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IFE: nº 4.100 - 30 de maio de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Governo prepara revisão de subsídios na energia
2 MME convida novos nomes
3 Cotas de transmissoras para CDE de março somam R$ 18,4 mi
4 Aneel realiza Reunião Extraordinária nesta terça-feira
5 Seminário de pesquisa do PPED com Amilcar Guerreiro: “Importância do planejamento como políticas públicas”

Empresas
1 Venda de ações detidas pelo BNDES podem afetar elétricas
2 Setor elétrico é o que tem maior relevância na carteira do BNDES
3 Geração distribuída acelera smart grid, diz AES Eletropaulo
4 AES: Alto custo das redes inteligentes inviabilizam uma aplicação em escala maior
5 NYSE notifica Cemig por não apresentar relatório 20-F
6 RS recebe reforço em Subestação da CEEE
7 RGE recebe propostas de projetos de eficiência energética

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 Consumo no mercado livre tem alta de 1,8% em prévia de maio
3 PLD recua 24% no Sudeste/Centro-Oeste

Energias Renováveis
1 Complexo eólico Itarema em reta final
2 Brazil Institute na universidade King's College London: Brasil tem condições para, um dia, produzir energia renovável num patamar similar ao da Alemanha

Gás e Termelétricas
1 Gas Natural Fenosa prevê investir R$ 525 milhões no país
2 Pequenos consumidores elevam demanda por gás natural
3 Tarifa de gás ficará mais barata em São Paulo
4 Aneel libera início de operação comercial de duas termelétricas em Rondônia

Grandes Consumidores
1 Consumo de gás natural na indústria cai 15,2% em março
2 Consumo de aço cai na América Latina

Economia Brasileira
1 Dívida Pública Federal cai 3,01% em abril, para R$ 2,799 tri
2 Nova meta fiscal aprovada no Congresso é sancionada e vira lei

3 Quebra de safra eleva previsão de IGP-M para 0,74%
4 Para economistas, BC deve manter meta da inflação em 4,5%
5 Fitch coloca rating do Estado do Rio em perspectiva negativa
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina compra gás natural do Chile através de gasodutos que foram construídos exportação
2 Bolívia se preocupa com fornecimento à Argentina
3 Usinas a carvão podem perder US$ 76 bi em valor de mercado
4 Start up da Tunisia desenvolve eólica sem pás
5 Empresas alemãs pagam consumidor para usar eletricidade por 7 horas

6 Empregos em energia renovável aumentam 5% em todo o mundo


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Governo prepara revisão de subsídios na energia

O novo comando do MME definiu a revisão dos subsídios no setor elétrico como uma de suas prioridades iniciais. A avalanche de subvenções que engordam a CDE passará por um rigoroso pente¬ fino para verificar o que deve ou não ser mantido. Na avaliação da nova equipe, políticas como a tarifa social para consumidores de baixa renda continuam sendo importantes, mas outros incentivos perderam significado ou acabam estimulando ineficiências. Entre as subvenções na mira do governo estão, por exemplo, descontos na chamada "tarifa ¬fio" de energias renováveis, como solar e eólica, que estão ganhando competitividade e não dependem menos de um "empurrão" atualmente. Outro provável alvo da revisão são os subsídios à energia gerada na região Norte do país. Uma das perguntas que emergem das discussões feitas no ministério ao longo dos últimos dias é se não valeria a pena, em vez de despejar bilhões de reais por ano no pagamento do óleo combustível que alimenta as usinas térmicas da região, gastar com um programa de substituição maciça de lâmpadas incadescentes (92% da energia consumida vira calor) por lâmpadas mais eficientes. As principais vagas do ministério estão sendo preenchidas aos poucos. (Valor Econômico – 27.05.2016)

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2 MME convida novos nomes

O matemático Luiz Barroso, sócio e diretor da consultoria PSR, foi convidado para assumir a presidência da EPE. Se aceitar o convite para a empresa do governo responsável pelo planejamento energético, Barroso terá ampla liberdade ainda para se envolver no Cepel da Eletrobras e nos projetos de pesquisa e desenvolvimento tocados pela Aneel. Rutelly Marques da Silva, ex-secretário-adjunto de acompanhamento econômico do Ministério da Fazenda e atual consultor legislativo do Senado, deverá fazer parte da equipe no ministério. Outro a se juntar é Paulo Gabardo, especialista em regulação da Aneel, que vinha se destacando em trabalhos técnicos da agência. Para o novo comando da pasta, o ex-ministro Joaquim Levy iniciou um processo acertado de transferir do TN para as contas de luz muitos subsídios setoriais. O agravamento da crise econômica e política, no entanto, impediu o passo seguinte: dar partida ao "desmame" gradual das subvenções que diversos segmentos têm recebido. O secretário executivo do MME, Paulo Pedrosa, é experiente na tarefa de passar pente ¬fino em subsídios. À frente da Abrace, ele e sua equipe se especializaram recentemente em encontrar inconsistências na CDE e tiveram uma de suas recomendações acatadas pela Aneel no momento de bater o martelo no orçamento deste ano. O achado levou à economia de centenas de milhões de reais. (Valor Econômico – 27.05.2016)

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3 Cotas de transmissoras para CDE de março somam R$ 18,4 mi

A Aneel fixou as cotas de custeio da CDE para as transmissoras referentes ao mês de março de 2016. De um total de R$ 18.413.044,75, a Copel ficou com a maior cota de R$ 5.135.178,86. Em seguida, vem a Cemig, com R$ 2.679.698,29. A menor cota é da Itatim, de R$ 22.429,98. De acordo com a Anel, os valores deverão ser recolhidos até o próximo dia 30 de maio. A Aneel também fixou as cotas para julho das transmissoras para o Proinfa. As cotas somam R$ 22.763.033,54 e a maior de todas ficou com a Eletronorte, que vai desembolsar R$ 8.056.092,21. A segunda maior é a da Chesf, com R$ 4.595.224,16. Já a menor, de R$ 3.593,11, também é da Itatim. Os valores deverão ser pagos para a Eletrobras até o próximo dia 10 de junho. (Agência CanalEnergia – 25.05.2016)

