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IFE: nº 4.103 - 02 de junho de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
1 Eletrobras não vai mais participar de reuniões para definir políticas públicas
2 Aneel: norma altera procedimentos de acesso a rede de distribuidoras
3 Taxa de fiscalização da Aneel passa a considerar atualização de tarifas e receitas reguladas
4 Aneel debate proposta de legislação sobre recarga de veículos elétricos
5 Aneel não aceita recurso do Consórcio Candonga para que ela não suspendesse a operação comercial da UHE Risoleta Neves
6 Transferência de instalações de transmissão será debatida na próxima segunda (6/6), em Brasília
7 Sobrecontratação chegará a 13,3% em 2016, segundo Abradee
8 Belo Horizonte define PPP de iluminação
9 Artigo de Elbia Gannoum: “Eólicas, segurança energética e linhas de transmissão”
Empresas
1
TCU suspende repasses da Eletrobras para projeto na Nicarágua
2 Aneel nega suspensão cautelar de débitos da Eletrobras-PI no MCP
3 Decat entrega cargo em Furnas
4 Vale e Cemig comprarão energia devido a hidrelétrica parada no Rio Doce
5 Cemig GT realiza leilão para venda de energia convencional
6 FIP Coliseu e Cemig alteram acordo de acionistas na Taesa
7 Energisa destina R$ 15 mi a projetos de eficiência energética
8 Fitch atribui rating para emissão de R$ 180 mi da Matrinchã Transmissora
9 Baixada Santista recebe investimentos de R$ 5,4 mi da CPFL Piratininga
10 Willamy Frota é eleito diretor de Operação da Eletronorte
11 Renova tem novo diretor-presidente
12 Usina Santo Antônio tem operação comercial da 42ª turbina autorizada
13 Chesf sofre bloqueio judicial por processo envolvendo obras da UHE Xingó
Leilões
1
Aneel realizará Leilão de Energia para atender a 32 localidades do interior do Amazonas
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Sudeste/Centro-Oeste termina maio com 56,7% da capacidade
2 ONS retira linha da Abengoa do plano 2016-2020
3 Comitê decide desligar termelétricas no Sul, Sudeste e Centro-Oeste
4 Com excesso de água, Usina de Itaipu volta a abrir vertedouro
5 Preço de referência cai para R$ 74,66/MWh
6 ANA prorroga vazão mínima de Sobradinho e Xingó
7 Índice Comerc tem queda de 1,2% em abril
Energias Renováveis
1
Biosev lucrou R$ 49,7 mi no 4º trimestre
Gás e
Termelétricas
1 Expansão da térmica Buriti entra em testes
Grandes
Consumidores
1 Albras é o maior consumidor no mercado livre
2 Votorantim dobra lucro após consolidar negócios
3 Receita da exportação de minério de ferro do Brasil cresce 44% em maio
Economia Brasileira
1 Nova presidente do BNDES vai revisar políticas operacionais do banco
2 Retomada da economia deve ocorrer nos próximos trimestres, diz Fazenda
3 Atividade industrial do Brasil em maio cai ao menor nível em sete anos
4 Recessão do país ganha características de depressão, diz Goldman Sachs
5 Quatro capitais fecham maio com inflação mais branda, mostra FGV
6 Produção industrial sobe 0,1% em abril e acumula queda de 10,5% no ano
7 Balança comercial tem maior saldo para maio e parcial do ano desde 1989
8 Dólar ontem e hoje
Internacional
1 Setor elétrico da França entra em greve na quinta-feira, diz sindicato
Biblioteca Virtual do SEE
1 GANNOUM, Elbia. “Eólicas, segurança energética e linhas de transmissão”. Valor Econômico. São Paulo, 2 de junho de 2016.
Regulação e Reestruturação do Setor
1 Eletrobras não vai mais participar de reuniões para definir políticas públicas
A Eletrobras não será mais convidada para participar sistematicamente das reuniões do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, realizadas mensalmente. A decisão, tomada hoje (1º) em reunião do grupo, tem como objetivo valorizar o papel empresarial da Eletrobras, não se confundindo com a função de formuladora de políticas públicas do governo, segundo o MME. O Comitê de Monitoramento deverá criar um novo regimento para dar mais transparência a seus trabalhos e processos. “Queremos fortalecer e reinstitucionalizar o setor, respeitando as competências de cada órgão”, disse o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. Para o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, a presença da Eletrobras no comitê pode ser caracterizada como um conflito de interesses. “A Eletrobras é um agente como outro qualquer, não faz sentido ela participar de uma reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. Pode ter informações que, como agente, não deveria ter." Na reunião de hoje, a Eletrobras não participou. Segundo o MME, o novo regimento busca reforçar os processos de governança do monitoramento do setor elétrico, com redução no intervencionismo, aprimoramento da divulgação das informações econômicas debatidas no colegiado e fortalecimento das instituições, criando ambiente de segurança no setor para atração de investimentos. O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico foi criado em 2004 para acompanhar a continuidade e a segurança do suprimento de energia no país. Participam do grupo representantes do MME, da Aneel, do ONS, da EPE, da ANP e da CCEE. (Agência Brasil – 01.06.2016)
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2 Aneel: norma altera procedimentos de acesso a rede de distribuidoras
A Aneel revisou os procedimentos de acesso de consumidores e de autoprodutores de energia a instalações de propriedade de distribuidoras. O regulamento tem duas questões principais, que são a obrigatoriedade da publicação pela concessionária de um guia de acesso ao sistema de distribuição, nos moldes do guia do operador do sistema para a transmissão; e o tratamento a ser dado aos pedidos de acesso dos usuários, especialmente no caso de centrais geradoras em fase de obtenção ou de alteração de outorga de autorização. A distribuidora terá de seguir procedimentos específicos quando houver necessidade de avaliar eventuais impactos de um novo acesso a sua rede sobre o sistema de transmissão ou sobre a rede de outras distribuidoras. Antes de autorizar o acesso, ela terá de obter parecer técnico elaborado pelo ONS ou pela distribuidora consultada. A norma da Aneel reforça os pré-requisitos para a consulta de acesso de centrais geradoras o sistema de distribuição. Os empreendedores interessado deverão estar com as etapas do processo de obtenção da outorga adiantadas, com, por exemplo, a aprovação de projeto básico ou o reconhecimento de adequabilidade do sumário executivo para usinas hidráulicas, ou ainda o despacho de recebimento do requerimento de outorga para projetos de outras fontes. Após receber a informação de acesso, o gerador terá até 60 dias para comprovar à distribuidora que formalizou o documento na Aneel e até um ano para formalizar sua solicitação de acesso à rede de distribuição da empresa. (Agência CanalEnergia – 01.06.2016)
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3 Taxa de fiscalização da Aneel passa a considerar atualização de tarifas e receitas reguladas
A Taxa de Fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica (TFSEE) passará a ser definida pela Aneel sobre uma nova base de cálculo que pretende ser transparente, previsível e estável, segundo o órgão regulador. Ela será extraída dos processos de atualização de receita ou de tarifa para os agentes cuja remuneração é regulada, mas não muda para os demais, para quem a TFSEE continuará a ser calculada com base no Betu. A TFSEE era calculada anteriormente pela Aneel a partir do faturamento obtido pelos agentes de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica no ano anterior. Ela correspondia a 0,4% do valor do benefício econômico anual, em consequência das atividades desenvolvidas. Com a nova regra, o beneficio econômico das distribuidoras será compatível com os resultados dos reajustes e das revisões tarifárias das empresas. Ele passa a considerar os benefícios futuros dos processos tarifários, mas vai excluir do cálculo os recursos destinados à cobertura dos encargos setoriais. Para as usinas em regime de cotas, o cálculo da TFSEE vai considerar a atualização da Receita Anual de Geração. No caso de distribuidoras com geração própria, a receita da geração vai se somar à da distribuição no cálculo da taxa. Já os empreendimentos de geração própria de empresas desverticalizadas terão a taxa de fiscalização definida a partir dos dados declarados pelo gerador, na mesma data de reajuste anual da distribuidora conectada à geração. Para os geradores que não têm receita regulada pela Aneel, fica mantida a fórmula atual do cálculo do Betu. Entre os agentes do setor, apenas os proprietários de pequenas usinas que precisam somente do registro na Aneel estão isentos do pagamento do encargo. Assim como nas receitas reguladas de distribuição e de geração, na transmissão a base de cálculo da TFSEE será a definição da RAP dos empreendimentos, que também é corrigida ao longo do tempo. (Agência CanalEnergia – 01.06.2016)
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4 Aneel debate proposta de legislação sobre recarga de veículos elétricos
