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IFE: nº 4.074 - 18 de abril de 2016
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Eduardo Braga continuará no cargo enquanto a presidente Dilma Rousseff quiser
2 Para Rufino, vencedoras do leilão de LTs tem consciência da responsabilidade
3 Aneel prorroga até dezembro de 2017 entrega de estudos da UHE Cachoeira do Caí
4 MME: solução para empreendimentos da Abengoa deve sair ate o início de maio
5 MME tenta mudar tributação sobre indenizações de transmissão
6 Balanços de 2015 comprovam ano ruim
7 Balanços de 2015: avanço em questões regulatórias
8 GESEL: solução passa pela China
9 Instalações olímpicas terão energia definitiva ligada em maio
10 Itaipu divulga Revista 5 do XXIII SNPTEE

Empresas
1 CPFL Energia inaugura primeira subestação de transmissão
2 Cesp aprova conversão de ações preferenciais
3 Fitch afirma Rating Nacional de Longo Prazo da Tractebel em 'AAA (bra)'
4 CPFL Energia inaugura primeiro projeto no setor de transmissão
5 Vencedor no leilão de transmissão, Grupo MPE foca em energia elétrica
6 Furnas Educa quer alcançar 200 mil crianças até o fim do ano

Leilões
1 Leilões terão licitação conjunta de eólicas e instalações de transmissão, diz MME

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Números dos reservatórios pelo Brasil
2 Projeção de consumo em abril dispara no Sudeste para 6,2%
3 MME: atenção especial para Norte e Nordeste

4 CMO no Nordeste ainda possui valor mais elevado

5 PLD para o período entre 16 e 22 de abril

Meio Ambiente
1 Belo Monte é multada em R$ 35,3 milhões por morte de peixes e dados falsos

Energias Renováveis
1 Crescem os estímulos à produção de energia limpa
2 Niterói lidera lista de municípios atendidos pela Ampla em geração de energia solar
3 Executivo da Prátil considera uso de baterias “menos vantajoso”

4 Investimento no mercado de solar deve voltar em sete anos, projeta Luiz Paulo Canedo

5 Microgeração solar no MME deve estar pronta em até um mês

6 Absolar: energia solar fotovoltaica poderá gerar 60 mil novos empregos até 2020

Gás e Termelétricas
1 Valor do CVU da UTE Santarém será de R$ 815,95/MWh

Grandes Consumidores
1 Petrobras reduz investimentos no Comperj e adia início de operação
2 Assembleia de acionistas da Usiminas aprova aumento de capital de R$1 bi

Economia Brasileira
1 Mercado reduz mais uma vez expectativa de inflação e juros
2 Para governo, queda da moeda americana pode ajudar a reduzir rombo fiscal

3 Mercado financeiro reduz previsão de inflação e vê piora do PIB
4 BNDES deve perder R$ 10 bi de fundos do FGTS
5 Inflação pelo IGP-M desacelera na segunda prévia de abril
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Venezuela muda fuso horário criado por Chávez para poupar energia


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Eduardo Braga continuará no cargo enquanto a presidente Dilma Rousseff quiser

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, garantiu, em 15 de abril, que continuará no cargo enquanto a presidente Dilma Rousseff quiser. O ministro fez, no dia, um balanço de sua gestão no MME, mas negou que o encontro tenha tom de despedida. “Não compete a mim. Tem que perguntar para quem nomeia, que é o presidente da República”, disse, durante encontro com jornalistas na sede do MME, em Brasília. Braga acredita que o processo de impeachment enfrentado pela presidente Dilma Rousseff é puramente político e que não é razoável afastar um presidente por razões políticas. O ministro não descartou a possibilidade de assumir o governo do Amazonas caso o TSE confirme a cassação de José Melo. Braga ficou em segundo lugar na disputa em 2014 e, nesse cenário, poderia se tornar o governador do Estado. “Não depende da minha vontade, depende de o TSE manter a decisão do TRE, e a gente tem que aguardar”, afirmou. “Não posso comentar no campo de hipóteses, mas tudo que sou na minha vida devo ao povo do Amazonas, tudo em função da generosidade do meu povo. Tenho um dever de gratidão e compromisso com o meu Estado.” (Agência Brasil Energia – 15.04.2016)

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2 Para Rufino, vencedoras do leilão de LTs tem consciência da responsabilidade

O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, afirmou não ter dúvidas de que as empresas vencedoras do leilão de transmissão realizado em 13 de abril, têm consciência da responsabilidade de que terão de cumprir o cronograma de implantação dos empreendimentos. Rufino destacou que o edital do certame foi muito melhor que outros editais no sentido de selecionar bem os agentes participantes. A Aneel conseguiu contratar 14 dos 24 lotes de concessões ofertados, com deságio médio de 2,96% em relação à RAP máxima. Rufino lembrou que houve quem classificasse o resultado do leilão como um insucesso, mas chamou a atenção para o volume de investimentos dos projetos leiloados, em torno de R$ 7 bi. Uma das causas do interesse dos agentes foi o aumento da receita teto dos empreendimentos ofertados. O governo e a própria agência reguladora admitem que o segmento de transmissão está descapitalizado. Grandes empresas estatais e privadas que renovaram as concessões em 2013 ainda não receberam as indenizações pelas instalações da Rede Básica Existente, que estavam em operação em maio de 2000. Também complica a situação o grande número de obras em execução por algumas dessas empresas. Recentemente, a Aneel foi obrigada a recomendar ao MME a revogação das concessões de alguns empreendimentos de transmissão do setor privado que não saíram do papel. A agência agora está preocupada em atrair apenas investidores com condições de executar os projetos nos prazos previstos. Ao mesmo tempo, tenta não afugentar interessados com condições demasiadamente restritivas. “Também não queremos contratar aventureiros. O setor elétrico não comporta esse tipo de investidor”, afirmou Rufino. O prazo de execução das obras de transmissão está adequado, na visão da Aneel, mas é preciso ajustar o planejamento para que ele seja feito na medida certa. O horizonte considerado hoje pelo governo para planejar a construção de novos empreendimentos passou de três para entre cinco e seis anos. A razão para isso é a projeção de carga para o sistema. O desafio maior, explica Rufino, é que quanto maior tempo de antecedência, maior é a imprecisão. (Agência CanalEnergia – 15.04.2016)

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3 Aneel prorroga até dezembro de 2017 entrega de estudos da UHE Cachoeira do Caí

A Aneel decidiu prorrogar até 31 de dezembro de 2017 o prazo para entrega dos Estudos de Viabilidade da UHE Cachoeira do Caí. A usina tem potência de 802 MW e fica localizada no rio Jamanxim, no estado do Pará. O grupo de estudos da usina é composto por Eletrobras, Eletronorte, Camargo Corrêa, EDF Consultoria em Projetos de Geração de Energia Ltda., Eletricité de France, Cemig GT, Copel GT, Engie, Enel Brasil, Neoenergia e Consórcio Tapajós. (Agência CanalEnergia – 15.04.2016)

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4 MME: solução para empreendimentos da Abengoa deve sair ate o início de maio

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, anunciou, em 15 de abril, que o governo espera chegar a uma solução para a situação dos empreendimentos da Abengoa entre o fim deste mês e o inicio do mês de maio. As opções são a extinção ou a venda das concessões. As obras da empresa estão paralisadas no Brasil desde que ela entrou em processo de recuperação judicial na Espanha. A ideia, em caso de venda, é fazer a recomposição dos prazos de outorga. A receita dos empreendimentos no entanto, não será revista, porque o TCU não aprovaria a revisão do valor de um contrato que já foi leiloado, explicou o ministro. Três ou quatro trechos de linha serão mantidos, e o restante devolvido, com a execução das garantias financeiras depositadas pela empresa. Braga informou que todas as providências legais e administrativas para a intervenção na Abengoa já foram iniciadas pela Aneel. O governo prefere, no entanto, uma solução negociada, que envolve a transferência de controle de parte das linhas, já que há dois grupos estrangeiros interessados: a State Grid e a Brookfield. “É uma negociação privada. Não temos participação nisso”, disse o ministro. Ele explicou que já existem linhas de outras transmissoras prontas, que não podem escoar energia por causa da paralisação do trecho da Abengoa. (Agência CanalEnergia – 15.04.2016)

