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IFE: nº 4.104 - 03 de junho de 2016
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
MME quer se 'reconciliar' com mercado de capitais
2 Eletrobrás na reunião com o presidente da Amec
3 Temer oficializa nomeação de Paulo Pedrosa para secretário-executivo do MME
4 Salvaguarda exigida pelo TCU pode alterar receita de contratos renovados em 2013
5 Resolução define regras de acesso à Rede Básica do SIN
6 Conta Bandeiras vai distribuir R$ 19.744,48 para distribuidoras
7 Aneel emite declaração de utilidade pública para o segundo bipolo de Belo Monte

Empresas
1 Governo quer executivos de mercado na Eletrobras
2 Eletrobras negocia dívida com Petrobras
3 Eletrobras tem dívida de R$5,4 bi
4 Energisa abre chamada pública para Projetos de Eficiência Energética
5 Justiça determina que Ampla religue a energia na Prefeitura de Niterói, RJ
6 RGE inaugura Centro de Operação Integrado em Caxias do Sul
7 Aneel nega pedido de aumento de preços de contratos da Bioenergy
8 Aneel nega revisão do UBP de São Manoel

9 Coelba cria aplicativo de informação geográfica

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 País deve fechar 2016 com queda de 0,2% no consumo de energia
3 CCEE: consumo e geração de energia caem 1,6% em maio

Meio Ambiente
1 Futuro da energia aponta para geração distribuída
2 Setor privado busca de soluções às fontes tradicionais de energia
3 O case da Dow na busca de soluções às fontes tradicionais de energia

4 Promissora, economia de baixo carbono requer planejamento estratégico imediato

5 Ampliar o manejo florestal é medida essencial

Energias Renováveis
1 ANP autoriza mistura de 20% de biodiesel em geradores de Jogos Olímpicos

Gás e Termelétricas
1 Produção de gás natural no Brasil aumenta em 6% no mês de abril, segundo ANP
2 UTE Oeste de Canoas receberá R$ 17 mi em investimentos

Grandes Consumidores
1 CCEE: Albras liderou consumo no mercado livre em março
2 Data center diminui consumo com confinamento de ar condicionado

Economia Brasileira
1 Atividade de serviços no Brasil segue em queda, aponta Markit
2 Após duas quedas, atividade da indústria de SP fica estável, vê Fiesp

3 Confiança de comerciantes cresce em maio, mostra CNC
4 IPC¬Fipe avança para 0,57% no fechamento de maio
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina limita altas de tarifas de energia após protestos
2 Chile tem tanta energia solar que agora é de graça
3 El Salvador busca investidores brasileiros para renováveis
4 Nissan instala 4,75 MW de energia solar em fábrica da Inglaterra
5 O Supremo apoia o corte de 1,7 bi de euros em renováveis

6 Yacyretá: Paraguai ficou com apenas 10% de energia em maio


Regulação e Reestruturação do Setor

1 MME quer se 'reconciliar' com mercado de capitais

O ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, e o secretário-executivo da pasta, Paulo Pedrosa, tiveram uma reunião de duas horas na tarde de 2 de junho com gestores de recursos ligados à Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec). O objetivo da conversa: conhecer a visão dos investidores para saber o que é preciso para que o mercado de capitais volte a financiar o setor. De acordo com o presidente da Amec, Mauro Rodrigues da Cunha, a iniciativa e a abertura do novo ministro ao diálogo foram muito elogiadas pelos investidores, já que é a primeira vez que ocorre esse tipo de conversa com o primeiro escalão do governo. Segundo Cunha, a entidade fez uma apresentação em que procurou mostrar como o mercado de capitais brasileiro já foi um importante financiador de Petrobras e de empresas do setor elétrico, e apontou razões que limitaram o fluxo de recursos nos últimos anos, citando, entre os motivos, a Medida Provisória 579, editada no fim de 2012, e duramente criticada pelas empresas e por investidores na época. O MME divulgou nota sobre o encontro. "Estamos procurando, além de formar um bom time, ouvir boas pessoas. Esse esforço inicial nosso, além de realizar uma série de coisas que temos de fazer com desafios que começam agora, é de poder iniciar essa transição de momento para ir animando a economia do país", afirmou o ministro, durante a reunião. (Valor Econômico – 03.06.2016)

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2 Eletrobrás na reunião com o presidente da Amec

Sobre Eletrobras, os gestores de recursos ligados à Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec) destacaram os problemas de governança corporativa, as incertezas sobre ativos e passivos registrados ou fora do balanço e também a incapacidade da holding de administrar de forma unificada suas controladas. Questionado pelo Valor sobre a confiança de que o comando da Eletrobras ficará a cargo de uma equipe técnica durante o novo governo, diante das notícias de que o PMDB quer indicar executivos da holding e também de diversas de suas subsidiárias, o presidente da Amec, Mauro Rodrigues da Cunha, contou que disse ao ministro que os investidores, para aportar dinheiro nas empresas do setor, demandam estabilidade de regras e administração profissional. Mas ao mesmo tempo ressaltou que a indicação do secretário-executivo do MME e do presidente da EPE, Luiz Barroso, são um bom indicativo da disposição de nomear pessoas técnicas para cargos relevantes. (Valor Econômico – 03.06.2016)

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3 Temer oficializa nomeação de Paulo Pedrosa para secretário-executivo do MME

O presidente interino Michel Temer assinou o decreto de nomeação de Paulo Pedrosa para a secretaria-executiva do MME. O decreto foi publicado no DOU de 2 de junho, e é assinado em conjunto pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. A nomeação do então presidente da Abrace para o cargo foi anunciada pelo ministro no último dia 17 de maio. (Agência CanalEnergia – 02.06.2016)

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4 Salvaguarda exigida pelo TCU pode alterar receita de contratos renovados em 2013

O MME vai incluir um dispositivo de salvaguarda aos interesses da União nos contratos de transmissão e de geração prorrogados em 2013, que pode resultar eventualmente em revisão dos valores de indenização que já passaram pelo crivo do próprio governo. Esse dispositivo determina que caso sejam detectados erros ou inconsistências no cálculo das indenizações de investimentos não amortizados vinculados às concessões terá que haver o ajuste e a compensação dos valores calculados, nos processos de revisão da RAP das transmissoras e da RAG das usinas. A exigência de salvaguarda ao erário foi feita em novembro de 2012 pelo Tribunal de Contas da União, ao examinar o processo de renovação feito de acordo com a Lei 12.783, resultante da Medida Provisória 579. Ela entrará como subcláusula aos contratos, aprovada esta semana pela Aneel e que terá de ser formalizada pelo MME. O ministério pediu na época que o TCU fizesse um reexame da decisão, mas o recurso foi negado pelo tribunal. O MME solicitou então à Aneel que adotasse as medidas necessárias para cumprimento da determinação. A alteração contratual provocou reações das concessionárias, que apresentaram manifestações contrárias à inclusão da subcláusula, no processo de audiência pública aberto pela agência reguladora. Nenhuma das contribuições foi considerada pela Aneel, que alegou não poder aceitar no processo de participação pública qualquer contribuição que não estivesse relacionada a aperfeiçoamentos de redação, pois isso implicaria questionamento da decisão do Tribunal. A alteração será feita nos contratos de transmissão da Cemig GT, CEEE GT, Eletrosul, Eletronorte, CTEEP, Copel GT, Chesf, Furnas e Celg GT; e nos contratos de geração da Companhia Jaguari de Energia, Companhia Leste Paulista de Energia, Companhia Hidroelétrica São Patrício, DME Distribuição S.A., CEEE GT, Departamento Municipal de Energia de Ijuí, Emae, Furnas, Chesf e Eletronorte. (Agência CanalEnergia – 02.06.2016)

