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IFE: nº 4.073 - 15 de abril de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
ONS pode contar com novas regras de orçamento
2 Hermes Chipp defende ONS
3 EPE quer regras mais rígidas para atraso em obra de transmissão de energia
4 MME estuda mudança estrutural no setor de transmissão
5 MME e Rosneft discutem projeto na Bacia do Solimões
6 Samarco não consegue reduzir Must de contrato
7 Aneel cancela as audiências presenciais da Energisa sobre revisão tarifária
8 Entrada antecipada de linhas em MT é homologada pela Aneel
9 UHE Santo Antônio tem mais uma unidade liberada para operação comercial
10 Inmetro certifica 28 lâmpadas LED da Philips
11 Talita Porto é eleita conselheira na CCEE

Empresas
1 Dívida das empresas de energia cresce 13,5% em 2015
2 Recuo de 26,8%: Valor de mercado das empresas do setor elétrico fecha 2015 em 117,8 bi
3 Futuro presidente da CPFL prevê novo ciclo de aquisições no setor
4 Com investimentos de R$ 30 mi, Celpe inicia operação de duas subestações
5 MT, TO e MS vão receber R$ 1,05 bilhão em investimentos da Energisa em 2016
6 Brookfield faz leilão para compra de energia elétrica

Leilões
1 GeoGoup parabeniza Aneel por leilão de transmissão

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Números dos reservatórios pelo Brasil
2 Consumo de energia salta nas primeiras semanas de abril: 9,4%

Meio Ambiente
1 CEBDS fecha parceria para debater títulos verdes

Energias Renováveis
1 Suape exporta pás eólicas da LM Wind Power para EUA
2 MVC cria processo para fabricar grandes peças plásticas para eólicas
3 BP Biocombustíveis amplia usina de etanol Itumbiara

Gás e Termelétricas
1 Consumo de gás pela indústria tem ligeira queda em fevereiro

Grandes Consumidores
1 Thyssenkrupp quer papel ativo em quaisquer fusões de siderurgia

Economia Brasileira
1 Em 12 meses, PIB acumula queda de 4,1%, diz FGV
2 Demanda afeta preços e derruba IGPs em abril

3 Mercado eleva projeção de déficit em 2016
4 PLDO de 2017 deve prever alta de 1% do PIB
5 BNDES melhora condições de crédito de linhas para exportação
6 Confiança da indústria cai para 36,2 pontos em abril, aponta CNI
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Maduro anuncia mudança de fuso horário para enfrentar emergência elétrica
2 Maduro diz fazer "um esforço gigantesco"


Regulação e Reestruturação do Setor

1 ONS pode contar com novas regras de orçamento

Ao falar sobre a polêmica envolvendo os sinais de descontrole de gastos no orçamento do ONS, o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, disse ontem que já é considerada a possibilidade de replicar na entidade o modelo de gestão orçamentária adotado na CCEE. Com isso, o custeio das despesas do operador passaria para as empresas do setor. Atualmente, o ONS é bancado por recursos recolhidos nas contas de luz. A controversa sobre os gastos no órgão responsável por zelar pela qualidade do suprimento de energia no país surgiu com a divulgação do teor do relatório preliminar de fiscalização publicado acidentalmente pela Aneel. No documento, fiscais da agência indicaram que recursos do orçamento foram usados para comprar roupas de grife e realizar almoços em restaurantes caros. A proposta de mudança já está em audiência pública sobre o tema. "Seria uma outra governança. Talvez na linha que hoje se dá na CCEE, que já foi no passado parecido com ONS e também não deu certo", afirmou Rufino, ao ser questionado por jornalistas no evento "Os Desafios da Transmissão". Ele explicou que o operador é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, mas que é custeada com recursos públicos. "Quando você tem uma crise de identidade dessa natureza, a dificuldade é muito maior de saber o que é despesa elegível e o que não é elegível", afirmou. (Valor Econômico – 15.04.2016)

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2 Hermes Chipp defende ONS

Em defesa do ONS, o diretor¬geral do órgão, Hermes Chipp, disse que a entidade não cometeu qualquer irregularidade com os recursos do orçamento. Ele argumenta que o órgão não conta com procedimentos claros de gestão dos recursos. Isso porque a própria Aneel enfrenta dificuldade de estabelecer estes limites. "Se não escrever, cada um vai fazer a gestão que acha mais eficiente", afirmou o diretor do ONS, que também participou do evento realizado em Brasília. Ele ressaltou que, mesmo sem orientação mais específica sobre o uso de recursos, o operador tem evoluído nas discussões com a agência sobre o aperfeiçoamento da gestão de recursos. Todos os anos o ONS é obrigado a submeter seu orçamento à aprovação da Aneel. Ontem, Chipp aproveitou as perguntas da imprensa sobre o tema para criticar a divulgação do relatório preliminar. "Não é irregularidade como foi colocada ali de forma maldosa. Irregularidade seria não cumprir uma coisa que a Aneel definiu", disse. O diretor do ONS argumentou que a compra de ternos, indicada no relatório da agência, se deu por meio de licitação para atender 68 operadores. Sobre os gastos com restaurantes, ele afirmou que se tratava de almoços oferecidos aos funcionários como parte da premiação por projetos vencedores de competições internas nas áreas de gestão do conhecimento, inovação, entre outras. "Se a gente fez, é porque a gente acha que é eficiente, até pelo rigor da fiscalização que a gente tem", afirmou Chipp. Ele fez questão de ressaltar que a avaliação dos fiscais possui "enormes equívocos". "Já estamos respondendo a essas colocações feitas para ver qual é o julgamento da Aneel, em nível de superintendência e diretoria", disse. (Valor Econômico – 15.04.2016)

