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IFE: nº 4.093 - 17 de maio de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
MME revoga oito portarias de antecessores
2 MME preparava checagem do planejamento
3 Ministro Coelho Filho conquista o apoio de associações após reunião no MME
4 Representantes da Apine, Abraceel e Abragel falam sobre o novo ministro de Minas e Energia
5 ONS pode recorrer de decisão do TCU de fiscalizá-lo
6 Aneel concede liberação para três usinas operarem comercialmente
7 Paulo Pedrosa poderá ser número dois de Minas e Energia, diz fonte
8 Ajay Mathur e Adair Turner (Comissão de Transições Energéticas): “Por que renováveis não são suficientes”

Empresas
1 Rombo da Eletrobras pode afetar contas públicas em R$ 15 bi
2 Moody's: é pouco provável que bancos públicos exijam pagamento antecipado da Eletrobras
3 GESEL: Eletrobras tende a perder seu papel como instrumento de política energética do governo
4 Fitch: cobrança da Aneel e imbróglio nos EUA devem impactar Eletrobras
5 Falta de balanço da Eletrobras pode impactar na meta fiscal do governo, diz Jucá
6 Eletrobras contraria Jucá sobre impacto da Nyse nas dívidas
7 Venda de ativos da Eletrobras pode acelerar com Temer
8 Moody’s espera que Eletrobras amortize reembolso à RGR em dez anos

9 Distribuidoras da Eletrobras abrem chamada pública para projetos de P&D

10 Sobrecontratação da AES Eletropaulo deve ficar em 116% neste ano

11 Energisa tem lucro 50,2% menor nos primeiros três meses de 2016

12 Lucro da Celesc recuou 53,5% no primeiro trimestre

13 Elétricas sofrem com queda no consumo e nos preços

14 Distribuidoras apresentam resultados ruins devido à forte queda do consumo

15 Geradoras enfrentam desafios pela queda de preços

16 Setor de energia elétrica tem prejuízo de R$ 1,9 bi no primeiro trimestre

Leilões
1 Aneel habilita vencedoras do leilão de transmissão

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Números dos reservatórios pelo país
2 Preço da energia segue em retração no mercado spot

Meio Ambiente
1 Unesp terá instituto para armazenamento de energia

Energias Renováveis
1 Enseada receberá 100 torres eólicas em terminal portuário da Bahia
2 Copel dá largada para construção de Complexo Eólico Cutia no RN

Gás e Termelétricas
1 Eldorado substitui óleo por gás natural em fábrica no MS

Economia Brasileira
1 Balança comercial tem superávit de US$ 16,2 bilhões no ano
2 Atividade econômica cai 0,7% no primeiro trimestre, aponta Serasa

3 Receita tributária em abril cai 5% e complica mais as contas
4 Maria Silvia Bastos presidirá BNDES
5 Confiança dos empresários tem alta recorde em maio, aponta CNI
6 Remédios e soja puxam a alta dos IGPs em maio
7 IPC-S acelera em quatro de sete capitais na segunda medição de maio
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Alemanha rechaça suposto apoio da UE à energia nuclear

Biblioteca Virtual do SEE
1 MATHUR, Ajay; TURNER, Adair. “Por que renováveis não são suficientes”. Valor Econômico. São Paulo, 17 de novembro de 2016.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 MME revoga oito portarias de antecessores

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, revogou oito portarias de seus antecessores desde 2004. A decisão foi publicada por meio da portaria nº 183 do MME publicada na edição desta terça-feira, 17 de maio, no Diário Oficial da União. Na prática, a revogação deverá permitir uma maior centralização em questões administrativas no MME. Entre as medidas que foram revogadas estão a portaria MME nº 136 de abril do ano passado que delega competências ao secretário de desenvolvimento e planejamento energético como a aprovação do enquadramento de projetos ao Reidi. E ainda a definição de garantia física e de potência de empreendimento de geração, autorização ao acesso exclusivo a consumidor livre e autoprodutor, autorizar modificações em projetos que alterem a garantia física e a localização após a outorga emitida, além de aprovação de projetos prioritários na área de infraestrutura de energia. Foi definida ainda a revogação da portaria nº 375 de 4 de agosto de 2015 que autorizava o secretário executivo a atuar como ordenador da despesa no que se refere a atos necessários à gestão orçamentária e financeira de recursos alocados à secretaria. A de nº 566 de 21 de dezembro de 2005 referia-se também a delegação de competências para ordenadores de despesas e gestão orçamentária. A portaria nº 588 de 20 de outubro de 2014 e a nº 477 de 15 de agosto de 2012 referiam-se ainda à delegação de autorizações para assinaturas de termos de cessão de bens e equipamentos. Já a de nº 250 de 25 de abril de 2012 delegava a celebração de contratos administrativos ou a prorrogação de contratos em vigor relativos a atividades de custeio para as secretarias do MME entre valores de até R$ 10 milhões e de até R$ 1 milhão. Já a mais antiga, de nº 95, datada de 18 de junho de 2004, ainda da época de Dilma Rousseff à frente do MME, delegava competência para autorizar a cessão de servidores. (Agência CanalEnergia – 16.05.2016)

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2 MME preparava checagem do planejamento

Pouco antes de deixar o MME, o então ministro Eduardo Braga deixou engatilhado um processo internacional de contratação de empresa de consultoria para averiguar a real situação de compra e venda de energia no sistema elétrico brasileiro. A ideia era identificar e estudar formas de sanar um eventual desequilíbrio no balanço contratual do mercado, dúvida antiga entre os agentes do setor. Por meio de sua assessoria de imprensa, o ministério confirmou que a contratação estava em fase final e que “haveria interlocução com os agentes do setor sobre as propostas apresentadas no estudo”. Com a saída de Altino Ventura Filho, a área de Planejamento havia ficado sob o comando interino de Moacir Carlos Bertol, secretário adjunto. Com a chegada de Fernando Coelho Filho, recém-nomeado à pasta pelo governo interino de Michel Temer, este é mais um assunto delicado que terá que ser resolvido com traquejo político. À época, a iniciativa de Eduardo Braga, segundo rumores, não foi bem assimilada na EPE, estatal criada durante o governo Lula, justamente com a missão de planejar o sistema elétrico. Houve, segundo fontes, falta de confiança da parte do então ministro em relação ao trabalho liderado por Maurício Tolmasquim, presidente da EPE. (Agência Brasil Energia – 16.05.2016)

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3 Ministro Coelho Filho conquista o apoio de associações após reunião no MME

A decisão do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, de receber representantes de associações empresariais do setor elétrico para um primeiro encontro no último domingo, 15 de maio, causou boa impressão entre os participantes. A reunião foi de apresentação do ministro aos agentes, quando lideranças de diferentes segmentos do setor anunciaram, em linhas gerais, algumas de suas preocupações. Menel, por exemplo, lembrou que há problemas urgentes a serem enfrentados, como a sobrecontratação de energia das distribuidoras; a questão do excludente de responsabilidade da hidrelétrica de Belo Monte; a guerra de ações judiciais do setor; o mau funcionamento do mercado, que tem a inadimplência mensal de mais de R$ 1 bi na CCEE, ainda em consequência dos débitos do GSF. (Agência CanalEnergia 16.05.2016)

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4 Representantes da Apine, Abraceel e Abragel falam sobre o novo ministro de Minas e Energia

