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IFE: nº 4.101 - 31 de maio de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
1 Aneel: bandeira tarifária permanecerá na cor verde em junho
2 Barroso sucede Tolmasquim na EPE
3 Agentes aprovam nova presidência da EPE
4 Projeto de lei que muda a repartição do ICMS tem alta chance de aprovação
5 Comissão de Minas e Energia aprova incentivos à iluminação pública em municípios menores
6 BNB lança linha exclusiva para microGD
Empresas
1
Energia elétrica é o segundo setor com maior volume de dívida, aponta Economática
2 PMDB comandará estatais do setor elétrico
3 Novo presidente da Eletrobras será indicado pelo PMDB
4 PMDB do Rio faz pressão pelo controle de Furnas
5 PSB vai assumir a presidência da Chesf
6 Próximo presidente de Itaipu deve ser Rodrigo Rocha Loures
7 Cemig investirá R$ 5,2 bi em distribuição até 2020
8 Cemig autoriza mudança em acordo de acionistas na Parati
9 CPFL Paulista investe R$ 9,2 mi em rede elétrica de Campinas
10 Tractebel terá novo diretor-presidente depois de 17 ano
11 Ursula Vieira assume gerência comercial do Grupo Delta Energia
12 Ampla interrompe fornecimento de energia em Niterói e São Gonçalo, RJ
13 Prefeitura de Cabo Frio têm luz cortada por falta de pagamento, diz Ampla
Leilões
1
Segunda fase do leilão de transmissão sai da pauta de reunião da Aneel
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Reservatórios do Nordeste operam com 30,4% da capacidade
2 CCEE: consumo cai 0,3% em maio
3 Energia em queda
4 EPE: consumo de eletricidade cresce 1,4% em abril
5 Retorno ao despacho por ordem de mérito deve elevar PLD
6 Alteração na operação do sistema
7 CCEE vê PLD mais elevado em julho e agosto no Sudeste
Meio
Ambiente
1
Construção de Belo Monte afeta a vida de comunidades no sudoeste do Pará
2 Danos ao meio ambiente
3 Rastro de destruição
Energias Renováveis
1
Casa dos Ventos inaugura complexo com sete meses de antecedência
2 Francesa Albioma cria joint venture de cogeração na Vale do Paraná
3 Produção de biodiesel 70 milhões de litros menor
Gás e
Termelétricas
1 Partida de térmicas deve mudar em junho
2 Estabelecido CVU para UTE Araguaia
Economia Brasileira
1 Governo central registra superávit primário de R$ 9,751 bi em abril
2 Mercado vê contração menor do PIB e inflação em alta neste ano
3 CNI: Confiança do consumidor vai ao maior nível desde janeiro de 2015
4 Taxa de desemprego sobe para 11,2% no trimestre até abril, nota IBGE
5 Mercado de trabalho perde 1,5 milhão de empregados com carteira
6 Confiança da indústria avança em maio, com melhora das expectativas
7 Dólar ontem e hoje
Internacional
1 Consultoria aponta incertezas no mercado eólico da América Latina após 2018
2 Energia renovável cresce no mundo e estimula geração de empregos no setor
3 Dobrar cota de energia renovável salvaria 4 milhões de vidas
Regulação e Reestruturação do Setor
1 Aneel: bandeira tarifária permanecerá na cor verde em junho
A Aneel definiu em 31 de maio que a bandeira tarifária permanecerá na cor verde em junho, o que significa que os consumidores não terão cobrança extra em suas contas de luz. Desde abril, a bandeira está no nível verde, por conta da melhor condição dos reservatórios das hidrelétricas, da queda do consumo com a recessão da economia e com a entrada em operação de novas usinas. A cobrança pelo sistema de bandeiras tarifárias está em vigor desde o ano passado. Atualmente, na condição amarela, a conta seria acrescida em R$ 1,50 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. Esse valor sobe a R$ 3,00 quando vigorar a bandeira vermelha no patamar 1 e a R$ 4,50 no patamar. Amanhã, deve ocorrer a primeira reunião do CMSE no governo Michel Temer. É o CMSE que define o acionamento ou desligamento de usinas termelétricas mais caras, quando necessário, o que acaba indicando o nível das bandeiras tarifárias. (O Globo - 31.05.2016)
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2 Barroso sucede Tolmasquim na EPE
O matemático Luiz Augusto Barroso, sócio-diretor da PSR Consultoria em Energia, assumirá o comando da EPE. Barroso substituirá Maurício Tolmasquim. Barroso terá a missão de planejar leilões de energia, mas ganhará outras funções. A ideia é que ele participe dos projetos de pesquisa e desenvolvimento da Aneel e tenha voz no Cepel. Aos 40 anos, Barroso é jovem para os padrões do setor elétrico, mas é considerado experiente especialista no mercado de energia. Tendo liderado estudos em cerca de 30 países sobre economia da energia, planejamento energético, valoração de ativos, entre outros temas, ele é praticamente unanimidade entre executivos do mercado, acadêmicos e outros especialistas do setor. Com mestrado e doutorado em pesquisa operacional, Barroso atuou por 18 anos na PSR e é considerado o braço direito de Mario Veiga, diretor-presidente da consultoria. Barroso também é conhecido pelo ótimo relacionamento com todas as esferas do setor. Em 2010, recebeu o prêmio "IEEE PES Outstanding Young Engineer Award", que reconhece profissionais de até 35 anos por suas contribuições destacadas na liderança de atividades técnicas, concedido pela IEEE PES. E, desde março de 2016, faz parte do conselho editorial da revista científica "International Journal of Electrical Power & Energy Systems". Junto com a indicação do ex-diretor da Aneel Paulo Pedrosa para a secretaria-executiva do MME, a escolha pelo nome de Barroso foi muito bem recebida pelo mercado de energia. Em comunicado, o ministério informou ainda que Eduardo Azevedo assumirá a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do ministério e que Fabio Alves será o titular na Secretaria de Energia Elétrica. A Secretaria de Geologia e Mineração, por sua vez, será comandada por Vicente Lôbo. (Valor Econômico – 31.05.2016)
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3 Agentes aprovam nova presidência da EPE
Para Mario Veiga, presidente da PSR, Barroso combina quatro atributos valiosos para o cargo: formação acadêmica de alto nível; grande experiência na realização e coordenação de estudos de planejamento de geração, transmissão, geração distribuída e fontes renováveis; conhecimento em primeira mão dos desafios dos investidores e, talvez o mais importante, ter plena consciência da importância da troca de ideias com a inteligência coletiva do setor, incluindo empresas, agências do governo e centros de pensamento. Para Reginaldo Medeiros, presidente da Abrace, poucas pessoas “são tão habilitadas” para o cargo como Barroso. "Considerando a experiência que ele tem, certamente fará um excelente trabalho na EPE", disse. Para Medeiros, Barroso tem como desafio aperfeiçoar o modelo de contratação dos leilões de geração, de modo a inserir a demanda do Ambiente de Contratação Livre na oferta dos certames. Mario Menel, presidente Abiape e do Fórum das Associações do Setor Elétrico, classificou Barroso como um técnico renomado e brilhante. A presidente da ABEEólica, Elbia Gannoum, disse que a nomeação de Barroso está em linha com o que o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, havia prometido para o setor, que haveria indicações de técnicos do setor para os cargos estratégicos de sua pasta. (Agência CanalEnergia – 30.05.2016)
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4 Projeto de lei que muda a repartição do ICMS tem alta chance de aprovação
O projeto de lei que muda a repartição do ICMS referente à produção de energia tem alta chance de aprovação nos próximos 180 dias, segundo levantamento do grupo Cebrap/Ello para o Valor Política. Além dele, há oito projetos de lei com impacto econômico pautados pela Câmara dos Deputados e pelo Senado com alta ou muito alta probabilidade de aprovação em seis meses, de acordo com o Cebrap/Ello. Ao todo, 58 projetos estão na lista desta semana. A projeção sobre o potencial de estas propostas virarem leis é feita com base em um modelo estatístico que considera o histórico de votações do Legislativo desde 1988. Os deputados apreciam três itens com alta probabilidade de aprovação, entre eles o PLP 163/2015, que altera a forma de cálculo do valor da energia elétrica produzida em usinas, para fins de repartição do ICMS. A proposta compensa os municípios que sediam usinas hidrelétricas e que perderam receita com a queda do preço da energia devido as mudanças no setor elétrico em 2013, ao propor que a quota -parte de ICMS destas cidades corresponderá à quantidade de energia produzida multiplicada pelo preço médio da energia hidráulica comprada das geradoras pelas distribuidoras. Os outros dois projetos na Câmara são a MP 715/2016, que abre crédito de R$ 316 mi para o Fundo de Garantia--Safra, e o PL 3796/2004, que institui a Política Nacional de Orientação, Combate e Controle dos Efeitos Danosos da Exposição ao Sol. No Senado, está a proposta com mais alta chance de aprovação: é a Medida Provisória 712/2016, que define ações para o controle de doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti. Ela cria um programa de desoneração do Imposto de Renda para pessoas físicas e jurídicas que doarem recursos para combater o vírus. Os senadores analisam ainda, com alta chance de aprovação, a MP que promove alterações no setor elétrico, com benefícios para empresas Eletrobras do Norte; a PEC que altera o regime de pagamento de precatórios; o projeto de resolução que estabelece um teto para a dívida consolidada da União; o projeto que aumenta o prazo permitido para contratos de prestação de serviços entre empresas; e a MP que federaliza trechos de rodovias federais transferidos aos Estados pela União. (Valor Econômico – 31.05.2016)