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3 EPE quer regras mais rígidas para atraso em obra de transmissão de energia

O presidente da estatal EPE, Maurício Tolmasquim , defendeu nesta quinta-feira a criação de cláusulas mais rígidas nos contratos de transmissão de energia elétrica, que facilitem a cassação da concessão de linhas com problemas graves em sua implementação, “respeitados todos os direitos de defesa”. Tolmasquim participa de seminário da Aneel e do centro de estudos Instituto Acende Brasil que discute soluções para o setor de transmissão, que vem apresentando atrasos em obras e falta de interesse de investidores em parte dos lotes oferecidos nos últimos leilões. Tolmasquim também reiterou proposta da EPE, que está em estudo no governo, para fazer leilões de novas usinas de geração vinculados à leilão de transmissão, para evitar novos casos de usinas prontas sem linhas para escoar a energia. Em março, ele havia adiantado à Reuters a intenção de promover ainda neste ano um leilão conjunto de usinas eólicas e linhas de transmissão, dividido em dois dias. (O Globo – 14.04.2016)

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4 MME estuda mudança estrutural no setor de transmissão

A alta cúpula do setor elétrico está concluindo um profundo diagnóstico sobre os motivos que têm causado atrasos da implantação de obras de transmissão e insucessos nas licitações promovidas pela Aneel. Desde o ano passado, um grupo de especialistas do alto escalão técnico do setor tem se debruçado sobre o tema. A análise, em fase de conclusão, abrangeu tanto as etapas de planejamento e consolidação de obras quanto os leilões de transmissão, licenciamento ambiental, implantação e operação dos empreendimentos. Segundo informações do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, o “processo indicou que as soluções identificadas podem demandar alterações no modelo, na legislação ou na regulação existente”. A expectativa é que um plano de ação seja apresentado ao CMSE na reunião do dia 4 de maio. O secretário-adjunto da Secretaria de Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia, Moacir Carlos Bertol, disse que há uma expectativa de que essas ações sejam implementadas ainda neste ano, impactando os leilões de transmissão previsto para o final de 2016. “Até no fim desse ano acredito que já devemos ter leilões com essa nova estruturação”, disse o representante do MME à Agência CanalEnergia, após participar do leilão de transmissão realizado na última quarta-feira, 13 de abril, na BM&FBovespa, em São Paulo. Ele contou que o grupo de trabalho está avaliando todas as etapas do processo envolvendo o setor de transmissão, desde o planejamento das obras até a operação dos empreendimentos. “Estamos avaliando todo o processo para verificar quais melhorias poderão ser implementadas, para que os leilões tenham melhores resultados e para que os empreendimentos sejam entregues no prazo estabelecido no leilão e dentro da data de necessidade do setor elétrico”, disse Bertol sem adiantar quais medidas serão tomadas. O diretor da Aneel José Jurhosa Jr., porém, sinalizou que o conjunto de documentos técnicos com informações sobre os projetos de transmissão a serem licitados pode ganhar mais um relatório. “Hoje nós temos quatro, e estamos propondo ter mais um com a questão fundiária mais detalhada. O fundiário hoje é um problema para os empreendedores, haja vista os custos dos terrenos”, disse. Bertol disse que a criação de lotes menores, como o que foi visto no leilão da última quarta-feira, já faz parte das ações do MME/Aneel com o objetivo de proporcionar oportunidade para novas empresas participarem do setor de energia elétrica. (Agência CanalEnergia – 14.04.2016)

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5 MME e Rosneft discutem projeto na Bacia do Solimões

O MME se reuniu na última terça-feira (12/4) com representantes da Rosneft e do governo russo para tratar do aproveitamento de descobertas de gás natural na Bacia do Solimões, no Amazonas, e de outros projetos energéticos de interesse bilateral. O governo brasileiro se comprometeu a estudar o projeto apresentado pela Rosneft para viabilizar a exploração de recursos na bacia. De acordo com o MME, os representantes dos dois países devem agendar outra reunião para constituir um programa de trabalho. A reunião contou com a presença do secretário executivo do MME, Luiz Eduardo Barata, e do vice-ministro de Desenvolvimento Econômico da Rússia, Aleksander Tsibulskiy. Participaram também os secretários de Planejamento e Desenvolvimento Energético; de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis; e de Energia Elétrica do ministério brasileiro. A estatal russa Rosneft, líder da indústria petrolífera do país, tem o controle acionário do projeto da bacia amazônica de gás natural. As principais atividades da companhia incluem prospecção e exploração de depósitos de hidrocarbonetos, petróleo, gás, assim como produção de gás-condensado e projetos offshore. (Agência Brasil Energia – 14.04.2016)

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6 Samarco não consegue reduzir Must de contrato

A Aneel negou recurso interposto pela mineradora Samarco para redução de 189,4 MW para 22 MW do Montante de Uso do Sistema de Transmissão, associado ao Contrato do Uso do Sistema de Transmissão 048/2009, a partir de dezembro de 2015 e por tempo indeterminado. De acordo com a Aneel, alterações no Must só poderão ser feitas pela Samarco a partir do sexto ano de execução do contrato em questão. A mineradora foi responsável pelo acidente ambiental de Mariana (MG), em novembro de 2015, quando uma barragem de rejeitos da Samarco destruiu o distrito de Bento Rodrigues, causando mortes e poluindo o rio Doce, interrompendo a geração de hidrelétricas e atingindo até o litoral do Espírito Santo. (Agência CanalEnergia – 14.04.2016)