O presidente da Apine, Guilherme Velho, disse que o ministro se mostrou uma pessoa que valoriza a inovação, está disposta a ouvir os agentes, tem consciência da complexidade e sabe das implicações que cada decisão tem para o setor. O executivo apresentou durante o encontro um elenco de temas para discussão, definidos pela Apine. Ele inclui as sobras de energia no mercado; a questão das garantias de recebíveis dos investidores; a migração de consumidores para o mercado livre; a contratação da expansão num ambiente em que há um número crescente de consumidores que se tornaram livres; a geração distribuída; os atrasos nas obras de transmissão; a necessidade de licença prévia pra esses empreendimentos e a regulamentação da atenuação dos custos do GSF, prevista na Lei 13.203. Para o presidente da Abraceel, Paulo Pedrosa, o ministro conseguiu na reunião ganhar a torcida do setor. O executivo destacou que hoje o consumidor e o TN estão esgotados. O presidente executivo da Abrace, Reginaldo Medeiros, relatou que a reunião foi dinâmica, porque foram dados até dez minutos para que cada associação apresentasse suas prioridades. Ele contou que a equipe que o ministro deve anunciar até 18 de maio, deve ser composta por gente do mercado. O conselheiro da Abragel observou que esta não foi uma transição normal de governo, mas o setor teve sorte com o ministro escolhido para o MME. “Meu entendimento é que o mercado vai se surpreender muito positivamente com ele ao longo dos próximos meses”, completou Koblitz. Segundo ele, os participantes saíram motivados da reunião. (Agência CanalEnergia 16.05.2016)

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5 ONS pode recorrer de decisão do TCU de fiscalizá-lo

O TCU reiterou sua decisão de passar a fiscalizar a atuação do ONS. A defesa dessa atribuição saiu em argumentação produzida em torno de representação encaminhada pelos advogados do órgão do setor elétrico contra a medida. O documento, tornado público abril último, rebate em pormenores a alegação de que a Aneel já exerce poder de auditoria e que, portanto, não teria sentido uma sobreposição de vigilância por parte do Tribunal. Segundo informação da assessoria de imprensa do TCU, se preferir, o ONS pode recorrer a Justiça para defender seus princípios. Consultado, o operador não se posicionou sobre a questão. De acordo com a argumentação do Tribunal, “a submissão do ONS à jurisdição do TCU coaduna-se com o alcance do interesse público, consubstanciado no atendimento ao princípio do bom e regular emprego dos recursos do erário, associado aos princípios da eficiência e da transparência para o alcance das políticas públicas”. Prestes a mudar de comando – 17 de maio, Luiz Eduardo Barata, ex-secretário executivo do MME, substitui Hermes Chipp, em seu terceiro mandato – o ONS foi alvo de relatório contundente produzido pela área técnica da Aneel e que acabou vazando para a imprensa. O documento dava conta de gastos questionáveis realizados pela diretoria do órgão que, apesar de entidade de caráter civil, é sustentado por verbas provenientes da cobrança da tarifa de energia elétrica. Para 2016, os recursos aprovados pela Aneel chegam a R$ 612 mi. (Agência Brasil Energia – 16.05.2016)

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6 Aneel concede liberação para três usinas operarem comercialmente

A Aneel liberou algumas unidades geradoras para o início das operações comerciais, a partir de 14 de maio. Na PCH Santa Carolina, a unidade geradora liberada foi a de número 1, com 5,25 MW de capacidade instalada. Na EOL Campo dos Ventos III, as unidades liberadas foram a 4, 5, 7 e 8, de 2,1 MW cada, totalizando 8,4 MW. Na UTE CEM, a liberação foi para a UG2, de 12 MW de capacidade instalada. A Aneel também liberou o início das operações em teste na PCH Inxú, no Mato Grosso. As unidades liberadas foram as 1 e 2, com 10,3 MW cada, totalizando 20,6 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 16.05.2016)

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7 Paulo Pedrosa poderá ser número dois de Minas e Energia, diz fonte

O ex-diretor da Aneel Paulo Pedrosa foi convidado pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho (PSB-PE), para ser o secretário-executivo da pasta, disse à Reuters nesta terça-feira uma fonte com conhecimento do assunto. Pedrosa, que atualmente é presidente da Abrace, associação que representa grandes consumidores industriais de energia elétrica, fez parte da diretoria da Aneel entre 2002 e 2005 e é visto como um executivo com grande circulação e influência no setor elétrico. Procurado, Pedrosa disse à Reuters que teve "uma excelente conversa com o ministro", mas não quis confirmar a indicação ao cargo no ministério. "O ministro está ouvindo visões sobre o setor e tive a honra de ser convidado para uma longa conversa... Ele tem ouvido um conjunto de profissionais qualificados e está refletindo sobre isso", afirmou. (O Globo – 17.05.2016)

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8 Ajay Mathur e Adair Turner (Comissão de Transições Energéticas): “Por que renováveis não são suficientes”

Em artigo publicado no Valor Econômico, Ajay Mathur, diretor-geral do Instituto de Energia e Recursos Naturais da Índia e Adair Turner, presidente do Instituto para o Novo Pensamento Econômico, ambos co-presidentes da Comissão de Transições Energéticas, explicitam argumentos que enfatizam que as energias renováveis não são capazes de atender a demanda de produção energética e para a alteração dessa situação, seria necessário “mudanças mais amplas no sistema”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 17.05.2016)


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Empresas

1 Rombo da Eletrobras pode afetar contas públicas em R$ 15 bi

Uma dívida bilionária da Eletrobras se tornou um problema adicional para as contas públicas de 2016. O ministro do Planejamento, Romero Jucá, informou nesta segunda-feira que esse passivo pode acabar tendo que ser incluído no resultado fiscal, aumentando o rombo previsto para o ano. Segundo ele, no cenário mais pessimista, o impacto seria de R$ 40 bilhões. Os técnicos da área econômica, no entanto, acreditam que o número mais provável seja em torno de R$ 15 bilhões. Caso isso ocorra, o déficit primário do governo central (que abrange os números do Tesouro, da Previdência e do Banco Central) vai superar as previsões mais pessimistas até agora, que apontam um rombo de R$ 125 bilhões. — Estamos avaliando algumas questões. Uma delas é a Eletrobras poder gerar um impacto inesperado nas contas públicas. Em estimativas mais pessimistas, ele pode chegar a R$ 40 bilhões — disse Jucá, ao chegar ontem a uma reunião para tratar do assunto com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. A Eletrobras precisa publicar seu balanço até 18 de maio, ou seja, nesta quarta-feira, nos Estados Unidos. No entanto, até agora, a empresa de auditoria KPMG não assinou o balanço, que tem pendências, decorrentes da dificuldade da Eletrobras de mensurar as perdas decorrentes do esquema de corrupção revelado pela Operação Lava-Jato. Se o problema não for resolvido, a empresa pode ser obrigada a resgatar os recibos de ações (ADRs) negociados no mercado americano. Isso teria impacto para o Tesouro Segundo Jucá, a Eletrobras não conseguirá apresentar seu balanço até o dia 18, mas ainda haverá um prazo para que o problema seja resolvido antes que o resgate das ADRs seja feito. Em teleconferência com analistas, o diretor financeiro da estatal, Armando Casado de Araújo, admitiu que o risco de a empresa não publicar o balanço na data prevista é “elevado”. De acordo com a agência de notícias Reuters, Araújo disse que é preciso avançar mais nas investigações internas sobre o assunto. (O Globo – 17.05.2016)