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5 MME tenta mudar tributação sobre indenizações de transmissão

O MME negocia com a Fazenda a alteração da tributação incidente sobre as indenizações a serem pagas às transmissoras por instalações de RBSE, que estavam em operação em maio de 2000. O MME defende a tributação por regime de caixa, e não por regime de competência, para evitar transferir a conta ao consumidor. A proposta do ministro Eduardo Braga é de que seja feito o alongamento por três anos do pagamento dos tributos incidentes sobre os valores a serem pagos às transmissoras com concessões renovadas em 2013. Braga explicou que com a cobrança em regime de caixa as empresas deixariam de pagar 34,5% de imposto, que seria transferido às tarifas. O ministro Eduardo Braga lembrou que o consumidor teve que assumir o pagamento do empréstimo de mais de R$ 17 bi, repassado às distribuidoras pela conta ACR. O ministro reuniu setoristas na sede da Eletronorte para um balanço das ações do ministério. Ao comentar o resultado do leilão de transmissão realizado em 13 de abril, Braga destacou que os projetos contratados no certame (R$ 6,7 bi) representam 61% do volume total de investimentos previstos, mas poderiam ter alcançado 90% do investimento total, não fosse o cenário de instabilidade política. No certame foram negociados 14 dos 24 lotes de concessões ofertados. O investimento previsto para os empreendimentos era em torno de R$ 12 bi. O ministro disse que a contratação de novos projetos e o pagamento das indenizações da RBSE vão permitir a retomada da capacidade de investimentos do setor de transmissão. Fora dos leilões de transmissão há um ano e quatro meses, as empresas Eletrobras, repetiu Braga, só deverão retornar aos certames quando as linhas em construção forem entregues. Ele disse que depois de resolvida a questão da RBSE a ideia é fazer “um choque de gestão” no segmento. (Agência CanalEnergia – 15.04.2016)

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6 Balanços de 2015 comprovam ano ruim

A safra de balanços do ano de 2015 terminou e o que se viu, no geral, foi uma piora no desempenho das empresas do setor elétrico, reflexo de um ano considerado difícil, mas que apresentou avanços, principalmente regulatórios. Mesmo assim, as geradoras, transmissoras e distribuidoras têm, cada uma em seu segmento, desafios a enfrentar. Contudo, na opinião de analistas de mercado se houvesse um ranking hipotético que apontasse as empresas em condições mais favoráveis, as transmissoras apareceriam à frente como aquelas em situação de maior segurança e previsibilidade, seguido das geradoras e em terceiro, com maiores riscos, as distribuidoras. Essa distinção de posição entre os três segmentos levam em conta o momento pelo qual cada um deles passa. Em termos financeiros, as transmissoras aguardam a definição das regras de indenização pelo governo. As geradoras vêm de dois anos de pressão em seu fluxo de caixa por conta do déficit hídrico e a redução da demanda trouxe sobra de energia no mercado assim como a retração do preço. Por outro lado, houve a mitigação do risco hidrológico com a repactuação negociada em 2015. Já as distribuidoras entraram em um momento de sobrecontratação de energia muito acima do limite regulatório de 105% que permite o repasse à tarifa, uma situação que muitas consultorias estimam poder chegar a uma solução apenas em 2020. A PSR, por exemplo, estima sobras de 4,2 GW médios esse ano mas o problema poderá se estender até 2022 sendo que em 2019 deverá ocorrer o pico com mais de 18 GW médios de sobrecontratação. Resultado da demanda em queda por razões econômicas e a ampla contratação de energia de reserva por parte do governo. De acordo com levantamento da Economática, a soma dos resultados das elétricas de capital aberto apresentou um prejuízo acumulado de R$ 17 bilhões, sendo que somente a Eletrobrás concentrou 85% desse volume com sua perda histórica de R$ 14,4 bilhões. No ano anterior esse montante financeiro era de um lucro acumulado de R$ 9,3 bilhões. Ao mesmo tempo, a dívida bruta das empresas aumentou em 10,3%, para pouco mais de R$ 177 bilhões. A maior também pertence à estatal federal com R$ 48,213 bilhões. Contudo, há exceções. Na avaliação de analistas de bancos de investimentos e corretoras, o ano acabou coroando a performance de algumas empresas em todos os segmentos. Principalmente aquelas que atuaram de forma mais prudente e conservadora em termos de custos e endividamento, já que se antevia o desempenho recessivo da economia brasileira e a queda de demanda indicada pelos dados mensais do ONS e da EPE. (Agência CanalEnergia – 08.04.2016)

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7 Balanços de 2015: avanço em questões regulatórias

Nem tudo o que ocorreu no ano passado foi negativo, houve avanço em questões regulatórias que estavam pendentes. O ponto com maior visibilidade nesse quesito foi o GSF e as discussões acerca da repactuação do risco hidrológico depois de uma audiência pública com quatro fases, além da paralisia da liquidação do mercado de curto prazo na CCEE em decorrência da verdadeira enxurrada de ações judiciais. O segundo foi a discussão das condições de retorno do investimento e prazo de construção para os leilões de transmissão e os recorrentes certames com vários lotes vazios, que começaram a criar uma situação crítica para o escoamento de energia, situação agravada com o caso da recuperação judicial da espanhola Abengoa. (Agência CanalEnergia – 08.04.2016)

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8 GESEL: solução passa pela China

Na avaliação do coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, Nivalde de Castro, a solução [para o SE Brasileiro] passa pela China. Ele vê a State Grid assumindo o papel que a estatal brasileira vinha desempenhando nos últimos anos. Um exemplo nítido desse fator é o caso dos ativos da Abengoa que estão sendo avaliados pelos orientais, lembrou o acadêmico. Além disso a chinesa deverá ter novamente um papel de destaque no leilão da próxima semana. Mas, continuou, ainda há a questão dos aportes nos demais projetos que serão colocados em disputa e que são importantes para o escoamento de energia no país nos próximos anos, principalmente aqueles vinculados ao atendimento da expansão da fonte eólica. Para se ter uma ideia, citou Castro, hoje cerca de 50% dos investimentos vinculados à transmissão estão associados à expansão do parque eólico, são aportes que montam à casa de R$ 30 bilhões. “Não temos mais a Eletrobrás, ou Cteep e as espanholas e isso faz com que ocorram leilões vazios, é necessário empresas com experiência e conhecimento”, afirmou o professor. “Apesar das melhorias de condições dos leilões, o problema que enfrentamos é a falta de players, então a probabilidade de lotes vazios é grande e é um fato que pode comprometer a expansão”, acrescentou. (Agência CanalEnergia – 08.04.2016)


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9 Instalações olímpicas terão energia definitiva ligada em maio

Até o fim de maio, todas as instalações que farão parte dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 estarão com os projetos de energia concluídos. A previsão é do presidente da APO, Marcelo Pedroso. Atualmente, as instalações funcionam com sistema temporário de energia. De acordo com Pedroso, o aparato operacional de eventos como os jogos é desafiador para qualquer país, e o abastecimento de energia nas instalações é um dos pontos mais importantes. O abastecimento será garantido por duas fontes de alimentação distintas, além da rede de geradores para garantir o abastecimento caso haja falha nas outras. Nos projetos de energia temporária, com geradores para atender a todos os núcleos de instalações, o governo federal assumiu o da Barra da Tijuca com custos de R$ 290 mi. Já o de Copacabana, do Maracanã e de Deodoro ficaram sob a responsabilidade do governo do estado, com o limite de isenção de impostos aprovado na Alerj, em R$ 85 mi. O Comitê Organizador Rio 2016 banca o restante para alcançar o custo de R$ 104 mi. A situação política e financeira do país não foi empecilho para o andamento da organização. Segundo Pedroso, as principais ações, que dependiam de definição dos governos federal, estadual e municipal, sobre os pontos de prestação de serviço público e de demandas do COI foram tomadas no início do processo e, agora, ocorrem apenas decisões menores que se referem às fases finais da operação. “Não avalio que haja um impacto que prejudique esta reta final da preparação”, disse. “O que a gente tem agora de participação dos governos, as decisões estão tomadas. É operacional”, afirmou. (Agência Brasil – 16.04.2016)