Na última quarta-feira (1º/6), a Aneel participou de audiência pública da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado Federal que debateu o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 65/2014, que institui a obrigatoriedade para pontos de recarga para veículos elétricos em vias públicas e em ambientes residenciais e comerciais. O projeto estabelece que as concessionárias de energia serão obrigadas a instalar pontos de recarga de baterias junto às vagas de estacionamento público que venham a ser disponibilizadas para esse fim pelas autoridades locais. O órgão competente federal estabelecerá as condições de fornecimento e as tarifas aplicáveis para esta finalidade, e promoverá os necessários ajustes dos contratos de concessão das empresas distribuidoras. O poder público será obrigado a desenvolver mecanismos que promovam a instalação, nos prédios residenciais, de tomadas para recarga de veículos elétricos nas vagas de garagens. Representada por Hugo Lamin, assessor da Superintendência de Regulação dos Serviços de Distribuição, a Aneel ressaltou que está aberta a Consulta Pública nº 2/2016, que recebe contribuições da sociedade sobre a necessidade de regulamentação dos aspectos relativos ao fornecimento de energia elétrica a veículos elétricos. As informações sobre a consulta estão disponíveis no endereço http://www.aneel.gov.br/consultas-publicas. Lamin também levou à audiência a reflexão sobre a conveniência de criar mais um custo para os consumidores de energia elétrica, os quais já arcam com mais de R$ 7 bi por ano em subsídios diretos para o setor. Nesse contexto, a Agência se posicionou no sentido de que a infraestrutura de recarga seja uma atividade empresarial competitiva, independente do setor elétrico, com preço definido pelo mercado e pago apenas pelos usuários desse serviço específico. “Os consumidores de energia elétrica não deveriam arcar com o custo adicional de uma infraestrutura de recarga que será utilizada ocasionalmente e por poucos” apontou. O relator, senador Jorge Viana (PT-AC), afirmou que alterará a proposta. (Aneel – 02.06.2016)
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5 Aneel não aceita recurso do Consórcio Candonga para que ela não suspendesse a operação comercial da UHE Risoleta Neves
A Aneel não aceitou o recurso interposto pelo Consórcio Candonga para que ela não suspendesse a operação comercial da UHE Risoleta Neves. A intenção era que fosse aplicada no caso da usina a resolução normativa 614/2014 e não a 583/2013, adotada pela agência. A usina foi afetada pelo acidente ambiental de Mariana, causado pela mineradora Samarco, tendo que interromper a sua operação. No último dia 9 de maio, a Aneel suspendeu a operação comercial da usina, de 140,4 MW de capacidade instalada. A principal alegação do consórcio era que com a suspensão da operação, a UHE Risoleta Neves imediatamente deixará de receber energia alocada no âmbito do Mecanismo de Realocação de Energia, ficando sem lastro para atender os contratos firmados pelo consórcio. Por conta disso, ele terá que comprar energia no mercado de curto prazo. Outro fato alegado foi que o retorno à operação comercial não dependia apenas da usina e que a suspensão não era por tempo indeterminado, mas sim por seis meses, prazo definido pela justiça para que a usina deixe o seu reservatório disponível para a contenção de possíveis novos rejeitos. Para a Aneel, a suspensão da situação operacional independe de culpa ou dolo do proprietário e apenas retrata a condição de inoperância da usina. Ela reconheceu que a usina sairia do MRE por estar inoperante, mas que o consequente prejuízo financeiro não poderia ser debitado aos participantes do mecanismo, mas sim de quem causou a indisponibilidade da hidrelétrica. A agência não identificou justificativas cabíveis ou fatos que pudessem reverter a decisão que ela tomou. (Agência CanalEnergia – 01.06.2016)
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6 Transferência de instalações de transmissão será debatida na próxima segunda (6/6), em Brasília
A reunião presencial da Audiência Pública 41/2015, que tem o objetivo de receber contribuições para análise da proposta de transferência das Demais Instalações de Transmissão – DIT para as distribuidoras, será realizada na próxima segunda-feira (6/6), na sede da Aneel (SGAN, Quadra 603, Brasília-DF). A audiência está em sua segunda etapa. Na primeira fase, foram discutidos: obrigação de estabelecer limite entre transmissão e distribuição com base na função; conveniência e oportunidade de transferir as DIT; dificuldades com a expansão de instalações; diferença das regras de conexão aos acessantes do sistema de distribuição; efeito econômico da transferência; DIT Exclusivas e competência da Aneel para promover a transferência. A proposta da Agência é discutir o prazo para incorporação dos ativos, critério de valoração para fins de indenização, avaliação física, correção do passivo das instalações transferidas, reconhecimento tarifário dos custos de O&M e de transferência, alteração do Montante de Uso do Sistema de Transmissão (MUST) decorrente das transferências, adequação do Sistema de Medição para Faturamento (SMF) e dos contratos de acesso, além de questões pertinentes aos reforços autorizados em DIT a serem transferidas. As contribuições serão recebidas até 27/6/16 e podem ser enviadas para o e-mail: ap041_2015_fase2@aneel.gov.br ou para o endereço da Agência (SGAN, Quadra 603, Módulo I, Térreo, Protocolo Geral, CEP: 70830-100), em Brasília-DF. (Aneel – 01.06.2016)
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7 Sobrecontratação chegará a 13,3% em 2016, segundo Abradee
A Abradee estima que a sobrecontratação de energia entre as distribuidoras será de 13,3% em 2016, o que significa aproximadamente 6 mil MW médios. Para o presidente da Abradee, Nelson Fonseca Leite, é difícil mensurar em valores o rombo provocado pelo excesso de energia, em razão das diferenças dos valores do PLD e da sazonalidade dos contratos de várias empresas. Na visão de Leite, porém, algumas medidas em audiências na Aneel, e a atual receptividade do novo ministro de Minas e Energia para o problema, podem aplacar o impacto. “Nossos pleitos parecem pelo menos estar sendo ouvidos”, diz Leite, que em 1 de junho participou de seminário sobre iluminação pública em São Paulo. Para começar, ele cita resolução já aprovada pela Aneel para renegociar ou cancelar contratos com geradores com obras de usinas em atraso ou que não demonstrem condições de entregar a energia a tempo. Outra medida é o possível reconhecimento pela agência da sobrecontratação involuntária gerada pela atual migração de mais de 2 mil consumidores especiais para a categoria de consumidores livres. Segundo Leite, há uma tendência de a Aneel autorizar a devolução dos contratos de energia existentes provocada pelos consumidores especiais, tratando a situação de forma igual caso a sobrecontratação fosse provocada pelos consumidores livres. “Já há um parecer técnico para tratar o consumidor especial da mesma maneira que o livre”, diz. Por fim, Leite cita como importante a revisão de decreto (5.163) que prevê que a distribuidora todo ano faça uma declaração do montante de reposição de energia existente com base nos contratos de energia anteriores. “Isso obriga a empresa a contratar energia de que ela não precisa, o que ocorreu por exemplo no leilão A-1 de 2015, quando o setor comprou energia que não precisava para este ano”, diz. (Agência Brasil Energia – 01.06.2016)
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8 Belo Horizonte define PPP de iluminação
Foi concluído o processo licitatório da implantação de parceria público privada para a modernização do sistema de iluminação da cidade de Belo Horizonte (MG), que passará a usar luminárias LED. Homologada dia 25 de maio, a proposta vencedora foi do consórcio IP Belo Horizonte, composto pela Construtora Barbosa Mello, Construtora Remo, Planova e Selt Engenharia. Trata-se de contrato de concessão de 20 anos, no valor total de R$ 1 bi, ao se considerar a soma das receitas totais da concessionária (aporte e contraprestações). Envolve o projeto de modernização a troca de 179 mil pontos de iluminação para luminárias LED, cujo plano operacional será colocado em prática pela concessionária 120 dias após a definitiva homologação e criação já em curso da sociedade de propósito específico que vai gerenciar também a operação e manutenção (processo de cerca de dois meses). Pelo contrato, o projeto terá que proporcionar economia de 45% no consumo ao final dos primeiros cinco anos da operação, com investimentos estimados de R$ 245 mi. Até o final da concessão, são previstos mais R$ 360 mi em aportes para a modernização. A conta de energia será paga pela prefeitura de Belo Horizonte, cujo teto máximo inicial foi afixado em R$ 4,1 mi. Além dos aportes e contraprestações, o parceiro privado também será remunerado por bônus de eficiência. Isso significa que, se a redução no consumo superar 49%, 90% do valor economizado será repassado para a concessionária. O poder concedente é uma empresa de economia mista, controlada pela prefeitura, a PBH Ativos. A PPP de iluminação de Belo Horizonte é a maior do país, principalmente tendo em vista que a de São Paulo está sofrendo seguidos adiamentos por conta de problemas no processo licitatório. Além do consórcio vencedor, participou também da licitação por preço o grupo formado pelas empresas FM Rodrigues, Brasiluz, Conasa e Uberluz. (Agência Brasil Energia – 01.06.2016)
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9 Artigo de Elbia Gannoum: “Eólicas, segurança energética e linhas de transmissão”
Em artigo publicado no Valor Econômico, a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Gannoum, explicita que a energia eólica é um dos setores que poderá ser impactado pela recessão do país e a retração dos mercados de consumo. Para a executiva, precisa-se de planejamento eficiente para o que se irá consumir de energia no futuro, pontuando a necessidade da prática de uma segurança energética com o objetivo de promover a retomada do crescimento, com sinalização de novos investimentos em infraestrutura. Segundo Gannoum, com os ajustes necessários, diálogo lúcido e técnico e um planejamento eficiente, podemos ser uma importante potência eólica. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ 02.06.2016)