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5 Resolução define regras de acesso à Rede Básica do SIN

A Aneel regulamentou o acesso de unidades consumidoras e de autoprodutores de energia elétrica à Rede Básica do SIN, tanto por meio de conexão direta a essas instalações, quanto pela conexão a instalações de transmissão de uso exclusivo. O assunto havia sido tratado no Decreto nº 5.597, de 2005. A resolução aprovada pela Aneel esta semana determina que os consumidores que quiserem ter acesso à rede do SIN deverão celebrar Contrato de Uso do Sistema de Transmissão com o ONS. Aqueles que já estão conectados em instalações em tensão maior ou igual a 230 kV deverão substituir o atual Contrato de Uso do Sistema de Distribuição com a distribuidora pelo Cust. No caso da troca do contrato de distribuição pelo de transmissão, o prazo previsto para a migração seria inicialmente de até 365 dias após a publicação da norma, mas a Aneel permitiu que ela seja feita até o terceiro processo tarifário da distribuidora contratada. A ideia é de que os consumidores tenham tempo maior para promover eventuais adequações necessárias ao acesso à Rede Básica. A resolução também altera critérios de ressarcimento pelos acessantes de custos associados às instalações de conexão à Rede Básica. Há também um dispositivo que trata dos valores a serem pagos como ressarcimento pelas distribuidoras, que serão calculados pela Aneel e incluídos no cálculo da tarifa da concessionária. (Agência CanalEnergia – 02.06.2016)

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6 Conta Bandeiras vai distribuir R$ 19.744,48 para distribuidoras

A Aneel fixou na última quarta-feira, 1° de junho, os valores da Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias, para a liquidação das operações do mercado de curto prazo referentes à contabilização de abril de 2016. Os valores somam R$ 19.744,48 e deverão ser repassados para as distribuidoras nas contas correntes vinculadas às liquidações do MCP até o próximo 7 de junho, após o rateio da eventual inadimplência, devendo o valor definitivo ser aprovado pela Aneel. A AES Eletropaulo (SP) vai receber o maior valor, de R$ 2.062,72. (Agência CanalEnergia – 02.06.2016)

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7 Aneel emite declaração de utilidade pública para o segundo bipolo de Belo Monte

A Aneel emitiu a declaração de utilidade pública para instituição de servidão administrativa de áreas de terra necessárias à passagem do segundo circuito da linha de transmissão que vai escoar energia da hidrelétrica de Belo Monte para o Sudeste do país. A LT Xingu – Rio, de ±800 kV, vai operar em corrente contínua e terá 2.522 km de extensão, passando pelos estados do Pará, Tocantins, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A declaração foi emitida em nome da empresa Xingu Rio Transmissora de Energia S.A., responsável pelo empreendimento. A concessionária informou que está em negociação com os donos das 3.276 propriedades por onde as instalações deverão passar. A Xingu vai adotar uma faixa de servidão para a instalação das torres de 114 metros de largura. A concessão do segundo bipolo de Belo Monte foi leiloada em 17 de julho de 2015 e teve como vencedor a State Grid Brazil Holding, com deságio de 19% em relação à Receita Anual Permitida máxima. A empresa chinesa já havia arrematado o primeiro circuito do linhão de Belo Monte, em parceria com Furnas e Eletronorte, que juntas detem 49% de participação no empreendimento, contra 51% da State Grid. (Agência CanalEnergia – 02.06.2016)

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Empresas

1 Governo quer executivos de mercado na Eletrobras

O presidente interino Michel Temer pretende colocar nomes de mercado no comando das estatais elétricas. A informação foi dada ontem pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho. "Ainda não tratamos disso. Evidentemente que esse assunto será tratado no 'time' oportuno com o presidente. A gente já vem conversando a respeito em algumas empresas do setor elétrico, para que a gente possa também no setor elétrico encontrar uma solução como a Petrobras, com pessoas do mercado", disse o ministro. "Evidentemente que é um novo governo e que mudanças deverão, poderão ocorrer. Mas isso será no seu tempo", completou. Questionado sobre o fato de o presidente de Furnas, Flavio Decat, ter colocado o cargo à disposição, Coelho Filho disse não ter tratado do assunto com o executivo em reunião na última semana, em Brasília. "Recebi o presidente da Eletrobras e o presidente de Furnas, mas a pauta não foi essa. Na verdade, estive com o presidente Flavio Decat, onde ele me apresentou o plano que vem tocando a frente da companhia. E a agenda que tive com o presidente Costa foi a respeito da problemática do 20¬F lá da bolsa de Nova York", disse. Segundo duas fontes com conhecimento do assunto, Temer deve começar a realizar as substituições na Eletrobras depois que a estatal enviar o recurso à Nyse, relativo à suspensão da negociação das ADRs. Ontem, a estatal informou que um pedido de revisão foi entregue à bolsa americana e que agora espera o agendamento de uma data para enviar o recurso de fato. Existe ainda uma expectativa no setor que a presidência da Chesf volte a ser de influência do PSB, mesmo partido do ministro. Segundo uma fonte ligada ao partido e à estatal nordestina, contudo, ainda não houve nenhuma conversa de Coelho Filho sobre o tema. Marcelo Gasparino, integrante do conselho de administração da Eletrobras, afirmou ontem que os acionistas minoritários não aceitarão indicações políticas na holding e suas subsidiárias e que a composição atual do conselho pensa da mesma forma. (Valor Econômico – 03.06.2016)

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2 Eletrobras negocia dívida com Petrobras

A Eletrobras e a Petrobras discutem acordo de confissão de uma dívida de R$ 5,449 bi que as distribuidoras da elétrica têm com a petroleira e com a BR Distribuidora referente ao fornecimento de gás e óleo combustível entre dezembro de 2014 e abril de 2016. Pelos termos do acordo, que teve o aval da área técnica da Aneel, o pagamento será feito em 18 parcelas mensais e sucessivas, com correção pela taxa Selic e multa moratória de 2% sobre o valor atualizado em caso de inadimplência. Apesar do aval da área técnica, ele ainda precisa ser aprovado pela diretoria da agência reguladora. Além disso, o Cigás pediu que sua dívida também fosse repactuada. A operação terá garantia de R$ 2,884 bilhões, referente à créditos que elas ainda não receberam do CDE, por meio da CCC, e outros R$ 2,565 bi de recursos das próprias empresas, oriundos dos faturamentos com venda de energia aos consumidores. (Valor Econômico – 03.06.2016)

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3 Eletrobras tem dívida de R$5,4 bi

