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IFE: nº 4.102 - 01 de junho de 2016
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Senado aprova medida provisória com novas regras para o setor elétrico
2 Aneel mantém bandeira verde mesmo com operação de usina térmica mais cara
3 Aneel adia aprovação de edital de transmissão para refinar cálculo da RAP
4 Investimento em EE é mais vantajoso do que em expansão do sistema, avalia PSR
5 Gasto com sistemas isolados deve chegar a R$ 6,6 bi em 2016
6 Recarga de carros elétricos é tema de debate da Comissão do Senado

Empresas
1 Governo avalia nomes para a presidência da Eletrobras
2 Chesf tem novo bloqueio judicial, diz da Eletrobras
3 Senado aprova ajuda à Eletrobras, com custo de R$ 668 mi ao ano
4 Tractebel investe em novas usinas para garantir portfólio
5 Eneva finaliza leilão de alienação de ações remanescentes após grupamento
6 Reparo em unidade geradora de Três Irmãos será incluído nas cotas da usina
7 RGE investe R$ 9,6 mi em melhorias na rede elétrica de Três de Maio
8 Novos empreendimentos de energia são colocados em operação pela CEEE-D

9 Aneel nega pedido de revisão extraordinária da AES Eletropaulo

10 Aneel aprova execução de garantias da CEA no A-1

11 Light recebe nova parcela da CDE para obras olímpicas

Leilões
1 Aneel mantém previsão de realizar 2º fase do leilão de transmissão
2 Primeira etapa do leilão de transmissão é homologada

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Números dos reservatórios pelo Brasil
2 Mercado brasileiro para armazenamento de energia é de 95 GW, estima Abaque
3 BBCE negocia R$ 45 milhões em contratos no primeiro trimestre

Energias Renováveis
1 Complexo com oito parques eólicos começa a funcionar no Agreste de PE
2 Rio Grande do Norte passa dos 100 parques eólicos em operação
3 Novo recorde de eficiência fotovoltaica: 34,5%

4 Absolar quer levar modelo de financiamento do BNB para outros bancos do país

5 Sebrae-MT terá redução de 30% no consumo com usinas solares

6 Etanol 10% mais caro

7 UDOP abre ao setor sucroenergético pesquisa sobre eficiência

Gás e Termelétricas
1 Carteira de clientes da Bahiagás supera 40 mil residências
2 Arsesp reduz tarifas da GasBrasiliano

Grandes Consumidores
1 Lucro consolidado da Votorantim mais do que dobra no 1º trimestre
2 Vale conclui venda de fatia de 26,87% na CSA para Thyssenkrupp

Economia Brasileira
1 PIB brasileiro cai 0,3% no 1º trimestre de 2016
2 Recuo de 4,7% da economia brasileira em 12 meses é o maior desde 1996

3 Confiança cresce em serviços
4 Preço ao produtor cai menos
5 IPC-S termina maio com alta de 0,64%
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Pampa Energia vai explorar gás na Patagônia
2 Pampa Energia prepara unificação dos ativos
3 Recursos contra aumento do gás já alcançam grande parte da Argentina
4 Volkswagen investirá bilhões em fábrica de baterias
5 Suzlon reverte prejuízo e lucra US$ 72 mi


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Senado aprova medida provisória com novas regras para o setor elétrico

O Senado aprovou em 31 de março medida provisória que amplia o prazo para que concessionárias de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica assinem contratos de prorrogação de concessão ou termos aditivos com o MME. O prazo passa de 30 dias para ate 210 dias. A matéria segue para sanção presidencial. Para o relator da proposta, senador e ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão (PMDB-MA), a medida apresenta uma solução para as distribuidoras que atendem Sistemas Isolados e reduz os impactos distributivos adversos decorrentes da forma de rateio da CDE. O prazo para assinatura dos contratos começou a contar em novembro de 2015 e beneficiará as distribuidoras de energia do Amapá, Alagoas, Rondônia, do Piauí do Amazonas, do Acre e de Roraima. O parecer da comissão mista que analisou a MP, elaborado pelo senador Edison Lobão e mantido pela Câmara dos Deputados, faz outras mudanças na legislação do setor, como a que beneficia as distribuidoras de sistemas isolados na Região Norte. A MP também amplia para dez anos o prazo para que as distribuidoras se adaptem às metas de qualidade e equilíbrio econômico-financeiro da Aneel. Para as demais concessionárias, o prazo continua a ser de cinco anos. A proposta também trata da revisão tarifária deste ano, que deverá refletir a incorporação das perdas de 2015 e, nos anos de 2017 a 2025, será aplicado um redutor anual de 10% dessas perdas incorporadas em relação à revisão tarifária de 2015 estabelecida pela Aneel. Essa regra permitirá o uso dos recursos obtidos pelo Poder Executivo com 39 concessões de distribuidoras realizadas em 2015. O chamado bônus de outorga arrecadado com as concessões poderá ser usado para cobrir as despesas com combustível das distribuidoras do sistema isolado que não receberam recursos da CDE por descumprirem as metas de eficiência econômica e energética. Poderão ser cobertas as despesas com combustível até 30 de abril de 2016 e as dívidas contraídas até dezembro de 2015. No caso de usinas que funcionam com biomassa, com potência injetada nos sistemas de transmissão e distribuição de 30 mil kW a 50 mil kW, poderão contar com 50% de redução das tarifas de uso desses sistemas, mesmo se não atenderem a critérios definidos em lei. O desconto, entretanto, poderá ser aplicado ao equivalente a 30 mil kW de potência injetada. O benefício poderá ser concedido ainda a geradoras independentes ou destinadas à autoprodução (para consumo próprio) com potência de 3 mil kW a 50 mil kW, limitado também à injeção de 30 mil kW no sistema. (Agência Brasil – 01.06.2016)

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2 Aneel mantém bandeira verde mesmo com operação de usina térmica mais cara

A bandeira tarifária sinalizada nas contas de luz dos consumidores no mês de junho será mantida verde, pelo terceiro mês. A Aneel decidiu manter a cor mesmo com a decisão do ONS de despachar usina com custo de operação de R$ 259,43 na primeira semana de junho. Isto justificaria o acionamento da bandeira amarela. A diretoria da Aneel entendeu, no entanto, que a operação de uma usina térmica mais cara somente na primeira semana do mês não cria a necessidade de arrecadar recursos adicionais pela conta de luz. Além disso, o comando da agência considerou que a chamada Conta Bandeiras dispõe de R$ 3,6 bi, suficientes para cobrir essa despesa. O sistema de bandeiras tarifárias começou a valer em janeiro de 2015. O mecanismo criado para indicar ao consumidor o custo de geração da energia mais próximo da realidade. A sinalização das cores verde, amarela e vermelha indica justamente a variação do custo de aquisição da energia pelas distribuidoras locais. (Valor Econômico – 31.05.2016)

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3 Aneel adia aprovação de edital de transmissão para refinar cálculo da RAP

A Aneel adiou por uma semana a aprovação do edital da segunda etapa do leilão de transmissão nº 13, para refinar o cálculo dos preços-teto das instalações que serão ofertadas no certame. A ideia da agência é incorporar as propostas de adequação feitas peloTCU, para que elas fiquem alinhadas com o que está previsto na regulação. Na primeira etapa do certame, realizado no dia 13 de abril, a Aneel aumentou em 11% em média a Receita Anual Permitida máxima, para atender determinação do TCU. A agência questionou, porém, o período considerado pelo tribunal na definição do risco regulatório, e defendeu que fosse aplicado um histórico mais largo. A exigência foi suspensa depois pelo TCU, mas a percepção da Aneel é de que há convergência de posições em relação à necessidade de uma remuneração realista, que torne os certames mais atrativos para os investidores. “A ideia de uma RAP mais atrativa, conceitualmente falando, está mais alinhada com o que nós pensamos. O que levaria à modicidade tarifaria é a competição no leilão”, afirmou o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, em conversa com jornalistas em 31 de maio. A próxima fase do leilão estava prevista para o dia 1º de julho, mas a data provavelmente será mudada para garantir o cumprimento do prazo mínimo legal de 30 dias entre a publicação do edital e a realização da sessão pública de licitação. Na primeira sessão do certame foram contratados 14 dos 24 lotes de concessões incluídos no edital, com deságio médio de 2,96% sobre a RAP máxima. Os lotes vendidos têm investimento total previsto de R$ 6,9 bilhões na implantação de 3.402 km de linhas e outras instalações de transmissão nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Espirito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. O resultado do leilão foi homologado pela Aneel na reunião semanal desta terça-feira. (Agência CanalEnergia – 31.05.2016)