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Empresas
1 TCU suspende repasses da Eletrobras para projeto na Nicarágua
O TCU decidiu em medida cautelar suspender o repasse de recursos da Eletrobras para construção de usina hidrelétrica em Tumarín, na Nicarágua. A proposta ocorreu após se verificar diversas irregularidades no acordo. Apesar das obras já se encontrarem paralisadas por falta de financiamento, a medida não levará à diminuição do ritmo de execução dos contratos. Segundo o ministro Bruno Dantas, os prejuízos suportados pelo eventual atraso nas obras não superariam os danos que podem ir de novos aportes, da ordem de U$100 mi. A fiscalização ocorreu após representação do MPF junto ao TCU, a respeito de riscos de irregularidades envolvendo estatais brasileiras nos projetos de construção das usinas de Tumarín e de Inambari, no Peru. Os empreendimentos envolvem estatais brasileiras em parceria com grandes empreiteiras envolvidas em investigações da Operação Lava Jato. De acordo com relator da fiscalização, ministro José Múcio, o pedido do Ministério Público é fundamentado no risco de que irregularidades semelhantes às identificadas na operação da Polícia Federal tenham alcançado os empreendimentos, além da possibilidade de que a situação financeira desfavorável das empreiteiras venha a trazer prejuízos às estatais. O projeto da UHE Tumarín demanda investimentos de US$1,2 bi e a concessão valerá por 39 anos, que engloba o prazo de quatro anos para a conclusão das obras. Já para a implantação da UHE Inambari, previa-se um investimento total de US$ 4,8 bi, a ser explorado por trinta anos. A fiscalização do TCU encontrou os seguintes problemas em relação à usina localizada na Nicarágua: o acordo de acionistas da sociedade firmada transfere para a Eletrobras riscos demasiadamente desproporcionais à participação da estatal no empreendimento, em favor dos objetivos da Construtora Queiroz Galvão. O tribunal também viu elevado risco de dano materialmente relevante à estatal; despesas com publicidade e propagada fora dos objetivos das sociedades e outros gastos com problemas contratuais. A estrutura de controles e de governança da Eletrobras foi considerada insuficiente para mitigar riscos inerentes ao projeto, além da sonegação de informações e obstrução à fiscalização. Quanto à fiscalização realizada na UHE Inambari, foram identificadas deficiências nas ações posteriores ao encerramento do projeto. Apesar dos recursos gastos no projeto da Usina no Peru, as tratativas do empreendimento foram suspensas e não há intenção de se realizarem novos aportes. Além da adoção da medida cautelar, o TCU irá ouvir Eletrobras, Furnas Centrais Elétricas S.A. e a Construtora Queiroz Galvão para se manifestarem sobre os achados respectivos. (Agência CanalEnergia – 01.06.2016)
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2 Aneel nega suspensão cautelar de débitos da Eletrobras-PI no MCP
A Aneel negou pedido de medida cautelar da Eletrobras Distribuição Piauí para suspender o pagamento de débitos acumulados nos processos de liquidação do mercado de curto prazo, a partir de fevereiro deste ano. A solicitação era de que a suspensão fosse mantida até que a Aneel julgasse o pleito de revisão tarifária extraordinária apresentado pela empresa, que também pediu a retirada imediata de sua inscrição no Cadastro de Inadimplentes do Setor Elétrico. A decisão cautelar foi negada, mas a diretoria da agência determinou que a análise do pedido de RTE seja feita pela área técnica no menor prazo possível, para que o assunto possa ser decidido com rapidez. A Aneel também não atendeu pedido alternativo da concessionária de parcelamento dos débitos, com o impedimento de abertura do processo de desligamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica e de retirada da inscrição do cadastro de inadimplentes. “É preciso lembrar que qualquer parcelamento ou suspensão de obrigações de pagamentos da Cepisa no âmbito da CCEE significa que outros agentes deixarão de receber pelo serviço prestado e que esses agentes também possuem obrigações a serem quitadas”, destacou o diretor Reive Barros, relator do processo. Embora o pedido de revisão extraordinária não tenha sido julgado em definitivo, Barros adiantou que o pleito da distribuidora é semelhante aos pedidos de outras empresas, todos negados pela agência. Ele apontou, no caso da Eletrobras-PI, problemas relacionados à governança e gestão que contribuíram para agravar a situação financeira da concessionária. Segundo o relator, medidas cautelares em relação às dividas em atraso na CCEE “não serão suficientes para resolver ou mesmo amenizar os problemas” e permitir a recuperação da Eletrobras Piauí. Há menos de um ano, a distribuidora foi autorizada a parcelar débitos relacionados à recontabilização na CCEE por correções no sistema de medição, mas a visão da Aneel é de que esta era uma situação excepcional. (Agência CanalEnergia – 01.06.2016)
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3 Decat entrega cargo em Furnas
O presidente de Furnas Centrais Elétricas, Flavio Decat, vai deixar a empresa. Decat tinha entregado o cargo formalmente para o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, e teve a resposta esta semana. Decat só vai deixar a estatal quando o governo tiver substituto para o cargo, explicou uma fonte. O executivo assumiu Furnas em fevereiro de 2011 após interferência direta da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). Ela queria acabar com a influência do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB) na estatal. Decat sucedeu Carlos Nadalutti Filho, indicado pelo presidente afastado da Câmara dos Deputados. Flavio Decat tem uma longa carreira no setor elétrico e antes de Furnas foi diretor da Eletrobras, presidente da Eletronuclear, Gasmig, Cemig e Rede Energia. Também passou pela Eletrosul e Itaipu Binacional. A saída do executivo inicia o processo de mudança nas estatais do setor elétrico. São esperadas trocas no comando da Eletrobras e em todas as subsidiárias da estatal, que enfrenta estado de quase insolvência. Notícias sobre indicações do PMDB nas empresas elétricas agitaram investidores. Recém empossado como representante dos minoritários no conselho de administração da Eletrobras, Marcelo Gasparino disse que não aceitará indicações políticas na estatal. "Os minoritários não aceitarão indicações políticas na Eletrobras e nas subsidiárias, e os membros do conselho, inclusive os eleitos pelo acionista controlador, também pensam da mesma forma", afirma Gasparino. Ele acrescentou que para contornar uma reação do conselho a indicações políticas ou de pessoas sem experiência para o cargo, o governo teria que convocar uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para trocar o colegiado. (Valor Econômico – 02.06.2016)
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4 Vale e Cemig comprarão energia devido a hidrelétrica parada no Rio Doce
A elétrica Cemig e a mineradora Vale terão que comprar energia para compensar a paralisação da UHE de Candonga, que não produz desde novembro, quando foi tomada por lama na sequência do rompimento de barragem da Samarco no Rio Doce, em Minas Gerais, decidiu o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino. A compra da energia deverá ser realizada para atender a contratos da UHE com seus clientes. Em despacho no Diário Oficial desta terça-feira, o diretor negou pedido das empresas para suspender decisão da Aneel que declarou no início de maio que a usina está sem condições para operar comercialmente. "Essa decisão independe de culpa ou dolo do proprietário, mas retrata a condição de inoperância da usina... não há dúvida de que a determinação... faz com que a usina... deixe de servir de lastro para o atendimento de compromissos comerciais do Consórcio Candonga", afirmou Rufino. Segundo relatório visto pela Reuters em janeiro, a usina recebeu 9,1 milhões de metros cúbicos de rejeitos e lama após o rompimento da barragem de Fundão, da Samarco. Cemig e Vale disseram à Aneel que, mesmo que não houvesse a lama no reservatório, a retomada da geração na usina está proibida por decisão judicial. A decisão define que a usina deverá ficar vazia para comportar eventual fluxo de rejeitos no caso de novo rompimento de barragem no Rio Doce; a decisão é válida por período de seis meses após a recomposição do nível de segurança em Fundão. Não ficou claro na decisão os valores que terão de ser desembolsados para a compra de energia. Pelas regras do setor elétrico, existe um mecanismo de compartilhamento de riscos entre as UHEs que permite que a menor produção ou indisponibilidade temporária de uma usina sejam compensadas pela geração das demais, em uma espécie de condomínio, chamado de MRE. Segundo Rufino, a declaração da suspensão da operação de Candonga evitará que o problema na usina gere perdas às demais UHE’s do país. "As consequências comerciais de tal indisponibilidade não podem ser debitadas de terceiros, como os participantes do MRE, mas sim cobradas de quem a causou", afirmou o diretor da Aneel em sua decisão. (O Globo – 01.06.2016)
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5 Cemig GT realiza leilão para venda de energia convencional
