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IFE: nº 4.077 - 25 de abril de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
1 Indenização bilionária começa a entrar na conta de luz em 2017
2 GESEL: decisão deve aumentar a participação e a competitividade dos leilões de transmissão de energia
3 Eduardo Braga entrega carta de demissão a Dilma
4 Funcionário de carreira da Petrobras é novo ministro de Minas e Energia
5 Brasileiro trabalha 11 horas no mês só para pagar conta de luz
6 Brasil lidera carga de impostos do setor elétrico
7 Belo Monte inicia geração comercial de energia
8 TCU quer que governo defina data para avaliar atrasos de Belo Monte
9 Teles Pires terá capacidade total em maio
10 Mesmo com poucos funcionários, Teles Pires é obra grandiosa
11 Aneel recusa pedido da Eletrosul para suspensão das obrigações contratuais de parques eólicos
12 Procon questiona reajuste na tarifa de energia no Ceará
13 Seminário pepi 29/04 - Carlos Medeiros
Empresas
1
Lucro da Elektro no primeiro trimestre despenca 44,2%
2 Weg tem lucro líquido 14,9% maior no primeiro trimestre
3 Duke Energy pode sair perdendo se deixar o país sem equacionar expansão
4 Light corta o fornecimento de energia em três unidades da UFRJ
Leilões
1
Belo Monte desiste de disputar leilão
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Consumo tem alta de 8,2% em abril, aponta CCEE
2 Consumo de energia do mercado cativo da Light cai 7,7% no primeiro trimestre
3 Norte é o único submercado a ter alta no nível dos reservatórios
Meio
Ambiente
1
Hidrelétrica no Tapajós tem licenciamento suspenso pelo Ibama
2 Mobilidade de baixo carbono pode economizar US$ 330 bi no mundo por ano a partir de 2020
3 Interação entre máquinas resultará em maior consumo de energia
Energias Renováveis
1
BNDES vê capacidade de 1GW de fábricas de painéis para 2017
2 Avião movido a energia solar completo voo sobre Oceano Pacífico
3 Exército estima economia de 10% do consumo com geração e armazenamento solar
Gás e
Termelétricas
1 Nova liminar suspende venda da Gaspetro
2 GasBrasiliano inaugura gasoduto em Araraquara
3 Importação de GNL sobe quase 20% em janeiro
Grandes
Consumidores
1 Usiminas tem prejuízo de R$ 151 milhões no 1º trimestre
Economia Brasileira
1 IBGE: Indústria fecha 1,37 mi de vagas em um ano e lidera demissões
2 Intenção de consumo em abril atinge mínimo histórico, diz CNC
3 Queda no rendimento real puxa piora do mercado de trabalho no início do ano
4 'Prévia' do PIB cai 0,29% em fevereiro, apura BC
5 Focus: analistas já preveem inflação a 6,98% este ano
6 Geração de empregos formais tem o pior março desde 1992
7 Dólar ontem e hoje
Internacional
1 Bolívia: 74% de energia renovável até 2025
2 Bolívia: ENDE e Eletrobras preveem firmar acordo em maio
3 Bolívia: Governo assegura que situação política de Brasil não afetará exportação de gás
4 Bolívia: ENDE instalará cinco plantas de energia limpa
5 Uruguai: Renováveis batem recorde dentro da matriz energética
6 Venezuela impõe corte de luz de 4 horas diárias para economizar energia
7 Risen Energy fornece 175 MWp fotovoltaicos para a Índia
8 China pretende limitar produção de energia a carvão
9 GE tem prejuízo de US$ 98 milhões no 1º trimestre
Regulação e Reestruturação do Setor
1 Indenização bilionária começa a entrar na conta de luz em 2017
O governo decidiu jogar as indenizações bilionárias das transmissoras de energia para a conta de luz do consumidor a partir de 2017. A medida sai após três anos e meio de espera, depois de a União ter esvaziado o caixa dos fundos setoriais e da recusa do Tesouro Nacional em pagar recursos de R$ 20 bilhões. Com essa solução, o governo retoma a prática adotada antes da edição da polêmica Medida Provisória 579/2012, que reduziu a conta de luz em 20%. As regras foram publicadas em portaria assinada pelo então ministro de Minas e Energia Eduardo Braga, que deixou o cargo quarta-feira. O pagamento vai entrar na tarifa de energia no ano que vem e será diluído em até oito anos. Braga defendia que o pagamento saísse a partir de 2019, para evitar novo aumento na conta de luz após o tarifaço de 50% no ano passado. No fim de 2015, a Aneel terminou o cálculo das indenizações devidas a três transmissoras que aderiram à MP 579. Para Furnas, o valor autorizado foi de R$ 8,999 bilhões; para a CTEEP, R$ 3,896 bilhões; e para a Eletrosul, R$ 1,007 bilhão. Também aderiram à proposta na área de transmissão Chesf, Eletronorte, Cemig, Copel e Celg, cujos laudos de indenização precisam ser aprovados pela Aneel. Juntas, as transmissoras alegam ter direito a receber mais de R$ 20 bilhões. Segundo a portaria, as transmissoras vão poder incluir os valores aprovados nos balanços imediatamente, como ativo regulatório. Isso vai permitir dividir esse custo igualmente entre consumidores de todo o País. Como o setor de transmissão representa 8% do total da tarifa, de acordo com o ex-diretor da Aneel, Edvaldo Santana, a conta de luz deve ficar entre 1% e 2% mais cara. O repasse tarifário deve ocorrer na revisão tarifária periódica das receitas das concessionárias. A base de remuneração será depreciada considerando a vida útil dos ativos e atualizada pelo IPCA. (O Estado de São Paulo – 23.04.2016)
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2 GESEL: decisão deve aumentar a participação e a competitividade dos leilões de transmissão de energia
A decisão [do MME de jogar as indenizações bilionárias das transmissoras de energia para a conta de luz do consumidor a partir de 2017] deve aumentar a participação e a competitividade dos leilões de transmissão de energia, afirma o professor Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ. “Esse era o segmento com maior risco de prejudicar o planejamento e a expansão do setor elétrico”. Na última licitação, em 13 de abril, dos 24 lotes ofertados, 10 não receberam proposta. A segunda etapa do leilão ocorrerá em 1.º de julho e incluirá novos lotes. Para Castro, com a definição das indenizações, a CTEEP, uma das principais empresas do setor, pode voltar a investir. “A CTEEP é mais competitiva e entende muito mais do negócio do que os fundos de investimento que entraram no último leilão. Trata-se de um setor com poucos players”. Castro diz que a decisão não muda a situação da Eletrobrás, que participou das licitações até 2014, mas deixou de disputá-las desde o ano passado. “A Eletrobrás continua com questionamentos vinculados à Operação Lava Jato, o que faz com que a tomada de decisão em relação à formação de consórcios seja mais difícil.” (O Estado de São Paulo – 23.04.2016)
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3 Eduardo Braga entrega carta de demissão a Dilma
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, entregou em 20 de abril seu pedido de exoneração do cargo à presidenta Dilma Rousseff. Na carta, Braga, que estava no cargo desde janeiro de 2015, disse que nesse período foram feitos diversos ajustes nos setores de energia elétrica, petróleo, gás e combustíveis renováveis e na área de geologia e mineração. “Hoje, temos o orgulho de dizer que, mesmo em meio ao agravamento da crise econômica, o setor elétrico continua sendo atrativo ao investidor; o abastecimento de energia está cada vez mais consolidado, a inovação no setor em franco desenvolvimento e as tarifas em viés de queda, sem pressionar o TN, seja para investimentos novos, seja para custear o sistema. Se a pergunta recorrente no início de 2015 era quando vai ser decretado o racionamento, a dúvida hoje é quantas usinas termelétricas serão desligadas no próximo mês”, disse o ministro, na carta. Ele fez um balanço de suas ações no ministério. “Estamos certos de ter cumprido nossa missão à frente do MME, com dedicação e comprometimento com as orientações do Governo para os setores energético e de mineração”, conclui. A saída de Braga havia sido anunciada mais cedo pelo próprio ministro. Braga é do PMDB, partido do vice-presidente, Michel Temer. O partido rompeu com o governo e decidiu entregar os cargos que detinha na administração federal. (Agência Brasil – 20.04.2016)
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4 Funcionário de carreira da Petrobras é novo ministro de Minas e Energia
O engenheiro civil Marco Antonio Martins Almeida é o novo ministro de Minas Energia. A nomeação foi publicada em 22 de abril, no DOU. O novo titular da pasta ocupava o cargo de secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis da pasta. Martins assumiu o cargo no lugar do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), cuja exoneração também foi publicada hoje. O novo ministro tem 55 anos e é funcionário de carreira da Petrobras. Entrou na empresa em 1985 admitido como funcionário da Petrobras em 1985, onde trabalhou, basicamente, na Bacia de Sergipe e Alagoas, nas áreas de produção terrestre e marítima de petróleo. Foi, ainda, responsável pelo planejamento regional do aproveitamento do gás natural. Martins foi cedido ao governo federal em 1992. Trabalhou no DNC, na ANP e no MME, desde 1999. Atuou ainda como coordenador do PAC de óleo e gás desde sua criação. (O Globo – 22.04.2016)