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7 Aneel cancela as audiências presenciais da Energisa sobre revisão tarifária

A Aneel informa que em decorrência dos últimos cortes orçamentários estabelecidos no decreto 8700/2016 estão canceladas as sessões presenciais das Audiências Públicas 016 e 017/2016 que tratam das revisões tarifárias da Energisa Minas Gerais (EMG) e da Energisa Nova Friburgo (ENF). Os interessados ainda podem contribuir com a audiência pública via intercâmbio documental. (Aneel – 14.04.2016)

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8 Entrada antecipada de linhas em MT é homologada pela Aneel

A Aneel homologou a entrada antecipada em operação comercial das linhas de transmissão em 230kV, Nobres-Cuiabá e Nova Mutum-Nobres C2, em Mato Grosso. Os empreendimentos tinham inicio de operação previsto para 12 de março de 2012, mas começaram a operar comercialmente em 15 de dezembro de 2011. A concessão das linhas foi arrematada pela Empresa de Transmissão de Energia do Mato Grosso S.A. em leilão realizado em 2009. As linhas são importantes para o escoamento do excedente de geração do estado e atendimento à região metropolitana de Cuiabá. (Agência CanalEnergia – 14.04.2016)


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9 UHE Santo Antônio tem mais uma unidade liberada para operação comercial

Mais uma unidade geradora da UHE Santo Antônio, em Rondônia, foi liberada pela Aneel para o início da operação comercial partir desta quinta-feira,14 de abril. A unidade liberada foi a 41, de 73,29 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 14.04.2016)

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10 Inmetro certifica 28 lâmpadas LED da Philips

O Inmetro certificou 28 modelos de lâmpadas LED da Philips, primeira autenticação dada a esse tipo de produto no Brasil. As novas regras de qualidade preveem que a tecnologia LED tenha duração de 25 mil horas para garantir o fluxo luminoso. Um estudo da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux) demonstrou que a adesão às lâmpadas LED cresceu 170% entre 2013 e 2015, desde o banimento das lâmpadas incandescentes do mercado brasileiro. De acordo com a Philips, a tecnologia LED proporciona uma economia de 90% no gasto energético quando comparadas às incandescentes. Apesar da alta adesão à tecnologia LED, muitos consumidores ainda encontram dificuldade em escolher a luminária adequada, confundindo potência com capacidade de iluminação, de acordo com a Philips. (Agência Brasil Energia – 14.04.2016)

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11 Talita Porto é eleita conselheira na CCEE

Associados da CCEE elegeram nesta quinta-feira (14/4) novos nomes para integrar o conselho de administração, que segue sendo presidido por Rui Altieri. Os agentes elegeram a engenheira eletricista Talita Porto para o conselho, no lugar de Antônio Carlos Fraga Machado, cujo mandato encerra-se no próximo dia 25/4. Também foram reconduzidos para um novo mandato de quatro anos os conselheiros Ary Pinto e Solange David, que representam os segmentos de comercialização e distribuição, respectivamente. Além dos reconduzidos, da nova conselheira e de Altieri, o quadro se completa com Roberto Castro. Talita Porto possui passagens por Eletrobras, Furnas, AES Tietê, EPE e Renova, onde atua como gerente de Regulação desde 2010, ainda de acordo com a CCEE. Os agentes também elegeram novos conselheiros fiscais; titulares e suplentes. (Agência Brasil Energia – 14.04.2016)

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Empresas

1 Dívida das empresas de energia cresce 13,5% em 2015

A receita das empresas do setor de energia elétrica cresceu 11,9% em 2015, na comparação com o ano anterior, segundo levantamento da provedora de informações financeiras Economatica. O total das vendas das 24 empresas com ações negociadas na bolsa de valores de São Paulo somou R$ 186,3 bi contra R$ 166,5 bi de 2014. Por outro lado, a dívida total bruta do setor atingiu R$ 147,4 bi no fechamento de 2015, o maior valor desde 2009. Em 6 anos, a dívida do setor aumentou 85,6%. Na comparação com 2014 (R$ 129,8 bi), o endividamento das empresas so setor cresceu 13,5%. A Eletrobras é a empresa com o maior estoque de dívida do setor com R$ 48,2 bi, ou 32,7% do total do setor, o que representa crescimento de 15,8% com relação ao ano de 2014. A Cemig tem 10,28% do estoque de dívida do setor. Receita A Eletrobras foi a empresa com maior volume de vendas no ano passado, com receita de R$ 32,5 bi, o que representa 17,5% do total registrado pelo setor. A Cemig com 11,4% é a segunda da amostra. Das 24 empresas da amostra, 4 tiveram queda no faturamento: Cesp, Eneva, Geração Paranapanema e Ceee-GT (Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica, do RS). O setor elétrico, entretanto, registrou prejuízo líquido no ano passado. A soma dos resultados das 24 empresas totalizaram uma perda líquida total de de R$ 2,22 bi. Em 2014, as companhias tinham registrado um lucro líquido de R$ 9,56 bi. Somente a Eletrobras registrou em 2015 um prejuízo de R$ 14,44 bi – o maior prejuízo da história das empresas de capital aberto do setor e o décimo maior da história das empresas de capital aberto brasileiras, segundo a Economatica. A Cemig, mesmo com a queda de lucro em 2015 de 20,6% com relação a 2014, é a empresa com o melhor resultado em 2015 com R$ 2,49 bi. Da amostra doze empresas tiveram crescimento de lucro em 2015 com relação a 2014. (G1 – 14.04.2016)

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2 Recuo de 26,8%: Valor de mercado das empresas do setor elétrico fecha 2015 em 117,8 bi