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5 Comissão de Minas e Energia aprova incentivos à iluminação pública em municípios menores
Aprovada na CME da Câmara proposta da deputada goiana Magda Mofatto (PR), que autoriza municípios a receber incentivos para trocar lâmpadas de iluminação pública por modelos mais eficientes. Atualmente, a Lei (9.991/00) já obriga as concessionárias de energia a investir parte da receita líquida anual em programas de eficiência energética. Cabe à Aneel, definir as diretrizes desses investimentos. Segundo o texto, os municípios interessados em renovar os sistemas de iluminação pública passam a receber recursos da Aneel para contratar técnicos e advogados que possam ajudar na elaboração de planos de eficiência energética. O relator, deputado fluminense Fernando Jordão (PMDB), alterou o texto original para restringir o alcance da medida aos municípios com até duzentos mil habitantes. O deputado paulista Herculano Passos (PSD), que preside a Frente Parlamentar de Municípios e Prefeitos, destacou que a escassez de recursos já dificulta a manutenção da infraestrutura de iluminação pública existente, e restringe ainda mais a possibilidade de melhorias. "Melhora a segurança dos municípios através de uma iluminação melhor e diminui a despesa, muitos projetos são de LED, por exemplo, que a implantação é cara, mas com o passar do tempo fica mais econômico e com eficiência melhor", afirmou o deputado. (Agência CanalEnergia – 30.05.2016)
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6 BNB lança linha exclusiva para microGD
O BNB lança, nesta segunda-feira (30/5), linha de financiamento exclusiva para mini e microgeração de energia, chamada de FNE Sol. A nova linha, que contemplará pessoas físicas e jurídicas, utiliza recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste e tem prazo de pagamento de até 12 anos, com até um ano de carência. O investimento pode ser financiado em até 100% e há bônus de adimplência de 15%. A instituição sugere que a economia na conta de energia poderá ser usada para pagar as parcelas do financiamento. Os empréstimos podem ser usados para sistemas completos, incluindo geradores de energia, inversores, materiais auxiliares e instalação O presidente do BNB, Marcos Holanda, apresentará o produto para especialistas do setor e empresários hoje, às 15h, na sede do banco, em Fortaleza (CE). O evento de lançamento terá a presença da Absolar e do Sindienergia). (Agência Brasil Energia – 30.05.2016)
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Empresas
1 Energia elétrica é o segundo setor com maior volume de dívida, aponta Economática
O setor de energia elétrica é o segundo com maior volume de dívida, perdendo apenas para o segmento de Petróleo e Gás, segundo a Economática. A dívida bruta total do setor elétrico alcançou, em março de 2016, R$ 174,486 bi, ante R$ 169,250 bi do mesmo mês de 2015, crescimento de 3,9%. No setor de Petróleo e Gás, a dívida chega a R$ 455,086 bi, 12,29% superior aos R$ 405,266 bi apresentados em março de 2015. Entre as 20 empresas com maior dívida bruta em março de 2016, três são do setor elétrico: Eletrobras, CPFL Energia e Cemig. A dívida da Eletrobras, que aparece na quinta posição, era de R$ 46,861 bi em março de 2016, segundo a Economática. A CPFL Energia, que fica na nona posição, tem uma dívida bruta de R$ 20,434 bi, enquanto a Cemig, que figura na 12ª posição, apresenta dívidas que somam R$ 15,3 bi. A Petrobras é a empresa mais endividada entre as empresas de capital aberto brasileiras ao alcançar, em março deste ano, uma dívida de R$ 450 bi. Em março de 2011, de acordo com a Economática, a estatal tinha uma dívida de R$ 129 bi. A Economática apontou ainda que a dívida total bruta das 265 empresas de capital aberto do país teve queda pelo segundo trimestre consecutivo. No primeiro trimestre de 2016, o estoque total era de R$ 1,31 tri contra R$ 1,42 tri no terceiro trimestre de 2015, quando o estoque total atingiu o maior valor consolidado. O crescimento da dívida dessas companhias desde março de 2011 até março de 2016 foi de 129,5%. A dívida da amostra em março de 2011 era de R$ 574 bi. (Agência CanalEnergia – 30.05.2016)
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2 PMDB comandará estatais do setor elétrico
Sem o PT no governo para dividir o comando das estatais do setor elétrico, o PMDB vai assumir a presidência das principais empresas do setor. A maior delas, a Eletrobras, será mantida nas mãos do PMDB do Senado. O critério adotado na Petrobras, para onde foi escolhido um executivo reconhecido pelo mercado, Pedro Parente, não deverá ser a regra. Na Petrobras, o presidente interino, Michel Temer, disse que não seriam aceitas indicações políticas para a diretoria. No sistema elétrico, porém, será diferente. “Não necessariamente. Estamos avaliando todas as alternativas. Mas a escolha será feita tendo como base a competência e a qualificação”, afirmou um integrante do time de Michel Temer, ao negar a existência de veto às indicações políticas. (O Globo – 30.05.2016)
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3 Novo presidente da Eletrobras será indicado pelo PMDB
O atual presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, nomeado pelo ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão, e que tem o aval do ex-presidente da República José Sarney, deverá ser substituído. O novo presidente também será indicado pelo PMDB do Senado, e terá como padrinhos o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e o líder Eunício Oliveira (CE). A indicação de Renan está sendo mantida em sigilo. Uma de suas tarefas é sanear a empresa, que teve um prejuízo de R$ 14,4 bilhões no ano passado, acumula uma dívida de mais de R$ 40 bilhões e está com suas ações em negociação na Bolsa de Nova York. A estatal tem participação ou controle acionário de dezenas de empresas de geração e transmissão de energia, entre as quais as usinas de Belo Monte (49,98% do total das ações), Jirau (40%) e Santo Antônio (39%). (O Globo – 30.05.2016)
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4 PMDB do Rio faz pressão pelo controle de Furnas
O PMDB do Rio quer retomar o controle de Furnas. O presidente local da legenda, o deputado estadual Jorge Picciani, está fazendo as gestões. Entre os ex-presidentes da empresa escolhidos pelo PMDB fluminense estão Luiz Paulo Conde (2007/2008) e Carlos Nadalutti Filho (2008/2011). Este último caiu sob a alegação de que era indicado pelo presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. O presidente atual, Flávio Decat de Moura, nomeado em 2011, também teria o aval de Edison Lobão e José Sarney, embora nos bastidores diga-se que eles apenas apadrinharam uma pessoa escolhida pela própria Dilma. (O Globo – 30.05.2016)
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5 PSB vai assumir a presidência da Chesf
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, também será contemplado [na divisão de comando das estatais do setor elétrico]. Seu partido, o PSB, vai assumir a presidência da Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco). Esse cargo era ocupado por indicações dos socialistas desde a posse do ex-presidente Lula, em 2003. Mas, com a candidatura presidencial de Eduardo Campos, em 2014, a presidente afastada, Dilma Rousseff, nomeou para o cargo José Carlos de Miranda Farias, indicado pelo PP de Pernambuco. (O Globo – 30.05.2016)
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6 Próximo presidente de Itaipu deve ser Rodrigo Rocha Loures