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4 Investimento em EE é mais vantajoso do que em expansão do sistema, avalia PSR

Investir em eficiência energética vale muito mais a pena do que na expansão do sistema elétrico. Essa foi a conclusão da PSR ao avaliar o compromisso relacionado à meta de eficiência energética firmado pelo Brasil no Acordo de Paris, ou COP 21. Em estudo realizado pela PSR para o CEBDS, foi estimado em R$ 8 bi os investimentos necessários para o atendimento da meta de conservação de 10% de ganhos de eficiência no setor elétrico até 2030. Com esse aporte, calculou a PSR, seria possível reduzir custos de investimento em R$ 39 bi e custos de operação em R$ 27 bi, promovendo um benefício líquido de R$ 58 bi. Segundo a PSR, o cálculo de redução de 10% se baseia na Nota Técnica preparada pela EPE, que projeta a demanda de energia para o Plano Nacional de Energia 2050. Segundo o documento, a energia conservada em 2030 seria cerca de 105 TWh ou 9,8% do consumo projetado para esse período. No entanto, a PSR aponta, na sua edição de maio do Energy Report, que o Brasil pode aumentar ainda mais a conservação de energia se, por exemplo, focar seus programas, que hoje são basicamente voltados para o setor residencial, na indústria, que é a maior consumidora de energia. Entre as ações propostas pela PSR para aumentar a conservação de energia no país estão a substituição de motores elétricos na indústria, que é responsável por consumir 38% de toda energia elétrica nacional e a força motriz em operação usa 62% dessa energia elétrica. Outras medidas incluem a substituição de lâmpadas por LED; e mudança de hábitos de consumo. De acordo com a PSR, dependendo das ações adotadas, a redução no consumo poderia ser de 15% ou até 20% no período, com a ampliação do escopo de ações. Para o atendimento de uma meta de 15% de eficiência energética no período, a PSR calculou que seriam necessários investimentos de R$ 14 bi, com redução de custos de investimentos da ordem de R$ 50 bi e de custos de operação de R$ 34 bi, com benefício líquido de R$ 70 bi. Já no cenário de conservação de 20%, seriam necessários investir R$ 19 bi em eficiência energética, que reduziriam os custos de investimento em R$ 66 bi e de operação em R$ 43 bi. O benefício líquido alcançaria R$ 90 bi. (Agência CanalEnergia – 31.05.2016)

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5 Gasto com sistemas isolados deve chegar a R$ 6,6 bi em 2016

A previsão de despesas com a geração de energia este ano para localidades do país que ainda não estão conectadas ao SIN soma, segundo relatórios da Eletrobras, R$ 6,655 bi, contra R$ 6,368 bi referentes aos gastos estimados para o ano passado. O montante é coberto pela CCC, hoje agregada à CDE, cuja subvenção vem das contas de luz pagas pelos consumidores. Do valor total de 2016, referente a 243 sistemas isolados, a maior parte, R$ 4,6 bi, corresponde à Amazonas Energia, seguida por pela companhia distribuidora de Rondônia, R$ 551,6 mi, estado onde, curiosamente, estão duas das maiores UHE’s recentemente construídas no país: Santo Antônio (3.568 MW) e Jirau (3.750 MW), ambas no Rio Madeira. A maioria das usinas térmicas, com poucas exceções funciona em regime de 24 horas. A Aneel prepara um novo leilão de energia para contratação destinada a reforçar o sistema da Amazonas Energia. O pregão já foi adiado duas vezes e não há previsão de nova data. O valor a ser desembolsado em 2016 aumentou, mesmo considerando como finalizadas as interligações que atendem Manaus e Macapá, também porque há contratos vigentes para compra de gás natural, combustível que abastece as usinas térmicas, além da aquisição de volumes de óleo diesel e óleo combustível. A carga para o período, calculada pelo Grupo Técnico Operacional da Região Norte (GTON), é de 452,4 MW médios, 1% a menos da previsão do Plano Anual de Operação (PAC) do ano anterior. O montante inclui as distribuidoras Cea, Celpa, Energisa Mato Grosso e CERR, mais as distribuidoras da Eletrobrás no Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima, além de nove outras empresas beneficiárias, entre as quais Alcoa, Guascor do Brasil e Jari Celulose. Em termos de geração efetiva, a estimativa dos técnicos da holding federal aponta para 2.633.695 MWh, dos quais 2.587.151 MWh movidos a óleo e gás natural, com apenas 46.544 MWh acionados por biomassa. (Agência Brasil Energia – 31.05.2016)

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6 Recarga de carros elétricos é tema de debate da Comissão do Senado

Em 1º de junho, a CI do Senado promove uma audiência pública interativa para debater o projeto de lei da Câmara, que institui a obrigatoriedade de pontos de recarga para veículos elétricos em vias públicas e em ambientes residenciais e comerciais. Os interessados podem acompanhar e participar do debate por meio do portal e-Cidadania ou do Alô Senado (0800-612211). A reunião tem início marcado para às 8h30, na sala 13 da ala Alexandre Costa. Para o debate foram convidados o assessor da Superintendência de Regulação dos Serviços de Distribuição da Aneel, Hugo Lamin; o presidente da Anfavea, Antônio Megale; o presidente executivo da ABVE, Ricardo Guggisberg; o diretor da Abradee, Daniel Mendonça; e um representante do Ministério das Cidades. O PLC 65/2014 define como veículo elétrico aquele que, independentemente do número de rodas, é acionado por pelo menos um motor elétrico. O projeto estabelece que as concessionárias de energia serão obrigadas a instalar pontos de recarga de baterias junto às vagas de estacionamento público que venham ser disponibilizadas para esse fim pelas autoridades locais. O órgão competente federal estabelecerá as condições de fornecimento e as tarifas aplicáveis para esta finalidade, e promoverá os necessários ajustes dos contratos de concessão das empresas distribuidoras. (Agência CanalEnergia – 31.05.2016)

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Empresas

1 Governo avalia nomes para a presidência da Eletrobras

Pelo menos três nomes de executivos já estão nas mãos do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, para assumir a Eletrobras. A lista de cotados é formada por Wilson Ferreira, presidente da CPFL Energia; Manoel Zaroni, presidente da geradora Tractebel; e Paulo César Tavares, ex--diretor da CPFL e atualmente dono da comercializadora Sol Energias. O Valor apurou que Coelho ainda não conversou com nenhum deles e deve falar hoje com o presidente interino Michel Temer sobre as indicações. O escolhido precisará de aval do PMDB para assumir o cargo. Ferreira e Zaroni estão de saída de suas respectivas empresas a partir do início de julho. Ferreira, que anunciou em abril sua saída da CPFL, depois de 18 anos à frente da companhia, é um dos nomes mais lembrados cada vez que há dança das cadeiras no setor. Zaroni vai deixar o comando da Tractebel em julho depois de 17 anos no cargo. Ambos os executivos, porém, já declararam que pretendem seguir carreira em conselhos de administração de empresas. Tavares é pernambucano, conterrâneo do ministro e teve papel decisivo na privatização da distribuidora Celpe. Além disso, ele mantém bom trânsito com o ex-governador e deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB--PE). Zaroni já foi sondado sobre o cargo, apesar de não ter recebido o convite oficial. Segundo uma fonte com conhecimento direto do assunto, ele não sabe se aceitará, pois tinha outros planos para a carreira. Zaroni planeja passar mais tempo com a família e seguir carreira como conselheiro de administração de empresas. Ele ficará como vice--presidente do conselho da Tractebel Energia. De acordo com a fonte, outro complicador para a escolha de Zaroni, ou de qualquer outro executivo com passagens recentes em empresas privadas, é a situação atual do grupo Eletrobras. Segundo ela, qualquer executivo de mercado que venha a assumir a Eletrobras vai querer preencher sua equipe com nomes de sua confiança, sem se interessar por indicações para atender cotas de partidos políticos. O atual presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho, deverá continuar no cargo apenas pelas próximas semanas. A mudança no comando da estatal só deve acontecer depois de um desfecho sobre a novela em torno da comercialização de papéis da estatal brasileira na Nyse. A Eletrobras tem até amanhã para enviar recurso à Nyse relativo à suspensão da negociação dos papéis. (Valor Econômico – 01.06.2016)

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2 Chesf tem novo bloqueio judicial, diz da Eletrobras