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5 Brasileiro trabalha 11 horas no mês só para pagar conta de luz
Para pagar a conta de luz de uma residência com uma geladeira pequena, que consome cerca de 60 kWh por mês, mais algumas lâmpadas e uns dois ventiladores, um brasileiro que ganha um salário mínimo precisa trabalhar 11,1 horas, ou seja, pouco mais de uma jornada completa de trabalho. Já um trabalhador no Canadá que recebe o piso nacional precisa de apenas de 1,6 hora para arcar com os mesmos 100 Kwh de energia consumidos. A estimativa faz parte de um estudo do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético (Ilumina), feito a pedido do GLOBO, a partir de dados de 23 países. O levantamento usou como base dados da AIE e dos países membros da OCDE, com exceção das nações que não têm salário mínimo estabelecido, como Noruega, Itália, Suécia, Finlândia, Suíça e Dinamarca. No estudo, o Brasil aparece como o país onde o consumidor que ganha um salário mínimo tem de trabalhar o maior número de horas para pagar pela energia. Em segundo lugar, vem o México, com 9 horas. “O Brasil é o país com a energia elétrica mais cara entre os países listados”, destacou diretor do Ilumina, Roberto D’Araujo. Outro estudo, feito pelo professor Délberis Lima, do Departamento de Engenharia Elétrica do Centro Técnico Científico da PUC-Rio, constatou que a tarifa brasileira, apesar de não ser a mais cara, é a que mais pesa no salário mínimo. A pesquisa considerou o preço médio da energia em oito países, quatro da América Latina e quatro da Europa, o salário mínimo das nações listadas e o custo para pagar por um consumo de 200 kWh por mês. O Brasil ficou em primeiro lugar no ranking, com fatia de 18,5%, seguido pelo Peru, com 10%. Já o Reino Unido ocupou a última posição da lista, com o custo da energia tendo o menor peso no salário mínimo, de apenas 1,5%. Entre as nações avaliadas, a Espanha tem a maior tarifa, US$ 58,65 para pagar os 200 Kwh/mês, mas representa apenas 5,5% no salário mínimo dos trabalhadores espanhóis. (O Globo – 25.04.2016)
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6 Brasil lidera carga de impostos do setor elétrico
A carga de impostos do setor elétrico é outro quesito em que o Brasil lidera. Enquanto na Espanha os impostos representam 26% do total da conta de luz e em Portugal, 23%; no Brasil, o peso tributário varia de 28%, para quem consome até 300 kWh/mês, até 46%, acima desse volume. “O Brasil, apesar de não ser o que tem a maior tarifa, é o que paga mais impostos e o que tem mais peso para os trabalhadores’, destacou Lima. Para o diretor do Ilumina, apesar dos ganhos do salário mínimo nos últimos 12 anos no país, as mudanças regulatórias feitas no setor elétrico levaram a tarifa de energia a um aumento muito acima do salário, cerca de 50%, em média, apenas no ano passado. D’Araujo destacou que a renovação antecipada de contratos de geração de energia em 2013, promovida pelo governo, gerou uma queda de preços de 20% no ano seguinte. Mas, a partir de 2015, o que se viu foram elevados aumentos das tarifas elétricas. Para ele, as mudanças na regulamentação geraram prejuízos para todo o setor, tanto para consumidores como para empresas. “Vale lembrar que a energia elétrica cara não está apenas na conta do consumo direto, mas em praticamente todos os produtos que usam eletricidade na sua fabricação. Sendo o Brasil um país privilegiado em termos de recursos naturais, há algo muito errado com a política adotada”, afirmou Roberto D'Araujo. (O Globo – 25.04.2016)
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7 Belo Monte inicia geração comercial de energia
A Usina Hidrelétrica Belo Monte iniciou a geração comercial de energia, nesta quarta-feira (20), com a entrada em operação da primeira máquina, que adiciona mais 611,11 MW ao SIN, informou, em comunicado, a Norte Energia, empresa concessionária da usina. Segundo a Norte Energia, a primeira turbina a gerar energia comercialmente, no Sítio Belo Monte, está instalada na casa de força principal do empreendimento. “Lá, estão em fase de montagem outras 17 unidades geradoras, que serão concluídas e acionadas, gradativamente, até 2019. Também foram iniciados os testes para geração comercial da primeira turbina no Sítio Pimental, onde está o vertedouro e a barragem principal da usina. Na casa de força complementar, serão seis turbinas do tipo bulbo, cada uma com potência de 38,8 MW”, diz o comunicado. De acordo com a empresa concessionária, as obras de Belo Monte estão praticamente concluídas e os trabalhos de montagem eletromecânica continuam no empreendimento. A previsão é que a cada dois meses, em média, seja ativada uma nova turbina até o pleno funcionamento da hidrelétrica, em 2019. “Belo Monte terá capacidade instalada de 11.233,1 MW, dos quais 11 mil MW na casa de força principal e 233,1 MW na casa de força complementar. A usina vai gerar para as distribuidoras que compraram energia no leilão de 2010, atendendo assim a 60 milhões de pessoas em 17 estados do Brasil”, diz a nota da Norte Energia. (Agência Brasil – 20.04.2016)
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8 TCU quer que governo defina data para avaliar atrasos de Belo Monte
O MME terá que estipular uma data para decidir se aceita ou não as justificativas apresentadas pelo Consórcio Norte Energia para os atrasos na entrada em operação da usina hidrelétrica de Belo Monte. A decisão é do Tribunal de Contas da União (TCU), que determinou nesta quarta-feira um prazo de 30 dias para receber o cronograma. Alegando uma série de entraves alheios à sua responsabilidade, o consórcio solicitou um “desconto” de 365 dias no prazo combinado para colocar em operação a casa de força do Sítio Belo Monte, a principal da usina. Para o Sítio Pimental, complementar, o pedido de tolerância foi ainda maior, de 441 dias. A Aneel já havia rejeitado os pedidos da concessionária, que hoje teria que desembolsar R$ 73,5 milhões pelo atraso. Sem a energia, as distribuidoras são obrigadas a comprar o insumo no mercado de curto prazo, bem mais caro, e repassam esse custo aos consumidores. Diante do impasse entre agência e consórcio, o governo entrou em campo e, por meio da Medida Provisória 688/15, delegou não mais à autarquia, mas ao MME, o poder de decidir sobre o tema. Enquanto isso, o consórcio conseguiu uma liminar na Justiça para não ter que pagar pelos atrasos na obra. Como o ministério não se posicionou mais sobre o assunto, o TCU determinou que um prazo seja definido. O MME alegou ao tribunal que “ainda não realizou nenhuma análise sobre a questão”. O TCU diz não ter identificado qualquer irregularidade na postura da Aneel e avaliou que o reconhecimento dos pleitos do consórcio pelo MME “favoreceria sobremaneira a concessionária, em detrimento dos consumidores”. (Valor Econômico – 25.04.2016)
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9 Teles Pires terá capacidade total em maio
Situada na floresta amazônica, na divisa entre Mato Grosso e Pará, a usina de Teles Pires, cuja última turbina entrará em operação em maio, é o típico exemplo do modelo de construção de hidrelétricas em tempos de elevadas exigências ambientais. Desde os investimentos socioambientais, que responderam por cerca de um terço dos R$ 5 bilhões desembolsados no empreendimento, até a pequena área alagada, a usina é relevante do ponto de vista energético, economicamente barata e sustentável ambientalmente. Mais de 75% dos habitantes dos principais municípios afetados aprovam o projeto. Nona maior hidrelétrica do país, com 1.820 MW de potência - suficiente para atender uma cidade como Belo Horizonte - Teles Pires inundou área de 95 km2 . Com isso, a relação área alagada por megawatt instalado é de 0,052, uma das mais baixas do país. Para efeito de comparação, essa relação em Itaipu é de 0,096 e em Tucuruí-PA, de 0,34. Teles Pires também é relativamente barata. O custo de implantação é de R$ 2,7 mi por megawatt instalado. Custo baixo que também está no bolso do consumidor. Teles Pires registrou o menor preço de energia da história dos leilões do atual modelo do setor, criado em 2004, de R$ 58,35/MWh. Quando atingir a plena capacidade, a Odebrecht venderá sua fatia de 0,9% na usina para a Neoenergia Um dos trunfos econômicos e socioambientais do projeto, segundo Marcos Duarte, diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Companhia Hidrelétrica de Teles Pires (CHTP), está no entorno da usina, caracterizada por latifúndios. Dessa forma, apenas uma família precisou ser realojada. Esse fator contribuiu ainda para agilizar as obras. "A usina foi construída em 40 meses. É um período muito curto para usinas desse porte", disse o diretor Administrativo, Financeiro e de Coordenação da CHTP, Luiz Ramires, que trabalhou na implantação de Itaipu, nos anos 1980. Também pesou a favor a realização de medidas socioambientais. Das 100 condicionantes exigidas pelo Ibama, 96% foram cumpridas ou estão em atendimento. No pico das obras, Teles Pires chegou a contar com 5,5 mil empregos diretos. Devido à característica isolada da usina, os funcionários da obra ficaram instalados em alojamentos, para preservar o local. (Valor Econômico – 25.04.2016)