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2 Moody's: é pouco provável que bancos públicos exijam pagamento antecipado da Eletrobras

Segundo José Soares, analista da Moody's, embora a dívida consolidada da Eletrobras seja de aproximadamente R$ 46 bilhões, apenas cerca de R$ 10 bilhões estão em títulos emitidos pela controladora. Este é o montante que estaria exposto a uma eventual obrigação de pagamento antecipado. “Só esse montante está em bonds e, portanto, sob risco. Da dívida total, uma fatia de 60% está nas mãos de bancos públicos, como BNDES e Caixa. É pouco provável que esses bancos exijam pagamento antecipado. Além disso, a Eletrobras foi muito clara ao afirmar hoje (ontem) que não há nenhum covenant (clásula) nos títulos que preveja antecipação de dívida em caso de ela não apresentar o documento à SEC”, explicou. Soares lembrou que a situação financeira dramática da Eletrobras hoje foi provocada, sobretudo, pela medida provisória (MP) 579, de 2012, que, em troca da renovação das concessões do setor elétrico, impôs queda nas tarifas de energia. “A Eletrobras foi a única empresa do segmento de geração que aceitou. Com isso, perdeu entre R$ 8 bilhões a R$ 9 bilhões por ano em receitas. Na transmissão, o preço do megawatt-hora foi reduzido de R$ 90 para R$ 30. Foi um mau negócio, um erro”, afirmou o analista. Outro problema para a Eletrobras é a determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que ela devolva entre R$ 3,4 bilhões e R$ 7 bilhões - a depender dos juros a serem aplicados, o que ainda não foi decidido - ao Fundo da Reserva Global de Reversão (RGR). Para Soares, a companhia não tem condições de quitar esse valor de uma só vez. Por isso ele acredita que, em vez de emitir dívida para quitar esses débitos, a Eletrobras irá negociar com a Aneel para que a amortização leve dez anos. (O Globo – 17.05.2016)

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3 GESEL: Eletrobras tende a perder seu papel como instrumento de política energética do governo

Nivalde J. de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) do Instituto de Economia da UFRJ, lembra a forte seca do ano passado, que fez com que a estatal fosse obrigada a comprar energia no mercado de curto prazo a preços elevados para honrar seus contratos, e o envolvimento nas investigações da Operação Lava-Jato, por conta das obras de Belo Monte e da usina nuclear de Angra 3. Outro fator que contribui para os resultados negativos da Eletrobras são as distribuidoras da Região Norte, que representam elevados prejuízos à estatal. “A Eletrobras tende a perder seu papel como instrumento de política energética do governo, com o fim das grandes obras. E acredito por estar prcisando de recursos o governo vai privatizar muitos desses projetos que tem atualmente”, disse Nivalde de Castro. (O Globo – 16.05.2016)

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4 Fitch: cobrança da Aneel e imbróglio nos EUA devem impactar Eletrobras

A agência de classificação de risco Fitch disse que a determinação da Aneel para que Eletrobras devolva cerca de R$ 7 bilhões ao Fundo da Reserva Global de Reversão e a incapacidade da companhia para entregar um formulário financeiro nos EUA podem levar à piora do perfil de crédito da empresa. A Fitch prevê que haverá aumento do risco de liquidez (dinheiro disponível para cumprir suas obrigações) da Eletrobras no curto prazo se o reembolso se materializar, uma vez que a geração de caixa da empresa está apertada. Em março, o caixa consolidado e equivalentes da Eletrobras totalizavam R$ 7,2 bi, enquanto a geração de caixa nos últimos 12 meses ficou negativa em R$ 10,9 bilhões. O endividamento total consolidado, de acordo com a metodologia da Fitch, era R$ 42,8 bilhões. Também em relatório, outra agência de risco, a Moody’s, afirmou que “não prevê que a Eletrobras irá emitir dívida” para quitar esses débitos. Em vez disso, a agência disse acreditar que a companhia irá negociar com a Aneel para que a amortização leve dez anos. (O Globo – 16.05.2016)

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5 Falta de balanço da Eletrobras pode impactar na meta fiscal do governo, diz Jucá

O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Romero Jucá, disse hoje (16) que o governo está buscando medidas para evitar que a não apresentação do balanço auditado da Eletrobras cause prejuízos aos cofres públicos. A empresa tem até a próxima quarta-feira (18) para apresentar as contas de 2014 para a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos, sob pena de ter que antecipar dívidas em até R$ 40 bilhões. Jucá explicou que a KPMG não quer assinar o documento por não conseguir calcular os prejuízos da empresa com possíveis irregularidades. O assunto foi debatido na noite de hoje em uma reunião entre Jucá, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, e o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto. Segundo o ministro, o valor que poderá ser cobrado da Eletrobras pela falta do balanço deverá ser incluído na nova meta fiscal que será encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional. Ele explicou que, como o problema da estatal não será resolvido a tempo, a meta fiscal deverá ter uma ressalva sobre a questão. De acordo com Jucá, o governo vai encaminhar nesta semana a meta fiscal para este ano. A meta fiscal encaminhada pelo governo da presidenta afastada Dilma Rousseff prevê um déficit de R$ 96 bi, mas esse número terá que ser reajustado de acordo com as previsões de receitas e despesas do governo. (Agência Brasil – 16.05.2016)

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6 Eletrobras contraria Jucá sobre impacto da Nyse nas dívidas

A Eletrobras descartou a possibilidade de antecipação de vencimento de dívidas caso as ações da empresa deixem de ser negociadas na Nyse. Segundo o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da estatal, Armando Casado, todos os covenants estão relacionadas às demonstrações financeiras no Brasil, que estão arquivadas. A posição do executivo contraria afirmação feita pelo ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Romero Jucá, de que a suspensão em Nova York causaria a antecipação de vencimento de dívidas de até R$ 40 bi. "Não temos nos contratos de bônus, onde captamos recursos, cláusula de default. Não tem cláusula expressa em relação a 'deslistagem' ou vencimento de dívida. Todos os covenants que temos estão relacionados às nossas demonstrações financeiras as quais arquivamos no Brasil e estão devidamente arquivadas", disse. Casado admitiu que dificilmente arquivará os formulários 20¬F relativos a 2014 e 2015 dentro do prazo. Com isso, a Nyse deverá suspender a negociação das ADRs e iniciar um processo de desligamento dos papéis na bolsa. A companhia ainda precisa concluir as investigações internas sobre indícios de corrupção para obter o parecer da KPMG para conseguir arquivar os formulários na Securities and Exchange Commission e evitar a suspensão na Nyse. Em Brasília, Jucá voltou a falar ontem em um possível prejuízo de R$ 40 bi para o governo. O ministro disse que a diretoria da Eletrobras irá buscar uma saída de "médio prazo" para as divergências com a KPMG. Jucá disse ainda que os recursos deverão sair do orçamento da União. Sobre a venda da Celg D, Casado disse que o valor da empresa, para a privatização, não deve ser revisto, ao contrário do que o mercado esperava. O valor integral da empresa é R$ 2,4 bi. A Eletrobras também avalia recorrer à Justiça contra a decisão da Aneel que obriga a companhia a devolver cerca de R$ 7 bi relativos ao uso indevido da RGR. Em relatório, a Fitch informou que o reembolso da RGR aliado ao provável não arquivamento dos formulários 20¬F vão exercer pressão sobre os ratings da Eletrobras. (Valor Econômico – 17.05.2016)