A Eletrobras informou que houve novo bloqueio judicial, no valor de cerca de R$ 125,5 mi a título de penhora, no âmbito do processo judicial envolvendo sua subsidiária Chesf, que tramita em Recife. "O referido bloqueio judicial pode impactar a capacidade financeira da Chesf e de seus negócios, no curto prazo, em especial considerando sua condição de concessionária de serviço público de energia elétrica", disse a Eletrobras em comunicado na noite de terça-feira. A elétrica acrescentou, contudo, que a Chesf está adotando as medidas jurídicas cabíveis "à equalização dessa situação". A Eletrobras fez provisão de cerca de R$ 1,1 bi relativa ao processo em seu balanço do primeiro trimestre de 2016. No processo, a Chesf pretende anular parcialmente um aditivo ao contrato de empreitada das obras civis da Usina Hidrelétrica Xingó, firmado com o Consórcio Xingó, e a consequente devolução de valores pagos. (O Globo – 01.06.2016)

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3 Senado aprova ajuda à Eletrobras, com custo de R$ 668 mi ao ano

O Senado aprovou a medida provisória que aumentará os subsídios a distribuidoras de energia elétrica de estados do Norte e dará um alívio à Petrobras. O texto também permite às distribuidoras do grupo Eletrobras prorrogar o tempo de concessão do serviço. As medidas terão um custo de R$ 3,3 bi para os consumidores em cinco anos. A medida provisória transfere pouco mais de R$ 668 mi por ano para a conta de energia, que é usada no cálculo das tarifas. Segundo cálculos do MME, se valor provoca um impacto de 0,4% nas contas de luz que, no entanto, só será repassado às tarifas por ocasião do reajuste anual de cada distribuidora. O texto aprovado prorroga de 30 para 210 dias o prazo para que o concessionário de distribuição de energia elétrica assine o contrato de prorrogação da concessão ou o termo aditivo. O projeto também autoriza que o Tesouro Nacional transfira recursos para o pagamento das dívidas dessas empresas com a Petrobras, que forneceu combustível para operar as termelétricas. O projeto retira, até 2025, do cálculo do custo de referência da energia elétrica para as distribuidoras da Eletrobras dos estados do AM, RO, RR e AP, os encargos cobrados dos demais consumidores, o que resulta no aumento do subsídio concedido a essas concessionárias. Elas ganham ainda prazo de carência de dez anos para o cumprimento das metas de qualidade e de eficiência. Os senadores aprovaram o projeto de conversão do senador Edison Lobão (PMDB-MA), que foi negociado na comissão especial do Congresso. O projeto vai para sanção presidencial. O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) criticou o impacto nas contas de energia elétrica que a medida trará. — O texto da MP traz um conjunto de incentivos à ineficiência. Há um custo para esse arranjo construído — afirmou. O relator da proposta disse que o aumento será “imperceptível”. — Essas distribuidoras do Norte do país foram tendo dificuldades e foram absorvidas pela Eletrobras. Hoje a Eletrobras deve bilhões à BR Distribuidora, isso deveria ser resolvido em algum momento e o momento é esse. Vai gerar uma elevação imperceptível na conta de energia. Em contrapartida, vamos ter uma solução definitiva para milhões de brasileiros que estão no Norte do país, no Piauí e em Alagoas — afirmou o senador Edison Lobão. (O Globo – 31.05.2016)

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4 Tractebel investe em novas usinas para garantir portfólio

A Tractebel Energia está avaliando oportunidades de aquisições no Brasil e a participação em leilões de energia. O objetivo da empresa, que já tem aprovados investimentos de R$ 5,5 bi a R$ 6 bi em construção de novas usinas nos próximos três anos, é garantir a sustentabilidade da companhia em longo prazo, já que aproximadamente 3 mil MW adquiridas na privatização da área de geração da Eletrosul, em 1998, terão vencimento da concessão em 2028. "Temos olhado oportunidades, mas de certa forma, o grupo tem dado mais atenção a novos projetos. Temos uma concentração, exatamente pela questão da privatização, de um processo de renovação de concessão em 2028 que não sabemos como vai acontecer. E é preferível que a empresa invista em projetos que tenham vida além de 2028, para que tenha perenidade na atividade", afirmou Eduardo Sattamini. O economista substituirá Manoel Zaroni, que permanecerá no conselho da Tractebel como vice--presidente. Durante alguns meses, Sattamini vai acumular a diretoria Financeira e de Relações com Investidores da Tractebel até que seja escolhido o sucessor para a área. Além do plano de expansão, o presidente do conselho de administração da Tractebel, Maurício Bähr, disse que a estratégia da empresa é diversificar as fontes, em linha com a transição em curso do setor energético mundial, voltado para a maior participação do consumidor na rede, através da GD. Zaroni também lembrou que, em abril, a Tractebel entrou na área de GD, ao adquirir 50% da GD Brasil Energia Solar, que passou a se chamar Engie Solar. A previsão é investir R$ 25 mi. Em curto prazo, a maior preocupação da Tractebel é a queda da demanda de energia, fruto da crise econômica do país. Até o fim do ano deverá ser iniciado o processo de transferência da participação de 40% da Engie na hidrelétrica de Jirau para a Tractebel. Com o negócio, a capacidade instalada da empresa terá um acréscimo de 1,5 mil MW. O parque gerador atual da Tractebel é de 7.044 MW, com previsão de expansão para 7.838 MW, a partir de outros projetos de geração em construção. Sattamini também contou que pretende fechar "em curto espaço de tempo" a venda de duas eólicas e uma PCH, que totalizam 63,4 MW, dentro da estratégia de otimização do parque gerador da empresa. (Valor Econômico – 01.06.2016)

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5 Eneva finaliza leilão de alienação de ações remanescentes após grupamento

A Eneva informou em comunicado ao mercado que realizou no último dia 25 de maio o processo de leilão para a alienação das ações formadas pelo grupamento das frações de ações resultantes do grupamento de ações da empresa. O leilão resultou na venda da totalidade das 233 ações ordinárias de emissão da companhia. O valor apurado com a alienação de tais ações foi de R$ 2.668,75. Com isso, caberá aos acionistas titulares das frações R$11,368477 por ação. O montante será creditado no próximo dia 6 de junho de 2016. O grupamento de ações foi finalizado no início do mês e as ações representativas do capital social da Eneva passaram a ser negociadas na BM&FBovespa grupadas. Os acionistas deveriam ajustar suas posições acionárias em lotes múltiplos de cem ações, mediante negociações privadas ou cursadas na BM&FBovespa. (Agência CanalEnergia – 31.05.2016)

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6 Reparo em unidade geradora de Três Irmãos será incluído nas cotas da usina

A Tijoá Participações e Investimentos foi autorizada a concluir o processo para contratação da recuperação da Unidade Geradora 5 da UHE’s Três Irmãos. O investimento no reparo da máquina é calculado em R$ 29,3 mi e será custeado em parte com recursos das distribuidoras, que serão liberados em parcelas, na proporção das cotas de garantia física e de potência da usina atribuída a cada empresa. A obra deve ser executada em 12 meses, iniciados em junho de 2016. Relicitada em março de 2014 a antiga concessão da Cesp passou a ser operada por Furnas e Triunfo Participações, controladoras da Tijoá. A empresa tem em caixa R$ 8,8 mi, recebidos em setembro do ano passado da estatal paulista. O valor é referente ao seguro contratado pela Cesp para cobertura do reparo da unidade geradora. Como a receita de geração não cobre despesas previstas no reparo da máquina, a atual concessionária vai receber recursos diretamente das cotas das distribuidoras para a cobertura do valor restante da obra. Ela poderá solicitar eventualmente à Aneel a inclusão na receita de custos adicionais e indiretos com a contratação do serviço. A unidade geradora foi danificada em 2013, durante o processo de sincronização, quando ocorreu a energização indevida do transformador elevador e do gerador. A Cesp foi autorizada a contratar os serviços e os equipamentos, com direito a ressarcimento dos custos validados pela Aneel. Ao assumir oficialmente a concessão em 2014, a Tijoá também passou a ser responsável pela obra. (Agência CanalEnergia – 31.05.2016)

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7 RGE investe R$ 9,6 mi em melhorias na rede elétrica de Três de Maio

