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IFE: nº 4.081 - 29 de abril de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
1 Consumidor de energia elétrica pode ter de cobrir rombo de R$ 6 bi
2 Luiz Eduardo Barata é novo diretor-geral do ONS
3 Mandatos em conselhos de consumidores passam de dois para quatro anos
4 Analistas de investimentos debatem temas regulatórios na Aneel
5 Aneel divulga relatório de acompanhamento de empreendimentos de geração
6 Aneel autoriza entrada em operação da primeira turbina do Sítio Pimental de Belo Monte
7 Compensação de Corumbá IV soma R$ 24,3 mi
8 Seminário: “Avaliação do Programa de P&D da ANEEL (2008-2015) e formulação de propostas de aprimoramento deste programa: linhas de pesquisa e desafios metodológicos”
9 Seminário Internacional “O Futuro do Desenvolvimento Brasileiro”
10 Estudo "O futuro do abastecimento de energia da África"
11 Luiz Fernando do Amaral: “Uma nova estratégia para as finanças sustentáveis”
Empresas
1
Eletrobras-RR consegue suspender liminar que impedia aplicação do reajuste na tarifa
2 ONS e EPE: Abengoa deve criar gargalo na transmissão
3 Falta de linhas da Abengoa gera limitação; maior uso de térmicas pode ser necessário
4 AES Brasil quer urgência pra resolver sobrecontratação
5 Delta Energia eleva em mais de 100% migração de novos clientes ao mercado livre
6 Acionistas de Belo Monte vão à arbitragem
7 AES Ergos aposta na prestação de serviços integrados
8 Cemig está investindo em eletrificação rural
9 Cteep registra lucro 13,5% maior no primeiro trimestre de 2016
10 Exército Brasileiro e Itaipu inauguram projeto-piloto de segurança energética
11 Tractebel confirma presença no leilão A-5
12 AES Brasil fora do leilão A-5
13 Empregados da Nuclep denunciam militarização da empresa pela Marinha
14 Controladora da Nuclep nega controle sobre a empresa
Leilões
1
Leilão A-5 negocia 201,8 MW médios ao preço médio de R$ 198,59/ MWh
2 MME prorroga data para cadastro de PCHs no primeiro leilão de reserva
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Consumo de energia fecha primeiro trimestre com queda de 4,2%
2 Demanda da indústria ao SIN em março sofre queda em relação a 2015
3 Comércio e Serviços fecha mês de março com queda de 1,1% em relação a 2015
4 Consumo de eletricidade nas residências alcançou 11.315 GWh em março
5 Números dos reservatórios pelo Brasil
6 Projeção de vazões em maio fica 36,5% abaixo do projetado para abril
7 Previsão para o próximo trimestre deverá ser de temperaturas amenas no Sul e Sudeste
8 Novo parâmetro de risco pode aumentar PLD
Energias Renováveis
1
Gamesa fornece 136,5 MW para complexo eólico da EDP Renováveis
Grandes
Consumidores
1 Venda interna de produtos químicos cai 6,7% no trimestre, diz Abiquim
2 Lucro da Vale supera expectativa
Economia Brasileira
1 FMI vê Brasil como fator de risco para AL
2 Desemprego vai a 10,9% no trimestre e é o mais alto desde 2012
3 Confiança do varejo cai mais com demanda fraca
4 Preços ao produtor aprofundam queda e recuam mais de 1% em março
5 Dólar ontem e hoje
Internacional
1 Siemens fornecerá 385 MW para eólica offshore no mar Báltico
Biblioteca Virtual do SEE
1 QUITZOW, Rainer; RÖHRKASTEN, Sybille; JACOBS, David; BAYER, Benjamin; JAMEA, El Mostafa; WAWERU, Yvonne; MATSCHOSS, Patrick. “The Future of Africa’s Energy Supply: Potentials and Development Options for Renewable Energy”. Institute for Advanced Sustainability Studies - IASS. Potsdam, março de 2016.
2 AMARAL, Luiz Fernando do. “Uma nova estratégia para as finanças sustentáveis”. Valor Econômico. São Paulo, 29 de abril de 2016.
Regulação e Reestruturação do Setor
1 Consumidor de energia elétrica pode ter de cobrir rombo de R$ 6 bi
Distante do foco da crise política que abala o País, o setor elétrico volta a produzir uma bomba jurídica e financeira. O imbróglio, que já começou a recair sobre os ombros do consumidor, atinge um custo de R$ 6 bi. A confusão envolve mais uma vez a CDE, fundo setorial que banca subsídios do setor elétrico. Nos últimos dias, a Aneel foi alvo de uma série de decisões judiciais obtidas por empresas que, por meio dessas liminares, conseguiram travar, nos tribunais, a exigência de pagamento desse encargo. Quem abriu a trilha para suspender a cobrança da CDE foi a Abrace. A Aneel informou que, além da liminar da Abrace, a Anace e nove empresas já conseguiram também barrar o pagamento da taxa. Outras seis companhias aguardam a decisão sobre mandados de segurança impetrados na Justiça para suspender a cobrança. Nas contas da Abrace, cerca de R$ 6 bi deverão ser alvo de contestação judicial somente este ano. É praticamente metade do que os consumidores de energia de todo o País têm previsão de pagar ao longo de 2016. Como essa conta da CDE tem um orçamento anual pré-definido, se algum agente deixar de participar do rateio, a conta sobra para o consumidor doméstico, a não ser que o TN assuma a despesa. A suspensão de pagamento teve início em julho do ano passado. Com decisões na Justiça que apontaram uma série de custos irregulares embutidos no fundo setorial, a Abrace conseguiu uma liminar que eximiu seus clientes de pagar, em 2015, cerca de R$ 1,6 bi. Os problemas que levaram à suspensão do pagamento incluem desde falhas como cobrança em duplicidade para bancar combustíveis de usinas térmicas em áreas isoladas do País, até compra de gás em quantidade superior à que seria efetivamente utilizada, além de uso de recursos para obras do gasoduto Coari-Manaus, paralisado por causa de uma série de irregularidades apontadas pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Neste ano, segundo Paulo Pedrosa, presidente executivo da Abrace, os consumidores de todo o País serão responsáveis pelo pagamento de mais de R$ 12 bi em despesas do fundo. Nas discussões sobre o orçamento da CDE, a Abrace convenceu a Aneel de que o fundo tinha embutido uma cobrança em duplicidade de custos da CCC. A agência reconheceu o erro de metodologia e cortou a cobrança em R$ 1,6 bi, reduzindo esse custo da conta de luz dos consumidores do País. (O Estado de São Paulo – 29.04.2016)
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2 Luiz Eduardo Barata é novo diretor-geral do ONS
Luiz Eduardo Barata foi confirmado como novo diretor-geral do ONS, após assembleia geral que ocorreu nesta quinta-feira (28/4). O executivo deixa a secretaria-executiva do MME para assumir o cargo em subsitituição a Hermes Chipp, cujo mandato expira esta semana. Barata ficará a frente do operador pelos próximos quatro anos. O executivo esteve no ministério desde 2015, a convite do então ministro Eduardo Braga, após ter presidido o conselho de administração da CCEE, de 2011 a 2015. Anteriormente, o executivo atuou como diretor de Operações do ONS entre 2004 e 2010. Na assembleia de hoje, também foram aprovadas as reconduções dos diretores Álvaro Fleury Veloso da Silveira (Diretoria de Administração dos Serviços de Transmissão) e Francisco José Arteiro de Oliveira (Diretoria de Planejamento e Programação da Operação). (Agência Brasil Energia – 28.04.2016)
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3 Mandatos em conselhos de consumidores passam de dois para quatro anos
Uma nova resolução da Aneel ampliou de dois para quatro anos o mandato dos integrantes dos conselhos de consumidores das distribuidoras, que vai coincidir com o início e término do ano civil. Os atuais conselheiros terão seu mandato estendido até 31 de dezembro de 2016, para que o próximo período seja iniciado em janeiro do ano que vem. A norma traz alterações nas regras de organização e de funcionamento dos conselhos, que têm caráter consultivo e são compostos por representantes de consumidores residenciais, industriais, comerciais, rurais e Poder Público. Entre as mudanças estão a possibilidade de participação de representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública ou do Procon como convidados, sem direito a voto nas decisões do colegiado e sem que suas despesas sejam custeadas pelo conselho. Fica proibida, porém a participação de um mesmo representante em mais de um conselho. A norma mantém a obrigação das distribuidoras de restituir as despesas dos conselheiros, que terão de prestar contas de todos os gastos efetuados em viagens e outros compromissos vinculados à atuação do órgão. Já os conselhos ficarão responsáveis por divulgar aos consumidores as audiências e as consultas públicas da Aneel. (Agência CanalEnergia – 28.04.2016)
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4 Analistas de investimentos debatem temas regulatórios na Aneel