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7 Venda de ativos da Eletrobras pode acelerar com Temer

O novo governo do presidente interino Michel Temer e a gestão do MME, Fernando Coelho Filho, podem acelerar a venda de ativos da Eletrobras, segundo duas fontes próximas ao comando da estatal. De acordo com elas, além da estratégia já divulgada de venda das distribuidoras, a começar pela Celg D, a companhia já possui estudos internos para venda de participações em usinas e linhas de transmissão. O caso da Celg D é o mais avançado. A empresa já está incluída no PND. O problema, contudo, é que até o momento o BNDES e o MME não publicaram o edital do leilão de privatização da distribuidora. Com relação as outras seis distribuidoras da Eletrobras, situadas no Norte e Nordeste, a posição oficial do conselho de administração da estatal é pela venda dessas empresas. Para isso, o conselho defende que, primeiramente, seja feito um aumento de capital nessas companhias, em que a União faria o aporte da ordem de R$ 6 bi. Com essa injeção de recursos, a ideia é que as distribuidoras consigam se enquadrar nas exigências da Aneel para a renovação da concessão. O objetivo é vender as empresas até o fim do ano. Embora estejam menos avançados, os planos de venda de participações em sociedades de propósito específico em projetos de geração e transmissão pode ganhar força agilidade durante o governo Temer. Na prática, como a Eletrobras tem fatia minoritária nessas empresas, uma eventual venda não necessita passar pelos mesmos trâmites burocráticos dos processos das distribuidoras. Ontem, o governo encaminhou ofícios à CVM e à BM&FBovespa relativos a informações que circularam sobre um suposto plano de venda em massa de ativos federais. O Valor que a iniciativa partiu do próprio governo, que quer evitar punições pelo vazamento de informações que influencia o mercado. O caso mais complicado é justamente o da Eletrobras, que tem ações em negociação no Brasil e nos EUA. Segundo reportagem do jornal "O Globo", o governo está disposto a se desfazer de centenas de participações da estatal em empresas e sociedades de propósito específico. Oficialmente, os integrantes do novo governo não confirmam a intenção de vender ativos, mas de fazer parcerias com o setor privado (Valor Econômico – 17.05.2016)

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8 Moody’s espera que Eletrobras amortize reembolso à RGR em dez anos

A Moody’s espera que a Eletrobras e a Aneel entrem em acordo sobre as condições de reembolso dos valores irregularmente retirados da RGR. A agência estima valores de R$ 3,8 bi. Até o final de março, segundo balanço trimestral da empresa, o valor somava pouco mais de R$ 8 bi. “Não prevemos que a Eletrobras vá aumentar a dívida para pagar o reembolso, mas em vez disso provavelmente irá negociar o pagamento da obrigação com o regulador para amortizá-lo ao longo de dez anos”, informou a agência, em relatório divulgado nesta segunda-feira (16/5). A Aneel, em reunião do dia (10/5), determinou devolução integral e em até 90 dias dos valores. A concessionária, porém, informou em comunicado ao mercado no dia seguinte que discorda da reguladora quanto ao tema e entrará na Justiça para anular a decisão. “Acreditamos que as duas partes vão eventualmente chegar a um acordo, mas se não o fizerem, uma decisão final do tribunal brasileiro poderá levar anos”, ressaltou a Moody’s. Segundo a Aneel, a estatal se apropriou de maneira indevida dos juros e amortizações de empréstimos da RGR, da qual é gestora, para engordar conta de recursos próprios, sob o risco de ter coberto despesas correntes, como folha de pagamento e aluguéis. Em valores nominais, o montante devido é de R$ 2 bi e são referentes a movimentações entre 1998 e 2011. (Agência Brasil Energia – 16.05.2016)

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9 Distribuidoras da Eletrobras abrem chamada pública para projetos de P&D

As empresas de Distribuição da Eletrobras, Eletrobras Distribuição Amazonas, Eletrobras Distribuição Acre, Eletrobras Distribuição Alagoas, Eletrobras Distribuição Piauí, Eletrobras Distribuição Rondônia e Eletrobras Distribuição Roraima publicaram, nesta na última quinta-feira dia 12 de maio de 2016, edital para Chamada Pública de Projetos de Pesquisas e Desenvolvimento (P&D). Poderão propor projetos Universidade, Instituição de Ensino Superior ou Instituição de Pesquisa, Científica ou Tecnológica, pública ou privada, sem fins lucrativos, as quais poderão ser representadas por Fundação de Apoio ou por entidade sem fins lucrativos, criada para tal fim, que tenha por objetivo regimental ou estatuário a pesquisa, o ensino ou o desenvolvimento institucional, científico e tecnológico, que possua competência e atuação no tema em questão e que preferencialmente esteja sediada nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, de acordo com a Lei N° 9991/2000. (Agência Brasil Energia – 16.05.2016)

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10 Sobrecontratação da AES Eletropaulo deve ficar em 116% neste ano

A AES Eletropaulo informou que estima um nível médio de 116% de sobrecontratação para 2016, considerando a aquisição compulsória de energia prevista no leilão de energia existente A-1, realizado no fim do ano passado. O número deve ser alcançado "mesmo tendo havido redução de mercado em 2015, na ordem de 4,7%, e migracao de clientes cativos para o mercado livre em 2016", destacou a companhia em comunicado ao mercado, nesta segunda-feira (16/5). Com isso, a distribuidora estima um impacto negativo no Ebitda entre R$ 320 mi e R$ 375 mi. (Agência Brasil Energia – 16.05.2016)

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11 Energisa tem lucro 50,2% menor nos primeiros três meses de 2016

A Energisa fechou o primeiro trimestre do ano com um lucro líquido de R$ 137,9 mi, queda de 50,2% em relação ao mesmo período anterior, quando a empresa apresentou um resultado de R$ 276,7 mi. A receita operacional bruta aumentou 10%, passando de R$ 4,057 bi nos três primeiros meses de 2015 para R$ 4,463 bi em 2016. A receita líquida saiu de R$ 2,766 bi no primeiro trimestre do ano passado para R$ 2,792 bi em igual período deste ano, o que representa um aumento de 0,9%. O Ebtida, no entanto, caiu 62,7% para R$ 352,8 mi, ante R$ 945,1 mi. As vendas de energia no mercado cativo e livre caíram 3,1%, mas a energia total comercializada cresceu 0,5% no período para 8.246 GWh, em função, em parte, das vendas da Energisa Comercializadora no Ambiente de Contratação Livre. Os investimentos da Energisa alcançaram R$ 302,7 mi, inferior aos R$ 323,4 mi de igual período de 2015. (Agência Brasil Energia – 16.05.2016)

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12 Lucro da Celesc recuou 53,5% no primeiro trimestre

