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IFE: nº 4.065 - 05 de abril de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Consumo menor contribui para adoção de bandeira verde nas contas de luz
2 GESEL: redução do consumo de energia do setor industrial contribuiu para reserva alta
3 Eduardo Braga segue no cargo e diz que saída do PMDB do governo foi precipitada
4 PL quer fixar critérios socioambientais para produção de biocombustíveis
5 Plenário da Câmara pode analisar projeto suspendendo ato da Aneel sobre cálculo da CVA

Empresas
1 Eletrobras será seletiva no próximo leilão de linhas de transmissão
2 Eletrobras não vai a mercado este ano
3 Sobrecontratação de distribuidoras terá custo bilionário
4 Governo impõe ultimato à Abengoa
5 Celg D tem pelo menos três interessados
6 S&P reafirma rating de emissão de R$ 700 mi da Santo Antônio Energia
7 Nova direção do grupo AES manterá rumo atual da empresa
8 AES: preço do leilão A-5 foi pequeno ante o cenário econômico atual

9 CPFL Renováveis obtém financiamento do BNDES para 231 MW de eólicas no ACL

10 Distribuição de dividendos e JCP nas empresas do setor chega a R$ 7,44 bi

11 SoEnergy: recondicionamento para reduzir consumo

Leilões
1 Apesar da crise, governo mantém leilão de transmissão do dia 13

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Números dos reservatórios pelo Brasil
2 Capacidade nacional de geração cresce 357 MW em fevereiro, informa MME
3 Itaipu bate recorde de geração e ultrapassa a marca de 25 milhões de MWh no 1º tri

4 BBCE atinge R$ 3 bi em negócios no Brasil

Energias Renováveis
1 Enel investe US$ 175 mi em usina solar na Bahia
2 Enel Green Power inicia construção de 158 MW solares
3 Zettawatt quer implantar eólicas em aeroportos

4 Vestas Brasil fornecerá turbinas para seis parques eólicos

5 Renova rescinde repasse de três PCHs para SunEdison

6 Parque eólico de Aracati obtém licença para início das operações

Gás e Termelétricas
1 Entidade aponta entraves para expansão do gás natural
2 Instituto Acende Brasil: ampliação do parque gerador terá que considerar seis atributos no futuro
3 Produção de gás cresce 0,5% em fevereiro, segundo ANP
4 Produção de gás e petróleo no pré-sal cresce 6% em fevereiro, diz ANP
5 UTE Destilaria Melhoramentos poderá dar início à operação comercial
6 INB finaliza produção da 22ª carga de combustíveis de Angra 1

Grandes Consumidores
1 Vale vende fatia de 26,87% na CSA para sócia alemã ThyssenKrupp

Economia Brasileira
1 Confiança melhora em março, mas ainda segue baixa entre as MPEs
2 Inadimplência cresce com crise do emprego

3 Para Pires, PIB potencial sobe com mudança
4 Projeção para o IPCA cai pela quarta vez seguida
5 IPCFipe acelera para 0,97% no fechamento de março
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina: Pequenas e médias empresas recebem novas faturas de luz com aumentos de até 600%
2 Colômbia: Santos descarta racionamento de energia
3 Paraguai: Criação de novo marco regulatório é urgente para garantir o serviço
4 Peru: Quatro parques eólicos operam no país
5 Peru: Identificado potencial eólico nacional

6 Peru: Produção de energia aumenta 14% em fevereiro

7 Uruguai: UTE obteve lucro de US$ 264 milhões em 2015

8 Comissão Europeia planeja novo desenho de mercado elétrico único

9 Fusão ente Acciona e Nordex é autorizada


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Consumo menor contribui para adoção de bandeira verde nas contas de luz

A redução do consumo de energia, principalmente pelas indústrias, foi um dos fatores que contribuíram para a decisão do governo de adotar a bandeira tarifária verde nas contas de luz em abril. Isso porque, com menos demanda, não é preciso acionar as termelétricas, que produzem energia mais cara que as usinas hidrelétricas. Segundo a Aneel, a adoção da bandeira verde foi definida levando em conta três fatores: o aumento de energia disponível com a redução da demanda, a adição de novas usinas ao sistema elétrico brasileiro e o aumento das chuvas no período úmido, que fez com que o nível dos reservatórios das hidrelétricas ficasse maior. O nível dos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que concentram cerca de 70% da capacidade de armazenamento do país, está atualmente em 58,6%, bem acima dos 33,54% registrados em abril do ano passado. O consumo de energia elétrica no Brasil caiu 5,1% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com a EPE, a redução foi puxada pela demanda do setor industrial, que caiu 7,2% no período. O consumo residencial fechou fevereiro com queda de 3,2%. Na avaliação da EPE, o quadro de crédito restritivo, além da perspectiva de aumento do desemprego e retração da renda, tem levado o consumidor a adotar um comportamento mais cauteloso. (Agência Brasil – 05.04.2016)

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2 GESEL: redução do consumo de energia do setor industrial contribuiu para reserva alta

Para o professor Nivalde de Castro, coordenador do GESEL/UFRJ, o principal fator para a decisão do governo de adotar a bandeira verde neste mês foi o aumento do nível dos reservatórios das hidrelétricas. Ele ressalta, no entanto, que a redução do consumo de energia do setor industrial também contribuiu para essa reserva ficar alta. “Então, ajudou na tomada de decisão do governo [a redução do consumo industrial]. Mas [o principal motivo é que] está chovendo muito, os reservatórios estão cheios, então o governo resolveu dar um alívio nas tarifas”, diz. Castro alerta que nos próximos meses começa o período de seca na maior parte do país e, se não chover, o governo poderá acionar novamente as bandeiras tarifárias amarela ou vermelha para manter o equilíbrio financeiro das distribuidoras. “Isso pode acontecer e vai depender do nível dos reservatórios, da segurança. A partir de maio, historicamente chove menos. Tem que ter uma reserva de energia para o ano que vem”, acrescenta. (Agência Brasil – 05.04.2016)

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3 Eduardo Braga segue no cargo e diz que saída do PMDB do governo foi precipitada

A reunião que definiu a saída do PMDB do governo, em 29 de março, foi precipitada e não deveria ter ocorrido naquela data, disse o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, que é filiado ao PMDB do Pará e permanece no cargo, apesar da decisão do partido de entregar os cargos que ocupa na administração federal. Após uma reunião com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, Braga disse que continuará trabalhando como ministro para “servir ao país”. O ministro não comentou a ameaça de sofrer punições do PMDB. Apenas disse que divergências são normais na história do partido. Sobre a possibilidade de redução dos preços dos combustíveis, Braga disse que desconhece quaisquer discussões em torno do tema e que não poderia passar informações. A Petrobras publicou nota em que nega a intenção de baratear a gasolina e o óleo diesel nas refinarias. (Agência Brasil – 04.04.2016)

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4 PL quer fixar critérios socioambientais para produção de biocombustíveis

Tramita no Senado Federal o projeto de lei que estabelece critérios socioambientais para a produção de biocombustíveis. O texto está na pauta da Comissão de Serviços de Infraestrutura e deverá ser analisado nesta quarta-feira (6/4). O Projeto de Lei do Senado (PLS) 388/2009, do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), traz uma série de exigências ambientais, sociais e técnicas para a cadeia de produção de biocombustível. Entre elas, as usinas de produção dos insumos estarão aptas a produzir apenas após a emissão de licença ambiental e certificação do Inmetro. Além disso, elas deverão operar segundo acordos, tratados e convenções internacionais do setor, dos quais o Brasil seja signatário. A matéria foi apresentada em setembro de 2009. Após análise pela Comissão de Infraestrutura, o projeto segue para as comissões de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, ainda sem data prevista para apreciação. (Agência Brasil Energia – 04.04.2016)

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5 Plenário da Câmara pode analisar projeto suspendendo ato da Aneel sobre cálculo da CVA