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10 Mesmo com poucos funcionários, Teles Pires é obra grandiosa
Com a conclusão das obras, apenas 47 pessoas participam da operação da usina, que também pode ser acionada remotamente. Em comparação com as principais usinas do país, a paisagem de Teles Pires surpreende pelo pequeno porte da hidrelétrica, considerando sua capacidade de geração. Mas dois dados ressaltam o tamanho da obra: o volume de concreto de 1,1 milhão de m3, o equivalente a 13 estádios do Maracanã, e a quantidade de aço usada, suficiente para construir 2,5 torres Eiffel. Teles Pires foi concluída quatro meses antes do previsto. A usina, porém, só pode entrar em operação comercial no segundo semestre do ano passado e com uma ligação improvisada. A linha de transmissão que fará o escoamento da energia não ficou pronta até o momento. O consórcio Matrinchã (formado pela chinesa State Grid e a paranaense Copel), dono da linha, improvisou uma ligação do trecho já construído à subestação de Sinop (MT). A medida, porém, permite a operação de apenas uma turbina de Teles Pires por vez, para evitar sobrecarga na rede. De acordo com Matrinchã, a previsão é que a linha completa seja entregue ainda este mês. Com isso, serão realizados os testes na última turbina da hidrelétrica, possibilitando que as cinco máquinas fiquem disponíveis para o sistema. Segundo os diretores da CHTP, o atraso não causou impacto financeiro significativo ao empreendimento, porque a geradora conseguiu um termo de compromisso com a Aneel em que obteve um "selo" garantindo que a usina estava "apta" para gerar. Essa medida protegeu a empresa de ter que comprar energia no mercado de curto prazo, a preços elevados na época, para honrar seus compromissos. A CHTP também notificou extrajudicialmente a Matrinchã para exigir o ressarcimento dos ônus provocados pelo atraso. Quando Teles Pires atingir a plena capacidade, por contrato, a Odebrecht venderá sua fatia de 0,9% no consórcio para a Neoenergia (controlada pela espanhola Iberdrola, a Previ e o Banco do Brasil), que possui hoje 50,01%. Os demais sócios são Furnas e Eletrosul, com 24,5% de participação cada. (Valor Econômico – 25.04.2016)
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11 Aneel recusa pedido da Eletrosul para suspensão das obrigações contratuais de parques eólicos
A Aneel recusou o pedido de consórcio liderado pela Eletrosul de suspensão das obrigações contratuais dos parques eólicos Cerro Chato IV, V e VI e Cerro dos Trindade, que somam 54 MW, localizados em Santana do Livramento (RS). Os parques estão sem entregar energia para o sistema há mais de um ano, após a queda de parte dos aerogeradores e sem a manutenção do fabricantes para o restante das máquinas. A ideia da Eletrosul era suspender a obrigação de entrega de energia por 36 meses, para que os parques pudessem ser reconstruídos. No pedido que enviou à Aneel, o consórcio Livramento Holding — Eletrobras (52,53%)/FIP Rio Bravo (41%)/ELOS (6,47%) — afirmou que os prejuízos financeiros causados pela compra de energia para suprir os contratos são impossíveis de absorver e que, caso a Aneel não aceitasse suspender as obrigações pelo período solicitado, haveria resolução dos contratos, com as "consequências financeiras e regulatórias". (Agência Brasil Energia – 20.04.2016)
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12 Procon questiona reajuste na tarifa de energia no Ceará
O reajuste de 13,64% na tarifa residencial de energia elétrica no Ceará é questionado pelo Procon Fortaleza. O órgão, vinculado à prefeitura de Fortaleza, notificou a Coelce a justificar o aumento na conta de energia, que está acima da inflação dos últimos 12 meses. O índice foi autorizado em 19 de abril pela Aneel e passa a valer a partir do dia 22. O Procon pede que a Coelce explique quais foram os parâmetros utilizados para calcular o reajuste. O Código de Defesa do Consumidor considera prática abusiva a elevação de preços sem justa causa. Em nota, a Coelce informou que recebeu a notificação e que vai responder no prazo determinado pelo Procon, que é de dez dias úteis. Segundo a companhia, o reajuste de 13,64% “evoluiu nos últimos dez anos abaixo da variação do IGP-M e do IPCA do mesmo período”. A empresa também explica que 5,73% dos 12,97% de reajuste médio (envolvendo consumidores residenciais e industriais) se refere a custos próprios e 7,24%, à compra de energia elétrica e a encargos. De acordo com o Procon Fortaleza, a Coelce é a terceira empresa mais reclamada no órgão. Em 2015, o número de atendimentos relacionados à companhia cresceu 107% em relação a 2014. Entre os quatro estados que tiveram reajuste autorizado pela Aneel, o Ceará teve o maior índice. (Agência Brasil Energia – 20.04.2016)
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13 PEPI: Seminário “Globalização, Inserção Internacional Diferenciada e Política Industrial”
O Programa de Economia Política Internacional (PEPI) convida para o Seminário “Globalização, Inserção Internacional Diferenciada e Política Industrial”, com Carlos Aguiar de Medeiros (Professor – PEPI/IE/UFRJ). O evento acontece na próxima sexta-feira dia 29 de abril às 14h00 na sala 102 do Instituto de Economia. Campus Praia Vermelha - Av. Pasteur, 250. (GESEl-IE-UFRJ – 25.04.2016)
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Empresas
1 Lucro da Elektro no primeiro trimestre despenca 44,2%
A Elektro registrou lucro líquido de R$ 64,9 mi no primeiro trimestre deste ano, queda de 44,2% em relação a igual período do ano passado, segundo resultados divulgados nesta quarta-feira (20/4). A receita líquida da companhia encerrou os três primeiros meses do ano com queda de 23,9%, para R$ 1,142 bi, ao passo que o Ebitda caiu 25,5% na mesma base de comparação, para R$ 185,6 mi. O fornecimento de energia no trimestre encerrou o período com 3.080,1 GWh, queda de 7,8% na comparação anual. Na mesma linha, o consumo de energia na área de concessão da Elektro diminuiu 5,6%, para 3.974,1 GWh. (Agência Brasil Energia – 20.04.2016)
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2 Weg tem lucro líquido 14,9% maior no primeiro trimestre
A Weg registrou lucro líquido de R$ 282,396 mi no primeiro trimestre deste ano, 14,9% acima do verificado no mesmo período do ano passado, porém 26,4% abaixo do totalizado no quarto trimestre. A receita líquida subiu 13,4% na comparação anual, para R$ 2,416 bi, enquanto frente ao trimestre anterior a empresa obteve queda de 11,6%. O Ebitda da companhia apresentou redução de 1,8%, para R$ 342,231 mi, conta um ano antes. Quando comparado com os últimos três meses de 2015, a rubrica teve queda de 10,4%. (Agência Brasil Energia – 20.04.2016)
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3 Duke Energy pode sair perdendo se deixar o país sem equacionar expansão