A estatal apresenta uma dívida de R$ 5,4 bi que as distribuidoras Amazonas Energia (R$ 4,128 bi), Eletrobras Rondônia (R$ 1,057 bi), Eletrobras Acre (R$ 131,72 mi) e Eletrobras Roraima (R$ 132,368 mi) têm com a Petrobras e com a BR Distribuidora referente ao fornecimento de gás e óleo combustível entre dezembro de 2014 e abril de 2016. Em 2014, a Eletrobras já havia firmado um acordo de repactuação de dívida com a Petrobras no valor de R$ 8,6 bi. O acordo cobriu a dívida até novembro daquele ano. O novo acordo de confissão de dívida vai resolver a inadimplência acumulada desde então pela companhia. Ontem, a Eletrobras confirmou que a Petrobras entrou com ação na Justiça para cobrar débitos da ordem de R$ 1,7 bi da Amazonas Energia. Segundo a elétrica, o valor é referente a faturas de fornecimento de gás natural para geração de energia entre dezembro de 2014 e junho de 2015, além de débitos correntes de 2016. A companhia explicou ainda que algumas das distribuidoras da Eletrobras renegociaram valores em atraso com seus fornecedores de óleo combustível e gás natural para geração de energia. A estatal acrescentou que esses acordos de renegociação de dívida contam com garantias sobre os recebíveis da conta de CCC. Ao fim de março, a Petrobras tinha a receber um total líquido de R$ 9,76 bi do setor elétrico. Desse total, R$ 8,4 bi estavam classificados como ativo não circulante. Em 2015, a Petrobras tinha R$ 1,8 bi como provisão para perdas com créditos de liquidação duvidosa, devido à dificuldade de chegar a um acordo para pagamento com a Eletrobras. Segundo a Eletrobras, o R$ 1,7 bi que a Petrobras questiona na Justiça está incluído nos R$ 5,4 bi do acordo de confissão de dívida. Além das medidas judiciais, a Petrobras vinha tentando outras alternativas, como cobrança antecipada e notificação da suspensão parcial do fornecimento de gás. (Valor Econômico – 03.06.2016)

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4 Energisa abre chamada pública para Projetos de Eficiência Energética

A Energisa abriu Chamada Pública para Projetos de Eficiência Energética, onde abrange clientes de todos os ramos de atividades que possuem unidades consumidoras na área de atuação da concessionária, exceto Sergipe e Mato Grosso do Sul. Ao todo, serão destinados R$ 15,7 milhões em recursos para projetos que promovam a eficiência energética e o combate ao desperdício de energia elétrica. Todas as propostas de projetos apresentadas deverão ser voltadas para os clientes atendidos na área de concessão das distribuidoras Energisa Paraíba, Energisa Tocantins, Energisa Mato Grosso, Energisa Minas Gerais e Energisa Caiuá. Será realizada uma série de workshops sobre o assunto. Os interessados podem enviar suas propostas até o dia 5 de julho, para o site da chamada. Os investimentos no Programa de Eficiência Energética atendem à Lei 9.991/2000, que destina 0,4% da Receita Operacional Líquida (Rol) a projetos de eficiência no uso final da energia. Os projetos devem estar alinhados com a metodologia de contrato de desempenho energético e fundo perdido, de acordo com a especificidade. (Agência CanalEnergia – 02.06.2016)

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5 Justiça determina que Ampla religue a energia na Prefeitura de Niterói, RJ

A Prefeitura de Niterói, na Região Metropolitana, recorreu à Justiça e divulgou nesta quinta-feira (2), que obteve decisão favorável ao restabelecimento imediato do fornecimento de energia ao prédio da Secretaria Municipal de Fazendo, no Centro de Niterói. A energia foi cortada pela concessionária Ampla há dois dias, por falta de pagamento da conta de luz. A Ampla diz que prefeitura deve R$ 200 mil em contas atrasadas. Por causa da liminar, a Ampla religou a energia no prédio na manhã desta quinta-feira. A concessionária voltou afirmar que o valor pago pela prefeitura na terça-feira (31) não corresponde à totalidade dos débitos pendentes e que a dívida do governo municipal tem sido crescente nos últimos meses. De acordo com a Prefeitura de Niterói, a decisão da juíza Angélica dos Santos Costa, do plantão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, se a energia não for prontamente restabelecida, a empresa será punida com multa diária de R$ 100 mil. Em seu despacho, a juíza alega que a concessionária não respeitou o prazo legal de 15 dias para suspensão do fornecimento de energia. Segundo a juíza, “a interrupção dos serviços de energia elétrica pode gerar consequências gravosas e potencialmente irreversíveis aos serviços públicos essenciais no município”. Ainda de acordo com a justiça, a prefeitura realizou o pagamento parcial do débito e que o prazo de prévio aviso não transcorreu. A prefeitura calcula que, por conta da interrupção do fornecimento de energia, só na terça-feira o município deixou de arrecadar cerca de R$ 500 mil em impostos e cerca de 800 contribuintes em média ficaram sem atendimento. Segundo a prefeitura, a energia foi cortada às 8h30 de terça-feira (31) e a Secretaria Municipal de Fazenda só não ficou totalmente às escuras porque usou um gerador. De acordo com a Ampla, a prefeitura não reconhece o valor devido de R$ 200 mil. A concessionária diz que antes de interromper o fornecimento de energia enviou aviso prévio e se colocou à disposição para negociar com o poder público. (G1 – 02.06.2016)

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6 RGE inaugura Centro de Operação Integrado em Caxias do Sul

A RGE inaugurou o Centro de Operação Integrado da concessionária, que fica em Caxias do Sul (RS). O novo espaço começou a ser articulado no final do ano passado e já operava em caráter experimental desde maio, porém iniciou as atividades de forma oficial nesta quarta-feira (1/6). O centro tem o objetivo de centralizar o despacho das notas comerciais em conjunto com os serviços técnicos emergenciais que já eram feitos pela empresa. As equipes comerciais, multifuncionais e emergenciais, primárias ou terceirizadas, passam a receber as atividades via dispositivos móveis de uma mesma sala de comando. O projeto prevê dar maior planejamento, integração e agilidade ao trabalho da empresa, que atende 264 municípios do Rio Grande do Sul. O centro fica em funcionamento 24 horas por dia, nos sete dias da semana, com 43 colaboradores. (Agência Brasil Energia – 02.06.2016)

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7 Aneel nega pedido de aumento de preços de contratos da Bioenergy

A diretoria da Aneel negou pedido de aumento de preços ou a revogação amigável de Contratos de Compra de Energia no Ambiente Regulado, apresentado pela Bioenergy Geradora de Energia. A empresa negociou contratos no 15º Leilão de Energia Nova em 2011, quando foi autorizada a implantar e explorar as centrais geradoras eólicas Ventos do Norte 1 a 10, de 28,8 MW cada, no município de Paulino Neves, no Maranhão. O pedido de restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro ou de rescisão, no entanto, se aplica a sete das dez usinas. Em decisão publicada este ano, a Aneel já havia determinado a execução de garantias financeiras e a aplicação de medidas punitivas à empresa. Em abril, a agencia revogou as outorgas das eólicas Ventos do Norte 1 a 7, decisão que foi mantida em 31 de maio. No recurso apresentado em relação ao preço dos contratos de energia, a Bioenergy argumentou que houve mudanças imprevisíveis no cenário do setor e no comportamento do câmbio nos últimos anos. Ela citou algumas decisões do governo, como a antecipação do vencimento das concessões de geração com a Medida Provisória 579/2012, que resultou na queda do preço da energia no mercado; o cancelamento do leilão A-1 em 2012, que deu sinalização errada de maior oferta de energia a preços baixos; o aumento dos preços dos aerogeradores com as mudanças nas condições de financiamento pelo BNDES e a exigência do banco de preços maiores para os contratos de energia, na concessão de empréstimos. (Agência CanalEnergia – 02.06.2016)

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8 Aneel nega revisão do UBP de São Manoel