A empresa Binacional Itaipu, que é presidida desde 2003 pelo petista Jorge Samek, também mudará de mãos. Ele já botou o cargo à disposição, embora seu mandato não se encerre agora, e só está esperando para fazer a transição. O próximo presidente, indicado pelo PMDB do Paraná, deve ser Rodrigo Rocha Loures, ex-presidente da Federação das Indústrias do Paraná (2203/2011) e atual vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O empresário é pai de um dos assessores de Michel Temer, o ex-deputado Rocha Loures. Apesar disso, uma ala do PMDB paranaense defende a escolha do atual vicepresidente de Agronegócio do Banco do Brasil, Osmar Dias. A nomeação teria como objetivo preparar sua candidatura ao governo do Paraná em 2018. “Conhecer o setor não é um critério absoluto. Tem que ter capacidade gerencial. O Fernando Henrique era economista? E deu no que deu (Plano Real). O Osmar Dias virou referência no agronegócio”, comenta um assessor de Temer. O DEM também resolveu disputar o cargo, e está indicando o ex-deputado Abelardo Lupion, presidente da Companhia de Habitação do Paraná, que tem como avalista o governador Beto Richa (PSDB). (O Globo – 30.05.2016)
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7 Cemig investirá R$ 5,2 bi em distribuição até 2020
A Cemig pretende investir R$ 5,18 bi no sistema elétrico de distribuição no período de 2016 a 2020. O objetivo é atender ao crescimento do mercado, uma vez que a previsão da concessionária mineira é um aumento de 11% no volume de energia elétrica distribuído até 2020, chegando a 29,3 TWh para consumidores cativos e 17,2 TWh para livres. Já o braço de geração e transmissão da holding calcula R$ 4,99 bi de investimentos, sendo R$ 864 mi para geração de energia e R$ 636 mi para transmissão. Esse valor também inclui R$ 1,19 bi de aportes para as empresas Madeira Energia, Amazônia Energia, Aliança Norte, Itaocara, Renova, Guanhães e Retiro Baixo — nas quais a Cemig detém participação societária. Os R$ 2,3 bi restantes são referentes à compra do lote D no leilão de usinas existentes, realizado pela Aneel em novembro do ano passado. O lote é formado por 18 UHEs, sendo, a maior parte, ativos que já eram da mineira, e outros cinco empreendimentos de pequeno porte que eram de Furnas, que totalizam 22,3 MW, mas que a estatal não quis manter em seu portfólio em 2012, quando as concessões foram renovadas. Uma das premissas da Cemig GT para os próximos quatro anos é a criação de sete SPEs para operar as usinas do lote D. Com relação ao mercado de geração de energia da empresa como um todo, a estimativa é um crescimento de 1,7% ao ano no período. Além disso, o resultado financeiro “não considera recebimento de indenização das usinas com concessões vencidas”, segundo a Cemig. (Agência Brasil Energia – 30.05.2016)
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8 Cemig autoriza mudança em acordo de acionistas na Parati
A Cemig publicou um fato relevante nesta segunda-feira, 30 de maio, onde informa que assembleia geral ordinária realizada na última sexta-feira, 27 de maio, rerratificou a deliberação da AGE de março de 2011, para que a opção de venda pela Cemig ao FIP Redentor, possa ser exercida não somente por este e sim por qualquer pessoa que se torne acionista direto da Parati, mas não se limitando aos cotistas suas afiliadas ao FIP Redentor, que passará a ser titular da opção de venda e/ou direitos recorrentes, com relação às ações de emissão da Parati, de sua titularidade. A Parati é uma empresa constituída pela sociedade entre a estatal mineira e o FIP Redentor, que é um fundo formado por um conjunto dos bancos Votorantim, Santander, BT Pactual e Banco do Brasil. As duas empresas possuem participação indireta na Light. A Cemig tem, atualmente, 26,06% de participação direta no capital da distribuidora fluminense. Indiretamente ainda tem participação por meio da Luce, onde a Parati tem parte do capital. (Agência CanalEnergia – 30.05.2016)
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9 CPFL Paulista investe R$ 9,2 mi em rede elétrica de Campinas
No primeiro trimestre deste ano, a CPFL Paulista investiu R$ 9,2 mi em obras de expansão do sistema elétrico e manutenção na cidade de Campinas. Os projetos tornaram o sistema elétrico local mais robusto, seguro e confiável, e melhoraram o nível de conforto para os seus 483,7 mil consumidores no município. Uma parte dos recursos foi utilizada no atendimento das necessidades de clientes, totalizando R$ 2,7 mi. R$ 807, 8 mil foram para a instalação de medidores de baixa tensão, em função da expansão do número de clientes residenciais e comerciais. A CPFL Paulista ainda investiu R$ 3,8 mi na manutenção e melhoramento do seu sistema elétrico. A companhia destinou R$ 2,3 mi na manutenção de subestações e R$ 398 mil na substituição de transformadores avariados. As melhorias na rede elétrica receberam R$ 717,7 mil. O investimento em Campinas é parte dos R$ 101 mi investidos no primeiro trimestre de 2016 na área de concessão da CPFL Paulista, composta por 234 cidades no interior do Estado de São Paulo. O presidente da CPFL Paulista, Carlos Zamboni Neto, afirma que "entramos em uma época do ano mais propícia à conclusão de obras em rede elétrica, uma vez que esta estação tende a ser mais seca e com menor número de ocorrência de temporais." (Agência CanalEnergia – 30.05.2016)
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10 Tractebel terá novo diretor-presidente depois de 17 ano
O diretor presidente da Tractebel Energia Manoel Zaroni, deixará o comando da empresa no fim de junho. O substituto será escolhido nesta terça--feira, em reunião do conselho de administração da companhia. A mudança faz parte do plano de sucessão interno da Tractebel e já vinha sendo discutida há dois anos. Zaroni e seu sucessor farão um trabalho de transição durante o mês de junho. Com 67 anos de idade e 43 de experiência no setor elétrico, Zaroni assumiu a presidência da Tractebel, em 1999, meses depois da aquisição dos ativos de geração da Eletrosul, em processo de privatização da empresa na época, durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Sob a gestão de Zaroni, o parque gerador da Tractebel cresceu 89%, de 3.719 MW para 7.044 MW. Considerando os projetos ainda em construção, esse número aumenta para 7.838 MW. No mesmo período, foram investidos R$ 8,3 bi em projetos "greenfield" e R$ 6,3 bi em aquisições no setor. O valor de mercado da companhia também cresceu de R$ 800 mi, em 1999, para algo entre R$ 22 bi e R$ 25 bi, atualmente. A Tractebel Energia é a maior elétrica brasileira, em valor de mercado. Em 2007, o lucro da empresa ultrapassou a marca de R$ 1 bi pela primeira vez. E, entre 2010 e 2014, o lucro acumulado superou os R$ 7 bi. "Minha vida aqui foi uma entrega. Tive dedicação extrema a essa empresa nesses 17 anos", disse Zaroni. Assim como Ferreira Jr., Zaroni também pretende seguir carreira em conselhos de administração de empresas. Ele deverá continuar no conselho da Tractebel e da ESBR. Zaroni também é integrante do conselho de administração da Eternit. Questionado sobre o cenário elétrico atual, Zaroni reforça o coro daqueles que defendem uma revisão do modelo regulatório atual, implementado em 2004. Entre as sugestões dele, estão a mudança na regra para evitar que obras de UHEs sejam afetadas por atrasos no licenciamento ambiental e a necessidade de sincronia entre os cronogramas das obras de geração e transmissão. "A regulação nossa é punitiva e ela deveria ser por incentivo", disse. "Temos um consumo per capta muito baixo no Brasil. Qualquer crescimento do PIB aumenta muito o consumo de energia e precisamos fazer usinas, linhas de transmissão e de distribuição. Precisamos criar incentivo para isso. Outra coisa é como resolver o descasamento da transmissão com usinas", completou. (Valor Econômico – 31.05.2016)
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11 Ursula Vieira assume gerência comercial do Grupo Delta Energia
O Grupo Delta Energia anunciou nesta segunda-feira (30/5) Ursula Vieira como nova gerente comercial. Antes de assumir o cargo, atuou por mais de oito anos em diferentes áreas do banco BTG Pactual. A executiva é formada em economia pela UFRJ. Segundo a Delta, em comunicado, a contratação de Ursula Vieira “faz parte da estratégia de reestruturação da área comercial do grupo para acompanhar o atual ritmo de crescimento do mercado livre de energia”. (Agência Brasil Energia – 03.05.2016)
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12 Ampla interrompe fornecimento de energia em Niterói e São Gonçalo, RJ
