l

IFE: nº 4.098 - 24 de maio de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Brasil desenha contrato para vender sobra de energia para Argentina por dois anos
2 ONS sugere celebração de contratos com países vizinhos
3 Luiz Augusto Barroso é o nome mais cotado para EPE
4 Mercado de curto prazo tem 64% da repactuação do GSF quitados
5 Aneel pode parar de transmitir reuniões públicas por falta de verba
6 Comissão da Câmara aprova ampliação a desconto para irrigação de produtor rural
7 Audiência debate procedimentos de reembolso da CCC

Empresas
1 Retomada de investimentos depende de reformas, diz Elektro
2 State Grid considera caso da Abengoa 'complexo'
3 Relicitação de linhas da Abengoa deverá ser feita no segundo semestre, diz diretor da Aneel
4 ONS não crê em relicitação das linhas da Abengoa antes de 2017
5 Empresas de energia emitem debêntures de curto prazo
6 Três elétricas estão entre os maiores retornos do Ibovespa
7 Renova se reestrutura para ganhar fôlego
8 Renova planeja se desfazer de PCHs para se reestruturar

9 Renova busca sócio estratégico

10 Furnas estreita conversas com coreanos mirando negócios em transmissão e geração no Brasil

11 S&P Global reafirma ratings da Taesa

12 Ecom Energia visa o grande potencial de migração em Manaus

13 WEG fecha acordo para fornecer equipamentos para três usinas

14 Delta Energia visa o grande potencial de migração em Manaus

15 Trabalhadores da Eletronorte paralisam atividades por 24 horas

16 Sondagem da Abinee mostra que investimentos devem ser retomados em 2017

17 Aprovado reajuste de tarifas da Cemig

18 Revisão Tarifária da distribuidora Escelsa está em audiência pública

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 País não terá problemas no abastecimento de energia por três anos, diz ONS
3 Diretor do ONS defende redução da energia por parte de térmicas

4 Problemas na implantação de linhas de transmissão

5 Brasil pode armazenar quase sete Itaipus em baterias

Energias Renováveis
1 Energia eólica conta com financiamentos em leilões
2 EDP inicia operação dos parques eólicos Baixa do Feijão
3 Duas eólicas no Ceará poderão operar comercialmente

4 Voo do Solar Impulse 2 é adiado por problema no hangar

Grandes Consumidores
1 Ternium subscreve R$ 193,5 mi em aumento de capital da Usiminas

Economia Brasileira
1 Equipe econômica vai reavaliar metas de 2017 e 2018
2 Brasil tem superávit em conta corrente em abril

3 Projeto prevê déficit nominal de 8,96% e alta de quase sete pontos na dívida bruta
4 Confiança do consumidor melhora em maio, aponta FGV
5 IPC-S acelera em três de sete capitais na terceira medição de maio
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Brasil e Argentina negociam contratação comercial de energia
2 Projeto de energia solar une muçulmanos e judeus na Cisjordânia
3 GE investe na Arábia Saudita


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Brasil desenha contrato para vender sobra de energia para Argentina por dois anos

O governo brasileiro planeja negociar contratos firmes de fornecimento de energia elétrica para a Argentina pelo período de dois anos. A ideia é aproveitar o excedente elétrico no sistema brasileiro, estimado hoje em 12 mil MW médios, e a necessidade energética do país vizinho. Hoje, o Brasil possui acordo de intercâmbio energético com a Argentina de caráter emergencial. Na prática, a operação funciona com uma espécie de "escambo". O volume de energia que é exportado em um determinado momento é devolvido posteriormente, quando há sobra no país vizinho, e vice-versa. Luiz Eduardo Barata, diretor do ONS, defendeu a revisão integral do modelo regulatório do setor elétrico. Tiago Correia, diretor da Aneel, disse que a autarquia vai manter o cronograma de leilões previsto para este ano, mesmo com o contigenciamento de recursos para despesas descricionárias, de R$ 120 mi para R$ 40 mi. O próximo leilão previsto pela autarquia é a segunda etapa da licitação de linhas de transmissão de 2016, marcada para 1º de julho. Correia, porém, disse que a situação orçamentária da agência é gravíssima. Segundo o diretor, o objetivo da agência é que seja emitida uma portaria que possa eliminar os efeitos do último decreto de contingenciamento de recursos para a autarquia. Do orçamento de gastos previsto pela Aneel para este ano, de R$ 285 mi, R$ 165 mi estão destinados para os salários dos servidores, recursos que estão mantidos. Outros R$ 120 mi são previstos para despesas discricionárias. Desse total foram contingenciados R$ 30 mi, pelo decreto número 8.760/2016, e, depois, outros R$ 46 mi, por meio do decreto número 8.700/2016. Segundo Correia, se for revisto o segundo contingenciamento, permitindo que as despesas discricionárias fiquem em R$ 90 mi, é possível manter a operação da Aneel, mesmo com algumas atividades cortadas, como o serviço de tele-atendimento ao consumidor. (Valor Econômico – 24.05.2016)

<topo>

2 ONS sugere celebração de contratos com países vizinhos

As interconexões energéticas que o Brasil possui com a Argentina e o Uruguai poderão ter um uso maior que o que vinha sendo feito nos últimos anos. De acordo com o diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, a ideia é de que sejam feitos contratos de mercado com o país vizinho e não apenas as operações de troca que vem sendo executadas. A energia excedente no país seria o alvo dos contratos. As operações de energia com a Argentina, através das conversora de Garabi I e II, ficaram em evidência em 2015, quando no auge da crise hidrológica elas se tornaram mais frequentes, inclusive no dia seguinte em que uma perturbação no sistema deixou vários estados do Brasil sem luz. No ano passado, foi a vez do intercâmbio internacional para o Uruguai ser autorizado, por meio das conversora de Melo e Rivera. A Eletrobrás possui uma usina eólica no país. Desde então, os testes foram intensificados. (Agência CanalEnergia – 23.05.2016)

<topo>

3 Luiz Augusto Barroso é o nome mais cotado para EPE

O diretor técnico da PSR Luiz Augusto Barroso é o nome mais cotado para assumir a EPE, deixando para trás nomes como do presidente da Sabesp, Jerson Kelman, e o ex-diretor geral do ONS, Hermes Chipp. O mercado torce pela nomeação. Barroso confirmou em 23 de maio convite para a EPE, depois de ter sido questionado na semana passada e ter tergivesado sobre o assunto, sem confirmar nem negar. Barroso e o MME ainda negociam a nomeação para substituir o atual titular, Mauricio Tolmasquim, muito alinhado à presidente afastada, Dilma Rousseff. Outro nome em estudos, para a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do MME, é de Fabio Lopes Alves, ex-presidente da Celpe entre o final da década de 90 e o início dos anos 2000. O MME ainda busca nomes para a secretaria de Energia Elétrica e para a de Petróleo, Gás e Biocombustíveis. Para a Eletrobras, ainda não há intenção de mudanças, de acordo com o ministro Fernando Bezerra Coelho Filho. Neste caso, o motivo é a solução para a suspensão da negociação das ações da estatal na Bolsa de Nova York. Por ora, a equipe liderada por José da Costa Carvalho Neto está mantida. (Agência Brasil Energia – 23.05.2016)

<topo>

4 Mercado de curto prazo tem 64% da repactuação do GSF quitados

A CCEE informou que 64% dos valores da repactuação do GSF estão quitados. O montante é de R$ 1,96 bi e foi pago por 34 agentes nas liquidações financeiras do primeiro trimestre do ano no mercado de curto prazo. Ainda restam 22 agentes para quitar o total repactuado, que decidiram parcelar o valor. Com isso, eles terão até quatro liquidações financeiras subsequentes para o pagamento. A liquidação no mercado de curto prazo de março, referente a valores de fevereiro, movimentou R$ 1,22 bi dos R$ 3,68 bi contabilizados, o que representa adimplência de 33,1%. A operação envolveu 3.095 agentes, sendo 1.260 credores e 1.835 devedores. Do valor não pago, R$ 1,09 bi são remanescentes do acordo de parcelamento; R$ 1,05 bi estão relacionados com liminares de GSF ainda vigentes; e R$ 320 mi representam valor em aberto da liquidação. (Agência Brasil Energia – 23.05.2016)