Promovido pela Aneel com o objetivo de discutir o cenário energético pela ótica do regulador, foi realizado nesta quinta-feira (28/4) o sétimo Encontro com Analistas de Investimentos. A reunião ocorreu na sede da Agência, em Brasília (DF), e contou cerca de 20 participantes. O Diretor-Geral da Aneel, Romeu Rufino, com o apoio de dirigentes e técnicos da Agência, abordou temas como bandeiras tarifárias; sobrecontratação das distribuidoras de energia elétrica; indenizações do segmento de Transmissão; e Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), entre outros itens da agenda regulatória. A reunião faz parte de uma de agenda de relacionamento entre a Agência e o público de investidores e, para os próximos encontros, o interesse em participar e a sugestão de temas a serem discutidos podem ser enviados para o e-mail: institucional@aneel.gov.br (Aneel – 29.04.2016)
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5 Aneel divulga relatório de acompanhamento de empreendimentos de geração
Já está disponível no site da Aneel o relatório de acompanhamento da implantação de empreendimentos de geração - trabalho realizado pela área de fiscalização dos serviços de geração da Agência. Nesta edição, serão apresentados os principais resultados da supervisão da implantação de novos empreendimentos de geração de energia elétrica obtidos até o primeiro trimestre deste ano em relação às previsões realizadas em janeiro de 2016. As informações abrangem o Sistema Interligado Nacional (SIN) e o Sistema Isolado, com atualização feita em 15/4/2016. A publicação também traz tópico sobre Segurança de Barragens, em função da publicação da Resolução Normativa ANEEL nº 696, de 15 de dezembro de 2015, com detalhamento das obrigações e prazo de atendimento para os empreendimentos que se encontram em implantação. Acesse o relatório clicando aqui. (Aneel 28.04.2016)
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6 Aneel autoriza entrada em operação da primeira turbina do Sítio Pimental de Belo Monte
A Aneel autorizou a entrada em operação da primeira turbina da casa de força complementar de Belo Monte (11.233 MW), no Pará. A unidade possui 38,85 MW, assim como outras cinco que compõem o chamado Sítio Pimental. O aval foi liberado nesta quinta-feira (28/4). No último dia 20/4, a agência autorizou a operação da primeira unidade da casa de força principal, de 611,1 MW. A hidrelétrica possui 24 turbinas ao todo e tem previsão para entrar em pleno funcionamento em 2019, porém enfrenta uma série de dificuldades em relação ao licenciamento, condicionantes socioambientais e escoamento. As principais linhas de transmissão do projeto estão com obras paralisadas. (Agência Brasil Energia – 28.04.2016)
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7 Compensação de Corumbá IV soma R$ 24,3 mi
O estado de Goiás e sete municípios goianos da área de influência da usina hidrelétrica de Corumbá IV receberam nos últimos dez anos R$ 24,3 mi em compensação financeira pelo uso dos recursos hídricos da empresa Corumbá Concessões. A hidrelétrica tem potencia instalada de 129,6 MW e iniciou operação comercial em abril de 2006. Foram beneficiados com os recursos da usina os municípios de Abadiânia, Santo Antônio do Descoberto, Alexânia, Corumbá de Goiás, Luziânia, Novo Gama e Silvânia. A parte da compensação financeira dividida entre os municipios (45% do total) é proporcional ao tamanho da área abrangida pelo reservatório. O cálculo dos valores mensais a serem repassados é feito com base na produção de energia do empreendimento. O maior beneficiário nos dez anos de operação da usina foi o município de Santo Antônio do Descoberto, com R$ 9,7 mi; seguido por Luziânia, com R$ 2,4 mi. O menor atingido e com menor valor é o Novo Gama, com R$ 12,3 mil. O novo diretor-presidente da Corumbá Concessões, Marcelo Siqueira Mendes, reconhece que a empresa não tem gestão sobre o uso dos recursos repassados aos municípios, mas imagina que eles “sejam utilizados em beneficio da população dos municípios afetados.” Mendes destaca ainda outros tipos de compensação pagos pela empresa como a construção de escolas e posto de saúde e reforma de cadeia. (Agência CanalEnergia – 28.04.2016)
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8 Seminário: “Avaliação do Programa de P&D da ANEEL (2008-2015) e formulação de propostas de aprimoramento deste programa: linhas de pesquisa e desafios metodológicos”
A Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento do IE/UFRJ convida para o próximo seminário de pesquisa do PPED de 2016: “Avaliação do Programa de P&D da ANEEL (2008-2015) e formulação de propostas de aprimoramento deste programa: linhas de pesquisa e desafios metodológicos”, ministrado por Cristóvão Alves (pesquisador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico - GESEL/IE/UFRJ e mestrando do PPGE/IE/UFRJ). O evento acontece no próximo dia 02/05/2016 (segunda-feira) - 16:40 às 18:30, na sala 102 do Instituto de Economia da UFRJ. (GESEL-IE-UFRJ - 29.04.2016)
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9 Seminário Internacional “O Futuro do Desenvolvimento Brasileiro”
Acontece de 2 a 4 de maio, no BNDES (Av. República do Chile, 330 – Centro – Rio de Janeiro) o Seminário Internacional “O Futuro do Desenvolvimento Brasileiro”. O evento é conjuntamente organizado pelo Centro de Altos Estudos Brasil Século XXI, Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), RedeSist e BNDES e contará com a participação de especialistas internacionais e brasileiros. São dois os objetivos principais do seminário. O primeiro é pensar o desenvolvimento brasileiro. Em período de crescente financeirização da economia, aprofundamento da crise global, redefinição dos espaços geopolíticos e desdobramentos da ascensão dos BRICS no cenário internacional. O segundo é discutir implicações para políticas. Mais informações e inscrições no site www.cgee.org.br/-/o-futuro-do-desenvolvimento-brasileiro (GESEL-IE-UFRJ - 29.04.2016)
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10 Estudo "O futuro do abastecimento de energia da África"
No ano passado, no encontro do G7 em Elmau, chefes de Estado declararam seu compromisso de apoiar a expansão das energias renováveis na África. Em cooperação com os líderes africanos, objetiva-se a instalação de 10 GW de capacidade adicional de energia renovável até 2020. O estudo do Instituto para Estudos Avançados em Sustentabilidade (IASS, na sigla para o nome em inglês) "O futuro do abastecimento de energia da África" fornece contribuições analíticas fundamentais para a estratégia do G7. Ele apresenta as tendências atuais no setor de energia da África, analisa oportunidades centrais e desafios para o desenvolvimento de energia renovável e discute o envolvimento internacional em curso. Nesta base, propõe opções de política para acelerar a implantação de energia renovável. Para ter acesso ao estudo na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ 29.04.2016)
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11 Luiz Fernando do Amaral: “Uma nova estratégia para as finanças sustentáveis”
Em artigo publicado no Valor Econômico, o chefe do departamento socioambiental do Rabobank propõe, em meio à realidade de crédito subsidiado, que novos paradigmas serão necessários para que finanças sustentáveis sejam um dos principais canalizadores para uma economia verde. Para o executivo, o incentivo às empresas que já utilizam o capital privado em prol da sustentabilidade é mais importante que os subsídios cedidos pelo governo: beneficiar uma indústria que já possua grande parte de sua energia vinda de fontes renováveis ao invés de financiar a aquisição de painéis solares, por exemplo. Amaral, então, finaliza: Se conseguirmos fazer que CFOs de grandes a pequenas empresas e que produtores rurais profissionalizados ou familiares passem a considerar, ainda que minimamente, que a sustentabilidade pode fazer parte de sua estratégia financeira tradicional, o impacto sistêmico na economia será transformador. clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ 29.04.2016)
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Empresas
1 Eletrobras-RR consegue suspender liminar que impedia aplicação do reajuste na tarifa