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4 Aneel realiza Reunião Extraordinária nesta terça-feira

A Diretoria da Aneel realiza nesta terça-feira (31/5) Reunião Pública Extraordinária, a partir das 9hs. O objetivo é votar a definição da bandeira tarifária para o mês de junho. Na sequência, será realizada a Reunião Pública Ordinária da Diretoria, com 45 itens a serem votados. (Aneel – 30.05.2016)

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5 Seminário de pesquisa do PPED com Amilcar Guerreiro: “Importância do planejamento como políticas públicas”

A Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento do IE/UFRJ convida para o próximo seminário de pesquisa do PPED de 2016: “Importância do planejamento como políticas públicas”, com Amilcar Gonçalves Guerreiro (Diretor de Estudos de Energia Elétrica da Empresa de Pesquisa Energética - EPE). O evento acontece hoje, 30/05, das 16:40 às 18:30, na sala 102 do Instituto de Economia. (GESEL-IE-UFRJ – 30.05.2016)

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Empresas

1 Venda de ações detidas pelo BNDES podem afetar elétricas

O BNDES poderia levantar cerca de R$ 56,2 bi se vendesse as participações que detém em companhias de capital aberto, principalmente por meio de seu braço de participações, a BNDESPar. Apesar de a medida enfrentar alguns obstáculos, analistas começam a apostar que essa alienação de ativos seria uma estratégia positiva para a instituição se financiar. Para o BTG Pactual, a fabricante de celulose Fibria, a geradora de energia AES Tietê, o frigorífico JBS e a fundição Tupy seriam os mais afetados no caso de o BNDES se desfazer de sua posição acionária. A pressão que esse desinvestimento causaria sobre os preços dos papéis seria "imensa", afirma o banco. Fatias grandes como essas teriam de ser vendidas em bloco, não no pregão regular, escrevem Carlos Sequeira e Bernardo Teixeira. Por outro lado, as participações que poderiam ser vendidas de uma vez sem muitos problemas ¬ abaixo de 2% do volume financeiro ¬, aparecem CSN, Gerdau ON e PN, Cemig PN, Oi ON, Rumo, Equatorial, EcoRodovias, Tractebel ON, Vale PNA, Suzano PN, Totvs, Taesa, Light, Klabin, Iochpe¬Maxion e Braskem PNA. Juntas, renderiam R$ 5,17 bi ao banco. (Valor Econômico – 27.05.2016)

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2 Setor elétrico é o que tem maior relevância na carteira do BNDES

O BNDES poderia levantar cerca de R$ 56,2 bi se vendesse as participações que detém em companhias de capital aberto, principalmente por meio de seu braço de participações, a BNDESPar. Apesar de a medida enfrentar alguns obstáculos, analistas começam a apostar que essa alienação de ativos seria uma estratégia positiva para a instituição se financiar. O montante envolve empresas como Petrobras e Eletrobras, nas quais o banco de fomento possui fatia estratégica por conta do controle da União. Além disso, em alguns casos há acordos de "lock up" ¬ de manter a participação por tempo determinado ¬ e também acordos de acionistas envolvidos. Algumas empresas teriam preferência na compra e a alienação poderia ensejar mudança de controle. Na carteira do BNDES, o setor com mais relevância é o elétrico. São R$ 7,3 bi em valor de mercado, considerando fatias em AES Tietê, Cemig, CPFL Energia, Copel, Eletrobras, Equatorial, Energisa, Light, Renova, Tractebel e Taesa. Na análise do J.P. Morgan, a Ourofino, de saúde animal, Renova, de energia renovável, e a concessionária de rodovias Triunfo estão entre as empresas cujas ações poderiam ser mais impactadas na hipótese de alienação de uma só vez. O valor de mercado da participação do BNDES nessas companhias é grande demais ante o giro financeiro dos papéis no pregão da BM&FBovespa. As ações ordinárias da elétrica paranaense Copel seriam muito influenciadas por uma venda, segundo a equipe do analista Pedro Martins Júnior, do J.P., já que o valor de mercado em poder do banco de fomento é 7,9% maior do que o giro em bolsa. No caso dos papéis PNB da empresa, a participação valeria 2,9% do giro diário. "Dada a equipe que está indo para o BNDES, a venda de participações deve ocorrer e é desejável", avalia o professor do Insper Sérgio Lazzarini. Para ele, empresas maduras como Petrobras, Fibria, CPFL e Embraer têm condições de se capitalizar no mercado privado, liberando recursos para investimentos mais relevantes neste momento, como abater a dívida pública. Além disso, as participações acionárias geram perdas à BNDESPar. Há 12 meses, a soma das fatias que hoje renderia cerca de R$ 56 bi aos cofres públicos valia pouco mais de R$ 71 bi ¬ a queda de 36% se deve à desvalorização das ações no período. (Valor Econômico – 27.05.2016)

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3 Geração distribuída acelera smart grid, diz AES Eletropaulo

Fator de grande preocupação para as distribuidoras, que temem elevada perda de receita, a rápida expansão das microusinas fotovoltaicas residenciais traz um efeito colateral que é a retomada da discussão sobre a necessidade de melhorar e ampliar a tecnologia agregada às redes elétricas avalia Maria Tereza Vellano, diretora responsável pelo projeto de smart grid da AES Eletropaulo em Barueri (SP). “Quanto maior a interferência de terceiros, maior a necessidade de monitoramento do sistema. À reboque vem outro impulso importante, ressalta a executiva, que é a chamada “internet das coisas”. As distribuidoras poderão ganhar um papel de destaque nessa tendência, porque poderão servir de facilitadoras para a comunicação entre as pessoas e tudo que possa ser controlado à distância. (Agência Brasil Energia – 27.05.2016)

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4 AES: Alto custo das redes inteligentes inviabilizam uma aplicação em escala maior