<topo>

5 Aneel pode parar de transmitir reuniões públicas por falta de verba

A Aneel pode suspender outras atividades caso sejam mantidas as restrições orçamentárias estabelecidas para a agência, com risco inclusive de paralisação das transmissões das reuniões públicas e até do pagamento da conta de luz em casos extremos. Segundo o diretor, Tiago de Barros Correia, a agência espera a derrubada do decreto que limitou o orçamento para despesas de custeio da autarquia de R$ 120 mi para algo da ordem de R$ 44 mi. Correia explicou que o orçamento para folhas de pagamento de cerca de R$ 165 mi não foi contingenciado. O problema é que dos R$ 120 mi, a agência conta com um terço do necessário. O diretor revelou que todo o dinheiro contingenciado para superávit não é destinado para pagamento de juros ou investimentos em outras áreas, como educação e saúde, mas sim a um fundo de contingência para uso futuro da Aneel, uma vez que legalmente os recursos arrecadados a partir da TFSEE não podem ser usados em outras áreas. Segundo ele, esse fundo já acumula montante de R$ 2,5 bi. Para este ano, a previsão de arrecadação da taxa é da ordem de R$ 400 milhões. Como a conta na fecha, segundo Correia, para reequadrar no orçamento estabelecido, a Aneel precisaria fazer cortes. Para o diretor, a questão precisa ser definida até junho. Ele contou ainda que medidas como corte da transmissão das reuniões públicas da diretoria – consideradas um dos principais modelos de transparência na administração pública – e a suspensão da fiscalização de distribuidoras em outros estados não estão descartadas. A agência inclusive reduziu drasticamente a realização de audiências públicas. Ainda de acordo com o diretor, a Aneel sofre com problemas de manutenção predial, defasagem nos softwares e falta de capacitação de servidores e vê riscos de suspensão de pagamentos triviais como conta de luz. (Agência Brasil Energia – 23.05.2016)

<topo>

6 Comissão da Câmara aprova ampliação a desconto para irrigação de produtor rural

A CTASP da Câmara dos Deputados aprovou na semana passada, o PL 3392/15, do deputado Beto Rosado (PP-RN), que autoriza a aplicação dos descontos especiais de tarifa de energia elétrica a consumidores da classe rural que realizem atividades de irrigação e aquicultura em qualquer hora do dia, desde que respeitado o limite diário de 8 horas e 30 minutos, contínuo ou não. Atualmente, o direito aos descontos especiais é assegurado apenas durante os períodos compreendidos entre 21:30 e 6:00 do dia seguinte. Os descontos variam conforme o nível de tensão. O projeto também estende o benefício a consumidores da mesma categoria para atividades de exploração de poços semiartesianos para dessedentação humana. Para o relator na comissão, o deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), as mudanças propostas estimularão a exploração de poços semiartesianos voltados para a dessedentação humana, que ele considera um aspecto muito relevante em diversas comunidades rurais, em especial no Nordeste. Pela legislação vigente, as concessionárias e permissionárias de distribuição de energia elétrica podem acertar a ampliação do desconto em até 40 horas semanais, no âmbito das políticas estaduais de incentivo à irrigação e à aquicultura, sendo vedado repassar o custo extra às tarifas. Nesse caso, o projeto permite ainda que as concessionárias e permissionárias vedem a adoção dos descontos especiais em relação às 40 horas extras em até dois períodos de ponta do sistema elétrico, não superior a 3 horas cada um, de modo a não comprometer a segurança do atendimento ao mercado. O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Minas e Energia; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Agência CanalEnergia – 23.05.2016)

<topo>

7 Audiência debate procedimentos de reembolso da CCC

Aprovada hoje (24/5) abertura de audiência pública na modalidade intercâmbio documental, no período de 25/05/2016 a 27/06/ 2016 para receber contribuições à proposta de adequação dos procedimentos de reembolso da Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis – CCC relacionados a despesas com contratação de potência e energia elétrica, tratados na Resolução Normativa nº 427/2011. A Agência realizará ajustes no citado regulamento em função da realização dos leilões para compra de potência e energia elétrica pelas concessionárias de distribuição dos sistemas isolados, os quais resultaram na contratação de Produtores Independentes de Energia Elétrica (PIE). Na contratação por meio dos leilões, o PIE vencedor do certame, é o responsável por produzir e entregar a energia elétrica contratada e também por contratar e gerir com eficiência o combustível para a produção de energia elétrica. Desta forma, como o PIE é responsável pelo combustível, não há necessidade, por obrigação normativa, de instalar instrumentos de controle, por exemplo, sistema de medição de combustíveis. Assim a proposta em audiência prevê que seja estendido ao PIEs o reembolso dos custos da CCC de forma preliminar e direto, sem necessidade do recurso financeiro passar pela distribuidora de energia elétrica, procedimento aplicado antes apenas aos supridores de combustíveis. A Nota Técnica nº 045/2016-SRG/ANEEL, que detalha a motivação dos aprimoramentos propostos, e a minuta de Resolução Normativa, estarão disponíveis a partir de amanhã na página eletrônica da Aneel. (Aneel – 24.05.2016)

<topo>

 

Empresas

1 Retomada de investimentos depende de reformas, diz Elektro

A retomada dos investimentos no Brasil depende de “reformas necessárias” que aliviem o peso que onera “de forma brutal” o custo do país, afirmou Márcio Henrique Fernandes, presidente da Elektro. Fernandes recebe hoje pela primeira vez o prêmio “Executivo de Valor” pela atuação no setor de energia. Segundo ele, esse peso que onera o país afeta a competividade dos produtos e serviços brasileiros. A Elektro não paralisou investimentos, apesar da crise política e econômica enfrentada. “Mesmo nos momentos mais difíceis estivemos firmes e continuamos acreditando no Brasil”, disse ele. Os investimentos foram mantidos para que a Elektro, que atua no segmento de distribuição de energia, pudesse manter a qualidade do serviço. “Temos a missão de fazer um trabalho de qualidade, ser exemplo de eficiencia e oferecer um caminho justo, coerente e ético a todos os que decidem fazer o melhor pela sociedade, acreditando, praticando e melhorando e sobretudo compartilhando praticas sustentáveis com todos”, disse ele. A expectativa de Fernandes é de uma retomada do crescimento do país “ainda hoje”. “Muitos especialistas apontam para 2018 ou 2019, mas prefiro acreditar que seja bem antes, afinal, sou um sonhador e otimista por natureza e acreditar é tudo o que faço todos os dias”, disse ele. (Valor Econômico – 23.05.2016)

<topo>

2 State Grid considera caso da Abengoa 'complexo'

As negociações para a venda de ativos de transmissão da Abengoa no Brasil estão mais complicadas do que o previsto inicialmente. O presidente da filial brasileira da chinesa State Grid, tida como a potencial compradora de parte das linhas de transmissão da espanhola no país, Cai Hongxian disse que o caso é complexo e complicado. "Minha opinião pessoal é que a Abengoa no Brasil é complexa e complicada. Nossa sede está olhando o caso Abengoa. Sei que foi feita uma oferta, mas, sobre que tipo de oferta e como está a negociação, não recebi nenhuma informação", afirmou o executivo durante seminário do Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura (Ceri), da FGV, no Rio. Segundo fontes de mercado, a State Grid negocia apenas os ativos em operação da Abengoa. A espanhola, que entrou com pedido de proteção contra dívidas na Europa em novembro do ano passado, possui 6,8 mil km de linhas de transmissão em funcionamento no país e 6 mil km em implantação. As principais autoridades do setor elétrico brasileiro já consideram que o caminho mais provável para os ativos ainda não concluídos da Abengoa será a caducidade da concessão e a posterior relicitação dos projetos. Segundo Tiago Correia, diretor da Aneel, o ideal seria relicitar os projetos ainda este ano, acrescentando que já foi aberto um processo de caducidade das concessões das obras da Abengoa ainda não concluídas. "Nossa ideia é fazer isso [a caducidade] o mais rapidamente possível, garantindo a ampla defesa e relicitar a parcela que não será negociada", completou. O diretor-¬geral da ONS, Luiz Eduardo Barata, que participou de algumas reuniões com executivos da Abengoa sobre o tema enquanto era secretário¬-executivo do MME, descartou o risco de desabastecimento pelo atraso nas obras da espanhola. "Isso não deve implicar problema de abastecimento". (Valor Econômico – 24.05.2016)