A RGE está investindo R$ 9,6 mi em um conjunto de obras para ampliação do abastecimento de energia elétrica no município Três de Maio (RS). A nova subestação, que está em construção, tem previsão de conclusão para o segundo semestre de 2016. O empreendimento, orçado em R$ 5,6 mi, qualificará a distribuição de energia no local e ampliará o sistema de abastecimento da região, hoje formado por subestações em Horizontina e em Santa Rosa. O projeto beneficiará diretamente 38.475 habitantes e representa um aumento de 153% na capacidade de fornecimento de energia elétrica em Três de Maio. Além da subestação, o município também vai receber investimento da RGE em uma nova linha de transmissão, que tem orçamento de R$ 4 mi. Essa segunda parte do projeto ainda depende de liberação ambiental. A previsão de início das obras é para o segundo semestre deste ano. A melhoria do sistema elétrico vai ampliar a oferta de energia e promover o desenvolvimento nesta região. (Agência CanalEnergia – 31.05.2016)

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8 Novos empreendimentos de energia são colocados em operação pela CEEE-D

A CEEE Distribuição colocou em operação, no último final de semana, a subestação Rincão, que tem 50 MVA de potência e beneficia aproximadamente uma população de 100 mil pessoas e, a nova linha de transmissão subterrânea de 69 KV, que liga as subestações Porto Alegre 7 e Porto Alegre 9. A Subestação Rincão beneficia os bairros Belém Velho, Campo Novo, Lomba do Pinheiro e Vila Nova, Zona Sul da capital. Nos dois projetos, incluindo as novas redes de média tensão na região do entorno das unidades, os investimentos chegaram a totalizar R$ 41 mi. Para a conexão dessas obras ao sistema, técnicos da CEEE que executam trabalhos ao potencial, ou seja, sem necessidade de interromper o fornecimento, fizeram serviços para uma adequada e segura entrada em operação dos novos equipamentos. (Agência CanalEnergia – 31.05.2016)

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9 Aneel nega pedido de revisão extraordinária da AES Eletropaulo

A Aneel negou pedido de Revisão Tarifária Extraordinária da AES Eletropaulo (SP). A distribuidora solicitou o reconhecimento antecipado na tarifa de custos financeiros que serão repostos no reajuste anual, para recompor o equilíbrio econômico e financeiro da concessão, mas a agência considera que não houve agravamento da situação que justifique a RTE. O próximo reajuste de tarifas da empresa a ser homologado pela Aneel entrará em vigor no dia 4 de julho. A agência reconheceu que nos dois últimos períodos tarifários a variação de custos da chamada Parcela A da tarifa (que inclui gastos com compra de energia e encargos setoriais) comprometeu o fluxo de caixa e aumentou o endividamento da Eletropaulo para cobrir a diferença entre despesas e receita disponível. Argumentou, porém, que “diversos mecanismos regulatórios foram implementados para atenuar as tais variações, com destaque para as bandeiras tarifárias, repasses de fundos setoriais e empréstimos emergenciais vinculados a encargos setoriais.” Para a agência, é preciso discutir com o governo a necessidade de alterar a atualização dos custos da parcela A, que hoje é corrigida pela Selic, para evitar o descasamento entre o valor que as distribuidoras pagam ao tomar recursos do mercado e que o elas recebem atualizado pela taxa básica de juros. De acordo com Eletropaulo, o spread médio das dívidas contraídas em 2015 estaria 3% acima da taxa Selic. (Agência CanalEnergia – 31.05.2016)

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10 Aneel aprova execução de garantias da CEA no A-1

A Aneel aprovou, em 31 de maio, a execução da garantia que foi aportada pela CEA (AP) para participar do leilão A-1 de dezembro de 2015. A garantia foi fixada no valor de R$ 85,2 mil e deve ser executada em razão do atraso na assinatura dos contratos de comercialização de energia. Como informou a CCEE, estão pendentes 57 contratos, que deveriam ter sido assinados pela empresa ou pela Caixa Econômica Federal, escolhida como gestora pela concessionária. A companhia deveria ter assinado os documentos no prazo de até 25 dias úteis após a homologação da concorrência, que aconteceu em 19 de janeiro, porém “até o presente momento as pendências não foram equacionadas”, explicou a Aneel, em relatório. Ainda de acordo com o relatório, a distribuidora foi inscrita no cadastro de inadimplentes da agência devido à falta de pagamento de faturas de vendedores como Eletron, CPFL Brasil, Compass e Cemig. As empresas reportaram o não pagamento à CCEE. O suprimento dos contratos do A-1 de 2015 se iniciou em janeiro deste ano. Segundo condicionantes do edital, a execução de garantia acontece, entre outros fatores, na ausência de assinatura dos contratos de compra e venda (CCEARs) e de constituição de garantias (CCGs). (Agência Brasil Energia – 31.05.2016)

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11 Light recebe nova parcela da CDE para obras olímpicas

A Aneel liberou novos R$ 750,9 mil da CDE para a Light. O valor refere-se à sexta parcela, correspondente a março, para as obras de fornecimento temporário de energia para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. As obras são referentes ao International Broadcast Centre (IBC). A autorização foi publicada em despacho nesta terça-feira (31/5). O orçamento e parcelamento para a concessionária foram aprovados em resolução de janeiro deste ano. Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos acontecem entre 5 e 21 de agosto e 7 e 18 de setembro, respectivamente, no Rio de Janeiro. (Agência Brasil Energia – 31.05.2016)

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Leilões

1 Aneel mantém previsão de realizar 2º fase do leilão de transmissão

O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, afirmou nesta terça-feira que o edital da segunda fase do leilão de transmissão será aprovado na próxima semana, o que mantém previsão de realizar o certame na primeira quinzena de julho. “Estamos refinando os cálculos tanto dos lotes que não foram vendidos naquele leilão [primeira fase] como os novos que entrariam, para ver como calcular a receita”, afirmou Rufino no intervalo da reunião da diretoria. Em sua fala, ele admitiu que os lotes não comercializados na fase inicial podem ser novamente ofertados. Em abril, a Aneel ofereceu 24 lotes de linhas de transmissão. Ao final da disputa, somente 14 dos 24 projetos foram arrematados. Houve um deságio médio de 2,96% sobre a receita máxima dos projetos estabelecida no edital. A aprovação do edital da segunda fase do leilão estava prevista para hoje, mas a diretoria da agência retirou o assunto da pauta da reunião semanal. Rufino explicou que postergação de prazo foi necessária para fazer ajustes na receita dos projetos, com base na discussão técnica que tem travado com o TCU. Na primeira etapa do leilão, o tribunal fez uma série de recomendações que elevou em 11% o valor máximo da receita anual permitida (RAP) dos projetos. Rufino informou que a agência contestou a decisão da corte e teve acatados os argumentos apresentados em recurso. “Não concordávamos que seria uma competência do TCU interferir em questões regulatórias", afirmou Rufino. O diretor da Aneel considera, no entanto, que as discussões com o TCU têm avançado. “A ideia do TCU de propor uma receita mais atrativa, conceitualmente falando, está mais alinhada com o que nós pensamos, pois o que leva à modicidade tarifária [redução de custo para o consumidor] é a competição no leilão”, afirmou. (Valor Econômico – 31.05.2016)

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2 Primeira etapa do leilão de transmissão é homologada

A Aneel homologou, nesta terça-feira (31/5), o resultado da primeira etapa do leilão de transmissão realizada em abril. Foram ao todo 11 empreendedores vencedores, habilitados pela agência desde 16/5, que arremataram 14 lotes de um total de 24 lotes. A fase do megaleilão negociou 3.402 km de linha de transmissão e 7.265 MVA em capacidade de transformação. O deságio médio foi de 2,96% e os empreendimentos demandarão investimentos de R$ 6,9 bi. A soma das Receitas Anuais Permitidas (RAP) foi de R$ 1,3 bi. Entre as empresas homologadas, estão a State Grid e Alupar Investimento, que arremataram dois lotes cada uma, respectivamente, C e O, e lotes I e T. A decisão também contempla o Consórcio Transmissão do Brasil (lote A), WPR Participações (lotes E e M), Consórcio KV-LT (lote F), F3C Empreendimentos (lote L), Transmissora Aliança de Energia (lote P), Consórcio Braferpower (lote Q), Zopone Engenharia (lote S), Consórcio MPE-KV (lote W) e Consórcio Geogroup (lote X). (Agência Brasil Energia – 31.05.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Números dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste estão mantiveram-se inalterados e estão operando com volume de 56,7%. De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico do último dia 30 de maio, a energia armazenada é de 114.985 MW mês e energia natural afluente chega a 35.416 MW med, que equivale a 80% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Furnas está com volume de 76,05% e a de Itumbiara, com 52,33%. Na região Norte, os níveis caíram 0,1% e ficaram em 62,3%. A energia armazenada é de 9.365 MW mês e a ENA é de 2.940 MW med, o mesmo que 36% da MLT. A usina de Tucuruí está com volume de 88,25%. A região Sul registrou crescimento de 0,1%, ficando com volume de 93%. A energia armazenada é de 18.569 MW mês e a ENA, de 14.420 MW med, o correspondente a 118% da MLT. A usina de Barra Grande opera com 87,25% da sua capacidade. No Nordeste, houve recuo de 0,2%, que deixou os reservatórios com 30,2%. A energia armazenada é de 15.684 MW med. Já a ENA é de 1.515 MW med, o mesmo que 24% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho opera com 27,13% do volume armazenado. (Agência CanalEnergia – 31.05.2016)