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10 Itaipu divulga Revista 5 do XXIII SNPTEE

Itaipu está divulgando a Revista 5 do XXIII SNPTEE. O evento, que aconteceu em outubro de 2015, teve participação de quase 1.800 pessoas, entre profissionais, estudantes, pesquisadores, especialistas e expositores e já se consolida como o mais importante do setor no Brasil. O objetivo do SNPTEE é promover o intercâmbio de informações e de experiências técnicas e gerenciais entre empresas e entidades envolvidas na produção e transmissão de energia elétrica, permitindo o avanço na qualidade, produtividade e competitividade do Setor Elétrico nacional. Para ler a íntegra da revista, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 18.04.2016)

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Empresas

1 CPFL Energia inaugura primeira subestação de transmissão

O grupo CPFL Energia marcou oficialmente seu ingresso no negócio de transmissão de energia com a inauguração hoje, em Piracicaba, Interior de São Paulo, de uma subestação de 800 MVA. Energizada em meados do ano passado, a instalação teve sua construção gerenciada pela subsidiária CPFL Serviços, que comprou equipamentos da Alstom e WEG, entre outros fornecedores, e também coordenou o trabalho de empreiteiras. A necessidade de reforço para a região foi identificada em 2008, mas o projeto só foi leiloado pela Aneel em 2012, quando então a CPFL Energia arrematou o lote, com quase 40% de deságio, justamente pelo interesse que a companhia tinha pelo empreendimento. Essa mesma visão sinérgica guiou uma nova investida, em 2015, quando foi obtido mais um projeto, desta vez em Morro Agudo, região de Ribeirão Preto-SP, cujas obras já foram iniciadas pelo mesmo modelo. Cada uma das SEs, conforme manda a regulação, dá origem a uma empresa de propósito específico, que ficará ligada à CPFL Geração. “Em Piracicaba – e ainda mais em Morro Agudo -, verificamos um alto potencial de expansão de cogeração. A usinas de cana poderão fazer retrofit de suas instalações e contar com novos pontos de conexão para escoar energia”, informou o subsecretário de Energia, Ricardo Toledo, também presente ao evento. Segundo destacou o presidente da CPFL Energia, Wílson Ferreira Jr, faltava somente o negócio de transmissão para que o portfólio do grupo ficasse completo. A perspectiva de expansão nesse segmento, porém, se dará mais especificamente na medida em os empreendimentos se mostrarem importantes para resolver questões técnicas nas redes das subsidiárias de distribuição. “Houve também uma melhora das condições regulatórias e do retorno desse tipo de investimento, o que nos encorajou a atuar também no segmento”, ressaltou Ferreira Jr, que fica no cargo até 1° de julho. A SE Piracicaba custou R$ 100 mi e já está preparada com infraestrutura necessária para futuras expansões. Fica em terreno de 95 mil m² e conta com sete autotransformadores. É formada por dois setores, um de 440 kV, com duas entradas de linha, e outro de 138 kV, com oito entradas. Atende principalmente a área industrial da região, o que inclui, além do município sede, as cidades de Charqueada, São Pedro e Saltinho, abrangendo população estimada em 441 mil habitantes. As instalações são compartilhadas com a Cteep e cada uma das empresas controla tudo remotamente por meio de seus centros de operação, localizados em Campinas e Bom Jardim, respectivamente. (Agência Brasil Energia – 15.04.2016)

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2 Cesp aprova conversão de ações preferenciais

A Cesp informou em comunicado ao mercado nesta quinta-feira, 14 de abril, que em reunião realizada no último dia 12 de abril, aprovou a opção de conversão das ações preferenciais classe A CESP5 nas ações preferenciais classe B CESP6 ou em ações ordinárias do tipo CESP3. A proporção é de uma ação preferencial classe A para uma classe B ou uma ação ordinária. De acordo com o comunicado, os acionistas terão de 2 a 16 de maio para fazer a conversão. Terão direito a solicitar a conversão os detentores de ações preferenciais classe A da empresa com posições de custódia na central depositária da Bovespa e na instituição depositária das ações. Os acionistas titulares de ações custodiadas deverão pedir a conversão junto ao seu agente de custódia. Já os demais acionistas deverão fazer a solicitação ao Itaú Unibanco. (Agência CanalEnergia – 15.04.2016)

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3 Fitch afirma Rating Nacional de Longo Prazo da Tractebel em 'AAA (bra)'

A agência de classificação de risco Fitch Ratings afirmou na última quinta-feira, 14 de abril, o Rating Nacional de Longo Prazo em 'AAA (bra)', da Tractebel. A perspectiva é estável. A agência também afirmou em 'BBB' os ratings de Probabilidade de Inadimplência do Emissor de Longo Prazo em Moeda Local, com perspectiva estável’. O IDR de Longo Prazo em Moeda Estrangeira foi afirmado em 'BBB-', com perspectiva negativa. De acordo com a agência, os ratings incorporam a expectativa de que a Tractebel conseguirá sustentar seu sólido perfil de crédito consolidado, mesmo em um cenário desafiador, que leve à redução do consumo de energia em 2016. A companhia também é beneficiada pelo seu sólido perfil financeiro, de baixa alavancagem, robusta liquidez e cronograma administrável de vencimento da dívida. Os ratings da Tractebel também se baseiam em sua destacada posição de mercado, como a maior companhia privada de geração de energia elétrica no Brasil. Ações que poderão levar a uma ação de rating negativa incluem fortes investimentos ou aquisições atualmente fora do seu plano de negócio, o que poderá levar a uma alavancagem consistentemente acima de 3,5 vezes. Um rebaixamento do IDR soberano também levará a um novo rebaixamento do IDR em Moeda Estrangeira da Tractebel. Já uma elevação dos ratings da Tractebel é improvável. No entanto, ainda segundo a Fitch, o IDR em Moeda Estrangeira poderá ser beneficiado por uma ação de rating positiva no soberano. Quanto a liquidez da empresa, os números consolidados da Tractebel apresentam posição robusta. Em 31 de dezembro de 2015, o caixa e as aplicações totalizavam R$ 2,4 bi e era suficiente para cobrir inteiramente os vencimentos de curto prazo de R$ 1,7 bi em 1,4 vez. A dívida de curto prazo estava acima dos patamares históricos, pois havia em torno de R$ 1,5 bi de empréstimos-ponte a serem refinanciados por meio de financiamentos de longo prazo. Os R$ 4,2 bi do cronograma de vencimentos da dívida total estão adequadamente distribuídos ao longo dos anos e são consistentes com a geração de caixa esperada. (Agência CanalEnergia – 15.04.2016)

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4 CPFL Energia inaugura primeiro projeto no setor de transmissão