A Cemig GT vai realizar no dia 30 de junho um leilão eletrônico para venda de energia elétrica convencional. O certame se destina aos agentes da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica e a empresa tem a intenção de oferecer dois produtos: para junho de 2016 e de julho a dezembro de 2016, sendo que a entrega da energia contratada se dará no submercado Sudeste/Centro-Oeste. Segundo o edital do leilão, os produtos serão ofertados de forma simultânea e em duas fases, sendo uma fase aberta, com duração de 20 minutos, com possibilidade de prorrogação, e outra fase fechada, com duração de cinco minutos. Os proponentes compradores, que venham a ser habilitados, participarão do leilão eletrônico, respeitando o lance mínimo de 1 MWme/produto. Os preços em R$/MWh serão livremente ofertados, observando os preços iniciais de comercialização de cada produto, divulgados na plataforma eletrônica, na abertura do leilão. O certame se iniciará às 15:30 horas. (Agência CanalEnergia – 01.06.2016)
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6 FIP Coliseu e Cemig alteram acordo de acionistas na Taesa
A Taesa anunciou que o Fundo de Investimento em Participações Coliseu e a Cemig celebraram termo de compromisso com objetivo de alterar disposições do acordo de acionistas da empresa, celebrado em 2010. A Cemig também anunciou que firmou o terceiro aditamento ao acordo de acionistas da Parati Participações em Ativos de Energia Elétrica para formalizar alterações relacionadas à opção de venda outorgada pela Cemig ao FIP Redentor. O termo diz que serão desvinculadas do acordo 55.251.870 ações ordinárias e 110.503.740 ações preferenciais de emissão da empresa em poder da Cemig. Após isso, a Cemig vai constituir 55.251.870 units da Taesa, compostas por 55.251.870 ações ordinárias e 110.503.740 ações preferenciais. Dessa forma, ela vai oferecer essas ações em garantia às obrigações por ela assumidas na operação envolvendo o Fundo de Investimento em Participações Redentor. Também serão adicionalmente desvinculados 75.000.000 de ações ordinárias da Taesa detidas pelo Coliseu e 22.273.452 ações ordinárias e 44.546.904 ações preferencias da Companhia detidas pela Cemig. O termo também altera o número de ações vinculadas ao acordo. A Cemig vai ficar com 215.546.907 ações ordinárias e o Coliseu com 153.775.790, ficando as demais ações de emissão da Taesa detidas pelas partes integralmente desvinculadas do Acordo. A criação, extinção ou alteração de novas diretorias só poderão ser feitas mediante o alcance do quórum previsto. O conselho de administração da Taesa será composto por onze membros titulares e seus suplentes, com mandato de um ano. O Coliseu indica quatro representantes e a Cemig, cinco, sendo que o Presidente do Conselho de Administração será indicado pela Parte que detiver o maior número dentre as ações ordinárias. Já a diretoria da empresa passa a ser composta por cinco diretores, sendo um Diretor Presidente, um Diretor Financeiro e de Relações com Investidores, um Diretor Jurídico e Regulatório, um Diretor de Desenvolvimento de Negócios e um Diretor Técnico. O mandato é de dois anos, e eles são destituíveis a qualquer tempo, sendo permitida a reeleição de seus membros, eleitos pelo Conselho de Administração. (Agência CanalEnergia – 01.06.2016)
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7 Energisa destina R$ 15 mi a projetos de eficiência energética
A Energisa recebe até 5/7 propostas de projetos de eficiência energética, dentro de chamada pública que contempla as distribuidoras do grupo, com exceção da Energisa Mato Grosso do Sul e Sergipe. A companhia vai destinar R$ 15,7 mi para as propostas selecionadas. Os projetos podem atender qualquer classe de consumo, como comercial, residencial ou industrial, e devem ser voltados aos clientes da área de concessão da Energisa Paraíba, Tocantins, Mato Grosso, Minas Gerais e Energisa Caiuá. Os interessados podem acessar o formulário de inscrição, bem como datas e horários de workshops que o grupo vai promover sobre a chamada pública. A iniciativa faz parte do Programa de Eficiência Energética da empresa, regulamentado pela Aneel. (Agência Brasil Energia – 01.06.2016)
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8 Fitch atribui rating para emissão de R$ 180 mi da Matrinchã Transmissora
A agência de classificação de risco Fitch Ratings atribuiu o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA+(exp)(bra)’ para proposta da segunda emissão de debêntures da Matrinchã Transmissora de Energia, no valor de até R$ 180 mi, com vencimento em 2029. A Perspectiva do rating é estável. A Matrinchã é um projeto composto por três subestações e 1.005 quilômetros de linhas de transmissão, localizado no Mato Grosso, com o principal propósito de escoar a energia gerada pela UHE Teles Pires (MT-1.820 MW). Seus acionistas principais são a Copel e a State Grid. De acordo com a Fitch, o rating atribuído reflete a natureza previsível e estável das receitas à base de disponibilidade, as elevadas margens de Ebitda, que se traduzem em forte break-even de despesas operacionais, além de indicadores de crédito robustos. No entanto, o rating da emissão está, no entanto, limitado a ‘AA+(bra) ’, devido a cláusulas de vencimento antecipado cruzadas relacionadas a um dos garantidores, até o completion financeiro do projeto. Uma ação de rating negativa poderá ocorrer caso o projeto apresente despesas operacionais duas vezes acima das expectativas, levando a DSCRs abaixo de 1,20 vez. O rebaixamento também poderá ocorrer caso um dos garantidores tenha seus ratings rebaixados para uma categoria inferior a ‘AA+(bra)’ até que o completion financeiro do projeto seja atingido. Já a ocorrência de uma ação positiva de rating não é provável no curto prazo. (Agência CanalEnergia – 01.06.2016)
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9 Baixada Santista recebe investimentos de R$ 5,4 mi da CPFL Piratininga
Somente no primeiro trimestre desse ano, a CPFL Piratininga investiu R$ 5,4 mi em obras para o reforço, expansão e manutenção da rede elétrica, nas cidades da Baixada Santista. A concessionária é responsável pelo atendimento de aproximadamente 1,6 milhão de clientes em 27 municípios do interior e litoral de São Paulo. As obras deixaram o sistema elétrico mais robusto, seguro e confiável, melhorando o nível de conforto para os seus 626,6 mil consumidores na região. Em geral, a Baixada Santista recebeu investimentos na ampliação de suas redes secundária e primária, substituição de equipamentos, readequação de subestações e no suporte ao crescimento do mercado, preparando o sistema para o aumento futuro da demanda por energia tanto do parque industrial quanto do consumo das classes comercial e residencial. Os investimentos por cidade da Baixada Santista foram: Santos, com R$ 1,9 mi; São Vicente, com R$ 1,9 mi; Cubatão, com R$ 756 mil; Praia Grande, com R$ 594 mil; e o distrito de Vicente Carvalho, Guarujá, com R$ 134 mil. No primeiro trimestre de 2016, a CPFL Piratininga investiu R$ 33,38 mi na expansão e na manutenção da rede elétrica. O Grupo CPFL Energia investiu R$ 208 mi no segmento de distribuição no período, crescimento de 18,7% na comparação com o mesmo trimestre de 2015. Em 2015, a CPFL Piratininga investiu R4 37,9 mi nos municípios da Baixada Santista. (Agência CanalEnergia – 01.06.2016)
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10 Willamy Frota é eleito diretor de Operação da Eletronorte
O conselho de administração da Eletronorte aprovou Willamy Moreira Frota para o cargo de diretor de Operação da companhia, em substituição a Wady Charone Júnior. O executivo foi eleito em reunião do início de maio e ficará no novo cargo para complementação do período remanescente do mandato, até 2017. Willamy Frota, então integrante do conselho da empresa, já passou pela presidência da Amazonas Distribuidora e gerência da Regional de Transmissão da Eletronorte no estado do Amazonas. É graduado em Engenharia Elétrica pela UnB, com pós-doutorado na mesma área pela Unicamp. O nome de Frota foi divulgado em ata do conselho, publicada nesta quarta-feira (1/6). (Agência Brasil Energia – 01.06.2016)
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11 Renova tem novo diretor-presidente
A Renova anunciou, após o fechamento de mercado na terça-feira (31/5), que seu conselho de administração elegeu o executivo Carlos Figueiredo para ocupar o cargo de diretor-presidente da companhia. O posto estava ocupado pelo diretor vice-presidente de Finanças, Desenvolvimento de Negócios e Relações com Investidores da empresa, Cristiano Corrêa de Barros, desde março. O novo CEO da Renova já foi diretor-presidente da companhia de locação de equipamentos Solaris e, mais recentemente, foi diretor para América Latina da unidade de extrusão da Alcoa Alumínio. Com mais experiência no setor de operações, suprimentos, logística, supply chain, marketing e vendas, Figueiredo passou pelo setor de energia entre 1995 e 2007, quando foi gerente de vendas da petroleira Shell. O executivo é graduado em Administração de empresas pela UNIFACS, tem MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC e pós MBA em Marketing e Liderança pela Kellogg School of Management. A expectativa é que o executivo dê continuidade à oferta ativos da companhia ou até mesmo de uma participação na empresa, iniciada com a gestão de Carlos Waack, que comandou a Renova entre novembro de 2015 e março deste ano. A Renova deu uma guinada no plano de negócios no ano passado, quando teve acordos frustrados com a SunEdison e passou a buscar alternativas para recompor o caixa. (Agência Brasil Energia – 01.06.2016)
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12 Usina Santo Antônio tem operação comercial da 42ª turbina autorizada