Estão previstos cortes de energia para Niterói e São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, neste domingo (29) e nesta segunda-feira (30). De acordo com a concessionária de energia Ampla, a interrupção do serviço deve durar de seis a sete horas. Segundo a Ampla, o corte é necessário para manutenção e obras na rede elétrica dos municípios. Em Niterói, a interrupção ocorre neste domingo em ruas dos seguintes bairros: Icaraí, Santa Rosa e Boa Viagem. Já em São Gonçalo, os cortes ocorrerão também na segunda-feira nos bairros de Alcântara, Zé Garoto, Mutondo, Pacheco, Covanca, Barro Vermelho, Pita e Santa Izabel. (G1 – 29.05.2016)
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13 Prefeitura de Cabo Frio têm luz cortada por falta de pagamento, diz Ampla
A Prefeitura de Cabo Frio, Região dos Lagos do Rio, amanheceu sem luz nesta segunda-feira (30). Outras 23 unidades do município onde funcionam serviços públicos também estão sem energia elétrica, segundo a Ampla, concessionária responsável pelo fornecimento, por falta de pagamento. O governo municipal afirmou, no início da manhã, que desconhecia os motivos pelos quais os locais estavam sem luz. De acordo com a Prefeitura, representantes da Secretaria de Fazenda foram até a administradora de energia elétrica da cidade para saber se a luz realmente tinha sido cortada e para tentar o restabelecimento do serviço. Por meio de nota, a Ampla informou que a empresa somente tomou a decisão de interromper o abastecimento de energia após tentar negociar o débito em várias ocasiões. "Vale ressaltar que a distribuidora preservou o fornecimento de energia aos serviços essenciais, como iluminação pública, hospitais, escolas, corpo de bombeiros e vias públicas", afirma a nota. (G1 – 30.05.2016)
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Leilões
1 Segunda fase do leilão de transmissão sai da pauta de reunião da Aneel
A diretoria da Aneel retirou da pauta da reunião de terça-feira a aprovação do edital da segunda etapa do leilão de transmissão programada para o início de julho. Com isso, deve ser confirmado o adiamento do certame, conforme já vinha sendo considerado por representantes do setor elétrico. De praxe, a diretoria da Aneel aprova os editais de licitação com um mês de antecedência. Na reunião de amanhã, o edital constava como o terceiro item da pauta. (Valor Econômico – 30.05.2016)
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Oferta e Demanda de Energia
Elétrica
1 Reservatórios do Nordeste operam com 30,4% da capacidade
Os reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste registraram aumento de 0,1%, que deixou o volume em 56,8%. De acordo com dados do ONS referentes ao último dia 29 de maio, a energia armazenada é de 115.127 MW mês e a ENA é de 33.745 MW med, que equivale a 80% da MLT. A usina de Furnas opera com 76,12% e a de Nova Ponte, com 40,07%. Na região Nordeste, os reservatórios estão operando com volume de 30,4%, Houve recuo de 0,1% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 15.725 MW mês e a energia natural afluente é de 1.517 MW med, que é o mesmo que 24% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Sobradinho opera com 27,28%. Na região Norte, os reservatórios estão com 62,4% da sua capacidade, caindo 0,1% em relação ao dia anterior. A usina de Tucuruí está com 88,46%. No Sul, o aumento nos níveis chegou a 0,8%, deixando os reservatórios com 92,9% da capacidade. A energia armazenada é de 18.541 MW mês e a ENA é de 14.037 MW med, que corresponde a 117% da MLT. A usina de Passo Real opera com 86,4% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 30.05.2016)
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2 CCEE: consumo cai 0,3% em maio
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 23 de maio apontam queda de 0,3% no consumo e de 1% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2015. As informações constam na última edição do boletim InfoMercado Semanal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que traz dados de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais. A análise do desempenho da geração indica a entrega de 60.037 MW med de energia ao Sistema Interligado Nacional em maio. A produção das usinas eólicas alcançou 3.090 MW med, elevação de 47,9% no período. A geração térmica, por sua vez, caiu 29,4% e o desempenho das usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas, registrou aumento de 7,6%, com representatividade de 75,3% da fonte sobre toda energia produzida no país. O índice é 6,2 pontos percentuais superior ao registrado em 2015. Já o consumo de energia somou 58.026 MW med, queda de 1% na comparação com o ano passado. No mercado cativo, houve retração de 1% no consumo, enquanto no mercado livre, no qual consumidores compram energia diretamente dos fornecedores, foi registrado aumento de 1,8%. Nos ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, consumidores livres e especiais, os setores de comércio, com crescimento de 18,9%; bebidas, com crescimento de 16,7%; e alimentício, com alta de 14,8%, registraram os maiores índices de aumento no consumo. A queda, por sua vez, foi maior nos ramos de extração de minerais metálicos, com recuo de 19%; químico, com queda de 2% e de veículos, que teve redução de 2%. O InfoMercado Semanal também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia gerem, até a quarta semana de maio, o equivalente a 90,9% de suas garantias físicas, ou 45.814 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, este percentual foi de 90,4%. (Agência CanalEnergia – 30.05.2016)
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3 Energia em queda
Os preços de energia no mercado de curto prazo devem continuar próximos do mínimo regulatório nas regiões Sul e Sudeste no mês de junho, de acordo com as projeções divulgadas ontem pela CCEE na transmissão do InfoPLD. A partir de julho, porém, o PLD deve voltar a subir. No Nordeste, o preço deve seguir acima de R$ 100 por MWh, com a possibilidade de redução no fim do ano. (Valor Econômico – 31.05.2016)
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4 EPE: consumo de eletricidade cresce 1,4% em abril
O consumo nacional de eletricidade atendido através da rede totalizou 40.076 GWh em abril, com aumento de 1,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Segundo a EPE, esse é o primeiro avanço desde fevereiro de 2015. Até abril, houve queda no consumo de 2,8%, mesmo índice para o acumulado dos últimos 12 meses. A classe residencial consumiu 11.772 GWh no mês, aumento de 7,5% em relação a 2015, atribuído, em grande medida, ao efeito de altas temperaturas. A influência da temperatura foi notada em vários estados e a maior contribuição para o crescimento do consumo veio da região Sudeste, com aumento de 9,2%. Na classe comercial, a temperatura também exerceu influência sobre o consumo, porém o uso mais contínuo dos aparelhos de climatização nos estabelecimentos faz com que o impacto no consumo seja menor do que na classe residencial. O consumo de 8.058 GWh nos estabelecimentos de comércio e de serviços resultou num crescimento de 1,7% no mês. Segundo a EPE, desde setembro o consumo mensal na classe não superava o do ano anterior. O consumo industrial de eletricidade em abril continuou refletindo a baixa atividade generalizada do setor. Somou 13.889 GWh, com recuo de 4,8% ante 2015. No acumulado do ano, o declínio atingiu 6,8%, enquanto que no acumulado de 12 meses, a queda foi de 6,2%. Apesar dos indicadores industriais continuarem negativos, a retração de abril não foi tão intensa quanto as registradas nos dois últimos trimestres (média de 7,6% de queda). (Agência CanalEnergia – 30.05.2016)
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5 Retorno ao despacho por ordem de mérito deve elevar PLD
Na reunião do Programa Mensal de Operação, realizado nesta quarta-feira, 25 de maio, o ONS manteve sua intenção de desligar 4 GW de térmicas que ainda estão sendo despachadas por segurança energética. A proposta será discutida na próxima reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, marcada para 1º de junho. Uma vez aprovada a medida, o sistema retornará ao despacho por ordem de mérito, o que deve reduzir os custos de operação em R$ 200 milhões por mês. "Se a carga do Sistema Interligado Nacional se manter em junho igual a maio, poderemos ter uma elevação do CMO/PLD, pois o preço das térmicas despachadas na ordem de mérito sai dos encargos e passa a compor o Custo Marginal de Operação", disse um técnico que acompanhou a reunião do PMO. Contudo, como a carga projetada de junho é a menor em relação aos outros meses do ano, o impacto no PLD também deverá ser reduzido. Ao longo do ano, o Preço de Liquidação das Diferenças tem se mantido abaixo de R$ 100/MWh, com exceção do submercado Nordeste. A expectativa do PMO é que a carga de junho alcance 63.241 MW médios, valor um pouco abaixo da carga de maio (64.716 MWmed), porém 4,6% acima da projeção de carga do PEN (Planejamento Anual da Operação Energética). "Como a carga não cai e saem térmicas da base, mais acionamento térmico embutido no PLD e menos encargos", explicou o especialista. A previsão inicial de afluências para junho está abaixo da média em todos os submercados, com exceção do Sul. Para o Sudeste, a Energia Natural Afluente esperada é de 93% da Média de Longo Termo ou 28.652 MW médios; no Nordeste a ENA esperada é de 33% da MLT ou 1.561 MW médios; no Norte a ENA esperada é de 44% da MLT ou 2.541 MW médios. Já no Sul, a expectativa é de 124% da ENA ou 12.815 MW médios. De acordo com meteorologistas, ainda não há previsibilidade da influência do La Nina. (Agência CanalEnergia – 30.05.2016)