O Grupo CPFL Energia inaugurou nesta sexta-feira, 15 de abril, em Piracicaba, no interior de São Paulo, seu primeiro empreendimento no segmento de transmissão de energia elétrica. Com investimentos de R$ 100 mi, a Subestação Piracicaba (800 MVA) é composta por dois setores, um de 440 kV e outro com 138 kV, e está ligada à Rede Básica por meio do seccionamento da LT Araraquara – Santa Bárbara d’Oeste, de propriedade da Cteep. O novo empreendimento reforça o suprimento de energia elétrica das regiões atendidas pela CPFL Paulista, compreendendo a área industrial e residencial de Piracicaba, e os municípios de Charqueada, São Pedro e Santinho, beneficiando um total de 441 mil habitantes. “Não podia me aposentar sem assistir a CPFL entrando na área de transmissão”, disse Wilson Ferreira Jr., presidente da CPFL Energia, que deixará o cargo no meio do ano. Construída em 18 meses, a obra está energizada desde julho de 2015. A subestação é totalmente telecomandada e é operada a partir do centro de operações da CPFL em Campinas. Segundo a CPFL, a empresa tem interesse em ampliar os investimentos no segmento de transmissão de energia elétrica. Um primeiro passo já foi dado ao conquistar em leilão de 2015 a concessão da Subestação Morro Agudo, a ser construída na região de Ribeirão Preto-SP e com previsão de operação em julho de 2017. Segundo Ferreira Jr., a participação da CPFL no segmento de transmissão se dará mais como uma solução para resolver limitações sistêmicas dentro das áreas de concessões de suas distribuidoras. Além disso, ele destacou que as condições do negócio de transmissão também melhoraram, o que encorajou a companhia a realizar investimentos no segmento. “Antes as taxas do negócio de transmissão eram incompatíveis”, disse. (Agência CanalEnergia – 15.04.2016)

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5 Vencedor no leilão de transmissão, Grupo MPE foca em energia elétrica

O Grupo MPE faz parte dos consórcios ganhadores dos lotes F e W do leilão de transmissão realizado na quarta-feira (13/4), nos quais pretende investir R$ 700 mi. A holding, que já foi muito focada no setor de óleo e gás e nos últimos anos, diversificou sua atuação em projetos de infraestrutura, agora quer intensificar a participação no setor energia elétrica. De acordo com o presidente da MPE, Adagir Salles, os contratos ganhos no leilão fazem parte de uma retomada do foco do grupo na área, que voltou a ser uma das principais no planejamento estratégico. “O Grupo MPE nunca saiu desse mercado, mas agora está voltando de forma muito mais atuante”, afirma Salles. Além de projetos de transmissão, o grupo tem interesse em projetos de geração e estuda participação em leilões que serão realizados para contratação de usinas, principalmente das fontes eólica e biomassa O lote F é referente a um sistema de 345 kV que interligará a subestação de Bandeirantes com a de Piratininga, por meio de duas linhas de transmissão enterradas, de 15 quilômetros cada, para reforçar o suprimento de energia elétrica da região metropolitana de São Paulo. A RAP para o empreendimento será de R$ 145,3 mi, sem deságio. Já o prazo de conclusão das obras é de quatro anos. Já o lote W ofertou a construção de um pátio novo na subestação Onça Puma, de 235 kV, no Pará, dentro de uma área da Vale. O Grupo MPE terá três anos para a conclusão das obras. A RAP do empreendimento será de R$ 8,8 mi, representando deságio de 7,09%. (Agência Brasil Energia – 15.04.2016)

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6 Furnas Educa quer alcançar 200 mil crianças até o fim do ano

Presente desde 2013 e já tendo alcançado mais de 400 escolas pelo país, o Furnas Educa tem como meta atingir 200 mil crianças até o fim do ano. Trata-se de um programa educacional itinerante que tem por objetivo promover ações de conscientização nas escolas sobre temas como preservação ambiental, prevenção a queimadas e conservação de energia. "O resultado tem sido satisfatório, vemos o resultado da passagem de conhecimento para crianças e adolescentes junto as direções das escolas e professores. É um programa bem interessante", explica Leandro Rosa, gerente de comunicação de Furnas. As ações se dão por forma de atividades lúdicas, como leituras de livros, cartilhas, vídeos de animação e peças de teatro, sem substituir as ferramentas educacionais tradicionais. Rosa conta que através desses meios são passadas as informações para que as crianças consigam ter de forma prática um entendimento sobre o tema. A inserção de temas pontuais também é possível. Os cuidados e o combate ao mosquito Aedes Aegypti vem sendo abordados no programa. O gerente de Furnas explica que ao delimitar a idade de alcance do programa de 5 a 15 anos o objetivo foi mirar no cidadão do futuro, aquele que ao aprender na escola as melhores práticas, as levaria para a sua vida adulta e partilharia em sociedade. Nesse ponto entra a conservação de energia e eficiência energética, temáticas relevantes no setor elétrico atualmente por alcançar o aspecto econômico e a sustentabilidade. "Além de toda benfeitoria que poderá ser feita para a sociedade e para o meio ambiente, está passando um conhecimento que pode gerar uma melhor qualidade de vida e uma renda bem organizada", observa. Com investimento de R$ 400 mil para 2016, o programa atende escolas públicas e particulares, embora as públicas tenham mais acesso a ele, por terem alunos com menos oportunidades desse tipo. A ideia de Furnas é ter abrangência nacional no programa, mesmo que a localidade não tenha empreendimentos da empresa do grupo Eletrobras, atendendo de modo equilibrado cidades de todos os tamanhos. Por causa do êxito, já se estuda uma ampliação do programa. "Furnas não consegue se enxergar sem essa atuação no setor", revela Rosa. O alvo agora são os públicos da terceira idade e o segmento técnico, cujas escolas vem pedindo algo nessa direção, de modo a contribuir na formação dos seus alunos. "Estamos trabalhando para que a partir de 2017 possa se fazer algo nesse sentido", promete Rosa. (Agência CanalEnergia – 15.04.2016)

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Leilões

1 Leilões terão licitação conjunta de eólicas e instalações de transmissão, diz MME

Os próximos leilões de energia de empreendimentos renováveis devem reverter a lógica dos certames atuais, em que geradores fecham contratos de comercialização, mas dependem do empreendedor que vai garantir a conexão à Rede Basica. A ideia é que nesses certames os investidores se reúnam para ofertar projetos de instalações de transmissão que eles pretendam construir na primeira etapa e, na etapa seguinte, apresentem projetos de instalação de parques eólicos. Dessa forma, a energia estará garantida no ponto de entrega. “Não teremos mais descasamento entre geração e transmissão, como no passado”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. Ele anunciou ainda que todas as instalações de conexão de uso compartilhado, construídas para garantir a entrega da energia de usinas eólicas no Nordeste, estarão entregues até 30 de julho deste ano. (Agência CanalEnergia – 15.04.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Números dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Nordeste recuaram 0,1% na comparação com o dia anterior e operam com 34,4% da sua capacidade. Os dados são do ONS referentes ao último dia 14 de abril. A energia armazenada é de 17.813 MW mês e a energia natural afluente é de 3.006 MW med, o mesmo que 28% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Sobradinho opera com 32,8% do seu volume. No Sudeste/Centro-Oeste, também houve recuo de 0,1%, o que deixou os reservatórios operando com 58,3%. A energia armazenada está em 118.342 MW med e a ENA é de 35.159 MW med, o mesmo que 72% da MLT. A usina de Furnas está com volume de 76,71% e a de Capivara, 99,6%. No Sul, os níveis estão em 91,2%, caindo 0,1% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 18.200 MW mês e a ENA é de 12.053 MW med, o mesmo que 120% da MLT. A usina de Passo Real está com 88,39%. Na região Norte houve crescimento de 0,2%, com níveis registrando volume de 62,5%. A energia armazenada é de 9.396 MW mês e a ENA chega a 8.523 MW med, o que equivale a 54% da MLT. A usina de Tucuruí opera com 87,17%. (Agência CanalEnergia – 15.04.2016)

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2 Projeção de consumo em abril dispara no Sudeste para 6,2%