A Eletrobras Distribuição Roraima conseguiu suspender na justiça liminar que impedia a aplicação do reajuste tarifário de até 43,65% autorizado pela Aneel. O pedido de liminar havia sido feito pelo Procon Assembleia e deferido pelo Juízo da 4ª Vara da Seção Judiciária do Estado de Roraima. No pedido de suspensão da liminar, a Eletrobras-RR alegou que o reajuste não padece de nenhuma ilegalidade e que a concessionária tão somente mantém, por meio do reajuste, o equilíbrio econômico-financeiro do contrato de prestação de serviço de distribuição de energia elétrica. A empresa sustenta ainda que a medida liminar resulta em potencial prejuízo e risco à prestação de serviço público de natureza essencial. Na sentença, o Desembargador Federal do TRF da 1ª Região, Kassio Nunes Marques, alegou que a manutenção da suspensão tarifária resulta em potencial lesão à efetivação de política pública destinada pela Aneel ao setor de energia elétrica, "motivo pelo qual, dentre outros, penso que está configurado o risco inverso de prejuízo, porquanto eventual descumprimento do objeto contratado pela concessionária, seja por inviabilidade técnica, seja por inconsistência econômica, conduz, pelo menos em teso, à interrupção desse serviço essencial", apontou o desembargador. O reajuste aprovado pela Aneel terá impacto médio de 40,33% para os consumidores atendidos em baixa tensão e de 43,65% para o segmento de alta tensão. O reajuste deveria ter sido aplicado às tarifas desde 1° de novembro de 2015. (Agência CanalEnergia – 28.04.2016)
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2 ONS e EPE: Abengoa deve criar gargalo na transmissão
Os problemas da espanhola Abengoa, que paralisou obras de linhas de transmissão no Brasil em novembro passado em meio a uma crise financeira, podem trazer problemas para o sistema elétrico brasileiro até 2020, de acordo com estudo do ONS e da estatal EPE. Os entraves já começariam a aparecer a partir de agosto deste ano. O principal problema seria a limitação na quantidade de energia que pode ser enviada para outras regiões do País por usinas no Norte, como a mega hidrelétrica de Belo Monte, que em vários momentos poderá não conseguir gerar toda a carga por falta de linhas de transmissão. O estudo, que considera o cenário de as obras da Abengoa não serem concluídas antes de 2020, foi preparado pelo ONS e pela EPE a pedido do CMSE, que reúne autoridades federais em energia, e apresentado em reunião realizada pelo órgão em março. Como o Norte tem a menor demanda do País e, ao mesmo tempo, enormes usinas, como Belo Monte e Tucuruí, a região exporta energia para outras áreas. Mas os problemas da Abengoa devem provocar um descompasso entre geração e transmissão na região já em agosto deste ano, o que poderá perdurar até o início de 2020. O ONS aponta que a geração média prevista deverá ser maior que a capacidade das linhas no início de 2017, época de chuvas, que aumentam a capacidade de produção das hidrelétricas, o que se repetiria nos primeiros meses de 2018 e de 2019. Em 2017, a restrição alcançaria uma máxima de 1,2 mil MWmed no período úmido, mostra o estudo, o que representa aproximadamente a capacidade de geração de uma hidrelétrica do porte de Teles Pires (MT), orçada em R$ 4,5 bi. Em 2018, a limitação seria de 900 MWmed e em 2019 poderia alcançar entre 1,7 mil MWmed e 3,3 mil MWmed. O fim das restrições é estimado para 2020, quando está prevista a entrada em operação de dois linhões de “ultra e alta” tensão licitados para levar energia de Belo Monte até a Região Sudeste. Esses dois linhões são construídos pela chinesa State Grid, que tem estudado a aquisição dos empreendimentos da Abengoa no Brasil. Na quarta-feira, o secretário executivo do MME, Luiz Eduardo Barata, afirmou que o governo espera que os chineses façam uma oferta pelos ativos da Abengoa no próximo mês. Procurada, a espanhola não se pronunciou sobre o assunto. (O Estado de São Paulo – 29.04.2016)
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3 Falta de linhas da Abengoa gera limitação; maior uso de térmicas pode ser necessário
A falta das linhas da Abengoa pode provocar, ainda, limitação para levar a outras regiões excedentes de energia gerados por usinas eólicas no Nordeste no período seco, entre maio e outubro. O estudo mostra que a limitação poderia alcançar 900 MWmed em 2018 e 1,4 mil MWmed em 2019, nos momentos de maior geração dessas usinas. Já na Região Sudeste o ONS afirma que é possível que o atraso na construção das linhas da Abengoa exija um maior uso de térmicas, que são mais caras que a geração hídrica, caso a região tenha de enviar energia para o Sul, o que ocorre frequentemente. Essa situação poderia perdurar até novembro de 2017, quando é prevista a conclusão de uma linha de transmissão vista como importante para o sistema, entre São Paulo e Paraná. (O Estado de São Paulo – 29.04.2016)
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4 AES Brasil quer urgência pra resolver sobrecontratação
O venezuelano Julian Nebreda, recém-empossado presidente da AES Brasil, afirmou hoje, durante sua primeira coletiva de imprensa no país, que a sobrecontratação das companhias distribuidoras é o principal problema do setor elétrico no momento. O executivo fez um apelo para que essa questão, que vem causando perdas significativas às empresas, receba total prioridade da Aneel e do MME devido a diferença entre o preço da energia contratada em leilões e o da liquidação no mercado de curto prazo, hoje no piso regulatório. Segundo ele, AES Eletropaulo, a maior distribuidora do grupo americano no Brasil tem um estoque adicional de 12%, contra um mercado que recuou 5% no ano passado e este ano deve ter o mesmo nível de queda. “Isso precisa ser solucionado hoje e não amanhã”, ressaltou Nebreda, como força de expressão. O sistema brasileiro, entende, não está desenhado para administrar queda de demanda e precisaria de uma flexibilidade que permitisse às empresas contratar de acordo com as suas necessidades e não os 100% obrigatórios como manda o modelo. Questionado sobre se há, de fato, alguma iniciativa no governo para aumentar o valor do PLD, ele disse desconhecer algo nesse sentido, mas defendeu um preço spot mais estável, com oscilação menor, o que permitiria maior previsibilidade aos agentes na tomada de decisão sobre investimentos. Justamente em razão do cenário de sobrecontratação, Julian Nebreda revelou que a AES não participará amanhã do leilão A-5 — nem como vendedor, via AES Tietê, e nem como comprador, por meio das distribuidoras. (Agência Brasil Energia – 28.04.2016)
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5 Delta Energia eleva em mais de 100% migração de novos clientes ao mercado livre
A Delta Energia informou que no primeiro trimestre deste ano iniciou processo de migração de 320 novos pontos de consumo de indústrias, shoppings e supermercados, entre outras empresas, para o mercado livre, 128% acima do verificado até o ano passado, o que correspondia a 250 pontos sob gestão da comercializadora na CCEE. De acordo com a comercializadora, o segmento de consumidores especiais, com demanda entre 0,5 MW e 3 MW, tem potencial para dobrar nos próximos dois anos, em número de agentes, considerando a migração de empresas dos setores comercial e de serviços. (Agência Brasil Energia – 28.04.2016)
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6 Acionistas de Belo Monte vão à arbitragem
Os acionistas da Norte Energia vão recorrer à arbitragem para definir o que será feito com relação à compra de energia gerada pela hidrelétrica de Belo Monte, informou a Eletrobras nesta quinta-feira (28/4), em comunicado ao mercado. A estatal detém 49% da usina, por meio da Eletronorte e da Chesf. Segundo reportagem publicada pela Reuters, a estatal federal tem sido pressionada pelos demais acionistas devido a uma perspectiva de queda na taxa de retorno da usina, que iniciou operação comercial da primeira turbina da casa de força principal na semana passada, e da primeira unidade da casa de força complementar nesta quinta-feira. De acordo com a reportagem, Belo Monte precisava vender cerca de 20% da energia que ainda está descontratada, para liberar uma parcela restante de R$ 2 bi de um financiamento contratado com o BNDES. O governo alterou, inclusive, a legislação para permitir a entrada da hidrelétrica no leilão de energia nova A-5, que acontece na próxima sexta-feira (29/4), mas o preço-teto da energia da usina fixado no edital é de R$ 115,57/MWh, abaixo dos R$ 185/MWh exigidos pelo banco para fechar a operação — num momento de queda nos preços da energia elétrica no mercado livre, por causa da retração da atividade econômica, e com PLD abaixo de R$ 100/MWh nos principais mercados. Há o temor que a usina venha a atender à toda a demanda do leilão, já que as distribuidoras estão sobrecontratadas. A divergência que levou à arbitragem foi o fato de que os sócios da usina entendem que a Eletrobras deve adquirir a energia de Belo Monte, ao mesmo tempo que a estatal entende o oposto. A estatal afirmou ainda que "entende que a divergência refere-se a negociações e discussões inerentes às suas operações de negócios". Além da Eletronorte e da Chesf, compõem a Norte Energia os fundos de pensão Petros e Funcef, com 10%, cada; as sociedades de propósito específico Belo Monte Participações, da Neoenergia (10%), e Amazônia, entre Cemig e Light (9,77%); as consumidoras de energia que atuam como autoprodutoras Aliança Norte Energia S/A, composta por Vale e Cemig (9%), e Sinobras (1%); e a J. Malucelli Energia (0,25%). (Agência Brasil Energia – 28.04.2016)