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2 Mercado brasileiro para armazenamento de energia é de 95 GW, estima Abaque

O mercado brasileiro para sistemas de armazenamento de energia (SAE) está estimado em 95 GW, volume suficiente para atender a carga do país durante uma hora. Esse é o resultado de um levantamento feito pela Abaque e que acaba de ser divulgado. O objetivo do estudo foi apresentar uma visão geral do potencial de negócios em armazenamento de energia no Brasil. Além de mapear o mercado em seus diversos segmentos, o estudo também apresenta as várias tecnologias de armazenamento atualmente disponíveis no mercado global, com os respectivos estágios de maturidade, e as possibilidades de sua aplicação. Segundo Carlos Augusto Leite Brandão, presidente da Abaque e um dos autores do estudo, ainda não é possível precificar o volume de investimentos necessários para desenvolvimento desses 95 GW. "O que poderia dizer é que hoje os custos de bateria em todo o mercado internacional são competitivos com os custos da geração convencional." Ele também explicou que o levantamento apenas identificou o potencial de negócios a nível do uso da tecnologia pelo consumidor final, como na utilização de baterias em substituição a geradores a diesel, suporte para geração distribuidora ou para evitar o consumo da rede no horário de ponta. Dessa forma, o estudo se torna conservador, pois não considerou o potencial de mercado para o uso da tecnologia para manter a qualidade da rede, como controle de frequência ou de tensão da rede (serviços ancilares). Sistemas de armazenamento, em resumo, convertem energia elétrica em outra forma de energia armazenável, durante o processo de carga (química, mecânica, térmica etc.), e a transformam novamente em energia elétrica durante o processo de descarga. Têm, portanto, diversas aplicações em toda a cadeia de valor da energia elétrica, da geração ao consumidor final. Por este motivo, a aplicação dos SAEs é crescente em todo o mundo. Segundo dados compilados pela Abaque, de agosto de 2015, o total instalado era de 185,3 GW. Em março deste ano chegava a 187,3 GW. No Brasil, apenas em 2015 o tema entrou na agenda do setor elétrico. Ainda segundo Brandão, com o avanço da geração distribuída e das fontes variáveis, como solar e eólica, cada vez mais serão necessários sistemas de armazenamento de energia. "Essa penetração do armazenamento veio para ficar... O consumidor vai usar tecnologias mais aprimoradas para ter custo e qualidade." (Agência CanalEnergia – 31.05.2016)

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3 BBCE negocia R$ 45 milhões em contratos no primeiro trimestre

O Balcão Brasileiro de Energia Elétrica (BBCE) negociou 700 mil MWh em contratos de compra e venda no primeiro trimestre do ano. Com as negociações, foram movimentados R$ 45 milhões, por meio de 450 contratos e 4.666 ofertas de produtos. Do total de contratos fechados, cerca de 6% foram de energia incentivada, seja de biomassa ou eólica. Segundo o balcão, dos participantes da plataforma, 60% são comercializadores; 26%, geradores; 4%, consumidores; e 10% se enquadram em outras especificações, como mercado financeiro. (Agência Brasil Energia – 31.05.2016)

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Energias Renováveis

1 Complexo com oito parques eólicos começa a funcionar no Agreste de PE

Começou a funcionar na segunda-feira (30) o complexo eólico "Ventos de São Clemente" no Agreste de Pernambuco. De acordo com a assessoria do governo do estado, o complexo é formado por oito parque eólicos distribuídos nos municípios de Caetés, Venturosa, Pedra e Capoeiras - 126 aerogeradores foram instalados. A inauguração aconteceu do Palácio do Campo das Princesas, no Recife, quando o governador Paulo Câmara acionou - remotamente - um dos aerogeradores. O complexo, junto com o de Santa Brígida, em Caetés, forma a maior potência eólica em funcionamento no estado com capacidade de 216 MW, conforme a assessoria. Segundo a assessoria, 100 famílias da região se tornaram parceiras do projeto devido ao "arrendamento de terrenos para a implantação do complexo". "Esse modelo permite às famílias preservar a propriedade e o uso da terra para suas atividades agrícolas, além de receber mensalmente uma quantia calculada a partir da energia gerada". O governo estima que R$ 2,5 milhões devem ser pagos anualmente aos moradores. “O parque dos Ventos de Santa Brígida, inaugurado ano passado, e o parque de São Clemente, são responsáveis, juntos, por 15% da energia gerada em nosso estado. São 550 mil famílias beneficiadas”, afirmou o governador. O investimento foi de R$ 1,2 bilhão, segundo a assessoria. (G1 – 31.05.2016)

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2 Rio Grande do Norte passa dos 100 parques eólicos em operação

O Rio Grande do Norte chegou a 102 parques eólicos em operação comercial, marca alcançada no último dia 21/5, segundo pesquisa do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne). O volume foi alcançado após entrada em operação das usinas Baixa do Feijão de I a IV (120 MW), da EDP Renováveis. O estado é o primeiro do país em quantidade de projetos, potência instalada e volume de geração eólica. São mais de 1,4 mil aerogeradores em pleno funcionamento na região e capacidade de 2,8 GW. De acordo com os últimos dados da CCEE, a produção no mês de março foi a maior entre os estados, de 855,5 MW me. O segundo lugar na representatividade eólica está com a Bahia. O estado tem 67 parques e 1,6 GW instalados. Em março, foram produzidos 601 MWme na região. (Agência Brasil Energia – 31.05.2016)

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3 Novo recorde de eficiência fotovoltaica: 34,5%

Pesquisadores da UNSW conseguiram fabricar uma célula solar fotovoltaica com eficiência de 34,5% na conversão da luz solar para eletricidade, estabelecendo um novo recorde para a tecnologia. Os cientistas Mark Keevers e Martin Green, do Centro Australiano para Fotovoltaicas Avançadas, conseguiram esse resultado colocando uma célula fotovoltaica de 28 cm² em um prisma, que, basicamente, divide os raios de sol em quatro, tornando o aproveitamento da célula muito maior. Os resultados obtidos pelos pesquisadores foram testados e confirmados pelo Laboratório Nacional de Energias Renováveis dos EUA. O recorde anterior era da empresa Alta Devices, que alcançou uma eficiência de 24% em uma célula maior, de 800 cm². "O que é notável é que este nível de eficiência não era esperado por muitos anos", disse Green. "Um estudo recente da consultoria alemã Agora Energiewende estabeleceu uma meta agressiva de eficiência de 35% em 2050 para um módulo que utiliza a luz solar não concentrada”, comenta o pesquisador. O mini-módulo produzido na UNSW combina uma célula de silício em uma face de um prisma com uma célula de tripla-junção em outra face. Uma célula de tripla-junção combina três diferenetes tipos de semicondutor (o silício é o elemento semicondutor mais usado atualmente para a geração fotovoltaica). A célula usada pelos pesquisadores australianos era um híbrido com três camadas de semicondutores diferentes: Indio-Gálio-fosfeto, Indio-Gálio-Arsenieto e Germânio. A justificativa de usar tecnologias diferentes na mesma célula é que, conforme a luz do sol passa por cada uma das camadas, cada elemento aproveita melhor cada tipo de comprimento onda. Os pesquisadores agora trabalham para aumentar a escala da sua célula, para um tamanho superior a 800 cm². Keevers admite a possibilidade de perder alguma eficiência no processo. De qualquer forma, o nível de aproveitamento de 34,5% já representa dois terços do limite teórico de eficiência para células com quatro semicondutores, que é de 53%. (Agência Brasil Energia – 31.05.2016)

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4 Absolar quer levar modelo de financiamento do BNB para outros bancos do país