A Aneel negou pedido de revisão do valor do Uso do Bem Público da hidrelétrica de São Manoel, por considerar que não há como mudar o contrato de concessão sem alterar as condições dadas na definição do lance vencedor do leilão da usina. O valor a ser pago ao Tesouro pela concessão do empreendimento é de R$ 2.789.347,16. No recurso encaminhado à Aneel, a Empresa de Energia São Manoel argumentou ser necessário alterar o contrato para que ele reflita integralmente as regras do edital de licitação. Segundo a empresa, o edital prevê que no cálculo do valor do UBP deve ser considerada a garantia física do empreendimento, e não a garantia física local que, no caso de São Manoel, serve apenas para apurar o benefício indireto proporcionado ao empreendimento pelo reservatório da UHE Sinop. A São Manoel alegou também que o possível impacto da correção do UBP, que poderia resultar em variação de lances de R$ 0,014/MWh, ou 0,0167%, não quebra a isonomia de condições entre os interessados na outorga da usina. A concessão da UHE São Manoel foi arrematada no leilão A-5 de 2013 pelo consórcio Terra Nova, formado pelas empresas EDP e Furnas, com um preço de venda da energia de R$ 83,49 /MWh e deságio de 22% em relação ao preço-teto de R$ 107/MWh. O empreendimento localizado no rio Teles Pires, entre Pará e Mato Grosso, terá 700 MW de potência instalada. A previsão de entrada em operação é em janeiro de 2018. (Agência CanalEnergia – 02.06.2016)

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9 Coelba cria aplicativo de informação geográfica

A Coelba (BA) criou o aplicativo online, GSE Web Map. A ferramenta foi criada para facilitar consultas e o acesso dos seus colaborados aos dados geográficos do sistema de energia elétrica. Lançado no final do mês de fevereiro deste ano, o aplicativo, desenvolvido pela Imagem, possibilitou a descentralização dos dados da Coelba, que antes ficavam restritos aos técnicos da unidade de Mapeamento e Cadastros da empresa, os quais eram os únicos que possuíam conhecimento para lidar com os sistemas geográficos da companhia. Vandson Bonfim Santos, engenheiro de produção na unidade de Mapeamento e Cadastro da Coelba, afirmou que "agora os usuários podem ter acesso direto aos dados sobre geração de pequenos mapas e fazer consultas e pequenas análises através de mapas e imagens de satélite, sem a necessidade de envolver a equipe de Mapeamento e Cadastro da Coelba. (Agência CanalEnergia – 02.06.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os níveis dos reservatórios na região Nordeste começaram o mês de junho caindo 0,1% e chegando na marca de 30%. De acordo com dados do NOS referentes ao dia 1º de junho, a energia armazenada é de 15.559 MW mês e a energia natural afluente é de 1.442 MW mês, o mesmo que 30% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Sobradinho está com 26,85% da capacidade. O submercado Sudeste/Centro-Oeste também teve recuo de 0,1% e ficou com volume de 56,6%. A energia armazenada é de 114.792 MW mês e a ENA é de 37.317 MW médios, o que equivale a 103% da MLT. A usina de Furnas opera com 75,83% e a de Nova Ponte está com 39,78%. O Norte foi outro submercado que teve queda de 0,1% e opera com 62% da sua capacidade. A energia armazenada é de 9.319 MW mês e a ENA é de 2.794 MW med, que corresponde a 46% da MLT. A hidrelétrica de Tucuruí está com 87,89% da capacidade. Na região Sul, os níveis mantiveram o mesmo índice do dia anterior, de 92,8%. A energia armazenada é de 18.526 MW mês e a ENA é de 14.537 MW med, o mesmo que 106% da MLT. A usina de Barra Grande está com volume de 86,74%. (Agência CanalEnergia – 02.06.2016)

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2 País deve fechar 2016 com queda de 0,2% no consumo de energia

O consumo de energia deve fechar o ano com queda de 0,2% na comparação com 2015, revertendo a projeção inicial de alta de 0,5% da demanda prevista inicialmente pelo ONS e pela EPE. A primeira revisão do planejamento da carga para este ano foi divulgada pelos dois órgãos nesta quinta-feira (2/6). O percentual já considera o consumo sem as perdas. Inicialmente, os órgãos previam uma carga total de 463.200 GWh este ano, contra 460.792 GWh verificados no ano passado, mas ao reverem as contas, passaram a projetar uma carga inferior, de 459.782 GWh. O novo quadro manteve em 2,5% a expansão da carga residencial e elevou ligeiramente a previsão de alta no consumo comercial, de 2,1% para 2,8%. O setor industrial foi o que motivou a reversão das expectativas no quadro nacional, uma vez que a queda projetada passou de 2,2% para 4,5%. "Além da manutenção do panorama dos segmentos eletrointensivos, que vêm reduzindo o consumo de energia desde o ano passado, avalia-se que outros segmentos industriais também devem reduzir de modo expressivo seu nível de produção", destacaram ONS e EPE no documento 1ª Revisão Quadrimestral das Projeções de Demanda de Energia Elétrica 2016-2020. Como premissa, as instituições consideraram nova queda do PIB em 2016 e recuperação modesta nos anos seguintes, com crescimento econômico "ainda limitado pela necessidade de ajustes fiscais, pelo quadro negativo das expectativas dos agentes, bem como pela lenta recuperação da economia mundial". As projeções consideram um crescimento médio do PIB de 1,3% por ano até 2020. Até 2020, a previsão é que o consumo de energia cresça 4,1% ao ano até 2020. Neste cenário, existem dois fatores considerados importantes. Um deles é a interligação de Boa Vista ao Sistema Interligado até julho de 2018, enquanto que o outro fator é o aumento da importância do setor comercial no cenário de demanda. ONS e EPE destacaram ainda que no acumulado do ano até fevereiro, o consumo de energia teve queda de 5,6% na comparação anual, para 76.061 GWh. Considerando apenas fevereiro, a queda ficou em 5,2%, para 38.169 GWh, frente ao mesmo mês em 2015. Nos 12 meses findos em fevereiro, a redução da demanda ficou em 3% (456.300 GWh), efeitos negativos da crise econômica. Quando se olha por classe de consumo, a indústria foi a que apresentou a maior retração percentual. No mês de fevereiro, a queda de demanda no segmento foi de 7,3%. No final dos dois primeiros meses do ano, o tombo foi de 8,3%, enquanto que nos 12 meses encerrados em fevereiro, a retração na demanda foi de 5,9%. (Agência Brasil Energia – 02.06.2016)

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3 CCEE: consumo e geração de energia caem 1,6% em maio

Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 31 de maio apontam queda de 1,6% no consumo e na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2015. As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais. A análise do desempenho da geração indica a entrega de 59.844 MW médios de energia ao Sistema Interligado Nacional – SIN em maio. Houve aumento de 51% na produção das usinas eólicas, enquanto a geração térmica caiu 31% no período. As usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas, registraram incremento de 7,4% na produção de energia. A representatividade da fonte atingiu 75,6% sobre toda energia produzida no país, índice 6,3 pontos percentuais superior ao registrado em maio de 2015. O consumo de energia somou 57.516 MW médios, queda de 1,6% na comparação com o ano passado. No mercado cativo – ACR, no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, houve retração de 2,8% no consumo, enquanto no mercado livre – ACL, no qual consumidores compram energia diretamente dos fornecedores, foi registrado aumento de 1,9%. (Setor Energético – 02.06.2016)