Já está pronto para voto no Plenário da Câmara dos Deputados o Projeto de Decreto Legislativo que suspende os efeitos de ato da Aneel, que negou o ressarcimento a consumidores do erro de cálculo da CVA que elevou as tarifas de energia elétrica entre 2002 e 2009. Durante a CPI das Tarifas de Energia Elétrica, foi revelado que a metodologia de reajuste tarifário dos contratos das distribuidoras de energia elétrica rendeu a elas o recebimento ilegal de um valor em torno de R$ 1 bi por ano, com valor total de R$ 8 bi. O texto já está em regime de urgência desde fevereiro de 2014, com isso, pode ser analisado pelo Plenário. Essa mesma proposta já foi rejeitada na Comissão de Minas e Energia, em julho de 2015, e aprovada pela Comissão de Defesa do Consumidor em dezembro de 2012. Ainda falta o parecer de duas comissões: Finanças e Tributação e Constituição e Justiça, que podem ser apresentados no Plenário por causa da urgência. Para o TCU uma revisão posterior da metodologia do cálculo já solucionou o problema e a Aneel reafirma que os consumidores prejudicados devem buscar a justiça. (Agência CanalEnergia 04.04.2016)

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Empresas

1 Eletrobras será seletiva no próximo leilão de linhas de transmissão

A Eletrobras será restritiva em relação ao próximo leilão de linhas de transmissão da Aneel, marcado para 13 de abril. Segundo o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Armando Casado, a estatal vai avaliar caso a caso para decidir se disputará ou não algum lote. "Estamos sendo muito restritivos. Vamos olhar caso a caso", disse o executivo, em entrevista sobre o resultado em 2015 Apimec Rio, entidade de analistas e profissionais do mercado de capitais. Casado explicou que a companhia não pode deixar de analisar novos investimentos, mas ressaltou que a empresa será mais cautelosa com relação a novos negócios, devido a situação econômico-financeira atual do grupo. Sobre o leilão da goiana Celg D, da qual a estatal tem 50,9% de participação (em parceria com o governo goiano), o diretor contou que há mais de três empresas interessadas no negócio. Segundo ele, entre os interessados estão companhias nacionais e estrangeiras. O executivo reafirmou que a companhia prevê que a venda da Celg D seja concluída até o fim do primeiro semestre. Sobre o risco de a incerteza no cenário político afetar a realização ou o sucesso do leilão, ele disse não acreditar nessa possibilidade e afirmou que o mais importante é a conjuntura de mercado e haver empresas interessadas. "O leilão tem vida própria". (Valor Econômico – 05.04.2016)

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2 Eletrobras não vai a mercado este ano

O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobras, Armando Casado, também contou que a empresa não pretende acessar o mercado financeiro este ano para cumprir seu programa de investimentos. "A Eletrobras não vai a mercado este ano". O orçamento aprovado para a estatal este ano é de R$ 13,2 bi. Segundo o diretor, porém, historicamente, a companhia cumpre entre 70% e 80% do total previsto no orçamento. Ele disse que a proposta de capitalização das distribuidoras da estatal, com recursos da União para futura venda dos ativos, está mantida. E falou que desconhece a informação de que o MME teria cortado o valor dos investimentos e que o aporte previsto continua em torno de R$ 7 bi. Ontem, em Brasília, o ministro Eduardo Braga voltou a se reunir com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, para discutir como realizar a capitalização. O aporte, explicou, virá do dinheiro do leilão de usinas antigas, em novembro. Foram arrecadados, à vista, R$ 11 bi. O restante (R$ 6 bilhões) será pago até o início de julho. O ministro disse ainda que vai propor dois mecanismos possíveis para os aportes na Eletrobras. "Um é através de capitalização, a antecipação de formação de capital. E outra via CDE para amortização de dívida das distribuidoras com a Petrobras". (Valor Econômico – 05.04.2016)

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3 Sobrecontratação de distribuidoras terá custo bilionário

O custo da sobrecontratação de energia das distribuidoras, que deve ser arcado pelos acionistas dessas empresas, pode chegar a R$ 14,5 bi até 2020, de acordo com pesquisa realizada pela consultoria Thymos Energia. Estudo feito pela empresa indica que hoje há um excedente de 2,8 GWmed nos contratos das concessionárias, volume equivalente a 6% da carga do país. O montante estimado de 2,8 GWmed é equivalente ao volume de energia que supera o percentual de 105% de contratação de energia das distribuidoras. Pela lei, as companhias podem repassar ao consumidor até 5% do volume sobrecontratado. O montante que superar esse limite deve ser bancado diretamente pela empresa. A situação de sobrecontratação se deve principalmente ao declínio da atividade econômica no país, que tem reflexo direto na queda do consumo de energia. De acordo com o estudo da Thymos, se nada for feito, a situação de sobrecontratação pode atingir seu pico em 2018, com um excedente de 3,9 GWmed. Segundo João Carlos Mello, presidente da Thymos Energia, no cenário atual, tudo indica que a situação seja normalizada apenas em 2020. O consultor avalia como positiva a iniciativa da Aneel, que abriu audiência pública para discutir o assunto. A proposta da autarquia, na prática, prevê que distribuidoras possam renegociar o volume de seus contratos de energia com geradores cujas obras estão atrasadas. "Vejo como positiva a iniciativa da Aneel. Não resolve todo o problema, mas é uma primeira porta aberta para discutir o assunto", afirmou Mello. Segundo Tiago Correia, diretor da Aneel, há um volume de 1.900 MWmed de energia cujos projetos de geração estão atrasados. "Este problema de valor atrasado hoje se apresenta muito mais como uma solução do que um problema de fato, já que nem a distribuidora precisa [dessa energia] nem o gerador está pronto [para entregá-la]. É possível juntar a fome com a vontade de comer." Segundo Mello, outra medida que poderia ser tomada seria permitir que as distribuidoras comercializassem o seu excedente. Essa alternativa, porém, exigiria a publicação de um decreto pelo governo e uma regulamentação pela Aneel. Hoje, a única saída para essas empresas é "liquidar" o excedente no mercado de curto prazo, pelo PLD, atualmente da ordem de R$ 44 por MWh, em trajetória de queda. (Valor Econômico – 05.04.2016)

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4 Governo impõe ultimato à Abengoa

O governo deu prazo até o fim deste mês para uma solução "amigável" em torno dos ativos da multinacional espanhola Abengoa no Brasil. A expectativa das autoridades do setor elétrico é que possa haver, ainda em abril, um entendimento com os chineses da State Grid para a transferência do controle de um punhado de linhas de transmissão de energia, incluindo o Linhão Pré-Belo Monte, assim chamado porque permitirá o escoamento à região Nordeste da eletricidade gerada pela megausina amazônica. Se não houver uma solução definitiva até o fim de abril, segundo fontes que participam diretamente das discussões, duas medidas serão tomadas para a saída do impasse. O atraso na construção das obras preocupa cada vez mais. Diante disso, uma medida será a Aneel decretar intervenção administrativa nas linhas já em operação pela Abengoa. Para os projetos em construção ou que ainda não tiveram obras iniciadas - caso do Linhão Pré-Belo Monte - haverá a abertura de processos de caducidade (fim) da concessão pela agência reguladora. Esse é um caminho tido como mais rápido para a retomada e relicitação dos ativos. Além da State Grid, a estatal Furnas - especula--se que em parceria com o fundo canadense Brookfield - já admitiu interesse em adquirir ativos da empresa espanhola. Um dos obstáculos são as apertadas taxas de retorno dos empreendimentos. A Abengoa arrematou essas linhas no momento em que o WACC - sigla que define a remuneração para o capital próprio dos investidores - estava nos níveis mais baixos. Para complicar, ainda ofereceu deságio em seus lances. (Valor Econômico – 05.04.2016)

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5 Celg D tem pelo menos três interessados