O valor final da venda da operação de geração da Duke Energy no Brasil tende ser menor que idealizado pela companhia, caso ela decida deixar o país sem resolver a exigência de aumentar em 15% a sua capacidade instalada de geração em São Paulo. Possíveis interessados na negociação – cujo andamento deve ocorrer em breve, conforme recente anúncio da matriz nos EUA – vão precificar essa obrigação e exigir desconto se ela for simplesmente repassada adiante, conforme avalia Adriana Cardinali, da Straube Advogados. “Um eventual investidor terá que fazer uma auditoria – due diligence – muito cuidadosa para conhecer todos os riscos do processo”, explica. Presente no edital de privatização de um dos leilões de ativos da Cesp promovidos pelo governo paulista em 1999, a cláusula de expansão por razões diversas, nunca foi cumprida. Não pode, entretanto, ficar simplesmente pendente, porque, mesmo decorridas quase duas décadas, abre risco de uma ação judicial que pode ser movida, inclusive, pelos demais concorrentes que participaram da licitação na época, alerta Pedro Seraphim, do Tozzini Freire Advogados. “Os investidores teriam, talvez, ofertado lances de valor diferente, já que a cláusula jamais foi executada”. Assim como a Duke Energy, que é resultado da venda das hidrelétricas da bacia do rio Paranapanema, a AES Tietê também tem que cumprir essa exigência, já que também surgiu da privatização parcial da Cesp via usinas da bacia do rio Tietê. Seja como for, a questão terá que ser resolvida exclusivamente entre o governo de São Paulo e a companhia americana. A Aneel já avisou que não tem nada a ver com a disputa porque a exigência da expansão é uma cláusula do edital de privatização e não do contrato de concessão junto ao governo federal. Consultada, a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) esclareceu que seu foco está limitado ao segmento de distribuição. Já os Ministérios Públicos Estadual e Federal, que no passado chegaram a pressionar pelo cumprimento do edital, admitem que hoje não há mais nenhuma iniciativa nesse sentido. A Duke Energy explicou que “sempre acompanhou a evolução de fontes alternativas para uma eventual expansão de seu parque gerador, tanto dentro quanto fora do Estado de São Paulo”. Entende, no entanto “que a obrigação prevista no Contrato de Compra e Venda de Ações assinado com o Estado de São Paulo, para a expansão da sua capacidade instalada em 15%, não mais subsiste e/ou permanece diante das alterações regulatórias trazidas pelo então denominado Novo Modelo do Setor Elétrico”. (Agência Brasil Energia – 22.04.2016)
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4 Light corta o fornecimento de energia em três unidades da UFRJ
Um dívida de cerca de R$ 15 mi levou a Light a cortar o fornecimento de energia elétrica para três unidades da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Às escuras desde segunda-feira, a Escola de Música e o Observatório do Valongo, ambos no Centro, e o prédio da Editora da UFRJ, no campus da Praia Vermelha, na Urca, passaram os últimos dias de portas fechadas. Foram suspensas todas as aulas e atividades de pesquisa. Funcionários, com exceção das equipes de segurança, receberam dispensa do serviço. De acordo com a reitoria, a decisão da concessionária pegou toda a comunidade acadêmica de surpresa, já que o pagamento das contas atrasadas estava sendo negociado. Na última sexta-feira, teria sido quitado um débito no mesmo valor, referente às faturas dos meses de julho a outubro de 2015. De acordo com a reitoria, os principais motivos do atraso nos pagamentos foram explicados em dezembro do ano passado, em uma audiência pública: “são o contingenciamento no orçamento de 2014 e os cortes nos recursos de custeio e investimentos no ano de 2015.” (O Globo – 21.04.2016)
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Leilões
1 Belo Monte desiste de disputar leilão
A hidrelétrica de Belo Monte não disputará o próximo leilão de energia do tipo A-5, marcado para a próxima sexta-feira e que negociará contratos para início de entrega em 2021. Segundo o presidente da Norte Energia, dona do empreendimento, Duilio Figueiredo, o preço-teto definido para a usina, de R$ 115 por MWh não é atrativo. "Estamos inscritos no leilão. Mas já comunicamos nosso conselho [de administração] na reunião semana passada que declinamos e não vamos participar. Já informamos formalmente ao Ministério de Minas e Energia e à EPE", explicou o executivo. Segundo ele, continuam "em andamento" as negociações entre o conselho de administração da Norte Energia e a Eletrobras para a venda para a estatal da parcela de 20% da energia da hidrelétrica destinada ao mercado livre e que ainda está descontratada. "Estamos aguardando o resultado", disse. Figueiredo explicou ainda que assim que tiver a definição sobre a venda desse montante de energia, da ordem de 900 MW médios, será possível obter a última tranche do financiamento firmado com o BNDES, no valor de R$ 2 bi. O presidente da Norte Energia celebrou o fato de a hidrelétrica ter iniciado quarta-feira a operação comercial de sua primeira turbina, de 611,11 MW, exatamente seis anos após a companhia ter vencido o leilão do empreendimento, em 20 de abril de 2010. "O início de operação comercial de Belo Monte é uma vitória da Norte Energia e uma vitória do Brasil", comemorou Figueiredo, destacando que a operação comercial ocorreu apenas 20 dias após o previsto em compromisso firmado com a Aneel. Segundo o executivo, também está prevista para a próxima semana a autorização da autarquia para a operação comercial da primeira turbina da casa de força complementar do empreendimento, o sítio Pimental, de 38,8 MW. A máquina já está funcionando em caráter de testes. A expectativa da Norte Energia é que a cada dois meses entre em operação comercial uma nova turbina de Belo Monte. Ao todo serão 18 máquinas na casa de força principal e seis no sítio Pimental, totalizando 11.233 MW, capacidade que deve ser atingida em janeiro de 2019. (Valor Econômico – 25.04.2016)
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Oferta e Demanda de Energia
Elétrica
1 Consumo tem alta de 8,2% em abril, aponta CCEE
O consumo de energia elétrica teve alta de 8,2% entre 1º e 18 de abril, na base anual, após consecutivas quedas ao longo dos últimos meses. O volume ficou em 63.629 MWm, contra os 58.831 MWm do mesmo período de 2015. Os dados foram divulgados pela CCEE, nesta quarta-feira (20/4). O mercado cativo aumentou em 11%, para 49.159 MWm, enquanto o ambiente livre continua em queda, de 0,5%, para 14.470 MWm. Entre os consumidores livres industriais, dos 15 analisados pela CCEE, apenas o setor químico teve queda, de 8,6%. Entre as maiores variações positivas, estão os segmentos de comércio (+18,6%), alimentício (+18%) e de bebidas (+15,2%). Já em relação à geração no mesmo período, os números totais ficaram em 66.380 MWm, alta de 8,2%. A produção eólica aumentou significativos 105%, de 1.407 MWm para 2.881 MWm, enquanto a fonte hidrelétrica, 18,2%, para 51.389 MWm. As térmicas, por sua vez, reduziram a produção em 26,4%, para 12.110 MWm. A CCEE estima geração equivalente a 100,2% das garantias físicas das hidrelétricas integrantes do MRE até a quarta semana de abril, o equivalente a 51.160 MWm. Para fins de repactuação do GSF, o percentual foi de 101,1%. (Agência Brasil Energia – 20.04.2016)
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2 Consumo de energia do mercado cativo da Light cai 7,7% no primeiro trimestre
O consumo de energia na área de concessão da Light no mercado cativo apresentou queda de 7,7% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, ao fechar com 5.731 GWh comercializados, informou a distribuidora nesta quarta-feira (20/4) em prévia operacional. A maior queda proporcional foi verificada no setor industrial, com 288 GWh ou queda de 15,9%, seguido pelo segmento residencial, com redução de 10,8% na demanda (2.502 GWh). O comércio apresentou diminuição de 4,2% nos três primeiros meses de 2016. Quando se olha o mercado total, com a inclusão dos clientes livres, a queda na demanda foi de 7,3% em toda a área de concessão, para 6.884 GWh. Neste caso, a queda na indústria foi de 9,3%, para 1.141 GWh demandados no período. (Agência Brasil Energia – 20.04.2016)
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3 Norte é o único submercado a ter alta no nível dos reservatórios
O Norte foi o único submercado a registar alta na última semana. Os reservatórios fecharam esta quinta-feira (21/04) com 64,2% da capacidade, 1,9 ponto percentual a mais do que na quarta-feira (13/04). Há cerca de um mês (20/03), o reservatório da UHE de Tucuruí, no Pará, registrou 72,55% da capacidade. Ontem (21/04), o armazenamento apresentado já era de 90,2%, uma alta de mais de 17%. (Agência Brasil Energia – 22.04.2016)
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Meio
Ambiente
1 Hidrelétrica no Tapajós tem licenciamento suspenso pelo Ibama
O Ibama suspendeu o processo de licenciamento da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, prevista para ser construída no Rio Tapajós, no Pará. A decisão foi tomada pela presidente do Ibama, Marilene Ramos, e comunicada oficialmente à diretoria da Eletrobrás em 20 de abril, por meio de ofício. Em sua decisão, Marilene afirmou que estudos técnicos encaminhados pela Funai ao Ibama, em 26 de fevereiro, apontaram a inviabilidade do projeto atual, por conta do impacto direto do reservatório da usina em terras indígenas. No parecer ao qual o Estado teve acesso, Marilene Ramos afirma que as informações "apontam a inviabilidade do projeto sob a ótica do componente indígena e recomendam suspensão do processo de licenciamento ambiental enquanto não adotadas providências que vão além das atribuições do Ibama, da Funai e da Eletrobrás". Estimada em R$ 32 bi, São Luiz do Tapajós geraria, em média, 4.012 megawatts por ano, energia suficiente para atender mais de 20 mi de domicílios. Sua complexidade ambiental, no entanto, somou-se à crise econômica, que acabou com os grandes financiamentos de bancos públicos, e aos escândalos de corrupção, que afastaram de vez as grandes empreiteiras de negócios desse porte. Não há condições práticas, portanto, de viabilizar a obra. (O Estado de São Paulo – 21.04.2016)