<topo>

3 Relicitação de linhas da Abengoa deverá ser feita no segundo semestre, diz diretor da Aneel

A Aneel trabalha com o segundo semestre como prazo para a relicitação das linhas de transmissão da Abengoa em construção. O processo de caducidade das LTs deve ser concluído próximo do mês de agosto. De acordo com o diretor da Aneel, Tiago Correia, a expectativa é que o processo já aberto na agência transcorra de modo natural, sem litígio. Segundo o diretor, o processo deve acarretar em punição com multa para a Abengoa, que deverá ser calculada em cima do contrato da concessão. A Aneel vai analisar a dosimetria da penalidade. As obras desses projetos estariam em estágio inicial, sem constituir ainda um ativo. A State Grid negocia para comprar o que já está em operação da Abengoa, deixando de fora os ativos em construção. A matriz da empresa, na Espanha, entrou em dificuldades financeiras no fim do ano passado, o que fez com que as suas atividades fossem paralisadas no Brasil. Desde então, MME e a própria Aneel vem realizando reuniões para encontrar uma solução para a continuidade das obras. Os players do setor não vêm demonstrando interesse nessas linhas em construção, por considerarem o retorno financeiro delas baixo. Algumas linhas em construção da Abengoa podem afetar o escoamento de projetos eólicos no Nordeste. Na última semana, o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, já havia anunciado a hipótese da relicitação acontecer no segundo semestre. Rufino também trabalha para a agência montar o leilão paralelamente ao término do processo de caducidade das linhas da Abengoa. (Agência CanalEnergia – 23.05.2016)

<topo>

4 ONS não crê em relicitação das linhas da Abengoa antes de 2017

O diretor geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, disse que não acredita na relicitação das linhas da Abengoa antes do fim do ano. Segundo ele, havendo um novo leilão, ele ocorreria em 2017. Na visão do diretor, não deve haver problemas de abastecimento de energia nos próximos três anos por causa da crise econômica, que daria uma folga para a solução do empasse da companhia. A Abengoa entrou em recuperação judicial na Espanha, no ano passado. No Brasil, a empresa tem cerca de 6 mil km de linhas, entre os quais o chamado pré-linhão de Belo Monte, que conecta a usina ao Nordeste, e conexões de eólicas, na mesma região. A caducidade das linhas em construção é a única solução neste momento, isso porque até então a empresa vinha negociando uma solução de mercado, ou seja, vender todos os ativos em um único pacote. “A melhor solução é a que se tem”, resignou-se Barata. Já o diretor da Aneel, Tiago de Barros Correia, é mais otimista com relação aos prazos de leilão. Para ele, a relicitação das linhas em caducidade pode ocorrer no segundo semestre. Ele contou que as linhas não se encontram dentro do processo de administração judicial, que afeta a holding e a construtora. Além disso, há princípios de interesse público que norteiam a retomada dessas linhas. O presidente da State Grid, Cai Hongxian, considera a situação da Abengoa complexa, mas que toda a negociação para compra dos ativos da espanhola está sendo feita pela matriz na China. (Agência Brasil Energia – 23.05.2016)

<topo>

5 Empresas de energia emitem debêntures de curto prazo

Apesar da forte retração dos mercados de crédito e de capitais, as empresas de energia têm encontrado algum espaço para emitir debêntures, com aumento das captações neste ano. Boa parte dessas operações tem como objetivo financiar projetos de fontes renováveis leiloados no passado. As emissões de debêntures do setor de energia somaram R$ 2,17 bi de janeiro a abril em 15 operações, o que representa um avanço de 48,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são da Anbima. O setor foi o que mais captou no período, respondendo por 32,9% do total de debêntures. Nos primeiro quadrimestre de 2015, as empresas de energia representaram apenas 8,2% do volume. No entanto, algumas das emissões para financiar os projetos de energias renováveis ¬ feitas pelas SPE ¬ são de prazo curto. Os vencimentos vão de alguns meses a até dois anos. As operações também seguem os moldes das ofertas com esforços restritos de colocação. Em geral, são "encarteiradas" pelos bancos e não vendidas a investidores. De acordo com fonte de uma instituição financeira que preferiu não ser identificada, o prazo mostra que as emissões têm sido usadas como empréstimos¬-ponte, e não como financiamento de longo prazo. Neste ano, apenas uma oferta de debênture de infraestrutura foi feita. Entre as emissões com essas características feitas neste ano, estão as da Usina de Energia Eólica Vila Amazonas V, da Usina de Energia Eólica Vila Para e da Santa Vitória do Palmar. "Temos acompanhando, que na comparação com demais setores, energia eólica tem mais operações e mais oportunidades. Realmente, tem havido boa demanda, bons projetos, e um 'pipeline' grande", afirma Alexandre Teixeira, diretor de renda fixa e financiamento de projetos do Itaú BBA. "Uma série de leilões aconteceu e as empresas precisam viabilizar os investimentos. Em condições normais, os projetos têm fluxo de caixa estável e previsível, por isso é relativamente fácil financiar", diz Marina Anselmo, sócia da área de mercado de capitais do escritório Mattos Filho. (Valor Econômico – 24.05.2016)

<topo>

6 Três elétricas estão entre os maiores retornos do Ibovespa

Um levantamento da Economática revela que das maiores empresas em termos de rentabilidade sobre o patrimônio (ROE) e que compõem a carteira teórica da Ibovespa estão três elétricas. São elas a Equatorial (9º lugar), Tractebel (10º lugar) e EDP (11º lugar), com indicadores de 24,81%, 23,17% e 22,62%, respectivamente, no horizonte de 12 meses. A primeira da lista é uma empresa o setor petroquímico, a Braskem com 96,39%. Contudo, o ROE de todas as empresas de capital aberto brasileiras não financeiras atingiu o menor patamar desde o primeiro trimestre de 2003 quando o índice foi de 2,33%. A mediana ao final de março ficou em 4,14%, com esse resultado são três trimestres seguidos de baixa. O indicador dos bancos, que é colocado em uma avaliação em separado também apresentou baixa neste trimestre com 9,74% ante 11,29% ao final de 2015. (Agência CanalEnergia – 23.05.2016)

<topo>

7 Renova se reestrutura para ganhar fôlego

A frustrada parceria com a americana SunEdison, em recuperação judicial desde abril, obrigou a Renova Energia a fazer um forte ajuste em suas estruturas. Além de perder dinheiro com o negócio, a Renova teve de receber aporte de recursos dos sócios, rever o cronograma de obras, cortar despesas e procurar um sócio estratégico para reforçar a capacidade de investimento da empresa. No primeiro trimestre deste ano, a companhia registrou prejuízo de R$ 551 mi, sendo R$ 382 mi referentes à perda de investimentos com o grupo americano. Em junho de 2015, a Renova vendeu 14 parques eólicos à SunEdison, por cerca de R$ 1,6 bi. Desse valor, cerca de R$ 500 mi entraram no caixa da empresa em dinheiro, e o pagamento restante foi em ações. Empresa vendeu 14 parques eólicos na BahiaCom dificuldades financeiras nos EUA, os papéis da SunEdison despencaram e a Renova teve de contabilizar as perdas. Além disso, foi obrigada a rescindir o contrato de venda de três PCHs, de 41,8 MW, com o grupo americano. Referência no setor de energia eólica, a empresa tem 770 MW e 11,5% dos parques vendidos para a SunEdison. Para equalizar as contas, a companhia renegociou contratos que tinha no mercado livre com seus próprios sócios. Um parque eólico, de 200 MW, que deveria entrar em operação no ano que vem foi prorrogado para o fim de 2020. Outro que entraria no fim de 2015 ficou para outubro deste ano. “A condição do setor, com sobra de energia, foi favorável a essa revisão dos cronogramas”, afirmou o diretor comercial da Cemig, Evandro Vasconcelos, presidente do conselho de administração da Renova. (O Estado de São Paulo – 24.05.2016)

<topo>

8 Renova planeja se desfazer de PCHs para se reestruturar

A reestruturação da Renova envolve um aumento de capital de R$ 731 mi, afirmou o diretor comercial da Cemig, Evandro Vasconcelos, presidente do conselho de administração da Renova. Desse valor, a Cemig já aportou R$ 240 mi e a Light deve colocar outros R$ 40 mi. Além disso, a empresa de energia renovável deve vender alguns ativos. A ideia é preservar os ativos eólicos e se desfazer das participações em PCHs. Numa das operações em análise, a Cemig, sócia da empresa com 27,3% de participação, compraria três usinas da Renova, dizem fontes do setor. Pelo negócio, a estatal mineira não desembolsaria dinheiro, mas assumiria dívida da companhia. Assim, a Renova reduz os custos com endividamento, de R$ 2,8 bi, de acordo com o balanço de março de 2016. “A venda de ativos da companhia é uma alternativa. Mas não precisa ser necessariamente para a Cemig. Pode ser para o mercado”, afirma Vasconcelos. Segundo ele, além das três PCHs com 100% de capital da Renova, há ainda uma participação de 51% que a empresa tem na Brasil PCH, num portfólio de 13 usinas de 290 MW. (O Estado de São Paulo – 24.05.2016)