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Meio Ambiente

1 Futuro da energia aponta para geração distribuída

Não há como cravar qual será o tipo de energia predominante no futuro. "Mas, certamente, será diferente da matriz de hoje", diz Lavinia Hollanda, coordenadora de Pesquisa da FGV Energia, sediada no Rio de Janeiro. Além do forte engajamento dos países desenvolvidos - afinal, trata-se de uma questão de saúde pública -, nações como o Brasil já estão convencidos de que a agenda climática tem de conversar com a energética. No caso brasileiro, é preciso investimento para financiar as novas alternativas de energia, como reformas setoriais - a geração distribuída (em que a fonte está próxima aos centros de consumo) é um exemplo - para que a estrutura regulatória não brigue com o desenvolvimento. Há consciência, diz a especialista, de que o petróleo só será imprescindível até as próximas duas décadas. Até a Arábia Saudita vai criar um fundo para energias renováveis. Para Andre Dorf, diretor-presidente da CPFL Energias Renováveis, a tendência também é de prevalecer a energia distribuída. Ele analisa o momento de quatro fontes alternativas. A biomassa é uma solução inequívoca para os rejeitos, como bagaço de cana e cavaco. A eólica está em um estado bem avançado, pois os incentivos existem há dez anos, o que atraiu investidores estrangeiros. As PCHs têm a vantagem do impacto ambiental mais baixo, pois não desalojam a população no entorno nem impõem desmatamento. Por fim, a solar é muito competitiva, pois para cada megawatt instalado, há um aproveitamento de 25% da energia, ante a média nos 11% nos países onde também funciona. Também na análise da consultoria Thymos, segundo sua diretora-executiva Thaís Prandini, o futuro do setor está na geração distribuída. Para ela, o ponto positivo é que está havendo um rápido aperfeiçoamento do sistema regulatório, o que incentiva os investimentos. A executiva pondera, no entanto, que não é prudente se apostar em uma matriz totalmente renovável. "São todas intermitentes, que dependem do sol [não gera à noite], vento [que precisa de qualidade constante], hidrelétrica [sujeita a chuvas]. Mesmo a biomassa da cana é sazonal", lembra. Ou seja, é necessário, por menos ambientalmente correto que seja, um parque térmico para dar conta de eventuais períodos de escassez. (Valor Econômico – 03.06.2016)

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2 Setor privado busca de soluções às fontes tradicionais de energia

O setor privado está se mexendo em busca de soluções alternativas às fontes tradicionais de energia. Segundo Flávio de Souza, gerente nacional de vendas da Schneider Electric, a empresa fornece equipamentos ¬ de solar e eólica ¬, além de dar suporte para as empresas terem as soluções mais adequadas para seu tipo de negócio. Isso inclui necessidades futuras de abastecimento, manutenção preventiva dos equipamentos e montagem de um mix de matrizes mais rentáveis e eficientes. Também para Dirceu Azevedo, líder de sustentabilidade da Accenture para a América Latina, a agenda mundial é amplamente positiva para as fontes renováveis de energia, com destaque para a solar e a eólica. Ele informa que, globalmente, o total investido em energia renovável somou USS 286 bilhões em 2015, sendo que no Brasil, entre US$ 7 bilhões e US$ 8 bilhões, excluindo as hidrelétricas de grande porte. A taxa média de crescimento no país, nos últimos dez anos, foi de 20% ao ano. O executivo, no entanto, admite que o Brasil ainda engatinha no setor. Mas, pondera, "há um movimento importante na área de eólicas, principalmente. O que se espera, daqui para frente, é o desenvolvimento de tecnologia de armazenamento de sol e vento. E isso já vem sendo desenvolvido por grandes players globais". (Valor Econômico – 03.06.2016)

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3 O case da Dow na busca de soluções às fontes tradicionais de energia

Um case bastante promissor [na busca de soluções às fontes tradicionais de energia] é o da Dow. Em 2010, firmou patrocínio com o Comitê Olímpico Internacional por dez anos. De acordo com o responsável por tecnologia e sustentabilidade da empresa, Julio Natalense, a Dow está envolvida em cerca de 20 projetos ligados aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, abrangendo desde tecnologias para o campo de jogo até a construção de instalações olímpicas, transporte e infraestrutura da cidadesede. A diretora de energia da empresa, Claudia Schaeffer, diz que, desde 1995 a Dow tem planos decenais de sustentabilidade. Um dos mais emblemáticos é o acordo entre a Energias Renováveis do Brasil (ERB) e a Dow Brasil, que teve como fruto uma planta de cogeração de vapor e energia gerados a partir de biomassa de eucalipto. O projeto abastece a maior unidade da empresa no Brasil, localizada em Candeias (BA), com energia limpa, substituindo parte do gás natural que abastece o site. Com o projeto, a companhia substitui 150 mil metros cúbicos diários de gás natural. Outro exemplo é a parceria entre a GE Power e a CS Bioenergia (uma jointventure formada entre Cattalini Bioenergia e a empresa de saneamento Sanepar) para a realização de um projeto de geração de energia a partir da decomposição do lodo e da matéria orgânica depositada em estações de tratamento de esgoto. Localizada no Paraná, a geradora será equipada com dois motores Jenbacher JCM 420 fornecidos pela GE. Juntos, os equipamentos produzirão 5,8 MW de energia. Do total de energia elétrica produzida, 0,5 MW será consumido pela própria usina de biogás para manter sua operação e os outros 2,3 MW serão disponibilizados à rede de distribuição. O total de energia é suficiente para abastecer cerca de 8.400 pessoas ou 2.100 unidades consumidoras no entorno da unidade de tratamento. De acordo com Rickard Schäfer, líder de vendas da divisão de distributed power da GE Power para o Brasil, a planta de biogás entrará em operação entre novembro e janeiro deste ano, pronta para gerar energia em janeiro de 2017. (Valor Econômico – 03.06.2016)

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4 Promissora, economia de baixo carbono requer planejamento estratégico imediato

A Coalizão Brasil, Clima, Florestas e Agricultura apresentou três estudos que analisam vantagens competitivas para o Brasil na economia de baixa emissão de carbono, a partir de oportunidades na recuperação de florestas e na agropecuária. Os resultados apontam para a necessidade de investimentos de bilhões de dólares, com retornos econômicos e sociais também dessa ordem de grandeza. A adoção desse caminho se constituiu numa saída estratégica no atual momento de reestruturação política e econômica do país, além de contribuir para o cumprimento dos compromissos firmados no Acordo de Paris. “Os trabalhos simulam cenários de modo bastante concreto, apontando o calibre de investimentos necessários e os retornos correspondentes em termos de produção, empregos, tributos e reduções de emissão de gases do efeito estufa (GEE)”, explica Roberto Waack, presidente do conselho da WWF e sócio da Amata. “Tecnologias de baixa emissão de GEE aplicadas a setores como agricultura e pecuária, ao lado do manejo sustentável das florestas e do incremento no uso de biocombustíveis compõem uma nova ordem global de negócios, na qual a lógica da baixa emissão será cada vez mais valorizada no mercado internacional”, completa o empresário. A Coalizão Brasil solicitou ao Instituto Escolhas o cálculo de custos para a recuperação de 12 milhões de hectares de florestas. Ao Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (GVces), o movimento encomendou dois trabalhos: uma análise sobre multiplicar por dez a área de manejo florestal rastreada e outra que considera a recuperação de 30 milhões de hectares de pastagens degradadas e a integração agricultura floresta em outros 9 milhões de hectares. (Setor Energético – 03.06.2016)