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6 Alteração na operação do sistema
Houve uma alteração significativa na operação do sistema. A hidrelétrica de Tucuruí não vai ser explorada ao máximo, pois as vazões da usina estão baixas. Assim, o Norte passará a importar energia do Sudeste e o Nordeste receberá menos energia pelo intercâmbio. A previsão de armazenamento de energia, bem como o Custo Marginal da Operação serão apresentados na sexta-feira, 27 de maio. (Agência CanalEnergia – 30.05.2016)
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7 CCEE vê PLD mais elevado em julho e agosto no Sudeste
Apesar da redução dos preços de energia nas primeiras semanas de junho, a CCEE prevê um PLD mais elevado para os meses de julho e agosto nos submercados Sul, Sudeste e Norte, podendo girar na casa de R$ 120 por MWh nesses meses no Sudeste. No entanto, o preço deverá voltar a recuar em setembro, podendo retornar ao patamar mínimo (R$ 30/MWh) a partir de dezembro, disse Rodrigo Sacchi, gerente de Preços da CCEE, em 30 de maio. Em maio o PLD médio ficou em R$ 75,93/MWh (SE/CO), R$ 74,91/MWh (Sul), R$ 106,07 (Nordeste) e R$ 88,98/MWh (Norte). O PLD do Nordeste segue acima dos R$ 100/MWh nos próximos meses, podendo ser ligeiramente reduzido ao final do ano. No entanto, segundo projeção para os próximos 14 meses, há a expectativa de aumento significativo para o preço do Nordeste em março e abril do próximo ano. As projeções da CCEE vinham mostrando que o PLD deveria reduzir, principalmente no Norte e no Nordeste. Contudo, uma mudança na operação de UHE Tucuruí fez a Câmara rever suas premissas. Tradicionalmente, a UHE Tucuruí, que fica no Norte do país, enche todo seu reservatório no período úmido, chegando a verter em todos os anos. Neste ano esse fenômeno não aconteceu, o que obrigou o ONS a definir uma curva de deplecionamento mais conservadora para manter o nível de armazenamento da usina mais elevado, o que acaba influenciando o comportamento do preço do PLD nos próximos meses. Em função dessa nova política de operação de Tucuruí, o Norte passará a ser importador de energia em alguns momentos, alterando o limite de recebimento do Nordeste. A boa notícia é que nas últimas duas semanas de maio houve afluências mais elevadas que o esperado nas regiões Sudeste e Sul, o que contribui para manutenção dos níveis dos reservatórios dessas regiões. (Agência CanalEnergia – 30.05.2016)
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Meio
Ambiente
1 Construção de Belo Monte afeta a vida de comunidades no sudoeste do Pará
Comunidades que vivem na região sudoeste do Pará denunciam os impactos sofridos por indígenas, pescadores e moradores de cidades como Altamira, com a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. O empreendimento foi erguido no meio do rio Xingu, uma área onde, tradicionalmente, para obter a geração de energia é necessário usar óleo diesel, combustível com alto poder poluidor. "Dez por cento da água do mundo corre nos rios brasileiros. E portanto, temos muito potencial hidrelétrico a desenvolver. Não somos um país rico pra descartar uma fonte de energia como essa", explica o professor da Unicamp Secundino Soares Filho. Porém, esse trecho da Amazônica revela-se bastante sensível do ponto de vista ambiental e social, já que índios e pescadores dependem do rio para garantir a sua sobrevivência. "Desde 2008, 2009, quando o Governo se propõe a instalar essa hidrelétrica, o alerta foi de que a região era uma região de precária presença do Estado, de carência mesmo", esclarece Thaís Santi, procuradora da República. Diante da pouca presença do poder público da área, os impactos seriam inevitáveis, por isso, quem construísse a usina deveria trazer também várias melhorias, como o saneamento básico, além de se preocupar com a natureza e com o aumento da população, devido ao número de trabalhadores que seriam atraídos para o local. As obras na hidrelétrica começaram em 2011 e custaram R$ 31 bi. “Viveu-se aqui momentos de glória. Comércio em alta, todo mundo trabalhando, todo mundo ganhando dinheiro", conta Milton Elias Fisher, presidente da Associação Comercial de Altamira. Em abril deste ano, o empreendimento começou a funcionar com 5% da capacidade. Mas a Norte Energia, empresa responsável pela usina, e a Prefeitura de Altamira, cidade mais próxima da barragem, não chegam a um consenso. Por isso, muitos programas que deveriam melhorar a vida de quem teve a rotina alterada por Belo Monte anda não foram concluídos. Escolas e hospitais, por exemplo, são novos, entretanto, não recebem ninguém. "O que existe é uma priorização na execução do cronograma da obra. E esse mesmo esforço não é investido no atendimento das condicionantes que precisariam preparar a região pra receber uma obra desse porte", justifica Carolina Reis, advogada do Instituto Socioambiental. (G1 – 30.05.2016)
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2 Danos ao meio ambiente
A região próxima à barragem da usina de Belo Monte, conhecida como Volta Grande do Xingu, com sua área de cerca de 100 quilômetros, é uma das que mais preocupam ambientalistas, ribeirinhos, índios. Eles afirmam que as alterações no curso do rio já começaram a provocar danos ambientais e sociais. "Conforme vai aumentando a profundidade, o oxigênio vai diminuindo", afirma Cristiane Costa Carneiro, bióloga da Universidade Federal do Pará, que analisa a água do local. "Antes, a gente pescava para se alimentar e para vender. Hoje, só para se alimentar, e é difícil ainda", lamenta o índio juruna Jair Pereira. Para compensar os danos sociais provocados pela hidrelétrica, o Ibama exigiu, em 2011, que a Norte Energia implantasse integralmente equipamentos de saúde e educação. Uma das obrigações da empresa responsável por Belo Monte foi a reforma e ampliação do Hospital Geral de Altamira, para reforçar o atendimento no município com a chegada de mais de 30 mil trabalhadores da usina. Mas a unidade só ficou pronta em 2015 e até o momento o hospital ainda não foi inaugurado. "Como vamos transferir doentes pra um lugar que está incompleto? com enfermarias incompletas, salas incompletas?" reclama Domingos Juvenil, prefeito de Altamira. "Reforçamos toda a capacidade hospitalar da região. O que falta fazer é a transferência de equipamentos para lá. Isso nós vamos fazer. Quem deve operar aquilo é quem recebeu, é a Prefeitura. Nós não temos, como empreendedor, nenhuma obrigação nem responsabilidade de administrar a coisa pública", justifica Duílio Diniz de Figueiredo, presidente da Norte Energia. No caso do hospital geral, o Ministério Público Federal (MPF) exige que a Prefeitura e a empresa coloquem a unidade pra funcionar imediatamente. (G1 – 30.05.2016)
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3 Rastro de destruição