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7 AES Ergos aposta na prestação de serviços integrados
A AES Brasil relançou hoje sua subsidiária de prestação de serviços, criada originalmente em 2011, mas agora renomeada como AES Ergos. Teresa Vernaglia, presidente da companhia, garante que a proposta de valor com que passou a abordar o mercado é mais completa que a dos demais grupos que oferecem portfólios semelhantes de facilidades. CPFL Energia, Light e Cemig são bastante atuantes nessa área, com contratos diversificados firmados inclusive junto a outras concessionárias. Segundo ela, o leque vai de diagnósticos e programas de eficientização até dimensionamento, instalação e operação de geração distribuída, passando por consultoria para migração ao mercado livre. O principal diferencial da AES Ergos, ressalta a executiva, é a possibilidade de apresentar soluções integradas aos clientes e contar para isso com a expertise das demais empresas do grupo, como a AES Tietê, que poderá investir recursos próprios na instalação de ativos de cogeração, por exemplo. Sem poder revelar cifras, devido ao período de silêncio pré-anúncio de resultados trimestrais, Teresa disse que a AES Ergos já conta com caixa próprio formado ao longo dos últimos três anos, quando usava a razão social AES Serviços. Nesse período, a carteira de clientes chegou a 50 empresas. Ela não revelou nenhum projeto em especial, mas informou que há uma companhia em particular que já está usando boa parte do cardápio se serviços disponíveis. A perspectiva de faturamento da AES Ergos até 2020 é estimada em R$ 1,2 bi, podendo chegar a R$ 19 bi em até dez anos. “Será um negócio maior que a AES Eletropaulo”, prevê Julian Nebreda, executivo venezuelano recém-nomeado presidente da AES no Brasil, também presente ao evento de relançamento da subsidiária. Teresa anunciou ainda que a AES Ergos firmou parceria com a Promon Logicalis, joint venture da Promon com a inglesa Logicalis, especializada em inovação e consultoria na área de tecnologia da informação. A ideia é trabalhar intensamente na vanguarda do mercado, no que se refere a sofisticados nichos de atuação, antecipando necessidades e identificando novos negócios. (Agência Brasil Energia – 28.04.2016)
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8 Cemig está investindo em eletrificação rural
A Cemig está executando obras que levarão, até o final de 2018, energia elétrica para mais de 50 mil propriedades rurais espalhadas por Minas Gerais. Na execução do programa, serão instalados cerca de 15 mil km de rede de distribuição - quase meia volta ao redor da Terra - e mais de 40 mil transformadores, assim como milhares de postes e um volume considerável de outros materiais. Neste primeiro ano de execução do Plano de Universalização da Eletrificação Rural, a Cemig estima que cerca de 35% das 30 mil ligações em atraso serão concluídas, o que representa a universalização de 279 municípios. De acordo com o presidente da concessionária, Mauro Borges Lemos, 60% dessas obras correspondem ao déficit de mais de 30 mil ligações que estavam acumuladas desde 2010. O investimento total previsto é superior a R$ 1,4 bi. Mauro Borges também afirmou que os maiores déficits estão no Norte de Minas e no Vale do Jequitinhonha, porém a Cemig está dialogando com os prefeitos de todo o estado para priorizar as demandas mais urgentes de cada município. O diretor de Distribuição e Comercialização da Cemig, Ricardo José Charbel, lembra que, mesmo com as dificuldades que passam os municípios e o país, a Cemig defende junto aos seus acionistas a importância de investimentos na expansão das redes de energia elétrica. (Agência CanalEnergia – 28.04.2016)
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9 Cteep registra lucro 13,5% maior no primeiro trimestre de 2016
A Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista registrou lucro líquido de R$ 98,2 mi no primeiro trimestre de 2016, um aumento de 13,5%, em relação ao mesmo período em 2015. A receita operacional líquida foi de R$ 269,5 mi, crescimento de 6,3%, e o Ebitda atingiu R$ 151,5 mi, com margem de 56,2% em comparação com o primeiro trimestre do ano anterior, aumento de R$ 40,3 mi. (Agência CanalEnergia – 28.04.2016)
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10 Exército Brasileiro e Itaipu inauguram projeto-piloto de segurança energética
Já foi inaugurado pelo Exército Brasileiro e a hidrelétrica Itaipu, o projeto-piloto de segurança energética - módulo 1 de armazenamento de energia, que está em funcionamento no quartel-general do Exército Brasileiro, em Brasília (DF). A iniciativa é uma parceria entre Itaipu Binacional, FPTI e Exército. A primeira fase inaugurada em 26 de abril vai atender os escritórios, o sistema de segurança sul do quartel e fornecerá energia para um eletroposto, que abastecerá veículos elétricos. O sistema é o primeiro do Brasil e um dos poucos do mundo que pode usar várias fontes de energia ao mesmo tempo. Inicialmente, será abastecido por energia solar. Para isso, foram instalados 360 painéis fotovoltaicos conectados a seis inversores solares com potência total de 90 KW. Depois do quartel, a ideia é implantar o sistema no PEF de Tunuí Cachoeira, no Amazonas, com a perspectiva de replicação em todos os demais. A expectativa é melhorar a disponibilidade de energia elétrica para a comunidade daquela região, utilizando os raios solares, uma fonte limpa e renovável. (Agência CanalEnergia – 28.04.2016)
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11 Tractebel confirma presença no leilão A-5
A Tractebel Energia confirmou participação no próximo leilão A-5, marcado esta sexta-feira, 29 de abril. Tudo indica que a empresa disputará o certame com projetos eólicos, uma vez que a participação acontecerá por meio de suas controladas indiretas integrantes do Complexo Eólico Campo Largo, localizado nos municípios de Sento Sé e Umburanas, em construção na Bahia, com 327,7 MW. De acordo com a ata da reunião do Conselho de Administração da Tractebel, divulgada na Comissão de Valores Mobiliários na última quarta-feira, 27 de abril, "as controladas estão autorizadas a adotar todas as providências presentes e futuras” para participação no leilão, em especial a contratação de garantias financeiras e, em caso de sucesso, captação do investimento necessário para os projetos vencedores, com contratação de operação de hedge cambial para a parcela em moeda estrangeira do contrato de fornecimento dos aerogeradores. Também ficou decidido que as empresas desenvolverão todas as atividades necessárias para obtenção de Créditos de Carbono considerados na modelagem financeira dos projetos. (Agência CanalEnergia – 28.04.2016)
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12 AES Brasil fora do leilão A-5
A expectativa acerca do leilão de energia nova A-5 que será realizado nesta sexta-feira, 29 de abril, começa a confirmar a estimativa de que a demanda será baixa ou quase nula. A AES Brasil confirmou que não tem interesse no certame, tanto na ponta de venda com a AES Tietê Energia, nem na demanda com a AES Eletropaulo ou AES Sul. Esse sintoma reflete a situação de sobrecontratação de 112% da empresa para esse ano e à média de 113% das distribuidoras no Brasil. “Não participaremos nem para a compra nem para a venda de energia”, declarou o presidente do grupo AES Brasil Julian Nebreda, em evento realizado nesta quinta-feira, 28 de abril, em São Paulo. A questão da sobrecontratação de energia pelas distribuidoras, afirmou ele, é a mais importante a ser combatida nesse momento. E a perspectiva de continuidade de sobras de energia no mercado deverá continuar para esse ano. Nebreda, que assumiu a empresa há um mês, lembrou que houve uma queda da demanda de 5% na área de concessão da AES Eletropaulo no ano passado e que a tendência é de que neste ano o indicador fique nesse mesmo patamar. Por isso, afirmou o executivo venezuelano, a solução para esse problema é urgente e precisa ser tratado de forma imediata. Entre os temas que devem fazer parte das discussões estão o processo de preços da energia, período de contratação de energia por uma distribuidora e o tempo para a contratação que hoje é de pelo menos três anos e a não necessidade de se contratar sempre mais energia. “Essas condições afetam a capacidade das distribuidoras se adaptarem à queda da demanda”, destacou ele. Apesar do imediatismo na adoção de uma solução para o problema ele admite que a toda a cúpula do setor elétrico brasileiro parece estar sensível à importância do tema que tem importante potencial de impacto sobre as contas das concessionárias, pois a aquisição de energia foi feita em um patamar de preços que pode variar entre R$ 140 ou R$ 150/MWh e as sobras são liquidadas ao PLD, que hoje está praticamente no piso regulatório. “O impacto com a energia contratada no mercado regulado e vendida no mercado spot é um tema urgente, não é para amanhã, tem que ser para hoje, o sistema brasileiro não tem condição de suportar esse peso adicional”, acrescentou ele. Em sua avaliação, um ponto que deverá ser revisado no país é a volatilidade dos preços. Esse tema, comentou, é importante para trazer mais previsibilidade ao mercado, para que as empresas possam administrar seus recursos de forma mais conservadora. (Agência CanalEnergia – 28.04.2016)