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2 Mobilidade de baixo carbono pode economizar US$ 330 bi no mundo por ano a partir de 2020
Um estudo realizado por analistas econômicos da Cambridge Econometrics indica que políticas que possam promover a mobilidade de baixo carbono resultariam numa economia de US$ 330 bi em gastos globais com petróleo entre 2020 e 2030. O uso de tecnologias como veículos híbridos e elétricos também ajudaria a manter os preços do petróleo significativamente mais baixos, de acordo com os analistas, na casa dos 15% em 2020 e 29% em 2040 - em relação a cenários "business as usual". No Brasil, segundo a análise, a redução projetada na demanda por derivados de petróleo no Brasil seria equivalente a R$ 30,4 bi até 2030. O país já conta com programa de biocombustíveis, com a alternativa do etanol e a adição do biodiesel ao óleo diesel tradicional, na proporção de 8%. Recentemente, entrou em vigor uma lei que estabelece elevação gradativa dos percentuais de biodiesel. "Através de políticas de apoio e inovação tecnológica, podemos esperar que a economia global use menos 11 mi de barris de petróleo por dia em 2030 do que sem alterações significativas nas tecnologias de transporte. Preços mais baixos do petróleo beneficiariam as regiões importadores de petróleo, como a Europa e o Brasil, reduzindo a pressão inflacionária sobre os consumidores, aumentando os rendimentos reais e transferindo esse montante para outros produtos e serviços que oferecem mais valor", diz o relatório. (Agência Brasil Energia – 20.04.2016)
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3 Interação entre máquinas resultará em maior consumo de energia
O maior benefício social da internet das coisas será o melhor uso de recursos, principalmente naturais, segundo levantamento feito pela Schneider Electric com 2.597 executivos em doze países, entre os quais o Brasil. No setor elétrico, por exemplo, a percepção geral é de que o número maior de conexões entre máquinas resultará, fatalmente, em um maior consumo de energia, mas, ao mesmo tempo, essa tecnologia permitirá uma gestão mais eficiente dessa eletricidade consumida. Segundo Jean-Pascal Tricoire, diretor-executivo mundial da Schneider Electric, daqui a algum tempo haverá vinte vezes mais aparelhos conectados do que pessoas, o que implica um consumo muito maior de energia elétrica. No entanto, com as iniciativas globais definidas na 21ª Conferência do Clima, a COP 21, será preciso cortar pela metade as emissões, o que vai exigir um consumo três vezes mais eficiente em 40 anos, explicou. “Temos a oportunidade de criar um futuro mais elétrico, mais digital, com menos carbono e mais descentralizado. E a internet das coisas faz parte desse movimento. No século XXI, a energia é conectada”, disse Tricoire. A IoT tem capacidade, segundo o levantamento da empresa, para ajudar no enfrentamento de questões como o aquecimento global, a escassez de água e a poluição, além de estimular a eficiência energética. Outros itens citados no levantamento incluem as mudanças no modo como trabalhamos e vivemos, a maior conexão com a vida das pessoas, o reforço das experiências de consumo e o aumento do tempo de lazer. (O Globo – 25.04.2016)
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Energias Renováveis
1 BNDES vê capacidade de 1GW de fábricas de painéis para 2017
O BNDES estima que até o início do ano que vem o Brasil terá em operação uma capacidade produtiva de 1 GW ao ano de módulos solares. Atualmente, cinco empresas fabricam os equipamentos dentro das condições de nacionalização estabelecidas pelo banco, que podem produzir aproximadamente 300 MW por ano. Desta capacidade, cerca de 180 MW é da Globo Brasil, única entre as fabricantes capaz de atender projetos de larga escala, como as usinas negociadas em leilão. O restante está distribuído entre Tecnometal, Premier, Minas Sol e CSEM Brasil, esta última de filmes finos, que miram atendimento ao mercado de geração distribuída, para sistemas menores. A conta que o BNDES faz para projetar a disponibilidade de uma capacidade produtiva de 1 GW para o ano que vem considera o termo de compromisso assinado entre o banco e outros quatro fabricantes. Desses, três são de capital estrangeiro e um é nacional. O banco não abriu o nome das empresas, mas as chinesas JA Solar, Canadian Solar, BYD e Weg são fabricantes com intenção de trazer fábricas para o Brasil. "Com isso, temos a expectativa de no curto prazo ter cinco fabricantes de módulos de grande porte já credenciados, que vão somar uma capacidade produtiva de 1 GW por ano", aponta a chefe do Departamento de Fontes Alternativas do BNDES, Lígia Chagas. Além das fabricantes de módulos solares, o BNDES já cadastrou empresas que produzem equipamentos como rastreadores solares, inversores e string box. Ao todo, são 20 equipamentos de energia solar credenciados na linha Finame, produzidos por 17 fabricantes. Além dos cinco fabricantes de módulos, são sete companhias produzindo inversores, duas entregando os rastreadores, cinco fornecendo os sistemas completos e um fabricante de string box. A tabela abaixo ajuda a entender quem está entregando qual equipamento. (Agência Brasil Energia – 22.04.2016)
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2 Avião movido a energia solar completo voo sobre Oceano Pacífico
Califórnia no sábado, completando um arriscado voo de três dias sobre o Oceano Pacífico como parte de sua viagem ao redor do mundo. O piloto Bertrand Piccard pousou a aeronave Solar Impulse 2 em Mountain View, no Vale do Silício, no sul de San Francisco, às 23h45 do horário local, após um voo de 62 horas sem escalas, usando apenas energia solar, sem outro combustível. O avião taxiou em uma grande tenda montada no campo de voo de Moffett, onde Piccard foi recebido pela equipe do projeto. "Houve um momento à noite, eu estava vendo o reflexo da lua no oceano e pensava: 'Estou completamente sozinho nesta pequena cabine e me sinto totalmente confiante'.", disse Piccard, em entrevista coletiva concedida após o desembarque. "Esta é talvez seja uma das experiências de vida mais fantásticas que tive." Piccard e o piloto suíço Andre Borschberg têm se revezado ao pilotar o avião em uma viagem ao redor do mundo desde a partida em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, em março de 2015. A aeronave fez paradas em Omã, Mianmar, China, Japão e Havaí. O trecho trans-Pacífico foi a parte mais arriscada das viagens globais do avião por causa da falta de locais de pouso de emergência. (O Estado de São Paulo – 24.04.2016)
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3 Exército estima economia de 10% do consumo com geração e armazenamento solar
A Itaipu Binacional inaugura, na próxima terça-feira (26/4), projeto-piloto de segurança energética, em parceria com o Exército Brasileiro. Será iniciado o primeiro módulo do projeto, de geração e armazenamento de energia, que ficará instalado em Brasília, no quartel-geral do Exército. A expectativa é que o sistema leve à redução de 10% do consumo mensal do conjunto, economia de R$ 30 mil/mês. A proposta geral da iniciativa é testar e desenvolver produtos e equipamentos de segurança no setor de energia. Serão desenvolvidas também soluções de mobilidade sustentável, com a entrega de veículo elétrico e eletroposto de abastecimento. O sistema de armazenamento atenderá os escritórios e o sistema de segurança sul do quartel-general e fornecerá energia para o eletroposto. O sistema é híbrido, o que significa que pode coordenar várias fontes simultaneamente, porém a fonte priorizada será a solar. Foram instalados 360 painéis fotovoltaicos conectados a seis inversores solares com potência total de 90 kW. O Exército forneceu a parte do sistema de geração solar, enquanto a Itaipu forneceu as baterias e o próprio sistema de armazenamento. No total, são 12 baterias de sódio com acumulação de 282 kWh. O sistema é controlado por software desenvolvido pela espanhola Ingrid, que permite ao projeto funcionar conectado ou não à rede de energia. Segundo a Itaipu, no modo off grid, a resposta é até 150 vezes mais rápida em casos de apagão do que um sistema de backup a diesel tradicional. No modo on grid, a combinação baterias e energia solar trará a redução de 10% no consumo, cerca de R$ 30 mil/mês. Caso seja acionado no horário de ponta, a economia pode chegar até R$ 60 mil/mês. Em relação ao sistema de transporte, o veículo elétrico será um Renault Fluence Z, cedido pela Itaipu ao quartel em regime de comodato. Ele terá motor elétrico de 70 kW de potência e um pack interno de baterias de lítio que contêm 48 módulos, com 22 kWh de energia disponível. A autonomia é de até 185 km em condições normais de utilização. O eletroposto, por sua vez, será capaz de fornecer energia para até dois veículos simultaneamente e poderá carregar o veículo elétrico em cerca de 4 horas. (Agência Brasil Energia – 20.04.2016)