O lucro líquido da Celesc caiu 53,5% no primeiro trimestre do ano na comparação com 2015. Os ganhos da estatal catarinense somaram R$ 26 mi ante R$ 55,8 mi no último ano. Por sua vez, o resultado Ebitda somou R$ 118,1 mi, aumento de 19,6% na comparação com o mesmo período de 2015 e a margem aumentou de 5,4% para 7,6%. A receita operacional líquida caiu 9,8% para R$ 1,6 bi e os custos e despesas operacionais recuaram 10%, para R$ 1,6 bi. O volume total de energia distribuída na área de concessão da Celesc-D apresentou retração de 3,5% com 5.978 GWh. O mercado cativo foi responsável por 4.504 GWh, uma redução de 4,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já o mercado livre apresentou crescimento de 0,9% nesse período. Já no segmento de geração, a Celesc apurou um aumento de 25,3% na produção de energia, passando de 140.220 GWh para 175.718 GWh. Ao final de março a empresa possuía um parque de 12 usinas sendo oito PCHs e quatro CGHs e outras oito participações em SPEs de PCHs, somando capacidade instalada de 114,7 MW, todas em Santa Catarina. Somente a distribuidora do grupo Celesc teve um lucro de R$ 16,6 milhões, queda de 61,5% na comparação com os três primeiros meses de 2015. A receita operacional líquida recuou 9%, enquanto o Ebitda avançou 36,8% nessa mesma base para R$ 94 mi, elevação justificada pela consideração, neste ano dos ativos regulatórios. Os investimentos da Celesc-D somaram R$ 94,5 mi, volume 5,6% acima do realizado no ano passado. Já a Celesc Geração teve lucro líquido no trimestre de R$ 800 mil, uma queda de 94,6% na comparação com os R$ 15,1 mi de 2015.O resultado da atividade de geração recuou 69,9%, para R$ 5,2 mi. O Ebitda caiu 51,2% para R$ 15,8 mi com margem de 70% ante 95% de 2015. A receita operacional líquida caiu 33,5%, para R$ 22,6 mi, os custos com energia dispararam mais de 6,7 vezes, para R$ 4,4 mi, ante R$ 600 mil. A retração na receita operacional líquida foi o resultado de redução na quantidade de energia disponível para liquidação no mercado de curto prazo e queda do PLD médio ante os três primeiros meses do ano passado. Os investimentos somaram R$ 500 mil no período, redução de 91,1% ante janeiro a março de 2015. (Agência Brasil Energia – 16.05.2016)

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13 Elétricas sofrem com queda no consumo e nos preços

As chuvas dos últimos meses encheram os reservatórios das usinas e resolveram a crise hídrica, mas não foram suficientes para irrigar os cofres das empresas do setor elétrico. No primeiro trimestre, as distribuidoras de energia amargaram resultados ruins devido à forte queda do consumo e ao problema da sobrecontratação, que tende a piorar se não houver uma solução por parte do governo. Em geração, o risco hidrológico foi mitigado, mas o menor despacho termelétrico e a redução do preço de energia no mercado à vista pressionaram os resultados das já combalidas empresas. Levantamento com os balanços das principais companhias do setor apontou queda de mais de 50% no lucro no período. Considerando os resultados apurados pelas empresas Copel, Tractebel, Light, CPFL, Eletropaulo, AES Tietê, Cemig, Equatorial, EDP Energias do Brasil e Celesc, houve queda de 53% no lucro apurado no primeiro trimestre na comparação anual, para R$ 1,44 bi. Os resultados da Eletrobras foram excluídos dessa amostra devido ao fato da estatal ter registrado, sozinha, um prejuízo líquido de R$ 3,9 bi entre janeiro e março. Ao mesmo tempo, as distribuidoras aumentaram as provisões para créditos de liquidação duvidosa, para lidar com o crescimento da inadimplência. (Valor Econômico – 17.05.2016)

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14 Distribuidoras apresentam resultados ruins devido à forte queda do consumo

As distribuidoras de energia Copel, Light, CPFL, Eletropaulo, Cemig, Equatorial, EDP, Celesc e Eletrobras provisionaram, juntas, R$ 492 mi no primeiro trimestre, alta de 48,8% na comparação anual, refletindo o aumento da inadimplência, depois dos reajustes tarifários de mais de 50% aplicados ano passado. A única distribuidora dessa amostra a registrar queda nas provisões para crédito de liquidação duvidosa foi a Copel. Isso aconteceu, porém, porque a estatal paranaense provisionou R$ 73 mi nos primeiros três meses de 2015 devido às diferenças entre os preços de energia negociada nos contratos do mercado regulado da UHE Colíder e o PLD. Se antes os principais problemas do setor elétrico eram relacionados à falta de chuvas, com possibilidade de racionamento e preços de energia nas alturas, o cenário hoje é o inverso, com preços baixos e os problemas macroeconômicos resultando na redução brusca do consumo. As empresas aumentaram as ações de combate à inadimplência e às perdas comerciais, mas esses fatores e a redução da demanda por energia foram os principais responsáveis pelos resultados fracos. Segundo os dados do ONS, a carga de energia no sistema tinha apresentado queda de 1,5% nos doze meses encerrados no fim de abril. Algumas distribuidoras foram mais afetadas que outras pelo cenário, como a Eletropaulo, que teve queda de 5,5% no consumo de seus clientes no mercado cativo, e as distribuidoras da CPFL Energia, que apuraram queda de 5,2% na mesma base de comparação. A Light viu uma queda de 7,3% no consumo de energia no primeiro trimestre, o que ajudou na queda de 99% do seu lucro líquido no período, para R$ 1,4 mi. A queda no consumo de energia afetou as distribuidoras também na forma da sobrecontratação, que está em cerca de 113% no país, segundo dados da Abradee. No caso da Eletropaulo, se não houver uma solução no sentido de flexibilizar contratos, a sobrecontratação pode chegar a 116% no ano, com um efeito de até R$ 370 mi sobre o seu Ebitda, disse a companhia. (Valor Econômico – 17.05.2016)

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15 Geradoras enfrentam desafios pela queda de preços

As chuvas dos últimos meses encheram os reservatórios das usinas e resolveram a crise hídrica, mas não foram suficientes para irrigar os cofres das empresas do setor elétrico. O risco hidrológico foi mitigado, mas o menor despacho termelétrico e a redução do preço de energia no mercado à vista pressionaram os resultados das já combalidas empresas. As geradoras enfrentaram desafios no trimestre. Refletindo os preços mais baixos de energia no mercado de curto prazo, a Cemig viu queda de quase 40% no seu Ebitda de geração, para R$ 465 mi. A situação afetou até mesmo a Tractebel, conhecida por gerenciar seus contratos para mitigar esses riscos. O lucro da companhia ficou praticamente estável em R$ 347 mi, mas veio aquém do esperado pelo mercado. (Valor Econômico – 17.05.2016)

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16 Setor de energia elétrica tem prejuízo de R$ 1,9 bi no primeiro trimestre

O setor de energia elétrica é o que apresentou maior prejuízo no primeiro trimestre de 2016 entre os 25 setores analisados pela Economática, com um rombo de R$ 1,9 bi. A Eletrobras é a empresa com o maior prejuízo no período, com R$ 3,89 bi. No ano de 2015, a empresa tinha registrado lucro de R$ 1,25 bi. Já a Petrobras é a empresa com maior queda de resultado entre 2016 e 2015. Neste ano, a empresa registrou prejuízo de R$ 1,24 bi, contra um lucro de R$ 5,33 bi em 2015, recuo de R$ 6,57 bi. a lista dos maiores prejuízos entre as empresas de capital aberto no trimestre ainda figuram a Renova em sexto lugar, com prejuízo de R$ 435,7 mi; a CPFL Renováveis, em 13º lugar, com resultado negativo de R$ 107,769 mi; e a Eneva em 16º lugar, com prejuízo de R$ 93,8 mi. Entre as 20 empresas mais lucrativas, segundo a Economática, não figura nenhuma empresa do setor elétrico.O lucro líquido das 300 empresas de capital aberto brasileiras soma R$ 23,16 bi no primeiro trimestre de 2016, valor inferior em 33,99% com relação ao mesmo período de 2015, quando a amostra fechou com R$ 35,09 bi. O setor bancário continua sendo o setor com maior lucratividade. No primeiro trimestre de 2016, 21 bancos de capital aberto fecharam com R$ 14,3 bi de lucro contra R$ 17,87 bi do mesmo período de 2015, queda de R$ 3,57 bi ou 19,98%. (Agência CanalEnergia – 16.05.2016)