Aparentemente congelada por conta das dificuldades financeiras enfrentadas pelas concessionárias e até pela situação do país, como um todo, a discussão sobre redes inteligentes, apesar de tudo, vem caminhando no governo, mais precisamente na ABDI, ligada ao MDIC segundo Maria Tereza Vellano, diretora responsável pelo projeto de smart grid da AES Eletropaulo em Barueri (SP). O governo emerge propostas para o desenvolvimento de políticas públicas para smart grid e para a nacionalização de equipamentos pela atração de investimentos de fabricantes estrangeiros. O alto custo dos componentes importados torna hoje inviável uma aplicação em maior escala. “A ideia é envolver todos os ministérios e ter um órgão ligado à Casa Civil. Esse é o momento favorável, porque o Brasil precisa reativar a economia e gerar empregos”, assinala, lembrando que também participa dos entendimentos o Instituto Aptel, braço operacional da Aptel. A presença da entidade também deriva de outra questão central que vem sendo debatida no Brasil e em outros países: até que ponto faz sentido econômico a operação da parte de telecomunicação das redes inteligentes pelas próprias distribuidoras. Tecnicamente e do ponto de vista da confiabilidade, por enquanto, é mais adequado ter esse controle, explica a diretora, porque as teles precisariam disponibilizar sistemas dedicados independentes daqueles utilizados pelos assinantes. Até por razões de segurança operacional do sistema, para não se correr o risco de invasões. (Agência Brasil Energia – 27.05.2016)

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5 NYSE notifica Cemig por não apresentar relatório 20-F

A Cemig informou em comunicado ao mercado na última terça-feira, 25 de maio, que foi notificada pela bolsa de Nova York por não ter entregue no prazo o Relatório Anual – Formulário 20F referente ao ano fiscal de 2015. A notificação diz que ela deixa de estar em conformidade com as exigências necessárias para continuar na listagem na NYSE. A Cemig não entregou o relatório 20-F para a SEC devido a não finalização das investigações em andamento na Norte Energia, em decorrência da Operação Lava Jato. Assim, continuam ressalvas dos auditores independentes com relação aos resultados financeiros de 2015. A Cemig tem participação indireta na UHE Belo Monte (PA - 11.233 MW) através da Amazônia Energia, com 9,77%; e da Aliança Energia, em parceria com a Vale, de 9%. A NYSE informou a Cemig que ela vai ter seis meses para o arquivamento do seu Formulário 20-F junto à SEC. Ainda segundo o comunicado, a Cemig pode recuperar o status de conformidade assim que entregar o relatório, o que ela pretende fazer antes do prazo estipulado. A carta da NYSE destaca, que durante o período disponível para a conclusão do arquivamento, ela pode dar início aos procedimentos para exclusão da companhia da sua listagem, se considerar que seja necessário. (Agência CanalEnergia – 25.05.2016)

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6 RS recebe reforço em Subestação da CEEE

Um novo transformador está sendo energizado na Subestação Pelotas 4, na estrada Monte Bonito, em Pelotas. Com isso, os clientes da CEEE da Região Sul do Rio Grande do Sul, em especial dos municípios de Pelotas, Arroio do Padre, Canguçu e Morro Redondo, irão receber um importante reforço na qualidade do atendimento da energia elétrica. O projeto da CEEE Distribuição, recebeu um investimento de R$ 6,7 milhões e foi pensado e executado para proporcionar maior segurança no fornecimento diretamente a uma população de 50 mil pessoas, incluindo produtores rurais e empresas locais. Parte das atividades desse projeto, como a conexão do novo módulo de transformador ao barramento de 138 KV, foi realizada por equipes da Companhia de Pelotas, que executam o trabalho ao potencial, isto é, sem necessidade de interromper o fornecimento da energia. A Subestação Pelota 4 passa a operar, a partir de agora, com dois transformadores: um de 31 MVA, responsável pelo fornecimento a Canguçu e Morro Redondo, e outro de 25 MVA, mais direcionado ao atendimento da carga da área rural de Pelotas e do município de Arroio do Padre. (Agência CanalEnergia – 25.05.2016)

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7 RGE recebe propostas de projetos de eficiência energética

A RGE recebe até a próxima terça-feira (31/5) propostas de projetos de eficiência energética. A chamada pública para a concorrência, aberta em março, é feita anualmente pela empresa e vai selecionar iniciativas dos próprios consumidores voltadas a conservação de energia e consumo inteligente. A concessionária investirá R$ 4 mi nos projetos selecionados. Dos recursos disponíveis, R$ 1,5 mi será direcionado a projetos de consumidores industriais; R$ 600 mil para consumidores residenciais e segmento de Poder Público; R$ R$ 500 mil para comércio e consumidores de serviço público; e R$ 300 mil para clientes rurais. A chamada faz parte do Programa de Eficiência Energética da RGE, regulamentado pela Aneel, e os projetos devem seguir critérios e procedimentos estabelecidos pela própria agência. (Agência Brasil Energia – 27.05.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Conforme o Boletim Diário do ONS referente a esta quinta-feira (26) e divulgado na sexta-feira (27), o submercado Sul operava com volume de 90,9% e capacidade e com variação de 0,5% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 18.135 MW mês. O submercado Sudeste/Centro-Oeste seguia com volume de 56,8% e com variação de 0,0% em relação ao dia anterior. A energia armazenada é de 115.219 MW mês. O submercado do Norte ficou em 62,7% e com variação de 0,1%. A energia armazenada na região é de 9.424 MW mês. O submercado do Nordeste estava com volume de 30,7% e com variação de -0,1% em relação à operação do dia anterior. A energia armazenada é de 7.683 MW mês. (Setor Energético – 27.05.2016)

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2 Consumo no mercado livre tem alta de 1,8% em prévia de maio