Em valor de mercado, o valor das empresas na bolsa fechou dezembro de 2015, com R$ 117,8 bi. Entre 2011 e 2016 houve queda de R$ 48 bi ou recuo de 26,8%. Em 2016 o setor registra R$ 131,4 bi, crescimento de 11,6% com relação a dezembro de 2015. A Tractebel é atualmente a empresa com maior valor de mercado do setor, com R$ 23,8 bi em 12 de abril 2016. (G1 – 14.04.2016)

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3 Futuro presidente da CPFL prevê novo ciclo de aquisições no setor

A CPFL Energia está preparada para entrar em um novo ciclo de consolidação por meio de aquisições e também de crescimento orgânico, segundo André Dorf, executivo que assumirá a presidência da companhia em julho, no lugar de Wilson Ferreira Jr. De acordo com Dorf, o movimento de aquisições, desde que criem valor e estejam de acordo com o retorno adequado para a empresa, pode ocorrer nos segmentos de geração e distribuição. "A empresa está preparada para um novo ciclo de consolidação por aquisições e de crescimento orgânico", disse Dorf. Segundo ele, o movimento de aquisições é uma das rotas de criação de valor para o grupo. A outra, explicou, tem sido a eficiência e a excelência operacional. Segundo Ferreira Jr, a companhia reduziu em 24% os custos operacionais nos últimos três anos. "Todos estamos muito atentos aos desdobramentos do cenário político e econômico do país. Mas é uma situação dicotômica. A companhia está em um momento interessante e tomou medidas para sair melhor do que entrou na crise [econômica do país]", completou Dorf. Com 43 anos de idade, Dorf, que respondia pela presidência da CPFL Renováveis, vai trabalhar em conjunto com Ferreira Jr até 1º de julho, durante o processo de transição. Ferreira Jr, que estava no comando do grupo CPFL há 18 anos, afirmou que a substituição foi "natural, planejada e sem ruptura". Segundo ele, a mudança faz parte do plano de sucessão da energética. "Era algo já pensado na companhia", disse ele, acrescentando que dois vice--presidentes da empresa assumiram os cargos de acordo com o plano de sucessão. Segundo Ferreira Jr, a troca no comando da empresa poderia ter acontecido antes. Mas a companhia decidiu fazer a mudança somente após terminar o período mais crítico do setor, incluindo a escassez de chuvas e o impasse sobre o risco hidrológico. "Passamos por momentos difíceis e que foram bem sucedidos", afirmou. Ferreira Jr, de 57 anos, contou que, quando terminar o período de transição, ele irá se dedicar à carreira de participação em conselhos de administração. O executivo já integra os conselhos da CPFL Renováveis (do qual é presidente) e da fabricante de motores WEG. Ele também deverá prestar consultoria à CPFL, além de presidir o conselho de administração da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib). (Valor Econômico – 15.04.2016)

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4 Com investimentos de R$ 30 mi, Celpe inicia operação de duas subestações

A Celpe (PE) coloca em operação nesta quinta-feira, 14 de abril, as Subestações Santa Cruz e Serrita, que ficam respectivamente a 530 e 680 km do Recife. Os dois empreendimentos vão ampliar a oferta de energia na região a partir de pontos estratégicos. Com investimentos de aproximadamente R$ 30 mi, as novas unidades, juntas, atenderão a uma população de cerca de 80 mil habitantes. Em Santa Cruz, a nova subestação tem capacidade instalada de 12,5 MVA e recebeu um dos maiores investimentos da concessionária entre as unidades que estão sendo inauguradas. Foram aplicados R$ 18,5 mi em obras e equipamentos que permitirão assegurar a qualidade do fornecimento de energia na região. Ao todo, serão beneficiados cerca de 50 mil habitantes. Além do município de Santa Cruz, também serão atendidos os municípios de Ouricuri, Trindade, Santa Maria da Boa Vista e Santa Filomena. Para permitir o suprimento dessa subestação, a Celpe construiu uma linha de transmissão de 138 kV, com 55 km de extensão, e instalou quatro alimentadores de 13,8kV. A Subestação de Serrita também tem capacidade instalada de 12,5 MVA. A unidade recebeu investimentos de R$ 10,5 mi e atenderá a mais de 30 mil habitantes da cidade e também dos municípios de Salgueiro, Moreilândia e Cedro. Para colocar a subestação em atividade, a distribuidora construiu uma linha de transmissão de 138 kV, com 31 km de extensão, e instalou quatro alimentadores de 13,8kV. Em fevereiro, a Celpe também inaugurou a Subestação Vertentes, reforçando o atendimento a cerca de 70 mil habitantes. Na nova unidade do Agreste, foram investidos R$ 8,5 mi e construída uma linha de transmissão de 69 kV, com 14 km de extensão, entre as cidades de Toritama e Vertentes. Além do município de Vertentes, a subestação atende também aos municípios de Toritama, Taquaritinga do Norte, Frei Miguelinho e Santa Maria do Cambucá. (Agência CanalEnergia – 14.04.2016)

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5 MT, TO e MS vão receber R$ 1,05 bilhão em investimentos da Energisa em 2016