A Eletrobras mantém conversas com pelo menos três empresas, nacionais e internacionais, interessadas em adquirir o negócio da Celg D, segundo o diretor financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Armando Casado. De acordo com o executivo, a conclusão do negócio deve ocorrer ainda neste primeiro semestre. Apesar disso, o diretor não deu estimativa para a publicação do edital do leilão da companhia. Sobre o interesse do mercado na aquisição da companhia, Casado lembra que “o mercado da Celg D é diferenciado, porque cresce. E quem está nesse mercado (de distribuição) precisa de ganho de escala”. A participação da Eletrobras na companhia é de 49%, avaliada em R$ 1,4 bi. Em julho, a Eletrobras volta a discutir a capitalização das demais distribuidoras do grupo, importante para que as companhias se adequem às exigências de qualidade de serviço impostas pela Aneel como condição para a renovação das concessões. Em dezembro, foi decidido que o governo federal aportaria R$ 7 bi nas distribuidoras do grupo Eletrobras, sua controlada. Esse valor, referente às necessidades das concessionárias para 2016, deve ser revisto em uma assembleia que será marcada em 26 de julho, segundo ele. A Eletrobras, segundo o diretor, deve se manter cautelosa em relação à novos investimentos. “Mas não deixaremos de analisar participação em leilão. Se o projeto tiver uma estrutura de capital e financiamento adequados”, comenta Casado. A companhia vem de um resultado financeiro desfavorável em 2015, quando registrou prejuízo de R$ 14,4 bi. Segundo o executivo, é possível reverter parte desse valor neste ano, referindo-se aos impairments de ativos que somaram R$ 6 bi. De acordo com Casado, como essas baixas contábeis são de teor econômico, e não financeiro, é possível que sejam revertidos neste ano. (Agência Brasil Energia – 04.04.2016)

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6 S&P reafirma rating de emissão de R$ 700 mi da Santo Antônio Energia

A Agência de classificação de risco Standard & Poor's reafirmou na última quinta-feira, 31 de março, o rating ‘brA-’ atribuído à emissão de debêntures senior secured da Santo Antônio Energia, no valor de R$ 700 mi em duas séries, com vencimentos finais em 2022 e 2024. A agência também reafirmou o rating de recuperação '2' e manteve o rating na listagem CreditWatch com implicações negativas, refletindo um potencial rebaixamento do rating da AGPar. De acordo com a Standard & Poor's, os debenturistas da Saesa se beneficiam de um contrato de suporte de acionistas e garantias fidejussórias, nos quais os acionistas dela comprometem-se a fazer injeções de capital de forma conjunta, mas não solidária, mediante um evento de deficiência de recursos, até a conclusão do projeto, conforme definido na documentação da transação, que deve ocorrer em 2020. Dessa forma, a agência equiparou o rating das debêntures da Santo Antônio Energia ao de seu garantidor de menor rating, a AGPar. (Agência CanalEnergia – 04.04.2016)

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7 Nova direção do grupo AES manterá rumo atual da empresa

A reorganização da estrutura de direção da AES Brasil, aparentemente, não mudará os rumos da empresa no país. A companhia aposta na estratégia de crescimento no setor de geração por meio da AES Tietê Energia que passou por uma mudança societária em 2015 cujo objetivo é de obter mais dinamismo na tomada de decisões de investimentos. Quanto às distribuidoras do grupo a meta é de recuperar valor de mercado. Desde a última sexta-feira, 1º de abril, a companhia passou a contar com Julian Nebreda à frente da holding, Ítalo Freitas como presidente da AES Tietê Energia e Charles Lenzi como o executivo chefe da maior distribuidora do grupo, a AES Eletropaulo. Nebreda indicou que a opção da geradora é por investir em usinas de fontes térmica, renováveis e no armazenamento de energia em baterias. Inclusive, destacou que a empresa já está conduzindo um projeto piloto, em São Paulo, com 174 kW de capacidade. Ele não revelou mais detalhes sobre esse investimento. “Mesmo com a situação econômica do Brasil o país continua sendo um mercado importante e competitivo para a AES. Vemos no país uma plataforma de crescimento, principalmente, em geração de energia e em novas tecnologias. Estamos utilizando nossa expertise global para aproveitar, principalmente, oportunidades com projetos térmicos e de energias renováveis, por meio da AES Tietê. Outro foco é o desenvolvimento das novas tecnologias de conexão de baterias à rede e geração distribuída, para tornar o sistema brasileiro cada vez mais eficiente”, comentou o executivo. Em relação ao armazenamento de energia em baterias, Nebreda destacou que a AES detém 346 MW em capacidade instalada nessa tecnologia em todo o mundo. Em seus cálculos há 2,3 GW em operação, construção e projetos em estágio avançado de desenvolvimento. (Agência CanalEnergia – 04.04.2016)

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8 AES: preço do leilão A-5 foi pequeno ante o cenário econômico atual

Na semana passada a AES esteve presente no evento de assinatura de um memorando de entendimentos para o desenvolvimento e construção de um complexo termelétrico na zona sul de São Paulo em parceria com a estatal Emae. A AES Tietê Energia foi uma das escolhidas na chamada pública, ao lado do consórcio Siemens-Gasen. Ainda não foram divulgados detalhes sobre os projetos apresentados. A meta nesse projeto é de colocar o empreendimento em um leilão A-5, a primeira oportunidade poderá ser em 2017. Contudo, a questão do preço deverá ser um ponto a ser observado, a depender da posição da empresa. Na avaliação do novo presidente da AES Brasil, Julian Nebreda, o preço do certame que será realizado esse ano foi pequeno ante o cenário econômico atual. Ele lembrou que os R$ 290/MWh está apenas 3% acima dos R$ 281/MWh do ano passado. Um índice baixo quando comparado ao dólar, o crescimento das taxas de juros e a maior complexidade na obtenção de financiamento. Apesar dos mais de mil projetos cadastrados, a companhia acredita que a demanda será muito baixa ou até mesmo nula em decorrência da redução de consumo que classificou como ‘extraordinária e generalizada do mercado das distribuidoras’. Sobre a possível venda de ativos no Brasil, Nebreda disse que não comentaria sobre especulações de mercado. (Agência CanalEnergia – 04.04.2016)

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9 CPFL Renováveis obtém financiamento do BNDES para 231 MW de eólicas no ACL

A CPFL Renováveis informou que conseguiu financiamento de R$ 764,1 mi do BNDES para projetos eólicos no mercado livre. Os contratos de financiamento são para os Complexos Eólicos Campo dos Ventos e São Benedito (RN). Os parques somam 231 MW de capacidade instalada e estão previstos para iniciar operação comercial a partir de abril, com conclusão em dezembro deste ano. Ao término das obras, a capacidade da CPFL Renováveis passa dos atuais 1,8 mil MW para 2 mil MW. Do total aprovado, R$ 270,6 mi já foram desembolsados e o saldo remanescente será desembolsado de acordo com o cronograma físico financeiro das obras. O financiamento tem prazo de 16 anos. Segundo o presidente da CPFL Renováveis, André Dorf, a assinatura do financiamento mostra a estratégia acertada da empresa de crescer com disciplina financeira. O financiamento foi o primeiro projeto de mercado livre enquadrado na modalidade de Project Finance, com o modelo de garantia inovador estruturado em conjunto com o Departamento de Fontes Alternativas do BNDES. De acordo com a empresa, as obras civis estão em fase de finalização e a CPFL Renováveis está realizando a montagem das 110 torres eólicas dos dois complexos. Cada unidade tem 93 m de altura, e o gerador fabricado pela Gamesa vai ter potência de 2,1 MW. Quando os parques estiverem em operação comercial, terão o maior fator de capacidade da fonte eólica da companhia, de 58,5%. A CPFL Renováveis comercializou 100% da energia assegurada dos dois complexos, que juntos somam 129,2 MWmed, para a CPFL Brasil, em contratos com duração de 18 anos. Com a compra deste volume, a comercializadora amplia a sua liquidez para firmar novos contratos de venda de energia para os clientes livres especiais, nicho do mercado livre que apresenta o maior potencial crescimento neste momento. (Agência CanalEnergia – 04.04.2016)