O consumo de energia no mercado livre subiu 1,8% de 1º e 23 de maio, na comparação com o mesmo período do ano passado. Após constantes quedas verificadas nos últimos meses, o volume ficou em 14.733 MWm, o que possibilitou a representação do ambiente no consumo nacional subir de 24,9% em 2015 para os atuais 25,4%. De 15 ramos industriais analisados, entre consumidores livres, especiais e autoprodutores, a maior alta ficou no setor de comércio (18,9%), seguido de bebidas (16,7%) e alimentício (14,8%). Já as maiores quedas ficaram com os segmentos de extração de minerais metálicos (-19%), veículos (-2%) e químicos (-2%). O consumo total no país ficou em 58.026 MWm, com queda de 0,3% na comparação anual. O ambiente cativo respondeu por 43.293 MWm, queda de 1%. A geração teve volume de 60.037 MWm, retração de 1% no período. As térmicas caíram 29,4%, para 11.728 MWm. A produção eólica mantém a curva de crescimento, com produção de 3.090 MWm, 47,9% superior. Já as hidrelétricas geraram 45.077 MWm, alta de 7,6%. As informações são uma prévia da CCEE, que indica geração até a quarta semana de maio de 90,0% ou 45.814 MWm das garantia física das hidrelétricas integrantes do MRE. (Agência Brasil Energia – 27.05.2016)

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3 PLD recua 24% no Sudeste/Centro-Oeste

O PLD apresentou fortes quedas na semana de 28 de maio a 3 de junho. Nos submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul, o preço caiu quase 24% na comparação com a semana anterior, saindo da casa dos R$ 70/MWh e passando para R$ 60,20/MWh e R$ 56,64/MWh, respectivamente, de acordo com a CCEE. Já na região Norte, o PLD saltou 82% na semana, para R$ 143,84/MWh na média das cargas. O valor se igualou ao do Nordeste, onde a importação de energia elétrica geralmente mantém o preço em patamares mais altos. Na comparação com o período anterior, o PLD do Nordeste subiu 44%. No PMO divulgado nesta sexta-feira (27/5), o ONS previu chuvas de nível fraco a moderado nas bacias dos rios Uruguai, Iguaçu e Paranapanema e Tietê durante a semana de 28 de maio a 3 de junho. O valor médio do CMO caiu para R$ 40,07/MWh, no Sudeste/Centro-Oeste, e R$ 36,04/MWh, no Sul. Já nas regiões Norte e Nordeste, houve elevação no período, de 64% (R$ 88,19/MWh) e 100% (R$ 201,47/MWh). (Agência Brasil Energia – 27.05.2016)

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Energias Renováveis

1 Complexo eólico Itarema em reta final

A Rio Energy iniciou os testes de quatro parques do complexo eólico Itarema (207 MW), no município homônimo do Ceará. O conjunto, que já possui 90 MW em operação comercial desde o início do ano, colocou novos 96 em testes, com aval da Aneel dado nesta sexta-feira (27/5). Estão liberadas as usinas Itarema IV, (21 MW), VI (24 MW), VII (21 MW) e IX (30 MW). Ao todo, foram 32 aerogeradores, de 3 MW de potência cada, todos fornecidos pela Acciona Windpower. Os projetos estão conectados à subestação Aracaú II (230 kV). Com os testes, o complexo entra na reta final de construção, restando apenas um parque, o Itarema VIII (21 MW), para iniciar as operações. Ele está esperado para outubro, quando o complexo deverá ser finalizado, segundo relatório de fiscalização da Aneel. Foram duas fases de construção, com a primeira iniciada em 2014 e finalizada em abril de 2016. Nessa etapa, entraram em operação os parques Itarema I (27 MW), II (27 MW), III (15 MW) e V (21 MW), negociados no leilão A-3 de 2013. Os últimos parques foram negociados no A-3 de 2014 e tiveram as obras iniciadas em 2015. O conjunto teve financiamento do BNDES, aprovado no ano passado, no valor de R$ 652,5 mi. A Aneel liberou também os testes de oito unidades geradoras da eólica Ventos de São Clemente 8, totalizando 13,72 MW dos 20,58 MW previstos no parque. A operação comercial do empreendimento está prevista para 2017, de acordo com o relatório da agência. A usina faz parte do complexo São Clemente (187 MW), da Casa dos Ventos, em Venturosa, Pernambuco. O conjunto já possui 108 MW em operação, liberados no início desta semana. (Agência Brasil Energia – 27.05.2016)

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2 Brazil Institute na universidade King's College London: Brasil tem condições para, um dia, produzir energia renovável num patamar similar ao da Alemanha

A variação aguda no preço revela que o armazenamento é o grande problema da produção de energia renovável, diz o pesquisador alemão Thomas Fröhlich, do Brazil Institute na universidade King's College London. "Nós não temos capacidade de armazenamento. Se houvesse, poderíamos estocar o excesso e estabilizar os preços", afirma Fröhlich. Ele ressalta que problema é a falta, até este momento, de tecnologia que seja eficiente e acessível. "São quantidades enormes de energia, que, até agora, não põem ser estocadas em baterias", explica Fröhlich, dizendo que já há empresas trabalhando com soluções nesse sentido. Segundo ele, tecnicamente o Brasil tem condições para, um dia, produzir energia renovável num patamar similar ao da Alemanha. "Mas não vejo as prioridades no Brasil indo em direção à sustentabilidade", afirma Fröhlich. "O alto teor de energias renováveis na matriz energética se parece mais com um acidente de sorte", afirma o pesquisador. (Folha de São Paulo – 28.05.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Gas Natural Fenosa prevê investir R$ 525 milhões no país