A terceira revisão do PMO do mês de abril indica uma projeção de queda nos volumes de energia natural afluente para o final do período em todo o país na comparação com o que se esperava na semana passada. A região Nordeste que já vinha pressionada teve uma redução na expectativa de ENA de 26% para 23% da média histórica. Na maior região em termos de consumo e armazenamento, o Sudeste/Centro Oeste, a projeção mensal recuou de 77% para 72% da MLT. No sul, a previsão ainda está acima da média com 135% ante os 149% esperados na semana anterior. No Norte a nova expectativa de fechamento do mês é de 54% da MLT, nível quatro pontos porcentuais abaixo do calculado sete dias atrás. Segundo dados do Informativo do PMO, divulgado nessa sexta-feira, 15 de abril, pelo ONS, os novos níveis esperados de armazenamento ao final do mês apresentaram redução em quase todos os submercados, a exceção é no Norte, cuja previsão é de estabilidade em 70,6%. No SE/CO caiu de 58,4% para 56,8%. No Sul recuou de 90,7% para 84,7% e no NE ficou em 33,5% ante os 34,1% projetados na revisão da semana passada. Já em termos de carga houve uma nova revisão de expectativa para cima. Duas semanas atrás a projeção apontava para uma demanda 2,9% mais elevada do que em abril de 2015, na semana passada esse indicador passou a 3,6% e agora apresentou elevação de 1,3 ponto porcentual, para um crescimento de 4,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Essa projeção, argumentou o ONS decorre da ocorrência de temperaturas mais elevadas, principalmente, no SE/CO e no Sul do país, quando comparadas ao mesmo período do ano passado. Com isso, a previsão é de carga de 69.293 MW médios. O maior indicador projetado é para o submercado SE/CO, onde se espera demanda 6,2% mais elevada do que em abril de 2015 e no Sul o indicador é de 5% de crescimento. No NE, a estimativa é de aumento de 0,9% e no Norte de 3,5%. (Agência CanalEnergia – 15.04.2016)

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3 MME: atenção especial para Norte e Nordeste

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, avalia que o cenário de operação no Norte e no Nordeste do país estão em um quadro que ainda podem merecer uma atenção especial por parte das autoridades energéticas. Em uma entrevista em 15 de abril, Braga destacou que o quadro de abastecimento do país, mesmo nestas regiões, não apresenta riscos, mas deixou claro que o período seco poderá ser atípico. Causados pelo fenômeno climático El Niño, os efeitos projetados pelo ministro no submercado Norte são de uma hidrologia atípica, especialmente sobre a hidrelétrica de Tucuruí, ainda a principal hidrelétrica da região. Isso porque as chuvas que caíram sobre as bacias do Araguaia e do Tocantins foram suficientes para recompor o reservatório da usina, mas na média de armazenamento, os níveis atualmente encontram-se mais baixos do que os verificados na mesma época no ano passado. Da mesma forma, os altos rios da Amazônia, em que estão instaladas as hidrelétricas de Santo Antônio, Jirau e Teles Pires, contaram com poucas chuvas. No caso do Nordeste, ele ressaltou que os níveis ainda continuam "aprofundados", com a ressalva de que estão melhores do que os patamares críticos verificados no ano passado.Braga destacou ainda que o país vive um outono atípico, com altas temperaturas e um fim de período úmido "muito abrupto". Em 14 de abril, a CCEE divulgou prévia na qual apontava alta de 9,4% no consumo de energia, puxado pelo setor residencial, basicamente, pois o setor verificou elevação de mais de 13% nos 12 primeiros dias de abril na comparação anual. Para ele, a entrada de 6.400 MW de energia nova no ano passado e cerca de 2.500 MW este ano ajudaram a recompor os reservatórios, junto com a redução de consumo e outras medidas. Para o fim do ano, a projeção do MME é que cerca de 9 mil MW entrem em operação comercial. (Agência Brasil Energia – 15.04.2016)

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4 CMO no Nordeste ainda possui valor mais elevado

Apesar das condições mais pressionadas na operação do sistema, o CMO médio da semana operativa que começa no sábado, 16 de abril, avançou levemente. No Nordeste continua o valor mais elevado com R$ 276,13/MWh, sendo que nas cargas pesada e média o valor é de R$ 282,80/MWh e na leve R$ 267,46/MMWh. No restante do país o valor está equacionado sendo a média de R$ 39,62/MWh, a carga pesada está em R$ 41,18/MWh, a média em R$ 39,88/MWh e a leve em R$ 39,02/MWh. O despacho térmico, explicou o ONS no documento semanal, considera-se além da geração térmica despachada por ordem de mérito, o adicional de geração térmica despachada com CVU inferior a R$ 211/MWh para a garantia energética. Os volumes a serem despachados para a semana estão em 10.374 MW médios. A maior parcela está dentro da ordem de mérito com 5.828 MW médios e por garantia energética estão 3.613 MW médios, enquanto 904 MW médios são por inflexibilidade e 29 MW médios por restrição elétrica. Quanto à previsão do tempo, é esperada chuva de intensidade fraca apenas na bacia dos rios Jacuí e do Uruguai a partir do dia 21 de abril. No Tocantins continua a condição de pancadas isoladas. (Agência CanalEnergia – 15.04.2016)

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5 PLD para o período entre 16 e 22 de abril

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informa que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 16 e 22 de abril foi fixado em R$ 51,45/MWh no Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte, aumento de 8% frente ao preço da semana anterior. O PLD do Nordeste, por sua vez, caiu 5% e passou de R$ 275,50/MWh para R$ 262,72/MWh. A expectativa de afluências no SIN passou de 73% para 67% da Média de Longo Termo – MLT para abril. Houve queda na revisão de todas as regiões, com ENAs esperadas em 73% da média histórica no Sudeste, 135% no Sul, 23% no Nordeste e 54% no Norte. A disparidade entre o PLD do Nordeste e os demais é mantida, uma vez que os limites de recebimento de energia deste submercado continuam sendo atingidos. Já os limites de intercâmbio entre Sudeste/Sul/Norte não são atingidos, o que resulta na equalização dos preços nestes submercados. Os níveis dos reservatórios do sistema ficaram praticamente estáveis com 30 MWmédios acima da previsão anterior e elevação observada apenas no Sudeste (+400 MWmédios). Houve redução no Sul (-200 MWmédios) e no Norte (-180 MWmédios) com níveis inalterados no Nordeste. A previsão de carga para o SIN na quarta semana de abril está aproximadamente 1.000 MWmédios mais elevada. A carga esperada para o Sudeste (+620 MWmédios) e Sul (+330 MWmédios) foi elevada, mas não sofreu alterações no Nordeste e Norte. O fator de ajuste do MRE estimado para abril é de 100,2% e os Encargos de Serviços do Sistema – ESS previstos em R$ 147 milhões, sendo R$ 121 milhões referentes à segurança energética. (CCEE – 15.04.2016)

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Meio Ambiente

1 Belo Monte é multada em R$ 35,3 milhões por morte de peixes e dados falsos

A concessionária Norte Energia foi multada pelo Ibama em mais R$ 27,3 mi, por conta da morte de 16,2 toneladas de peixes durante o processo de enchimento de seu reservatório. Além de ser responsável pelo crime ambiental, a empresa também foi punida por apresentar "informações parcialmente falsas" sobre a contratação de trabalhadores para resgate dos peixes. Essa nova multa soma-se a outras duas punições que a empresa já havia recebido no início de fevereiro por conta da morte dos peixes, no valor de R$ 8 mi. A infração total, portanto, alcança R$ 35,3 mi. A multa de R$ 27,3 mi anunciada hoje é a maior aplicada até agora pelo órgão ambiental contra a Norte Energia. A concessionária, segundo o Ibama, descumpriu condicionantes ambientais que estavam previstas na licença de operação da hidrelétrica. Um parecer da coordenação de fiscalização do Ibama apontou que não foram observadas determinações do PBA da usina, para assegurar o salvamento dos peixes que ficaram aprisionados em bolsões d'água após a redução da vazão do rio Xingu. Os problemas ocorreram entre 27 de novembro do ano passado e 25 de fevereiro deste ano, na etapa de enchimento da barragem da usina. A escassez de peixes na região de Altamira e Vitória do Xingu, os dois municípios paraenses mais atingidos pela obra, passou a ser uma crítica frequente de ribeirinhos, índios e demais pescadores que vivem na região, apesar de a Norte Energia sustentar que não houve diminuição no volume de pescados. (O Estado de São Paulo – 15.04.2016)