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10 Distribuição de dividendos e JCP nas empresas do setor chega a R$ 7,44 bi

As empresas do setor elétrico distribuíram R$ 7,44 bi em dividendos e juros de capital próprio em 2015. Levantamento feito pela Economática mostra que o valor é 45,8% menor que o verificado em 2014, de R$ 13,7 bi. No geral, 233 empresas brasileiras de capital aberto distribuíram R$ 63 bi em dividendos e JCPs em 2015, caindo 28,9% em relação a 2014, quando as mesmas empresas distribuíram R$ 88,6 bi. A mesma análise sem a Petrobras mostra queda de 21,1% no ano de 2015 com relação ao ano de 2014. Entre as 20 empresas que mais distribuíram, o setor volta a se destacar, com Cesp, Cemig, Taesa e Tractebel fazendo parte da lista. A geradora paulista deu 51,8% a mais que em 2014, distribuindo R$ 1,57 bi. Já as outras tiveram recuos nos valores. A mineira Cemig deu para os acionistas R$ 796,3 mi, 79,7% a menos que no ano anterior, quando distribuiu R$ 3,9 bi. A transmissora Taesa, que faz parte do grupo Cemig, mostrou queda de 25,1%, distribuindo R$ 756,9 mi. A Tractebel teve variação negativa de 34,9%, com R$ 685,5 mi. (Agência CanalEnergia – 04.04.2016)

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11 SoEnergy: recondicionamento para reduzir consumo

A SoEnergy aposta no recondicionamento de motores de média velocidade para reduzir custos e o consumo de energia de seus clientes, com a aplicação da análise termodinâmicas do desempenho dos motores, durante a operação dos equipamentos. No final do ano passado, a companhia lançou o Workshop da Grande Recife, uma oficina que realiza os serviços nos componentes e equipamentos para reduzir custos e falhas. O processo consiste na análise do desempenho dos motores, durante sua operação. A empresa atua no mercado de venda, locação, operação e manutenção de equipamentos e grupos geradores e na construção de usinas de geração, além da compressão de gás em projetos onshore e offshore, e passou a apostar na oferta do serviço a partir de um investimento da ordem de R$ 3,4 mi, para a estruturação de uma área de 2 mil metros quadrados. A oficina oferece o serviço para os principais motores de média velocidade de múltiplas marcas. O Workshop foi instalado no porto de Suape, depois de quase um ano de obras. A região é conhecida pelo pólo industrial e pela instalação de termelétricas a óleo combustível. O Workshop também analisa o desempenho de motores alternativos de ciclo HFO (diesel). O objetivo é determinar o estado do equipamento e detectar falhas com auxílio de um computador, tais como, a pressão do cilindro dinâmica, vibração e ultra-som. (Agência Brasil Energia – 04.04.2016)

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Leilões

1 Apesar da crise, governo mantém leilão de transmissão do dia 13

Apesar do agravamento da crise política e do aprofundamento da recessão, o governo resolveu manter o próximo leilão de transmissão para o dia 13. Serão ofertados 26 empreendimentos, que somam 6,5 mil km de linhas e R$ 12 bi de investimentos. O governo aposta no sucesso do certame e que, se não todos, pelo menos a maioria dos lotes receberá propostas. Na avaliação das autoridades, os ajustes feitos recentemente nas taxas de retorno (que foram elevadas) e no prazo de construção das obras (até 60 meses) foram muito bem recebidos pelas empresas, que teriam acenado concretamente com lances em pelo menos metade dos lotes. Ao contrário de rodovias e portos, cujos leilões previstos para o primeiro trimestre foram adiados ou desacelerados, assegura--se no governo que não há motivos para postergar a licitação do dia 13. Rodovias e portos são mais vulneráveis à demanda, por exemplo, de veículos e de cargas para encher navios. Ativos na área de energia têm receita fixa e o maior risco para o empreendedor é atrasar o cronograma. Portanto, a crise tende a afetá--los muito menos. Já o risco de atraso foi atenuado pelos novos prazos de implantação das linhas. Antes, tinham 36 meses para ficar prontas e entrar em operação. De acordo com fontes do governo, a participação da Eletrobras no leilão da próxima semana está condicionada ao cronograma de pagamento das indenizações para ativos de transmissão construídos antes de maio de 2000 e que tiveram suas concessões prorrogadas pela MP 579. (Valor Econômico – 05.04.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Números dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Nordeste estão operando com volume de 34,9%, de acordo com dados do ONS referentes ao último dia 3 de abril. Houve aumento de 0,1% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 18.062 MW mês e a ENA é de 4.132 MW med, que equivale a 37% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Sobradinho está com volume de 33,51%. No Sudeste/ Centro-Oeste, também houve alta de 0,1% nos níveis, que deixaram os reservatórios com volume de 58,7%. A energia armazenada no submercado é de 119.046 MW mês e a ENA chega a 48.607 MW med, o mesmo que 97% da MLT. A usina de Furnas está com 75,83% da sua capacidade e a de Nova Ponte está com 39,81%. A região Norte teve expressiva alta de 1%, com os reservatórios indo a 60,6%. A energia armazenada é de 9.111 MW mês e a ENA é de 9.918 MW med, que corresponde a 62% da MLT. A usina de Tucuruí está com 83,98%. Na região Sul, houve recuo de 0,2% na comparação com o dia anterior, que deixou os reservatórios com volume de 96,7%. A energia armazenada registra 19.294 MW mês e a ENA é de 9.940 MW med, o mesmo que 166% da MLT. A usina de Passo Real está com volume de 89,46%. (Agência CanalEnergia – 04.04.2016)

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2 Capacidade nacional de geração cresce 357 MW em fevereiro, informa MME

Em fevereiro de 2016, entraram em operação comercial 357,35 MW de capacidade instalada de empreendimentos de geração de energia elétrica no Brasil. O volume tem participação de 270 MW de usinas eólicas e 86 MW de hidrelétricas. Também entraram em operação comercial 289 quilômetros de linhas de transmissão em fevereiro. Os dados são do Boletim Mensal de Monitoramento do Setor Elétrico, divulgado na última sexta-feira, 1º de abril, pelo MME. De acordo com o relatório, a capacidade instalada total de geração elétrica no Brasil atingiu 142.179 MW em fevereiro. Em relação ao mesmo período de 2015, houve expansão de 7.386 MW (crescimento de 5,5%). Quanto à produção de energia elétrica, o boletim aponta que em dezembro de 2015 a geração hidráulica correspondeu a 71,5% do total gerado no país, dois pontos percentuais acima ao verificado no mês anterior. Já o segmento eólico apresentou aumento de 0,2 p.p na matriz de produção de energia elétrica no Brasil. A participação de usinas térmicas caiu 2,2 p.p. entre novembro e dezembro de 2015. (Agência CanalEnergia – 04.04.2016)

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3 Itaipu bate recorde de geração e ultrapassa a marca de 25 milhões de MWh no 1º tri

Desde o início da sua operação, há quase 32 anos, a usina de Itaipu nunca tinha atingido uma marca tão significativa quando se trata de geração. Nesse primeiro trimestre do ano de 2016, a binacional gerou um total de 25.630.925 MWh, que já é 3% maior comparado ao mesmo período do ano de 2013, que até então, era o ano recorde de geração, mas comparado ao ano passado, a diferença já passa de 13%. O mês de março já entrou pro ranking dos três melhores, com uma produção de 8.394.680 MWh, junto com o do ano recorde, com 8.856.312 MWh, e março de 2009 com 8.545.907 MWh. A produção acumulada de Itaipu durante toda sua história totaliza 2.338.419.708 MWh. (Agência CanalEnergia – 04.04.2016)