A espanhola Gas Natural Fenosa lançou este mês um plano de negócios global de € 14 bilhões (cerca de R$ 56 bilhões) para o período entre 2016-2020. Controladora das distribuidoras de gás canalizado CEG, CEG Rio e Gas Natural SPS, a companhia prevê, para o Brasil, investimentos na expansão da rede de gás e projetos de geração de energia. Para 2016, a meta é aumentar os aportes no país, o maior mercado da área de distribuição de gás fora da Espanha. Ao todo, a empresa prevê investir R$ 525,6 mi no país, na expansão e modernização das redes de gás nas áreas de concessão da CEG e CEG Rio, no Rio de Janeiro, e na Gas Natural SPS, no sul do Estado de São Paulo. O montante é 34% maior que o investido em 2015. Em seu plano de negócios, a Gas Natural Fenosa estima que o Brasil ainda tem potencial muito grande de penetração do gás e projeta crescimento de 5% ao ano no número de clientes no país. Responsável por 5% do Ebitda global, o Brasil é um dos principais mercados da empresa espanhola, cuja atuação é muito concentrada na Espanha e na América Latina. No ano passado, seu Ebitda no Brasil totalizou € 263 milhões. Do plano, previsto até 2020, cerca da metade dos aportes (€ 7,2 bilhões) será destinada à área de distribuição de gás e eletricidade. A meta é crescer, sobretudo, no Chile, México e Espanha e investir em melhorias na rede de gás no Brasil. Já a parte de geração de energia vai demandar € 4,5 bilhões. A meta é elevar em 3,5 mil MW sua capacidade instalada: 2,5 mil MW de fontes renováveis e até 1 mil MW de usinas a gás. A empresa tem, atualmente, uma carteira global de 4 mil MW de projetos em diferentes graus de maturidade em desenvolvimento, sendo 350 MW no Brasil. A Gas Natural Fenosa avalia projetos, ainda, em países como Colômbia, Chile, México e Porto Rico, na América Latina; e Indonésia, Índia, Austrália, Marrocos e África do Sul. A potência instalada da empresa no mundo, hoje, é de 15.465 MW. O plano de negócios prevê investimentos ainda no segmento de gás natural liquefeito (€ 1,6 bilhão) e serviços (€ 700 milhões). (Valor Econômico – 27.05.2016)

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2 Pequenos consumidores elevam demanda por gás natural

O consumo de gás natural nas residências brasileiras subiu 16% em março deste ano, totalizando 910 mil m³/dia, de acordo com levantamento da Abegás. Também houve elevação no segmento comercial, que consumiu 813 mil m³/dia de gás natural no mês, o volume é quase 8,5% superior ao registrado em março de 2015. No entanto, os resultados positivos ficaram restritos somente aos pequenos consumidores. A indústria, por exemplo, reduziu a demanda em 11,3%, para 25,3 milhões de m³/dia de gás natural no período. Com o desligamento de parte das termelétricas, o consumo de gás para geração de energia caiu pela metade em março, somando 18,3 milhões de m³/dia. A demanda total do país recuou 28,8%, passando de 80,3 milhões de m³/dia para 57,2 milhões de m³/dia. Ainda segundo os dados da Abegás, o uso de gás natural para cogeração de energia elétrica recuou 3,1% no mês, passando de 2,54 milhões de m³/dia para 2,46 milhões de m³/dia de gás. Além disso, a demanda por GNV totalizou 4,93 milhões de m³/dia, volume 0,7% menor na comparação anual. A Resolução nº 11/2016 da ANP tem como objetivo aumentar a eficiência do sistema de transporte de gás natural, mas ainda encontra alguns desafios para ser colocada em prática. "Precisamos resolver as questões tributárias da cadeia de gás natural. O imposto incidente sob transporte e importação e o ICMS Interestadual são entraves para a retomada da agenda de investimentos. É necessário buscar um pacto entre todos os estados”, de acordo com Augusto Salomon, presidente executivo da Abegás. (Agência Brasil Energia – 27.05.2016)

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3 Tarifa de gás ficará mais barata em São Paulo

A tarifa de gás natural ficará menor em grande parte do estado de São Paulo. Os segmentos comercial, industrial, de cogeração e residencial de grande porte atendidos pela Comgás terão suas tarifas reduzidas na próxima terça-feira (31/5), de acordo com a decisão da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp). O reajuste é fruto do alinhamento do custo de gás natural e do repasse de valores acumulados, que seguiram a tendência de queda do preço do petróleo no mercado internacional. “Além disso, há a correção das margens de distribuição pelo IGP-M e a aplicação do Fator de Eficiência X”, segundo a distribuidora. O último reajuste feito pela Arsesp aconteceu há um ano, em maio de 2015. A alteração deve animar especialmente a grande indústria paulista, com consumo acima de 3 milhões de m³/mês, que terão preços 21% menores a partir de junho. Já indústrias menores, de 50 mil m³/mês, a redução será de 11,3%, de acordo com a Comgás. Em alguns segmentos, no entanto, haverá aumento de tarifa, como para o gás natural vendido aos postos de combustível, o GNV. As elevações serão de 2,2% para o GNV e de 4,8% para clientes com consumo médio de 3 m³/mês. (Agência Brasil Energia – 27.05.2016)

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4 Aneel libera início de operação comercial de duas termelétricas em Rondônia

A Aneel liberou duas termelétricas no Estado de Rondônia para o início das operações comerciais desde a última terça-feira, 24 de maio. A UTE CNH União Bandeirantes, obteve liberação para UG1 a UG8, de 0,4 MW cada uma e, para UG9 a UG16, de 0,44 MW cada, totalizando 6,72 MW de capacidade instalada. Já na UTE CNH Distrito de Triunfo, as unidades liberadas foram as de 1 a 12, com 1,54 MW cada, a 3 de 1,27 MW, da 4 a 7, de 0,4 MW cada uma e, da 8 a 13, de 0,44 MW cada. Dando um total de 8,6 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 25.05.2016)