A Aneel autorizou nesta quarta-feira o início de operação comercial da 42ª turbina da hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira, em Rondônia. A máquina possui 69,59 MW. Com a partida da nova unidade geradora, a usina totaliza agora 3.004,2 MW. A expectativa é que a capacidade plena, de 3.568 MW, a partir de 50 turbinas, seja alcançada em novembro deste ano. A usina pertence ao Saesa. Os acionistas são Furnas, Cemig, SAAG Investimentos, Odebrecht e Caixa FIP Amazônia Energia. (Valor Econômico – 01.06.2016)
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13 Chesf sofre bloqueio judicial por processo envolvendo obras da UHE Xingó
A Eletrobras informou, em comunicado ao mercado em 1 de junho, que houve um novo bloqueio judicial envolvendo a Chesf no valor de R$ 125,5 mi, em forma de penhora. O processo tramita na 12ª Vara Cível da Comarca de Recife. No processo, a Chesf quer anular parcialmente um aditivo de correção de preço ao contrato de empreitada das obras civis da UHE Xingó (AL/SE - 3.162 MW), firmado com o Consórcio Xingó - composto pela Companhia Brasileira de Projetos e Obras, Construções e Comércio e Mendes Júnior Engenharia - e a devolução de valores que já foram pagos. O processo está provisionado no balanço financeiro do primeiro trimestre de 2016 da Eletrobras, no valor aproximado de R$ 1,1 bi. De acordo com o comunicado, o bloqueio pode impactar a capacidade financeira da subsidiária da Eletrobras no curto prazo e ressalta a condição da Chesf de concessionária de serviços de energia. Entretanto, a empresa diz estar tomando as providências necessárias para equalizar a situação. No comunicado, a Eletrobras promete manter o mercado informado sobre os desdobramentos do tema. (Agência CanalEnergia – 01.06.2016)
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Leilões
1 Aneel realizará Leilão de Energia para atender a 32 localidades do interior do Amazonas
A Aneel, por meio da Comissão Especial de Licitação, realizará a Sessão Pública do Leilão de Geração 02/2016, destinado à aquisição de energia elétrica e potência associada nos Sistemas Isolados, para atendimento a mercados da concessionária Eletrobras Distribuição Amazonas. A Sessão Pública será realizada nesta sexta-feira (3/6), em Manaus (AM), às 10 horas (horário local), na sede administrativa da Eletrobras Distribuição Amazonas, para o atendimento a dois Lotes, integrado por 16 localidades cada. A potência total a ser instalada é de 148 megawatts (MW) e a energia requerida é de 525 mil megawatt-hora por ano (MWh/ano). Os Preços de Referência máximos estabelecidos pela EPE são de R$ 1.487,00 por megawatt-hora (R$/MWh), para o Lote II, e R$ 1.503,00 por megawatt-hora (R$/MWh), para o Lote III, sendo que o valor de investimento estimado é de R$ 267 milhões e R$ 234 milhões, respectivamente, resultando num investimento total de aproximadamente R$ 507 milhões. O empreendedor será responsável pela implantação, operação e manutenção das usinas, incluindo o suprimento e a estocagem de combustível. Os Contratos de Comercialização a serem celebrados para atendimento às 32 localidades, por um período de 15 anos, possuem valor estimado total de R$ 11,4 bilhões (R$ 6,2 bilhões para o Lote II e R$ 5,2 bilhões para o Lote III). Além do Projeto de Referência, que prevê o fornecimento de energia utilizando exclusivamente óleo diesel como combustível, foi habilitado tecnicamente pela EPE Projeto Alternativo ao de Referência, para cada Lote, utilizando uma solução híbrida, com a utilização de placas fotovoltaicas em complementação à solução diesel. Ressalta-se que o Edital prevê a possibilidade de o Vendedor adicionar às centrais geradoras equipamentos de geração de fonte renovável de energia. O Lote I, que previa o atendimento à localidade de Coari, ainda está em fase de análise pela EPE, após adequações necessárias no Projeto de Referência, efetuadas pela Eletrobras Distribuição Amazonas, e deverá ser leiloado posteriormente. (Aneel – 02.06.2016)
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Oferta e Demanda de Energia
Elétrica
1 Sudeste/Centro-Oeste termina maio com 56,7% da capacidade
Os reservatórios do submercado Sudeste/ Centro-Oeste terminaram o mês de maio com volume de 56,7%. De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico, no ano passado, de forte seca, esses níveis eram de 36,03%, o que mostra recuperação de quase vinte pontos percentuais em relação ao ano anterior. Em 2014, ano em que a hidrologia também foi ruim, o volume no fim de maio era de 36,33%. A energia armazenada é de 114.945 MW mês e a energia natural afluente é de 36.557 MW med, o mesmo que 80% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Furnas opera com 75,97% da sua capacidade e a de Emborcação está com 47,93%. No submercado Nordeste, o mais sacrificado nos últimos anos, os reservatórios terminaram maio com 30,1% da sua capacidade, tendo uma leve alta na comparação com o ano passado. Em 2015, a marca era de 26,96%. Em 2014, a hidrologia melhor deixou os níveis em 36,56%. A energia armazenada é de 15.612 MW mês e a ENA é de 1.510 MW med, que equivale e a 24% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho está com 26,99%. No Norte, que encerrou maio operando com 62,1% da sua capacidade, o ano passado foi melhor. Ele registrava volume de 82,52% no mesmo mês. Em 2014 os índices eram melhores ainda, com 93%. A energia armazenada é de 9.335 MW mês e a ENA é de 2.800 MW med, que equivale a 35% da MLT. A usina de Tucuruí está com 87,96% do volume armazenado. Na região Sul, o mês de maio terminou com os níveis em alta. Na comparação com o ano passado, foi a região que mais apresentou melhora, saindo de 38,07% de 2015 para 92,8%. Em 2014, os níveis estavam em 54,9%. O Sul é o único submercado que vem melhorando nos últimos anos, e ordem inversa aos demais. A energia armazenada é de 18.519 MW mês e a ENA é de 15.082 MW med, o mesmo que 118% da MLT. A usina de Passo Real está com 86,34% da sua capacidade. (Agência CanalEnergia – 01.06.2016)
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2 ONS retira linha da Abengoa do plano 2016-2020
O ONS retirou do horizonte de operação do sistema de 2016-2020 a linha de transmissão que fará o escoamento da energia da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), para o Nordeste. O empreendimento, cujas obras estão paralisadas desde novembro de 2015, é o principal projeto interrompido no país pela Abengoa, que entrou com pedido de recuperação judicial na Espanha e no Brasil. No fim do ano passado, a Aneel já havia identificado risco de restrição da geração em Belo Monte, no período de 2016 a julho de 2017, devido à interrupção das obras. Com investimentos estimados em R$ 1,3 bi e 1,8 mil km de extensão, a linha foi arrematada pela Abengoa em leilão em 2013 e estava prevista inicialmente para entrar em operação em novembro deste ano. A obra, porém, tem apenas 20% de avanço físico. Na última semana, o diretor- geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, descartou o risco de desabastecimento no sistema pelo atraso nas obras da Abengoa. O principal motivo é a queda da demanda de energia do país, devido à crise econômica. Nos últimos 12 meses encerrados em abril, o consumo de energia caiu 2,8%. Segundo o professor Renato Queiroz, do Instituto de Economia da UFRJ, as autoridades do setor precisam buscar uma solução rápida para o caso das obras paralisadas da Abengoa. A Aneel e o ministério de Minas e Energia consideram que o caminho mais provável para as obras não concluídas da transmissora espanhola, que totalizam cerca de 6 mil km, será a caducidade da concessão e a posterior relicitação dos projetos. Na última semana, o diretor do órgão regulador Tiago Correia disse que o ideal seria relicitar os projetos ainda neste ano. Sobre os ativos em operação da companhia espanhola no Brasil, a expectativa é que seja fechada a venda desses projetos para alguma empresa do setor. A principal candidata é a chinesa State Grid. Ontem, o presidente da empresa no Brasil, Cai Hongxian, tinha reunião prevista com o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho, em Brasília. A pauta do encontro, porém, não foi divulgada. (Valor Econômico – 02.06.2016)
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3 Comitê decide desligar termelétricas no Sul, Sudeste e Centro-Oeste
O CMSE decidiu, em 1 de junho, desligar as usinas termelétricas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste que estão acionadas pelo critério de suprimento energético. Permanecerão ligadas apenas as usinas por ordem de mérito, ou seja, partindo daquelas de menor custo unitário (CVU) até que esteja atendida a necessidade de energia termelétrica. As usinas serão desligadas a partir de 4 de junho. Segundo o MME, a medida deverá refletir na redução da conta de luz dos consumidores, na revisão tarifária anual. No mês passado, o comitê já havia decidido desligar 12 usinas térmicas com custo variável unitário acima de R$ 150 por megawatt-hora (MWh). As termelétricas vem sendo desligadas desde agosto do ano passado, por causa da melhora do nível dos reservatórios das hidrelétricas. O acionamento das termelétricas é necessário para garantir o suprimento de energia do país, especialmente quando o nível dos reservatórios das hidrelétricas está baixo, por causa da falta de chuvas. Mas, com o uso maior de térmicas, a energia fica mais cara, e o governo pode determinar o acionamento das bandeiras tarifárias vermelha ou amarela, que representam um custo a mais na conta dos consumidores de energia. Desde abril, a bandeira tarifária acionada é a verde, ou seja, não está sendo cobrada uma taxa extra nas contas de luz. Por causa do cenário hidrológico extremamente desfavorável nas regiões Norte e Nordeste, o comitê informou que poderá ser necessário manter o despacho térmico para garantir o suprimento energético nessas regiões. A quantidade de energia gerada por térmicas será definida em função da produção eólica na Região Nordeste e da evolução do armazenamento do reservatório da Hidrelétrica de Tucuruí. O risco de déficit de energia nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste continua sendo zero, diz o comitê, que considerou significativa, em sua maior parte, a evolução das condições hidroenergéticas do Sistema Interligado Nacional no período úmido 2015/2016. A previsão é que os níveis de armazenamento dos reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Norte cheguem, no fim deste mês, a 51,8%, 26,9%, 66,4% e 61,7%, respectivamente. (Agência Brasil – 01.06.2016)