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13 Empregados da Nuclep denunciam militarização da empresa pela Marinha
Empregados da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep) denunciaram hoje (28) que estão passando por um processo de “militarização”. A denúncia foi feita em ato efetuado fora das instalações da empresa de economia mista, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e subordinada à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). “Nós temos as comprovações que a parte territorial marinha, a Marinha está tomando e, agora, a Nuclep está passando algumas diretorias para a Marinha”, disse à Agência Brasil o diretor da Associação dos Empregados da Nuclep (AEP), David Neves. Segundo ele, o atual presidente da Nuclep, Jaime Cardoso, não conseguiu ainda mudar a empresa para o Ministério da Defesa. David Neves afirmou que a companhia, que durante as décadas de 1970 e 1980 desenvolveu equipamentos de grande importância para a nação, continua desenvolvendo até hoje obras estratégicas para o país, não só na área nuclear. Acrescentou, porém, que o presidente não dá o devido valor aos funcionários da casa: “Ele está fazendo acordo com o Ministério da Defesa para poder se manter no cargo, e está passando tudo para o militarismo”. O diretor da AEP informou que Jaime Cardoso demitiu há pouco todo o quadro comissionado do diretor administrativo, Saulo Farias, e colocou para assumir a segurança patrimonial da Nuclep um almirante da reserva. “Toda a parte de controle que liga a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem), empresa da Marinha, com a Nuclep está de porteira aberta. É tudo da Marinha”. A Ufem integra o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), da Marinha. O funcionário lembrou ainda que a diretoria industrial da Nuclep já é exercida também pelo almirante Liberal Zanelatto, desde 2011, que sempre assume a presidência da companhia, na ausência do titular. A AEP solicita apoio da sociedade para impedir que a Nuclep passe efetivamente para a Marinha e saia do âmbito do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. As irregularidades apontadas foram encaminhadas à direção da CNE. Os empregados denunciaram também que, pela primeira vez, foram impedidos pelos dois almirantes de se manifestar no pátio da empresa. (Agência Brasil – 28.04.2016)
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14 Controladora da Nuclep nega controle sobre a empresa
Controladora da Nuclep, a CNEN informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não tem ingerência real sobre a empresa, ou seja, não exerce um controle efetivo. Acrescentou que questões internas têm que ser respondidas pelo próprio presidente da Nuclep. Procurada, a direção da Nuclep não respondeu às ligações, nem apresentou nenhum posicionamento. Segundo a assessoria de imprensa, a manifestação foi um fato isolado, efetuado fora das instalações da empresa, devido à discordância com a demissão de um diretor e funcionários. (Agência Brasil – 28.04.2016)
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Leilões
1 Leilão A-5 negocia 201,8 MW médios ao preço médio de R$ 198,59/ MWh
Após uma disputa de quase três horas chegou ao fim o 23º leilão de energia nova A-5 que negociou um total de 201,8 MW médios de energia que viabilizou a adição de 278,71 MW em capacidade instalada e 158,14 MW médios de garantia física. O preço médio geral do certame ficou em R$ 198,59 por MWh. O volume de energia negociado corresponde a um giro financeiro de R$ 9,772 bilhões. A única UHE na disputa, Santa Branca (PR, 62 MW) foi negociada ao preço de R$ 150/MWh. O produto por quantidade da fonte PCH viabilizou 20 projetos o maior vencedor do certame em volume de empreendimentos. O preço médio do produto quantidade ficou em R$ 175,80/MWh. Já nos produtos por disponibilidade, a fonte biomassa negociou sete empreendimentos e 815 lotes de 0,1 MW médio contratados. Nesse produto o preço médio ficou em R$ 235,95/MWh. E ainda foi viabilizada uma térmica a gás natural com ciclo combinado de 5,54 MW de capacidade instalada e de propriedade da Oeste Canoas na região Norte com o preço venda no teto de R$ 258/MWh. A fonte eólica não negociou projetos. Como esperado, houve baixa demanda com apenas sete distribuidoras comprando energia. A maior foi a Celesc-D com 13,562 milhões de MWh, seguida pela Amazonas Energia com 12,575 milhões de MWh. Participaram ainda a Boa Vista Energia, Ceal, Cepisa, Copel e ELFSM. (Agência CanalEnergia – 29.04.2016)
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2 MME prorroga data para cadastro de PCHs no primeiro leilão de reserva
O MME prorrogou o prazo limite para entrega dos documentos de cadastramento e habilitação técnica no primeiro leilão de reserva do ano, marcado para 29 de julho. A data passou de 20 de abril para a próxima 3 de maio. A prorrogação, porém, acontece apenas para PCHs e CGHs. A fonte fotovoltaica permaneceu com a data limite original, dia 20 de abril. Os interessados em participar da concorrência deverão requerer o cadastramento e habilitação técnica na EPE. No leilão, serão negociadas apenas as fontes solar e hidrelétrica, a partir de CGHs e PCHs, com prazo de suprimento de 20 e 30 anos, respectivamente. O início de suprimento do contrato será em julho de 2018 para empreendimentos fotovoltaicos e em março de 2020 para hidrelétricos. (Agência Brasil Energia – 28.04.2016)
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Oferta e Demanda de Energia
Elétrica
1 Consumo de energia fecha primeiro trimestre com queda de 4,2%
O consumo de energia elétrica no país fechou os primeiros três meses do ano com queda acumulada de 4,2% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando uma demanda de 115.857 Gwh. Na comparação com março de 2015, o consumo caiu em março 1,5%, atingindo 39.162 GWh. Os dados fazem parte da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica relativo ao mês passado, mas que trazem também números acumulados entre janeiro e março. Divulgada hoje (28) pela EPE, a resenha mostra a continuidade da queda do consumo de energia em março, puxada pelo setor industrial, que fechou o mês em queda de 6,2%, seguido da classe comercial, com declínio de 1,1% sobre março de 2015. Já o consumo residencial, em decorrência das elevadas temperaturas, fechou com expansão de 1,7%. Segundo a EPE, quando se observa o comportamento dos setores no resultado acumulado do primeiro trimestre do ano, a queda é generalizada. A Indústria apresentou o pior resultado, com queda acumulada de 7,5% de janeiro a março, motivado pela retração da economia. O setor foi seguido pelo comércio, com retração de 3,2%, e residências, cuja queda acumulada foi de 2,5%. comércio, com retração de 3,2%, e residências, cuja queda acumulada foi de 2,5%. (Agência Brasil – 28.04.2016)
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2 Demanda da indústria ao SIN em março sofre queda em relação a 2015
Os dados divulgados pela EPE indicam que, em março, a indústria demandou ao SIN 13.746 Gwh. Para a EPE, a queda de 6,2% frente ao mesmo mês de 2015 reflete “o comportamento dos indicadores de confiança da indústria que não têm apresentado sinais claros de recuperação. No fechamento dos primeiros três meses do ano, a queda é ainda maior: 7,5%, refletindo o cenário econômico adverso de queda na renda real, aumento do desemprego e de reajustes na condições de crédito. A EPE citou análise da CNI de março, que constata “a demanda interna insuficiente, a dificuldade de acesso ao crédito e a elevada carga tributária, que impactam a situação financeira das empresas, obrigadas a liquidar os estoques que se acumularam ao longo do ano passado e a readequar a produção ao patamar das vendas atuais”. A análise destacou também o nível de utilização da capacidade instalada, que ainda está baixo. Os dados indicam que “o setor de máquinas e equipamentos, por exemplo, enfrenta ociosidade de cerca de 45% e os ajustes na quantidade de mão de obra, que continuam sendo implementados, explicam o aumento do desemprego formal na indústria de transformação que, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), reduziu 24.856 postos de trabalho somente em março”. A menor queda no consumo industrial em março ocorreu em Minas Gerais, onde a queda alcançou expressivos 18,2% devido ao decréscimo, principalmente, da produção de cimento. À exceção da região Norte, que fechou o mês com crescimento de 1%, o resultado regional foi negativo nos Sudeste (-7,1%), Nordeste (-12,5%), Sul (-2,9%) e Centro-Oeste (-0,9%). Já o estado do Pará, que expandiu 3,7%, foi o que mais contribuiu para o crescimento do consumo de energia elétrica na região Norte em março. Isso ocorreu em função dos avanços da metalurgia de metais não-ferrosos e da extração de minério de ferro para exportação. A queda acumulada de 7,5% no consumo industrial de eletricidade nos três primeiros meses do ano foi puxada pelas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, onde se situam as principais indústrias do país e onde houve aprofundamento da crise econômica nos setores de metalurgia, com queda de 6,9%, e de extração de minerais metálicos (-9,1%), as maiores no trimestre. (Agência Brasil – 28.04.2016)