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Energias Renováveis

1 Crescem os estímulos à produção de energia limpa

Não há dúvida de que a COP-21, a conferência do clima realizada em Paris em dezembro do ano passado, representou um passo importante para conter o aquecimento global. Além de denunciar de forma cabal os efeitos nocivos dos combustíveis fósseis na emissão de gases que contribuem para o aquecimento global, o compromisso assinado por representantes de 195 países de redução de emissões evidenciou iniciativas adotadas para viabilizar em termos práticos e econômicos a produção em grande escala de energia limpa. O relatório da ONU “Tendências globais em investimento em energia renovável 2016”, divulgado recentemente, mostra que, apesar da queda vertiginosa dos preços de petróleo, carvão e gás natural (o que limita sua substituição), houve um recorde de investimentos na produção de energia renovável no ano passado. Estes cresceram 5%, para US$ 285,9 bi, excluindo os projetos de usinas hidrelétricas, que foram estimados em US$ 45 bi. O investimento global em novas unidades de produção de energia de fontes fósseis (carvão e gás) somou US$ 130 bi no mesmo período. O volume de energia de fontes eólicas e solar alcançou 118GW, ante 94GW em 2014. As fontes renováveis representaram 53,6% do acréscimo da capacidade de produção de GW de energia, entre todas as tecnologias instaladas, liderando o ranking pela primeira vez. Porém, o peso da capacidade de geração de energia convencional já instalada ainda predomina. As fontes renováveis representaram apenas 10% da produção de energia elétrica no ano passado. E mesmo este pequeno percentual já foi suficiente para evitar a emissão de 1,5 gigatone de CO2 na atmosfera em 2015. O presidente do novo banco de desenvolvimento do Brics, Paulo Nogueira Batista Júnior, anunciou anteontem que a instituição criou uma linha de crédito de US$ 300 mi para projetos de energia renovável no Brasil. O país produz hoje 9GW de energia eólica, dez vezes mais que em 2010 e o equivalente a uma usina hidrelétrica de Belo Monte. Para 2019 prevê-se uma produção de 18,7GW. Em relatório, o Greenpeace afirmou, por sua vez, que o Brasil tem condições de produzir a mesma quantidade de energia de fontes limpas que a média estimada para a usina de São Luiz do Tapajós. (O Globo – 16.04.2016)

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2 Niterói lidera lista de municípios atendidos pela Ampla em geração de energia solar

Viver numa casa autossuficiente em consumo energético ainda parece algo distante para muita gente. De fato, esta ainda é uma realidade remota para a maior parte das pessoas, principalmente devido ao custo elevado dos sistemas de geração de energia — R$ 15 mil, no mínimo — e às dúvidas sobre o retorno que o investimento pode proporcionar. Ainda assim, de forma tímida, Niterói registrou no último ano um aumento no número de residências com microgeração. A cidade passou a liderar a lista de 66 municípios do Rio atendidos pela Ampla com o maior número de clientes que geram a própria energia e vendem o excedente para a rede pública, sistema conhecido como geração distribuída. De acordo com a empresa, apenas dois clientes que geravam energia em 2014 usavam esta técnica. Em março deste ano, já eram 34. O número é pequeno frente ao universo de clientes da Ampla, mas revela que mudanças implementadas mês passado pela Aneel estão impulsionando o setor. A geração distribuída é permitida desde o final de 2012, quando entrou em vigor a resolução 482 da Aneel. Existem ainda outros microgeradores mais antigos, não contabilizados, uma vez que quem produzia energia armazenava-a em baterias, em vez de distribuí-la na rede pública. (O Globo – 18.04.2016)

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3 Executivo da Prátil considera uso de baterias “menos vantajoso”

Niterói passou a liderar a lista de 66 municípios do Rio atendidos pela Ampla com o maior número de clientes que geram a própria energia e vendem o excedente para a rede pública. O uso de baterias, no entanto, é menos vantajoso, conforme atesta Rafael Coelho, responsável pela área de geração distribuída da Prátil, uma das empresas que instalam sistemas de geração de energia na cidade. Ele diz que as baterias têm as desvantagens de serem caras e de vida útil curta — cerca de cinco anos, contra mais de 25 dos painéis. E que também não permitem soluções como a chamada “geração remota”, autorizada em março deste ano, que torna possível produzir energia em uma casa e consumir o que é gerado em outra. “É algo que vemos bastante em Niterói. Gente que mora num apartamento em Icaraí, por exemplo, e tem casa de veraneio em Búzios ou até na Região Oceânica. Essa pessoa pode ter o sistema de geração numa casa e usar o que é produzido para diminuir a conta de luz das duas residências” ensina Coelho. Segundo ele, a geração distribuída funciona da seguinte forma: durante o dia, os painéis solares captam a energia solar e a transformam em energia elétrica. Em seguida, um aparelho chamado inversor converte a corrente para o mesmo padrão da rede elétrica. A partir daí, a energia gerada está pronta para ser consumida pela residência, e o excesso é injetado na rede pública. Para registrar quanto é recebido da distribuidora e quanto é inserido, instala-se um medidor bidirecional. A recente mudança implementada pela Aneel também definiu regras para simplificar a regularização. O prazo máximo para as distribuidoras aprovarem e conectarem os sistemas diminuiu de 82 dias para 34 dias. Decidido a reduzir o valor de sua conta de luz — que chegou a R$ 1.200 em fevereiro do ano passado —, Fábio Bastos, que vive com a mulher e três filhos numa casa em Piratininga, investiu R$ 43 mil num sistema de geração de energia fotovoltaica. Ele estima que passou a economizar cerca de R$ 500 em sua conta desde fevereiro, quando o sistema entrou em operação. “Pelos nossos cálculos, pago o investimento em seis anos. Estou bem satisfeito, o custo/benefício do equipamento é muito bom” avalia. Se eventualmente os painéis solares gerarem mais do que a casa consome num mês (caso a família viaje, por exemplo), a energia injetada na rede gera créditos que podem ser utilizados nos meses seguintes, com validade de cinco anos. (O Globo – 18.04.2016)

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4 Investimento no mercado de solar deve voltar em sete anos, projeta Luiz Paulo Canedo

Segundo especialistas, o custo do investimento ainda é a barreira que dificulta a popularização dos sistemas de geração de energia solar. Diretor da EBD Energias Renováveis, Luiz Paulo Canedo conta que um investimento de R$ 30 mil é capaz de gerar uma redução de, em média, R$ 375 por mês na conta de luz. Considerando a economia na tarifa mensal de energia, esse investimento seria recuperado em sete anos, e só então o proprietário passaria a lucrar com os descontos na conta. “Todo mundo tem custo com energia. Então, é uma ótima aplicação para quem tem o dinheiro para investir” defende Canedo. “E ainda valoriza o imóvel”. André Lucena, professor de planejamento da Coppe/UFRJ, pondera que esse tipo de investimento é mais rentável que uma poupança. “Mas deve-se considerar que é um investimento para ter retorno num prazo muito longo. E quem fizer isso também com a preocupação de contribuir para o meio ambiente, vai ter uma motivação maior” avalia. A rápida expansão no número de residências com sistemas de geração distribuída de energia solar também é verificada a nível nacional. De janeiro de 2015 até o mês passado, o acumulado de conexões no Brasil saltou de 425 para 2.607. No Estado do Rio, o número pulou de 38 para 312 no mesmo período. (O Globo – 18.04.2016)

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5 Microgeração solar no MME deve estar pronta em até um mês