A Energisa anunciou investimentos de R$ 1,5 bi em 2016. Desse total, cerca de 70% do montante ou R$ 1,05 bi, será destinado aos estados do MT, MS e TO, onde estão distribuidoras adquiridas da Rede Energia. De acordo com a empresa, os estados são de fronteira agrícola com forte tendência ao aumento no consumo de energia elétrica nos próximos anos e os investimentos vão garantir uma maior oferta de energia e fornecimento com mais qualidade e estabilidade. Está previsto ainda um investimento da ordem de R$ 62 mi para regularização, blindagem, telemedições e outras ações contra o furto de energia. O objetivo é reduzir as perdas de energia do grupo. A Energisa pretende manter a eficiência no combate as perdas não técnicas. O consumo de energia nas 13 distribuidoras do grupo, que estão em nove estados do país, teve aumento de 19,8%, alcançando 32.656,1 GWh de energia total comercializada. Segundo e Energisa, a aquisição das distribuidoras pertencentes a Rede Energia em 2014 foi o fator primordial para isso. Em 2015, a empresa aumentou o lucro em 15,3% na comparação com 2014. (Agência CanalEnergia – 14.04.2016)

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6 Brookfield faz leilão para compra de energia elétrica

A Brookfield está com uma chamada pública aberta para compra de energia elétrica no ACL para o período entre 1º de julho de 2016 e 31 de dezembro de 2018. No leilão, serão oferecidos quatro produtos: o primeiro com período de suprimento de 1º de julho a 31 de dezembro de 2016; o segundo para 1º de julho de 2016 a 31 de dezembro de 2018; o terceiro para o período de 1º de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2017; e o quarto, de 1º de janeiro de 2018 a 31 de dezembro de 2018. Para todos os produtos, o ponto de entrega é o submercado Sudeste/Centro-Oeste e a energia precisa ser de fonte convencional. O processo acontecerá no dia 25 de abril. A Brookfield irá definir um "preço reserva", que não será divulgado aos proponentes vendedores habilitados para o certame, e as ofertas superiores a este valor não serão aceitas. Os vencedores celebrarão contrato com a empresa até o próximo dia 29 de abril. Os interessados tem até às 18h do dia 19 de abril para enviar os documentos para a habilitação. O resultado da habilitação sai no dia 20 de abril. A proposta de venda poderá ser entregue até às 11h do dia 25 de abril e o resultado sairá até às 12h do mesmo dia. (Agência CanalEnergia – 14.04.2016)

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Leilões

1 GeoGoup parabeniza Aneel por leilão de transmissão

Felipe Fedalto, diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios do GeoGoup, parabenizou o trabalho feito pela Aneel, pois a redução do tamanho dos projetos permitiu que sua empresa participasse e arrematasse o lote X com um deságio de 11,36% sobre a RAP máxima. “A existência de lotes em menor proporção permitiu que epecistas, especialistas em linhas de transmissão e subestações como nós participassem também como concessionário. É caminho certo a ser seguido, e certamente vão ter novas empresas médias como nós participando, trazendo competitividade ao leilão”, comentou. (Agência CanalEnergia – 14.04.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Números dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do Nordeste e do Sudeste/Centro-Oeste não apresentaram variação diária na última quarta-feira (13/4), mantendo o mesmo nível de armazenamento do dia anterior. Os lagos das hidrelétricas do Norte tiveram discreta alta (0,1 ponto percentual), enquanto que no Sul, a queda no armazenamento ficou em 0,2 pontos percentuais. (Agência Brasil Energia – 14.04.2016)

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2 Consumo de energia salta nas primeiras semanas de abril: 9,4%

O consumo de energia teve alta de 9,4% nos primeiros 12 dias de abril, na comparação anual, com 63.594 MW médios, segundo dados prévios da CCEE divulgados nesta quinta-feira (14/4). O mercado cativo registrou uma elevação olímpica de 13,2%, considerando o que vinha sendo registrado ao longo das últimas prévias, enquanto que o mercado livre apresentou queda de 2,1%. As altas temperaturas em parte do país, associadas à uma base de comparação mais baixa, pode ter motivado o percentual mais elevado. No mercado livre, o setor químico registrou a maior queda, de 8,9%, enquanto que os segmentos de alimentos, bebidas e comércio verificaram altas de, respectivamente, 16,2%, 11,4% e 16,9%. Na geração, a alta nos primeiros 12 dias de abril também foi de 9,4% na comparação com o mesmo mês em 2015. As eólicas tiveram alta de 110,1% na produção de energia, para 2.529 MW médios, ainda de acordo com a CCEE. (Agência Brasil Energia – 14.04.2016)

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Meio Ambiente

1 CEBDS fecha parceria para debater títulos verdes

O CEBDS firmou um acordo com a agência alemã de cooperação GIZ e com o banco sueco SEB para impulsionar o debate sobre green bonds, títulos de dívida cujos recursos captados sejam aplicados em projetos sustentáveis, como energia limpa, no Brasil. A entidade cita dados da Climate Bonds Initiative segundo os quais o mercado de títulos verdes registrou em 2014 US$ 36,6 bi emitidos, o triplo do emitido em 2013 (US$ 11 bi). Para a presidente do CEBDS, Marina Grossi, o mercado de green bonds tem grande potencial de crescimento no país e que atualmente é um bom momento, mesmo sob crise, para começar a preparar as empresas para uma futura emissão de títulos quando a economia retomar o crescimento. (Agência Brasil Energia – 14.04.2016)