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3 Comércio e Serviços fecha mês de março com queda de 1,1% em relação a 2015
Ao fechar o mês de março deste ano com queda de 1,1% frente a igual mês do ano passado, o setor de Comércio e Serviços manteve uma trajetória de queda iniciada em setembro passado. O setor, segundo a EPE, continua sentindo “os efeitos da atividade econômica fraca e da deterioração do mercado de trabalho”. Na avaliação da EPE, sem perspectiva no curto prazo de melhora nesse cenário, é de se esperar que os empresários estejam reduzindo custos e postergando investimentos de expansão. “Tem-se observado o fechamento de algumas lojas no setor comercial e que vem a se refleti no mercado de trabalho: já foram fechados no ano 168 mil postos de trabalho no comércio – o pior resultado na série de dados do Caged/MTE desde 2003, ressalta o documento. Apesar da queda, a EPE ressalta o fato de que, em todas as regiões, a queda observada no consumo de eletricidade nos estabelecimentos comerciais mostrou-se menos intensa do que as verificadas em janeiro e fevereiro. “Provavelmente pela influência das temperaturas mais elevadas sobre o consumo de eletricidade nos equipamentos de climatização”. No trimestre, o consumo de eletricidade no setor comercial ficou 3,1% menor que o do igual período de 2015, no que, na avaliação da Resenha, reflete o maior valor da tarifa de eletricidade e o quadro recessivo da economia, que influíram na desaceleração do consumo, que, com este resultado, conta três trimestres consecutivos de queda. (Agência Brasil – 28.04.2016)
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4 Consumo de eletricidade nas residências alcançou 11.315 GWh em março
As temperaturas mais elevadas em março deste ano, em relação a igual mês do ano passado, levaram o setor residencial a interromper a uma sequência de quedas no consumo do setor, o que vinha se verificando desde maio do ano passado, ou seja, há quase um ano. O consumo de eletricidade nas residências alcançou 11.315 GWh em março. No entanto, segundo a EPE “a economia”., com desemprego em alta, crédito caro e renda menor, permanece inibindo o consumo das famílias. Com menor volume de chuvas no período, o clima seco agravou a sensação de desconforto dos dias de temperatura elevada e contribuiu para aumentar o consumo de eletricidade a partir do uso de aparelhos domésticos de climatização: no Mato Grosso e em Goiás o consumo cresceu 10,8% e 7,5%, respectivamente. No Nordeste (+4,8%), que voltou a registrar aumento do consumo após as quedas consecutivas observadas nos dois primeiros meses do ano, destaca-se expansão no Piauí (+10,2%), seguido pelos estados do Ceará, Maranhão e da Bahia, com taxas de 7%. No Sudeste (-0,5%) e no Sul (-1,1%), o consumo nas residências manteve-se em patamar baixo, embora as reduções observadas no mês tenham se mostrado menos intensas do que as registradas no ano passado. Observou-se, contudo, crescimento no consumo no Espírito Santo (+2,9%) e em São Paulo (+2,8%), assim como em Santa Catarina (+3,1%), o que não ocorria nesses estados desde janeiro de 2015. No acumulado janeiro/março, porém, o consumo residencial ainda permanece negativo: -2,5%. (Agência Brasil – 28.04.2016)
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5 Números dos reservatórios pelo Brasil
Os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste mantiveram os 57,5% de armazenamento na quarta-feira (28/4). Há um mês, o submercado registrava 57,7% do total e era o segundo com maior capacidade. Desde o dia 1º/4, os reservatórios do Norte registram armazenamento maior do que o do Sudeste/Centro-Oeste. O reservatório de Furnas fechou esta quarta-feira com 76,93% do armazenamento, que deve aumentar nos próximos dias em decorrência da chegada de uma frente fria na região. A mudança no clima promete chuvas para a região Sudeste a partir dessa quinta-feira. (Agência Brasil Energia – 28.04.2016)
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6 Projeção de vazões em maio fica 36,5% abaixo do projetado para abril
A projeção de vazões para o primeiro mês do período seco de 2016 apresentou um volume de energia natural afluente 36,52% menor em comparação ao que se esperava para o mês de abril. De acordo com os dados preliminares do ONS, que serão utilizados para a elaboração do PMO de maio, está prevista ENA total de 45.272 MW médios ao final do mês. Em abril, o volume esperado inicialmente, mas que não se concretizou era de 71.327 MW médios. Para este mês, a estimativa é de que a ENA esteja acima da média histórica apenas no Sul do país, com 108% da média de longo termo. No Sudeste/Centro Oeste, a maior região de consumo do país, o indicador inicial é de 76% da MLT, no Norte esse volume é de 41% e no Nordeste de 25% da média histórica. No mês de abril, houve influência direta de uma zona de alta pressão que impediu sua passagem do Sudeste para o Sul. Com isso, a ENA projetada no início deste mês, que estava em 92% da MLT fechou em 72%. No Nordeste a situação foi pior, com as vazões encerrando abril à metade do que se previu originalmente, com 23% da média histórica. Ao mesmo tempo as temperaturas elevadas fizeram com que a curva de carga deste mês apresentasse um perfil semelhante à curva de verão. Já com a redução da temperatura a queda na semana ficou em 6 mil MW médios ao se comparar os volumes do dia 20 de abril. A carga no Sudeste, como o ONS já vinha apontando nas revisões semanais do PMO vinha subindo e ao final de abril o órgão apontou aumento da previsão inicial de 39.000 MW médios para 42.000 MW médios. No sul a previsão de aumento é de 11% e no Nordeste e Norte a carga ficou dentro da média. (Agência CanalEnergia – 28.04.2016)
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7 Previsão para o próximo trimestre deverá ser de temperaturas amenas no Sul e Sudeste
A previsão para o trimestre maio, junho e julho deverá ser de temperaturas amenas no Sul e no Sudeste. As chuvas deverão ocorrer nos extremos Norte e Sul do Brasil, mas a tendência é de que seja verificada um menor volume do que o habitual. O El Niño deverá durar mais um ou dois meses. Atualmente, apresentou o ONS no primeiro dia de reunião do PMO de maio, está enfraquecendo em toda a sua extensão do pacífico equatorial. Além disso, já é possível afirmar que o La Niñao poderá ocorrer em agosto ou setembro. A consequência é que as chuvas deverão continuar marginalmente acima da média no Sul e abaixo no Nordeste. Em termos operacionais o ONS já prevê que este ano deverá ser o primeiro sem que a UHE Tucuruí (PA, 8.340 MW) não apresentará vertimento. Tanto que há a medida de redução da geração da usina para tentar armazenar mais água em seu reservatório. Assim é verificada a manutenção da curva de deplecionamento da central mas com disponibilidade menor em comparação a outros anos. Segundo dados do operador, a geração eólica apresentou grande intermitência na geração, chegou a passar de 3 mil MW médios para algo entre 600 a 700 MW médios. Com isso, foi necessário fazer a modulação no intercâmbio e em alguns dias até mesmo o isso de térmicas adicionais na região. Contudo nesse mesmo período houve ainda recorde de geração eólica nos dias 17 e 18 com pico de 4.594 MW médios e fator de capacidade de 74% ante uma capacidade instalada de 6.300 MW. Mas, a partir de meados de abril houve despacho total de térmicas de CVU até R$ 211/MWh sem modulação na carga leve. Nesse mês, destacou, houve a entrada da primeira UG da UHE Belo Monte e a devolução de energia para a Argentina. (Agência CanalEnergia – 28.04.2016)
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8 Novo parâmetro de risco pode aumentar PLD