<topo>

9 Renova busca sócio estratégico

A Renova está em busca de um sócio estratégico para compor o bloco de controle, segundo o diretor comercial da Cemig, Evandro Vasconcelos, presidente do conselho de administração da Renova. “Acreditamos que antes da venda da participação da Light, conseguiremos fechar um acordo para a entrada desse novo sócio” disse ele. Nos últimos meses, a empresa foi procurada por quase 20 grupos nacionais e internacionais em busca de informações sobre a venda da participação dos 16% da Light. Estão no páreo para levar a fatia da companhia, grupos chineses, canadenses e americanos, além de fundos brasileiros. Fontes afirmam que, além da chinesa State Grid, que já tem investimentos no País, outros grupos asiáticos estão de olho na Renova, como fundos de private equity. A venda traria mais fôlego para a empresa para tocar o plano de expansão nos próximos anos. No conjunto de medidas para equilibrar as contas, a Renova também vai fazer um enxugamento das despesas. Nos últimos anos, o número de funcionários subiu para cerca de 450 pessoas. Com a crise provocada especialmente pela SunEdison, esse número já caiu para algo em torno de 380 funcionários. O objetivo agora, segundo Vasconcelos, é terceirizar alguns serviços na empresa. (O Estado de São Paulo – 24.05.2016)

<topo>

10 Furnas estreita conversas com coreanos mirando negócios em transmissão e geração no Brasil

Os executivos de Furnas receberam uma comitiva de executivos da Korea Electric Power Corporation (Kepco). O encontro teve como objetivo discutir parcerias em futuros negócios no setor elétrico brasileiro, em especial em empreendimentos de transmissão nas regiões Centro-Oeste e Sul do país e na implantação de parques eólicos no Nordeste. “Esta visita é importante porque a Kepco quer se estabelecer no Brasil. Eles ainda não têm qualquer sociedade no país, e Furnas pode se tornar uma facilitadora e parceira de negócios. Temos muito a oferecer a eles, também, em conhecimento sobre a transmissão em ultra alta tensão. Podemos estabelecer uma troca de experiências”, disse Flávio Decat, presidente de Furnas. Durante as reuniões, os representantes da Kepco receberam informações sobre a estrutura, planejamento e governança do mercado de energia elétrica brasileiro. Vice-presidente da Kepco, Dongil Lee, por sua vez, apresentou projetos da empresa na Ásia, como um anel de transmissão em corrente contínua interligando Coreia do Sul, China, Japão e Rússia; além de linhas de transmissão de + 500 kV, também em corrente contínua, na Coreia. A Kepco tem 51% de suas ações controladas pelo governo sul coreano. Os ativos da companhia somam US$ 152 bi, e a receita anual é de US$ 53 bi. Além de participar de reuniões com a diretoria de Furnas, os coreanos conheceram as instalações do Cepel; a usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR), e a subestação de Furnas. De acordo com o vice-presidente da Kepco, Dongil Lee, a viagem de sua equipe ao Brasil visa preparar a vinda de membros da diretoria da empresa aos Jogos do Rio 2016. Os coreanos propõem que a estruturação de uma eventual parceria com Furnas seja consolidada durante esta visita. “A oportunidade que Furnas nos proporciona de conhecer detalhadamente o mercado de energia nacional mostrou que existe muito potencial para atuação conjunta. Vocês têm uma tradição na transmissão em corrente contínua de grandes blocos de energia por longas distâncias, como em Itaipu, e nós, além do capital para investir estamos desenvolvendo inovações tecnológicas nesta área. Nossos interesses são complementares e levarei esta visão otimista aos setores da Kepco responsáveis pelos estudos de viabilidade econômica e análise de riscos”, disse Lee. O diretor-geral do Cepel, Albert Geber Cordeiro de Melo, ressaltou a importância do estabelecimento de parcerias entre as empresas de energia brasileira e coreana. (Agência CanalEnergia – 23.05.2016)

<topo>

11 S&P Global reafirma ratings da Taesa

A S&P Global reafirmou os ratings da transmissora de energia Taesa após a companhia apresentar métricas de crédito alinhas às expectativas da agência de classificação de risco. Dessa forma, ficam mantidos os ratings ‘BB’ na escala global e ‘brAA-/brA-1’ na escala nacional Brasil, incluindo o rating ‘brAA-’ de sua dívida senior unsecured. Contudo, a perspectiva do rating de emissor permanece negativa, pois reflete àquela atribuída ao rating soberano do Brasil, para o qual o rating da Taesa é limitado. "O rating em moeda estrangeira do Brasil limita os ratings da Taesa. Isso reflete nossa visão de uma probabilidade apreciável de que as concessionárias de serviços de utilidade pública acompanhariam o soberano em um cenário de default porque acreditamos que o status regulado delas as expõe a potencial deterioração na qualidade de crédito do soberano (ou seja, possíveis controles tarifários e, mediante esse cenário, a arrecadação de receitas e a disponibilidade de crédito sofreriam)", avaliou a S&P Global Rating em relatório publicado na última sexta-feira, 20 de maio. (Agência CanalEnergia – 23.05.2016)

<topo>

12 Ecom Energia visa o grande potencial de migração em Manaus

As comercializadoras de energia estão atrás do grande potencial de migração para o mercado livre existente hoje em Manaus, no Amazonas. Após a interligação da capital ao Sistema Interligado Nacional, as comercializadoras começaram a trabalhar para trazer consumidores ao Ambiente de Contratação Livre. A Ecom Energia, por exemplo, inaugurou em março deste ano um escritório próprio em Manaus. Celso Concato, diretor de Relacionamento Comercial da empresa, conta que a Ecom está há dois anos monitorando a interligação, mas foi só após o reajuste da Eletrobras Amazonas Energia, distribuidora local, de 42,55% para os consumidores de média e alta tensão, aprovado pela Aneel para vigorar a partir de novembro de 2015, que a comercializadora começou a buscar clientes. "Na sequência, o reajuste foi suspenso por uma liminar e a gente foi acompanhando esse processo porque já tinha no radar, já vislumbrava um mercado extremamente promissor aqui em função do reajuste e em função das simulações que a gente vinha fazendo. O parque industrial é muito grande e como não existia a possibilidade de migração, esse é um mercado realmente muito promissor", declarou o Concato. Em janeiro, a liminar foi cassada e o reajuste foi realizado de forma retroativa a novembro de 2015, o que fez as tarifas subirem consideravelmente. Concato comentou ainda que, segundo informações da Eletrobras Amazonas Energia, já são cerca de 70 contratos denunciados, que é quando o consumidor avisa a distribuidora que quer realizar a migração para o mercado livre. A primeira empresa local da carteira de clientes da comercializadora é a Manaus Ambiental, que é a companhia de saneamento local. De acordo com o diretor, esse é o maior consumidor de energia do estado, com mais de 130 unidades de consumo, sendo cerca de 65 unidades elegíveis ao mercado livre. A Ecom fará a migração das 65 unidades. Além disso, algumas unidades se enquadram como consumidor livre e outras como especial. Segundo o executivo, oito unidades já denunciaram os contratos. "Outros clientes como a Siemens, a International Paper, entre outros da nossa carteira, já estão fazendo o processo de migração aqui", ressaltou. Ele estima que quem conseguir migrar ainda em 2016 pode ter ganhos que chegam a até 50%. "A tarifa aqui na ponta está em torno de R$ 395/MWh e fora da ponta, em R$ 245/MWh. Quando você fala num valor do mercado livre em torno de R$ 100/MWh, realmente é um ganho muito expressivo", declarou Concato. O diretor avalia ainda que para 2017, os preços no ACL estão um pouco mais altos, mas ainda assim, os ganhos variam de 20% a 30%, dependendo do perfil de cada consumidor e do tipo de energia consumida. (Agência CanalEnergia – 23.05.2016)

<topo>

13 WEG fecha acordo para fornecer equipamentos para três usinas

A WEG fechou contrato com a Lexys Holding, empresa com atuação na área de indústria, agronegócio, infraestrutura, serviços, bens de consumo e imóveis, para a construção da UHE Santa Branca (62 MW) e das PCHs Clairto Zonta (15 MW) e São João II (7 MW), todas no Paraná. A Lexys foi a empresa que arrematou a única UHE licitada no último leilão A-5, realizado em 29 de abril. O acordo foi firmado logo após a estreia da Lexys nos leilões de energia da Aneel. A construção das usinas deverá ser concluída num período de até 27 meses. A WEG será responsável pelo fornecimento de todo o pacote eletromecânico de equipamentos das três usinas, incluindo projeto, fabricação, montagem e comissionamento. (Agência CanalEnergia – 23.05.2016)