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4 Com excesso de água, Usina de Itaipu volta a abrir vertedouro
A Usina Hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, abriu em 1 de junho o vertedouro para escoar o excesso de água. A medida é tomada em épocas que o lago que abastece a usina está com excesso de água. A última vez que foi necessário abrir o vertedouro foi entre os dias 22 de fevereiro e 30 de março. Desta vez, a expectativa da administração da usina é manter o vertedouro aberto por pelo menos 10 dias. Já nesta quarta-feira, o volume de água que saia da barragem chegou a 1,4 mi de litros por segundo. Esse número equivale à vazão normal das Cataratas do Iguaçu, também em Foz. Segundo a administração da usina, nos próximos dias o volume de água que poderá passar pelp vertedouro poderá ser ainda maior, chegando ao pico de 3 a 4 milhões de litros por segundo. A expectativa é que isso aconteça entre os dias 4 e 5 de junho. A abertura do vertedouro da usina é uma das atrações turísticas de Foz. No entanto, apenas quem vai à cidade em épocas de excesso de chuvas pode ver o espetáculo. A administração da usina ainda explica que a abertura do vertedouro não causa problemas à geração de energia. O excesso de água, na verdade, ajuda a garantir que a geração seja cada vez maior. Entre janeiro e maio deste ano, Itaipu conseguiu a melhor produtividade energética desde a inauguração para o período. Foram 43 mi de MWh nos primeiros cinco meses do ano. Esse montante seria suficiente para abastecer o Brasil todo por 30 dias ou uma cidade como São Paulo por um ano e meio. (G1 – 01.06.2016)
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5 Preço de referência cai para R$ 74,66/MWh
A curva do preço de referência para contratos de energia elétrica referente ao submercado Sudeste/Centro-Oeste caiu 5,67% na semana, para R$ 74,66/MWh. O valor é referente ao trimestre de junho a agosto de 2016. Em relação às bases mensal e anual, houve queda de 12,67% e 79,35%, respectivamente. A análise foi divulgada nesta quarta-feira (1/6) no Boletim Semanal da Curva Forward, elaborado pela consultoria Dcide. Já a fonte convencional no longo prazo, entre 2017 e 2020, o preço subiu 1,22% na semana, para 131,61/MWh. A comparação com o mês e ano anterior, o indicador subiu 6,83% e recuou 36,02%, respectivamente. “Os índices de longo prazo apresentaram uma elevação com destaque particular para o índice incentivada 50% longo prazo, que tem registrado consecutivos aumentos nas últimas três semanas”, de acordo com a consultoria. O documento tem como base os dados fornecidos por 48 agentes do mercado livre, entre os mais comercialmente ativos, apurados semanalmente pela Dcide. As curvas de preço apuradas são validadas por um modelo matemático, que elimina as distorções, e por um comitê. (Agência Brasil Energia – 01.06.2016)
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6 ANA prorroga vazão mínima de Sobradinho e Xingó
A Agência Nacional da Águas (ANA) manteve a vazão mínima defluente nos reservatórios de Sobradinho (BA) e Xingó (AL/SE) em 800 m³/s. O volume ficará mantido até 30/6, conforme decisão da agência publicada nesta quarta-feira (1/6). Em situação normal, a vazão mínima dos reservatórios é de 1.300 m³/s, porém a redução do volume foi solicitada no ano passado pelo ONS em razão do cenário hidrológico desfavorável e autorizado pela ANA em meados de dezembro de 2015. Desde então, o nível é mantido em constantes prorrogações, quebradas apenas em março quando, por decisão judicial, a vazão passou para 900 m³/s. O Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco tem posição crítica em relação às reduções por considerar que elas beneficiam apenas o setor elétrico. (Agência Brasil Energia – 01.06.2016)
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7 Índice Comerc tem queda de 1,2% em abril
O Índice Setorial Comerc apontou queda de 1,22% no consumo do mercado livre em abril, na comparação com o mesmo período de 2015. O recuo é ainda reflexo do fraco desempenho da economia, o que tem afetado especialmente as classes comercial e industrial, como aponta a comercializadora. Dos 12 setores industriais analisados pela companhia, sete tiveram queda. Entre eles, estão os segmentos de materiais de construção (-21,15%), manufaturados (-12,68%) e eletromecânica (-10,96%). As maiores variações positivas ficaram com papel e celulose (3,9%), comércio e varejista (3,93%) e alimentos (3,78%). Em um ano de análise, o índice teve alta apenas em um único mês, o de fevereiro deste ano. O indicador mede o consumo das unidades da base de clientes da comercializadora, responsável pela gestão de cerca de 15% do mercado livre no país. (Agência Brasil Energia – 01.06.2016)
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Energias Renováveis
1 Biosev lucrou R$ 49,7 mi no 4º trimestre
A Biosev obteve resultado líquido positivo. No quarto trimestre da safra 2015/16, entre janeiro e março, a companhia teve lucro líquido de R$ 49,7 mi - um cenário bem diferente do mesmo período da safra anterior, quando amargou um prejuízo líquido superior a R$ 200 mi. O resultado do quarto trimestre amenizou as perdas do início da safra, e assim, a empresa terminou o ciclo 2015/16 com um prejuízo líquido de R$ 272,7 mi, 45% menor que a perda de da temporada anterior. O presidente da companhia, Rui Chammas, destacou que um conjunto de melhorias operacionais, desde o avanço da produtividade dos canaviais até o aumento do uso da capacidade instalada, além da estratégia de carregar mais estoques de etanol para a entressafra, contribuíram para o resultado do ciclo. Não que a recuperação dos preços do açúcar no mercado internacional e do etanol no país não tenham tido influência. Mas a venda de quantidades maiores dos dois produtos ao longo da safra também foi relevante no faturamento. De fato, a receita com as vendas de açúcar subiram tanto no último trimestre da safra (18%) como no ciclo todo (12%), quando totalizou R$ 2,3 bi. As vendas de etanol, por sua vez, caíram 6% no trimestre, mas subiram 22% em toda a safra, para R$ 2,1 bi. No entanto, a receita com cogeração foi afetada pela brusca queda dos preços da energia no mercado livre em 2015. Embora 80% da energia vendida pela Biosev seja acertada em contratos de longo prazo, a desvalorização no mercado spot fez com que a receita do segmento caísse 18% no ciclo, chegando em R$ 233,2 mi. O executivo disse que a Biosev aumentou o volume de energia negociado e considerou que a companhia "sofreu relativamente pouco com a redução do preço". A receita líquida do trimestre registrou uma queda de 6%, somando R$ 1,366 bi, mas a receita da safra exibiu um ganho expressivo, de 36%, para R$ 6,162 bi. A melhora operacional se refletiu no Ebitda ajustado da safra, que bateu o recorde para uma temporada e ficou em R$ 1,4 bi, uma alta de 8%. No lado financeiro, o resultado foi impactado pelo enfraquecimento do real ante o dólar registrado ao longo do ano passado, mas foi parcialmente revertido no último trimestre, com a recuperação da moeda brasileira. A desvalorização do real também elevou o endividamento da Biosev, que encerrou a safra em 31 de março com uma dívida líquida de R$ 4,2 bi, alta de 2,6%. "Estamos buscando o alongamento da dívida e a redução ao longo do tempo", ressaltou Chammas, destacando que a companhia começou a nova safra com R$ 2,2 bi em caixa, "o que seria suficiente para pagar toda a amortização de 2016/17 se não renovássemos os prazos". (Valor Econômico – 02.06.2016)
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Gás
e Termoelétricas
1 Expansão da térmica Buriti entra em testes
A termelétrica Buriti (75 MW) iniciou os testes de 25 MW a partir da terceira unidade geradora, parte de um projeto de expansão da usina. A térmica, movida a bagaço de cana-de-açúcar, terá a nova unidade a vapor, com eficiência (kg/kWh) prevista no projeto de 85%. O projeto está em operação na cidade de Buritizal, em São Paulo, desde 2011, até então com duas unidades geradoras, de 20,2 MW e 29,05 MW cada. Após solicitação das geradoras, a CPFL Bio Buriti (51,29%), da CPFL Renováveis, e a Buritizal Central Energética (48,71%), a Aneel autorizou a alteração da potência em abril. No memorial descritivo da expansão, as empresas ressaltaram que a exportação não sofrerá alteração do montante mensal com a potência adicionada. O montante será exclusivamente destinado ao consumo interno. Atualmente, a comercialização de excedentes da usina, no mercado livre, é de 30 MW. O cronograma original do projeto previa plena operação em abril, porém está em atraso. O aval para os testes foi dado nesta quarta-feira (1/6) pela Aneel. (Agência Brasil Energia – 01.06.2016)
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Grandes Consumidores
1 Albras é o maior consumidor no mercado livre
