousseff - que chegou a divulgar boa parte deles dentro do Programa de Investimento em Logística (PIL), lançado no meio do ano passado - para torná-los mais atraentes aos investidores. (O Estado de São Paulo – 06.06.2016)

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2 Ponta Grossa terá gás natural em 2017

A Compagas dará início ao fornecimento de gás natural para o setor residencial de Ponta Grossa, no Paraná, no segundo semestre de 2017. A distribuidora paranaense planeja investir mais de R$ 3,4 mi neste ano para concluir a primeira fase do projeto de expansão, iniciada em abril. Nessa etapa, serão construídos 6 km de gasodutos para atender a cerca de 600 apartamentos da cidade. Com a conclusão das obras, Ponta Grossa será a segunda cidade do Paraná a receber estrutura de fornecimento de gás natural para as residências, depois de Curitiba, capital do estado. A concessionária já atende, desde 2012, a um prédio residencial de Ponta Grossa. No Edifício Monet, no bairro Vila Estrela, 60 apartamentos consomem gás natural nos fogões e chuveiros. A demanda levou à Compagas a expandir sua rede na cidade. Hoje, a distribuidora fornece gás natural para mais de 32 mil unidades residenciais de 20 bairros da capital paranaense. (Agência Brasil Energia – 06.06.2016)

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3 Francesa Engie quer vender blocos de gás no Brasil

A francesa Engie, controladora da geradora Tractebel Energia, quer vender cinco blocos para exploração de reservas de gás natural que possui no Maranhão e na Bahia, disse nesta segunda-feira o presidente da empresa no país, Maurício Bähr, ao participar de evento da companhia no Rio de Janeiro. Ele disse ainda que a companhia não tem interesse na aquisição de ativos da Petrobras como terminais de GNL e usinas termelétricas. Segundo o executivo, a busca pela venda dos blocos para exploração de gás que a companhia detém no Brasil faz parte de uma estratégia global da Engie de focar em geração renovável. "Começamos um movimento de não investir mais em tecnologia com emissão de CO2, embora o gás emita com menos impacto... vamos investir 100% em renovável, como hidrelétrica, solar e eólica", afirmou Bähr. Segundo ele, a ideia da companhia é "sair gradativamente" de ativos de exploração e produção de gás no mundo inteiro. "Os blocos no Brasil vão junto nessa ação global. É um processo de venda a nível global", disse Bähr, que não quis estimar um prazo para viabilização do negócio. Ele também disse que o grupo não negocia uma eventual aquisição de termelétricas e terminais de GNL que a Petrobras pretende vender como parte de um amplo programa de desinvestimentos. "Não tem nenhuma negociação em curso… não há nenhum interesse específico nos ativos da Petrobras", disse o executivo. Ele afirmou ainda que a indústria de gás natural no Brasil é fortemente dominada pela Petrobras e defendeu uma maior abertura para investidores privados. "Hoje há um domínio forte da Petrobras que faz ser muito difícil outros agentes privados se inserirem nessa cadeia. É preciso um marco regulatório de livre acesso antes de entrar em negociações para compra de ativos", explicou. (O Globo – 06.06.2016)

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4 Comgás vê competitividade maior do gás na indústria