A Absolar quer replicar o modelo de financiamento do BNB em outros bancos do país. Na última segunda-feira, 30 de maio, o BNB lançou um novo produto para financiamento de sistemas fotovoltaicos, chamado FNE Sol, que tem como público alvo empresas e produtores rurais da região Nordeste e do norte de MG e do ES. A projeção da Absolar é que a nova linha de financiamento deve resultar em um aumento expressivo nos negócios de microgeração fotovoltaica no Brasil nos próximos anos e, ao mesmo tempo, estimular a geração de milhares de novos empregos de qualidade. "A Absolar está começando um trabalho junto a outros bancos para que a gente possa levar esse modelo de financiamento do BNB para a região Norte e os Estados da região Centro-Oeste e com isso conseguir democratizar o acesso à energia fotovoltaica no Brasil", declarou Rodrigo Lopes Sauaia, presidente da Absolar. Voltada para empresas de comércio, serviços, indústrias, empresas e produtores rurais, cooperativas e associações, a nova linha de financiamento do BNB conta com taxa de juros de 6,5% a 11% ao ano, abaixo da média de mercado, carência de 6 a 12 meses, prazos de até 12 anos e bônus de adimplência de 15% para quem pagar as parcelas em dia. Entre as inovações do novo produto de crédito estão a compatibilidade das parcelas mensais com a economia de energia elétrica gerada pelo cliente e a possibilidade de utilizar o sistema como garantia do empréstimo. Antes, explica Sauaia, o tomador precisa apresentar outras garantias para conseguir um financiamento do sistema. Poder apresentar o próprio sistema solar flexibiliza a tomada de empréstimo. O financiamento pode equivaler a até 100% do valor do sistema solar fotovoltaico. O presidente da Absolar ressaltou a importância da linha de financiamento para o setor. Sauaia reforçou que a entidade vai atuar no sentido de motivar os demais bancos públicos do país a seguir o exemplo do BNB e estruturar linhas de financiamento para as demais regiões, bem como para pessoas físicas. Revelou também que o BNB já estuda a criação de uma linha de crédito para pessoa física também poder financiar seus equipamentos solares. (Agência CanalEnergia – 31.05.2016)

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5 Sebrae-MT terá redução de 30% no consumo com usinas solares

A Weg inaugurou na semana passada duas usinas solares no Centro Sebrae de Sustentabilidade, na sede do órgão do Mato Grosso (Sebrae-MT), na capital Cuiabá. Com o projeto, o centro deverá alcançar redução de 30% no consumo de energia elétrica. Ao todo, são 460 placas fotovoltaicas conectadas em cinco inversores solares. A capacidade total fica em 120 kWp. Todos os equipamentos foram fornecidos pela fabricante, entre módulos, inversores, quadros, sistema de monitoramento, estruturas metálicas e estação meteorológica. A empresa ficou responsável também pelo projeto, instalação eletromecânica e comissionamento das usinas. Sem abrir valores de investimento nem economia, o diretor superintendente da Weg Automoção, Manfred Johann, informou em comunicado que o payback previsto é de seis anos e que todo o excedente gerado será distribuído na rede pela Energisa Mato Grosso, com devido abatimento na conta de luz do órgão. A companhia anunciou, também na semana passada, que irá fornecer sistemas fotovoltaicos para 44 agências da Caixa Econômica Federal. A Weg ganhou licitação feita pelo grupo financeiro, que planeja investimentos de R$ 26 milhões no projeto. As entregas devem acontecer até meados de 2017. O projeto prevê um total de 3.360 kWp. Serão instaladas usinas solares em 42 unidades no estado de São Paulo e duas no Distrito Federal. A iniciativa será coordenada pela Caixa Econômica de Bauru (SP). Além de fornecimento dos equipamentos, a Weg será responsável pelos projetos, engenharia, instalação e manutenção por três anos. É o segundo projeto de fornecimento solar fechado com a Caixa. Em 2013, foram instalados 276 painéis na agência de Vazante (MG). A fabricante informou que espera fechar novas parcerias com o grupo em breve. (Agência Brasil Energia – 31.05.2016)

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6 Etanol 10% mais caro

O preço do etanol hidratado no mercado de curto prazo de São Paulo subiu quase 10% neste mês, de acordo com levantamento do instituto Cepea/Esalq. O valor passou de R$ 1,3369/litro, média registrada na última semana de abril, para R$ 1,4773/litro, entre 23 e 27 de maio. Já o etanol anidro, utilizado na mistura com a gasolina, custou, em média, R$ 1,6183/litro na semana, o que representa um aumento de 4,6% na comparação mensal. Os pesquisadores do Cepea indicaram que as chuvas paralisaram a colheita da safra 2016/17 de cana-de-açúcar em diversas regiões do país. Consequentemente, o processamento e a oferta de etanol no mercado spot de São Paulo recuou na segunda quinzena de maio. (Agência Brasil Energia – 31.05.2016)

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7 UDOP abre ao setor sucroenergético pesquisa sobre eficiência

Pela primeira vez, desde que foi criada em 2011, a Pesquisa Industrial da União dos Produtores de Bioenergia (UDOP) está aberta à participação de todos os agentes que fabricam açúcar e etanol no país e não somente para associados da entidade. Objetivo é ampliar o universo de amostragem para que as empresas que operam usinas e destilarias possam comparar seus dados de rendimento e eficiência com os do mercado produtor em geral. Após processadas, as informações ficarão disponíveis em relatório consolidado que poderá ser acessado online, exclusivamente aos participantes do trabalho, informa Rosângela Bombonato, Coordenadora das Pesquisas UDOP. A comparação pode ser feita por meio de unidades de mesmo porte - de acordo com a moagem - permitindo, com isso, a análise de diversos cenários, explica a especialista. “Vale ressaltar, no entanto, que os dados são sigilosos, e não permitem a identificação das unidades participantes”, lembra. A cada ano o Comitê de Gestão das Pesquisas da UDOP se reúne visando o aperfeiçoamento da ferramenta e inclusão de novos parâmetros. As informações são processadas internamente e os custos são todos bancados com recursos próprios da entidade. As empresas interessadas podem fazer o preenchimento de dados online no Portal da UDOP na internet, até dia 30 de junho próximo, mediante obtenção de login. O resultado deve estar disponível para consulta no final de julho. (Agência Brasil Energia – 31.05.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Carteira de clientes da Bahiagás supera 40 mil residências

A distribuidora Bahiagás chegou a 40 mil clientes conectados no segmento residencial. “O setor residencial está em franca expansão no quadro de usuários de gás natural. Por isso, concentramos investimentos para massificar esse uso nas cidades de Salvador, Lauro de Freitas e Feira de Santana”, de acordo com o diretor-presidente, Luiz Gavazza. O plano da distribuidora é continuar investindo na ramificação da sua rede de distribuição, visando a interiorização do consumo de gás natural, segundo a Bahiagás. Apesar do forte crescimento nas casas, o mercado industrial ainda concentra o maior volume de vendas, com média de 3,4 milhões de m³/dia de gás natural. Na Bahia, 109 indústrias já utilizam o energético, o que levou o estado ao posto de maior consumidor de gás natural, em termos de volume, na matriz energética industrial do país. Com relação ao GNV, a Bahiagás atende à demanda de 62 postos de combustível na Bahia. Além de Salvador, as unidades estão distribuídas por mais 14 municípios: Alagoinhas, Camaçari, Candeias, Catu, Conceição de Jacuípe, Cruz das Almas, Dias D’Ávilla, Feira de Santana, Itaberaba, Itabuna, Pojuca, Santo Antônio de Jesus, Simões Filho e Valença. (Agência Brasil Energia – 31.05.2016)

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2 Arsesp reduz tarifas da GasBrasiliano

A tarifa de gás natural da GasBrasiliano terá uma redução de até 12,2% para as indústrias do noroeste paulista. A decisão da Arsesp reduz, em caráter extraordinário, o preço aplicado pela distribuidora a todos os segmentos de consumo a partir de hoje (31/5). O segmento industrial terá reduções entre 6,6% e 12,2%, dependendo do volume de gás natural consumido. A mesma lógica vale para as classes comercial e residencial, que terão cortes de 4,5% a 5,9% e de 3,4% a 5,9%, respectivamente. Já o preço do GNV praticado aos postos de combustível ficará R$ 0,1268/m³ mais barato, de acordo com a GasBrasiliano, que atende a 30 municípios do estado de São Paulo, com mais de 17 mil clientes e uma rede de 946 km de extensão. Na última semana, a Arsesp também decidiu reduzir as tarifas da Comgás. O reajuste é fruto do alinhamento do custo de gás natural e do repasse de valores acumulados, que seguiram a tendência de queda do preço do petróleo no mercado internacional. (Agência Brasil Energia – 31.05.2016)