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4 BBCE atinge R$ 3 bi em negócios no Brasil

O Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia atingiu a cifra de R$ 3 bilhões em negócios movimentados pela plataforma eletrônica de compra e venda de energia no mercado livre brasileiro, informou a BBCE nesta segunda-feira, 4 de março. Em quatro anos, empresas e industrias utilizaram a plataforma para adquirir um total de 12 mil MW, quase a capacidade instalada da maior hidrelétrica da América do Sul, que é Itaipu. Segundo a empresa, a taxa de conversão (percentual entre o volume de visita e as vendas efetuadas) no e-commerce de energia no Brasil, registrada no BBCE, é de 12%, a maior em vendas online no país, que registra cerca de 1,2%. O resultado também está bem acima da média de países com economias mais maduras, como os Estados Unidos, por exemplo, cujo varejo eletrônico apresenta entre 5% e 7% de conversão. “Em quatro anos, nossa plataforma digital fechou mais de oito mil contratos de compra e venda de energia, consolidando assim o modelo de negócios de intermediação digital na área de energia elétrica no Brasil”, explica Victor Kodja, presidente e fundador da plataforma BBCE. “A estratégia baseada em aproximação com os principais comercializadores, alta transparência e alinhamento com os demais agentes do setor elétrico fez a BBCE alcançar a liderança absoluta do mercado”, acrescenta. O BBCE foi fundado em 2012 e hoje conta com 18 sócios. Por meio de uma plataforma digital desenvolvida entre os próprios agentes do setor, a empresa oferece um ambiente de negociação de contratos em tempo real, com aumento da simetria, da redução de custos e da agilidade, permitindo assim maior liquidez ao segmento. (Agência CanalEnergia – 04.04.2016)

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Energias Renováveis

1 Enel investe US$ 175 mi em usina solar na Bahia

A Enel iniciou a construção de um parque solar de 158 MW de capacidade instalada em Bom Jesus da Lapa-BA, com investimentos estimados em US$ 175 mi (o equivalente a cerca de R$ 630 mi), informou nesta segunda--feira a companhia. O negócio será desenvolvido pela Enel Green Power Brasil Participações, subsidiária do grupo italiano. O parque está previsto para entrar em operação no segundo semestre de 2017 e possui contrato de fornecimento de energia por 20 anos. De acordo com a Enel, o empreendimento é dividido em duas instalações: Bom Jesus da Lapa, com 80 MW; e Lapa, de 78 MW. Ao todo, o complexo irá produzir cerca de 340 GWh por ano, o suficiente para atender às necessidades de consumo de energia anual de cerca de 166 mil residências. Segundo a Enel, o projeto foi concedido ao grupo juntamente com os de energia solar Horizonte MP (103 MW) e Nova Olinda (292 MW) durante o leilão de energia de reserva de agosto de 2015. A subsidiária brasileira de renováveis do Grupo Enel atualmente possui uma capacidade instalada total de 506 MW, dos quais 401 MW são provenientes de eólica, 12 MW de solar e 93 MW de hídrica. Além disso, a empresa tem 442 MW de energia eólica, 102 MW de hídrica e 807 MW de projetos de energia solar atualmente em execução e ganhou uma concessão para duas usinas hídricas com capacidade instalada total de 40 MW, em novembro de 2015. (Valor Econômico – 04.04.2016)

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2 Enel Green Power inicia construção de 158 MW solares

A Enel Green Power Brasil deu início à construção da planta solar fotovoltaica Lapa, com 158 MW de capacidade instalada, na Bahia. O empreendimento, orçado em US$ 175 mi, será composto por dois sistemas geradores, Bom Jesus da Lapa (80 MW) e Lapa (78 MW) e deve entrar em operação no segundo semestre de 2017. Quando concluído, o projeto deve gerar aproximadamente 340 GWh por ano, volume suficiente para atender ao consumo de energia anual de quase 170 mil residências brasileiras. Com relação à poluição, a emissão de CO² para a atmosfera ficará 198 mil toneladas menor, de acordo com o grupo italiano Enel. Por meio de sua subsidiária, Enel Green Power Brasil, a holding fechou contratos para 20 anos de fornecimento de energia, que preveem a venda de volumes específicos gerados por essas plantas para a CCEE. O projeto foi contratado no Leilão de Reserva da Aneel realizado em agosto de 2015, quando também foram concedidas à Enel as solares Horizonte MP (103 MW) e Nova Olinda (292 MW). Na BA, a empresa também está construindo a planta solar Ituverava, de 254 MW, e o parque eólico Delfina, de 180 MW. Outros 264 MW já estão em operação no estado. A subsidiária brasileira de renováveis tem 506 MW capacidade instalada no país, sendo 401 MW de energia eólica, 12 MW de solar e 93 MW de hídrica. Em construção, são 807 MW solares, 442 MW eólicos e 102 MW hídricos. O grupo Enel ainda ganhou, em novembro de 2015, concessão para mais duas hídricas com 40 MW de capacidade instalada. (Agência Brasil Energia – 04.04.2016)

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3 Zettawatt quer implantar eólicas em aeroportos

A carioca Zettawatt desenvolveu o projeto Green Storm, para aproveitamento de energia eólica em aeroportos, que aproveita o ar deslocado pelas aeronaves no momento da decolagem. O projeto piloto concebido pela empresa, prevê a instalação de oito aerogeradores, de 20 kW cada (160 kW no total) em uma pista de vôo. Com essa potência instalada, seria possível gerar até 322 MWh por mês. A ZettaWatt, encubada até 2018 no Cefet-RJ, busca parceiros para tornar o projeto realidade. O projeto piloto, de 160 kW, demandaria investimento de R$ 772 mi. A depender do modelo de negócios adotado pelo aeroporto, seria possível pagar o investimento em até um ano. As possibilidades são a venda de energia para distribuidoras, com o valor de referência fixado em R$ 200/MWh, que renderiam uma receita de R$ 700 mi por ano; ou o enquadramento do projeto no sistema de compensação de energia para a geração distribuída, o que geraria economia para o aeroporto na conta de luz. Além disso, o projeto também traria uma vantagem na segurança das decolagens. “Seria mais uma extensão da cabeceira da pista, melhorando a segurança em uma derrapagem”, aponta Singer. De acordo com o representante da companhia, Michel Singer, a empresa está em contato com a Infraero e o consórcio do aeroporto Galeão (RJ). A companhia estima que para um aeroporto do porte do Galeão, poderiam ser instalados quatro conjuntos de aerogeradores, que somariam uma 640 kW de capacidade, gerariam 22.475 MWh ao ano e demandariam investimentos de R$ 2,8 mi. Caso o aeroporto optasse por vender a energia, teria uma receita de R$ 4,495 mi. (Agência Brasil Energia – 04.04.2016)

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4 Vestas Brasil fornecerá turbinas para seis parques eólicos

Presente em território nacional desde 2000, a Vestas Brasil irá fornecer 86 unidades da turbina V110-2.0 MW para seis parques eólicos localizados no estado da BA, que totalizarão 172 MW. No contrato está incluso o fornecimento e a instalação das turbinas em cumprimento com os requisitos de nacionalização do BNDES, e a entrega das turbinas está prevista para o segundo trimestre de 2017. Para Marco Graziano, presidente da Vestas Mediterrâneo, esse projeto será um exemplo de ótima adequação dos aerogeradores para o Brasil, por conta das condições de vento e abrangência geográfica do país. A empresa não informou os nomes dos parques e dos clientes. (Agência CanalEnergia – 04.04.2016)

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5 Renova rescinde repasse de três PCHs para SunEdison