A margem do rio Altamira, quando fica inundada, é chamada pelos índios e ribeirinhos de igapó. Essa área costuma ter muitos peixes que se alimentam dos frutos que caem das árvores e ficam sobre o espelho dágua. Mas, segundo os jurunas, desde a construção da barragem, esta região não fica mais inundada. "Agora que a água do Xingu foi desviada, os peixes não têm mais a cheia suficiente para se alimentar" denuncia o cacique Giliard Juruna. Segundo o ibama, 16 toneladas de peixes morreram naquele trecho do Xingu, entre novembro de 2015 e fevereiro de 2016. "Você teve água do reservatório, que é uma água de qualidade muito ruim por causa da decomposição da matéria orgânica. Você tende a ter diminuição muito grande do nível do oxigênio dissolvido", esclarece Flávio Tadeu de Lima, pesquisador da Unicamp, que estabelece uma ligação entre a morte de peixes e a construção da usina. Por causa da mortandade de peixes, o Ibama multou a Norte Energia em R$ 35 mi. "Colocamos aeradores, que são equipamentos que você aumenta o nível do oxigênio", rebate o presidente da Norte Energia. Além disso, a operação Lava Jato investiga se, na construção de Belo Monte, houve pagamento de propina para políticos. O valor do desvio chegaria a R$ 150 mi. Os suspeitos negam. Hoje, a usina gera energia para atender a 800 mil habitantes por dia. Quando estiver funcionando plenamente, o que está previsto pra 2019, Belo Monte vai poder abastecer as casas de 60 mi de pessoas, diariamente. "É um projeto que, de fato, tem impactos ambientais importantes, mas que esses impactos ambientais, em função de toda mobilização social que houve em torno dele, acabou levando a que esses impactos fossem o mais possível compensados ou bastante reduzidos. Além disso, Belo Monte tá gerando energia, uma energia que hoje o país precisa muito", afirma a presidente do Ibama. "O crescimento nosso tem sido de uns 3 por cento, 4 por cento, o que dá mais ou menos uma Belo Monte por ano de aumento de consumo", alerta Secundino Soares Filho, professor da Unicamp. "Gostaria que a sociedade brasileira verificasse qual foi o empreendimento que investiu 4,6 bi de reais em melhorias da sociedade. Esse legado para o povo brasileiro, que é a usina", justifica Duílio de Figueiredo. "E eu me sinto muito prejudicado e para nós é uma tristeza isso", lamenta o pescador Raimundo dos Santos Martins. "Foi prometido um lugar bonito, uma cidade boa para se viver. Essa cidade, por enquanto, não chegou", comenta Milton Elias Fisher, presidente da Associação Comercial de Altamira. (G1 – 30.05.2016)
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Energias Renováveis
1 Casa dos Ventos inaugura complexo com sete meses de antecedência
A Casa dos Ventos inaugurou nesta segunda-feira (30/05), o complexo eólico Ventos de São Clemente (216,1 MW), sete meses antes do prazo contratual. Com 126 aerogeradores, fornecidos pela GE, este é o maior complexo em operação em Pernambuco. O projeto é composto por oito parques eólicos, distribuídos entre os municípios de Caetés, Venturosa, Pedra e Capoeiras, a cerca de 250 km de Recife, e tem capacidade para abastecer cerca de 550 mil casas. Ventos de São Clemente é o segundo compelxo inaugurado pela companhia no estado. O primeiro foi Ventos de Santa Brígida (181 MW), localizado na região de Caetés, inaugurado no ano passado. O complexo está atualmente nas mãos da Cubico, controlada do Santander. Além destes, a companhia está construindo em Pernambuco o complexo Ventos de Santo Estevão (142MW), localizado na Chapada do Araripe, na divisa com Piauí, cuja operação comercial está prevista para maio de 2017. Estão em construção no estado dez parques eólicos, que somam 284 MW. Em operação, com o complexo inaugurado hoje, são mais 636 MW. (Agência Brasil Energia – 30.05.2016)
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2 Francesa Albioma cria joint venture de cogeração na Vale do Paraná
A Albioma anunciou hoje a criação de uma joint venture com o grupo colombiano Pantaleon para ampliar e gerenciar o negócio de cogeração de energia a partir de biomassa na usina Vale do Paraná. O negócio foi firmado em 20 de maio. O investimento que as companhias deverão fazer na usina foi estimado em R$ 100 mi, elegíveis para um empréstimo de longo prazo do BNDES. O Grupo Pantaleon, que já administra a unidade paulista, terá 60% de participação no negócio, enquanto a Albioma terá controle de 40% e contribuirá como sócio técnico durante a construção e a operação da parte de cogeração. A joint venture vai aumentar a capacidade instalada da usina de 16 MW para 48 MW, dos quais 30 MW serão exportados para a rede de energia. A usina Vale do Paraná foi contratada no último leilão A-5 e assegurou a venda de 80% da eletricidade esperada no mercado regulado. A unidade acertou a venda de 120 GWh por ano por 25 anos a partir de 1 de janeiro de 2021, por um preço recorde de R$ 245,20/MWh, vinculado à inflação. A usina Vale do Paraná tem capacidade para processar 2 mi de toneladas de cana--de--açúcar por safra e é um dos negócios do Grupo Pantaleon, maior companhia sucroalcooleira da América Latina, exceto Brasil. O projeto ainda está sujeito a diversas condições, como obtenção de financiamento e autorizações necessárias para a construção e para a conexão com a rede de cogeração. O CEO da Albioma, Jacques Pétry, afirmou, em nota, que “os critérios de seleção que criamos para nossos investimentos foram atendidos: qualidade da contraparte, venda de energia no mercado regulado e financiamento de longo prazo em boas condições”. “Com essa terceira planta, nosso objetivo é desenvolver uma das unidades de cogeração mais eficientes no Brasil”, acrescentou. (Valor Econômico – 30.05.2016)
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3 Produção de biodiesel 70 milhões de litros menor
A produção de biodiesel no Brasil caiu 70 milhões de litros em 2016, de acordo com levantamento do MME. Entre janeiro e abril desse ano, as usinas brasileiras produziram 1,2 bilhão de litros de biodiesel, volume 6% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. Só no mês de abril, as usinas produziram 301 milhões de litros do biocombustível. Com relação à capacidade de produção do parque produtor do país, 49 usinas tinham autorização para operar em abril, o que representa um volume equivalente a 604 milhões de litros/mês. A região Centro-Oeste liderou a produção de biodiesel no cenário nacional, com uma fatia de 49,1%. Já o Sul foi responsável por 40,1% do total, seguido pelo Nordeste, com 7,4%. As regiões Sudeste e Norte produziram, respectivamente, 6% e 3,5% do biodiesel total. No acumulado até o mês de março, a participação das três principais matérias-primas para produção de biodiesel se dividiu entre soja (75,2%), gordura bovina (18%) e algodão (1,7%). A primeira estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2016/17 de cana-de-açúcar bateu 690,98 milhões de toneladas, aumento de 3,8% frente ao ano anterior. A produção de etanol deve se manter acima de 30 bilhões de litros, o que representaria uma redução de apenas 0,4%. Desse total, 18,6 bilhões de litros serão destinadas ao hidratado e 11,7 bilhões de litros ao anidro. Com condições climáticas favoráveis, a colheita de cana ficou adiantada no primeiro mês da safra 2016/17. Em abril, foram produzidos 2,89 bilhões de litros de etanol, alta de 59%, sendo 1,9 bilhão de litros de hidratado, aumento de 48%, e 960 milhões de litros anidros. Os dados são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e foram compilados pelo MME. (Agência Brasil Energia – 30.05.2016)
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Gás
e Termoelétricas
1 Partida de térmicas deve mudar em junho
O CMSE, que reúne as principais autoridades do setor no país, deverá fazer amanhã seu primeiro encontro sob a gestão do governo do presidente interino Michel Temer e do novo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. A expectativa é que, na reunião, seja confirmada a mudança do modelo de acionamento de termelétricas já para junho. Há alguns meses, os integrantes do comitê vinham avaliando a possibilidade de retomar o modelo de despacho termelétrico por "ordem de mérito". Na prática, esse modelo prevê que sejam acionadas apenas as térmicas cujo custo variável unitário (CVU) seja inferior ao custo marginal de operação do sistema (CMO). Até maio, o acionamento das térmicas tem seguido o modelo de despacho por garantia energética. Nesse modelo, o CMSE estipula um teto de CVU em que todas as térmicas cujo custo seja inferior a esse patamar devem ser ligadas. Hoje esse patamar é de R$ 150 por MWh. O valor, por exemplo, é superior, ao CMO atual do submercado Sudeste/Centro-Oeste, de R$ 40,07/MWh. De acordo com o diretor--geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, a mudança no modelo deve reduzir a geração térmica, de 7.500 MW médios para 3.500 MW médios, em junho. Isso deve provocar uma redução de custo da ordem de R$ 200 mi ao mês para o sistema brasileiro. O órgão prevê que o consumo de energia no sistema nacional em junho alcance 63.241 MW médios. O volume corresponde a um aumento de 0,7% em relação a igual período de 2015. De acordo com a EPE, o consumo de energia no país em abril alcançou 40.076 GWh, com alta de 1,4% ante igual período do ano passado. Trata--se do primeiro avanço do consumo desde fevereiro de 2015. Segundo a estatal de estudos energéticos, porém, a variação foi motivada, sobretudo pela ocorrência de temperaturas mais elevadas no mês passado, em comparação com abril de 2015. A temperatura mais elevada refletiu no crescimento do consumo dos segmentos residencial (7,5%) e comercial (1,5%) - a primeira alta do setor comercial em 2016. Já o consumo da classe industrial recuou 4,8% em abril. No acumulado do ano, o declínio atingiu 6,8%, enquanto no acumulado de 12 meses, a queda foi de 6,2%. (Valor Econômico – 31.05.2016)