O governo deve rever o modelo de cálculo do CVaR, o parâmetro de aversão ao risco hidrológico embutido no PLD, de acordo com o secretário executivo do MME, Luiz Eduardo Barata. A projeção é que a nova metodologia implique em um acionamento antecipado das usinas térmicas, em relação ao que é feito atualmente. “A mudança poderá fazer com que o PLD fique um pouco mais alto, porque poderá fazer com que você chame térmicas com um pouco mais de antecedência”, explica o secretário. O atual modelo de aversão ao risco foi desenvolvido pelo Cepel e foi implantado em 2013, justamente para dar um sinal de preço para o acionamento das térmicas, visando preservar os níveis dos reservatórios. Mas o ONS — cujo comando deve ser assumido por Barata em meados de maio — vem defendendo uma revisão do modelo. (Agência Brasil Energia – 28.04.2016)
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Energias Renováveis
1 Gamesa fornece 136,5 MW para complexo eólico da EDP Renováveis
A Gamesa fechou contrato para fornecimento de 136,5 MW eólicos para a EDP Renováveis. A encomenda soma 65 aerogeradores, no modelo G114, de 2,1 MW de potência instalada cada. Eles serão instalados no complexo Babilônia, na Bahia. A entrega das turbinas está prevista para o final de 2017. Já a entrada em plena operação do empreendimento deve acontecer no segundo semestre de 2018. O acordo inclui transporte, instalação e comissionamento dos equipamentos, além de serviços de manutenção por cinco anos. A empresa não abriu valores do contrato. Segundo a fabricante, as encomendas brasileira do modelo G114 está perto de alcançar 1 GW. O projeto Babilônia será instalado na cidade baiana de Morro do Chapéu. São cinco parques (Ventos de Santa Aparecida, Santa Aurora, Santa Emília, São Gabriel e Santa Beatriz), todos negociados no segundo leilão de reserva de 2015. (Agência Brasil Energia – 28.04.2016)
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Grandes Consumidores
1 Venda interna de produtos químicos cai 6,7% no trimestre, diz Abiquim
As vendas internas de produtos químicos de uso industrial recuaram 6,69% no primeiro trimestre, na comparação anual, como reflexo da deterioração da economia doméstica, segundo dados preliminares da Abiquim. A produção do setor, porém, caiu apenas 0,93% no mesmo intervalo, sustentada pela alta de 46,3% das exportações em volume. Conforme a associação, o consumo aparente nacional (CAN), que é importante indicador de demanda, mostrou declínio de 5,5% de janeiro a março. As importações também apresentaram resultado negativo, com retração de 2,07% no mesmo período. Excluídos os produtos do grupo intermediários para fertilizantes, que lideram a pauta de importações, as compras externas apresentaram recuo de 13,62% no trimestre. “Em termos históricos, os patamares médios de volumes dos três primeiros meses deste ano expressam um dos piores períodos dos últimos dez anos”, diz a associação. Na média do trimestre, a taxa de ocupação da capacidade instalada da indústria química no Brasil ficou em 76%, três pontos percentuais abaixo da registrada um ano antes. Considerando os padrões de produção da indústria química mundial, o ideal seria que as plantas estivessem operando entre 87% e 90%, informa a Abiquim. De acordo com a diretora de Economia e Estatística da associação, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, “o baixo índice de utilização da capacidade instalada desde 2008 pode significar, no médio e no longo prazos, desestímulo a novos investimentos”. “Importantes cadeias clientes da indústria química reduziram suas operações. A produção e as importações caindo simultaneamente preocupam, pois também pode estar havendo substituição da demanda de químicos por produtos importados acabados”, disse, em nota. A economista destaca que, apesar das dificuldades do momento, é preciso olhar para o longo prazo e tentar manter o foco em questões estruturais, que devolvam competitividade ao país. Para a indústria química, os principais pontos de atenção são relativos à matéria-prima, com a adoção de uma política para o uso do gás natural para essa finalidade, por exemplo; ao estabelecimento de tarifa de energia mais atrativa para a produção industrial; e à busca de soluções para entraves logísticos e de infraestrutura. No que tange às exportações, a Abiquim defende que o governo eleve a alíquota do Reintegra para o máximo já previsto em lei no curto prazo e avalie a possibilidade de rever as taxas para patamares “mais realistas”, que “devolvam ao produtor local os impostos ‘escondidos’ ao longo da produção, que tiram a competitividade da exportação brasileira”. (Valor Econômico – 29.04.2016)
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2 Lucro da Vale supera expectativa
A mineradora Vale teve lucro líquido 6,311 bi de reais no primeiro trimestre de 2016, superando estimativa de analistas e retornando ao lucro pela primeira vez em três trimestres, com a contribuição de uma recuperação dos preços do minério de ferro e da valorização do real frente ao dólar. O resultado divulgado nesta quinta-feira, que se contrapõe a um prejuízo líquido de 9,538 bi de reais no mesmo período de 2015, impulsionou as ações da companhia, que operavam em alta de mais de 4 por cento às 14h25, enquanto executivos da mineradora apontaram para um cenário melhor para o mercado de minério de ferro, o principal produto da maior produtora global da commodity. Em dólares, o lucro da empresa foi de 1,776 bi no período, superando a previsão média do mercado, de lucro de 1,06 bi de dólares, segundo pesquisa da Reuters. A Vale teve lucro após reportar no quarto trimestre de 2015 o pior prejuízo de sua história pelo menos desde a privatização, principalmente devido a baixas contábeis em meio aos fracos preços do minério. O primeiro trimestre foi classificado como "auspicioso" pelo diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores da companhia, Luciano Siani, que acrescentou que o resultado foi "muito influenciado" pelo efeito da apreciação do real na dívida denominada em dólar. Ao longo do trimestre, a moeda dos EUA caiu de 3,90 para 3,56 reais, lembrou o executivo. Os preços do minério cresceram cerca de 25 por cento nos três primeiros meses do ano e, combinados com taxas mais baixas de frete, contribuíram para aumentar margens e gerar caixa. No primeiro trimestre, o custo do minério entregue na China caiu para 28 dólares a tonelada, ante 31 dólares no último trimestre de 2015. Houve também uma redução das taxas de frete e recordes na produção de minério, níquel e cobre. O analista Paul Gait, do Bernstein, ressaltou a geração de caixa, medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização --o Ebitda ajustado somou nos primeiros três meses 7,685 bilhões de reais, alta de 66 por cento ante o mesmo período do ano passado. (O Globo – 29.04.2016)
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Economia Brasileira
1 FMI vê Brasil como fator de risco para AL
A péssima situação econômica do país Brasil é um fator de risco para a América Latina. A conclusão é de relatório do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI sobre o panorama econômico da região. Segundo a instituição, uma deterioração mais profunda da situação no Brasil poderia provocar mudança repentina na avaliação dos ativos regionais, menor demanda de exportações entre os sócios comerciais da região (em particular Argentina, Paraguai e Uruguai) e em maiores prêmios de risco. O fundo recomenda a adoção de medidas fiscais de curto prazo no país. "Os principais riscos internos para o Brasil estão vinculados às contínuas tensões políticas que estão afetando a capacidade do governo de aprovar reformas, inclusive as necessárias para restabelecer a sustentabilidade das finanças públicas, e que, de maneira geral, estão intensificando a incerteza com respeito às políticas", diz o documento divulgado ontem. O FMI alertou que é essencial formular uma "estratégia de consolidação orientada para restabelecer a sustentabilidade fiscal, assim como comunicᬠla e executá¬la de maneira sistemática". A instituição advertiu que o país está com níveis crescentes de dívida ¬a estimativa é atingir 91% do PIB em 2021 ¬ e com grandes déficits fiscais, superiores a 5% do PIB. O Brasil teria agora espaço limitado para cortes discricionários e necessita adotar medidas de curto prazo, diz relatório. "Mas o desafio mais importante é tratar da rigidez dos gastos, incluindo o sistema de seguridade social. É importante resistir às pressões para dar estímulo, dada a falta de espaço fiscal." A implementação de um programa de concessões foi apontada como chave para respaldar o crescimento no médio prazo. (Valor Econômico – 28.04.2016)
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2 Desemprego vai a 10,9% no trimestre e é o mais alto desde 2012