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Gás
e Termoelétricas
1 Nova liminar suspende venda da Gaspetro
A Petrobras negou, em 22 de abril, que a nova decisão liminar, da 28ª Vara Federal do Rio de Janeiro, indisponibilizando os 49% de participação da Gaspetro para a Mitsui tenha como consequência a suspensão da operação de venda das ações da subsidiária da estatal. Segundo nota, a decisão da Justiça Federal apenas “determina que a compradora não poderá dispor das ações adquiridas”, sem necessariamente suspender a operação. A Petrobrás informa ter sido intimada da decisão e “avalia as medidas judiciais cabíveis.” A companhia reitera ainda que, conforme anunciou em 28 de dezembro de 2015, “realizou a operação de venda dentro da absoluta legalidade, após as aprovações necessárias.” A nota cita ainda a primeira das liminares concedidas contra a operação de venda de parte das ações da Gaspetro, concedida pela Justiça da Bahia: “Com relação à liminar da Bahia, a mesma continua em vigor com recursos pendentes de julgamento”, explicou a Petrobras. A liminar foi assinada no último dia 20 pelo juiz da 28ª Vara Federal do Rio de Janeiro, Alcides Martins Ribeiro Filho, em resposta à ação que a FUP move contra a venda da Gaspetro para a Mitsui. Nela, o juiz federal decreta a indisponibilidade dos 49% da subsidiária que foram adquiridos pelo grupo japonês, no que o sindicato chama de “escandalosa transação feita pelos gestores da Petrobrás.” Na ação, a FUP questiona a legitimidade e a transparência da negociação com a Mitsui, que é uma das controladoras da Vale, cujo diretor-presidente, Murilo Ferreira, ocupou a presidência do Conselho de Administração da Petrobras quando foi aprovada a venda da Gaspetro. A subsidiária da Petrobras reúne participações da estatal em 19 empresas estaduais de distribuição de gás natural canalizado. A venda para o grupo japonês foi consumada em dezembro do ano passado, com valor estimado de R$ 1,93 bi. A sentença da 28ª Vara Federal do Rio de Janeiro é a segunda decisão judicial que se posiciona contra a venda da Gaspetro para a Mistui, uma vez que, em janeiro, a Justiça Federal da Bahia já havia determinado, em caráter liminar, a suspensão do negócio. (Agência Brasil Energia – 22.04.2016)
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2 GasBrasiliano inaugura gasoduto em Araraquara
A GasBrasiliano inaugura nesta sexta-feira (22/4) o novo trecho da rede de distribuição de gás natural no município de Araraquara, em São Paulo. Com a ampliação, a cidade passa a ter 95 km de gasodutos instalados. A distribuidora paulista chegou ao final de fevereiro com 17 mil clientes conectados à sua rede de distribuição de gás natural, com destaque para os municípios de Ribeirão Preto, Araçatuba e São Carlos. Nos últimos quatro anos, a GasBrasiliano investiu quase R$ 90 mi na instalação de novos gasodutos no estado de São Paulo. O mercado residencial atendido pela concessionária cresceu 114% no período, para 15,8 mil clientes conectados. (Agência Brasil Energia – 20.04.2016)
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3 Importação de GNL sobe quase 20% em janeiro
A importação de GNL subiu 18,5% no Brasil em janeiro de 2016, totalizando 14,1 milhões de m³/dia. De acordo com a Comerc, o aumento foi necessário para suprir a lacuna deixada pela queda da produção doméstica. No mesmo período, a oferta de gás natural para o mercado caiu 11,8%, passando para 41,9 milhões de m³/dia. Segundo a Comerc, a demanda industrial pelo energético cresceu frente a janeiro do ano passado, o que também justifica a necessidade da Petrobras de comprar mais GNL no mercado externo. Também na comparação anual, os segmentos residencial e comercial, juntos, registraram uma baixa de 21,5% no período. Outro destaque do mês foi o crescimento da reinjeção de gás natural nos campos produtores do país, de 5%. O volume reinjetado bateu recorde histórico, chegando a 31,4 milhões de m³/dia. Por outro lado, tanto o consumo com atividades de exploração e produção de petróleo e gás como a queima do combustível recuaram 1,2% e 3,4% em janeiro, respectivamente, para 12,4 milhões de m³/dia e 3,3 milhões de m³/dia. Com a atualização trimestral, a parcela variável do preço do gás natural nacional foi reduzida em 11%, para US$ 5,30/milhão de BTU. Já o preço do gás boliviano permaneceu o mesmo em fevereiro de 2016 daquele observado no mês anterior, US$ 5,09/milhão de BTU no city gate brasileiro. Esse índice será revisto ainda em abril, de acordo com a Comerc. No mercado internacional, enquanto o Henry Hub foi cotado a US$ 1,99/milhão de BTU em fevereiro, valor 13% inferior ao registrado no mês anterior, o preço médio do GNL no mercado asiático registrou média de US$ 5,09/milhão de BTU, queda de 5% na mesma comparação. (Agência Brasil Energia – 20.04.2016)
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Grandes Consumidores
1 Usiminas tem prejuízo de R$ 151 milhões no 1º trimestre
A Usiminas teve prejuízo líquido de R$ 151 milhões no primeiro trimestre, reduzindo resultado negativo de R$ 235 milhões sofrido um ano antes, apesar da queda de cerca de 25% nas vendas de aço ante o quarto trimestre. A companhia apurou uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 50 milhões para os três primeiros meses do ano, ante R$ 354 milhões registrados no mesmo período de 2015. (O Globo – 25.04.2016)
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Economia Brasileira
1 IBGE: Indústria fecha 1,37 mi de vagas em um ano e lidera demissões
Em um ano, a indústria fechou 1,37 milhão de vagas, segundo a Pnad Contínua, divulgada pelo IBGE. No trimestre encerrado em fevereiro, na comparação com igual período de 2015, o recuo chegou a 10,4% no contingente de trabalhadores do setor, que foi o que mais fechou postos de trabalho entre os dez pesquisados no levantamento. O grupo que reúne serviços de informação, comunicação e atividades financeiras e imobiliárias também teve forte retração no número de trabalhadores: quase 810 mil pessoas perderam o emprego nesse segmento no trimestre encerrado em fevereiro, ante mesmo período de 2015, ou recuo de 7,7%. A construção, com fechamento de 14 mil postos, e outros serviços, com menos 13 mil pessoas, foram outras atividades que cortaram vagas de trabalho. Nesse período de um ano, administração pública mais os segmentos de educação, defesa, saúde e serviços sociais, foi o grupamento que mais contratou. A alta de 1,8% ante trimestre encerrado em fevereiro de 2015 representou mais 264 mil pessoas empregadas. Serviços domésticos, com a contratação de 235 mil pessoas (3,9%), e o segmento transporte e armazenagem, que abriu 225 mil vagas (5,3%), foram outras atividades que aumentaram seus contingentes, segundo a Pnad Contínua. Os segmentos de alojamento e alimentação contrataram 190 mil pessoas, ante fevereiro do ano passado, alta de 4,3%. Também subiu o número de trabalhadores no comércio, reparação de veículos e motocicletas, 104 mil pessoas entraram nesse grupamento. (Valor Econômico – 20.04.2016)
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2 Intenção de consumo em abril atinge mínimo histórico, diz CNC
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), caiu 5,5% em abril ante março, para 73,2 pontos, o menor patamar da série histórica do indicador, iniciada em 2010. O índice oscila numa escala de zero a 200 pontos. Na comparação com abril do ano passado, a retração é ainda mais forte, de 28,8%. Para a entidade, a deterioração do índice reflete o atual cenário, com elevado custo do crédito, alto nível de endividamento e aumento do desemprego. Para a economista da CNC, Juliana Serapio, a reversão do atual quadro negativo do cenário está diretamente associada a um quadro político e econômico mais estável. Todos os tópicos usados para cálculo do indicador mostraram queda em abril, segundo a confederação. O destaque é a intenção de consumo de bens duráveis, que registrou recuo de 10,1% na comparação mensal e de 43,6% em relação a abril de 2015, para 44,5 pontos. A maior parte das famílias, 74,8%, considera o momento atual desfavorável para aquisição desse tipo de produto. (Valor Econômico – 20.04.2016)