O MME estima que até um mês o sistema de microgeração solar que está sendo instalado no prédio do ministério esteja em operação, informou nesta sexta-feira (15/4) o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. Segundo ele, ainda estão sendo feitas obras civis no topo do prédio, que será o primeiro da Esplanada dos Ministérios a contar com o sistema, cuja data estimada é exatamente daqui a 30 dias (15/5). "É tudo doação, não tem gasto do poder público", disse Braga, em almoço com jornalistas, em Brasília. Segundo o ministro, o sistema não vai proporcionar autossuficiência ao prédio, que também abriga o Ministério do Turismo, mas ajudará na obtenção da economia de energia, especialmente por causa das limitações que existem por causa do patrimônio histórico, para uso do telhado. "Vamos aumentar o uso da eficiência predial, que deve ser a grande tendência da geração distribuída". Braga havia anunciado em dezembro a instalação do sistema fotovoltaico em meio ao plano chamado ProGD, de incentivos à geração distribuída. O ministro contou ainda que existem propostas para levar sistemas semelhantes para prédios de instituições como o BNDES e em cerca de 370 escolas técnicas (Cefets), a fim de criar mão de obra e laboratórios. Outra ideia é instalar estacionamentos solares em universidades federais, especialmente em hospitais universitários. (Agência Brasil Energia – 15.04.2016)

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6 Absolar: energia solar fotovoltaica poderá gerar 60 mil novos empregos até 2020

Os projetos de micro e minigeração solar distribuída em edifícios residenciais, comerciais, industriais, públicos e rurais, além dos 3,3 GW em projetos de usinas solares fotovoltaicas no Brasil até 2018, contratados via leilões de energia de reserva e oriundos de projetos no mercado livre no estado de Pernambuco, devem gerar entre 25 mil e 60 mil novos postos de trabalho no país nos próximos quatro anos. Os dados são da ABSolar. Segundo a Absolar, para cada MW solar fotovoltaico instalado por ano poderão ser gerados entre 25 e 30 empregos. A fonte solar fotovoltaica possui uma das maiores taxas de geração de emprego por megawatt instalado por ano, já que envolve atividades nas áreas de instalação e montagem, fabricação de equipamentos, vendas e distribuição, operação e manutenção, bem como no desenvolvimento de engenharia de projetos. Rodrigo Sauaia, presidente da Absolar, diz ainda que a geração de emprego nessa área está relacionada a postos de trabalho de qualidade, uma vez que requer principalmente profissionais dos níveis técnico e superior. "A energia solar fotovoltaica também contribui para o desenvolvimento regional, à medida que os empreendimentos são construídos com uso de mão-de-obra local, bem como com a sustentabilidade ambiental e uma maior diversificação e segurança energética do Brasil", aponta. O número de vagas, segundo a associação, pode ser ainda maior, se levar em conta o avanço da geração distribuída. (Agência CanalEnergia – 15.04.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Valor do CVU da UTE Santarém será de R$ 815,95/MWh

A Aneel aprovou na última quarta-feira, 13 de abril, o CVU no valor de R$ 815,95/MWh da UTE Santarém, da Eletronorte. O valor deverá ser aplicado no processo de contabilização do mês de março de 2016 na CCEE. O CVU será utilizado para pagamento dos custos com a geração da usina que devem ser ressarcidos via Encargo de Serviço do Sistema. (Agência CanalEnergia – 15.04.2016)

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Grandes Consumidores

1 Petrobras reduz investimentos no Comperj e adia início de operação

Após anunciar um "impairment" (baixa contábil por redução no valor recuperável do ativo) de R$5,281 bi, no quarto trimestre de 2015, devido em parte à postergação da refinaria do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) para 2023, a Petrobras sinalizou que deve reduzir o ritmo dos investimentos também nas unidades de processamento de gás natural (UPGNs) que estão sendo instaladas no local. A estatal já admite que as UPGNs do Comperj devem ser adiadas em dois anos e só ficarem prontas em 2019, e não mais em 2017, como previsto no atual plano de negócios. No ano passado, a companhia informou que buscava um sócio para a conclusão da refinaria, mas que iria tocar com recursos próprios as obras das UPGNs, que visam tratar o gás natural do pré-sal. No entanto, após investir R$ 2,2 bi no Comperj em 2015, sobretudo na construção das centrais de utilidades (unidades de geração de vapor e energia, tratamento de efluentes e água), a petroleira decidiu alongar o cronograma das unidades de processamento de gás. De acordo com dados do relatório de administração da Petrobras, divulgado na sexta-feira pela estatal, o adiamento das unidades de processamento acompanha a revisão do cronograma do gasoduto Rota 3, que escoará o gás do pré-sal até as UPGNs. Com essa postergação, cresce a chance de o leilão do projeto Guapimirim-Itaboraí, o primeiro gasoduto indicado para licitação sob o regime de concessão no país, só ser retomado entre 2017 e 2018. Na semana passada, a redução do ritmo dos investimentos da Petrobras e os desdobramentos da Lava-Jato emperraram de vez o processo licitatório e o MME já cogita rever o projeto e recomeçar do zero a rodada. O leilão estava previsto inicialmente para 2015, mas a licitação foi suspensa depois que o TCU identificou erros no cálculo dos custos do gasoduto. Desde então, as pendências não foram resolvidas e a licitação entrou em banho-maria enquanto a Petrobras não definia o novo cronograma das UPGNs. Como o gasoduto Guapimirim-Itaboraí, de apenas 11 km de extensão, deve levar 13 meses para ficar pronto, desde o início das obras, não há mais necessidade para licitação do empreendimento até pelo menos este ano. O projeto visa transportar o gás tratado nas UPGNs do Comperj até a malha interligada de gasodutos, mas depende da conclusão das unidades de processamento, que terão capacidade para processar 21 milhões de m3/dia. (Valor Econômico – 18.04.2016)

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2 Assembleia de acionistas da Usiminas aprova aumento de capital de R$1 bi

A Usiminas informou nesta segunda-feira que assembleia extraordinária de acionistas aprovou aumento de capital de R$ 1 bi, a ser feito por meio de emissão de 200 milhões de novas ações ordinárias. (O Globo – 18.04.2016)

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Economia Brasileira

1 Mercado reduz mais uma vez expectativa de inflação e juros

Continuam a cair as previsões do mercado financeiro para a inflação e o juro, de acordo com números do boletim Focus, do BC. A mediana das estimativas para a alta do IPCA em 12 meses saiu de 6,43% para 6,38%. Para este ano, a previsão de inflação recuou pela sexta semana, de 7,14% para 7,08% e, para 2017, cedeu de 5,95% para 5,93%. Entre os analistas Top 5, os que mais acertam as previsões, as expectativas não mudaram - o IPCA deve ter elevação de 7,06% em 2016 e de 6,20% em 2017. Mas ambos os grupos - mercado em geral e Top 5 - veem um recuo maior da Selic neste ano, para 13,38%. A taxa básica de juros está atualmente em 14,25%; até o documento anterior, esperava--se um recuo para 13,75% até o fechamento de 2016. O Copom se reúne na próxima semana para decidir se mantém ou não a Selic no atual nível. O mercado também revisou suas expectativas para o câmbio e agora espera que o dólar termine 2016 valendo R$ 3,80, ante previsão de R$ 4 no documento anterior. A estimativa para 2017 saiu de R$ 4,10 para R$ 4. Atividade Enquanto as expectativas de inflação e juros melhoram, as previsões para a atividade econômica pioram. A mediana das estimativas para o desempenho do PIB brasileiro aponta queda de 3,80%, ante recuo de 3,77% previsto antes. A produção industrial do período deve cair 5,80%, em vez de 5,60%. Para 2017, a expectativa é de um crescimento de apenas 0,20%, e não de 0,30% como previsto antes. A estimativa para o aumento da produção industrial foi mantido em 0,69%. (Valor Econômico – 18.04.2016)

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2 Para governo, queda da moeda americana pode ajudar a reduzir rombo fiscal