<topo>

14 Delta Energia visa o grande potencial de migração em Manaus

As comercializadoras de energia estão atrás do grande potencial de migração para o mercado livre existente hoje em Manaus, no Amazonas. Após a interligação da capital ao Sistema Interligado Nacional, as comercializadoras começaram a trabalhar para trazer consumidores ao Ambiente de Contratação Livre. A Delta Energia, por exemplo, foi uma empresa que viu em Manaus uma oportunidade para captar novos clientes. A empresa tem um representante na cidade responsável tanto por novos clientes como por realizar a migração de empresas que já são clientes da comercializadora em outros submercados e que agora tem a oportunidade de fazer a migração da unidade de Manaus. "Tem diversas indústrias em Manaus que tem filiais e que a sede é fora de lá, então já tem conhecimen. Nisso, a gente vê que tem uma tomada de decisão bastante diferente, porque essas já conhecem o mercado livre. Mas tem outras empresas que nem sabem o que é", apontou Reinaldo Ribas, gerente de Gestão de Clientes do grupo Delta Energia. Ribas estima que, considerando a carga total de Manaus, próxima a 1.100 MWme, cerca de 350 MWme a 400 MWme são de consumidores aptos a migrarem para o mercado livre. O grupo Delta já possui 10 pontos de consumo em processo de migração, mas nenhum cliente, segundo o executivo, já migrou de fato. Ele diz que o processo de migração tem demorado em torno de 180 dias. "A gente vê um potencial grande em Manaus porque diferente do restante do Brasil, lá tem consumidores convencionais também. Mas o nosso foco independe do consumo. O nosso foco é encontrar uma solução para cada tipo de indústria, avaliar cada uma e ver qual é a necessidade e a oportunidade de risco", disse Ribas. (Agência CanalEnergia – 23.05.2016)

<topo>

15 Trabalhadores da Eletronorte paralisam atividades por 24 horas

Servidores da Eletronorte paralisaram as atividades nesta segunda-feira, 23 de maio, em protesto contra o cancelamento da reunião com a Eletrobras que iria discutir o acordo coletivo de trabalho e a participação nos lucros e resultados da empresa. A reunião estava marcada para a próxima quarta-feira, 25, mas a direção da estatal teria alegado que o governo não autorizou a abertura das negociações. A discussão foi adiada pela segunda vez, segundo o Sindicato dos Urbanitários no DF. O Stiu-DF informou que a paralisação por um dia aconteceu na sede da empresa, em Brasília, e nos estados do norte onde a empresa atua. Trabalhadores de Furnas no DF também aderiram à mobilização. A Eletrobras explicou que a direção da estatal ainda não recebeu orientações do governo quanto ao acordo coletivo de trabalho, devido à transição ocorrida no Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, órgão do Ministério do Planejamento. A empresa “está trabalhando para agilizar ao máximo as negociações em respeito a seus colaboradores.” A pauta de reivindicações dos trabalhadores inclui a correção salarial pela inflação e ganho real de 1,17%, que seria correspondente ao crescimento do consumo de energia nos últimos 12 meses. O movimento também é contra a privatização da estatal e de suas subsidiárias. Há, segundo o sindicato, o receio de que um eventual programa de venda de ativos atinja um empreendimento vital para a Eletronorte, que é a UHE Tucuruí. “Se privatizarem Tucuruí acabou a Eletronorte”, afirmou o assessor de imprensa da entidade, Henrique Teixeira. O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, anunciou que a escolha dos novos dirigentes da Eletrobras e de suas controladas só vai ocorrer quando a atual direção da estatal apresentar o balanço auditado de 2014 à Securities and Exchange Commission. (Agência CanalEnergia – 23.05.2016)

<topo>

16 Sondagem da Abinee mostra que investimentos devem ser retomados em 2017

Uma sondagem realizada pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica identificou que 71% das empresas do setor eletroeletrônico suspenderam os investimentos em aumento de capacidade até o mês de abril. Desse total, apenas 7% ainda pretendem investir esse ano. Já segundo o documento da entidade, 43% indicam que deverão retomar os aportes em expansão em 2017. A sondagem da Abinee apontou ainda que 33% indicou que os investimentos deverão ser retomados apenas em 2018. Já 17% afirmaram que ainda não possuem planos em realizar novos investimentos nos próximos anos. Do total da amostragem, 29% que mantiveram seus planos de investimentos, 73% indicaram que os resultados desses aportes devem ocorrer ainda em 2016 e para 23% os efeitos devem ser percebidos a partir do ano que vem e outros 4% a partir de 2018. No levantamento divulgado, aumentou o percentual de empresas que verificou queda nas vendas ou encomendas em relação a igual período do ano passado. Agora, são 57% ante os 54% reportados em 2015. Ao mesmo tempo, as indicações de crescimento caíram de 29% para 23%. (Agência CanalEnergia – 23.05.2016)

<topo>

17 Aprovado reajuste de tarifas da Cemig

A Aneel aprovou hoje (24/5), durante Reunião Pública de Diretoria, o reajuste tarifário da Cemig Distribuição S/A (Cemig-D). Para os consumidores residenciais (Classe B1) o reajuste será de 4,21%. Os novos valores vigorarão a partir de 28/5 para 8,1 milhões de unidades consumidoras localizadas em municípios de Minas Gerais. Confira os percentuais por classe de tensão: Alta Tensão em média (indústrias): 2,06%. Baixa Tensão em média: 4,63%. Média (Baixa Tensão e Alta Tensão): 3,78%. Ao calcular o reajuste, conforme estabelecido no contrato de concessão, a Agência considera a variação de custos associados à prestação do serviço. O cálculo leva em conta a aquisição e a transmissão de energia elétrica, bem como os encargos setoriais. Os custos típicos da atividade de distribuição, por sua vez, são atualizados com base no IGP-M. (Aneel – 24.05.2016)

<topo>

18 Revisão Tarifária da distribuidora Escelsa está em audiência pública

A Diretoria da Aneel aprovou Audiência Pública para discutir com a sociedade proposta de Revisão Tarifária Periódica da Espírito Santo Centrais Elétricas S.A – EDP Escelsa, que atende 1,4 milhão de unidades consumidoras localizadas em 70 municípios do Espírito Santo. A medida foi tomada hoje (24/5), durante Reunião Pública. Os valores apresentados pela Aneel consistem em uma proposta preliminar de -3,34% (negativo) para os consumidores residenciais (B1) e de -1,20% (negativo) para os conectados em alta tensão – industriais, que conduz a um efeito médio de -1,17% (negativo). Os índices finais somente serão conhecidos em agosto, quando o assunto será deliberado pela Diretoria da Agência em Reunião Pública Ordinária. A revisão das tarifas será aplicada a partir de 7 de agosto de 2016. (Aneel – 24.05.2016)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Nordeste estão operando com 31% da sua capacidade. De acordo com dados do ONS referentes ao último dia 23 de maio, houve recuo de 0,1% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 16.068 MW mês e a energia natural afluente é de 1.779 MW med, o mesmo que 24% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Sobradinho está com 28,15%. No submercado Sudeste/ Centro-Oeste, houve aumento de 0,1% nos reservatórios, que deixou o volume em 56,7%. A energia armazenada é de 115.013 MW mês e a ENA é de 33.697 MW med, que equivale a 80% da MLT. A usina de Furnas está com 76,41% e a de Nova Ponte, com 40,1%. No Norte, os níveis continuam em 63,2%. A energia armazenada é de 9.509 MW mês e a ENA chegou a 3.714 MW med, que é 39% da MLT. A usina de Tucuruí opera com 89,62%. Na região Sul, houve o aumento expressivo de 2% nos reservatórios, que deixou os níveis em 88,3%. A energia armazenada é de 17.630 MW mês e a ENA é de 20.656 MW med, que corresponde a 101% da MLT. A usina de Barra Grande opera com 87,52%. (Agência CanalEnergia – 23.05.2016)