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Grandes Consumidores

1 Consumo de gás natural na indústria cai 15,2% em março

O consumo de gás natural no Brasil no segmento industrial apresentou queda de 15,2% em março frente a igual mês no ano passado, segundo a Abegás. Em relação a fevereiro, a queda foi de 1,34%. O levantamento foi feito com concessionárias em 20 unidades da federação, nos segmentos industrial, residencial, comercial, automotivo, cogeração e termogeração, entre outros. Segundo a pesquisa, na somatória de todos os segmentos, o consumo do insumo registrou retração de 30,31% em março, em base anual. Contra fevereiro, houve recuo de 14,81%. Foram consumidos 57,16 milhões de metros cúbicos por dia em março deste ano frente a 67,13 milhões de metros cúbicos por dia em fevereiro. A queda na base anual, de acordo com a entidade, é reflexo da redução da atividade industrial, além do desligamento das térmicas a gás, o consumo na termogeração caiu 27,2% no mês contra mês e 50,5% no ano contra ano, como consequência direta da queda na demanda por energia elétrica. Segundo o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon, a queda no consumo do segmento industrial é um “claro reflexo” do momento de crise pelo qual passa o país. Apesar disso, ele acredita que o panorama irá mudar, já que o gás natural é um insumo estratégico para a retomada do crescimento econômico. “Precisamos resolver as questões tributárias na cadeia do gás natural. A questão do ICMS incidente no transporte e importação e do ICMS interestadual é um entrave para a retomada da agenda de investimentos no setor”, diz Salomon, em nota. No recorte por regiões, o Sudeste apresentou crescimento nos setores automotivo (+2,6%) e comercial (+2,2%), enquanto o Sul teve destaque nos segmentos industrial (+2,9%), residencial (+25,1%), comercial (+6,8%) e de cogeração (+8,3%). No Centro-Oeste, as áreas residencial e comercial apontaram alta de 46,6% e 32,7%, respectivamente, enquanto o Nordeste registrou aumento de 1,2% no consumo residencial. No Norte, comercial e industrial tiveram alta de 10,8% e 3,2%, respectivamente. (Valor Econômico – 26.05.2016)

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2 Consumo de aço cai na América Latina

O consumo do aço laminado na América Latina caiu 17% no primeiro trimestre na comparação anual, para 15,36 milhões de toneladas. Os dados são da Asociación Latinoamericana del Acero (Alacero), que reúne fabricantes na América Latina. A Alacero diz que os números continuam a refletir "dificuldades produtivas e financeiras" para a região ". Destaca no relatório que o início de ano difícil é um reflexo "do fraco crescimento global e regional econômico, do menor desempenho das atividades industriais e dos efeitos adversos da sobrecapacidade global no mercado do aço". E aponta a "situação política e econômica do Brasil", principal produtor da AL. (Valor Econômico – 30.05.2016)

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Economia Brasileira

1 Dívida Pública Federal cai 3,01% em abril, para R$ 2,799 tri

A DPF caiu 3,01% em termos nominais na passagem de março para abril, somando R$ 2,799 tri. Pelas metas estabelecidas no PAF, a DPF deve oscilar entre R$ 3,1 tri e R$ 3,3 tri neste ano. Segundo nota divulgada pelo Tesouro Nacional, a Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) registrou uma queda de 3,03% em abril, para R$ 2,670 tri. Já a Dívida Federal Externa somou R$ 129,6 bi, o que representa uma queda de 2,7% na comparação com os números de março. No quarto mês de 2016, as emissões da Dívida Pública Federal corresponderam a R$ 52,74 bi, enquanto os resgates somaram R$ 161,33 bi, o que resultou em resgate líquido de R$ 108,6 bi. Desse total líquido, R$ 107,98 bi referem--se a resgate líquido da DPMFi e R$ 620 mi de resgate de Dívida Pública Federal Externa. O percentual vincendo da dívida interna em 12 meses ficou em 19,15%, contra 23,12% em março. O prazo médio da dívida interna fechou abril em 4,64 anos, ante 4,47 anos em março. Considerando a metodologia "Average Term to Maturity", que permite maior comparabilidade do Brasil com outros países, a vida média da dívida pública federal passou de 6,55 anos em março para 6,75 anos no mês passado. Participação dos detentores na dívida A participação de investidores estrangeiros na DPMFi apresentou alta, após quatro meses seguidos de queda. Em abril, a fatia do não residente subiu para 17,39% do total, depois de 16,73% um mês antes. Em valor absoluto, a fatia passou de R$ 460,73 bi para R$ 464,29 bi. As instituições financeiras encerraram o mês respondendo por 21,86% da DPMFi, contra 24,28% em março. As instituições de Previdência fecharam abril com 24,14%, ante 22,62% em março. Os fundos de investimento reduziram a participação para 20,87% em abril, após os 20,96% um mês antes. O governo ampliou sua participação de 5,76% em março para 5,96% em abril. Já as seguradoras aumentaram de 4,55% para 4,71%. (Valor Econômico – 27.05.2016)

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2 Nova meta fiscal aprovada no Congresso é sancionada e vira lei

Foi publicada nesta sexta-feira, no Diário Oficial da União, a Lei 13.291/16, que altera a meta fiscal do setor público prevista para este ano, com déficit de R$ 170,5 bi. A LDO, aprovada em dezembro de 2015, era de um superávit de R$ 24 bi. A nova meta foi aprovada em sessão conjunta do Congresso Nacional na última terça-feira. Antes disso, em março último, o superávit previsto na LDO havia mudado, com aval do Legislativo, para um déficit de R$ 96,7 bilhões. Se for levado em conta todo o setor público consolidado, incluindo estatais, estados e municípios, a meta de déficit primário (que exclui o pagamento de juros da dívida) estabelecida é de R$ 163,94 bi. “A nova proposta foi definida em função da situação das contas públicas encontrada pelo governo do presidente em exercício Michel Temer. O aumento das despesas previsto levou em conta a renegociação da dívida dos estados, restos a pagar, obras do PAC, a retomada e ampliação de obras em estradas, além de gastos nas áreas da saúde e defesa”, diz uma nota divulgada nesta sexta-feira pelo Ministério do Planejamento. (O Globo – 27.05.2016)

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3 Quebra de safra eleva previsão de IGP-M para 0,74%