A equipe econômica avalia que a forte queda do dólar nas duas últimas semanas — que foi influenciada pela perspectiva de impeachment da presidente Dilma Rousseff e levou a moeda americana a ser cotada abaixo de R$ 3,50 — pode indicar o início de um amplo ajuste cambial. E uma ajuda decisiva no combate à inflação e no campo fiscal. Para a área econômica, a queda do dólar ajuda a desinflar os índices de preços, dando espaço a uma queda rápida da Taxa Selic, já no segundo semestre de 2016. A pressão sobre as contas públicas também diminuiria, pois tem no pagamento de juros um de seus grandes vilões. Nos 12 meses fechados em fevereiro, o déficit nominal do setor público somou R$ 638,6 bi, ou 10,75% do PIB, sendo que a conta de juros foi de nada menos que 8,64% do PIB. Dólar mais barato também favorece a redução da exposição cambial do BC. Os leilões de swaps cambiais realizados para segurar a cotação no passado geraram enorme prejuízo, que eleva a dívida pública. Desde março, porém, de carona na queda da moeda americana, o BC faz operações reversas, lucrando só em março R$ 42,69 bi. Outro aspecto positivo do ajuste é que grandes empresas que têm exposição ao dólar terão ganhos patrimoniais significativos com o fortalecimento do real. Mas técnicos alertam que uma valorização excessiva e rápida do real embute riscos. Pode provocar uma bolha, a estourar em meados de 2017, e pressionar o BC a queimar reservas para tentar segurar as cotações. (O Globo – 16.04.2016)

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3 Mercado financeiro reduz previsão de inflação e vê piora do PIB

Os economistas do mercado financeiro baixaram, pela sexta semana seguida, sua estimativa de inflação para este ano, mas também pioraram a previsão para o "tombo" do PIB em 2016. As expectativas foram colhidas na semana passada e divulgadas nesta segunda-feira (18) pelo BC, por meio do relatório de mercado, conhecido como Focus. O levantamento foi feito com mais de 100 instituições financeiras. Para 2016, a expectativa do mercado para o IPCA, a inflação oficial do país, caiu de 7,14% para 7,08%. Foi a sexta queda seguido do indicador. Apesar da queda, ainda permanece acima do teto de 6,5% do sistema de metas e bem distante do objetivo central de 4,5% fixado para este ano. Para 2017, a estimativa do mercado financeiro para a inflação também melhorou, passando de 5,95%, abaixo do limite do sistema de metas de inflação, para 5,93%. Para o PIB de 2016, o mercado financeiro passou a prever uma contração de 3,8% na semana passada, contra uma retração de 3,77% estimada na semana anterior. Foi a décima terceira piora seguida do indicador. Em 2015, segundo o IBGE, o PIB brasileiro teve um tombo de 3,8% - o maior em 25 anos. Se a previsão de um novo "encolhimento" se confirmar em 2016, será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de contração na economia – a série histórica oficial, do IBGE, tem início em 1948. Para o comportamento do PIB em 2017, os economistas das instituições financeiras reduziram de 0,30% para 0,20% sua previsão de alta do PIB - que é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia. (G1 – 18.04.2016)

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4 BNDES deve perder R$ 10 bi de fundos do FGTS

Quase um ano após o conselho curador do FGTS ter autorizado a transferência de R$ 10 bi do fundo que aplica recursos do trabalhador em infraestrutura – e que acumula patrimônio bilionário –, o banco de fomento deve perder o direito de usar a verba. O Ministério do Trabalho e Previdência Social já avisou que, se o banco e o fundo não entrarem em acordo, o dinheiro deve ser realocado para financiar a casa própria. Neste momento, oficialmente, o BNDES diz estar impedido de sacar os recursos porque responde a uma ação trabalhista movida pela associação dos servidores da instituição, que pede, entre outras coisas, a incorporação de cargos. Pelas regras do FI-FGTS, as empresas sócias ou financiadas pelo fundo não podem responder a ações trabalhistas vinculadas ao trabalho escravo ou terceirização ilegal – não é o caso do processo contra o BNDES. O banco informou, em nota, que junto com a Caixa está trabalhando na estruturação da operação, “visando chegar ao formato mais adequado”. Fontes a par das negociações para a transferência dos recursos disseram que a “desculpa da vez” do BNDES é “bem frágil” e os motivos para não ter sacado o dinheiro são outros. Antes da questão do processo trabalhista, o banco vinha colocando outros entraves técnicos para não sacar os R$ 10 bi. O dinheiro continua no caixa do FGTS e é aplicado em títulos públicos. No primeiro semestre de 2015, o banco pressionou o governo a fazer a transferência porque não tinha caixa suficiente para arcar com os desembolsos de financiamento que já tinham sido acertados com concessionárias de rodovias, portos, ferrovias, aeroportos e energia. O pagamento das pedaladas fiscais, porém, reforçou os cofres do banco na passagem de 2015 para 2016 em R$ 38 bi. O comitê de investimento do FI-FGTS escolheu as obras que deveriam receber os financiamentos em julho de 2015. A aprovação do colegiado vale por nove meses, período que se encerrou nesse sábado. A operação será novamente discutida entre os membros do comitê – formado por representantes do governo, dos trabalhadores e dos empregadores – na reunião marcada para o fim deste mês. (O Estado de São Paulo – 17.04.2016)

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5 Inflação pelo IGP-M desacelera na segunda prévia de abril

A inflação medida pelo IGP-M desacelerou para 0,30% na segunda prévia de abril, de 0,43% no mesmo período em março, informa a FGV. Taxas menores foram registradas no atacado, no varejo e também na construção civil. O indicador serve de referência para o reajuste de contratos, como os de aluguel. No atacado, o IPA cedeu de 0,39% para 0,29% no período. O IPA de preços agropecuários subiu 1,08%, taxa menor que a de 1,55% registrada em março. Já o IPA de produtos industriais registrou uma deflação menor, passando de queda de 0,09% para recuo de 0,04%. Na separação por estágios de produção, a inflação dos bens finais cedeu de 1,38% para 0,23% entre a segunda prévia de março e a de abril, influenciada pelos alimentos in natura (de 8,32% para 1,77%). (Valor Econômico – 18.04.2016)

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6 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 10h49, a moeda norte-americana operava em alta de 1,5%, vendida a R$ 3,577. Na sexta-feira, o dólar comercial subiu 1,37% e fechou a R$ 3,5251. A moeda americana cai 2,02% na semana e acumula desvalorização de 2,03% no mês. (G1 e Valor Econômico – 18.04.2016 e 15.04.2016)

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Internacional

1 Venezuela muda fuso horário criado por Chávez para poupar energia

A Venezuela reverteu nesta sexta-feira (15) uma mudança de fuso horário de meia hora que foi uma das marcas registradas do governo do falecido presidente Hugo Chávez. Chávez atrasou os relógios do país 30 minutos em 2007 para que as crianças pudessem acordar para ir à escola com luz do sol. Mas seu sucessor, Nicolás Maduro, decidiu retomar o sistema anterior, quatro horas atrás do Horário do Meridiano de Greenwich (GMT, na sigla em inglês), para ter mais luz solar no final da tarde, quando o consumo de energia chega ao máximo. Uma seca grave está afetando o reservatório de Guri que gera dois terços do consumo energético da Venezuela, e a falta de luz e água é frequente. "Esta meia hora extra de luz solar vai permitir uma economia de energia melhor porque é à noite, quando as pessoas estão voltando para casa do trabalho e da escola, que elas ligam as luzes e o ar condicionado", disse o ministro da Ciência venezuelano, Jorge Arreaza. Arreaza, que é casado com a filha de Chávez, disse que a mudança entrará em vigor em 1º de maio. A mudança de fuso vem na esteira de uma série de outras medidas, como o racionamento de energia em shopping centers e pedidos para que as mulheres usem menos secadores de cabelos e outros eletrodomésticos para poupar energia no país de 29 milhões de pessoas. (G1 – 15.04.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo Mattos, Gustavo Batista, Lucas Netto, Livia Moreira, Müller Nathan Rojas.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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