A Renova rescindiu acordo firmado com a TerraForm para repasse de três PCHs à subisidiária da SunEdison, resultando na restituição das usinas à companhia brasileira, bem como o pagamento de US$ 10 mi a título de break up fee. As usinas possuem total de 41,8 MW de capacidade instalada e negociaram energia no Proinfa. O acordo fazia parte da primeira etapa da operação que permitiria a entrada da americana no capital da Renova. Além disso, a Renova informou que pretende exercer a opção de venda de 7 milhões de ações da TerraForm, detidas pela companhia, com prazo de 60 dias para liquidação da operação. Pelo acordo, SunEdison poderá escolher o preço por ação, entre US$ 15 ou R$ 50,48. (Agência Brasil Energia – 04.04.2016)

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6 Parque eólico de Aracati obtém licença para início das operações

Foi concedida pela Semace, a licença de operação que autoriza o início da produção energética para a Central Geradora de Energia Goiabeira. O parque eólico que tem a licença de operação válida até 22 de março de 2020, tem capacidade para gerar 23,1 MW por meio dos 11 aerogeradores e é de responsabilidade da empresa Energia dos Ventos I S/A e está localizado no sítio Alto da Cheia, zona rural do município de Aracati. Toda a energia produzida no local será escoada pelas linhas de transmissão para a subestação da Chesf, em Russas. Segundo Wilker Sales, gestor ambiental da Semace, a obra está dentro de todas as condições solicitadas e esse monitoramento será realizado com frequência, adotando todas as medida necessárias para evitar qualquer tipo de poluição ao meio ambiente. (Agência CanalEnergia – 04.04.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Entidade aponta entraves para expansão do gás natural

As usinas térmicas movidas a gás natural reúnem todos os atributos para assumir um papel mais importante na expansão do parque gerador brasileiro, em um contexto de esgotamento do potencial hidrelétrico e de crescimento das fontes com grandes variações sazonais, como a eólica e a biomassa. Para isso, no entanto, ainda é preciso remover entraves para a inserção maior do gás na matriz. Uma das travas é a exigência da comprovação de suprimento do insumo, por 15 anos, aos empreendedores que pretendam erguer novas usinas e oferecer os MW gerados por esses projetos nos leilões da Aneel. Em um estudo recém-concluído, o Instituto Acende Brasil afirma que esse tipo de exigência é "incompatível" com a realidade da indústria petrolífera e defende uma flexibilização do prazo. "Não é necessário fazer a comprovação tantos anos à frente: bastaria um horizonte suficientemente longo que permitisse a instalação de outros geradores, em caso de redução ou término da capacidade de produção da termelétrica. Nesse sentido, seria suficiente estabelecer uma exigência anual da capacidade para atendimento ao mercado nos cinco anos seguintes", diz o estudo do Acende Brasil, uma espécie de observatório do setor elétrico. No ano passado, o leilão A-5 da Aneel tinha inicialmente 31 projetos inscritos de usinas a gás, mas só sete foram habilitados, devido justamente à dificuldade de obter comprovação de fornecimento do combustível para todo o período do contrato, conforme lembra o "White Paper nº 16" do instituto, que está pronto e será lançado nos próximos dias. Outra dificuldade é o acesso à infraestrutura de processamento do insumo. Não há regras que permitam o compartilhamento dos terminais de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL), normalmente alocados em navios-plataforma na costa brasileira para receber combustível importado, hoje usados sempre por única empresa. A ideia é que, havendo capacidade ociosa, esses terminais e a rede de dutos que os ligam às térmicas possam ser usados por mais de um empreendedor. Isso poderia favorecer a divisão de custos. (Valor Econômico – 04.04.2016)

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2 Instituto Acende Brasil: ampliação do parque gerador terá que considerar seis atributos no futuro

Ao avaliar as condições do sistema elétrico brasileiro, o estudo recém-concluído do Instituto Acende Brasil indica que a ampliação do parque gerador terá que considerar seis atributos no futuro: usinas localizadas perto de áreas com maior crescimento de carga, possibilidade de suprir energia nos períodos em que o sistema mais precisa, capacidade de modulação diária (acionamento rápido), independência das condições climáticas, baixo impacto ambiental e prazo curto de implantação. "A expansão da nossa oferta de energia tem se dado, em grande parte, por fontes que têm alguma sazonalidade, ou seja, intermitência na capacidade de gerar", afirma o presidente do instituto, Cláudio Sales. Esse é o caso de hidrelétricas a fio d'água, com reservatórios menores, e usinas eólicas ou de biomassa. "Por mais que os volumes de outras fontes sejam crescentes, isso não exclui a complementação termelétrica, que se torna indispensável para um sistema como o brasileiro." Sales cita um progresso animador. Uma resolução da ANP, publicada no dia 18 de março, obriga os donos de gasodutos de transferência a declarar sua capacidade. Se houver ociosidade, pode haver compartilhamento dessas estruturas, que ligam blocos "offshore" a unidades de processamento de gás em terra. Essa medida abre caminho para que produtores de gás em alto mar possam se juntar e bancar um duto que atenda a todos simultaneamente. "Finalmente houve um bom avanço", diz Sales. (Valor Econômico – 04.04.2016)

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3 Produção de gás cresce 0,5% em fevereiro, segundo ANP

A produção de gás natural em fevereiro totalizou 97,7 milhões de m³/d, um aumento de 0,5% frente ao mês anterior e de 2,5 % na comparação com o mesmo mês em 2015. De acordo com a ANP, o aproveitamento de gás no mês foi de 95,2%. A queima de gás em fevereiro foi de 4,7 milhões de m³/d, um aumento de 43,8% se comparada ao mês anterior e de 44,3% em relação ao mesmo mês em 2015. O aumento da queima de gás natural no mês foi devido, principalmente, ao comissionamento da plataforma FPSO Cidade de Maricá, que iniciou suas operações no mês de fevereiro. A produção do pré-sal, oriunda de 54 poços, foi de 34,6 milhões de m³/d de gás natural, totalizando 1,091 milhão de barris de óleo equivalente por dia, um aumento de 6,0% em relação ao mês anterior. Os campos marítimos produziram 76,6% do gás natural. A produção ocorreu em 8.913 poços, sendo 775 marítimos e 8.138 terrestres. Os campos operados pela Petrobras produziram 94% do petróleo e gás natural. O campo de Lula, na Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural, produzindo, em média, 442,7 mil bbl/d de petróleo e 20,4 milhões de m³/d de gás natural. As bacias maduras terrestres produziram 4,9 milhões de m³/d de gás natural. Em fevereiro de 2016, 310 concessões operadas por 26 empresas foram responsáveis pela produção nacional. Destas, 81 são concessões marítimas e 229 terrestres. Do total das concessões produtoras, três encontram-se em atividade exploratória e produzindo através de Teste de Longa Duração e outras dez são relativas a contratos de áreas contendo acumulações marginais. (Agência CanalEnergia – 04.04.2016)

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4 Produção de gás e petróleo no pré-sal cresce 6% em fevereiro, diz ANP

A produção de gás e petróleo nos campos do pré-sal registrou um aumento de 6% em fevereiro, comparado com o mês anterior. A informação foi divulgada nesta segunda-feira pela ANP. “A produção do pré-sal, oriunda de 54 poços, foi de 873,5mil barris por dia, de petróleo, e 34,6 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural, totalizando 1,091 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), um aumento de 6,0% em relação ao mês anterior”, disse a ANP, em nota. Segundo a agência, o aproveitamento de gás natural no mês foi de 95,2%: “A queima de gás em fevereiro foi de 4,7 milhões de metros cúbicos por dia, um aumento de 43,8% se comparada ao mês anterior e de 44,3% em relação ao mesmo mês em 2015. O aumento da queima de gás natural no mês foi devido, principalmente, ao comissionamento da plataforma FPSO Cidade de Maricá, que iniciou suas operações no mês de fevereiro.” A produção total de petróleo e gás natural no Brasil, no mês de fevereiro, de acordo com a ANP, totalizou 2,950 milhões de barris de óleo equivalente por dia. Por outro lado, a produção total de petróleo em fevereiro de 2016 foi de aproximadamente 2,335 milhões de barris por dia, uma redução de 0,8% na comparação com o mês anterior e de 4,0% em relação ao mesmo mês em 2015. Já produção de gás natural totalizou 97,7 milhões de metros cúbicos por dia, um aumento de 0,5% frente ao mês anterior e de 2,5 % na comparação com o mesmo mês em 2015. (O Globo – 04.04.2016)