O maior consumidor no mercado livre de energia em março foi a Albras, que consumiu 801,4 MW médios, muito mais que o segundo maior consumidor, Arcelor JF, que demandou 321 MW médios. Ao todo, foram consumidos 15.015 MW médios no mercado livre em março, uma queda de 1,68% em relação ao consumo em igual mês do ano passado. Dados preliminares do consumo de abril, entretanto, apontam para um ligeiro aumento de 0,39% no consumo entre um mês e outro no ACL. As informações são da CCEE, presentes no InfoMercado MAR2016. Não foi surpresa que representantes do setor de metalurgia e metais tenham ficado no topo de consumo no ML, indústria que representa de longe o maior consumo neste ambiente de contratação. Em março, o setor demandou 4.440 MW médios, bem acima do segundo maior segmento consumidor, o de químicos, que demandou 1.765 MW médios no mesmo período. Entre os consumidores especiais – aqueles com demanda entre 0,5 MW a 3 MW, que só podem comprar energia de fonte incentivada -, a maior demanda foi da Telefônica, que consumiu 44,4 MW médios. (Agência Brasil Energia – 01.06.2016)
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2 Votorantim dobra lucro após consolidar negócios
Favorecido pelo câmbio e pelos negócios no exterior, que são metade da sua receita, o grupo Votorantim anunciou ontem lucro líquido de R$ 144 mi no primeiro trimestre, o dobro do ganho de R$ 68 mi obtido no mesmo período de 2015. Foi o primeiro balanço consolidando os negócios em uma única holding, a Votorantim S.A. Ela destacou que as receitas no exterior compensaram parcialmente o impacto da retração da economia brasileira. A receita líquida totalizou R$ 6,7 bi no período, queda de 6% sobre o valor de R$ 7,14 bi. O grupo sofreu impacto da retração da demanda de cimento no mercado brasileiro, bem como do negócio de aços longos. "O primeiro trimestre é sempre o mais fraco do grupo, com chuvas que atingem a atividade de construção civil e o inverno no Hemisfério Norte", disse Sérgio Malacrida, diretor de Tesouraria e de Relações com os Investidores. A companhia apresentou Ebitda ajustado de R$ 845 mi no trimestre, que representou retração de 40% na comparação com mesmo período de 2015. Com isso, a margem Ebitda recuou 7,1 pontos percentuais, para 12,6%. O grupo apontou que outro efeito foi a menor receita com a venda de energia, devido ao preço médio inferior. Por outro lado, ressaltou a companhia, houve aumento do preço do zinco, em reais, o que minimizou os efeitos negativos do mercado doméstico sobre a receita líquida. O negócio de alumínio também foi beneficiado, registrando maior lucro entre os seus negócios. "Criamos, ao longo do tempo, opções táticas que estamos exercendo na medida do necessário e que nos permitem navegar em mares mais turbulentos", disse João Miranda, diretor presidente da Votorantim, em nota. (Valor Econômico – 02.06.2016)
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3 Receita da exportação de minério de ferro do Brasil cresce 44% em maio
A receita com as exportações de minério de ferro do Brasil em maio subiram 44 por cento ante o mesmo mês de 2015, refletindo maiores preços e volumes, apontaram dados publicados nesta quarta-feira pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). No quinto mês do ano, os embarques de minério renderam ao país U$ 1,34 bi, ante U$ 930 mi em maio do ano passado, um indicativo da receita da mineradora Vale, maior produtora global da commodity e dominante nas exportações do produto nacional. O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Daniel Godinho, destacou a alta do preço médio do minério de ferro exportado, que atingiu U$ 39,5 por tonelada, ante U$ 33,6 por tonelada no mesmo mês do ano passado, após as cotações internacionais atingirem em abril os maiores níveis em mais de um ano. "Vocês veem um aumento de preço de 17,4% (ante o mesmo mês do ano anterior) --é o primeiro crescimento de preço desde janeiro de 2014 (sobre igual mês do ano anterior)", destacou Godinho, ponderando que "ainda é cedo para falar de tendências". Recentemente, os preços na China recuaram ante os níveis verificados em abril, quando as cotações atingiram os patamares mais altos desde janeiro de 2015. O minério de ferro por muitos anos foi o principal produto de exportação do Brasil, tendo sido superado pela soja em grão nos últimos tempos. Em maio, os embarques da oleaginosa renderam ao país U$ 3,6 bi, com vendas de volumes perto de patamares recordes. (Por Marcela Ayres, em Brasília, e Marta Nogueira, no Rio de Janeiro) (O Globo – 01.06.2016)
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Economia Brasileira
1 Nova presidente do BNDES vai revisar políticas operacionais do banco
A nova presidenta do BNDES, Maria Sílvia Bastos, tomou posse dizendo que, inicialmente, vai revisar as políticas operacionais do banco, “que são a linha mestra que direciona os investimentos, empréstimos e financiamentos” da instituição. Em cerimônia do dia 1 de junho, no Palácio do Planalto, o presidente interino Michel Temer empossou também os presidentes da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi; do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli; da Petrobras; Pedro Parente e do Ipea, Ernesto Lozardo. Maria Sílvia contou que o economista Vinícius Carrasco, professor da PUC do Rio de Janeiro, será o responsável pela área de planejamento do banco. “Vamos repensar o rating, as políticas operacionais e vamos rediscutir a renda variável. É nosso dever, ao entrar em qualquer instituição, repensar o que está sendo feito, principalmente em um momento como esse, de uma crise profunda”, disse. Sobre os empréstimos feitos pelo BNDES, a nova presidenta do banco ressaltou que trabalhará com os fatos, à medida que eles forem surgindo. Ela contou que está formando uma diretoria de controladoria que organizará o compliance e a gestão de risco e ressaltou que todos os empréstimos do banco são públicos. “O BNDES, embora talvez não tenha conseguido se comunicar bem, tem todas as informações disponíveis no site, tem as taxas de juros, os empréstimos, as empresas, o banco entregou todas as informações”, disse. Ela explicou ainda que não faz julgamento de valor sobre o fato de ser uma mulher a ocupar um dos cargos mais importantes do governo de Michel Temer. “Procuro aceitar cargos para os quais eu acho que posso ser capaz de desempenhar um bom trabalho e sempre cercada por uma equipe, porque ninguém sabe fazer as coisas sozinho. Eu fico muito orgulhosa de ter sido vista dessa forma pelas mulheres, é uma energia positiva incrível, me orgulha muito e pode acreditar que vou fazer de tudo para honrar essa responsabilidade”, disse. (Agência Brasil – 01.06.2016)
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2 Retomada da economia deve ocorrer nos próximos trimestres, diz Fazenda
O resultado do PIB no primeiro trimestre é resultado principalmente de “desenvolvimentos domésticos”, avalia o ministério da Fazenda em nota. No primeiro trimestre deste ano, a economia brasileira teve queda de 0,3% ante os três meses anteriores, conforme dados apresentados pelo IBGE nesta quarta-feira. Na avaliação do ministério, nos próximos trimestres, deve ter início o processo de recuperação da economia brasileira em razão das medidas de ajuste anunciadas pelo governo interino de Michel Temer. Confira a íntegra da nota: “As estatísticas das Contas Nacionais hoje divulgadas confirmaram que, no primeiro trimestre, como resultado essencialmente de desenvolvimentos domésticos, teve continuidade a mais intensa recessão de nossa história, a qual, dentre outros aspectos, gerou um contingente de 11 milhões de desempregados. Nos próximos trimestres, entretanto, em grande parte como consequência da implementação tempestiva de iniciativas recentemente anunciadas, deve ter início o processo de recuperação da economia brasileira.” (Valor Econômico – 01.06.2016)
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3 Atividade industrial do Brasil em maio cai ao menor nível em sete anos
A queda da atividade do setor industrial brasileiro se intensificou em maio, puxada pela queda acentuada nas novas encomendas e na produção, as maiores desde março de 2009. É o que mostra a pesquisa Índice Gerente de Compras do serviço de informações Markit. O PMI do setor caiu de 42,6 em abril, para 41,6 em maio, o menor nível em 87 meses. Segundo relatório da Markit, a taxa de demissões na indústria em maio foi a maior da história da pesquisa. Além disso, os níveis de compra tiveram a maior queda também desde março de 2009, contribuindo para um recuo acentuado nos estoques de pré- produção. A inflação de custos alcançou o seu ponto mais alto em quase oito anos, mas, limitadas por pressões competitivas, as empresas aumentaram os preços cobrados pela taxa mais fraca desde julho do ano passado, diz a Markit. “A tendência de queda no setor industrial, que começou em fevereiro de 2015, se estendeu até maio, com os dados mais recentes do PMI destacando as contrações mais acentuadas tanto no volume de novos pedidos quanto no de produção desde o início de 2009. As crises econômicas e políticas que o Brasil vem enfrentando continuaram a prejudicar a demanda, e as empresas não tiveram outra opção senão demitir funcionários como parte de tentativas de permanecerem à tona. Esta contração recorde nos números de funcionários está propensa a agravar ainda mais a demanda doméstica à medida que atingimos a segunda metade do ano”, diz Pollyanna de Lima , economista da Markit e autora do relatório. (Valor Econômico – 01.06.2016)
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4 Recessão do país ganha características de depressão, diz Goldman Sachs