Quebras de safras no mercado doméstico e a alta de grãos no exterior pressionaram os preços de produtos agropecuários e, em consequência, a inflação no atacado em maio, avaliam economistas, apesar da trajetória favorável do câmbio no período. Segundo a estimativa média de 16 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, o IGP-M avançou de 0,33% em abril para 0,74% neste mês. As projeções para o indicador, a ser divulgado hoje pela FGV, vão de alta de 0,61% até 0,79%. Se confirmadas as previsões, o IGP-M acumulado em 12 meses terá subido de 10,63% para 11% na passagem mensal. Novos choques de oferta acabaram pressionando os preços de culturas com peso relevante nos IGPs, diz Flávio Serrano, economista-sênior Haitong, com destaque para a soja, que aumentou 11,2% em maio. Em seus cálculos, O IGP-M acelerou para 0,76% no mês atual, influenciado principalmente pelo IPA, que representa 60% do indicador geral e avançou de 0,29% em abril para cerca de 0,90% agora. Dentro do IPA, um dos componentes do IGP-M, Serrano avalia que a maior pressão partiu dos preços agropecuários, que devem ter subido 2,35%, um ponto percentual a mais do que a variação apurada no indicador no mês anterior. (Valor Econômico – 30.05.2016)

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4 Para economistas, BC deve manter meta da inflação em 4,5%

O dilema entre os juros baixos e a vigilância da inflação traz um desafio ao Conselho Monetário Nacional (CMN), que, na sua próxima reunião, em junho, vai definir a meta para a inflação de 2018 e pode alterar a de 2017, que está em 4,5%, podendo chegar a 6%. Mas, para a maioria dos economistas, a tendência é que as taxas a serem buscadas sejam mantidas, para que não se frustrem as expectativas do mercado ou esfriem a tão esperada retomada da economia, forçando uma queda maior nos juros. O economista da Uerj Luiz Fernando de Paula explica que uma meta maior que a atual daria mais espaço para se acomodarem choques e pressões inflacionárias, enquanto que uma meta menor mostraria um comprometimento maior do governo com uma inflação baixa, o que, em tese, ancoraria as expectativas inflacionárias e, se bem sucedido, permitiria reduzir a taxa real de juros. No entanto, acredita que a tendência é manter a meta de 4,5% para 2018: “Forçar uma desinflação maior implicaria, possivelmente, numa redução futura menor na taxa de juros, o que arrefeceria a retomada de crescimento do país”. Eduardo Velho, economista-chefe da INVX Global Partners, considera “muito difícil” uma mudança no regime de metas. “Se o BC tentar mostrar para o mercado que vai aceitar uma inflação maior para reduzir os juros, vai criar uma reação muito negativa’, afirma Velho. Ele acrescenta que o mercado já prevê um cenário com juros mais baixos, tanto no curto prazo quanto no longo. O mais recente boletim Focus projeta que a Taxa Selic chegará ao fim de 2016 em 12,75% ao ano, 1,5 ponto percentual a menos que os atuais 14,25%. Já para a inflação de 2017, a expectativa é de 5,5%, acima do centro da meta prometido pelo BC. (O Globo – 30.05.2016)

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5 Fitch coloca rating do Estado do Rio em perspectiva negativa

A agência de classificação de risco Fitch Ratings colocou a nota do Estado do Rio de Janeiro em perspectiva negativa. De acordo com a agência, a decisão reflete a posição de liquidez do Estado em rápida deterioração que pode levar a novos atrasos no pagamento do serviço da dívida. Tal situação, diz a Fitch em nota, é incompatível com os atuais ratings atribuídos ao Estado. Com a perspectiva negativa, a agência sinaliza que pode rebaixar a nota do Estado no curto prazo. (Valor Econômico – 25.05.2016)

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6 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h28 o dólar comercial operava em alta, vendido a R$ 3,6050, baixa de 0,13%. Na sexta-feira, o dólar comercial subiu 0,37%, fechando a R$ 3,6096. Com isso, a moeda encerra a semana com alta de 2,63% e acumula valorização de 4,94% no mês. (Valor Econômico – 30.05.2016 e 27.05.2016)

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Internacional

1 Argentina compra gás natural do Chile através de gasodutos que foram construídos exportação

A Argentina está comprando agora gás natural do Chile, através de gasodutos que foram construídos para uso no sentido contrário. Em breve a Argentina irá importar eletricidade deste mesmo país por linhas de transmissão construídas para exportar energia. Na Argentina estão sendo exibidos os acontecimentos que devem ser feitos depois de passado um governo irresponsável, que não tinha planos para incentivar a produção, mas apenas dedicação à demagogia, corrupção e desgoverno. Quando os Kirchner chegaram ao governo na Argentina, o país exportava gás natural para o Chile, mas quando saíram, era necessário importar. No momento, o preço que a Argentina paga pelo gás recebido do Chile é de US $ 7,20 / milhão de BTU para os primeiros 4,5 milhões de m3 / dia. Volumes adicionais terá preço de US $ 6,90. (Neste momento, o preço pago pela Argentina pelo gás boliviano é de US $ 3,02). Além dessas medidas, a Argentina está implementando políticas concretas de instalação de sistemas de geração elétrica energia eólica e solar. Este final do ano, 70% de um total de 8.100 empresas devem comprar 8% da energia utilizada a partir de fontes limpas. (El Diário – Bolívia – 27.05.2016)

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2 Bolívia se preocupa com fornecimento à Argentina

A Bolívia não é capaz de vender volumes maiores, porque sua produção está em crise. A pior notícia que chega à Bolívia, da Argentina é que as suas autoridades estão alertas a qualquer violação de contrato de provisão de gás, porque eles sabem que há uma cláusula que deve ser paga pelo gás que não é enviado, com multa de 15%. A mensagem de advertência, que chega da Argentina é essa: temos de ter políticas sérias e inteligentes, a menos que se deseje ter que usar os gasodutos de exportação na direção oposta. Para a Bolívia o preço do gás natural vendido pelo Chile se torna muito importante, porque se começam a falhar os envios para a Argentina o país seria forçado a pagar pelo gás do Chile ao mesmo tempo que paga à Argentina a multa. (El Diário – Bolívia – 27.05.2016)

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3 Usinas a carvão podem perder US$ 76 bi em valor de mercado