A taxa de desemprego no Brasil aumentou para 10,9% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com os 7,9% do mesmo período de 2015 e com os 9% apurados no quarto trimestre daquele mesmo calendário. O nível de desocupação mais recente é o maior desde o início do levantamento, em 2012. São 11,1 milhões de desempregados no país, segundo dados da Pnad Contínua, do IBGE. A taxa de desemprego do primeiro trimestre ficou um pouco acima da média estimada por economistas ouvidos pelo Valor Data, de 10,8%. O aumento do desemprego se deu por causa das demissões e também por conta do número maior de pessoas que passaram a procurar trabalho, mas não encontraram. A população na força de trabalho, também chamada de PEA, aumentou em 1,77 milhão de pessoas (1,8%) ante os três primeiros meses de 2015. Na comparação com o quarto trimestre daquele mesmo calendário, o aumento foi de 410 mil (0,4%). Boa parte desse contingente não encontrou trabalho. Ao mesmo tempo, a população ocupada diminuiu 1,5%, ou 1,38 milhão de pessoas), para 90,64 milhões, na comparação com o trimestre inicial de 2015. Ante os três últimos meses daquele ano, a queda foi de 1,7%, ou 1,6 milhão de pessoas. Assim, a população desempregada cresceu 39,8% (ou 3,155 milhões de pessoas) no primeiro trimestre, para 11,1 milhões de pessoas, ante 7,93 milhões no mesmo período do ano passado. Na comparação com o trimestre anterior, o aumento foi de 22,2%, ou 2 milhões de desempregados a mais. Ao mesmo tempo que o desemprego aumentou, a renda do trabalho diminuiu. O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 1.966) caiu 3,2% em relação ao primeiro trimestre do ano passado (R$ 2.031) e teve ligeiro aumento frente ao intervalo de outubro a dezembro de 2015 (R$ 1.961). A massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos (R$ 173,5 bi) teve queda de 4,1% frente ao mesmo trimestre do ano anterior e recuou 1,3% ante o quarto trimestre de 2015. (Valor Econômico – 29.04.2016)
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3 Confiança do varejo cai mais com demanda fraca
O cenário ruim nas vendas do varejo conduziu a mais um recuo na confiança do empresariado. O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 0,5 ponto entre março e abril, para 66,6 pontos, a segunda queda consecutiva e o terceiro menor nível da série iniciada em março de 2010. Na comparação com abril de 2015, a queda foi de 3,4 pontos. No entanto, não é descartada uma "saída do fundo do poço" na confiança do varejista até o fim do ano, nas palavras do superintendente -adjunto de ciclos econômicos da FGV, Aloísio Campelo. Para ele, é possível que as vendas no varejo fiquem menos desfavoráveis, beneficiadas por cenário provável de juros menores, e menor incerteza política, que conduza a medidas do governo para aquecer a economia. "A confiança pode aumentar um pouco, se houver estabilidade ou queda menos intensa de vendas." No indicador de abril, é possível perceber que o setor varejista também espera melhora futura. O ISA, um dos dois subindicadores do Icom, caiu 2,5 pontos, para 59,8 pontos, pontuação mais baixa da série. A queda mais acentuada ocorreu no quesito que mede o grau de satisfação com a situação atual dos negócios, que caiu 6,6 pontos em relação ao mês anterior, para 60,1 pontos (menor da série). O IE subiu 1,5 ponto em abril, para 74,8 pontos, puxado pelo tópico situação dos negócios em seis meses, que avançou 2,9 pontos ante março, para 76,4 pontos. Campelo frisou que a situação atual do comércio ainda é muito negativa, e que qualquer estabilidade ou recuo menos intenso nas vendas não ocorrerá de um mês para o outro. "O setor continua a demitir e desanimado", reiterou. Dados mais recentes do IBGE em sua Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) apontam aumento de 1,2% nas vendas de fevereiro ante janeiro. Embora tenha sido a taxa mais alta desde julho de 2013 (-1%) não compensou queda acumulada de 4,1% nos dois meses anteriores. "A confiança do comércio é muito relacionada às taxas de variação nas vendas do setor", disse. O técnico lembrou que a confiança do consumidor opera em baixa histórica neste começo do ano, devido ao alto patamar de endividamento das famílias, mercado de trabalho enfraquecido e inadimplência expressiva. Segundo ele, a menor pressão inflacionária pode influenciar queda de juros. Com juros menores, isto tende a afetar custo financeiro e elevar possibilidades de venda a prazo, levando uma "lufada de bom humor nas expectativas", disse. O cenário político nos próximos meses também pode favorecer quadro menos negativo para as vendas do comércio, avalia Campelo. Com a definição sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff, poderia ocorrer o fim da paralisia do governo nos últimos meses, com ausência de ações que possam reaquecer a demanda interna. "Mas o cenário ainda é de muita incerteza", afirmou. (Valor Econômico – 29.04.2016)
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4 Preços ao produtor aprofundam queda e recuam mais de 1% em março
O IPP caiu 1,21% em março após ter registrado baixa de 0,63% um mês antes, informou o IBGE. O resultado de março é o menor da série iniciada em janeiro de 2014. No primeiro trimestre, houve queda de 1,17% mas, no acumulado em 12 meses, foi verificado aumento, de 5,25%. O IPP mede a evolução dos preços de produtos na “porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange as indústrias extrativas e de transformação, assim como grandes categorias econômicas: bens de capital, intermediários e de consumo duráveis e semiduráveis. Entre as 24 atividades que fazem parte do IPP, oito apresentaram variações positivas de preços, contra dez em fevereiro. Pelo lado positivo, a maior variação foi apurada em indústrias extrativas (6,56%). Já as maiores influências vieram de outros produtos químicos (-0,43 ponto percentual), alimentos (-0,34 ponto), papel e celulose (-0,15 ponto) e indústrias extrativas (0,15 ponto). Do lado negativo, as mais intensas variações de queda foram observadas em outros equipamentos de transporte (-4,86%), fumo (-4,86%) e outros produtos químicos (-4,11%). No ano, as atividades que tiveram as maiores variações percentuais pelo lado negativo foram indústrias extrativas (-9,23%), outros produtos químicos (-6,35%). (Valor Econômico – 29.04.2016)
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5 Dólar ontem e hoje
Hoje, às 11h09, o dólar recuava 1,61%, a R$ 3,4412. Na quinta-feira, o dólar comercial caiu 0,84%, encerrando a R$ 3,4967. (G1 e Valor Econômico – 29.04.2016 e 28.04.2016)
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Internacional
1 Siemens fornecerá 385 MW para eólica offshore no mar Báltico
A Siemens vai fornecer 385 MW em turbinas eólicas de 6 MW cada para o parque offshore Arkona, no mar Báltico, no nordeste da Europa. O projeto será operado por um consórcio entre a alemã E.ON e a petroleira norueguesa Statoil e deve entrar em operação em 2019. Já a entrega das turbinas será iniciada em meados de 2018. O contrato ainda inclui serviços de revisão e manutenção da Siemens junto à E.ON por dois anos. “Esse é o primeiro pedido que recebemos para instalar nosso modelo de grandes turbinas de condução direta no mar Báltico”, afirmou Michael Hannibal, CEO de Offshore para a divisão de Energia Eólica da Siemens. O volume de energia elétrica gerado pelo parque eólico é suficiente para atender ao consumo de 400 mil residências alemãs, de acordo com a Siemens. O empreendimento será construído a 35 km no nordeste da ilha de Rügen e terá uma área de 40 km². Nas últimas semanas, a Siemens fechou outro contrato de fornecimento de turbinas eólicas. Serão instaladas 13 unidades do modelo SWT-3.2-101 no parque Eurus Higashi Yurihara, de 41,6 MW, na cidade de Yurihonjo, no Japão. (Agência Brasil Energia – 28.04.2016)
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Biblioteca Virtual do
SEE
1 QUITZOW, Rainer; RÖHRKASTEN, Sybille; JACOBS, David; BAYER, Benjamin; JAMEA, El Mostafa; WAWERU, Yvonne; MATSCHOSS, Patrick. “The Future of Africa’s Energy Supply: Potentials and Development Options for Renewable Energy”. Institute for Advanced Sustainability Studies - IASS. Potsdam, março de 2016.
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2 AMARAL, Luiz Fernando do. “Uma nova estratégia para as finanças sustentáveis”. Valor Econômico. São Paulo, 29 de abril de 2016.
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Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo
Mattos, Gustavo Batista, Lucas Netto, Livia Moreira, Müller Nathan Rojas.
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de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
de Economia da UFRJ.
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
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