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Energias Renováveis

1 Suape exporta pás eólicas da LM Wind Power para EUA

O Porto de Suape, em Pernambuco, está exportando 51 pás eólicas para os Estados Unidos. A GE comprou os equipamentos construídos pela LM Wind Power e negociou com representantes do EUA. Em seguida, a GE contratou os serviços da Localfrio Suape para comandar o processo de armazenamento das cargas e de logística para a exportação das pás. Os equipamentos pesam o equivalente a 627 t em volume de carga e cada lâmina chega a medir entre 40 a 70 m. Para Suape, a novidade representa um ganho significativo nas movimentações. De acordo com Paulo Coimbra, diretor de gestão Portuária do Complexo, operações como essa são possíveis porque o Porto de Suape conta com boa infraestrutura portuária. Segundo ele a união de diversos atores na operação como a mão-de-obra oferecida pelo Órgão Gestor de Mão de Obra do Porto de Suape e o acesso fácil ao Porto, também contribuem. Segundo Ricardo Oshiro, superintendente da Localfrio Suape, a situação cambial, desfavorável para as importações, vem favorecendo muito a exportação de produtos brasileiros. Em 2015, o Porto de Suape embarcou 1 milhão de toneladas de cargas para a exportação. Os países que mais receberam cargas embarcadas em Suape foram Antilhas Holandesas, Holanda, Argentina, Itália e Espanha. (Agência CanalEnergia – 14.04.2016)

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2 MVC cria processo para fabricar grandes peças plásticas para eólicas

A MVC desenvolveu um novo processo para fabricação de peças de aerogeradores. A empresa, especializada na produção de componentes plásticos, desenvolveu um processo denominado RTM Skin, que permite a produção de componentes de grande porte, como as carenagens utilizadas nas nacelles dos aerogeradores. De acordo com a companhia, o novo processo já está sendo utilizado na produção de componentes para aerogeradores da Gamesa. Os materiais utilizados nas peças são tecidos de fibra de vidro, núcleos, resina ortoftálica e gel coat isoftálico. A MVC é controlada pela empresa de produtos químicos Artecola e pela Marcopolo, encarroçadora de ônibus urbanos e rodoviários. (Agência Brasil Energia – 14.04.2016)

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3 BP Biocombustíveis amplia usina de etanol Itumbiara

A subsidiária de biocombustíveis da petroleira BP concluiu a ampliação de sua usina produtora de etanol no município de Itumbiara, em Goiás. A planta passou de 600 mil litros/dia para 900 mil L/dia de etanol. A ANP autorizou na última reunião de diretoria a operação comercial da nova planta. A BP Biocombustíveis tem também outras duas usinas de cana-de-açúcar, uma no município de Edéia, em Goiás, e outra em Ituiutaba, MG. Em 2015, as vendas de etanol hidratado cresceram 37,5% em relação ao ano anterior, totalizando 17,86 bilhões de litros. Já os combustíveis fósseis apresentaram movimento oposto no período, com queda de 7%, para a gasolina, e 5%, para o óleo diesel. (Agência Brasil Energia – 14.04.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Consumo de gás pela indústria tem ligeira queda em fevereiro

O consumo de gás natural pelo setor industrial encerrou fevereiro com a marca de 40,29 milhões de m³/dia, alta de 1,72% na comparação com janeiro. A média parcial do ano ficou em 39,94 milhões de m³/dia, 8,42% abaixo da totalizada em 2015. Os dados são do Boletim Mensal de Acompanhamento da Indústria de Gás Natural, do MME, divulgados nesta quinta-feira (14/4). Na geração de energia, fevereiro fechou com demanda de 36,40 milhões de m³/dia, 7,89% abaixo do totalizado em janeiro. Na média parcial do ano, o volume demandado ficou em 38,01 milhões de m³/dia, contra 45,90 milhões de m³/dia da média de 2015, o que evidencia o desligamento de usinas com custo de combustível superior a R$ 211/MWh. A demanda total de gás natural no país em fevereiro fechou em 86,47 milhões de m³/dia, 1,93% abaixo do apurado em janeiro. A média do ano até fevereiro ficou em 87,35 milhões de m³/dia, 11,44% abaixo da média do ano passado. O documento destacou ainda a produção nacional recorde de 101,2 milhões de m³/dia, 4% acima do apurado um mês antes, e redução de importação de gás em 11,3%, devido à menor regaseificação de GNL, que passou de 14,0 milhões de m³/dia em janeiro para 10,0 milhões de m³/dia em fevereiro. (Agência Brasil Energia – 14.04.2016)

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Grandes Consumidores

1 Thyssenkrupp quer papel ativo em quaisquer fusões de siderurgia

A maior siderúrgica alemã, a Thyssenkrupp, quer ter um papel em quaisquer consolidações no mercado de aço europeu, que está sendo afetado pelo excesso de capacidade de produção e pela perspectiva de demanda fraca, disse seu presidente executivo, Heinrich Hiesinger. — Dissemos claramente que consideramos uma consolidação como um passo sensato e apropriado em direção a uma solução. E se essas soluções são possíveis, teremos um papel ativo a partir de uma posição de força — disse ele a jornalistas. — Se, quando e com quem uma consolidação pode ocorrer ainda está completamente obscuro hoje — disse em comentários divulgados nesta sexta-feira. A decisão da Tata Steel de vender suas operações britânicas aumentou as expectativas de que um impasse entre siderúrgicas europeias, cada uma indisposta em tomar o primeiro passo, pode finalmente ser rompido. (O Globo – 15.04.2016)