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Grandes Consumidores

1 Lucro consolidado da Votorantim mais do que dobra no 1º trimestre

Com o primeiro resultado trimestral de todas as suas operações integradas, a Votorantim S.A. divulgou nesta quarta-feira um lucro líquido consolidado de R$ 144 mi de janeiro a março, 111% acima do ganho de R$ 68 mi obtido no mesmo intervalo de 2015. Em comunicado ao mercado, o grupo informou que as receitas no exterior compensaram parcialmente o impacto da retração da economia brasileira. A receita líquida do grupo, que tem operações em vários países, totalizou R$ 6,7 bi nos três primeiros meses do ano, queda de 6% ante igual período do ano passado, quando alcançou R$ 7,14 bi. “Preparamo--nos para um cenário mais desafiador. Criamos, ao longo do tempo, opções táticas que estamos exercendo na medida do necessário e que nos permitem navegar em mares mais turbulentos”, afirmou, em nota, João Miranda, diretor presidente da Votorantim. “Também mantivemos nossos investimentos, especialmente em projetos que ampliarão nossa capacidade de geração de caixa em moeda estrangeira.” A companhia apresentou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização ajustado de R$ 845 mi no trimestre, que representou retração de 40% na comparação com mesmo período de 2015. Com isso, a margem Ebitda recuou 7,1 pontos percentuais, para 12,6%. De acordo com a empresa, o mercado brasileiro - responsável por 52% da receita líquida - foi impactado pela retração no setor de construção civil e apresentou queda no volume de vendas de cimento e de aços longos. O grupo apontou ainda que outro efeito foi a menor receita com a venda de energia, devido ao preço médio inferior. Todavia, a empresa ressaltou que houve aumento do preço do zinco, em reais, o que minimizou os efeitos negativos do mercado doméstico sobre a receita líquida. Em janeiro, a Votorantim anunciou a suspensão temporária das suas operações de níquel, em razão das condições de mercado. E, em abril, separou o negócio de alumínio, que ganhou operação própria, abrigando o níquel, e a área de zinco e cobre foi organizada em uma nova companhia, a Votorantim Metais Holding, com sede no exterior. (Valor Econômico – 01.06.2016)

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2 Vale conclui venda de fatia de 26,87% na CSA para Thyssenkrupp

A Vale informou nesta segunda-feira a conclusão da venda de sua fatia de 26,87 % da CSA para a Thyssenkrupp. O negócio foi anunciado em abril como parte da iniciativa da mineradora brasileira de simplificação de seu portfolio de ativos, por um "preço simbólico". “Como resultado da conclusão desta transação, os direitos minoritários e outros direitos participativos da Vale nos acordos de acionistas existentes da CSA e outros contratos operacionais entre a Vale e a CSA deixarão de existir, com a exceção do contrato existente de compra e venda de minério de ferro entre ambas as partes”, afirmou a mineradora em comunicado. (O Globo – 31.05.2016)

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Economia Brasileira

1 PIB brasileiro cai 0,3% no 1º trimestre de 2016

O PIB do país teve queda de 0,3% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com os três meses antecedentes, feitos os ajustes sazonais, de acordo com o IBGE. Foi o quinto resultado negativo consecutivo neste tipo de confronto. O desempenho veio melhor que a média apurada pelo Valor Data junto a 21 consultorias e instituições financeiras, que apontava recuo de 0,8% na atividade econômica no período. As projeções variavam de contração de 0,3% a queda de 1,4%. Na comparação com o primeiro trimestre de 2015, o PIB teve queda de 5,4%. O mercado esperava, em média, retração de 5,8%. No lado da oferta, a indústria teve retração de 1,2% no primeiro trimestre, na comparação com o período entre outubro e dezembro de 2015, resultado que veio melhor do que a média das expectativas apurada pelo Valor Data, de queda de 2,1%. Considerando o comparativo com o trimestre inicial de 2015, o PIB industrial cedeu 7,3%. O setor de serviços teve contração de 0,2% de janeiro a março deste calendário. Já a agropecuária caiu 0,3%. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, houve decréscimo de 3,7% em ambos os casos. Pelo lado da demanda, o consumo das famílias diminuiu 1,7% no primeiro trimestre deste ano, perante os três meses anteriores. A estimativa média do Valor Data era de retração de 1%. No confronto com os três primeiros meses de 2015, a baixa foi de 6,3%. A demanda do governo subiu 1,1% de janeiro a março, no comparativo com o trimestre antecedente, ante expectativa de crescimento de 1%. Perante o mesmo intervalo de 2015, o IBGE apontou queda, de 1,4%. Já a FBCF cedeu 2,7% entre janeiro e março, ante outubro a dezembro de 2015. A expectativa era de queda de 3,7%. Ante o trimestre inicial do calendário anterior, o recuo foi de 17,5%. (Valor Econômico – 01.06.2016)

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2 Recuo de 4,7% da economia brasileira em 12 meses é o maior desde 1996

O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2016 caiu 4,7% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores, informou o IBGE. É a maior queda da série histórica do dado, iniciada em 1996. Nesse período, investimento e consumo das famílias também tiveram baixas recordes. A série mostra a rápida deterioração da economia desde o primeiro trimestre de 2015. Naquele período, a taxa acumulada em 12 meses, de queda de 1,2%, foi o primeiro resultado negativo desde o quarto trimestre de 2009. Depois, no segundo e terceiro trimestres, o PIB voltou a ter contração em 12 meses, de 1,7% e 2,5%, respectivamente, encerrando o calendário com queda de 3,8%. O desempenho verificado nos 12 meses até março de 2016 foi consequência da contração de 4% do valor adicionado a preços básicos e do recuo de 8,9% nos impostos sobre produtos líquidos de subsídios, informa o IBGE. O resultado do valor adicionado neste tipo de comparação decorreu dos resultados da agropecuária (-1,0%), da indústria (-6,9%) e dos serviços (-3,2%). Dentre as atividades industriais, houve crescimento apenas em eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (1,4%) . A indústria da transformação caiu 10,5%, seguida pela construção (-7,1%) e pela extrativa mineral (-0,5%). Nos serviços, houve variação positiva apenas em atividades imobiliárias (0,3%). O IBGE apontou contração de 10% no comércio, seguido por transporte, armazenagem e correio (-7,3%), outros serviços (-3,3%), serviços de informação (-2,4%) e intermediação financeira e seguros (-0,4%). Já a administração, educação pública e saúde pública (-0,1%) manteve--se praticamente estável. Sob a ótica da despesa, a formação bruta de capital fixo (-15,9%) e a despesa de consumo das famílias (-5,2%) apresentaram, nessa base de comparação, suas maiores quedas da série histórica iniciada em 1996. Também diminuiu a despesa de consumo do governo (-1,3%). No âmbito do setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 8,3%, enquanto que as importações de bens e serviços caíram 18,3%. (Valor Econômico – 01.06.2016)

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3 Confiança cresce em serviços

Impulsionado por melhora nas expectativas, o ICS da FGV subiu 1,2 ponto, de 69,3 pontos em abril, para 70,5 pontos em maio, o maior nível desde julho de 2015 (71,4 pontos), informou a FGV. É a terceira alta consecutiva. Com isso, o indicador retoma trajetória ascendente na média móvel trimestral, ao avançar 0,6 ponto no mês. A melhora no humor levou à redução na parcela de entrevistados disposta a demitir nos próximos meses. Em maio, 22,1% das empresas informaram corte de vagas nos próximos meses, a menor fatia desde maio de 2015 (20,7%), e inferior à de abril de 2016 (27,9%). Sales levantou dúvidas quanto à sustentabilidade da melhora na confiança, devido a sinais de novas turbulências no cenário político recente. Para ele os empresários do setor estão otimistas com o futuro dos negócios para os próximos meses, devido à troca do governo. A melhora nas expectativas é perceptível no detalhamento da trajetória do ICS de maio, indicador síntese da sondagem de serviços. Sales comentou que, nos dois componentes do ICS, o ISA caiu 0,7 ponto entre abril e maio, enquanto o IE subiu 3 pontos. (Valor Econômico – 01.06.2016)

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4 Preço ao produtor cai menos