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5 UTE Destilaria Melhoramentos poderá dar início à operação comercial

A Aneel liberou a UTE Destilaria Melhoramentos, no município de Jussara-PR, para o início das operações comerciais a partir do dia 2 de abril. As unidades geradoras liberadas foram a 1 de 6,4 MW e a 3 de 10 MW. A Aneel também liberou para operações em teste a PCH Mata Velha (MG), sendo as unidades geradoras 1 e 2 de 12 MW cada, totalizando 24 MW e da UTE Japungu (PB), as unidades 3 e 4 de 12 MW cada, dando um total de 24 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 04.04.2016)

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6 INB finaliza produção da 22ª carga de combustíveis de Angra 1

As Indústrias Nucleares do Brasil encerram a produção dos 40 elementos combustíveis que compõe a 22ª recarga da usina nuclear Angra 1. A INB começou a produção em setembro de 2015 e foram fabricadas 16,5 toneladas de pastilhas de dióxido de urânio, na Fábrica de Combustível Nuclear, da INB. O transporte da carga será realizado em 5 etapas, sendo transportados oito elementos combustíveis em cada uma e determinada equipe da INB formada por 18 técnicos, receberá a recarga nas instalações da usina. O reator de Angra 1 é composto por 121 elementos combustíveis, sendo 40 destes, trocados anualmente, durante paradas programadas da usina para o reabastecimento e outras tarefas de manutenção. (Agência CanalEnergia – 04.04.2016)

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Grandes Consumidores

1 Vale vende fatia de 26,87% na CSA para sócia alemã ThyssenKrupp

Quase seis anos após a inauguração, a Vale acertou ontem a venda de 26,87% que detinha da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) para a sócia alemã Thyssenkrupp. A venda faz parte da estratégia da mineradora de se desfazer de ativos não-estratégicos e reforçar o caixa, num momento em que o preço do minério de ferro está em queda. O valor da operação não foi divulgado, mas fontes de mercado disseram que a transação teria sido fechada por US$ 1. “A participação da Vale está sendo vendida por um preço simbólico”, informou a empresa em nota, acrescentando que o acordo de venda inclui uma cláusula que dá à Vale direito a “uma potencial receita caso o controle acionário da CSA seja vendido para um terceiro”. Em 2015, a Vale já havia vendido uma mina de carvão na Austrália por um dólar australiano, seguindo a mesma estratégia de sair de projetos pouco rentáveis ou que dão prejuízo à companhia. (O Globo – 04.04.2016)

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Economia Brasileira

1 Confiança melhora em março, mas ainda segue baixa entre as MPEs

A confiança das MPEs na economia do país teve uma melhora relativa em março, mas continuou muita baixa, de acordo com indicador calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O indicador atingiu os 43,15 pontos, acima dos 42,99 pontos de fevereiro, mas ainda segue abaixo do nível neutro de 50 pontos, demonstrando que os empresários entrevistados continuam pouco confiantes com as condições econômicas do país e de seus negócios. Em nota, o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, disse que a perspectiva de que o impasse político tenha alcançado o ápice, com um desfecho próximo, animou os empresários, diz. “Eles consideram que, sem crise política, as medidas econômicas possam ter início de fato, dando mais segurança aos próprios empresários e aos consumidores e possibilitando a retomada do crescimento. A consolidação da confiança é uma condição necessária para que as empresas realizem investimentos e façam novas contratações”, afirmou. As expectativas ajudaram na melhora relativa do indicador de confiança das MPEs. O Indicador de Expectativas para os negócios subiu de 60,80 pontos em fevereiro para 62,19 em março. O resultado mostra que a maior parte dos empresários se diz relativamente confiante com sua empresa. Já o indicador de expectativas com a economia do país ficou em 49,92 pontos, levemente acima do observado em fevereiro, quando estava em 48,11 pontos. (Valor Econômico – 04.04.2016)

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2 Inadimplência cresce com crise do emprego

Aumentou a proporção de pessoas que citam o desemprego como a principal causa da inadimplência, de acordo com pesquisa trimestral da Boa Vista SCPC. No levantamento de março, 41% citaram a falta de trabalho como responsável pela incapacidade para quitar débitos. No mesmo período do ano passado, essa fatia era de 35%. O percentual é o mesmo registrado em dezembro de 2015. No dado mais atualizado em nível nacional, o desemprego aumentou para 9,5% em janeiro, de 6,8% no mesmo período em 2016, de acordo com o IBGE. Segundo a pesquisa, 66% dos inadimplentes tinham trabalho formal, ante 75% no ano passado. O percentual de autônomos entre os inadimplentes cresceu de 20% para 27%. A queda da renda é o segundo principal motivo para atrasar dívidas. Ela foi citada por 18% dos entrevistados, ante 11% em março de 2015. As pesquisas de emprego do IBGE têm mostrado que muitos dos desempregados passaram a trabalhar no mercado informal, onde a renda é menor. O levantamento foi realizado em todo o país, no período de 22 de fevereiro a 3 de março, com 1.019 consumidores inadimplentes respondentes. O desemprego tem afetado a inadimplência principalmente para as famílias que ganham até três e entre três a dez salários mínimos, com 49% e 34% das menções. Em 2015 esses percentuais eram de 41% e 30%, respectivamente. Apesar da inadimplência os consumidores têm tentado controlar o orçamento. Um exemplo é que para 49% o atraso de apenas uma conta causou a restrição. No ano passado, essa proporção era menor 40%. A pesquisa também mostra que 17% possuem quatro contas ou mais em atraso, contra 23% registrados no mesmo trimestre do ano anterior. A proporção de inadimplentes que não se considera capaz de quitar o débito se manteve em 10%. (Valor Econômico – 05.04.2016)

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3 Para Pires, PIB potencial sobe com mudança

A reforma da Previdência é importante para o país por contribuir para estabilizar a situação fiscal e ao mesmo tempo aumentar o crescimento potencial da economia, disse o secretário de Política Econômica da Fazenda, Manoel Pires. Em seminário organizado pela FGV, Pires disse que o aumento da idade média da aposentadoria tem impactos positivos de longo prazo, mas também de curto - mudanças de expectativas que melhorem a percepção de risco reduziriam os juros longos, por exemplo. Em sua apresentação, Pires afirmou que estimativas preliminares de alterações na política previdenciária apontam para ganho de 2,2 pontos percentuais sobre o crescimento em dez anos, computando benefícios sobre trabalho, capital e produtividade. O cálculo simulou cenário hipotético em que "a fórmula 85/95 pudesse ser usada como regra de acesso, e não apenas como regra de cálculo" para o benefício. Pires ressaltou que os cálculos foram apenas uma simulação e que a proposta para a reforma do governo leva em conta as discussões no Fórum da Previdência, com entidades de empresários e trabalhadores. "Temos que construir o consenso", disse. Ele procurou mostrar que a agenda previdenciária está andando, mesmo com a crise política e citou o envio do Projeto de Lei Complementar 257, que determina a instituição de regimes de Previdência complementar nos Estados, no âmbito do processo de renegociação das dívidas com a União. (Valor Econômico – 05.04.2016)

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4 Projeção para o IPCA cai pela quarta vez seguida