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3 Queda no rendimento real puxa piora do mercado de trabalho no início do ano
A queda no rendimento médio real comanda a piora dos indicadores no mercado de trabalho neste começo de ano. Tudo está em deterioração: ocupação, desemprego, rendimento e massa salarial. Os primeiros meses do ano são períodos de demissão e de aumento da desocupação, o que em 2016 ocorre em um ritmo mais intenso por causa da recessão. O que destoa do comportamento sazonal é a renda. Como o salário mínimo sobe em janeiro, esse período costuma ser de elevação do rendimento médio real, o que não aconteceu este ano. Apesar da correção de 10,7% no valor do mínimo, o rendimento médio nominal subiu apenas 6,4%, o que provocou uma queda real de 3,9%, segundo dados da Pnad. Há um aprofundamento das perdas no mercado de trabalho. Depois de encerrar 2015 com queda de 3% na massa salarial, o país chegou ao trimestre encerrado em fevereiro com perda de 4,7% na soma de todos os salários e rendas provenientes do trabalho. A retração na renda passou de 2,6% para 3,9% na mesma comparação, enquanto na ocupação, a queda se intensificou de menos 0,7% para menos 1,3%. Entre o início de 2015 e 2016, mais três milhões de pessoas passaram à condição de desempregadas, um aumento de 40%. Esse crescimento foi mais intenso do que o corte de vagas, que atingiu 1,172 milhão de pessoas. O restante dos desempregados corresponde ao aumento da população economicamente ativa, que foi de 1,799 milhão. Dados da Pnad indicam que mais 1,625 milhão de brasileiros chegaram à idade de trabalho e outros 174 mil que estavam fora do mercado voltaram a procurar emprego. De certa forma, é como se os dados dissessem que nenhum deles conseguiu emprego. Em termos percentuais, a taxa de desemprego não "explodiu". Em outros inícios de ano, pela pesquisa, ela subiu 0,8 ponto (2013), 0,6 ponto (2014) e 0,9 ponto (2015). Agora, aumentou 1,2 ponto, após ficar praticamente estável no segundo semestre do ano passado (em 8,9%). Mas essa taxa embute uma forte precariedade: aumento da ocupação por conta própria e do trabalho doméstico, e forte queda do emprego com carteira assinada e da renda real. E nesse quadro, qualquer retomada fica mais difícil. (Valor Econômico – 22.04.2016)
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4 'Prévia' do PIB cai 0,29% em fevereiro, apura BC
-A economia brasileira segue perdendo força conforme apontam as contas feitas pelo Banco Central. O IBC-Br mostra contração de 0,29% em fevereiro, após baixa de 0,68% em janeiro (dado revisado de queda de 0,61%), feitos os ajustes sazonais. Nos 12 meses encerrados em fevereiro, o IBC-Br aponta retração de 4,63%, na série sem ajuste. Devido às revisões constantes do indicador, o IBC-Br medido em 12 meses é mais estável do que a medição mensal, assim como o próprio PIB. Em comparação com fevereiro de 2015 a baixa é de 4,54% na série sem ajuste (6,52% com ajuste). No ano, a baixa é de 6,14% sem ajuste (6,59% com ajuste). A média das projeções feitas por 18 instituições financeiras sugeria baixa de 0,59%. As estimativas variaram entre queda de 1,7% e alta de 0,34%. Na média móvel trimestral, indicador mais utilizado para se tentar capturar tendência, o IBC-Br aponta nova baixa ao cair 0,38% em fevereiro após contração de 0,57% em janeiro, nos dados com ajuste. Embora seja anunciado como “PIB do BC”, o IBC-Br tem metodologia de cálculo distinta das contas nacionais calculadas pelo IBGE. (Valor Econômico – 22.04.2016)
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5 Focus: analistas já preveem inflação a 6,98% este ano
Os analistas ouvidos pelo Banco Central até a última sexta-feira reduziram a previsão para a inflação deste ano pela sétima semana seguida e já acreditam que o IPCA ficará abaixo dos 7%. De acordo com a pesquisa Focus divulgada hoje, a taxa deve encerrar 2016 em 6,98%. Para o ano que vem, também houve redução na expectativa, que caiu de 5,93% para 5,80%, o terceiro recuo seguido. O resultado para a inflação deste ano, no entanto, continua acima do teto da meta do governo, que é de 6,5%. Em 2017, o teto da meta é de 6%, já que a margem de tolerância foi reduzida de dois pontos para cima ou para baixo para 1,5 ponto. Na semana anterior, os analistas previam que a inflação encerraria 2016 em 7,08%. O IPCA-15 de abril, que serve como uma prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,51%. O dado foi divulgado pelo IBGE na quarta-feira passada e mostrou aceleração frente a março, quando ficou em 0,43%, mas registrou uma freada significativa na comparação com o mesmo mês de 2015 (1,07%). O resultado em 12 meses ficou em 9,34%, abaixo dos 9,95% do mês anterior. Em 2016, a taxa acumulada é de 3,32%. Com o alívio na inflação, a previsão do mercado financeiro para a taxa básica de juros este ano e no próximo também foi reduzida. Os analistas preveem que a Selic chegue a dezembro deste ano um ponto percentual abaixo do atual patamar, a 13,25% ao ano. Esta foi a segunda redução consecutiva. Na pesquisa anterior, a taxa estava em 13,38%. Para 2017, o relatório do BC cortou a projeção da Selic em 0,25 ponto percentual, para 12% ao ano. O dólar foi mantido no mesmo patamar da semana passada pelo entrevistados. A mediana do Focus indica que a moeda americana chegará o fim deste ano a R$ 3,80. Em dezembro do ano que vem, a cotação prevista é de R$ 4. Já as previsões para o PIB deste ano voltaram a piorar. De acordo com o relatório Focus, a economia deve recuar este ano 3,88%, a 14ª revisão para baixo seguida. Na semana anterior, a expectativa era que a atividade econômica registrasse uma retração de 3,80%. Por outra parte, para 2017, houve elevação de 0,1 ponto percentual na previsão de crescimento da economia, que deve registrar uma leve expansão de 0,30%. (O Globo – 25.04.2016)
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6 Geração de empregos formais tem o pior março desde 1992
O Brasil fechou 118.776 postos de trabalho com carteira assinada em março, informou o Ministério do Trabalho e Previdência Social. O saldo representa o pior resultado para o mês desde 1992, quando se inicia a série histórica. Em termos setoriais, os dados demonstram que sete dos oito setores de atividade econômica apresentaram saldo negativo. A Administração Pública foi o único setor que obteve desempenho positivo, totalizando criação de 4.335 postos (ou +0,48% mais vagas no estoque). Os setores que registraram queda no nível de emprego formal foram: Comércio (menos 41.978 postos ou queda de 0,46% no estoque), Indústria de Transformação (corte de 24.856 postos ou queda de 0,33% no estoque), Construção Civil (corte de 24.184 postos ou queda de 0,92%), Serviços (menos 18.654 postos ou decréscimo de 0,11%), Agropecuária (corte de 12.131 postos ou retração de 0,78%) e Extrativa Mineral (menos 964 postos ou queda de 0,46%). Na série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, no acumulado do ano, os dados mostram um decréscimo de 319.150 empregos (queda de 0,80% no estoque). Nos últimos 12 meses, houve redução de 1.853.076 postos de trabalho, equivalente à variação negativa de 4,49 % no contingente de empregados celetistas do país. Regiões Com o corte de 58 mil de vagas com carteira, o Sudeste foi responsável por quase metade das 118,7 mil demissões líquidas contabilizadas no país em março. O Nordeste veio na sequência, com saldo negativo de 46,3 mil. A região Norte, por sua vez, perdeu 10,7 mil empregos no período. O Sul e o Centro-- oeste, 2,8 mil e 942, nessa ordem. No primeiro trimestre de 2016, a economia formal perdeu 319,2 mil vagas. Em 12 meses, o saldo é negativo em 1,8 milhão. (Valor Econômico – 22.04.2016)
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7 Dólar ontem e hoje
Hoje, o dólar comercial está sendo negociado em baixa desde a abertura. Perto das 11 horas, a moeda americana estava cotada a R$ 3,5516, recuo de 0,51%. Na sexta-feira, o dólar comercial subiu 1,10%, a R$ 3,5698, acumulando aumento de 1,25% na semana. (Valor Econômico 25.04.2016 e 22.04.2016)
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Internacional
1 Bolívia: 74% de energia renovável até 2025