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Leilões

1 Aneel habilita vencedoras do leilão de transmissão

A Aneel habilitou as vencedoras do leilão de transmissão, realizado em abril. Foram ao todo 11 empreendedores, entre eles State Grid e Alupar Investimento, que arremataram dois lotes cada uma, respectivamente, C e O, e lotes I e T. A habilitação foi publicada em despacho de 16 de maio. Foram habilitados também o Consórcio Transmissão do Brasil (lote A), WPR Participações (lotes E e M), Consórcio KV-LT (lote F), F3C Empreendimentos (lote L), Transmissora Aliança de Energia (lote P), Consórcio Braferpower (lote Q), Zopone Engenharia (lote S), Consórcio MPE-KV (lote W) e Consórcio Geogroup (lote X). O megaleilão negociou 3.292 km de linha. O deságio médio foi de 2,96% e os empreendimentos demandarão investimentos de R$ 6,9 bilhões. A soma das RAP foi de R$ 1,3 bi. (Agência Brasil Energia – 16.05.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Números dos reservatórios pelo país

Conforme o Boletim Diário do ONS referente a este domingo (15) e divulgado nesta segunda-feira (16): o submercado Sul operava com volume de 83,7% e capacidade e com variação de 0,4% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 16.706 MW mês. O submercado Sudeste/Centro-Oeste seguia com volume de 56,8% e com variação de 0,0% em relação ao dia anterior. A energia armazenada é de 115.238 MW mês. O submercado do Norte ficou em 64,8% e com variação de 0,1%. A energia armazenada na região é de 9.743 MW mês. O submercado do Nordeste estava com volume de 31,5% e com variação de -0,1% em relação à operação do dia anterior. A energia armazenada é de 16.333 MW mês. (Setor Energético – 16.05.2016)

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2 Preço da energia segue em retração no mercado spot

O PLD continua caindo em todos os submercados do país. Na semana de 14 a 20 de maio, os valores médios passaram para R$ 77,40/MWh, R$ 75,39/MWh e R$ 73,58/MWh, respectivamente, nos submercados Norte, Sudeste/Centro-Oeste e Sul. Já no Nordeste, onde o volume de energia elétrica importado faz com que os preços sejam mais altos, não houve alteração no PLD dessa semana, que permaneceu em R$ 99,79/MWh para todos os níveis de cargas, de acordo com a CCEE. A tendência de retração também foi registrada no CMO, utilizado na base de cálculo do PLD. Nas regiões Norte, Sudeste/Centro-Oeste e Sul, os preços caíram para R$ 55,01/MWh, R$ 54,01/MWh e R$ 48,00/MWh, respectivamente. Enquanto, no Nordeste, o CMO permaneceu em R$ 106,75/MWh. Ainda no período de 14 a 20 de maio, o ONS previu chuva fraca nas bacias hidrográficas dos subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste. Na semana anterior, houve chuva de nível fraco a moderado no trecho complementar à UHE Itaipu, além de precipitação de intensidade fraca nas bacias dos rios Uruguai, Iguaçu e Paranapanema. (Agência Brasil Energia – 16.05.2016)

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Meio Ambiente

1 Unesp terá instituto para armazenamento de energia

A Unesp irá sediar o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Armazenamento e Conversão de Energia em Guaratinguetá (SP). O instituto deve apoiar as ações do projeto já existente Baterias de Sódio e apoiar o desenvolvimento de tecnologias para sistemas de armazenamento e conversão de energia. A iniciativa faz parte da chamada INTC 16/2014 do CNPQ, que recebeu 252 propostas. As atividades que serão desenvolvidas no INTC de Armazenamento e Conversão de Energia, deve focar no desenvolvimento de recursos humanos nas áreas tecnológicas envolvidas; busca por metodologias de pesquisa e desenvolvimento voltadas para baterias; a pesquisa de novas e inovadoras formas de armazenamento e conversão de energia; a implantação de tecnologias de engenharia assistida por CAE para soluções de baterias e suas aplicações; a disseminação do conhecimento adquirido para a sociedade e a formação de uma rede de colaboração entre instituições de pesquisa, setores empresariais e públicos, com foco em colaboração por inovação aberta. O INCT contará com os laboratórios associados na Unicamp, USP, UNILA e Fundação Parque Tecnológico Itaipu. Esta rede de colaboração visa fortalecer o INCT nas áreas de modelagem e simulação numérica, tecnologia de baterias de sódio, caracterização eletroquímica e validação de modelos numéricos. A pesquisa e desenvolvimento de tecnologias voltadas para o armazenamento de energia e suas aplicações envolvem diferentes áreas do conhecimento, como eletroquímica, mecânica, elétrica e computação. O INCT será coordenado por um Comitê Gestor composto por um coordenador e cinco gestores. O comitê gestor tem como responsabilidades aprovar o plano anual de aplicações de recursos do Instituto, propor as metas anuais de atividades e avaliar a sua execução. Também será constituído um comitê assessor responsável por analisar e avaliar anualmente a eficácia da metodologia de inovação e propor recomendações, bem como emitir um relatório técnico. (Agência Brasil Energia – 16.05.2016)

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Energias Renováveis

1 Enseada receberá 100 torres eólicas em terminal portuário da Bahia

O terminal de uso privado (TUP) do Enseada Indústria Naval em Maragojipe, na Bahia, vai receber 100 torres eólicas no segundo semestre deste ano. O grupo informou à Antaq, contudo, que ainda aguarda a conclusão das negociações para fechar as datas de recebimento dos equipamentos para geração de energia eólica. A previsão do Enseada é desembarcar, além das 100 torres, 4 mil toneladas de componentes — como hubs e rotores —, pelo menos três cargas de pás eólicas — duas com 300 unidades e outra com 145 —, e mais três cargas que juntas somam 245 nacelles. O grupo não informou quais empresas vão entregar os equipamentos. Em março desse ano, a Antaq autorizou o Enseada a utilizar sua instalação portuária em Maragojipe como TUP, abrindo espaço para movimentação e armazenamento de cargas voltadas à construção naval, ao setor de energia e a projetos da indústria petrolífera. O pedido do grupo foi motivado pelo impacto direto de seu principal cliente, a Sete Brasil, o que forçou a empresa a praticamente cessar as atividades de construção no estaleiro Paraguaçu. As empreiteiras OAS, UTC Engenharia e Odebrecht são as acionistas do Enseadas, todas investigadas na Operação Lava Jato. (Agência Brasil Energia – 16.05.2016)

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2 Copel dá largada para construção de Complexo Eólico Cutia no RN