A contínua retração da economia brasileira ganhou agora características de uma depressão econômica, em razão de sua profundidade e duração “excepcionais”, alerta o Goldman Sachs, em relatório divulgado nesta quarta--feira. Na definição adotada pelo banco, uma recessão se transforma em depressão econômica quando dura oito ou mais trimestres e leva à queda acumulada do PIB de 10% ou mais. Embora a recessão tenha se iniciado no segundo trimestre de 2014, os dados do primeiro trimestre de 2016, divulgados hoje pelo IBGE, mostram que a economia atingiu alguns marcos simbólicos: um período recessivo de dois anos e que trouxe o PIB aos níveis do quarto trimestre de 2010, com queda per capita acumulada em 9% desde o segundo trimestre de 2014. O Goldman Sachs destaca alguns fatores importantes nos dados divulgados nesta terça--feira. Em um período de apenas dois anos, alerta, o declínio do PIB per capita brasileiro já se aproxima dos dois dígitos; a queda acumulada supera a retração do PIB per capita registrada durante a “década perdida dos anos 1980”, como ficou conhecido o período entre 1981 e 1992. “Esperamos que a economia se contraia novamente no segundo trimestre de 2016, mas que fique achatada durante o segundo semestre, com sinais esperançosos de que o ciclo de estoques esteja se estabilizando na margem e de que o novo governo será capaz de aumentar a confiança doméstica”, afirma a instituição financeira. O relatório destaca também que o “investimento cai há dez trimestres consecutivos, a uma taxa surpreendente de 11,6% na comparação trimestral anualizada”. Além disso, o consumo privado cai agora há cinco trimestres consecutivos, a um ritmo trimestral de 6,9%. (Valor Econômico – 01.06.2016)
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5 Quatro capitais fecham maio com inflação mais branda, mostra FGV
A inflação calculada pelo IPC-S cedeu em quatro de sete capitais pesquisadas na última apuração de maio, de acordo com a FGV. Brasília foi destaque, com o IPC-S saindo de uma alta de 0,53% na terceira prévia de maio para 0,28% na leitura final do mês. Em seguida, apareceu Porto Alegre, com o IPC-S indo de 0,74% para 0,55% de aumento. Completam a lista Salvador, com a inflação passando de 0,92% para 0,84%, e Rio de Janeiro, onde o IPC-S deixou um incremento de 0,71% para 0,69%. Em Belo Horizonte, o indicador repetiu a taxa de 0,69%. Em outras duas capitais houve aumento mais acentuado das taxas de variação: em São Paulo, o IPC-S foi de acréscimo 0,56% para 0,64%, e em Recife, de 0,67% para 0,68% entre a terceira e a pesquisa final de maio. Na média das sete capitais, o IPC-S fechou maio com alta de 0,64%. (Valor Econômico – 02.06.2016)
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6 Produção industrial sobe 0,1% em abril e acumula queda de 10,5% no ano
A produção da indústria do país aumentou 0,1% em abril, na comparação com o mês anterior, quando teve alta de 1,4%, na série com ajuste sazonal. Os dados são do IBGE. O resultado veio acima da média estimada por analistas consultados pelo Valor Data, de queda de 0,9%, e também acima da previsão mais otimista, já que o intervalo das estimativas variava entre queda de 0,1% e retração de 1,5%. Ante abril de 2015, a produção industrial brasileira caiu 7,2%, a 26ª taxa negativa consecutiva. Os analistas consultados pelo Valor Data esperavam um recuo maior, de 8,7%. De janeiro a abril, a produção diminuiu 10,5%. Em 12 meses, o setor acumula queda de 9,6%. "O ligeiro acréscimo de 0,1% da atividade industrial na passagem de março para abril mostrou taxas positivas em duas das quatro grandes categorias econômicas e em 11 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, os principais impactos positivos foram em produtos alimentícios (4,6%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,0%), com o primeiro apontando a segunda alta consecutiva e acumulando nesse período crescimento de 10,9%; e o último eliminado parte do recuo de 6,7% verificado em março. Nesses ramos, o resultado desse mês foi influenciado, em grande parte, pela antecipação da moagem da cana -de -açúcar", destacou o IBGE em nota. Outras contribuições positivas importantes apontou o instituto, partiram de indústrias extrativas (1,3%), de celulose, papel e produtos de papel (2,7%), de máquinas e equipamentos (2,0%), de bebidas (2,4%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1,9%). Perante abril de 2015, a queda na indústria teve caráter generalizado, afetando 21 dos 26 ramos, 64 dos 79 grupos e 70,9% dos 805 produtos pesquisados. Sobressaíram a indústria extrativa, com recuo de 15,7%, influenciada em grande parte pelos itens minérios de ferro e óleos brutos de petróleo, e veículos e carrocerias, com tombo de 20,6%. (Valor Econômico – 02.06.2016)
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7 Balança comercial tem maior saldo para maio e parcial do ano desde 1989
As exportações brasileiras superaram as importações em US$ 6,43 bi em maio deste ano, informou nesta quarta-feira (1º) o MDIC. Trata-se do melhor resultado para meses de maio desde o início da série histórica, em 1989. Ou seja, é o maior saldo positivo registrado para o mês em 28 anos. Até então, o maior saldo positivo para meses de maio havia ocorrido em 2008, quando foi contabilizado um superávit de US$ 3,85 bi. Em maio do ano passado, houve um saldo positivo de US$ 2,75 mi. Parcial do ano - Já na soma dos cinco primeiros meses deste ano, a balança comercial teve um superávit de US$ 19,68 bi. O resultado é bem melhor do que o verificado no mesmo período do ano passado: déficit de US$ 2,3 bi. Foi também primeiro saldo positivo para este período desde 2012 e o melhor resultado desde o início da série histórica, em 1989, ou seja, em 28 anos. Até então, o maior saldo comercial, para o período de janeiro a abril, havia sido registrado em 2007 (+US$ 16,76 bi). Exportações e importações em maio - Segundo o governo, as vendas ao exterior somaram US$ 17,57 bi em maio e, com isso, tiveram uma queda de 0,2% sobre o mesmo mês de 2015. No mês passado, cresceram as exportações de semimanufaturados (+9%) e de produtos manufaturados (+8,9%), mas recuaram as vendas externas de produtos básicos (-8%), na comparação com maio do ano passado. Os dados do governo também mostram que as importações continuaram recuando fortemente em maio deste ano. No mês passado, somaram US$ 11,13 bi e, com isso, registraram queda de 24,3% sobre o mesmo mês de 2015. No mês passado, recuaram as importações de combustíveis e lubrificantes (-44,3%), bens de consumo (-26,4%), bens de capital (-27,1%) e bens intermediários (-19,2%) sobre maio do ano passado. O resultado positivo da balança comercial se deve, portanto, mais à queda acentuada nas importações do que ao aumento das exportações. As importações estão mais baixas devido ao dólar alto, que encarece os produtos que vêm de fora, e à recessão econômica no Brasil, que reduz a demanda por bens e serviços. Por outro lado, quando o dólar se valoriza os produtos brasileiros ficam mais baratos para os consumidores lá fora. Estimativas para 2016 - A expectativa do mercado financeiro para este ano é de melhora do saldo comercial, segundo pesquisa realizada pelo BC com mais de 100 instituições financeiras na semana passada. O próprio BC também prevê melhora no saldo comercial. A previsão dos analistas dos bancos é de um superávit de US$ 50 bi nas transações comerciais do país com o exterior para 2016. O MDIC estimou um saldo positivo de US$ 45 bi a US$ 50 bi neste ano. Já o BC prevê um superávit da balança comercial de US$ 40 bi para 2016, com exportações em US$ 190 bi e compras do exterior no valor de US$ 150 bi. (G1 – 01.06.2016)
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8 Dólar ontem e hoje
Hoje, o dólar comercial subia 0,16%, saindo a R$ 3,5928. Na quarta-feira, o dólar comercial fechou em queda de 0,76% a R$ 3,5869. (Valor Econômico – 02.06.2016 e 01.06.2016)
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Internacional
1 Setor elétrico da França entra em greve na quinta-feira, diz sindicato
O sindicato francês CGT votou nesta quarta-feira a favor do início de greves no setor elétrico do país, incluindo um total de 19 usinas nucleares, como parte de protestos nacionais que visam forçar o governo a retirar um disputado projeto de reforma trabalhista. A greve deve afetar a produção de energia na França a partir das 16h desta quarta-feira (no horário de Brasília), com os trabalhadores cruzando os braços nas usinas, mas é improvável que leve a blecautes, devido a uma regra que obriga os sindicatos a manter um nível mínimo de produção que previna a interrupções no suprimento. A elétrica estatal EDF pode, no entanto, ser forçada a aumentar a importação de eletricidade de países vizinhos para atender à demanda. “Todas unidades de geração de energia votaram a favor da greve a partir da quinta-feira. Todas as 19 usinas nucleares votaram a favor da greve. Nós começaremos a reduzir a produção de energia esta noite, a partir das 19h (horário de Greenwich)”, disse à Reuters o representante do sindicato CGT na EDF, Laurent Langlard. (O Globo – 01.06.2016)
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Biblioteca Virtual do
SEE
1 GANNOUM, Elbia. “Eólicas, segurança energética e linhas de transmissão”. Valor Econômico. São Paulo, 2 de junho de 2016.
Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
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Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo
Mattos, Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.
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que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
de Economia da UFRJ.
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
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