A redução no preço do gás natural na área de concessão da Comgás para clientes industriais e na geração de energia deve trazer vantagens competitivas para os consumidores da companhia em relação a outras fontes energéticas. Essa é uma das principais apostas da empresa para reverter a tendência de queda nos volumes de gás distribuído vista nos últimos meses, devido à desaceleração da economia. Segundo Sergio Pais, gerente executivo da Comgás que atua na gestão do atendimento aos grandes clientes industriais e negócios no segmento, o reajuste no preço do gás natural fez com que os preços deste ficassem mais de 50% inferiores ao GLP para grandes consumidores. Desde o início de junho, os preços da Comgás ficaram 11,3% mais baratos para os consumidores industriais da faixa de 50 mil m³ por mês e 21% menores para os que utilizam mais de 3 milhões de m³ por mês. A deliberação da Arsesp definiu ainda que, no segmento de geração de energia, os preços de gás natural ficaram de 15% a 21% mais baixos, dependendo da faixa de consumo. Segundo Pais, para os industriais que consomem mais de 1 milhão de m³ mensais, os novos preços do gás natural ficaram 53% menores que o GLP e 25% menores que o óleo combustível. Para quem consome 500 mil metros cúbicos por mês, a diferença ante o GLP é de 51% e de 21% ante o óleo combustível. "Alguns terão benefício maior, mas, com certeza, [o reajuste] vai trazer uma competitividade muito boa para a indústria", disse Pais. A Comgás vê isso como uma chance de obter crescimento dos volumes de gás distribuído. "É uma oportunidade de explorar o mercado, expansão nos municípios, deixando os projetos mais viáveis, chegando com um gás mais competitivo", disse ele. O retorno dos clientes em relação ao reajuste tem sido positivo, segundo Pais. "É um alento muito grande que isso traz para os 15 principais setores que consomem o gás", disse ele. "Algumas indústrias estão exportando mais por causa do câmbio. Isso, combinado à redução do custo do gás, vai trazer uma maior competitividade nessas exportações", completou. No primeiro trimestre do ano, houve retração de 11,5% no volume de vendas no segmento industrial, refletindo o cenário econômico. As vendas de gás para geração de energia tiveram volume 13,1% no trimestre, devido à queda nos preços de energia, que tornaram o uso do gás menos competitivo no trimestre passado. A recessão econômica foi a principal responsável pela redução do consumo de energia no país, que possibilitou os preços historicamente baixos no mercado de curto prazo. Se a situação começar a se reverter no fim deste ano, como muitos apostam, o cenário energético pode ficar "crítico", diz Pais. (Valor Econômico – 07.06.2016)

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5 Comgás: pode haver um gargalo de suprimento pelas distribuidoras

Segundo Sergio Pais, gerente executivo da Comgás que atua na gestão do atendimento aos grandes clientes industriais e negócios no segmento, pode haver um gargalo de suprimento pelas distribuidoras, aumentando a competitividade da geração usando o gás natural. O custo da geração de energia a gás natural depende da eficiência de cada projeto, explica Pais. Em alguns "extremamente eficientes", o custo para remunerar os investimentos é de R$ 120 por MWh. Atualmente, o preço de energia no mercado à vista estão próximos de R$ 60/MWh na região Sudeste. Os preços em contratos de médio e longo prazo no mercado livre, porém, estão acima dos R$ 130/MWh. "Temos atualmente 25 empresas cogerando energia e nenhuma delas deixou, por qualquer motivo, de gerar sua própria energia com o gás e voltaram ao 'grid' de energia elétrica", disse Pais. Segundo ele, as vantagens de investimentos em cogeração usando gás natural dependem da situação de cada indústria, se estão no mercado cativo ou livre, descontratadas ou não. "Não há um único número que defina que o projeto de cogeração é viável, mas certamente há uma competitividade maior agora e uma oportunidade para os que estavam em dúvida", disse. (Valor Econômico – 07.06.2016)

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Grandes Consumidores

1 Shopping Ponta Negra migra para mercado livre

O Shopping Ponta Negra, em Manaus, entrou no mercado livre de energia, sendo o primeiro estabelecimento da capital amazonense a optar pelos contratos de curto prazo. Até 2015, o shopping estava conectado ao SIN. A migração foi conduzida pela consultoria EIG, subsidiária da Compass Energia, em parceria com a Sustenta Energia, do grupo JHSF Participações. O objetivo é reduzir os gastos do estabelecimento e planejar o consumo elétrico de forma eficiente no longo prazo, de acordo com o presidente da Divisão de Shopping Centers da JHFS, Christian Cunha. No final do ano passado, o mercado livre de energia já tinha cerca de 2 mil clientes, de acordo com a consultoria. Já em maio de 2016, mais de 1 mil consumidores estavam em processo de migração na CCEE. Com relação à carga da indústria brasileira, a demanda no mercado spot representa do total. “O mercado livre proporciona aos consumidores a previsibilidade dos custos de energia, enquanto, no mercado regulado, eles ficam expostos aos reajustes das distribuidoras, bandeira tarifaria e revisões extraordinárias. Esse foco fez com que a base de clientes da dobrasse em 2016”, segundo Antonio José de Freitas, sócio e diretor geral da consultoria. (Agência Brasil Energia – 06.06.2016)