A Copel iniciou a construção do Complexo Eólico Cutia, que fica localizado na cidades de Pedra Grande e São Bento do Norte, no Rio Grande do Norte. Com 312,9 MW de capacidade, ele é mais um empreendimento da empresa paranaense no estado, em que ela já tem operando os complexos Brisa Potiguar, São Bento e São Miguel do Gostoso, este último em parceira com a Voltalia. O complexo terá investimentos de R$1,7 bi e será dividido em duas fases: a primeira, que possui sete parques que totalizam 180,6 MW, será inaugurada em outubro de 2017 e a segunda, com mais seis que somam 132,3 MW, em 2019. De acordo com Luiz Fernando Vianna, presidente da Copel, a qualidade dos ventos do estado justifica os investimentos que vem sendo feitos. Os aerogeradores do parque serão fornecidos pela catarinense WEG, o único fabricante nacional de equipamentos. Na primeira fase serão 86 aerogeradores e na segunda, serão mais 63. Em 2016, os investimentos da Copel no complexo eólico devem chegar a R$ 600 mi. Os parques que compõem o complexo foram comercializados no leilão de reserva, que foi realizado em 2014, e no leilão de energia nova, também em 2014. O complexo de Cutia vai dobrar a capacidade eólica da Copel. Presente ao início das obras, o governador do Paraná, Beto Richa, lembrou que os investimentos eólicos simbolizavam a continuidade de uma nova fase da empresa, em que ela se expande para além do seu estado de origem, o Paraná, além da criação da subsidiária Copel Renováveis. (Agência CanalEnergia – 16.05.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Eldorado substitui óleo por gás natural em fábrica no MS

A Eldorado Brasil fechou um contrato de compra de gás natural com a MSGás, distribuidora de Mato Grosso do Sul, para substituir o óleo utilizado na fábrica de celulose instalada em Três Lagoas (MS). O acordo prevê a entrega de 140 mil m³/dia e tem duração de 150 meses, o que representa mais de dez anos de consumo de gás natural. Para que o combustível chegue até a fábrica da Eldorado, a MSGás investiu R$ 58 mi na construção de ramal exclusivo, com 40 km de extensão, denominado Dr. Issam Fares. Segundo Reinaldo Azambuja, governador do estado, a obra faz parte da política de desenvolvimento de Mato Grosso do Sul voltada à atração de novos empreendimentos. O projeto da Eldorado indica que, em apenas três meses, a substituição de óleo por gás natural no forno de cal da fábrica vai trazer redução de custos. “A iniciativa também vai trazer à companhia maior flexibilidade e competitividade em suas operações”, de acordo com o presidente da Eldorado, José Carlos Grubisich. No último leilão A-5, realizado em abril deste ano, a Eldorado contratou a UTE Onça Pintada, de 50 MW, movida à biomassa. Com R$ 300 mi em investimentos, a produtora de celulose vai utilizar resíduos de madeira provenientes do eucalipto para gerar energia. As obras devem começar em 2018. Enquanto isso, a Eldorado busca financiamento para a UTE. (Agência Brasil Energia – 16.05.2016)

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Economia Brasileira

1 Balança comercial tem superávit de US$ 16,2 bilhões no ano

A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 2,980 bilhões nas duas primeiras semanas de maio. O valor é resultado de US$ 8,349 bilhões em exportações e US$ 5,368 bilhões em importações. No ano, há um saldo positivo acumulado de US$ 16,224 bilhões, ante um déficit de US$ 3,407 bilhões no mesmo período de 2015. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a média diária exportada, de US$ 834,9 milhões, caiu 0,4% em relação a maio de 2015, mas teve um acréscimo de 8,6% frente ao mês anterior. As maiores contribuições para a reação vieram das três categorias de produtos: semimanufaturados (22,8%), manufaturados (7,3%) e básicos (7,3%). Nas importações, a média diária foi de US$ 536,8 milhões, valor 23,4% inferior ao registrado em maio do ano passado. Ante abril, houve crescimento de 2,1%. (O Globo – 16.05.2016)

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2 Atividade econômica cai 0,7% no primeiro trimestre, aponta Serasa

A atividade econômica brasileira caiu 0,7% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com os três últimos meses de 2015, feitos os ajustes sazonais, conforme estimativa da Serasa Experian. Ante janeiro e março de 2015, a queda foi de 5,5%. A variação negativa prevista pela Serasa está a meio caminho entre as estimativas do Monitor do PIB da FGV, de queda de 0,3%, e daquela sinalizada pelo IBC¬Br, indicador do BC, de 1,4%. O IBGE divulga o dado oficial referente ao desempenho da economia no dia 1º de junho. No quarto trimestre de 2015, o PIB caiu 1,4% em relação aos três meses antecedentes e recuou 5,9% ante o mesmo período de 2014. Assim, embora os dados da Serasa, FGV e IBC¬Br se diferenciem na magnitude e na metodologia, todos indicam um trimestre ruim, mas menos negativo. De acordo com nota da Serasa, seus economistas consideram que, apesar de apontar a quinta retração trimestral consecutiva na economia, a estimativa sinaliza que a recessão perdeu fôlego no primeiro trimestre de 2016. Pelo lado da oferta agregada, a atividade agropecuária, com aumento de 4,6%, foi a que se sobressaiu no primeiro trimestre de 2016. Por outro lado a indústria, ao recuar 4,3% no primeiro trimestre, aprofundou seu movimento negativo. O setor de serviços declinou 0,4% em relação ao último trimestre de 2015. Do ponto de vista da demanda agregada, os investimentos (¬1,5%) e o consumo das famílias (¬1,3%) foram os principais responsáveis pela retração da atividade econômica entre janeiro e março de 2016. O consumo do governo também contribuiu para a queda, porém em menor escala: baixa de 0,3% no período. Já o setor externo, com exportações avançando 5,9% e importações recuando 2,6%, amenizaram a retração da atividade econômica durante o primeiro trimestre deste calendário. Na comparação com o primeiro trimestre de 2015, a queda de 5,5% da atividade econômica foi provocada, principalmente, pela retração de 12,1% da atividade industrial e de 3,8% do setor de serviços. Pelo lado da demanda, destacaram-¬se a queda de 17,0% dos investimentos e de 6,4% no consumo das famílias. No setor externo, houve alta de 12,5% das exportações e recuo de 22,1% das importações. (Valor Econômico – 16.05.2016)

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3 Receita tributária em abril cai 5% e complica mais as contas

Às vésperas de apresentar sua proposta de meta para o resultado primário deste ano, o governo Michel Temer está recebendo informações pouco animadoras na área fiscal. Os dados preliminares que estão chegando aos principais gabinetes da área econômica indicam uma queda real da arrecadação tributária administrada pela Receita Federal em abril, em torno de 5%, na comparação com o mesmo mês de 2015. O resultado veio abaixo do que tinha sido previsto no decreto de contingenciamento, editado em março pela presidente afastada Dilma Rousseff. Houve um aumento significativo da receita tributária em relação a março, o que era esperado, pois abril é o mês em que acontece o ajuste anual do IR. A queda mais forte da receita foi da Cofins e do PIS, tributos que estão diretamente relacionados com a atividade econômica, pois incidem sobre o faturamento das empresas. Os dados preliminares indicam queda nominal da receita da Cofins e do PIS em abril, na comparação com igual mês de 2015, o que indica a continuidade do processo recessivo. Mesmo com a queda da receita, o governo central (que compreende o Tesouro, a Previdência e o BC) deve registrar um pequeno superávit primário em abril, de acordo com as mesmas informações preliminares. A expectativa, no entanto, é que o resultado acumulado nos primeiros quatro meses deste ano irá piorar, pois em abril do ano passado o governo central apresentou um superávit de R$ 10,1 bi, maior do que o que será obtido em abril deste ano, de acordo com os dados. (Valor Econômico – 17.05.2016)