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5 Ampliar o manejo florestal é medida essencial

Ampliar o manejo florestal é visto pela Coalizão Brasil, Clima, Florestas e Agricultura como uma medida essencial no combate ao desmatamento ilegal. Em sua INDC (conjunto de compromissos voluntários que o Brasil levou ao Acordo de Paris), o país se comprometeu, até 2030, a acabar com o desmatamento ilegal na Amazônia, a restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas para múltiplos usos, bem como recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e implantar o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta em 5 milhões de hectares. No caso da recuperação de pastagens e da integração da agricultura com outras atividades, os números consolidam também as intenções anunciadas no Plano ABC, uma política setorial, criada em 2010, para mitigação das emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) e adaptação do agronegócio às baixas emissões. O horizonte das três pesquisas se estende até 2030, ano de referência para os compromissos selados em Paris. “O propósito da Coalizão Brasil ao apresentar os cálculos é iniciar um debate com o poder público e a sociedade, para concretizar as oportunidades da economia de baixo carbono no mercado que existe hoje”, afirma Marcelo Furtado, diretor executivo do Instituto Arapyaú. Para identificar as principais variáveis e estabelecer parâmetros, equipes multidisciplinares do Instituto Escolhas e do GVces (economistas, agrônomos, administradores, entre outros especialistas) contaram com o suporte inicial dos Grupos de Trabalho da Coalizão Brasil. “Sabemos que há muitas prioridades na agenda governamental, mas o país precisa reunir esforços para concretizar os compromissos que assumiu perante a sociedade brasileira e a comunidade internacional, além de compreender os ganhos que podem advir do cumprimentode tais metas”, destaca Tasso Azevedo, coordenador do projeto Mapbiomas e do Seeg (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa). (Setor Energético – 03.06.2016)

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Energias Renováveis

1 ANP autoriza mistura de 20% de biodiesel em geradores de Jogos Olímpicos

A ANP autorizou o uso de óleo diesel com adição de 20% de biodiesel nos geradores que vão ser utilizados nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro, em agosto. A mistura, conhecida pela sigla B20, deve ter uso entre maio e dezembro, com pico entre agosto e setembro, durante a realização dos jogos. A estimativa é que sejam utilizados seis milhões de litros do combustível nos equipamentos de geração emergencial. Recentemente, o governo liberou o aumento gradativo da mistura de biodiesel ao diesel tradicional. Para este ano, foi liberado o uso de 8% (B8), subindo para 9% no ano que vem e B10 a partir de 2018. (Agência Brasil Energia – 02.06.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Produção de gás natural no Brasil aumenta em 6% no mês de abril, segundo ANP

A produção de petróleo e gás natural no Brasil no mês de abril totalizou 2,893 milhões de barris de óleo equivalente por dia, segundo a ANP. A produção de gás natural totalizou 95,8 milhões de m³/dia. Um aumento de 6% em relação ao mês anterior e um aumento de 1,5% na comparação com o mesmo mês em 2015. Já a produção de petróleo foi de aproximadamente 2,290 milhões de barris por dia, um aumento de 1,1% na comparação com o mês anterior e redução de 4,3% em relação ao mesmo mês em 2015. O aproveitamento de gás natural no mês foi de 95,8%. A queima de gás em abril foi de 4 milhões de m³/dia, uma redução de 13,8% se comparada ao mês anterior e um aumento de 9,2 em relação ao mesmo mês no ano passado. Já a produção do pré-sal, oriunda de 56 poços, foi de 801,3 mil barris de petróleo por dia de petróleo e 30,8 milhões de m³/dia de gás natural, totalizando 994,9 mil barris de óleo equivalente por dia, uma redução de 9,9% em relação ao mês anterior. A principal razão para a redução da produção no pré-sal foram as paradas programadas das plataformas FPSO Cidade de Paraty e FPSO Cidade de Angra dos Reis, ambas localizadas no campo de Lula. (Agência Brasil Energia – 02.06.2016)

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2 UTE Oeste de Canoas receberá R$ 17 mi em investimentos

A Oeste de Canoas Petróleo e Gás investirá R$ 17 mi na construção da UTE Oeste de Canoas (5,5 MW), único projeto a gás natural contratado no leilão A-5 de 2016. A usina vai utilizar a reserva de gás do campo de mesmo nome, na Bacia de Barreirinhas, no Maranhão, de 150 milhões de m³. Contudo, a geração de energia não era a primeira opção da Oeste de Canoas ao adquirir o campo, na segunda rodada de áreas marginais, em 2006. “No início, pesamos no escoamento de GNC e, depois, começamos a estudar a instalação de uma usina. [...] Essa opção ganhou mais importância nos últimos anos, com escassez de energia”, segundo João Ricardo de Magalhães, diretor da empresa. A escolha também tem relação com o gargalo de infraestrutura do estado maranhense, que não conta com uma rede de distribuição de gás natural disponível. Magalhães lembrou que “até mesmo o modal GNC tem uma logística complexa no Maranhão. O mercado consumidor está a pelo menos 200 km desse campo, na Grande São Luís”. Depois de optar pela construção de um projeto gas-to-power, a Oeste de Canoas calculou o consumo de gás natural, concebendo então uma usina de 5,5 MW de potência. Ao longo da vida útil do projeto, toda a reserva do campo Oeste de Canoas deve ser utilizada. “Como dificilmente teremos 100% de despacho durante os 15 anos de contrato, deve haver sobra de gás. Mas agora, a reserva está toda onerada para esse projeto”, afirmou o diretor. As obras devem ser iniciadas em 2019, dois anos antes da data para entrada em operação. Até lá, a Oeste de Canoas vai elaborar todo o projeto de engenharia da termelétrica, incluindo a escolha de motor e do tipo de ciclo combinado a ser utilizado, convencional (com vapor) ou orgânico (com biomassa). “Não prevemos entrar no mercado livre de energia porque os preços atuais não remunerariam a antecipação das obras”, segundo Magalhães. A Oeste de Canoas é um consórcio entre Perícia Engenharia (50%) e Engepet (50%) e também tem concessão de outros dois campos de pequeno porte, Espigão, também adquirido em 2006, e São João, arrematado no final do ano passado, terceira rodada de áreas marginais. Assim como Oeste de Canoas, os dois campos ficam na Bacia de Barreirinhas. (Agência Brasil Energia – 02.06.2016)

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Grandes Consumidores

1 CCEE: Albras liderou consumo no mercado livre em março

O boletim InfoMercado Mensal da CCEE analisou o consumo das empresas no Ambiente de Comercialização Livre. Os dados consolidados de março de 2016 apontam o agente Albras como a maior consumidora na categoria consumidor livre. A metalúrgica Albras Alumínio Brasileiro registrou um consumo de 801,4 MW médios ao longo do mês de março, mais que o dobro da siderúrgica Arcelor JF, com 321 MW médios e da petroquímica Braskem, com 314,5 MW médios. Entre os consumidores especiais, ou seja, empresas com demanda contratada de energia entre 0,5MW e 3MW e tensão mínima de 2,3 kV, o ranking apresenta a Telefonica, com 44,4 MW médios; o Carrefour, com 37,8 MW médios e em terceiro a Seara Matriz, com consumo de 35,5 MW médios, como as empresas com maior consumo no período. O consumidor especial deve adquirir energia somente de fontes incentivadas. Em março, o consumo total no Sistema Interligado Nacional totalizou 65.052 MW médios, montante 1,6% maior ao registrado no mesmo período do ano passado. O aumento foi de 2,6% no mercado cativo, no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, enquanto no mercado livre, no qual consumidores compram energia diretamente dos fornecedores, foi registrada retração de 1,7%. A atividade industrial continuou em queda, impactando exatamente o consumo de energia dos consumidores livres, especiais e autoprodutores. O setor de extração de minerais metálicos teve o pior resultado, com diminuição de 13,4%, seguido pelo setor de veículos com 8,3% e têxteis com 5,9%. (Agência CanalEnergia – 02.06.2016)