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2 Estabelecido CVU para UTE Araguaia
A Aneel aprovou o CVU no valor de R$ 849,06/MWh da UTE Araguaia, da Eletronorte. O valor deverá ser aplicado no processo de contabilização do mês de abril de 2016 na CCEE. O CVU será utilizado para pagamento dos custos com a geração da usina que devem ser ressarcidos via Encargo de Serviço do Sistema. (Agência CanalEnergia – 30.05.2016)
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Economia Brasileira
1 Governo central registra superávit primário de R$ 9,751 bi em abril
As contas públicas voltaram ao azul em abril. O governo central (composto por Tesouro Nacional, Previdência Social e BC) registrou superávit primário de R$ 9,751 bi. No primeiro quadrimestre do ano, no entanto, o governo central apresenta déficit primário de R$ 8,450 bi. Esse é o pior desempenho já registrado para esse indicador no período janeiro-abril desde 1997, quando começou a série histórica.Relatório divulgado pelo Tesouro Nacional nesta segunda-feira mostra que houve uma redução tanto nas receitas quanto nas despesas em abril. De acordo com o documento, a receita líquida do governo central somou R$ 103,6 bi, o que representa uma queda real de 6,9% (R$ 7,644 bi) em relação ao mesmo mês do ano passado.Já os gastos atingiram R$ 93,861 bi, com retração de 6,4% (R$ 6,391 bi) sobre abril de 2015. Entre os fatores que ajudaram a segurar as despesas do mês está a redução nos pagamentos de subsídios, subvenções e Proagro. Esses gastos foram bem maiores no ano passado por causa do acerto das pedaladas fiscais (atrasos nos repasses de recursos do Tesouro Nacional para bancos públicos). Houve uma redução de R$ 4 bi (96,5%) nos desembolsos dessa rubrica.No acumulado do ano, as receitas do governo central chegam a R$ 379,718 bi, o que representa uma queda real de 4,1% sobre 2015. A despesa, no entanto, continua crescendo. Entre janeiro e abril, o total dos gastos foi de R$ 388,169 bi, uma alta de 2,2% sobre o ano passado. (O Globo – 30.05.2016)
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2 Mercado vê contração menor do PIB e inflação em alta neste ano
Pela segunda semana consecutiva, os analistas de mercado consultados pelo BC no Boletim Focus preveem contração menor da economia em 2016. A projeção saiu de queda de 3,83% no PIB para recuo de 3,81%. Há quatro semanas, a expectativa era de que o PIB caísse 3,89% neste ano. No caso de 2017, depois de ficar estável por uma semana, a mediana das estimativas para o desempenho da atividade econômica voltou a subir, de 0,50% para 0,55% de expansão. Há um mês, estava em 0,40%. Na próxima quarta-feira, o IBGE divulga o resultado das contas nacionais no primeiro trimestre de 2016, que deve recuar 0,8% ante o quarto trimestre do ano anterior, feitos os ajustes sazonais. Ainda no Focus, as projeções de inflação não trouxeram grandes mudanças. A projeção para o avanço do IPCA deste ano teve ligeira alta, de 7,04% para 7,06%. A estimativa da inflação em 12 meses continuou a cair, desta vez de 6,01% para 5,96%. Par a2017, a projeção é de uma alta de 5,50% no IPCA, sem alteração. Entre os analistas Top 5, aqueles que mais acertam os prognósticos, as medianas de médio prazo para o aumento do IPCA em 2016 e 2017 seguiram as mesmas, em 7,16% e 5,50%, respectivamente. Quanto à Selic, o mercado ajustou a previsão para a taxa do fim de 2016, de 12,75% para 12,88%, e do fim de 2017, de 11,38% para 11,25%. Entre os Top 5, a previsão para a Selic ao fim deste ano saiu de 13,75% para 13,50% e a do fim de 2017 recuou de 12,25% para 12%. Apesar das reduções, o grupo Top 5 ainda vê o juro caindo de forma mais lenta do que o mercado em geral. A Selic está, atualmente, em 14,25%. (Valor Econômico – 30.05.2016)
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3 CNI: Confiança do consumidor vai ao maior nível desde janeiro de 2015
A melhora da expectativa do brasileiro com relação ao mercado de trabalho, à renda e à inflação nos próximos meses levou o Inec a subir 7,9% em maio, na comparação com abril, para 105,2 pontos. O indicador, calculado pela CNI, também teve elevação na comparação com o mesmo período do ano passado. Com esse movimento, o Inec se aproximou de sua média histórica, de 109,2 pontos. Em maio, o índice atingiu o maior valor desde janeiro de 2015. O aumento da confiança índice se deve principalmente à melhora das expectativas dos consumidores em relação à inflação e ao emprego. O subindicador dos que esperam melhora na inflação subiu 23,2% ante abril e disparou 36,8% ante maio do ano passado. O subindicador de emprego subiu 15,2% e 30,8%, nos mesmos períodos, respectivamente. O subindicador de renda pessoal subiu 9,8% ante abril, mas ainda caiu 2,8% ante maio de 2015. O mesmo ocorre com o de situação financeira, que subiu 4,5% ante abril, mas recuou 6,6% ante maio passado. Diferentemente dos outros componentes do Inec, a expectativa de compras de bens de maior valor mostra queda de 0,6% na comparação mensal, embora suba 1,5% ante o mesmo período do ano passado. (Valor Econômico – 30.05.2016)
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4 Taxa de desemprego sobe para 11,2% no trimestre até abril, nota IBGE
A taxa de desemprego no país aumentou para 11,2% no trimestre encerrado em abril deste ano, de acordo com a Pnad Contínua, divulgada pelo IBGE. Trata-se da maior taxa de desocupação desde o início da pesquisa, em janeiro de 2012. Em igual período de 2015, o desemprego correspondia a 8% da PEA do país. No trimestre terminado em janeiro, o desemprego era de 9,5%. A taxa ficou um pouco acima da média estimada por consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de 11,1%. O intervalo das estimativas ia de 11% a 11,4%. O desemprego cresceu porque mais pessoas entraram no mercado de trabalho e não encontraram uma ocupação e também porque o número de demissões aumentou. A população desempregada aumentou 42,1% no trimestre até abril em relação ao mesmo período do ano passado, o equivalente a 3,4 milhões de pessoas. Na comparação com o trimestre até janeiro, a população desempregada cresceu em 18,6%, um acréscimo de 1,792 milhão de pessoas. Com isso, o contingente de pessoas sem trabalho no país chegou a 11,411 milhões nos três meses até abril, ante 8 milhões no mesmo período de 2015. É o maior contingente de desempregados desde o início da pesquisa. (Valor Econômico – 31.05.2016)
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5 Mercado de trabalho perde 1,5 milhão de empregados com carteira
O mercado de trabalho perdeu 1,5 milhão de empregados com carteira assinada no trimestre encerrado em abril, na comparação com igual período de 2015, segundo a Pnad Contínua, divulgada pelo IBGE. A queda foi de 4,3% e resultou no menor contingente da série histórica iniciada em 2012 - 34,5 milhões de pessoas têm emprego formal. Desde fevereiro do ano passado, há redução no número desses empregados. No período de apenas um trimestre móvel, houve perda de 631 mil postos de trabalho com carteira assinada, o que significa recuo de 1,8%. Parte desses trabalhadores tenta a sorte no serviço por conta própria: esse tipo de ocupação subiu 4,9% em relação a abril de 2015, o que significa pouco mais de 1 milhão de pessoas a mais nessa condição. Houve alta também no trabalho doméstico, que cresceu 4% ante igual período de 2015, com incremento de 237 mil pessoas. Nas outras posições pesquisadas pelo IBGE, no entanto, mostram dados negativos. O emprego caiu no setor privado sem carteira, em 0,6% e perdeu 64 mil pessoas. O emprego no setor público cedeu 3,3%, retração de 384 mil vagas, ante o mesmo período de 2015. (Valor Econômico – 31.05.2016)
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6 Confiança da indústria avança em maio, com melhora das expectativas