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4 Maria Silvia Bastos presidirá BNDES

O presidente interino Michel Temer indicou a economista Maria Sílvia Bastos Marques para presidir o BNDES, no lugar de Luciano Coutinho, que comandava a instituição há nove anos. Maria Silvia será responsável pela condução do principal financiador do setor elétrico. O banco registrou lucro líquido de R$ 1,598 bi no primeiro trimestre de 2016, resultado semelhante ao verificado no mesmo período do ano passado. A informação foi confirmada há pouco pela assessoria de imprensa do Palácio do Planalto. A economista presidiu a CSN entre 1999 e 2002. Também foi secretária municipal de Fazenda do município do Rio de Janeiro de 1993 a 1996, na gestão do prefeito César Maia. Graduada em Administração Pública, mestrado e doutorado em Ciências Econômicas pela FGV, Maria Silvia já ocupou uma diretoria no banco. (Agência Brasil Energia – 16.05.2016)

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5 Confiança dos empresários tem alta recorde em maio, aponta CNI

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), medido pela CNI, cresceu 4,5 pontos em maio frente a abril e atingiu 41,3 pontos. Foi a maior alta em pontos da série histórica, iniciada em janeiro de 2010. Apesar disso, a entidade afirma que a falta de confiança se mantém – já que o índice continua abaixo dos 50 pontos. De acordo com as informações da pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 16, o valor do Icei é o maior em 16 meses. Segundo o gerente executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, a forte alta do Icei pode ser explicada pelo sinal de que a crise política está sendo resolvida. “Se o governo de Michel Temer conseguir conduzir politicamente as medidas econômicas necessárias para a solução da crise, o Icei manterá a tendência de crescimento”, afirma Fonseca, em comunicado distribuído pela entidade. “Os empresários e a sociedade precisam perceber que há um esforço para fazer o ajuste fiscal, para a retomada do crescimento econômico. A melhora contínua da confiança contribuirá para o crescimento à medida que empresários mais otimistas são mais propensos a investir", diz. A alta do Icei foi puxada, sobretudo, pela melhora das expectativas dos industriais, cujo indicador cresceu 5,7 pontos em maio ante abril. O índice de expectativa sobre a economia brasileira teve elevação de 8,6 pontos e o de perspectivas sobre a empresa aumentou 4,1 pontos. O índice de expectativas sobre a situação da empresa alcançou 50,3 pontos, praticamente sobre a linha dos 50 pontos. Para a CNI, isso sinaliza que os empresários não esperam piora dos negócios para os próximos seis meses. Esse indicador estava abaixo dos 50 pontos desde março de 2015. O Icei cresceu em todas as regiões geográficas, portes e segmentos da indústria (extrativa, transformação e construção) em maio. Foram ouvidas 3.137 empresas de 2 a 12 de maio. Segundo a CNI, houve crescimento da confiança em empresas de todas as regiões, de todos os portes e dos três segmentos da indústria – extrativa, de transformação e construção. (Valor Econômico – 16.05.2016)

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6 Remédios e soja puxam a alta dos IGPs em maio

A inflação apurada pelos IGPs deve encerrar maio com altas em torno 0,60%, acima de abril, quando ficaram em torno de 0,40%. Soja e medicamentos mais caros, respectivamente no atacado e no varejo, devem levar a uma taxa maior no mês, na avaliação de Salomão Quadros, superintendente -adjunto de Inflação do Ibre/FGV. Os dois produtos foram os principais responsáveis pela aceleração do Índice Geral de Preços -10 entre abril e maio, divulgado ontem, que subiu de 0,40% para 0,60% no período, após dois meses em desaceleração. Com isso, o indicador acumula alta de 3,87% no ano e de 10,91% em 12 meses. Em maio do ano passado, o IGP-10 avançou menos, 0,52%. No atacado, a variação no preço da soja passou de queda de 4,95% para alta de 7,22% no período. Isto impulsionou a inflação no atacado, apurada pelo Índice de IPA, que representa 60% do indicador e acelerou de 0,35% para 0,64%. "A soja foi, disparado, o principal motivo de aceleração do IPA", afirmou Quadros. Somente a aceleração no preço da soja contribuiu com 0,59 ponto percentual na formação da inflação no atacado no IGP¬10 em maio. (Valor Econômico – 17.05.2016)

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7 IPC-S acelera em quatro de sete capitais na segunda medição de maio

A inflação medida pelo IPC-S acelerou em quatro de sete capitais na segunda medição de maio, informa a FGV. Entre a primeira e a segunda prévia do mês, o IPC-S subiu mais em São Paulo (de 0,47% para 0,57%), Rio de Janeiro (de 0,66% para 0,71%), Belo Horizonte (de 0,28% para 0,51%) e Salvador (de 0,64% para 0,75%). Por sua vez, houve abrandamento no ritmo de alta do índice de preços em Porto Alegre (de 1,03% para 0,84%), Brasília (de 0,81% para 0,75%) e Recife (de 0,60% para 0,57%). Na média das sete capitais, o IPC-S subiu 0,67% na segunda quadrissemana, seguindo elevação de 0,64% na abertura de maio. (Valor Econômico – 17.05.2016)


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8 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h21, o dólar comercial caía 0,46%, a R$ 3,4864. Na segunda-feira, o dólar comercial caiu 0,58% encerrando a R$ 3,5026. (Valor Econômico – 17.05.2016 e 16.05.2016)

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Internacional

1 Alemanha rechaça suposto apoio da UE à energia nuclear

Após o portal de notícias alemão Spiegel Online divulgar nesta terça terça-feira (17/05) que a Comissão Europeia pretende incrementar o uso de energia nuclear nos países do bloco europeu, o braço executivo da União Europeia (UE) esforçou-se para abafar as reações adversas na Alemanha. Segundo a Comissão, o documento de estratégia ao qual o Spiegel Online teve acesso é um "documento para discussão" da direção geral de pesquisa, ciência e inovação. O documento deve ser discutido "abertamente" na quarta-feira da semana que vem com representantes de todos os países-membros interessados e "de maneira nenhuma" estabelece a posição da Comissão Europeia, afirmou o órgão. Segundo a reportagem do Spiegel Online, a Comissão Europeia visa incrementar o uso a utilização da energia nuclear nos países do bloco com o objetivo de defender a supremacia tecnológica no setor. O documento ao qual o portal teve acesso sugeriria que os Estados-membros devem intensificar a cooperação em termos de pesquisas, financiamentos e construção de novos reatores. Segundo o Spiegel, a UE pretende construir minirreatores, o primeiro dos quais deveria entrar em funcionamento até 2030. O objetivo dos planos seria reduzir a dependência do gás importado da Rússia, além de atingir as metas de redução das emissões de CO2 na atmosfera. Ao contrário da produção de energia através do carvão e do gás, as usinas nucleares praticamente não emitem CO2. O documento proporia, entre outros fatores, a melhora nas condições para investimentos no setor. (Deutsche Welle – 17.05.2016)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 MATHUR, Ajay; TURNER, Adair. “Por que renováveis não são suficientes”. Valor Econômico. São Paulo, 17 de novembro de 2016.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo Mattos, Gustavo Batista, Livia Moreira, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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