As mudanças esperadas no setor elétrico em países como Japão e China e no mundo, em geral, sugerem uma grande incerteza sobre o futuro para térmicas a carvão e um risco cada vez mais elevado de que esses ativos sejam abandonados ou se tornem irrecuperáveis. A avaliação é do consultor de finanças de energia do Instituto para Economia da Energia e Análise Financeira (IEEFA), Gerard Wynn. O especialista cita relatório do Credit Suisse, que projeta um potencial de perdas por impairment de US$ 76 bi nos próximos cinco anos, em um cenário de restrição ao carvão. Com isso, a receita dos investidores seria afetada e sua capacidade de pagar obrigações diminuiria. De acordo com Wynn, há uma sobrecapacidade nos mercados de carvão como fonte de energia, com restrições regulatórias e uma competitividade cada vez maior de fontes renováveis. Além disso, o desligamento massivo de usinas a carvão na Europa e os planos dos EUA de fechar uma capacidade de 102 GW até 2020, tornam arriscado apostar em uma expansão da fonte. A expectativa é de que esses os ativos existentes sofram uma grande perda de valor de mercado, em processos de impairments. De acordo com o especialista, a sobrecapacidade da fonte é altamente evidente na China e iminente no Japão. Nos países, a geração a carvão é ameaçada de duas formas: primeiro, pela competição com renováveis e nucleares, que têm prioridade no acesso à rede e cujos custos de operação são menores. Segundo, pelo quadro regulatório, que deve priorizar fontes não poluentes. (Agência Brasil Energia – 27.05.2016)

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4 Start up da Tunisia desenvolve eólica sem pás

Uma startup tunisiana desenvolveu uma turbina eólica sem pás, utilizando o conceito utilizado em barcos a vela para capturar o vento e transformar em energia. Desenvolvida pela Saphon Energy, a tecnologia, denominada "zero blade" tem como objetivo gerar eletricidade sem pás, rotores e equipamentos relativos, recorrendo a dispositivos amplamente inspirados nos utilizados em veleiros. O conversor de vento, denominado Saphonian teria obtido nos resultados o aumento da eficiência e o corte pela metade dos custos de produção. A empresa avalia ainda como vantagem o uso em áreas urbanas, nas quais os ventos tendem a ser mais turbulentos, com possibilidade de diminuição dos custos de rede. O projeto está sendo desenvolvido em parceria com a Microsoft. (Agência Brasil Energia – 27.05.2016)

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5 Empresas alemãs pagam consumidor para usar eletricidade por 7 horas

Durante sete horas no começo deste mês, a Alemanha pagou para quem usasse energia. Entre as 9h e as 16h do domingo (8), o preço da megawatt-hora ficou negativo, entre - € 130 (cerca de - R$ 517) e € 34 (R$ 135). Isso aconteceu porque, na Alemanha, o mercado regula o setor de energia, com pouquíssima interferência governamental e baseado na relação oferta e demanda. Segundo Christoph Podewils, diretor da Agora –organização que pesquisa energia convencional e renovável–, as empresas alemãs preferem lidar com o desequilíbrio entre oferta e demanda reduzindo o preço abaixo de zero em vez de diminuir a potência de produção. Embora a variação seja comum, a última vez em que o preço ficou negativo foi no Natal de 2012. No dia 8, os termômetros registraram ventos fortes, céu azul e temperaturas mais elevadas que a média. Os alemães comemoravam Dia das Mães e Podewils acredita que muita gente saiu de casa para aproveitar a primavera ao ar livre. Por volta das 13h, quando o preço atingiu seu valor mais baixo e o consumo foi menor que o previsto, a produção de energia a partir de fontes renováveis era equivalente a 87% de todo o consumo de eletricidade na Alemanha. (Folha de São Paulo – 28.05.2016)

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6 Empregos em energia renovável aumentam 5% em todo o mundo

Mais de 8,1 milhões de pessoas trabalham na indústria de energia renovável em todo o mundo neste ano. O número é 5% maior em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com estudo inédito feita pela Irena, associação internacional do setor. O aumento contrasta com a redução do setor petrólifero, já que as grandes companhias do setor vêm enxugando suas atividades e fazendo um pesado corte de funcionários. No ranking das renováveis, a solar concentra hoje o maior contigente de mão de obra no mundo, com 2,8 mi (em 2015, eram 2,5 milhões de pessoas). Em seguida, aparecem os biocombustíveis, como o biodiesel, com 1,7 milhão. Depois, está a eólica (com 1,1 mi), em um crescimento de 5%. O crescimento global, no entanto, poderia ser maior não fosse a crise que assola o Brasil, onde muitos projetos de energia vêm apresentando demora, com a falta de interesse dos investidores em participarem de leilões de energia promovidos pelo governo. Entre os países, quem puxou o crescimento foi a China, país onde já há mais empregados na atividade de energia renovável, com 3,5 milhões de postos, do que no setor de óleo e gás, com 2,6 milhões. Nos Estados Unidos houve alta de 16% na força de trabalhado oriunda das energia solar e eólica, por exemplo, chegando a 769 mil postos de trabalho, em contraste com a queda de 18% nos campos de petróleo. “Esse aumento é fruto da redução dos custos da energia renovável em todo o mundo” disse Adnan Z. Amin, diretor-geral da Irena, lembrando que as renováveis vão mais que dobrar sua participação da matriz energética mundial, gerando mais de 24 milhões de empregos. O Brasil, segundo maior empregador do mundo, com 918 mil pessoas, foi na contramação e cortou cerca de 41 mil postos devido à redução na atividade de etanol. “Os empregos em biocombustíveis caíram 3% com a queda puxada por etanol devido à mecanização”. Em outro momento, a Irena afirma ainda que as novas instalações solares tiveram recuo de 3% no ano passado devido aos atrasos na implementação do Minha Casa Minha Vida e na redução total dos investimentos no setor. (O Globo – 27.05.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo Mattos, Gustavo Batista, Livia Moreira, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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