O ICI medido pela FGV aumentou pelo terceiro mês consecutivo e alcançou o maior nível desde março de 2015, puxado pela melhora das expectativas. O indicador subiu 1,7 ponto, de 77,5 em abril para 79,2 pontos em maio. A prévia da sondagem, divulgada há uma semana, sinalizava aumento menor, de 1,3 ponto. Na comparação com maio de 2015, a alta foi de 1,9 ponto. A melhora ocorreu nos dois horizontes de tempo da pesquisa, mas foi maior no IE, que avançou 2,6 pontos, para 78,2 pontos. O ISA cresceu 0,7 ponto, para 80,5 pontos. Ambos registraram o maior patamar desde março de 2015. “Após a terceira alta consecutiva, a confiança industrial se distancia do mínimo histórico de agosto passado. O setor já realizou parte do ajuste de estoques e percebe diminuição do ritmo de queda da demanda. Mas, apesar da redução do pessimismo nos dois últimos meses, há ainda muita incerteza, como as relacionadas ao potencial de crescimento do consumo interno e ao ambiente político”, afirma Aloisio Campelo Jr., superintendente adjunto para Ciclos Econômicos da FGV-Ibre. A maior contribuição para a alta do IE veio do indicador de perspectivas para a produção nos três meses seguintes. Após marcar o mínimo histórico em março, o indicador sobe pelo segundo mês consecutivo (5,1 pontos em maio), para 83,7 pontos. O percentual de empresas prevendo reduzir a produção nos meses seguintes em relação aos três meses anteriores caiu de 32,5% para 28,7%, enquanto a parcela de empresas que espera aumentar a produção manteve-se estável em 23,4%. A melhora das avaliações sobre a situação dos negócios foi a principal causa da alta do ISA no mês. Com o segundo avanço consecutivo, o indicador atingiu 76,8 pontos, 1,4 ponto acima do observado no mês anterior. A recente melhora da percepção sobre a demanda interna também é destaque em maio: o indicador subiu 1,5 ponto, para 77,3 pontos, na terceira alta consecutiva. Apesar da melhora da confiança, a indústria esteve mais ociosa em maio. O Nuci diminuiu 0,5 ponto percentual, para 73,8%. A queda devolve parte da alta do mês anterior, fazendo com que o Nuci feche o mês apenas 0,2 ponto acima do mínimo histórico registrado em fevereiro passado. A edição de maio da sondagem da indústria de transformação colheu informações de 1.131 empresas entre os dias 2 e 24 deste mês. (Valor Econômico – 31.05.2016)
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7 Dólar ontem e hoje
Hoje, o dólar comercial subia 0,39%, a R$ 3,5920. Na segunda-feira, o dólar comercial caiu 0,86% para R$ 3,5786. (Valor Econômico – 31.05.2016 e 30.05.2016)
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Internacional
1 Consultoria aponta incertezas no mercado eólico da América Latina após 2018
Um relatório publicado pela consultoria Make aponta incertezas no mercado eólico da América Latina para além de 2018, após forte crescimento verificado nos últimos anos. Em 2015, o mercado eólico cresceu 4,2 GW na região e a Make espera uma expansão de 8% em termos de nova capacidade comissionada para 2016. O relatório aponta que o maior crescimento tem sido impulsionado pelo Brasil e, de uma forma menos constante, pelo México, que recentemente reestruturou seu mercado de eletricidade. No entanto, a crise política e econômica do Brasil fez com que as distribuidoras revisassem sua demanda por energia, afetando as novas contratações nos leilões A-3 e A-5. A indústria de energia aposta nas contratações nos leilões de Reserva, mas qualquer mudança desse cenário já levaria a uma drástica queda do mercado eólico no Brasil já em 2019, segundo a Make. No México, o grande sucesso dos leilões para energia solar fizeram soar um alarme na indústria eólica, que contratou apenas 396 MW, montante muito menor que as expectativas iniciais. Mesmo assim, o rápido aparecimento da indústria solar não deve comprometer a participação eólica na meta do país de chegar em 2024 com 35% de energia limpa na matriz. Argentina e Colômbia, dois mercados, na visão da consultoria, excelentes para energia eólica e demanda em crescimento, vem tomando medidas para aumentarem a participação eólica nos mercados de energia. O relatório afirma ainda que os riscos políticos na região continuam afugentando investimentos estrangeiros e impactando no desenvolvimento da fonte, como acontece na Venezuela e Equador. (Agência CanalEnergia – 30.05.2016)
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2 Energia renovável cresce no mundo e estimula geração de empregos no setor
O uso da energia renovável cresce no mundo e a geração de empregos no setor, também. O estado americano de Nova Jersey é um exemplo de sucesso. Quem olha para o céu no estado de Nova Jersey, não vê apenas o sol. No alto de cada poste, vê também um painel para captar a energia que vem lá de cima. Eles começaram a surgir há quinze anos. Um investimento de quase R$ 9 bi. A ideia botou o estado na vanguarda da busca pela energia limpa. O diretor do Departamento Estadual de Energia, Richard Moroz, explica. “Tivemos a colaboração de empresas privadas. Elas investiram sem cobrar nada. O único ganho era poder negociar o excedente de energia que conseguissem produzir. Assim, criamos um mercado lucrativo de energia limpa”, diz Moroz. O objetivo do governo de Nova Jersey é que até 2020 um em cada cinco moradores do estado use energia elétrica de fontes renováveis. O desafio era encontrar espaço para fazer grandes fazendas de geração de energia solar - e haja espaço para atingir essa meta. Aí, a solução foi espalhar os painéis solares na própria rede de distribuição - uma iniciativa pioneira nos Estados Unidos. Durante a fase de implantação, a conta de luz subiu: 50 centavos por consumidor por mês. Mas depois de tudo instalado, o custo da energia caiu em todo o estado. São programas como este, de larga escala, que estão mudando o mercado da energia renovável. Só em Nova Jersey, dez mil funcionários públicos se dedicam exclusivamente a esse Departamento. No ano passado, a oferta de vagas na área cresceu 5% em todo o mundo. Hoje, o setor emprega mais de oito milhões de pessoas. Dois terços em postos ligados à geração solar, eólica e de biocombustível. A China é a campeã da energia limpa, com 3,5 mi de empregos. O Brasil fica em segundo lugar, com quase um milhão de trabalhadores no ramo. E os Estados Unidos vêm logo abaixo, com quase 800 mil vagas. Da próxima vez que você acender a luz, torça para que esse ato simples tenha gerado mais um emprego verde. (G1 – 30.05.2016)
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3 Dobrar cota de energia renovável salvaria 4 milhões de vidas
Duplicar a participação global das energias renováveis até 2030 ajudaria a diminuir drasticamente as emissões de gases nocivos para a saúde humana e salvar 4 milhões de vidas por ano até 2030. A estimativa é de um estudo da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA, em inglês), que quantifica os custos sociais, econômicos e ambientais relacionados aos combustíveis fósseis. Segundo o relatório, dobrar a cota de renováveis na matriz energética mundial diminuiria as emissões perigosas de poluentes como o amoníaco, material particulado (PM10 e PM 2.5), compostos orgânicos voláteis e dióxido de enxofre em 82%, 33%, 27% e 12%, respectivamente. Menos poluição atmosférica resultaria em uma economia de até US$ 3,2 trilhôes por ano até 2030, devido à redução dos custos relacionados com a saúde. Em termos absolutos, China, Índia, Indonésia e os EUA teriam a maior economia nessa seara. A entidade lembra que as energias renováveis já competem lado a lado com as fontes de combustível tradicionais, e saem vitorisoas. E destaca que quando todos os custos e benefícios relacionados são considerados, as energias renováveis se tornam uma opção ainda mais atraente. De acordo com Dolf Gielen, diretor do centro de inovação e tecnologia da IRENA, a fim de compreender o verdadeiro custo da energia, e tomar decisões políticas em conformidade, os custos externos associados ao uso de combustíveis fósseis devem ser incorporados nos preços de energia. "Hoje, quatro dólares são gastos para subsidiar o consumo de combustíveis fósseis para cada um dólar gasto para subsidiar as energias renováveis. Com o petróleo, o gás e os preços do carvão atualmente em mínimos históricos, agora é mais fácil do que nunca para os governos corrigir esse problema", diz Dolf Gielen, em nota. Ainda de acordo com o relatório, sob as políticas e planos nacionais atuais, a demanda por combustíveis fósseis irá crescer 40% entre 2010 e 2030, aumentando as taxas atuais de poluição do ar. (Exame – 30.05.2016)
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Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo
Mattos, Gustavo Batista, Livia Moreira, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas.
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necessariamente os pontos da UFRJ. As informações
que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
de Economia da UFRJ.
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
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