<topo>

2 País não terá problemas no abastecimento de energia por três anos, diz ONS

O país vive um momento de mais tranquilidade do ponto de vista do abastecimento energético e a tendência é de que não venha a enfrentar problemas de falta de energia elétrica pelos próximos dois a três anos. A afirmação é do diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, que participou hoje (23) da abertura do seminário Desafios para a Regulação de Energia e Transportes, promovido pela FGV, no Rio de Janeiro. Para Barata, os empreendimentos que estão entrando em operação, como é o caso da Usina de Belo Monte, e o clima mais favorável aumentam a garantia de suprimento. “Temos uma série de eventos entrando em operação, e eu citaria ai, com destaque, Belo Monte. As condições climáticas estão melhores, apesar de estarmos na fase final do [fenômeno] El Niño. Mas ainda temos que aguardar mais um mês para ver a situação com mais clareza”, ressaltou. Barata também defendeu a necessidade de revisão do modelo energético brasileiro, para se adequar à nova realidade do mercado e suas variantes do ponto de vista das fontes abastecimento de energia, como a eólica. “O modelo, do meu ponto de vista, é robusto, tem bases sólidas, mas já requer uma revisão, porque ao longo destes doze anos, desde o racionamento, tivemos uma série de alterações que nos obrigam a olhar o modelo como um todo e de forma integrada". Segundo o diretor é chegada a hora de se rediscutir o setor e encontrar novas alternativas que o adequem aos avanços tecnológicos. “Tivemos mudanças importantes, que se caracterizam pela evolução tecnológica, de preços e de novas fontes de energia, como a eólica, que modificam substancialmente a forma de operar o sistema.” O diretor-geral do ONS disse que a discussão do modelo deve ocorrer em hora de menor demanda e maior garantia de provimento de energia. Passamos por uma situação muito grave do ponto de vista econômico e, pela primeira vez, com redução do consumo, nos é permitido enfrentar melhor o problema e analisar com mais profundidade a revisão do modelo”. “Acho que este é o momento adequado para que nos debrucemos e olhemos o modelo como um todo, analisando profundamente tanto a questão do planejamento, quando da operação e da comercialização. Acho que este é o momento adequado para que olhemos o modelo de forma integrada”, afirmou. (Agência Brasil – 23.05.2016)

<topo>

3 Diretor do ONS defende redução da energia por parte de térmicas

O diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, defendeu a necessidade de se reduzir a geração de energia proveniente das usinas térmicas, o que, segundo ele, vai “seguramente” baratear os custos de operação do sistema. “É difícil dizer de quanto [será este barateamento], até porque cabe ao orgão regulador falar sobre isto, aferir o impacto [da retirada das térmicas] sobre a tarifa." Luiz Eduardo Barata disse que o sistema está gerando, do ponto de vista do despacho, por ordem de mérito, acima de cerca de 3 mil MW. “Se reduzirmos este percentual, teríamos uma economia de R$ 200 milhões mensais no custo da energia. Agora, o quanto isto teria de impacto, do ponto de vista da redução de tarifa, a Aneel é o órgão mais indicado para falar a respeito.” Na semana passada, Barata já havia informada que mais termoelétricas poderão ser desligadas no próximo mês. Algumas ainda estão em operação, para dar maior segurança ao sistema. Segundo o diretor, a tendência seria voltar ao regime de operação por ordem de mérito de preço. (Agência Brasil – 23.05.2016)

<topo>

4 Problemas na implantação de linhas de transmissão

O diretor-geral do ONS admitiu a existência de problemas no cronograma de implantação de linhas de transmissão, principalmente para atender novos empreendimento em operação a partir da crise financeira que atingiu a Abengoa. Segundo Barata, tanto o governo como o órgão regulador estão aguardando o fim das negociações da Abengoa com agentes que buscam solução de mercado. “Caso a solução não seja encontrada, partiremos para uma solução mais ortodoxa, que seria a retomada destas concessões e uma relicitação das mesmas, o que traria algum tipo de atraso e de constrangimento da transmissão, embora no curto prazo não viesse a causar nenhum impacto no abastecimento.” O ONS, porém, já trabalha com a possibilidade desta relicitação, uma vez que as negociações podem não chegar a bom termo. Os ativos de transmissão de energia da empresa espanhola no Brasil, que ainda estão em fase de implementação, não devem ser adquiridos pela chinesa State Grid, informou Barata. Segundo ele, o governo tinha expectativa de que chineses fechassem a compra de todo o pacote, o que poderia levar a uma retomada das obras em menor espaço de tempo. “A primeira opção é por uma solução de mercado, mas não sendo encontrada essa solução a Aneel retomará estas concessões e fará novas licitações”, afirmou. (Agência Brasil – 23.05.2016)

<topo>

5 Brasil pode armazenar quase sete Itaipus em baterias

Primeiro levantamento produzido pela Abaque sobre o potencial de negócios envolvendo tecnologia de acumulação em baterias de grande porte indica que o Brasil poderia comportar 95 mil MW em instalações desse tipo. Essa capacidade corresponde a quase sete hidrelétricas do porte de Itaipu ou o equivalente a 67% de tudo o que o país possui em termos de usinas para produção de eletricidade, somando todas as fontes disponíveis. Um “estoque” suficiente para atender todo o consumo do país durante uma hora. Denominado “Visão Geral de Tecnologia e Mercado para Sistemas de Armazenamento de Energia Elétrica no Brasil”, o estudo foi desenvolvido por Alexandre Francisco Maia Bueno e Carlos Augusto Leite Brandão, ambos diretores da Abaque. Além de mapear o mercado em seus diversos segmentos, os autores também apresentam as várias tecnologias atualmente disponíveis no mercado global – com os respectivos estágios de maturidade – e as possibilidades de aplicação. Em termos mundiais, o total instalado de armazenamento era de 187,3 GW até março último, contra 185,3 GW em agosto de 2015. No Brasil, as primeiras iniciativas em torno dessa tecnologia começam a surgir por meio de iniciativas isoladas como no caso da AES Tietê, que terá um projeto de pequeno porte na usina Bariri. A Aneel, por sua vez, pretende lançar uma chamada para um projeto de P&D estratégico sobre esse tema. (Agência Brasil Energia – 23.05.2016)

<topo>

 

Energias Renováveis

1 Energia eólica conta com financiamentos em leilões

Com a crise hidrológica iniciada em 2012, o país aumentou o foco em projetos de energia renovável e, nos anos seguintes, foram promovidos mais leilões para geração a partir de fontes alternativas. Depois de dois a três anos dos leilões, as companhias precisam entregar a energia contratada e, por isso, têm necessidade de caixa para fazer frente aos investimentos. O setor conta com financiamento do BNDES e, quando as empresas participam dos leilões, as condições de financiamento já são dadas. Uma parcela pequena é financiada pelo mercado de capitais - cerca de 20%, segundo Marina. Algumas vezes, o próprio BNDES subscreve as debêntures. "Há movimento para captação nesse setor porque empresas ganharam concessões em leilões recentes, sobretudo no Sul e no Nordeste, onde venta bastante, e pelo momento atual do cronograma precisam entregar energia em breve. A fase atual é de levantamento de recursos e o mercado de capitais serve como fonte suplementar", diz Ricardo Russo, sócio do escritório Pinheiro Neto. Russo lembra que, em alguns projetos, o BNDES aceita compartilhar garantias, o que traz mais facilidade para fazer a operação via mercado. Russo destaca também uma terceira fonte de recursos - a Caixa Econômica Federal. Segundo ele, a Caixa capta via BNDES e repassa o dinheiro para as companhias, ganhando um spread. O caminho mais eficiente, mas não tão frequente quanto desejado, é a captação via debêntures de infraestrutura, que seguem as regras da Lei nº 12.431, que dá isenção ao investidor pessoa física. De acordo com Teixeira, do Itaú BBA, o mercado voltado para pessoa física está aquecido neste ano, mas a procura tem sido por títulos com prazos mais curtos. Por isso, há pouco interesse por papéis de infraestrutura, que geralmente têm prazo mais longo. "Vimos um começo de ano forte para títulos incentivados, mas a maior parte é de certificados de recebíveis do agronegócio (CRA). Debêntures de infraestrutura, só vimos uma operação. Tivemos um volume interessante para esse investidor, mas com prazos menores aos que as debêntures exigem", diz. Hans Lin, responsável pelo banco de investimento do Bank of America Merrill Lynch, afirma que o setor de energia tem vários projetos com necessidade de financiamento, mas pondera que o mercado local de dívida é muito dependente dos bancos e, no momento, está mais restritivo. "Não vemos abundância para o setor", diz. Segundo Lin, as emissões vistas no mercado são "oportunistas". Ele pondera que, no geral, a situação não está fácil para as empresas, que muitas vezes precisam recorrer à venda de ativos. "Vemos o mercado de fusões e aquisições muito ativo. Empresas não conseguem financiar o projeto e optam por vender para quem tem condições de colocar a operação de pé", afirma. (Valor Econômico – 24.05.2016)

<topo>

2 EDP inicia operação dos parques eólicos Baixa do Feijão

A EDP Renováveis colocou em operação comercial os parques eólicos Baixa do Feijão de I a IV, conforme aval dado pela Aneel nesta segunda-feira (23/5). São 60 aerogeradores, que somam 120 MW de capacidade, localizados em Jandaíra (RN), em testes desde março. Cada parque possui 30 MW, com 15 turbinas, todas conectadas à subestação João Câmara III (138 kV). A empresa negociou os projetos no leilão A-5 de 2011. Com garantia física de 57,6 MW médios, o conjunto teve as obras iniciadas em 2014. A Aneel liberou ainda três unidades geradoras da eólica Campo dos Ventos III (25,2 MW – RN), da CPFL Renováveis. Cada aerogerador possui 2,1 MW e está instalado em João Câmara. A Enel Green Power também iniciou comercialmente a primeira unidade da UHE Salto Apiacás (45 MW – MT). O projeto está planejado para entrar em plena operação em 2017. Ao todo, serão três turbinas em funcionamento, de 15 MW cada. O empreendimento está em construção no município de Alta Floresta e foi negociado no leilão A-5 de 2013. A conexão acontece na subestação coletora Fazenda (138 kV). (Agência Brasil Energia – 23.05.2016)