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Economia Brasileira

1 Balança comercial registra superávit de US$ 20,4 bi no ano

Com três dias úteis, a balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 813 mi na primeira semana de junho. As exportações somaram US$ 2,414 bi e as importações, US$ 1.601 bi. No ano, há um saldo positivo acumulado de US$ 20,474 bi. A média diária exportada, de US$ 804,6 mi, caiu 13,9% em relação a junho de 2015, devido à queda nos embarques de uma série de itens, entre os quais petróleo em bruto, café em grão, minério de ferro, farelo de soja, soja em grãos, motores para automóveis e autopeças. Frente a maio deste ano, houve uma redução de 3,8%. Já a média diária importada, de US$ 533,5 mi, caiu 25,8% ante junho do ano passado. Caíram, principalmente, os gastos com combustíveis e lubrificantes, siderúrgicos, automóveis e instrumentos de ótica e precisão. Em comparação a maio, as compras externas tiveram um pequeno aumento de 0,6%. (O Globo – 06.06.2016)

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2 Após surpresa com PIB e indústria, mercado revê projeções no Focus

Melhoraram novamente as estimativas do mercado para o desempenho da economia em 2016 e 2017, de acordo com o boletim Focus, do BC. O movimento ocorre após os resultados do PIB do primeiro trimestre e da indústria em abril terem ficado acima do esperado. A mediana das projeções para o PIB de 2016 saíram de queda de 3,81% para recuo de 3,71%. Foi a terceira melhora consecutiva, mas a retração ainda é muito forte. Para 2017, a mediana subiu pela segunda semana, de 0,55% para 0,85%. A estimativa para a indústria neste ano também teve melhora relativa ao sair de queda de 6% para recuo de 5,90%. Para 2017, a projeção subiu de crescimento de 0,9% para 1%. No caso da inflação, os analistas de mercado continuaram a elevar suas projeções neste ano, mas seguem acreditando que o juro deverá cair quase dois pontos percentuais até dezembro. O levantamento mostra que a mediana das estimativas para o IPCA subiu pela terceira semana seguida, de 7,06% para 7,12%. Depois de sofrer menos pressão no início do ano, a inflação voltou a subir nas últimas semanas com uma alta maior que a esperada nos alimentos e também por conta de tarifas como as de luz e telefone. No Focus, a mediana das estimativas para o IPCA de maio, que será divulgado amanhã pelo IBGE, saiu de 0,52% um mês atrás, para 0,72% no relatório de ontem. Em abril, o índice subiu 0,61%. O mercado continua a ver uma descompressão dos preços mais à frente. A mediana das projeções para 12 meses recuou pela nona semana, de 5,96% para 5,94%. Há apenas um mês estava em 6,15%. Já a estimativa para 2017 seguiu firme em 5,50% pela terceira semana consecutiva. Quanto ao juro, manteve--se a expectativa de uma redução até o fim deste ano e ao longo do próximo. A mediana das estimativas para 2016 seguiu em 12,88% e para 2017, em 11,25%. A Selic está, atualmente, em 14,25%. Amanhã, mesmo dia em que será divulgado o IPCA de maio, o Copom se reúne pela última vez sob o comando de Alexandre Tombini. A expectativa é de manutenção dos juros. Ainda de acordo com Focus, os analistas Top 5 reduziram sua estimativa para o IPCA em 2016, de 7,16% para 7,09%. Para 2017, segue em 5,50%. (Valor Econômico – 07.06.2016)