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2 Data center diminui consumo com confinamento de ar condicionado

A produtora austríaca de aços especiais Voestalpine Group-IT, com subsidiária em Sumaré (SP), conseguiu reduzir em 30% o consumo de energia de seu data center, depois de ter sua infraestrutura modernizada pela empresa especializada Aceco TI. A empresa não revela dados de consumo. A principal medida foi o confinamento dos corredores de ar frio do sistema de ar condicionado, que passou a não se misturar mais com o rejeito de ar quente e a ser direcionado diretamente aos servidores. Isso permitiu uma temperatura de operação mais elevada, de 22ºC a 24º C, contra 12º a 15º C do sistema anterior, tendo em vista a diminuição de perda térmica. Além disso, o novo data center, modular, passou a contar com redundância de energia, com grupo gerador a diesel com potência de 220 KVA, com tanque primário de 400 litros e externo adicional de 1.000 litros. (Agência Brasil Energia – 02.06.2016)

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Economia Brasileira

1 Atividade de serviços no Brasil segue em queda, aponta Markit

A atividade do setor de serviços no Brasil continuou a cair de forma acentuada em maio, com recuo em novos negócios e na força de trabalho do setor, de acordo com o Índice Gerentes de Compras do serviço de informações financeiras Markit. O PMI de serviços caiu de 37,4 para 37,3 de abril para maio. Leituras abaixo de 50 significam retração da atividade. De acordo com a pesquisa, as empresas do setor continuaram a reduzir preços finais, apesar de seus custos continuarem a aumentar. Apesar disso, o volume de novos negócios diminuiu, o que levou a uma nova rodada de demissões no setor. Com o resultado do PMI de serviços, o PMI composto do setor privado brasileiro - que também inclui a indústria - recuou de 39 em abril para 38,3 em maio, menor nível da história da pesquisa. O PMI industrial, divulgado na quarta-feira, saiu de 42,6 em abril para 41,6 em maio, menor nível em sete anos. “A economia do setor privado brasileiro continuou a decepcionar em maio, contraindo--se pelo ritmo mais acentuado desde que os dados consolidados do PMI foram compilados pela primeira vez há mais de nove anos. As empresas indicaram uma demanda sem vigor em meio às crises política e econômica no país. Em resposta às condições operacionais sombrias, as empresas cortaram posições por um ritmo quase recorde, o que, por sua vez, provavelmente vai causar mais danos à economia”, afirmou Pollyanna De Lima, economista da Markit e autora do relatório. Um motivo de preocupação adicional, disse ela, é a forte concorrência por novos trabalhos, algo que continua a restringir o poder de precificação das empresas. Os preços médios de venda tiveram a maior queda desde 2008, enquanto a inflação de custo de insumos permaneceu alta, pressionando as margens de lucro. Os dados do PMI, afirmou a economista, indicam uma queda ainda mais acentuada do PIB no segundo trimestre deste ano. No primeiro trimestre, o PIB surpreendeu ao cair 0,3% em relação ao quarto trimestre de 2015. Esperava-se um recuo maior, de 0,8%. (Valor Econômico – 03.06.2016)

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2 Após duas quedas, atividade da indústria de SP fica estável, vê Fiesp

Após duas quedas fortes, a atividade da indústria de São Paulo ficou praticamente estável em abril, informa a Fiesp. O INA calculado pelo Depecon subiu 0,03% em abril, após recuar 1,14% em março e cair 1,12% em fevereiro. No ano, a queda ainda é forte, de 10,5%. Em 12 meses, há retração de 8,8%. De acordo com o gerente do Depecon, Guilherme Moreira, a melhora relativa indicada pelo INA ainda tem que ser confirmada. “É preciso cautela, mas nossa esperança é que o INA pare de cair e comece a caminhar para uma estabilização, mas ainda não há dados suficientes para afirmar que seja um processo de retomada”, explicou, em nota. Moreira afirma, ainda, que a retomada da indústria também depende do mercado externo. Neste quesito há sinais de recuperação em alguns setores, como celulose e papel. No lado interno, o setor depende da volta da confiança e do consumo no país. A projeção da Fiesp é que a atividade da indústria paulista feche 2016 com queda de 5,3%, depois de contração de 6,2% em 2015 e de 6,0% em 2014 A atividade do setor de celulose e papel registrou alta de 2,5% em abril, em relação ao mês de março, na série sem o ajuste sazonal, com destaque para o aumento de 5,9% no total de vendas reais, de 2,7% nas horas trabalhadas na produção e de 0,44 ponto percentual no Nuci. Na outra ponta, o setor têxtil apresentou queda do INA de 1,4% em abril, também na série sazonalmente ajustada. Todas as variáveis caíram: total de vendas reais (-2,8%), horas trabalhadas na produção (-1,4%) e Nuci (-0,2 ponto). A pesquisa Sensor - que apura as expectativas da indústria - fechou em 46,1 pontos, na série livre de influências sazonais, contra 46,4 pontos de abril, mantendo--se abaixo dos 50,0 pontos, o que sinaliza queda das expectativas para o indicador. No caso das vendas houve aumento, passando de 46,0 pontos em abril para 47,2 em maio. Condições de mercado, nível de estoque, nível de emprego e investimentos registraram queda. (Valor Econômico – 02.06.2016)

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3 Confiança de comerciantes cresce em maio, mostra CNC

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da CNC, mostrou que, em maio, os comerciantes ficaram menos pessimistas com o futuro. O indicador cresceu 0,3% no quinto mês de 2016 e atingiu 81,04 pontos. Houve melhora na avaliação das condições correntes, cujo indicador subiu 0,8%, e das expectativas para os próximos meses, que teve alta de 0,4%. Apesar do avanço, o índice se encontra na zona de pessimismo, abaixo de 100 pontos. Na avaliação da CNC, "ainda é precipitado afirmar que há sinais de recuperação plena da confiança do comércio, uma vez que a demanda predomina em nível historicamente baixo, sobretudo em função da deterioração do mercado de trabalho e do encarecimento do crédito". Em nota, a entidade destacou as melhoras das expectativas futuras: a percepção do comércio varejista está mais otimista tanto em relação à economia (+7,2%) quanto em relação ao desempenho do setor (+0,4%). Os estoques, no entanto, ainda preocupam. Um em cada três empresários ainda está com estoques acima do adequado. O componente que mede as condições de investimentos caiu 0,8% na comparação com abril e 12,2% ante maio do ano passado, alcançando 74,6 pontos. O comparativo mensal foi influenciado por reduções na intenção de contratação de funcionários (-1,0%) e na intenção de investir (-2,0%). Apenas a avaliação do nível dos estoques diante da programação de vendas subiu/melhorou (+0,4%). De acordo com a CNC, o subíndice ligado às expectativas em relação aos próximos meses alcançou 122,3 pontos em maio, com aumento de 0,4% na comparação mensal. (Valor Econômico – 02.06.2016)