<topo>

3 Duas eólicas no Ceará poderão operar comercialmente

A Aneel liberou o início das operações comerciais de duas eólicas no Ceará. Na EOL Santa Catarina, as unidades liberadas foram as de 1 a 9, com 2,1 MW cada, totalizando 18,9 MW de capacidade instalada. Na EOL Goiabeira, a liberação foi para as UG1 a UG11, com 2,1 MW cada, totalizando 23,1 MW. A Aneel também liberou uma unidade da CGH Sirivera, no Tocantins, para o início das operações em teste. A unidade liberada foi a de número 1, de 1,8 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 23.05.2016)

<topo>

4 Voo do Solar Impulse 2 é adiado por problema no hangar

O início da próxima etapa da viagem ao redor do mundo do avião Solar Impulse 2 entre o norte dos Estados Unidos e a costa leste do país foi adiado nesta terça-feira (24) por vários dias devido a um problema com o hangar, anunciaram os organizadores. Os ventiladores que servem para manter inflado o hangar registraram um problema de fornecimento por "aproximadamente 2,5 minutos", explicou o Solar Impulse em seu site. "É preciso reativar o sistema de fornecimento, algumas partes do avião foram levemente tocadas pelo tecido desinflado do hangar. Depois de uma primeira verificação, os engenheiros não constataram danos. Mas será preciso fazer uma inspeção mais minuciosa nos próximos dias e o voo entre Dayton e LeHigh Valley", na Pensilvânia, "deverá ser adiado", disse o comunicado. O suíço Betrand Piccard era quem iria pilotar a aeronave nesta etapa, prevista para começar na manhã desta terça-feira. Seu compatriota André Borschberg foi quem aterrissou a aeronave no dia 21 de maio às 21h56 (22h56 de Brasília) no aeroporto Internacional de Dayton, após 16 horas e 34 minutos de voo desde sua partida de Tulsa, Okhahoma. Chegou com mais de uma hora de antecedência em relação ao previsto. O avião, de apenas um assento e com a envergadura de um Boeing 747, só pode transportar um piloto, razão pela qual Piccard e Borschberg se revezam em cada etapa. O Solar deve cobrir várias etapas. Depois da chegada a Nova York, atravessará o Atlântico para aterrissar na Europa, antes de retornar ao seu ponto de partida em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, de onde Piccard e Borschberg saíram em 9 de março de 2015 para efetuar sua viagem ao redor do mundo. As baterias do SI2 funcionam graças a mais de 17.000 células fotovoltaicas instaladas nas asas e que captam a energia solar. (G1 – 24.05.2016)

<topo>

 

Grandes Consumidores

1 Ternium subscreve R$ 193,5 mi em aumento de capital da Usiminas

A Ternium informou nesta segunda-feira que subscreveu ações no aumento de capital da Usiminas, reservando 38,7 milhões de ações ordinárias, em um valor total a que tinha direito de R$ 193,5 mi. A companhia informou ainda que tem interesse em subscrever eventuais sobras de papéis não reservados por acionistas "até um valor a ser especificado" mais adiante na operação de aumento de capital. O montante final de ações a serem adquiridas pelo grupo Ternium deve ser divulgado em 14 de junho, quando a segunda etapa da oferta será concluída. Na semana passada, a CSN, maior acionista minoritária da Usiminas, informou que havia subscrito cerca de 35,8 milhões de ações no aumento de capital da rival, em um valor total de R$ 178,8 mi. Mas a subscrição da CSN foi depositada em juízo, à espera de decisão da Justiça sobre processo em que a empresa cobra utilização de recursos da mineradora Musa, unidade da Usiminas, para reduzir o montante do aumento de capital da rival. O valor a ser levantado pela Usiminas junto a seus acionistas foi decidido em assembleia em abril. A proposta de R$ 1 bi foi feita pela Nippon Steel, que considera o valor como essencial para garantir a sobrevivência financeira da Usiminas e permitir que o grupo japonês Sumitomo Corporation autorize repasse de recursos da Musa para a siderúrgica. O aumento de capital envolve emissão de 200 milhões de novas ações ordinárias a R$ 5 cada. A Nippon Steel divide o controle da Usiminas com o grupo Techint, que controla a Ternium. A operação conta com garantia de subscrição pelo grupo Nippon das ações a que tem direito e de eventuais sobras até o limite de R$ 1 bi. Além do repasse de recursos da Musa, a concretização do aumento de capital é fundamental para que bancos renegociem a dívida da Usiminas em meio a um plano de reestruturação das finanças da maior produtora de aços planos do país. A Usiminas encerrou o primeiro trimestre com um sétimo prejuízo consecutivo, dívida bruta de R$ 7,4 bi e caixa de R$ 1,736 bi. (O Globo – 23.05.2016)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 Equipe econômica vai reavaliar metas de 2017 e 2018

A nova equipe econômica vai reavaliar, além dos números de 2016, as previsões do Orçamento para os próximos anos. No texto da emenda ao projeto de lei que altera a meta desde ano, enviado hoje ao Congresso Nacional, o Ministério do Planejamento deixa claro que o governo não reconhece como “factíveis” os cenários previstos para 2017 e 2018. Os objetivos fiscais para estes anos estariam, no momento, “em processo de revisão”. “Para 2017 e 2018 o governo está revendo o cenário macroeconômico e os números de projeção de receita (administrada e extraordinária) de forma a adotar cenário mais prudencial, de forma a evitar frustrações de previsão de arrecadação tão elevadas quando as observadas nos últimos 2 anos”, diz o texto, assinado por Romero Jucá. Até que os técnicos cheguem a um novo número, as previsões serão mantidas. O texto que será votado amanhã no plenário do Congresso Nacional amplia o rombo estimado para 2016 e fixa uma meta deficitária em R$ 163,9 bi (ou -2,65% do PIB) para o setor público. Desse total, cabe ao governo federal uma contribuição negativa com um déficit de R$ 170,5 bi (-2,75%) e aos estados e municípios um superávit de R$ 6,55 bi (0,1%) Para 2017 e 2018, o texto estima um superávit de 1,3% e 2%, respectivamente. Esses números já foram revistos pela equipe econômica do governo Dilma Rousseff no PLDO de 2017 para resultados positivos de 0,1% e 0,8% do PIB nos próximos dois anos. “Nesse primeiro momento, o Governo optou por manter o cenário fiscal, para os próximos exercícios, aprovado na Lei nº 13.242 de 30 de dezembro de 2015, embora reconheça que esse cenário não é factível e está em processo de revisão”, diz a emenda. (O Globo – 23.05.2016)

<topo>

2 Brasil tem superávit em conta corrente em abril

O Brasil registrou em abril um superávit de US$ 412 mi nas suas transações correntes. A cifra veio bem melhor que aquele prevista pelo BC, de déficit de US$ 1 bi. No acumulado até abril, o déficit em conta corrente somou US$ 7,166 bi. Medida em 12 meses, a diferença entre o que país gastou e o que recebeu nas transações internacionais relativas a comércio, serviços, rendas e transferências unilaterais foi deficitária em US$ 34,107 bi, o equivalente a 1,97% do PIB estimado pela autoridade monetária. Para 2016, a projeção é de um déficit de US$ 25 bi. Em 2015, o déficit foi de US$ 58,9 bi. Em proporção do PIB, o déficit deve ser de 1,59% do PIB no ano. (Valor econômico – 24.05.2016)