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3 Cesta básica segue em alta, aponta Dieese

O valor do conjunto de produtos da cesta básica subiu em maio em 17 das 27 capitais onde o Dieese faz a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As maiores altas foram constatadas em Porto Alegre (3,87%), Curitiba (3,46%) e Brasília (3,25%). Já as quedas mais significativas ocorreram em Florianópolis (-4,09%), Fortaleza (-2,60%) e Rio Branco (-2,49%). A cesta mais cara foi encontrada em São Paulo, onde os consumidores tiveram de desembolsar R$ 449,70 para comprar os alimentos. O valor é 1,65% maior do que em abril. Nos cinco primeiros meses do ano, houve alta de 7,55%. O segundo maior valor foi registrado em Porto Alegre (R$ 443,46), seguido de Brasília (R$ 441,60). Os menores valores médios ocorreram em Rio Branco (R$ 335,31), Natal (R$ 337,49) e Aracaju (R$ 344,83). No acumulado do ano, de janeiro a maio, ocorreu queda apenas em Florianópolis (-0,81%). (Valor Econômico – 07.06.2016)

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4 IGP-DI sobe 1,13% em maio e tem maior taxa para o mês desde 2010 P

A inflação medida pelo, IGP-DI acelerou para 1,13% em maio, depois de marcar 0,36% em abril, informa a FGV. É a maior taxa para o mês desde 2010, quando o índice subiu 1,57%. O IGP-DI foi pressionado pelo forte aumento do preço da soja em farelo e em grão, do milho e do leite in natura, no atacado, e por tarifas de água, esgoto e eletricidade, no varejo. No ano, o IGP-DI acumula alta de 4,32% e, em 12 meses, de 11,26%. No atacado, o IPA subiu 1,49% em maio, seguindo acréscimo de 0,29% um mês antes. Os produtos agropecuários dispararam 3,31%, após elevação de 1,14%, e os produtos industriais subiram 0,71%, invertendo a direção tomada em abril, de queda de 0,07%. (Valor Econômico – 07.06.2016)

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5 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 10h45, o dólar comercial tinha queda de 0,60%, saindo a R$ 3,4690. Na segunda-feira, o dólar comercial fechou em queda de 0,98% a R$ 3,4898, (Valor Econômico – 07.06.2016 e 06.06.2016)

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Internacional

1 Governo venezuelano estende racionamento de energia elétrica

Autoridades venezuelanas estenderam no domingo o plano de racionamento elétrico a partir desta segunda-feira, 6, como medida diante da crise provocada pela seca causada pelo fenômeno El Niño, que reduziu o nível das represas do sistema hidroelétrico. A decisão faz parte de um plano de economia iniciado há quatro meses e implicou, ainda, a antecipação em 30 minutos do horário local, a redução do serviço elétrico em centros comerciais e hotéis, e a adoção de vários pontos facultativos. mFamília venezuelana lida com a crise de energia elétrica no Estado de Barinas, a 600 km ao oeste de Caracas Em comunicado, o Ministério da Energia Elétrica adverte que o racionamento "será prorrogável dependendo das condições climáticas e do nível da represa de El Guri", que fornece 70% da eletricidade consumida no país. Entre as medidas tomadas, o governo do presidente Nicolás Maduro reduziu a jornada de trabalho semanal no setor público para segunda e terça-feira. O presidente afirma que a seca é a pior em 40 anos, mas a oposição culpa o governo de improvisar com as medidas e não ter feito manutenção adequada da infraestrutura por desorganização administrativa. A Venezuela, que viveu uma profunda crise elétrica em 2010, sofre com apagões, sobretudo nas províncias, e racionamentos de água, o que aumenta as dificuldades diárias no país, mergulhado em uma aguda crise econômica, com a inflação mais alta do mundo (180% em 2015) e uma escassez de alimentos que provoca longas filas nos supermercados. (O Estado de São Paulo – 06.06.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo Mattos, Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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