O Governo prevê que, até 2025, 74% da energia elétrica será gerada por projetos de energia limpa e os 26% restantes, por termelétricas. Até ano passado, apenas 1% vinha de fontes alternativas. A informação é da estatal ENDE (Empresa Nacional de Eletricidade) Corporación e corresponde à Prestação Pública de Contas Final 2015 e Inicial 2016. No ano passado, 69% da geração elétrica provinham de plantas térmicas, 30% de centrais hidrelétricas e apenas 1% de fontes de energias alternativas ou renováveis. (La Razón – Bolívia – 25.04.2016)
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2 Bolívia: ENDE e Eletrobras preveem firmar acordo em maio
A ENDE e a brasileira Eletrobras preveem assinar um acordo em 15 de maio para efetuar os estudos de pré-viabilidade das megarrepresas Rio Madeira e Cachuela Esperanza. “Em 15 de maio, Eletrobras e ENDE poderão assinar um convênio, um acordo para realizar a pré-viabilidade das megarrepresas que são Rio Madeira, binacional e Cachuela Esperanza, nacional”, informou o ministro de Hidrocarbonetos e Energia, Luis Alberto Sánchez, que finalizou dizendo que a 1ª hidrelétrica gerará mais de 3.000 MW e a segunda, 600 MW. (La Razón – Bolívia – 21.04.2016)
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3 Bolívia: Governo assegura que situação política de Brasil não afetará exportação de gás
O ministro de Hidrocarbonetos e Energia, Luis Alberto Sánchez, assegurou que a situação política do Brasil, que vive o processo de Impeachment da presidente Dilma Rousseff, não afetará as relações comerciais que tem com a Bolívia, sobre as exportações de gás natural e a possível venda de energia elétrica ao gigante sul-americano. Sánchez afirma que as relações comerciais com o Brasil passam por um de seus melhores momentos, já que quase todas as semanas são realizadas videoconferências com autoridades brasileiras para avançar em novos acordos comerciais sobre gás e eletricidade. (La Razón – Bolívia – 20.04.2016)
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4 Bolívia: ENDE instalará cinco plantas de energia limpa
A ENDE prevê investir US$ 1,59 bilhão em cinco projetos de implantação de energia limpa, que gerarão 571 MW. Segundo a estatal, os planos que estão em execução são: o projeto eólico Qollpana II, de 24 MW, a hidrelétrica Misicuni 120 MW, a hidrelétrica San José 124 MW, a hidrelétrica Miguillas 203 MW e a geotérmica de Laguna Colorada, que produzirá 11 MW. (Cambio – Bolívia – 24.04.2016)
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5 Uruguai: Renováveis batem recorde dentro da matriz energética
As energias renováveis tiveram uma participação de 56,5% dentro da matriz de abastecimento em 2015. Além disso, a potência total instalada de geração dobrou nos últimos 10 anos. O balanço energético preliminar correspondente ano passado e elaborado pela Direção Nacional de Energia, mostrou que, em 2015, as fontes renováveis tiveram uma participação de 56,5% na matriz de abastecimento, com 40% vindo da biomassa, 13% da hidroeletricidade e os restantes 3,4% da energia eólica. (El País – Uruguai – 21.04.2016)
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6 Venezuela impõe corte de luz de 4 horas diárias para economizar energia
A partir desta segunda-feira, a Venezuela terá cortes de energia de quatro horas diárias durante 40 dias em seus dez estados mais populosos e industrializados. A medida foi anunciada na quinta-feira pelo governo do presidente Nicolás Maduro, que atribui a crise energética à seca que atinge a maior central hidroelétrica da Venezuela. — Cada usuário terá uma suspensão temporária de quatro horas diárias. O plano vai durar aproximadamente 40 dias. É o tempo para começar a conter a queda no volume da principal hidrelétrica do país — declarou o ministro de Energia Elétrica, Luis Motta, à emissora local. Motta disse que quase 60% do consumo total de eletricidade está na zona residencial, o que afeta severamente o nível da central hidrelétrica El Guri, que fornece 70% da energia do país. O ministro alegou que restringir a eletricidade é necessário “para preservar a água que ainda resta em Guri, afetada pela forte seca e pelo fenômeno climático El Niño”. “O plano (de racionamento) vai durar aproximadamente 40 dias (...), até se chegar à segunda semana de maio e ao período de chuva”, acrescentou Motta. Maduro havia antecipado na quarta-feira que a economia necessária em nível residencial não foi obtida, e previu medidas para salvar Guri do colapso. (O Globo – 22.04.2016)
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7 Risen Energy fornece 175 MWp fotovoltaicos para a Índia
A Risen Energy, chinesa que atua no setor fotovoltaico, fechou acordo para fornecimento de módulos solares para a indiana Mytrah Energy. A capacidade será de 175 MWp, fornecidos ao longo de 2016, e será instalada na própria Índia. O contrato somou US$ 175 milhões, financiados pelo Banco de Desenvolvimento Asiático (ADB, na sigla em inglês). O acordo inclui ainda a opção de 50 MWp adicionais. As empresas anunciaram a parceria nesta quarta-feira (20/4). (Agência Brasil Energia – 22.04.2016)
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8 China pretende limitar produção de energia a carvão
A China vai reduzir a potência da queima de carvão ao longo dos próximos três anos para enxugar o excesso de capacidade e combater a poluição do ar, informou o principal órgão de planejamento econômico do país. O governo central não vai aprovar nenhum plano para aumentar a capacidade de produção de energia a carvão em regiões com excedente de energia, disse a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR) em comunicado. Para as áreas que enfrentam escassez de fornecimento de eletricidade, o governo vai dar preferência para o desenvolvimento de projetos de novas matrizes energéticas e o transporte de energia de outras províncias, conforme a nota. O governo chinês também criará um mecanismo de avaliação de risco para medir a eficiência da produção de energia, tendo em conta fatores tais como a taxa de utilização da capacidade e políticas de produção ambiental, disse o planejador estatal. Os governos locais devem tomar medidas quando esses indicadores mostram "um desvio significativo" em relação aos níveis normais para ajustar a produção de energia. A energia térmica, oriunda em grande parte do carvão, responde majoritariamente pela produção de eletricidade da China. O país gerou 4.210 trilhões de quilowatts-hora de energia térmica em 2015, quase 75% da sua produção total de energia, mostraram dados oficiais. Apesar do grave problema de excesso de capacidade do setor, só em 2015 210 novas usinas de energia movidas a carvão, que custaram bilhões de dólares, ganharam licenças ambientais, apontou o Greenpeace East Asia em março. (Valor Econômico – 25.04.2016)
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9 GE tem prejuízo de US$ 98 milhões no 1º trimestre
A General Electric (GE) informou hoje um prejuízo líquido atribuído aos acionistas controladores de US$ 98 mi no primeiro trimestre deste ano, com recuo de 99% em relação à perda de US$ 13,57 bi registra no mesmo período de 2015. A receita da companhia subiu 6,1% de janeiro a março, para US$ 27,84 bi, na comparação anual. O presidente Jeff Immelt disse que a empresa continua a cumprir os objetivos, apesar do ambiente volátil. O executivo afirmou que o ambiente de negócios no setor de petróleo e gás continua sendo um desafio “e a vantagem da GE é de que somos capazes de compensar isto com um melhor desempenho em todo o portfólio”. A GE passa por um processo de reestruturação para voltar o foco a atividades estratégicas, como a aviação e energia. O conglomerado continua a dar seguimento ao plano de saída do negócio financeiro, por meio da venda de ativos da GE Capital. Desde que anunciou tal intenção, em abril do ano passado, a GE já se desfez de US$ 166 bi em atividades do ramo. O lucro operacional industrial da companhia recuou 3% no trimestre, para US$ 2,9 bi no trimestre. Já o lucro em seu negócio de petróleo e gás caiu 37% no intervalo, com a receita recuando 18%. A GE já havia alertado sobre a possibilidade de retração no segmento, por conta da queda dos preços do petróleo. No trimestre passado, a GE também fechou a aquisição de ativos de energia da Alstom, aumentando suas operações em equipamentos do setor. (Valor Econômico – 25.04.2016)
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Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo
Mattos, Gustavo Batista, Lucas Netto, Livia Moreira, Müller Nathan Rojas.
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necessariamente os pontos da UFRJ. As informações
que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
de Economia da UFRJ.
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
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