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Economia Brasileira

1 Em 12 meses, PIB acumula queda de 4,1%, diz FGV

O PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, acumulava, em fevereiro deste ano, queda de 4,1% em um período de 12 meses. É a 14ª taxa negativa, de acordo com o Monitor do PIB divulgado nesta sexta-feira pela FGV. O PIB teve, em fevereiro, recuo de 1,79% na comparação com janeiro deste ano e de 3,7% na comparação com fevereiro do ano passado. A economia também acumulou perda de 1,1% no trimestre encerrado em fevereiro, em comparação com o trimestre encerrado em novembro de 2015, informou a FGV. Na taxa acumulada em 12 meses, sete das 12 atividades produtivas pesquisadas tiveram queda, com destaque para a variação negativa de indústria de transformação (-10%), comércio (-9,3%) e construção (-7,1%). Cinco atividades tiveram alta neste período: agropecuária (1,2%), indústria extrativa mineral (1,7%), eletricidade (0,3%), intermediação financeira (0,2%) e serviços imobiliários (0,4%). Em termos de demanda, o pior resultado foi observado na formação bruta de capital fixo, ou seja, os investimentos, com queda de 15%. O consumo das famílias recuou 4,3% e o consumo de governo, 0,8%. As exportações acumulam alta de 9% e as importações, queda de 16%. (O Globo – 15.04.2016)

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2 Demanda afeta preços e derruba IGPs em abril

O enfraquecimento da demanda interna, aliado a dólar mais fraco e alimentos mais baratos, levaram à desaceleração do IGP-1, de 0,58% para 0,40% entre março e abril. Para o superintendente adjunto de Inflação da FGV, Salomão Quadros, esses efeitos devem contribuir para diminuir o avanço da inflação pelo menos até o fim do mês. Isso fará com que os IGPs em abril se posicionem na faixa de 0,40%. A alta de preços cedeu tanto no atacado quanto no varejo. No primeiro caso, o IPA subiu 0,35% em abril, de 0,56% em março. O IPA de produtos agropecuários saiu de alta de 1,78% para 1,07% e o de produtos industriais, de alta de 0,06% para 0,05%. No varejo, o IPC cedeu de 0,61% para 0,43%, com seis de suas oito classes de despesa registrando taxas mais baixas. No caso do atacado, a menor demanda devido ao atual ambiente recessivo levou a uma taxa de inflação menor nos bens finais (de 1,45% para 0,77%), destaque de desaceleração no setor atacadista. Somente neste segmento, a inflação dos bens duráveis cedeu de 0,71% para 0,50% entre março e abril, completou o técnico. (Valor Econômico – 15.04.2016)

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3 Mercado eleva projeção de déficit em 2016

A projeção do mercado para o déficit primário do governo central em 2016 passou de R$ 79,47 bi para R$ 100,45 bi, de acordo com mediana das estimativas de analistas consultados pelo governo. Com a nova estimativa, o número ficou ainda mais distante da meta do Executivo, de superávit de R$ 24 bi. Os números são do relatório mensal Prisma Fiscal, que reúne expectativas de mercado coletadas pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda sobre as principais variáveis fiscais. Consultorias e instituições financeiras, como bancos e corretoras, participam das previsões. O governo já anunciou que planeja enviar ao Congresso um projeto para alterar a meta fiscal de 2016 de superávit de R$ 24 bi para superávit de R$ 2,7 bi. Além disso, a proposta cria um abatimento no caso de receitas frustradas e outros itens, o que criaria autorização para um déficit de R$ 96,65 bi, o equivalente a 1,55% do PIB. Ou seja, mesmo com a alteração, as previsões do relatório indicam descumprimento da meta fiscal em 2016. A mediana de estimativas para a arrecadação federal em 2016 caiu de R$ 1,285 tri - no relatório divulgado em março - para R$ 1,278 tri. (Valor Econômico – 15.04.2016)

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4 PLDO de 2017 deve prever alta de 1% do PIB

Num cenário em que todas as atenções se voltam à votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no plenário da Câmara dos Deputados, a equipe econômica encaminha hoje ao Congresso Nacional a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias para o ano que vem. Segundo uma fonte ouvida pelo Valor, a proposta deve constar a expectativa de um crescimento econômico de, pelo menos, 1% no próximo ano. O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, tem dito esperar crescimento em 2017, após dois anos de retração econômica. A previsão de expansão de 1% do PIB é mais otimista do que está previsto no boletim Focus, do BC, que estima expansão do PIB de 0,30%. Com a possibilidade, caso seja aprovada pelo Congresso, de fechar este ano com um déficit primário do governo central de R$ 96,65 bi, a tendência é que o governo tente apenas em 2017 reduzir esse resultado negativo. Sem reformas, como a da Previdência Social para reduzir despesas, e um crescimento ainda aquém do desejado, não está descartada a possibilidade de se fixar uma meta de superávit primário próxima de zero e prevendo abatimento no valor, como tem circulado, por volta dos R$ 50 bi. Diante do cenário político, a divulgação desses números perde um pouco a força. A perseguição de uma meta de superávit primário também dependerá de uma definição sobre quem estará presidindo o país e também se o atual ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, será mantido no cargo. Enquanto não há uma definição clara sobre o assunto, o clima na equipe econômica é de desânimo, apesar de tentar mostrar, com algumas ações, que o governo não está totalmente paralisado. (Valor Econômico – 15.04.2016)

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5 BNDES melhora condições de crédito de linhas para exportação