O crescimento da demanda chinesa por minério de ferro foi o principal fator para frear a queda do IPP. Em abril, segundo o IBGE, o indicador recuou 0,35%, bem menos que no mês anterior quando houve recuo de 1,2%. A variação do IPP dobrou de 6,56% em março para 13,35%, em abril. "Houve aumento bastante razoável dos preços do setor extrativo, muito em função do minério que está sendo demandado pela China", disse o gerente do IPP, Manuel Campos Souza Neto. A valorização do câmbio ajudou a manter o IPP no campo negativo. De acordo com o IBGE, o dólar caiu 3,7% em abril, após baixa de 6,8% em março. Desde fevereiro, quando caiu 0,63%, o IPP está abaixo de zero. O IPP mede a variação dos preços dos produtos na porta de fábrica, sem impostos e fretes, na indústria de transformação e extrativa. A moeda americana afeta principalmente bens de capital, que aprofundou a retração média dos preços para 1,29%, e de produtos químicos. Derivados de petróleo e biocombustíveis (-1,15%), outros químicos (-2,78%), papel e celulose (-0,86%) e fumo (-3,08%) são itens que refletem a variação cambial e com a queda do dólar puxaram, em abril, o IPP para baixo. No mês, 11 das 24 atividades pesquisadas IBGE tiveram alta. (Valor Econômico – 01.06.2016)

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5 IPC-S termina maio com alta de 0,64%

A inflação medida pelo Índice de IPC-S cedeu de 0,68% para 0,64% da terceira para a última leitura de maio, informa a FGV. Com isso, o IPC-S acumula alta de 4,23%, no ano e de 9,15% nos últimos 12 meses. Da terceira apuração para a leitura final de maio, três das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Saúde e cuidados pessoais (2,16% para 1,36%). (Valor Econômico – 01.06.2016)

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6 Dólar ontem e hoje

Hoje, o dólar comercial marcava R$ 3,6343, com elevação de 0,56%. Na terça-feira, a moeda norte-americana fechou com alta de 0,96%, a R$ 3,6123 na venda. (Valor Econômico e G1 – 01.06.2016 e 31.05.2016)

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Internacional

1 Pampa Energia vai explorar gás na Patagônia

A Pampa Energia, empresa que ficou com os ativos que a Petrobras vendeu na Argentina, a petrolífera estatal argentina YPF e a própria estatal brasileira se juntaram num grande projeto de exploração de gás em Río Neuquén, na região da Patagônia. Cada uma investirá em torno de US$ 150 mi, segundo informações da Pampa Energia, para explorar o gás não convencional chamado "tight gas", encontrado em formações pouco permeáveis. Para que essa associação fosse possível, depois de fechar negócio com a Petrobras, a Pampa organizou um peculiar jogo de troca de ativos. A empresa argentina vendeu à YPF e à Petrobras uma parte do que comprou da empresa brasileira. Em comunicado, a Pampa esclareceu que, com o objetivo de desenvolver rapidamente a região, decidiu associar--se à YPF e Petrobras e, assim, vendeu um terço da área Río Neuquén a cada uma. "São duas das empresas de maior prestígio e experiência", destaca a nota. Ao mesmo tempo, a companhia refutou informações, que circularam no Brasil e na Argentina, dando conta de que a Pampa teria intenções de continuar a vender os ativos adquiridos da Petrobras. Segundo porta- voz da empresa, a exploração de gás em Río Neuquén é um caso específico, voltado a um projeto que demanda alto investimento. Daí a associação das três. No mesmo comunicado, a empresa também esclarece outro ponto que teria provocado a especulação. A legislação argentina proíbe que uma empresa produtora de gás detenha o controle do transporte do produto. Por isso, ao comprar a parte da Petrobras na Transportadora de Gas del Sur (TGS), a Pampa viu-se obrigada a colocar sua parte à venda (25,5%). A YPF informou que fechou com a Pampa um acordo por meio do qual a Petrobras Argentina cede à YPF participação nas concessões de exploração na região de Neuquén, onde há grande potencial de exploração de gás tipo "thight" e de xisto. Para isso, segundo a empresa petrolífera, a YPF concedeu à Pampa empréstimo de US$ 140 mi. Interessada na exploração de gás não convencional, a Petrobras decidiu não se desfazer totalmente dos ativos que tinha na Argentina. Por isso, ficou com um terço da concessão de Rio Neuquén. Os demais ativos que a Petrobras tinha na Argentina foram vendidos à Pampa por US$ 892 mi. O pacote abrange áreas de exploração de petróleo, uma refinaria em Bahía Blanca, ao sul do país, uma rede de estações de serviço, uma central térmica e unidades de produção petroquímicas, além da participação na transportadora de gás. (Valor Econômico – 01.06.2016)

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2 Pampa Energia prepara unificação dos ativos

A Pampa Energia prepara-se, agora, para unificar os ativos, o que envolve, principalmente, a mudança visual dos postos de serviços. Segundo a empresa, essa mudança será concluída em 18 meses. Depois de fechar acordo com a Petrobras, no início de maio, o presidente e proprietário da Pampa, Marcelo Mindlin, reuniu--se com o presidente da Argentina, Mauricio Macri, para anunciar os projetos no setor, principalmente à associação das três empresas para investir na exploração de gás na Patagônia. A Pampa Energia faz parte de um grande conglomerado da área de geração e distribuição de energia. Sob controle do grupo está a Edenor, uma das principais distribuidoras de energia da Argentina, que ganhou perspectivas de expansão com a mudança de governo no país. Uma das primeiras decisões de Macri foi começar a reduzir os subsídios em tarifas públicas, uma das marcas do populismo implantado durante o ciclo kirchnerista e que retardou investimentos no setor. (Valor Econômico – 01.06.2016)

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3 Recursos contra aumento do gás já alcançam grande parte da Argentina

Já não são apenas pedidos, mas também ordens judiciais que tomaram o lugar das reclamações dos usuários contra o aumento das tarifas do gás. Desde que o Ente Nacional Regulador del Gas (Enargas) aumentou as tarifas, houve pedidos judiciais em cascata, em especial nas cidades do Sul. O Ministério de Energia respondeu a todas liminares apresentadas. Junto às respostas formuladas para o gás, agora devem ser adicionadas as da conta de luz: ontem a justiça de La Plata suspendeu um aumento para todas as distribuidoras que abastecem a província de Buenos Aires. (Clarín – Argentina – 01.06.2016)

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4 Volkswagen investirá bilhões em fábrica de baterias

O Grupo Volkswagen está determinado a deixar para trás o escândalo da fraude nos testes de emissões em seus motores a diesel, mudando radicalmente o foco para a energia elétrica. De acordo com um jornal alemão, o grupo está prestes a investir bilhões de euros na construção de uma fábrica de baterias. A planta permitirá que a fabricante de automóveis opere de forma independente de empresas asiáticas como Samsung, LG e Panasonic, que hoje dominam o mercado de baterias, e ajudará a empresa a se lançar em uma nova fase e melhorar sua imagem. A ideia é que ela forneça bateria para cerca de 20 modelos elétricos que a VW deve lançar até o fim da década. Não se sabe onde essa fábrica será instalada, mas na Europa a legislação ambiental restritiva não deixa muitas opções à marca. A Tesla Motors, por exemplo, ergueu sua fábrica em Nevada (EUA), em parceria com a Panasonic. (O Estado de São Paulo – 31.05.2016)

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5 Suzlon reverte prejuízo e lucra US$ 72 mi

A fabricante indiana de turbinas eólicas Suzlon teve lucro líquido de US$ 72 milhões no ano fiscal 2015/16, finalizado em 31 de março, ante um prejuízo da ordem de US$ 1,4 bilhão no período anterior. Já a receita cresceu 69% na comparação anual, chegando a US$ 1,23 bilhão. O Ebitda da companhia passou de US$ 24,8 milhões negativos para US$ 193 milhões positivos. O diretor Financeiro da Suzlon, Kirti Vagadia, afirmou que a empresa reverteu o prejuízo buscando a rentabilidade das operações, com custos menores e produtividade maior. As ações aplicadas incluíram corte do capital de giro, otimização do perfil de vencimento de dívida e manutenção da liquidez. Em relação à carteira de pedidos, foram encomendados 1.243 MW no ano fiscal 2015/16, o que representa cerca de US$ 1,19 bilhão. "A quantidade de MWs comissionados aumentou mais de 100% e vamos manter o crescimento com foco na execução", segundo o diretor-presidente da empresa, Tulsi Tanti. A participação da Suzlon no mercado doméstico passou de 19% para 26% nesse ano. Ainda de acordo com o diretor-presidente da empresa, o mercado indiano é esperado um crescimento de 30% no ano fiscal de 2016/17. (Agência Brasil Energia – 31.05.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo Mattos, Gustavo Batista, Livia Moreira, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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