<topo>

3 Projeto prevê déficit nominal de 8,96% e alta de quase sete pontos na dívida bruta

No projeto de mudança da meta fiscal deste ano, que foi encaminhado ontem ao Congresso Nacional, o governo fixou um déficit primário para todo o setor público de 2,64% do PIB e um déficit nominal de 8,96% do PIB. Para o governo central (Tesouro, Previdência a BC), o déficit será de R$ 170,496 bi e para os Estados e municípios ficou estipulado um superávit de R$ 6,554 bi. No fim deste ano, o governo projeta que a dívida líquida do setor público estará em 43,9% do PIB, ante 36,2% em dezembro de 2015. Para a dívida bruta, a projeção do governo é de 73,4% do PIB, ante 66,5% do PIB em dezembro de 2015. De acordo com a projeção, portanto, neste ano a dívida bruta do setor público vai aumentar quase 7 pontos percentuais do PIB. Os cenários para 2017 e 2018, em relação ao superávit primário, foram mantidos os mesmos da LDO em vigor e que está sendo revisada. Assim, a previsão é de superávit primário de 1,3% do PIB em 2017 (o equivalente a R$ 74,144 bi) e 2% do PIB em 2018 (o equivalente a R$ 119,248 bi). O governo informou que o cenário para 2017 será alterado durante a discussão e votação da LDO para o próximo ano. Segundo a proposta de mudança da LDO de 2016, encaminhada hoje pelo governo ao Congresso, o déficit nominal do setor público será de 4,61% do PIB em 2017 e de 3,2% do PIB em 2018. A dívida líquida do setor público projetada para 2017 é de 44,3% do PIB e a dívida bruta é de 73,8% do PIB. Para 2018, a projeção do governo é de que a dívida líquida ficará em 43,5% do PIB e a dívida bruta em 72,2% do PIB. (Valor Econômico – 24.05.2016)

<topo>

4 Confiança do consumidor melhora em maio, aponta FGV

Após duas quedas consecutivas, o ICC voltou a subir em maio, de acordo com a FGV, puxado pela melhora das expectativas. O indicador avançou 3,5 pontos, ao passar de 64,4 pontos em abril para 67,9 pontos neste mês. O resultado segue--se a quedas de 1,4 ponto em março e 2,7 pontos em abril. “Embora a alta do ICC apenas compense a queda dos dois meses anteriores, houve expressiva melhora das expectativas em maio e, pela primeira vez desde dezembro de 2013, o consumidor não está pessimista em relação à evolução da economia nos meses seguintes. Como o novo governo não teve tempo para mudanças, parece que o desfecho da primeira fase do processo de impeachment alterou positivamente o humor de uma parcela dos consumidores, talvez em função da percepção de redução das incertezas“, afirma Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor da FGV. O destaque do mês foi a melhora do IE, que avançou 5,3 pontos, a maior alta desde outubro de 2011, quanto o IE subiu 6,2 pontos. Com isso, o índice marcou 71,1 pontos, o maior desde junho de 2015 (73,1). O ISA subiu 0,8 ponto, se situando em 65,5 pontos. Entre os quesitos que integram o ICC, a maior contribuição para a alta do indicador no mês foi do otimismo com relação à economia nos meses seguintes, cujo índice subiu 14,4 pontos ao passar de 86 pontos para 100,4 pontos, o melhor resultado desde dezembro de 2013 (100,4). A parcela de consumidores projetando melhora da economia avançou de 20% para 29,9%; a dos que preveem piora recuou de 35,2% para 24,4%. Em relação ao momento presente, o indicador que mede o grau de satisfação dos consumidores em relação à situação financeira da família subiu 2,7 pontos em maio. O resultado reflete uma acomodação após o indicador ter recuado nos dois meses anteriores e registrado o mínimo histórico em abril (56,9 pontos). Na análise por classes de renda, houve alta da confiança em todas as classes. A melhora mais expressiva ocorreu no índice dos consumidores de maior poder aquisitivo (renda familiar superior a R$ 9,6 mil mensais). Para esses, o ICC aumentou 9,3 pontos, com perspectivas mais otimistas em relação à economia, às finanças pessoais e até quanto à intenção de compra de bens duráveis. O resultado geral da pesquisa mostra que a confiança do consumidor continua baixa em termos históricos e com tendência indefinida para os próximos meses, diz a FGV. (Valor econômico – 24.05.2016)

<topo>

5 IPC-S acelera em três de sete capitais na terceira medição de maio

A inflação medida pelo IPC-S acelerou em três de sete capitais pesquisadas na terceira quadrissemana de maio, informa a FGV. A maior taxa foi apurada em Salvador, onde o IPC-S saiu de 0,75% para 0,92% de alta da segunda para a terceira prévia do mês. Em Belo Horizonte, o indicador passou de um aumento de 0,51% para 0,69% e, em Recife, de 0,57% para 0,67%. No Rio de Janeiro, o IPC-S repetiu o avanço de 0,71%. Em outras três capitais, a taxa desacelerou: em São Paulo, passou de 0,57% para 0,56%; em Porto Alegre, de 0,84% para 0,74%; e, em Brasília, de 0,75% para 0,53%. Na média das sete capitais, o IPC-S subiu de 0,67% para 0,68% entre a segunda e a terceira leitura de maio. (Valor Econômico – 24.05.2016)

<topo>

6 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 11h11, a moeda norte-americana caía 0,87%, vendida a R$ 3,551. Na segunda-feira, o dólar comercial fechou em alta de 1,76% para R$ 3,5789. (Valor Econômico – G1 e Valor Econômico – 24.05.2016 e 23.05.2016)

<topo>

 

Internacional

1 Brasil e Argentina negociam contratação comercial de energia

O diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, disse nesta segunda-feira (23/5) que está negociando com a Argentina uma contratação comercial bilateral de energia, na contramão dos envios emergenciais de energia que vêm ocorrendo ao longo dos últimos anos. Segundo ele, a medida pode significar a compra, pelo país vizinho, de montantes de energia por um período entre um e dois anos. Barata, que participou do seminário "Desafios da Regulação da Energia e dos Transportes", realizado pelo Centro de Estudos de Regulação da Infraestrutura (Ceri) da Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ), destacou que o país vive hoje uma sobra de energia que permitiria a negociação em outras bases contratuais, dando um passo em direção à integração energética regional. O Brasil possui acordos bilaterais de fornecimento de entrega de energia com posterior devolução com Venezuela, Argentina e Uruguai, além do acordo com o Paraguai do qual resultou a hidrelétrica de Itaipu. (Agência Brasil Energia – 23.05.2016)

<topo>

2 Projeto de energia solar une muçulmanos e judeus na Cisjordânia

Samer Atiyat, lavrador palestino, havia subido até a metade de uma tamareira de seis metros de altura e estava cortando os talos com belos cachos do fruto, ainda verdes. Trabalhando perto do Mar Morto na terra que ainda evoca seu passado bíblico, Atiyat, de 28 anos, se mostra animado quando questionado sobre um banco de painéis solares de 38 metros, cuja energia extrai água do subsolo para irrigar o pomar. Palestino trabalha na colheira em uma tamareira em Auja, na Cisjordânia, que é irrigada por água bombeada por painéis solares israelenses Os painéis solares pontilham alguns dos vilarejos árabes mais pobres na Cisjordânia e Israel, muitas vezes doados por governos europeus, mas especialistas do setor dizem que o projeto de US$ 100 mil aqui em Auja é o primeiro de monta a ser financiado por um grupo envolvendo judeus e muçulmanos nos Estados Unidos, e a ter judeus israelenses e muçulmanos palestinos na equipe técnica. Além dos benefícios ambientais, o projeto solar dá impulso econômico aos produtores rurais que sofrem com a eletricidade pouco confiável e cara. Em vez de animosidade nacionalista, religiosa e política, os produtores rurais palestinos abraçaram o projeto com uma condição. Segundo Ben Jablonski, judeu nova-iorquino e chefe da iniciativa, a comunidade insistiu apenas para os doadores e engenheiros não terem laços com os assentamentos israelenses espalhados pela Cisjordânia em terras que os palestinos consideram suas. (O Estado de São Paulo – 23.05.2016)

<topo>

3 GE investe na Arábia Saudita

A General Electric Co. anunciou uma série de investimentos na Arábia Saudita num total de pelo menos US$ 1,4 bilhão, num momento em que o país busca reduzir sua dependência do petróleo abrindo sua economia aos negócios internacionais. O conglomerado americano afirmou, ontem, que está se juntando a dois parceiros locais, inclusive a petrolífera estatal Aramco, para construir instalações para os setores marítimos e de energia orçadas em US$ 400 milhões. A expectativa é que a iniciativa possa criar 2 mil empregos no reino. A GE também assinou um memorando de entendimento para investir US$ 1 bilhão até 2017 em vários setores, como água e aviação, junto com uma entidade saudita composta pelas maiores petroquímicas do país, o fundo saudita de investimento público e a Aramco. A GE também afirmou que cogita fazer investimentos adicionais de US$ 2 bilhões depois de 2017. O governo saudita está buscando reestruturar completamente a economia do país para diminuir sua dependência do petróleo, cujos preços despencaram desde meados de 2014. (Valor Econômico – 23.05.2016)

<topo>


Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo Mattos, Gustavo Batista, Livia Moreira, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO
Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails,  Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing.


Copyright UFRJ