O BNDES anunciou melhoras nas condições de crédito das linhas do tipo Exim Pré-Embarque, destinadas a empresas que produzem para exportar, com redução de juros de entre 11,13% e 15,75% ao ano para entre 9,1% e 11,53% ao ano. Além disso, foi criada nova linha direcionada a produtos inovadores com potencial para ser vendidos no exterior. Segundo o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, a composição das novas taxas de juros das linhas Exim Pré-Embarque inclui a TJLP, atualmente em 7,5% ao ano, mais custos de spread (diferença entre o custo da captação de recursos e o valor cobrado ao conceder empréstimo). No caso das modalidades produção de bens de capital e micro, pequenas e médias empresas, o custo básico é todo baseado na TJLP, o que permitiu reduzir o valor do spread. O governo estima que, com as novas condições, a demanda por crédito das linhas Exim Pré-Embarque tenha potencial para atingir este ano R$ 15 bi, contra previsão inicial de R$ 4 bi. De acordo com Luciano Coutinho, o aumento estimado na tomada de crédito será financiado apenas com alocação de recursos. “São recursos do orçamento normal do banco. Não tem recurso novo. O que estamos fazendo é usar da maneira mais eficiente os recursos disponíveis.” Com a nova configuração, as condições do crédito para a indústria exportadora passam a ser: juros de 9,1% ao ano e prazo de até 36 meses para empresas inovadoras, juros de 9,1% ao ano e prazo de até 30 meses para micro, pequenas e médias empresas, juros de 9,5% ao ano e prazo entre 24 e 30 meses para bens de capital, juros de 11,53% ao ano e prazo de até 24 meses para bens de consumo e, por fim, juros de 15,75% ao ano e prazo até 24 meses para bens especiais e serviços. (Agência Brasil – 14.04.2016)

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6 Confiança da indústria cai para 36,2 pontos em abril, aponta CNI

A confiança do empresário industrial, medida pela CNI, voltou a cair e atingiu 36,2 pontos em abril. Segundo a entidade, o índice interrompeu a trajetória de crescimento dos últimos meses. Pela métrica do indicador, valores abaixo de 50 pontos indicam pessimismo dos empresários. O número deste mês está 1,2 ponto abaixo do patamar de março, quando o índice alcançou 37,4 pontos; e 2,3 pontos abaixo de abril do ano passado, quando registrou 38,5 pontos. A queda mais acentuada ocorreu entre as pequenas empresas. O Icei entre estes empresários passou de 36,1 para 34,5 pontos, recuando para o menor nível da série. Os empresários de companhias médias também ficaram mais pessimistas em abril, com Icei recuando de 36,5 para 35 pontos. E o indicador de confiança das grandes companhias passou de 38,4 para 37,6 pontos. A pesquisa ouviu 2.713 empresas, sendo 1.042 de pequeno porte, 1.053 de médio porte e 618 de grande porte. A coleta ocorreu de 1º a 13 de abril de 2016. (Valor Econômico – 14.04.2016)

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7 Dólar ontem e hoje

Hoje, o dólar comercial subia 1,25%, para R$ 3,5211. Na quinta-feira, o dólar comercial fechou praticamente estável, em ligeira alta de 0,05% a R$ 3,4776. (Valor Econômico – 15.04.2016 e 14.04.2016)


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Internacional

1 Maduro anuncia mudança de fuso horário para enfrentar emergência elétrica

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira novas medidas que incluem a mudança do fuso horário e sanções a alguns shoppings para enfrentar a emergência elétrica do país ocasionada pela seca a fim de evitar "um duro racionamento"."Vou modificar o fuso horário da Venezuela a partir do dia 1º de maio para somar na economia elétrica do país. Isso será uma medida que explicarei nos próximos dias, masfaz parte da soma de medidas para superar esta situação", disse o presidente no palácio de governo. Esta decisão faz parte de um plano anunciado pelo Executivo durante as últimas semanas para enfrentar a emergência elétrica que assola o país como resultado da seca ocasionada pelo fenômeno climático "El Niño". O chefe de Estado venezuelano afirmou, além disso, que deu a ordem às autoridades para aplicar medidas "drásticas" contra os shoppings que não atenderam a ordem presidencial de gerar sua própria energia durante pelo menos nove horas diárias. "Chegou a hora em que temos que tomar uma medida drástica de racionamento sobre 15 shoppings do país que não cumpriram a ordem", declarou. Há mais de uma semana Maduro ordenou que os trabalhadores públicos não trabalhassem às sextas-feiras para fazer uma contribuição adicional à economia de energia. Nesta quinta-feira, o presidente venezuelano desprezou as críticas contra essa medida assegurando que ela tem um impacto grande na economia de energia. (O Estado de São Paulo – 14.04.2016)

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2 Maduro diz fazer "um esforço gigantesco"

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, também declarou que decidiu decretar o dia 18 de abril, segunda-feira, como "não laboral" para todos os trabalhadores do país, e emendar com o dia 19 que já era feriado para comemorar a assinatura da ata de independência. Maduro comentou que está fazendo "um esforço gigantesco", pois a seca dos dois últimos anos "foi brutal", afetando gravemente à represa de El Guri, que abastece a maior hidrelétrica do país, responsável por 70% da geração e, após o impacto de "El Niño", se encontra em níveis críticos. "Estamos defendendo agora a represa de El Guri, diariamente, hora por hora. Não quero dramatizar, nunca farei isso, nunca fiz, mas todos os dias estou pedindo a ajuda de vocês, famílias da Venezuela", salientou. Maduro comentou ainda que seu governo tomou muitas decisões que teve "de fazer em silêncio", porque "senão vem o império e a embaixada gringa e as sabota", em referência aos Estados Unidos. Por fim, pediu o apoio dos venezuelanos nesta etapa de emergência para diminuir o consumo residencial elétrico, que, segundo ele, "é o mais alto da América Latina e o Caribe". Os níveis de consumo dos venezuelanos foram justificados pelo próprio chefe de Estado venezuelano, que lembrou que a eletricidade na Venezuela "é praticamente de graça", e embora tenha dito que "chegará o momento" de aumentar as tarifas, ressaltou que este dia "ainda não chegou". (O Estado de São Paulo – 14.04.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo Mattos, Gustavo Batista, Lucas Netto, Livia Moreira, Müller Nathan Rojas.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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