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4 IPC-Fipe avança para 0,57% no fechamento de maio

A inflação medida pelo IPC-Fipe acelerou para 0,57% no fim de maio, puxada por especialmente pelos gastos com habitação. A taxa é maior que a da terceira quadrissemana do mês, de 0,50%, e do que aquela apurada no mesmo período em abril, de 0,46%. Da terceira para a quarta leitura de maio, Habitação subiu de 0,22% para 0,51%, seguida por Despesas pessoais (1,18% para 1,30%) e Educação (0,16% para 0,19%). (Valor Econômico – 03.06.2016)

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5 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 10h05, o dólar comercial caía 1,22%, a R$ 3,5415. Na quinta-feira, o dólar comercial fechou em ligeira queda de 0,03% a R$ 3,5859. (Valor Econômico – 03.06.2016 e 02.06.2016)

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Internacional

1 Argentina limita altas de tarifas de energia após protestos

O governo argentino decidiu nesta quinta-feira limitar o forte aumento de tarifas de gás e eletricidade que havia implementado este ano para reduzir o déficit fiscal do país, após protestos sociais e de empresas que alegam que não podem pagar os serviços. O governo não informou qual será o custo fiscal da medida. Após reunião com governadores de todo o país nesta quinta-feira, o governo decidiu limitar a 400% os aumentos nas tarifas de gás para consumidores privados e 500% para empresas pequenas, hotéis e lojas. No caso do setor elétrico, haverá subsídios para algumas províncias e empresas. Como parte do projeto para equilibrar as contas estatais, atrair investimentos e reduzir a inflação, o governo de Mauricio Macri havia eliminado este ano amplos subsídios ao setor energético concedidos pela gestão anterior de Cristina Kirchner. A decisão, no entanto, provocou reações de consumidores e empresários, que em alguns casos se depararam com altas superiores a 1.000%, segundo veículos de comunicação locais. “As medidas que concordamos com os governadores tendem a levar tranquilidade à população e gerar as condições para recuperar a oferta energética na Argentina”, indicou o ministro de Energia, Juan José Aranguren, em comunicado. (O Globo – 02.06.2016)

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2 Chile tem tanta energia solar que agora é de graça

A indústria solar do Chile se expandiu tão rapidamente que está gerando eletricidade gratuitamente. Os preços à vista chegaram a zero em algumas regiões do país durante 113 dias até abril, número que está a caminho de superar o total do ano passado, de 192 dias, segundo a operadora da rede central do Chile. Embora isto pode ser bom para os consumidores, é uma má notícia para as usinas de energia, em dificuldades para gerar receita, e para as empresas que buscam financiar novos parques. (Exame – 02.06.2016)

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3 El Salvador busca investidores brasileiros para renováveis

O Escritório Comercial e de Turismo de El Salvador está promovendo contatos com associações do setor elétrico nacional para divulgar licitação que pretende viabilizar 150 MW de projetos de energia renovável nesse país da América Central, totalizando US$ 300 milhões em investimentos. A ideia é instalar parques eólicos e centrais fotovoltaicas para diversificar a matriz energética, hoje dependente de usinas geotérmicas, hidrelétricas antigas e termelétricas. “Queremos cortar drasticamente o consumo de óleo na geração de energia“, ressalta Vladimiro Villalta Novoa, diretor do Escritório Comercial. É a primeira iniciativa desse porte, segundo ele, lançada em nível internacional por El Salvador, abrangendo Estados Unidos, Europa e América do Sul. A licitação está em fase de consulta pública para coleta de informações e sugestões que possam aprimorar a proposta que, uma vez revisada, deverá ser aberta oficialmente por volta de novembro próximo. A execução dos empreendimentos está previsto para início de 2017. O governo de El Salvador já fez um mapeamento do potencial eólico e solar do seu território. O plano é instalar parques de aerogeradores ao longo de uma faixa litorânea e também num trecho de região montanhosa onde há correntes de vento contínuas e estáveis. Já as centrais fotovoltaicas, de médio porte, deverão ficar junto às áreas de maior demanda, evitando assim investimentos em transmissão de energia. Os projetos, nesse primeiro momento, vão ser todos executados com equipamentos importados. A indústria ainda não conta com cadeia produtiva para fabricação de componentes de ambas as modalidades, porém a intenção é também levar companhias interessadas inicialmente montagem e depois em produção local. Um dos pontos fortes do país, devido ao posicionamento geográfico, segundo Novoa, é justamente a parte logística para exportação. O executivo explica também que, em termos de acesso a financiamento, os interessados poderão contar com recursos do BID e com o Fundo de Desenvolvimento do Milênio, mecanismo disponibilizado pelo governo dos EUA. (Agência Brasil Energia – 02.06.2016)

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4 Nissan instala 4,75 MW de energia solar em fábrica da Inglaterra

A fabricante japonesa Nissan instalou 19 mil painéis fotovoltaicos, totalizando 4,75 MW de capacidade instalada, em sua maior fábrica de automóveis da Europa, na cidade de Sunderland, na Inglaterra. Além da nova estrutura, 10 turbinas eólicas, de 6,6 MW no total, já atendiam à parte do consumo de energia da fábrica, que é também a responsável pela produção de todas as unidades do modelo elétrico Nissan Leaf e de suas baterias. Juntas, as unidades solar fotovoltaica e eólica vão economizar o equivalente a 3 mil toneladas de gás carbônico por ano. O volume de energia elétrica gerado corresponde a 7% do consumo total da unidade e é suficiente para a construção de mais de 31 mil carros/ano, segundo a empresa. (Agência Brasil Energia – 02.06.2016)

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5 O Supremo apoia o corte de 1,7 bi de euros em renováveis

O Supremo Tribunal certificou um novo baque para os produtores de energia renovável. Foi aprovado o decreto real de 2014 que regulava o novo regime de compensação para estas instalações e por este decreto, o Governo de Mariano Rajoy aplicou um corte de quase 1,7 bilhões de euros a este setor. O Tribunal considera que o novo regulamento é constitucional e consistente com o direito comunitário. Os juízes deram razão ao Governo e rejeitam os recursos apresentados por três produtores: Ingeniería Civil, Alternativa y Medioambiental (Incam), Renovables Samca y Llerena Solar, Temcli y Powersol 2007. Estes recursos são apenas amostras das centenas sobre o mesmo assunto que chegaram ao tribunal superior. (El País – Espanha – 01.06.2016)

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6 Yacyretá: Paraguai ficou com apenas 10% de energia em maio

Com 1.780.426 MWh gerados, o mês de maio teve a segunda melhor produção do ano de energia na Entidad Binacional Yacyretá (EBY), superada apenas por janeiro, quando se tinha gerado 1.875.321 MWh. No entanto, em um polo totalmente oposto, o Paraguai teve sua maior baixa de energia alocada do ano, apenas 184.804 MWh, apenas 10% de toda produção do mês anterior. Técnicos nacionais asseguram que o Paraguai deve começar a usar mais a energia de Yacyretá e não cedê-la ao país vizinho, considerando que os argentinos não pagam em tempo hábil. (Ultima Hora – Paraguai – 03.06.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo Mattos, Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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