A projeção do mercado para a inflação voltou a cair, de acordo com o boletim Focus, divulgado ontem pelo BC. A projeção para o IPCA caiu pela quarta vez seguida, de 7,31% para 7,28%. A queda se deu mesmo depois de divulgado, na quinta--feira, o Relatório de Inflação do primeiro trimestre, no qual o BC diz não haver espaço para redução de juros. O BC projeta para 2016 IPCA de 6,6% (de 6,2% antes). O risco de superar o teto da meta (6,5%) este ano foi calculado em 55%. Para alguns analistas, a elevação da estimativa do BC para o IPCA e a mensagem de que o juro não será reduzido ocorreu justamente porque as expectativas de mercado para a inflação seguem deterioradas. A previsão para o IPCA em 12 meses só há pouco deixou de estar acima do teto da meta. No Focus desta semana ficou em 6,48%. Apesar do Relatório de Inflação, o mercado reduziu a projeção para a taxa Selic pela primeira vez após oito semanas. As estimativas para a taxa no fim deste ano saiu de 14,25%, taxa atual, para 13,75%. Para o fim de 2017 permaneceu em 12,50%. (Valor Econômico – 05.04.2016)

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5 IPCFipe acelera para 0,97% no fechamento de março

Puxada pelos alimentos, a inflação medida pelo IPCFipe acelerou para 0,97% no fim de março. Esta taxa é maior que a da terceira quadrissemana do mesmo mês, de 0,92%, e também que a do fechamento de fevereiro, de 0,89%. Entre a terceira prévia e a medição final de março, três dos sete grupos avaliados pela Fipe registraram taxas mais altas. O grupo Alimentação subiu de 1,67% para 1,87% e foi responsável por 0,46 ponto, ou 47%, da inflação do período. Subiram mais ainda Saúde (0,59% para 0,71%) e Vestuário (0,83% para 1,47%). Na outra ponta, com abrandamento no ritmo de alta, apareceram Habitação (0,54% para 0,50%), Transportes (0,43% para 0,37%), Despesas pessoais (1,38% para 1,17%) e Educação (0,16% para 0,15%). (Valor Econômico – 05.04.2016)

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6 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h40m, o dólar era cotado a R$ 3,648 para compra e a R$ 3,650 para venda. Na segunda-feira, o dólar comercial subiu 1,46%, cotado a R$ 3,6133. (Valor Econômico – 05.04.2016 e 04.04.2016)

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Internacional

1 Argentina: Pequenas e médias empresas recebem novas faturas de luz com aumentos de até 600%

A Confederação Argentina da Média Empresa (CAME) expressou sua preocupação com a incidência de aumentos das tarifas elétricas nas Pymes (pequenas e médias empresas) de toda Argentina, que estão recebendo as novas faturas com aumentos médios de 152%, que em alguns casos chegam a 600%. “A retirada dos subsídios à eletricidade está impactando diretamente os custos de produção das Pymes, especialmente no setor industrial, onde há consumo intensivo do recurso energético”, afirmou a entidade em comunicado à imprensa. (Inversor Energético – Argentina – 04.04.2016)

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2 Colômbia: Santos descarta racionamento de energia

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou que não haverá racionamento de eletricidade no país porque a campanha de poupança de energia implantada pelo Governo há quatro semanas deu resultado melhor que o esperado. “Graças à poupança dos colombianos, já não existe o fantasma de um racionamento de energia. Já não teremos este temor de um racionamento de energia. Poupamos em quatro semanas mais do que nós havíamos proposto em seis semanas”, disse o mandatário. (El País – Uruguai – 03.04.2016)

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3 Paraguai: Criação de novo marco regulatório é urgente para garantir o serviço

O projeto de lei para a criação de um marco regulatório do sistema elétrico do Paraguai foi apresentado pelo deputado Carlos Núñez Salinas, que assegura que a proposta aponta para uma reforma total no setor, no qual atualmente a ANDE (Administração Nacional de Eletricidade) exerce o monopólio do serviço, com sérias deficiências pela má gestão de suas autoridades e pela falta de investimentos. (ABC Color – Paraguai – 03.04.2016)

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4 Peru: Quatro parques eólicos operam no país

Quatro parques eólicos operam no Peru e aportam 239 MW ao Sistema Elétrico Interconectado Nacional (SEIN), contribuindo para a preservação do meio ambiente, informou o Ministério de Minas e Energia (MEM). A entidade ministerial detalhou que, em 2014, entraram em operação as três primeiras centrais eólicas grandes no país: Marcona, de 32 MW, Cupisnique, de 80 MW e Talara, de 30 MW. Já em 2016, Tres Hermanas entrou em operação, com 97,15 MW de potência instalada e US$ 197 milhões investidos em sua construção. (El Peruano – Peru – 04.04.2016)

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5 Peru: Identificado potencial eólico nacional

Segundo estudos do Ministério de Minas e Energia (MEM) do Peru, o potencial eólico do país é de 22.450 MW e, até a presente data, tem instalado 239 MW, ou seja, 1% do potencial total. “Não obstante, o Estado vem trabalhando para seguir impulsionando o desenvolvimento das energias renováveis no país”, concluiu o Ministério. (El Peruano – Peru – 04.04.2016)

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6 Peru: Produção de energia aumenta 14% em fevereiro

A produção nacional de energia elétrica foi de 4.221 GWh em fevereiro, o que significa um aumento de 14%, informou o Ministério de Energia e Minas do Peru. As empresas geradoras destinadas ao mercado elétrico tiveram uma produção de 4.016 GWh, que representa 95,1% do total da energia gerada. As centrais com fontes renováveis não convencionais (solar e eólica) tiveram o maior aumento percentual (17,4% a mais) e produziram 63 GWh. (El Peruano – Peru – 04.04.2016)

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7 Uruguai: UTE obteve lucro de US$ 264 milhões em 2015

A empresa estatal de energia elétrica, UTE, voltou a ter lucros em 2015, embora menores aos registrados um ano antes, segundo balanço anual auditado pela consultora Deloitte. Apesar de a entidade ter gerado mais receitas pelo consumo de eletricidade local em 2014, exportou menos aos países vizinhos. Em 2015, UTE obteve um lucro líquido de US$ 264,5 milhões. No ano anterior, tal valor chegou a US$ 455,5 milhões. Medidos na moeda local (pesos), os lucros foram 28,7% menores em relação a 2014. (El País – Uruguai – 02.04.2016)

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8 Comissão Europeia planeja novo desenho de mercado elétrico único

A Comissão Europeia prepara um novo desenho do mercado de eletricidade que quer publicar em dezembro. Tal projeto pretende “facilitar a integração de uma porcentagem crescente de renováveis e resolver os desafios que a variabilidade algumas destas fontes apresenta”, afirmou o comissário de Energia, Miguel Arias Cañete. (El País – Espanha – 03.04.2016)

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9 Fusão ente Acciona e Nordex é autorizada

A espanhola Acciona Wind Power e a alemã Nordex deram mais um passo rumo à fusão anunciada em outubro de 2015, que tem por objetivo criar um gigante global na fabricação de aerogeradores. Comunicado enviado à imprensa nesta segunda-feira, 4 de abril, informa que as autoridades de concorrência já deram o aval para a operação, tendo sido cumpridas todas as formalidades contratuais e a transação fechada e concluída. Com a conclusão da transação, o Conselho de Supervisão da Nordex SE nomeou José Luis Blanco como diretor de Operações e Administrador Executivo Adjunto e Patxi Landa como diretor de Vendas para o Conselho de Administração, ambos gestores que tinham anteriormente posições de alta liderança na AWP. Lars Bondo Krogsgaard e Bernard Schäferbarthold continuarão ocupando seus cargos anteriores no Conselho de Administração da Nordex SE como CEO e CFO, respectivamente. O novo grupo instalou mais de 18 GW de capacidade de energia eólica, em mais de 25 mercados em todo o mundo. Em 2015, gerou vendas de € 3,4 bi e atualmente conta com mais de 4.800 colaboradores e tem fábricas na Alemanha, Espanha, Brasil e nos EUA e, em breve, também na Índia. (Agência CanalEnergia – 04.04.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo Mattos, Gustavo Batista, Lucas Netto, Livia Moreira, Müller Nathan Rojas.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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